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PROPOSTA DE PLANO ESTRATÉGICO

PARA A CIDADE DE VITÓRIA DA


CONQUISTA – BA - ETAPA: 2009/2013

Vitória da Conquista - BA
Dezembro – 2008.

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PROPOSTA DE PLANO
ESTRATÉGICO PARA A
CIDADE DE VITÓRIA DA
CONQUISTA – BA
ETAPA: 2009/2013

Vitória da Conquista - BA
Dezembro – 2008

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EQUIPE EXECUTORA

Armínio Santos.
Patrícia Gondim.

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APRESENTAÇÃO

A Proposta de Plano Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista –


BA, Brasil visa nortear o Governo Municipal e propor ações e medidas que
minimizem os pontos fracos e as ameaças e potencializem os pontos fortes e
as oportunidades existentes na cidade, através de uma metodologia que
envolve a organização da Proposta de Plano e a identificação dos temas
críticos, a realização do diagnostico interno e externo, através do método
DELFHI e do método DAFO que prevêem a participação de consultores
internos e externos; bem como dos agentes envolvidos no processo e
principalmente a participação cidadã, a definição de metas, objetivos e
estratégias; como também a definição dos objetivos para cada linha estratégica
e a identificação das ações e medidas que deverão ser desenvolvidas; a fim de
que a visão e as vocações futuras definidas para a cidade possam ser
alcançadas.

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SUMÁRIO

TÍTULO 1 – A CIDADE “VITÓRIA DA CONQUISTA”................................................ 10

1.1 Histórico.......................................................................................................... 11
1.1.1 Os Índios e os Colonizadores....................................................................... 13
1.2 Desenvolvimento Parcial da Cidade............................................................. 15
1.3 Infra - estrutura Parcial da Cidade................................................................ 16
1.4 Turismo........................................................................................................... 17
1.5 Aspectos Naturais.......................................................................................... 18
1.5.1 Clima................................................................................................................ 18
1.5.2 Vegetação........................................................................................................ 19
1.5.3 Relevo.............................................................................................................. 20
1.5.4 População....................................................................................................... 20
1.5.5 Altitude............................................................................................................ 21
1.5.6 Área.................................................................................................................. 21
1.5.7 Principais Bairros........................................................................................... 21

TÍTULO 2 - ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA DE PLANO E IDENTIFICAÇÃO 22


DOS TEMAS CRÍTICOS..............................................................................................

2.1 Organização do Plano................................................................................... 22


2.1.1 Equipe Técnica.............................................................................................. 22
2.1.2 Necessidades de Informação....................................................................... 22
2.1.3 Estrutura Organizativa.................................................................................. 23
2.1.4 Previsão de participação cidadã nas diversas fases da Proposta de 25
Plano Estratégico..........................................................................................
2.1.5 Metodologia................................................................................................... 25
2.1.6 Participantes – chaves.................................................................................. 30
2.1.7 Plano de Trabalho......................................................................................... 30
2.1.8 Objetivos........................................................................................................ 32
2.2 Identificação dos temas e aspectos críticos.............................................. 33

TÍTULO 3 – DIAGNÓSTICO INTERNO E DIAGNÓSTICO EXTERNO....................... 37

3.1 Diagnóstico Interno....................................................................................... 37


3.2 Diagnóstico Externo..................................................................................... 52
3.3 Integração dos Diagnósticos Interno e Externo......................................... 54

TÍTULO 4 - DEFINIÇÃO DO OBJETIVO ESTRATÉGICO E DAS LINHAS


ESTRATRÉGIAS..........................................................................................................
56

TÍTULO 5 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS PARA CADA LINHA ESTRATÉGICA E


A IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS......................... 58
CONCLUSÔES............................................................................................................ 64
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 65
ANEXOS SITES VISITADOS................................................................ 66

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LISTA DE SIGLAS
BB Banco do Brasil
BNB Banco do Nordeste
CDL Câmara de Dirigentes Lojistas
CRA Centro de Recursos Ambientais
CEFET Centro Federal e Tecnológico
COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
EBDA Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
EMBASA Empresa de Águas e Saneamento
FADCT Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FAINOR Faculdade Independente do Nordeste
FTC Faculdade de Tecnologia e Ciência
FUNAI Fundação Nacional de Apoio ao Índio
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IES Instituições de Ensino Superior
ISO International Organization for Standardization
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
JTS Faculdade Juvêncio Terra
MST Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
MPA Movimento dos Pequenos Agricultores
ONGs Organizações Não Governamentais
PDU Plano Diretor Urbano
PMVC Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista
PNE Portadores de Necessidades Especiais
SEAD Fundação de Sistema e Análise de Dados
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
UESB Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
UESC Universidade de Santa Cruz

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UFBA Universidade Federal da Bahia
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mapa do Estado da Bahia


Figura 2 Modelo de estrutura organizativa da proposta de Plano Estratégico
para Vitória da Conquista – BA, Brasil
Figura 3 Metodologia da Proposta Plano estratégico da cidade de Vitória da
Conquista - BA.
Figura 4 Arranque da Proposta de Plano Estratégico da cidade de Vitória da
Conquista - BA.
Figura 5 Tipos e Caracterização de Modelos de Desenvolvimento para a
Proposta de Plano Estratégico da cidade de Vitória da Conquista -
BA.
Figura 6 Participantes – chaves da proposta de Plano Estratégico para
Vitória da Conquista – BA, Brasil.
Figura 7 Aspectos relacionados à Formulação da Cidade para a elaboração
do Plano de Trabalho.
Figura 8 Diagnóstico Interno da Proposta de Plano Estratégico para a
cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil.
Figura 9 Diagnóstico Externo da Proposta de Plano da Cidade de Vitória da
Conquista – BA, Brasil.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Plano de Trabalho simplificado para a Proposta de Plano


Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista – BA.
Tabela 2 Objetivos da Proposta de Plano Estratégico para Vitória da
Conquista – BA.
Tabela 3 Pontos Fortes da Cidade de Vitória da Conquista - BA
Tabela 4 Pontos Fracos da cidade de Vitória da Conquista - BA
Tabela 5 Oportunidades
Tabela 6 Ameaças
Tabela 7 Matriz DAFO
Tabela 8 Objetivo Estratégico
Tabela 9 Linhas Estratégicas
Tabela 10 Visão Estratégica
Tabela 11 Vocações Futuras da Cidade
Tabela 12 Linha Estratégia 1
Tabela 13 Linha Estratégia 2
Tabela 14 Linha Estratégia 3
Tabela 15 Linha Estratégia 4
Tabela 16 Linha Estratégia 5
Tabela 17 Linha Estratégia 6
Tabela 18 Linha Estratégia 7
Tabela 19 Linha Estratégia 8

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LISTA DE FOTOS

Foto 1 Anel Viário de Vitória da Conquista – BA


Foto 2 Pista do aeroporto de Vitória da Conquista, na zona urbana da
cidade
Foto 3 Vista da Zona Leste da Cidade – Bairro Candeias
Foto 4 Cristo do Periperi
Foto 5 Lagoa das Bateias, Parque Municipal
Foto 6 Mata do Poço Escuro
Foto 7 Serra do Periperi degradada

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TÍTULO 1 – A CIDADE “VITÓRIA DA CONQUISTA

Este título realiza um breve relato dos antecedentes históricos e


apresenta algumas informações parciais relacionadas ao desenvolvimento, à
infra – estrutura e ao turismo, bem como informações reativas ao clima, à
vegetação e ao relevo; bem como os principais bairros da cidade de Vitória da
Conquista – BA, Brasil, localizada no Sudoeste Baiano.
Figura 1: Mapa do Estado da Bahia

Fonte: Governo do Estado da Bahia(2008).

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1.1 Histórico

O Arraial da Conquista foi fundado em 1783 pelo sertanista português


João Gonçalves da Costa, nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na
região de Trás-os-Montes que com dezesseis anos de idade, foi para o Brasil
ao serviço de D. José I, Rei de Portugal, com a missão de conquistar as terra
ao oeste da costa da Bahia.
Anteriormente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João da
Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do
Sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à
busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da
metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea
e o interior do Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização
dos fins do século XVIII.
Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o Arraial da
Conquista foi elevado à Vila e Freguesia, passando a se denominar Imperial
Vila da Vitória, com território desmembrado do município de Caetité,
verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em ato de 1º
de Julho de 1891, a Imperial Vila da Vitória, passou à categoria de cidade,
recebendo, simplesmente, o nome de Conquista. Finalmente, em dezembro de
1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome do Município é modificando
para Vitória da Conquista.
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a
Minas do Rio Pardo, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de
Nazaré. Por Decreto N.º 1.392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo
à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da
Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em Comarca.
Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na
pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um
novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na
economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a
abertura da estrada Rio - Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus - Lapa, o
município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e

  11  
logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da
Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista
foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés
(ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam
por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das
margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao
mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos
religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área,
enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena
e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios - daí o nome
Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo.
Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de
acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os
homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a
serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas
caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de
suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca
informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma
beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais.
Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas,
como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho
também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram
tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles
faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam
pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais
velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela
ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à

  12  
questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada
era garantia de alimento para a comunidade.

1.1.1 Os Índios e os Colonizadores

A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos


povos indígenas.
Primeiro João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes,
resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram
escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó tinham primitivamente
naqueles índios os seus principais inimigos por serem eles ferozes e cruéis e
que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto
se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxós. Eles também resistiram à
ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde,
em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua
identidade e seus costumes, com o apoio da Fundação Nacional de Apoio ao
índio (FUNAI).
Os Kamakan - Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais
estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo.
Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da
Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano,
aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e
os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o
confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da
fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa
Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali
vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados,
conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina,
onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se

  13  
essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração
em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e
os índios nativos viviam momentos de paz e animosidade. Os Mongoyó,
sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas
passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de
firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um artifício para emboscar e
matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em
convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas
matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro,
atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com
ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homem branco,
desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após
luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais
colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo
se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia.
Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se
entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos.
Depois disto os índios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu
repouso e segurança. Este episódio passou a se chamar de o "banquete da
morte".
Aníbal Lopes Viana escreveu na Revista Histórica de Conquista, "é bem
verdade que nas Américas os procedimentos eram os mesmos, porém foram
muitos mais bárbaros os procedimentos dos espanhóis com os Incas no Peru e
com os Astecas no México", assim como o extermínio deliberado dos índios
pelos ingleses e americanos nos Estados Unidos.
Os relatos mais precisos sobre os índios, os colonizadores, a botânica e
os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Príncipe
Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-
Neuwied, naturalista e botânico alemão, no livro "Viagem ao Brasil", no trecho
"Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista", quando aqui
passou em março de 1817.

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1.2 Desenvolvimento Parcial da Cidade

A região de Vitória da Conquista, compreendendo os municípios de


Barra do Choça, Planalto e Poções, devido à localização em uma altitude
próxima de 1.000 acima do nível do mar e por não ter geadas, sempre foi um
produtor de café.
Entretanto a partir do ano de 1975 esta cultura agrícola foi incrementada
com financiamentos subsidiados pelos bancos oficiais, passando a região a ser
a maior produtora do norte e nordeste do Brasil.
A partir do final dos anos 1980, o município realça sua característica de
pólo de serviços. A educação, a rede de saúde e o comércio se expandem,
tornando a cidade, a terceira economia do interior baiano. Essa pólo variado de
serviços atrai a população dos municípios vizinhos.
Paralelamente à expansão da lavoura cafeeira, um pólo industrial
passou a se formar em Vitória da Conquista, com a criação do Centro Industrial
dos Ymborés. Nos anos 90, os setores de cerâmica, mármore, óleo vegetal,
produtos de limpeza, calçados e estofados entram em plena expansão.
O ano de 2007 foi considerado o marco inicial de um novo ciclo na
agricultura regional, ciclo este fundamentado no plantio de cana - de - açúcar,
para produção, sobretudo de etanol e no plantio de eucalipto destinado a
produção de carvão para a indústria siderúrgica do norte de Minas Gerais,
essências e madeira serrada que substituirá a madeira de lei nativa cada vez
mais escassa. Já foram plantados neste ano, mais de vinte milhões de pés de
eucalipto.
As micro-indústrias, instaladas por todo o Município, geram trabalho e
renda. Estas indústrias produzem de alimentos a cofres de segurança,
passando por velas, embalagens e movelaria, além de um pequeno setor de
confecções.
A educação é um dos principais eixos de desenvolvimento deste setor. A
abertura do Ginásio do Padre Palmeira formou os professores que
consolidaram a Escola Normal, o Centro Integrado Navarro de Brito, além das
primeiras escolas privadas criadas no Município.

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A abertura da Faculdade de Formação de Professores, em 1969,
respondeu à demanda regional por profissionais melhor formados para o
exercício do magistério. A partir da década de 90, a Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia multiplicou o número de cursos oferecidos. Também nessa
década, surgiram três instituições privadas de ensino superior.
O setor de saúde ganhou novas dimensões. Antigos hospitais foram
aperfeiçoados, clínicas especializadas foram abertas e a Rede Municipal de
Saúde se tornou, a partir de 1997, referência para todo o País. Esse fato criou
condições para que toda a região pudesse se servir de atendimento médico-
hospitalar compatível com o oferecido em grandes cidades.
Hoteleiros, empresários, comerciantes atacadistas e profissionais
liberais formam os segmentos que, junto com a Educação e a Saúde, fizeram a
infra-estrutura da cidade abarcar, além de migrantes, a população flutuante que
circula na cidade diariamente.
Possui um dos PIBs que mais crescem no interior desta região e é
considerada a Capital regional de uma área que abrange aproximadamente 70
municípios na Bahia, além de 16 cidades do norte de Minas Gerais.
O desenvolvimento da cidade também é atestado pelos índices
econômicos e sociais. O Índice de Desenvolvimento Econômico subiu do 11º
lugar no ranking baiano, em 1996, para 9º, em 2000. O Índice de
Desenvolvimento Social deu um salto: subiu do 24º para o 6º lugar. O IDH -
Índice de Desenvolvimento Humano também saltou do 30º lugar em 1991 para
18º em 2000. Dos 20 melhores IDHs baianos, Vitória da Conquista foi o que
mais melhorou.

1.3 Infra - estrutura Parcial da Cidade

Vitória da Conquista possui uma estrutura compatível com sua


população, a terceira maior da Bahia.
Possui um comércio forte e muito dinâmico contando com grande
número de empresas além de um shopping center e vários centros comerciais.
Esse pujante comércio abrange toda a região sudoeste do estado, além do
norte de Minas Gerais, influenciando uma população estimada em 2 milhões de

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pessoas, o que coloca a cidade entre os cem maiores centros mesmo para
outros países.
Conquista também se destaca por possuir um setor educacional
privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores
redes de ensino do país, além de contar com várias faculdades, tais como:
Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), Faculdade de Tecnologia e
Ciência (FTC), JTS (Faculdade Juvêncio Terra) (particulares), Universidade
Federal da Bahia (UFBA), Centro Federal Tecnológico (CEFET), Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) (públicas), o que a consagra como um
importante pólo de educação superior com cerca de 12 mil universitários, não
só para o estado da Bahia, como para todo o Brasil.
Destacam-se ainda setores da economia como o moveleiro considerado
o maior pólo desta natureza no estado; a cidade é grande produtora e
exportadora de café e, atualmente, a construção civil tem sido o grande
destaque na economia da cidade, na indústria destacam-se o Grupo Marinho
de Andrade (Teiú e Revani), Coca-Cola, Dilly Calçados, Umbro, Kappa,
BahiaFarma, Café Maratá, dentre outras.

1.4 Turismo

A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra


do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, medindo
15 metros de altura e 12 metros de largura, a Reserva Florestal do Poço
Escuro, o Parque da Serra do Periperi, além de eventos como a Miconquista
(micareta) e o recente Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial
da Rede Bahia afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contem um
acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a
sua emancipação, além de mostrar a arquitetura da metade do século XX,
muito bem preservada.
A cidade possui vários monumentos onde se destacam, o Monumento
ao Índio, o Monumento da Bíblia, o Monumento às Águas, o Monumento aos
Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia, no período do regime militar

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instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas e o Monumento a Jaci
Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira
mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista,
descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João
Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da
Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança
portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Faz
parte ainda deste conjunto, mais de vinte árvores de Pau Brasil plantados em
10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios
(moradores primitivos), os colonos, os que aqui hoje vivem, estando estas
árvores aguardando os futuros habitantes de Vitória da Conquista.
A cidade tem mostrado uma grande vocação para o turismo de
negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.
Possui rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e
principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio
porte com vôos diários pelas empresas OceanAir e Passaredo para diversas
cidades brasileiras.

1.5 Aspectos Naturais

Este subtítulo apresenta os aspectos naturais da cidade.

1.5.1 Clima

Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela relativa


altitude do lugar, tem umas das temperaturas mais amenas no estado Bahia
chegando a registrar 6,2°C em 2006, perdendo apenas para as cidades mais
altas da Chapada Diamantina, como Piatã. "As chuvas de neblina", como são
chamadas, se concentram no período de Abril a Agosto, já "as chuvas das
águas" (mais intensas e fortes) ficam concentradas de Outubro a Março

  18  
1.5.2 Vegetação

O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a vegetação


da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em
faixas:

Faixa A - Caatinga ou cobertura acatingada - Vegetação típica de áreas com


deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus solos
são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
Faixa B - Carrasco, também conhecido como "campos gerais" ou cerrado - É
uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca.
Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas
continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa
faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser encontrada também a
sudeste da estrada Rio - Bahia.
Faixa C - Mata de Cipó - Esta cobertura parece ser a predominante no platô.
Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com
muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono).
Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau – de - leite, jacarandá, angico,
etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d'arco) são freqüentes. Como vegetação
secundária é abundante: corona, cipó – de – anta, pitiá, caiçara, avelone, bem
como capim corrente ou barra – do - choça, além dos amargoso e tricoline.
Faixa D – Mata – de - Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da
Mata – de - Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata – de -
Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaia,
sapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também encontradas
muitas palmeiras, planta que falta na Mata – de - Cipó. As áreas de Mata – de
– Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva resultante é mais
verde na estação seca que na Mata – de - Cipó. A cafeicultura deve encontrar
condições climáticas satisfatórias em terras de Mata – de - Larga. A maior
disponibilidade hídrica deve reduzir os problemas com incidência de ferrugem.
Praticamente esta vegetação encontra-se toda a sudeste da Rio - Bahia.

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Faixas E e F - Mata Fria e Mata Fluvial Úmida - São as vegetações que
aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da Mata -
de- Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas
frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a freqüentes e
prolongados nevoeiros. Em plena estação seca a vegetação herbácea se
mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma
madeira de lei. Predomina a madeira branca.

1.5.3 Relevo

"Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada,


suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos arredondados. Seus
vales são largos, desproporcionais aos finos cursos d'água que aí correm, de
fundo chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro. Ocorrem no platô
elevações geralmente de encostas suaves (embora existam aquelas com
encostas íngremes), que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi,
por exemplo, localizada a Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da
Conquista, tem cota máxima de cerca de 1.109m e mínima de 1.000m,
enquanto que seu entorno próximo apresenta altitudes que variam de 857 a
950 metros.
Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em
"Duas Vendas" (Município de Planalto) adiante da "Fazenda Salitre" (em
Poções), em terrenos íngremes, e a "Serra da Ouricana" (uma das serras
localmente conhecida como "Serra Geral"), em Poções e Planalto. À medida
que as altitudes caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se
fortemente ondulado."

1.5.4 População

A população do Município de Vitória da Conquista, conforme o IBGE, em


1º de abril de 2007, era de 308.204 habitantes. É considerada a 3ª maior
cidade do interior (excetuando-se regiões metropolitanas) do Nordeste e
também 3ª de toda Bahia.

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1.5.5 Altitude

Vitória da Conquista tem a altitude, nas escadarias da Igreja Matriz, de


923 metros podendo atingir mais de 1.000 metros nos bairros mais altos.

1.5.6 Área

Possui uma área de 3.743 Km².

1.5.7 Principais Bairros

Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da Conquista,


destacam-se o Centro, Candeias, Itamarati, Recreio, Santa Cecília, Alto Maron,
Brasil, Patagônia, Kadija, Ibirapuera, Guarani, Morada do Pássaros de I a III,
Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno Bacelar, Urbis de I a VI,
Inocoop I e II, Alegria, Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto das
Águas, Conveima, Vila América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema,
Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do
Bem Querer, Vila Serrana de I a IV, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida e
vários outros. Ao todo são mais de 70 bairros além de inúmeros loteamentos
recentes.
 

  21  
TÍTULO 2 - ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA DE PLANO E
IDENTIFICAÇÃO DOS TEMAS CRÍTICOS

Este título apresenta a estrutura organizativa da proposta de plano


estratégico para a cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil; bem como os
temas e aspectos críticos que justificaram a sua elaboração.

2.1 Organização do Plano

Este subtítulo apresenta a estrutura organizativa da proposta de plano


estratégico para a cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil; a equipe
técnica, as necessidades de informação sobre a cidade, os participantes chave,
o plano de trabalho; bem como os objetivos estratégicos.

2.1.1 Equipe Técnica

A Equipe Técnica será composta por Armínio Santos graduado em


Ciências Agronômicas, mestre em Desenvolvimento Sustentável pela
Universidade de Brasília, Patrícia Santos Cardoso Gondim, graduada em
Administração pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB),
doutorandos em Planificação Territorial e Gestão Ambiental pela Universidade
de Barcelona em convênio com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB).

2.1.2 Necessidades de Informação

A coleta de dados inicial sobre a cidade será realizada através de fontes


secundárias, como o Banco de Dados da Prefeitura Municipal de Vitória da
Conquista, bem como de órgãos oficiais tais como Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), Fundação de Sistema e Análise de Dados (SEADE), grupos
profissionais, fundações e institutos de pesquisa estaduais e municipais, além

  22  
de dados e informações de posse dos diversos agentes envolvidos e pesquisas
na internet.
Para a coleta de dados primários serão realizadas entrevistas e
aplicação de questionários aos atores chave do processo, como também aos
cidadãos conquistenses.
Será necessário também verificar aspectos recorrentes, com relevância
estratégica que aparecem na imprensa e nas revistas especialidades.

2.1.3 Estrutura Organizativa

A estrutura organizativa será participativa e multivariada com uma boa


qualificação e parâmetros de consenso comum, onde possam participar todas
as entidades da cidade, a população e a sociedade em geral. O diagrama
esquemático da estrutura organizativa é mostrado abaixo.

Estrutura organizativa da Proposta de Plano Estratégico


para a cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil.

Grupos Associação de
Estado Universidades ONGs
Políticos moradores

Governos Sindicato dos


regionais e locais trabalhadores
Entidades e
órgãos Cidadãos
de governo Grupos culturais
Empresas
Multinacionais, Grupos vicinais
nacionais e locais
Privadas e
do Estado Comunidade
Fundações
em geral

Compartilhar da mesma visão e possuir objetivos definidos.


Fonte: Elaboração própria.

Figura 2: Modelo de estrutura organizativa da proposta de Plano Estratégico


para Vitória da Conquista – BA, Brasil.

A Administração Dirigente é representada pela Prefeitura Municipal de


Vitória da Conquista (PMVC), pelos partidos políticos, agentes e instituições

  23  
privadas tais como: Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Banco do Nordeste,
(BNB), Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE); por
outras Administrações Públicas como as Secretarias Municipais; pelas
Instituições de Ensino Superior (IES), tais como Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Centro
Federal e Tecnológico (CEFET), Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC),
Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR) e pelo Instituto Juvêncio
Terra, por Organizações Sociais sem fins lucrativos (ONGs), Sindicatos,
cooperativas, associação de moradores, organizações sociais como o
Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) Movimento dos Pequenos
Agricultores (MPA) que participarão de ações no entorno da zona rural e zona
urbana. Organizações Sociais das mais diversas matizes como a Organização
Ambiental “Fundação Mata e Cipó” e a Organização “Movimento contra a Morte
Prematura”. Grupos culturais diversos, na área musical, teatro e tradições da
cidade; bem como associações de moradores dos bairros da cidade que são
fundamentais para diagnósticos mais precisos dos problemas e soluções para
o planejamento da cidade. A participação das empresas multinacionais e
nacionais presentes como a Bayer, Syngenta, Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola (EBDA), dentre outras, que a princípio estão
interessadas num desenvolvimento econômico-social harmônico da cidade. As
Fundações existentes na cidade, tipo Fundação de Apoio ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FADCT), cidadãos e comunidade em geral; assim
como grupos vicinais.
Acrescentam-se, ainda, empresas de formação de mão-de-obra como o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), e o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI), além da Companhia de Eletricidade do
Estado da Bahia (COELBA), Empresa Baiana de Águas e Saneamento
(EMBASA) e Entidades de fiscalização ambiental como o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), Governo do Estado da
Bahia, Assembléia Legislativa do Estado, Centro de Recursos Ambientais
(CRA).

2.1.4 Previsão de participação cidadã nas diversas fases da Proposta de


Plano Estratégico

  24  
Na primeira fase da Proposta de Plano Estratégico para a cidade de
Vitória da Conquista – BA, Brasil, a participação cidadã será de suma
importância para auxiliar na identificação dos temas críticos e dos problemas
sociais que afetam a cidade. Esta participação poderá se dá através de
reuniões, enquetes e aplicação de entrevistas e questionários aos diversos
atores sociais envolvidos no processo que representam a sociedade como as
associações de moradores, as organizações não governamentais, os
sindicatos dos trabalhadores, os grupos culturais, os grupos vicinais; bem como
através de consultas a população dos diversos bairros.
Na fase de diagnóstico interno que compreende a identificação dos
pontos fortes e pontos fracos da cidade a comunidade também deverá ser
ouvida e consultada.
Nas fases de definição do objetivo estratégico e das linhas estratégicas;
bem como na fase de definição dos objetivos para cada linha estratégica e a
identificação das ações que serão desenvolvidas poderá se trabalhar com
grupos focais com representantes das organizações já citadas na primeira e na
segunda fase.

2.1.5 Metodologia

A metodologia utilizada na Proposta de Plano Estratégico da cidade de


Vitória da Conquista seguiu as idéias sugeridas por Guel (1997), apresentadas
na figura abaixo. Este autor define estratégia como cursos de ação, cujos
objetivos são incentivar os pontos fortes, superar os pontos fracos, explorar
oportunidades e neutralizar as ameaças, sendo compostas por:

A. Objetivos Estratégicos – declarações conceituais e genéricas sobre as


condições desejadas;
B. Metas Estratégicas – declarações que definem e quantificam os
objetivos a serem alcançados;

  25  
C. Projetos Estratégicos – ações necessárias para dar resposta adequada
às metas estratégicas.

O modelo Guel (1997), foi considerado como o mais adequado para


pensar o planejamento estratégico da cidade de Vitória da Conquista e por este
motivo foi o escolhido.

Fonte: Elaboração própria a partir do modelo de Guel (1997).

Figura 3: Metodologia da Proposta Plano estratégico da cidade de


Vitória da Conquista - BA.

Este modelo procura compatibilizar a Proposta de Plano Estratégico com


os seguintes princípios do Plano Diretor Urbano de Vitória da Conquista:

I. Promoção da justiça social e a redução das desigualdades


sociais;
II. Inclusão social, compreendida como garantia de acesso a
bens, serviços e políticas sociais a todos os munícipes, particularmente
às crianças, aos idosos e aos portadores de necessidades especiais;
III. Estímulo ao desenvolvimento socioeconômico em bases
sustentáveis, contemplando a eqüidade social e a melhoria da qualidade

  26  
de vida da população, bem como a valorização dos recursos naturais e
culturais;
IV. Direito à Cidade para todos, compreendendo o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana,
ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer;
V. Respeito às funções sociais da Cidade e à função social da
propriedade;
VI. Prioridade ao transporte coletivo público, adaptando-o para
utilização pelos portadores de necessidades especiais;
VII. Fortalecimento do papel regulador do setor público e
valorização das suas funções de planejamento, articulação e controle;
VIII. Participação da população nos processos de decisão,
planejamento e gestão;
IX. Compreensão do Plano Diretor Urbano como parte de um
processo de planejamento municipal permanente e contínuo, de caráter
técnico e político, baseado na participação, negociação e cooperação;
X. Visão estratégica de planejamento, respaldada num projeto de
cidade, construído pela sociedade e caracterizada pela viabilidade e
oportunidade das propostas.

Este modelo busca ainda ser compatível com os objetivos do Plano


Diretor Urbano de Vitória da Conquista – BA, Brasil, que são: consolidar e
projetar a cidade como pólo comercial e prestador de serviços, potencializando
o desenvolvimento do setor industrial e do agronegócio; centro universitário,
educacional e de ciência e tecnologia; centro regional de serviços de saúde,
projetando-a como centro de referência estadual; orientar a política urbana
para o atendimento das funções sociais da Cidade, promovendo o
adensamento da ocupação do solo na malha urbana da Sede; o combate à
degradação ambiental e a recuperação de áreas degradadas; a implantação de
infra-estrutura, em acordo com diretrizes de proteção ambiental, e a
racionalização do uso da infra-estrutura, em particular, a do sistema viário e de
transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade; a extensão dos serviços
básicos de saneamento e a implantação de drenagem urbana, na Sede; a
solução do problema da destinação final de resíduos sólidos; e a inclusão

  27  
social das áreas segregadas no meio urbano. Além de promover a adequação
dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira aos objetivos do
desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos públicos e
privados geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes
segmentos sociais; combater as distorções e abusos do mercado imobiliário
urbano e o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade; recuperar os
investimentos do Poder Público que resultem na valorização de imóveis
urbanos; buscar equilíbrio entre a situação social do meio urbano e a do meio
rural e eficácia na ação governamental, promovendo a integração e a
cooperação com os Governos federal e estadual e com os demais Municípios
da região Sudoeste; e por fim promover o desenvolvimento de atividades de
auto - geração de trabalho e renda.
Esta metodologia além de ser compatível com os princípios do plano
diretor urbano, prevê, o arranque do plano, a organização, o modelo de
metodologia usado, as análises interna e externa, as propostas de soluções e a
execução.
O arranque do plano é entendido como o início da execução e esta fase
relaciona-se diretamente com o Desenho do Modelo Organizativo, a Política de
Comunicação e o Tipo de Modelo de Desenvolvimento.

Fonte: Elaboração própria.

  28  
Figura 4: Arranque da Proposta de Plano Estratégico da cidade de
Vitória da Conquista - BA.

A caracterização dos modelos de desenvolvimento adotado abrange as


dimensões social, física e econômica e também as análises internas e
externas, conforme mostrado na figura 5. O início do plano deve contar com o
apoio público, considerando as atividades produtivas dentro de um modelo
organizativo respaldado por uma política de comunicação.

Fonte: Elaboração própria a partir de Guel (1997).

Figura 5: Tipos e Caracterização de Modelos de Desenvolvimento para a


Proposta de Plano Estratégico da cidade de Vitória da Conquista - BA.

Observa-se que o tipo de Modelo de Desenvolvimento relaciona-se


diretamente com os fatores físicos, econômicos, sociais, as análises externas e
internas que se somam para desencadear o Arranque do Plano.

2.1.6 Participantes – chaves

  29  
Os participantes – chaves da proposta de Plano Estratégico para Vitória
da Conquista – BA, Brasil já foram apresentados no modelo de estrutura
organizativa da figura 2 e podem ser sintetizados na figura 6. Podem ser
representados pelos cidadãos, pelas entidades e órgãos de governo, com
destaque para a Prefeitura Municipal e para o Governo do Estado da Bahia,
pelos consultores, pelas fundações e pelas Instituições de Ensino Superior
(IES).

Fonte: Elaboração própria.

Figura 6: Participantes – chaves da proposta de Plano Estratégico para


Vitória da Conquista – BA, Brasil.

2.1.7 Plano de Trabalho

O Plano de Trabalho define quais atores realizarão, executarão e ou


participarão das ações, das medidas, dos programas e dos projetos propostos
na fase de definição dos objetivos e metas de cada Linha Estratégica; bem
como o que será feito, como será feito, quando será feito, onde, porque e

  30  
quanto custará para cada ator, no caso de recursos próprios ou como serão
distribuídos os recursos, se os mesmos forem captados de terceiros.
O Plano de Trabalho para a Proposta de Plano Estratégico para a cidade
de Vitória da Conquista – BA poderá prever quais atores serão capazes de
executar as medidas e as ações propostas; bem como relacioná-los com cada
linha Estratégica.
Para a sua elaboração deve-se considerar a definição de metas e
projetos estratégicos, assim como o seu desenvolvimento, a elaboração de um
plano de ação, identificação de temas críticos, implantação do plano e
finalmente a revisão do plano estratégico, conforme figura 7.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 7: Aspectos relacionados à Formulação da Cidade para a elaboração


do Plano de Trabalho

  31  
Tabela 1 - Plano de Trabalho simplificado para a Proposta de Plano
Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista – BA.

LINHA ESTRATÉGICA ATOR (ES)


Fortalecer e promover o pólo UESB, CFET, UFBA, FAINOR, FTC,
Educacional. PMVC e Governo do Estado.
Revitalizar o setor de meio ambiente. PMVC, Secretaria do Meio
Ambiente, UESB, IBAMA, ONGs
ambientais, Promotoria Pública.
Promover o Zoneamento Agrícola. PMVC, Câmara de Vereadores,
Promotoria Pública, IBAMA, ONGs
ambientais, Assembléia Legislativa
do Estado, Governo do Estado da
Bahia.
Promover a organização e a PMVC, Câmara de Vereadores e
legalização dos loteamentos urbanos. Promotoria Pública.
Fortalecer os setores industrial, PMVC, Universidades e Centros
comercial e de serviços. Tecnológicos, Governo do Estado,
SENAI, SEBRAE, CDL.
Fortalecer as atividades culturais e PMVC, Secretaria de Cultura;
artísticas envolvendo a comunidade e ONGs culturais, Universidades.
incentivando os talentos locais e
regionais.
Melhorar a infra - estrutura das zonas PMVC, UESB, UFBA, CEFET,
urbana e rural. Universidades Privadas, Câmara de
Vereadores, Governo do Estado.
Projetar Vitória da Conquista como Secretaria da Cultura da PMVC,
uma das melhores cidades médias do Universidades, ONGs culturais da
Brasil para se viver e investir, com cidade, Academia Conquistense de
qualidade de vida e competitividade. Letras.
Fonte: Elaboração própria.

2.1.8 Objetivos

A proposta de plano estratégico para a cidade de Vitória da Conquista –


BA, Brasil possui os seguintes objetivos:

  32  
Tabela 2 - Objetivos da Proposta de Plano Estratégico para Vitória da
Conquista – BA.

OBJETIVOS

Nortear o Governo Municipal e propor ações e medidas que minimizem os


pontos fracos e as ameaças e potencializem os pontos fortes e as
oportunidades;
Identificar os atores com poder de influência sobre o processo;
Realizar os diagnósticos interno e externo da cidade identificando os pontos
fortes e os pontos fracos e as oportunidades e as ameaças;
Definir dentro de um espectro previsíveis de cenários a missão, a visão, os
objetivos, as linhas estratégicas e as vocações futuras da cidade;
Orientar, coordenar, monitorar e avaliar o andamento das ações, dos
programas e dos projetos propostos.

2.2 Identificação dos temas e aspectos críticos

Na Proposta de Plano Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista-


BA, Brasil, para a identificação dos temas e dos aspectos críticos todos os
atores chave deverão ser envolvidos e consultados; bem como consultores
externos que deverão ser contratados para filtrar as informações e compilá-las.
Será necessário também utilizar o Método Delfhi que consiste na contribuição
de diversos especialistas em diversas áreas do conhecimento para auxiliar
nesta identificação.
A priori podem ser levantados temas relacionados à violência, ao meio
ambiente, ao turismo empresarial, à promoção urbana; a qualidade de vida, à
infra-estrutura urbana, aos setores de comércio, serviços, indústria, à
agricultura e ao agronegócio.
A estes temas estão relacionados aspectos críticos como o crescimentos
dos índices de violência na cidade, principalmente nos bairros periféricos, o
desmatamento da Serra do Periperi, a Lagoa de Decantação a céu aberto em

  33  
área residencial, falta de a proteção integral e/ou sustentável às Unidades de
Conservação existentes no município e de conscientização e educação da
população; a necessidade de investimentos, a fim de potencializar o turismo
empresarial na cidade e os setores do comércio, serviços e indústria, a
melhoria da infra-estrutura urbana para atender a demanda de uma população
em expansão e a construção de um Plano de Ordenamento Territorial que
venha a complementar o Plano Diretor Urbano.
Destacam-se ainda algumas tendências econômicas locais de Vitória da
Conquista - BA, tais como: "sub-urbanização econômica", ou seja, maior
concentração das indústrias distante do centro da cidade. Ex: distritos
industriais instalados na zona norte da cidade; Consolidação de Vitória da
Conquista como centro urbano intermediário, funcionando satisfatoriamente
como Centro de Trânsito (comércio, agropecuária, serviços educacionais);
surgimento de novas centralidades, deslocando as atividades econômicas e de
lazer do centro da cidade para a zona sul (Shopping Center) e outros bairros
distantes do centro como a avenida Olívia Flores; redução do número de
empregos da indústria e maior empregabilidade nos setores de serviços: comércio,
agropecuária e educação; perda da competitividade da indústria local
(têxtil/sabões, detergentes) frente ao modelo de desenvolvimento econômico
adotado, bem como, devido a obsolescência de maquinários, equipamentos e
formas de gerenciamento; consolidação de Vitória da Conquista como pólo
regional na área de comércio e serviços, com destaque para as áreas de
educação, saúde e cultura; crescente complexidade e tecnificação das
atividades, no que se refere ao sistema de informações e telecomunicações;
busca dos procedimentos de qualidade total.
Podem-se observar também alguns aspectos relacionadas à qualidade
do espaço urbano como: o fato de Vitória da Conquista sofrer um forte impacto
das chuvas sobres as avenidas e ruas com alto efeito destrutivo (já houve
morte de seis pessoas por afogamento dentro de um carro devido às chuvas
torrenciais na cidade), uma vez que a Serra do Periperi, que circunda a cidade,
tem sofrido graves depredações. Este fato pode representar uma ameaça para a
Qualidade de Vida de sua população, devido principalmente aos efeitos destrutivos
na infra-estrutura existente; outra ameaça a ser considerada consiste na falta de
uma fiscalização municipal eficiente e de integração entre os diversos agentes

  34  
responsáveis pela gestão do espaço urbano e da Serra do Periperi; atualmente
a cidade não dispõe de instrumentos de planejamento devidamente efetivados
e/ou implementados; a cidade ressente da implementação mais concreta do
seu Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDU), instrumento maior com o
qual devem estar afinados todos os demais planos específicos (Transporte
Urbano, Limpeza Urbana, Saneamento Básico, etc.). Caso os referidos planos
venham a ser implementados com mais eficiência, o cenário pode se alterar
positivamente e as tendências, pontos fortes e pontos fracos poderão ser revistos.
Já no que se refere à estrutura urbana podem ser consideradas as
seguintes tendências: expansão urbana desordenada; novas centralidades, em
locais favoráveis ou não; periferização e proliferação de loteamentos
clandestinos, sem infra-estrutura, em áreas na Serra do Periperi, e ainda de
construções irregulares; ocupação de áreas de proteção/preservação ambiental
e de seus entornos, a exemplo da Unidade de Conservação Municipal da Serra
do Periperi; adensamento em áreas não favoráveis, encarecendo e
comprometendo o fornecimento de infra-estrutura (água, esgoto, transporte,
etc.), contrariando as tendências globais; nível de investimentos em infra-
estruturas não atendendo a esta expansão urbana desordenada e conseqüente
queda da qualidade do espaço urbano ações pontuais de revitalização e
expansão da área central.
No que diz respeito à moradia podem ser identificadas as seguintes
tendências locais: as ações em andamento, das iniciativas pública e privada,
não são suficientes para reverter a tendência de crescimento do déficit
habitacional, dos loteamentos irregulares, da progressiva informalidade das
novas construções e da habitação sub-normal, observa-se a construção de
moradias populares em áreas com dificuldade de implantação de infra-estrutura
e equipamentos, e ainda distantes dos locais de trabalho e/ou geração de
renda, devido à ausência de uma política global de habitação.
Já em se tratando da paisagem urbana pode-se verificar as seguintes
tendências: modelos construtivos atualmente permitidos induzem a edificações
com grande volumetria, favorecendo o adensamento excessivo e prejudicando o
visual da cidade, e também as condições de insolação e ventilação, como ocorre
atualmente nas construções de edifícios nas áreas próximas à avenida Olívia
Flores, os bairros, particularmente os mais afastados, devem continuar carentes

  35  
de investimentos em arborização, praças e outros elementos paisagísticos e de
ações de proteção de seu patrimônio, exceção: Lagoa das Bateias, as
referências paisagísticas (Museu de Cajaíba, na Serra do Periperi, o Cristo de
Mário Cravo), a própria Serra do Periperi e as áreas verdes na cidade e no
entorno encontram-se sob ameaça de degradação, salvo exceções (caso se
concretizem os projetos para o Parque da Lajinha, por exemplo), carecendo de
urgentes iniciativas para sua recuperação e preservação, sob pena de
comprometimento definitivo da paisagem urbana, a tendência ao
comprometimento da paisagem urbana é agravada pelos loteamentos irregulares
na Serra do Periperi, pela degradação nas áreas de extração de pedras e areia e
pelas formas inadequadas de ocupação das encostas, na Serra do Periperi e a
existência do Centro de Recepcionamento de animais silvestres na Serra do
Periperi aponta para uma perspectiva de ações positivas nesta Serra, a médio
prazo.
No que diz respeito às tendências para o meio ambiente verifica-se:
crescente grau de conscientização e organização da sociedade em relação ao Meio
Ambiente e implantação de uma política de Desenvolvimento Sustentável e de uma
concreta Agenda 21 local; falta de integração entre os setores da Administração
Municipal competentes para tratar das questões ambientais, e inexistência de
um órgão gestor municipal, causando sobreposição de atribuições e
responsabilidades e conseqüentemente pouca eficiência dos serviços,
ausência de zoneamento agrícola com ocupação massiva de áreas de
eucalipto em solos férteis e com potencial uso na produção de alimentos e os
órgãos ambientais como o IBAMA que fiscalizam pouco as infrações
ambientais.
Já em se tratando de educação observam-se as seguintes tendências
locais: Vitória da Conquista vem se consolidando como pólo regional na área de
educação, com forte tendência de ampliação da oferta de cursos superiores, de
pós-graduação e de formação profissional; aumento da demanda pela educação
pública básica e pré-escola e aumento da demanda de atendimento a
Portadores de Necessidades Especiais (PNE) em escolas públicas.

  36  
TÍTULO 3 – DIAGNÓSTICO INTERNO E DIAGNÓSTICO
EXTERNO

Este título apresenta os diagnósticos interno e externo da cidade como


instrumento de reflexão sobre os pontos fortes e pontos fracos da cidade que
podem ser potencializados ou minimizados através da identificação das
oportunidades e das ameaças externas oferecidas pelas forças culturais,
demográficas, econômicas, naturais, políticas e tecnológicas.

3.1 Diagnóstico Interno

Na Proposta de Plano Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista


- BA, Brasil, o diagnóstico interno consiste na identificação dos pontos fortes e
pontos fracos da Cidade, considerando questões e variáveis intrínsecas a
cidade como infra-estrutura urbana, vertebração física e social, recursos
humanos consciência cidadã, governabilidade, identidade de imagem, bem
como aspectos relacionados à promoção urbana e ao meio ambiente. Os
pontos fortes potencializam as oportunidades e minimizam as ameaças e os
pontos fracos por sua vez potencializam as ameaças e minimizam as
oportunidades.

Fonte: Elaboração própria

  37  
Figura 8: Diagnóstico Interno da Proposta de Plano Estratégico para a
cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil.

Para realizar a análise interna foi aplicada a análise DAFO ao


diagnóstico da Proposta de Plano Estratégico da Cidade de Vitória da
Conquista - BA, Brasil, identificando os pontos fortes e os pontos fracos.
A análise foi realizada considerando-se os seguintes sub-temas:
recursos humanos, emprego e renda, economia, atratividade regional/nacional,
base tecnológica, qualidade do espaço urbano, estrutura urbana, moradia,
paisagem urbana e meio ambiente.

A. RECURSOS HUMANOS

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Infra - estrutura educacional da • Baixos investimentos das
cidade, representada por empresas em qualificação e
grande número de escolas treinamento de recursos humanos.
abrangendo do ensino • Dificuldades para o acesso dos
fundamental ao superior, jovens de baixa renda ao sistema
públicas e privadas, educacional profissionalizante e
destacando-se a presença de superior; perda de qualidade do
uma Universidade Federal – ensino fundamental.
UFBA, uma universidade • Inexistência de espaços de
estadual (UESB), além de comunicação/negociação
diversas universidades adequados para estabelecimento e
particulares, tais como: coordenação de políticas na área
FAINOR, JUVÊNCIO Terra, de recursos humanos,
FTC; como também um centro congregando as diferentes
federal tecnológico (CEFET), instituições de formação/
com cursos técnicos de nível requalificação profissional e
médio e superior. interlocutores dos segmentos
• Presença de Cursos de interessados.
Formação Gerencial, • Inexistência de mecanismos de
oferecidos pelo SEBRAE. identificação das demandas
• Cursos de Formação Agrícola, efetivas da cidade e região para o
oferecidos pelo SENAR. oferecimento de novos
• Estrutura de formação cursos/atualização dos existentes,

  38  
profissionalizante ligada a tanto por parte da UESB e da
vários empresas paraestatais UFBA como das Escolas de
(SEBRAE, SENAI e SENAR). Ensino Superior privadas.
Exemplo: o curso de engenharia
florestal da UESB originou-se de
uma iniciativa interna de alguns
professores sem nenhuma
consulta à sociedade local.

B. EMPREGO E RENDA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Presença de um Fundo de • Baixa capacidade de emprego e
Apoio ao Empreendimento renda.
Popular representado pelo • Ausência de uma política municipal
Banco do Povo de Vitória da consistente e efetiva de incentivo à
Conquista geração de emprego e renda.
• Existência de uma Comissão
Municipal de Emprego, tripartite,
paritária, com caráter
deliberativo.
• Presença de Centro de Integração
Escola Empresa (CIEE).
• Custo da mão-de-obra
relativamente barata.
• Movimento sindical maduro,
consistente e atuante com a
presença do MST, MPA e
outros sindicatos.
• Estrutura de formação
profissionalizante ligada a
vários setores empresariais
(SEBRAE, SENAI, e SENAR)

  39  
C. ECONOMIA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• A cidade possui certo equilíbrio • Ausência ou inadequação de
entre os setores de serviços, políticas de Turismo, Agropecuária
indústria e comércio, /Agrobusiness e Indústria.
agropecuária e diversificação • Carência de infra-estrutura para as
de atividades dentro destes atividades agropecuárias: telefonia,
setores, tornando-a menos eletrificação e estradas vicinais.
sujeita às crises resultantes de • Inexistência de uma cultura da
mudanças conjunturais. qualidade na cidade, com poucas
Quando se compara à empresas com certificação ISO.
economia da cidade com a • Limitações regulatórias legais de
economia das cidades do sul entrave às atividades econômicas
do Estado baseado na setoriais (horário de funcionamento
monocultura do cacau, estas do comércio, p. ex.).
vantagens se tornam mais
• Falta de uma política consistente
evidentes, uma vez que a
de incentivos para
cidade de Vitória da Conquista
empreendimentos locais.
tem uma economia muito maior
do que a soma das duas • Cultura Empresarial defasada em
maiores cidades do sul do relação às necessidades atuais.
Estado: Itabuna e Ilhéus. • Fiscalização ineficiente da
• Ações por parte dos setores procedência e situação legal de
público e privado, que mercadorias comercializadas em
possibilitam a inserção da cidade feiras realizadas na cidade,
como prestadora de serviços prejudicando o comércio formal;
educacionais. • Ausência de uma política
• Forte pólo de comércio tecnológica moderna voltada para
diversificado e que atrai às atividades agropecuárias;
compradores de diversas
cidades do Estado da Bahia e
mesmo do estado de Minas
Gerais.
• Órgãos de fomento com
possibilidade de impulsionar a
economia local e regional, como
Conselho Municipal de Turismo,
CDL, PMVC, Fundação BB,
BNB.
• Existência de estrutura de
apoio à formação

  40  
profissionalizante ligada a
vários setores empresariais
(SEBRAE SENAI e SENAR).

D. ATRATIVIDADE REGIOAL/NACIONAL

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Localização geográfica. A • Infra - estrutura inadequada para
cidade de Vitória da Conquista realização de feiras, eventos e
é cortada pela BR-324 que liga convenções.
à cidade aos principais centros • Infra - estrutura aeroviária
do país. insuficiente.
• Nível de qualidade de vida: • Paisagem urbana pouco atrativa. A
saúde, educação. cidade de Vitória da Conquista não
• Dimensão do mercado tem paisagens naturais
local/regional. Vitória da exuberantes com forte potencial
Conquista tem um mercado turístico. A única atividade turística
interno muito forte e a ser explorada, poderia ser
diversificado conseguindo atrair “vender” a cidade como um centro
compradores de mais de cem de festival de inverno.
cidades do próprio Estado da • Disponibilidade e custo do solo que
Bahia e também de Minas estão entre os mais elevados do
Gerais. Estado da Bahia.
• Estrutura de apoio do setor • Falta de uma política de
público. atratividade – Marketing da cidade.
• Bons serviços financeiros: • Limitações do horário de
todos os principais bancos do funcionamento do comércio.
país operam na cidade. • Planta de valores imobiliários
• Disponibilidade de infra-estrutura desatualizada, com valores venais
de energia elétrica, considerados elevados.
telecomunicações, fibra ótica,
água.
• Instituições de Ensino Superior,
destacando a UESB, UFBA,
CEFET, FJT, FAINOR E FTC e
de vários cursos
profissionalizantes de nível
médio (CEFET), cursos
preparatórios para o vestibular
e escolas de ensino

  41  
fundamental e médio.
• Conexão rodoviária com BR-
324 que liga à cidade aos
principais centros do país e
aeroviária ligando à cidade à
Capital (Salvador) e a Belo
Horizonte - MG.
• Infra - estrutura rodoviária para
transporte de cargas.
• Presença de um anel rodoviário
(ver foto1 abaixo).

Fonte: Google Earth Pro.

Foto 1: Anel Viário de Vitória da Conquista - BA

E. BASE TECNOLÓGICA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Existência da UESB, UFBA e • Inexistência de uma política
das demais entidades ligadas à universitária consistente para
formação superior e técnica. formação de pessoal de alta
qualificação em áreas

  42  
• Estrutura de apoio à formação tecnológicas, resultando na
profissionalizante ligada a ausência de cursos de graduação,
vários setores empresariais mestrado e doutorado que
(SEBRAE, SENAI e SENAR) atendam às demandas atuais, e
• Existência de indústrias no numa Universidade com
setor produtivo de leite (região defasagem em relação às
de Lagoa das Flores) e na tecnologias de ponta.
formação profissional para a • Inexistência de laboratórios
área de agronomia (Curso de especializados na prestação de
agronomia da UESB). serviços metrológicos.
• Potencial representado pela • Inexistência de parcerias entre as
presença de empresas com instituições da cidade para
padrões gerenciais modernos e estabelecimento de uma política
competitivos, a exemplo de consistente para o
empresas prestadoras de desenvolvimento tecnológico.
serviços na área de • Fraca interação entre os setores
computação. produtivos e o meio acadêmico.
• Falta de um fórum permanente
para debater a Base Tecnológica e
estabelecer estratégias gerais para
atender aos segmentos carentes.
• Inexistência de base tecnológica de
uso do gás natural nas indústrias,
em usinas termoelétricas e nos
veículos.
• Ausência de uma Política em
consolidação de fomento à
incubação de empreendimentos de
alta densidade tecnológica e de
maior aproximação com o setor
produtivo por parte das
Universidades e Centros
Tecnológicos com as empresas
existentes ou em vias de
implantação na cidade.

F. ESTRUTURA URBANA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Avenida Olívia Flores e Lagoa • Carência de equipamentos urbanos
das bateias como potencial – qualidade e quantidade,

  43  
eixo estruturador urbano principalmente nos bairros
(tráfego, adensamento e lazer). periféricos.
• Desconcentração de moradias • Excessiva concentração urbana de
na Área Central da cidade, automóveis (coches) causando
destinada ao comércio. problemas diversos, sobretudo de
• Atratividade local e regional mobilidade.
exercida pela área central • Falta de fiscalização rigorosa por
(galeria, concentração de parte do poder público
serviços e comércio) e pelo possibilitando a proliferação de
Shopping Center Conquista loteamentos clandestinos sem
Sul; infra-estrutura e de construções
• Proposta de Plano Diretor de irregulares.
Desenvolvimento Urbano • Falta de planejamento de longo
contendo: zoneamento da Área prazo para as questões da
Urbana (inclusive da zona de urbanização e do uso do solo
expansão urbana); nova devido a deficiências na efetivação
concepção do parcelamento, do Plano Diretor de
uso e ocupação do solo; Desenvolvimento Urbano.
instrumentos de planejamento • Falta de política para enfrentar
e gestão urbana. chuvas torrenciais com efeito
destrutivo na infra-estrutura
urbana.
• Inação do poder público para ação
coordenada na Serra do Periperi
com vistas à sua
conservação/fiscalização.
• Ausência de Sistema de
informação geográfica.
• Aeroporto adjacente à zona urbana
(vide foto 2 abaixo).

Fonte: Google Earth Pro.

Foto 2: Pista do aeroporto de Vitória da Conquista, na zona urbana da


cidade

  44  
G. MORADIA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Programas de urbanização de • Inexistência de política global de
áreas de habitação precária, loteamento e moradia popular,
como as moradias no sopé da considerando a habitação
Serra do Periperi. propriamente dita, transporte,
• Boa qualidade das moradias equipamentos e distância de locais
para as classes alta e média. de trabalho e/ou geração de renda.
• Construções de novos edifícios • Falta de fiscalização
em ritmo acelerado (Vide foto 3 rigorosa/diretrizes técnicas
abaixo). adequadas por parte do poder
• Programa de Habitação público permitindo a proliferação
vinculado à PMVC, através do de loteamentos clandestinos sem
qual se vendem casas infra-estrutura, construções
populares a baixo custo e com irregulares e loteamentos não
amplas condições de adequados em encostas com altas
pagamentos. declividades, como ocorre na Serra
do Periperi e em outras áreas da
cidade.
• Falta de divulgação do programa e
de apoio técnico efetivo para
construção de moradias populares,
aliado a sistema deficiente de
informações, principalmente para
as populações de baixa renda.
• Inexistência de uma política de
regularização das moradias sub-
normais.
• Problemas graves de segurança
nas áreas de construções
populares.

  45  
Fonte: Google Earth Pro.

Foto 3: Vista da Zona Leste da Cidade – Bairro Candeias

H. PAISAGEM URBANA

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Existência de área de lazer na • Carência de praças e áreas de
Avenida Olívia Flores e na lazer nas área pobres da cidade.
Lagoa das Bateias (Vide foto 4 ). • Ineficiência da fiscalização quanto
• Praça Tancredo Neves e anel à depredação da Serra do Periperi.
Rodoviário como elementos de • Falta de saneamento do Rio Santa
referencial paisagístico. Rita que nasce nas proximidades
• Temperaturas baixas com do bairro dos Campinhos e Simão
potencial de uso para e que é poluído pelo resíduo
exploração de turismo de líquido oriundo do processamento
inverno, baseado em atrações da mandioca, conhecido como
culturais, uma vez que a cidade manipueira.
carece de belezas naturais. • Ausência de tratamento
• Estátua do Cristo na Serra do paisagístico das margens da bacia
Periperi, visível em diversos do rio Santa Rita.
pontos da cidade, como • Pouca participação da iniciativa

  46  
referencial paisagístico. (Vide privada como co-responsável na
foto 5). produção do espaço urbano
• Inexistência de uma política de
reconhecimento, aproveitamento,
preservação, manutenção e
mapeamento para as referências
paisagísticas e para as áreas com
potencial de uso na cidade e no seu
entorno.
• Degradação nas áreas de extração
de areia e minério de sílica, no
bairro da Lagoa das Flores.
• Ausência de policiamento no Cristo
do Periperi. Este local é um dos
mais perigosos da cidade e turistas
têm sido assaltados sendo vítimas
de violência nesta área.

Fonte: Google Earth Pro.

Foto 4: Cristo do Periperi

  47  
Fonte: Google Earth Pro.

Foto 5: Lagoa das Bateias, Parque Municipal

I. MEIO AMBIENTE

ANÁLISE INTERNA

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS


• Presença, na cidade, do • Ações na área ambiental na cidade
IBAMA. desestruturadas pela inexistência
• Plano Diretor Urbano com de um Órgão Executivo da Gestão
propostas para o meio Ambiental na cidade, que possa
ambiente. coordenar as ações ambientais.
• Bons índices de serviços • Fiscalização pouco efetiva do
prestados à população: coleta IBAMA.
de esgoto; distribuição de • Ausência de legislação para
água,coleta de lixo. gerenciamento ambiental do
• Projetos e campanhas município.
ambientais desenvolvidas em • Ausência completa de participação
vários setores da popular na Agenda 21 local, uma
municipalidade. vez que a mesma foi feita com
• Reserva Florestal urbana, interesse político específico.
conhecida como Mata do Poço • Destino final do lixo: falta de aterro

  48  
Escuro (Vide foto 6). sanitário; lixo hospitalar e industrial
não tratado adequadamente;
ineficiência da usina de reciclagem e
compostagem; pouca abrangência
da coleta seletiva.
• Ausência de Planos Diretores de
Abastecimento de Água e de
Esgotamento Sanitário e
implementação ineficiente do
Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano.
• Pressão imobiliária (industrial ou
residencial) e deficiência de
fiscalização nas áreas de proteção
ambiental, como a Serra do Periperi,
e preservação permanente e seus
entornos.
• Insuficiência do sistema de
abastecimento de água, no que se
refere à captação e tratamento,
ocasionando fornecimento
intermitente em diversos setores
da cidade.
• Comprometimento progressivo da
qualidade das águas do
reservatório de água fria II,
margeada por cultivos de cafeeiro,
devido a ausência de análise dos
sedimentos desta barragem para
detecção de níveis de agrotóxicos
usados na lavoura de café e que
possam estar contaminando a
água do reservatório.
• Ausência de Proposta do Plano
Diretor de Desenvolvimento
Urbano, contendo: zoneamento
ambiental abrangendo áreas
florestadas, mananciais, áreas de
exploração mineral e para
implantação de aterro sanitário;
gestão ambiental do município e
mapa de qualidade ambiental.
• Ausência de Proposta de Código
Ambiental para gerenciamento das
atividades no município.
• Projetos de educação ambiental
dispersos, esporádicos e
insuficientes.
• Falta de fiscalização das indústrias

  49  
no que se refere às atividades
poluidoras.
• Falta de exigência do poder público
em relação ao controle da emissão
de gases pela frota de transporte
coletivo urbano.
• Falta de dados, obtidos através de
medições sistemáticas da poluição
atmosférica, que permitam avaliar
a qualidade do ar.
• Carência de áreas verdes e
arborização das vias urbanas.
• Inexistência de uma política de
preservação de encostas,
permitindo a inadequação da
ocupação através de loteamentos
incompatíveis, invasões e
exploração da Serra do Periperi,
gerando desmatamento,
degradação ambiental, erosão e
carreamento de sedimentos junto
com as águas pluviais para à
cidade gerando toda a sorte de
destruição.As conseqüências da
degradação da Serra é aumentar
enormemente o volume de águas
pluviais e de sedimentos para a
cidade com danos à sua infra-
estrutura (Vide foto 7).

Fonte: Google Earth Pro.

Foto 6: Mata do Poço Escuro

  50  
Fonte: Google Earth Pro.

Foto 7: Serra do Periperi degradada

No âmbito geral podem-se levantar os seguintes pontos fortes e fracos


da cidade de Vitória da Conquista – BA, representados nas tabelas abaixo.

Tabela 3 - Pontos Fortes da Cidade de Vitória da Conquista - BA

Pontos Fortes

Localização da cidade, tendo em vista que a mesma é cortada por uma rodovia
federal.
Desenvolvimento acelerado do comércio, dos serviços educacionais e dos
serviços de saúde.
Presença de diversas universidades, centros tecnológicos e Instituições de
Ensino Superior (IES) com potencial de atrair pessoas das cidades
circunvizinhas e de transformar a realidade social da cidade e do entorno.
Comércio diversificado e amplo.
Áreas disponíveis para a expansão da cidade.
Presença de atores sociais que promovem ações culturais, sociais e de lazer.
Promoção da cidade através dos meios de comunicação de massa locais.
Malha rodoviária no entorno da cidade em boas condições de tamanho e
conservação.
Potencial para se tornar um centro de convergência empresarial.
Presença de aeroporto.
O fato da cidade possuir um centro rodoviário de irradiação para todas as
regiões do país.

  51  
Sociedade civil participativa.
Governo democrático.
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 4 - Pontos Fracos da cidade de Vitória da Conquista - BA

Pontos Fracos

Crescimento dos índices de violência.


Desmatamento da Serra do Peiperi, ocasionando enchentes no centro da
cidade.
Crescimento urbano desordenado.
Ausência de regulação da expansão dos loteamentos urbanos privados
desvinculados do Plano Diretor Urbano.
Lagoa de decantação em área residencial, impactando a paisagem e a
qualidade de vida da população.
Infra - estrutura urbana inadequada, tendo em vista o crescimento que a cidade
vem apresentando.
Malha urbana inadequada a quantidade de veículos automotivos existentes.
Falta de recursos e vontade política para intervir na administração dos recursos
naturais.
Fonte: Elaboração própria.

3.2 Diagnóstico externo

O diagnóstico externo identifica as oportunidades e as ameaças


representadas pelas forças e tendências políticas, naturais econômicas,
demográficas, culturais e tecnológicas que incidem sobre a cidade.

Fonte: Elaboração própria

  52  
Figura 9: Diagnóstico Externo da Proposta de Plano da Cidade de
Vitória da Conquista – BA, Brasil.

Tabela 5 - Oportunidades

Oportunidades

Identificação de novas fontes de captação de recursos.


Aumento no nível de instrução da população.
Estabelecimento de novas parcerias com as organizações e movimentos
sociais.
Sociedade mais informada e mais exigente.
Formação de capital humano qualificado e a permanência desse capital na
cidade.
Surgimento de novas centralidades, deslocando as atividades econômicas e de
lazer do centro da cidade para a zona sul
Consolidação de Vitória da Conquista como pólo regional na área de comércio
e serviços, com destaque para as áreas de educação, saúde e cultura
Busca dos procedimentos de qualidade total
Crescente grau de conscientização e organização da sociedade em relação ao
Meio Ambiente e implantação de uma política de Desenvolvimento Sustentável
Aumento da demanda da população pelo consumo de alimentos produzidos pela
agricultura orgânica

Fonte: Elaboração própria.

Tabela 6 - Ameaças

Ameaças

Crise financeira internacional.


Desaquecimento da economia e conseqüente prejuízo para o setor produtivo.
Aumento da taxa de juros.
Aumento da especulação imobiliária.
Crescimento populacional acelerado que poderá acarretar aumento da pressão
sobre a infra-estrutura urbana.
Mudança na estrutura etária da população, verificado pelo seu envelhecimento
que acarretará a demanda por recursos a serem investidos na área de saúde,
cultura e lazer.
Escassez de matérias-primas.

  53  
Aumento da poluição.
Mudanças desfavoráveis no cumprimento das leis dos órgãos governamentais.
Fonte: Elaboração própria
3.3 Integração dos Diagnósticos Interno e Externo

A integração dos diagnósticos interno e externo pode ser representado


pela Matriz DAFO, na qual são apresentados os pontos fortes e os pontos
fracos, as oportunidades e as ameaças, onde verifica-se que os pontos fortes
são potencializados pelas oportunidades e os pontos fracos maximizados pelas
ameaças.

Tabela 7 - Matriz DAFO

MATRIZ DAFO DA PROPOSTA DE PLANO ESTRATÉGICO PARA A

CIDADE DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA, BRASIL

FORÇAS (+) OPORTUNIDADES (+)

Localização da cidade, tendo em Identificação de novas fontes de


vista que a mesma é cortada por captação de recursos.
uma rodovia federal. Aumento no nível de instrução da
Desenvolvimento acelerado do população.
comércio, dos serviços Estabelecimento de parcerias com
educacionais e dos serviços de organizações e movimentos
saúde. sociais.
Presença de diversas Sociedade mais informada e mais
universidades, centros exigente.
tecnológicos e Instituições de Existência de capital humano
Ensino Superior (IES) com qualificado.
potencial de atrair pessoas das Surgimento de novas
cidades circunvizinhas e de centralidades, deslocando as
transformar a realidade social da atividades econômicas e de lazer
cidade e do entorno. do centro da cidade para a zona
sul.
Consolidação de Vitória da
Conquista como pólo regional na
área de comércio e serviços, com

  54  
destaque para as áreas de
educação, saúde e cultura
Comércio diversificado e amplo. Busca dos procedimentos de
Áreas disponíveis para a expansão qualidade total
da cidade. Crescente grau de conscientização e
Presença de atores sociais que organização da sociedade em relação
promovem ações culturais, sociais
ao Meio Ambiente e implantação de
e de lazer.
Promoção da cidade através dos uma política de Desenvolvimento
meios de comunicação de massa Sustentável
locais.
Malha rodoviário no entorno da Forte tendência de ampliação da
cidade em boas condições de oferta de cursos superiores, de pós-
tamanho e conservação. graduação e de formação
Potencial para se tornar um centro profissional
de convergência empresarial.
Presença de aeroporto. Aumento da demanda da população
O fato da cidade possuir um centro pelo consumo de alimentos produzidos
rodoviário de irradiação para todas pela agricultura orgânica
as regiões do país.
Sociedade civil participativa.
Governo democrático.

FRAQUEZAS (-) AMEAÇAS (-)

Crescimento dos índices de Crise financeira internacional.


violência. Desaquecimento da economia e
Desmatamento da Serra do Peripiri, conseqüente prejuízo para o setor
ocasionando enchente no centro produtivo.
da cidade. Aumento da taxa de juros.
Crescimento urbano desordenado. Aumento da especulação
Ausência de regulação da imobiliária.
expansão dos loteamentos urbanos Crescimento populacional
privados desvinculados do Plano acelerado que poderá acarretar
Diretor Urbano. aumento da pressão sobre a infra-
Lagoa de decantação em área estrutura urbana.
residencial, impactando a Mudança na estrutura etária da
paisagem e a qualidade de vida da população, verificado pelo seu
população. envelhecimento que acarretará a
Infra - estrutura urbana demanda por recursos a serem
inadequada, tendo em vista o investidos na área de saúde,
crescimento que a cidade vem cultura e lazer.
apresentando. Escassez de matérias-primas.
Malha urbana inadequada a Aumento da poluição.
quantidade de veículos Mudanças desfavoráveis no
automotivos existentes. cumprimento das leis dos órgãos
Falta de recursos e vontade política governamentais.
para intervir na administração dos
recursos naturais.
Fonte: Elaboração própria.

  55  
TÍTULO 4 - DEFINIÇÃO DO OBJETIVO ESTRATÉGICO E DAS
LINHAS ESTRATRÉGIAS

Este título aborda o Objetivo Central e/ou estratégico da Proposta de


Plano Estratégico para a cidade de Vitória da Conquista – BA, Brasil; bem
como as Linhas Estratégicas norteadoras que permitirão obter os resultados
desejados em determinadas áreas, no processo de transformação da cidade.
Elas apontam os caminhos a serem percorridos para que se alcance o Objetivo
Central da Proposta Plano. Para cada Linha Estratégica foram definidos no
título 5 os objetivos específicos, cada um deles abrangendo certo número de
ações e/ou medidas.
O titulo aborda ainda a visão estratégica da cidade, como também suas
vocações futuras.

Tabela 8 - Objetivo Estratégico

Objetivo Estratégico

Desenvolver o território, a economia e a sociedade de forma equilibrada,


harmônica e sustentável, promovendo a qualidade de vida dos seus
cidadãos e ampliando a oferta de serviços básicos, buscando se fortalecer
como pólo de convergência regional, a fim de atrair pessoas e investimentos
e se tronar mais competitiva.

Tabela 9 - Linhas Estratégicas

Linhas Estratégicas

1 Fortalecer e promover o pólo educacional


2 Revitalizar o setor de meio ambiente
3 Promover o zoneamento agrícola
4 Promover a organização e a legalização dos loteamentos urbanos
5 Fortalecer os setores industrial, comercial e de serviços
6 Fortalecer as atividades culturais e de serviços
7 Melhorar a infra - estrutura das zonas urbana e rural

  56  
8 Promoção urbana

Tabela 10 - Visão Estratégica

Visão Estratégica

Ser referencia em educação, turismo empresarial, comércio e serviços de


saúde, a fim de atrair pessoas e investimentos e se tornar mais competitiva;
bem como melhorar o seu índice de desenvolvimento humano e promover a
melhoria da qualidade de vida de sua população de forma sustentável para
garantir um meio ambiente equilibrado para as futuras gerações.

Tabela 11 - Vocações Futuras da Cidade

Vocações Futuras da Cidade

Ser centro universitário, pólo educacional, de ciência e tecnologia


Ser pólo do turismo empresarial na região
Ser pólo comercial e prestador de serviços
Ser centro de referência estadual em serviços de saúde
Ser pólo atrativo de pessoas e investimentos

  57  
TÍTULO 5 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS PARA CADA LINHA
ESTRATÉGICA E A IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUE SERÃO
DESENVOLVIDAS

Este título define os objetivos específicos para cada linha estratégica e


identifica as ações e as medidas que serão desenvolvidas, a fim de que os
mesmos sejam alcançados.

Tabela 12 – Linha Estratégica 1

Fortalecer e promover o pólo educacional

Objetivos Específicos e Ações

Transformar Vitória da Conquista em centro universitário,


1.1
educacional e de ciência e tecnologia
Implantação de outdors nas cidades satélites de Vitória da Conquista com
1.1.1
propaganda sobre serviços educacionais.
Implantação de projetos de educação, de recuperação, preservação e
1.1.2
defesa do ambiente natural e de melhorias no ambiente construído.
Inserir na agenda política demanda para implantação de um pólo de
1.2
excelência na área de computação, biotecnologia ou genética
1.2.1 Realização de discussões na Câmara de Vereadores
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 13 – Linha Estratégica 2

Revitalizar o setor de meio ambiente

Objetivos Específicos e Ações

2.1 Recompor a vegetação da Serra do Periperi


2.1.1 Elaboração Plano de Recomposição Vegetal
2.1.2 Reflorestamento a Serra do Periperi com espécies nativas
Promulgação lei municipal prevendo multas pesadas para retirada de
2.1.3
pedras, areia e cascalho da Serra do Periperi

  58  
2.2 Impedir desmatamento acelerado da Serra do Periperi
2.2.1 Fiscalização da Serra do Periperi
Promulgação lei municipal com multas pesadas para os agentes
2.2.2
desmatadores
Diminuição da ausência de sincronia dos agentes públicos na intervenção
2.2.3
na Serra do Periperi
2.2.4 Intervenção integrada com outras entidades
Implantação de projetos de educação, de recuperação, preservação e
2.2.5 defesa do ambiente natural e de melhorias no ambiente construído
2.3 Aumentar a oferta hídrica da cidade
Analisar sedimentos da Barragem de Água Fria II para detectar resíduos
2.3.1
de agrotóxicos
2.3.2 Construção de novos reservatórios
2.4 Despoluir a lagoa de decantação
Promover a coleta e o tratamento dos resíduos antes de uma destinação
2.4.1
final ambientalmente planejada.
Educar e conscientizar a população da importância da preservação das
2.4.2
águas.
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 14 – Linha Estratégica 3

Promover o Zoneamento Agrícola

Objetivos Específicos e Ações

3.1 Realizar um plano de zoneamento para a agricultura do entorno


Promulgar lei com multas e processos para projetos agrícolas que não
3.1.1
observarem o plano de zoneamento
Impedir por lei plantios de eucaliptos em solos bons e destinado a
produção de alimentos de acordo com o plano de zoneamento
3.2
agrícola
3.2.1 Realização de discussões no legislativo municipal
Fonte: Elaboração própria

Tabela 15- Linha Estratégica 4

Promover a organização e a legalização dos loteamentos

  59  
urbanos

Objetivos Específicos e Ações

4.1 Organizar e legalizar os loteamentos urbanos


Utilização do Decreto - lei n. 271, de 28 de fevereiro de 1967 que atribui
4.1.1 poder aos municípios para obrigar a subordinação dos loteamentos às
necessidades locais
4.1.2
Regularização ágil da documentação fundiária

Inserção dos loteamentos dentro de plano público de planejamento


4.1.3
Promulgação da uma lei municipal com multas onerosas para loteamento
4.1.4 em locais inadequados ou à revelia da autoridade municipal
Observação as normas legais já existentes no município de Vitória da
4.1.5 Conquista
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 16 - Linha Estratégica 5

Fortalecer os setores industrial, comercial e de serviços

Objetivos Específicos e Ações

Incentivar a vinda de novas indústrias para a cidade e fortalecer as


5.1
indústrias locais
Concessão de incentivos fiscais para que novas indústrias possam se
5.1.1
instalar na cidade.
5.1.2 Criação subsídios e “prêmios” para estimular à modernização das
indústrias locais
Incentivo à formação de novos arranjos produtivos visando ao aumento
5.1.3
da produtividade das indústrias
Parceria entre o poder público, o setor industrial e representantes da
5.1.4 população para formulação de estratégias que visem o consumo de
produtos produzidos por industrias locais
Articulação com órgãos financiadores para facilitar a transferência de
5.1.5 tecnologia

Criação de incubadoras de empresas na cidade aproveitando-se de


5.1.6
experiências já estabelecidas do SEBRAE e da UESB.
5.2 Atrair novos empreendimentos comerciais para a cidade
Melhoria da infra-estrutura (calçadas, iluminação, do centro da cidade,
5.2.1
onde se concentra a atividade comercial

  60  
5.2.2 Arborização das ruas e das áreas sem utilização

5.2.3 Divulgação de oportunidades de negócios na Região


5.3 Organizar o setor de comércio atacadista e varejista
Elaboração de Plano Estratégico para o setor, com Incentivo à cultura da
5.3.1
gestão pela qualidade e da diversidade de oferta de novos produtos,
tornando o setor mais atraente e competitivo
5.4 Organizar o comércio informal
Cadastramento e relocalização dos ambulantes situados no Centro da
cidade definindo áreas para localização de barracas e/ou quiosques
5.4.1 padronizados (Shoppings Populares) realizado com comissão bipartite
entre o poder público e representantes do comércio informal
Criação de linhas especificas de microcrédito do "Banco do Povo" para o
comércio informal, a fim de facilitar as negociações entre o poder público
5.4.2
e o comércio informal
5.5 Consolidar Vitória da Conquista como um centro de serviços e
projetá-la como centro de referência estadual
5.5.1 Contratação de capital humano capacitado nas áreas de saúde e
educação.
Aquisição de máquinas e equipamentos e melhoria da estrutura e das
5.5.2
instalações existentes.
5.5.3
Divulgação de linhas de financiamento e microcrédito
Promoção do modelo de gestão pela qualidade (certificação pelas normas
5..5.4ISO)
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 17 - Linha Estratégica 6

Fortalecer as atividades de lazer, culturais e artísticas


envolvendo a comunidade e incentivando os talentos locais e
regionais

Objetivos Específicos e Ações

Incentivar atividades esportivas e aumentar os espaços de lazer


6.1
existentes para a população.
6.1.1 Promoção de torneios esportivos nos bairros da cidade
Diversificar as modalidades esportivas, para que as ações não fiquem
6.1.2 concentradas apenas no futebol. Atividades como xadrez, voleibol, tênis
de mesa e outras modalidades devem ser ensinadas à população
6.2 Aumentar o número de praças e pistas para exercícios
6.2.1 Construção de praças e espaços dedicados ao lazer

  61  
Diversificar a oferta cultural de acordo com as exigências de um
público com novos padrões de consumo cultural, de forma a
6.3 qualificar Vitória da Conquista como um espaço de cultura e lazer de
qualidade
6.3.1 Criação de programas de divulgação dos eventos a nível Nacional.
6.3.2
Promoção de festivais regionais de música e de teatro
6.3.3 Implantação de programa de estímulo a música clássica
Revitalizar a Biblioteca Municipal de Vitória da Conquista, através de
6.4
parceria e contratualização
Mudança da localização da Biblioteca Pública e construção de infra-
6.4.1
estrutura física adequada.
Instalação uma Rede de Leitura Pública, assim a Biblioteca poderá
6.4.2 aproximar-se dos seus leitores, adequando melhor as suas propostas e
projetos aos diferentes tipos de públicos e às necessidades locais
Inclusão na pauta de atividades da Biblioteca Pública as seguintes
realizações: a Hora do Conto, o Teatro dos Fantoches, exposições,
6.4.3 cinema, atividades no jardim e passa-tempos para os mais jovens, aulas
de xadrez
6.5 Criar museus de personagens ilustrs da cidade, a exemplo do
cineasta Gláuber Rocha
Trasnformação dos locais de moradias destes personagens em museus
6.5.1
de visitação pública
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 18 - Linha Estratégica 7

Melhorar a infra - estrutura das zonas urbana e rural

Objetivos Específicos e Ações

Condicionar toda a expansão urbana e industrial, fundiária, a


7.1 existência ou possibilidade de implantação de infra-estrutura
adequada.
Implantação de infra-estrutura, de acordo com diretrizes de proteção
7.1.1 ambiental, e de racionalização dos recursos, em particular, a do sistema
viário e de transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade
7.1.2 Otimização e requalificação da infra-estrutura existente
Organização o trânsito e o transporte coletivo, para melhor
7.1.3
aproveitamento das condições de localização e da acessibilidade
Melhoria e qualificação da infra-estrutura, principalmente quanto à
7.1.4
drenagem das águas pluviais em pontos críticos da cidade

  62  
Melhoria e adequação da infra-estrutura dos locais públicos para facilitar
7.1.5
o acesso aos portadores de necessidades especiais
Implantação de infra-estrutura básica nos bairros mais carentes da
7.1.6
cidade.
Fonte: Elaboração própria.

Tabela 19 - Linha Estratégica 8

Projetar Vitória da Conquista como uma das melhores cidades


médias do Brasil para se viver e investir, com qualidade de vida
e competitividade

Objetivos Específicos e Ações

8.1 Criar um Plano de Marketing para promover a cidade


Vinculação de propagandas nos meios de comunicação de massa
8.1.1 mostrando o que a cidade tem a oferecer em termos de turismo de
inverno e de negócios, lazer e cultura.
8.1.2 Criação do Centro de Convenções.
Relocalização e ampliação do aeroporto para pousos de aeronaves de
8.1.3
grande porte
Fonte: Elaboração própria.

  63  
CONCLUSÕES

Esta Proposta de Plano Estratégico para a cidade de Vitória da


Conquista – BA, Brasil buscou ser coerente com os objetivos e princípios do
Plano Diretor Urbano (PDU), Lei Municipal N.º 1.385/2006, e a priori se
baseou no conhecimento empírico, na observação e na percepção que a
equipe executora possui da cidade. A posteriori, se essa proposta for aceita
pelas autoridades municipais, com a aplicação da metodologia proposta que
prevê a participação de diversos atores sociais e principalmente dos cidadãos
conquistenses, a Proposta poderá vir a se tornar um Plano Estratégico que
introduz a lógica do planejamento aplicada ao território e combina a reflexão
profunda sobre o futuro da cidade e seu entorno, com a implementação de
ações e medidas para se alcançar o futuro desejável.
Trata-se apenas de uma proposta, pois para se caracterizar como um
Plano Estratégico deverá ser liderado pelo setor público, aqui representado
pela Prefeitura Municipal, ser participativo, contando com a representação dos
agentes e instituições com capacidade de influência sobre o território, ser de
consenso, ou seja, o plano deve buscar pontos convergentes e desenhar
estratégias comuns e ainda ser objeto de reflexão, ação e referência.

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REFERÊNCIAS

AJUNTAMENT DE BARCELONA. Pla Estratègic Metropolità de Barcelona -


Etapa 2006/2010. Edició: Pla Estratègic Metropolità de Barcelona.Realització:
Marc Castells, Artgrafia. Document aprovat en la reunió de vicepresidentsde La
Comissió Delegada del Pla Estratègic Metropolità de Barcelona, el 20 de gener
del 2006. Pdf.

FERNANDEZ GÜELL, Jose Miguel. Planejamento Estratégico das Cidades.


Editara Gustavo Gili. S.A . 1997.FISHMANN. A. Adalberto e ALMEIDA,
Martinho. Planejamento Estratégico na Pratica. Edit. Atlas. S.A. São Paulo.
1991.

LOPES, RODRIGO. A cidade intencional: o planejamento estratégico de


cidades. Mauad Editora Ltda, 1998. Disponível em: <
http://books.google.com/books?id=ncv5GK8o5a8C&printsec=frontcover&hl=pt-
BR#PPA105,M1> Acesso em:16.12.08.

MAXIMILIANO, Príncipe de Wied-Neuwied. Viagem ao Brasil. Itatiaia/EDUSP,


1989.

MEDEIROS, RUI. Os loteamentos e a expansão urbana de Vitória da


Conquista. Disponível em: http://blogdopaulonunes.com/v2/2008/12/os-
loteamentos-e-a-expansao-urbana-de-vitoria-da-conquista.>Acessado em:
18 de dez.08.

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Plano Estratégico do Rio de


Janeiro. Disponível em <http://www.rio.rj.gov.br/planoestrategico>. Acesso em
18.dez.08.

PUJADAS, Romá; FONT, Jaume. La Planificación Estratégica. In:


Ordenación y Planificación Territorial. Editorial Sintesis, Madrid, 1998.

SOUSA, Maria Aparecida Silva. A conquista do sertão da ressaca. UESB,


2001.

VIANA, Anibal Lopes. Jornalista. História de Conquista. Revista Histórica de


Conquista. Vol 1. Vitória da Conquista, 1982.

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ANEXOS

SITES VISITADOS

http://www.jfservice.com.br/planojf/index.html
http://www.rio.rj.gov.br/planoestrategico/
http://www.slideshare.net/portodeaveiro/plano-estratgico-do-porto-de-aveiro-
sumrio-executivo
http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/educacaoiscal/arquivos/Plano_estrat.pd
f
http://194.65.153.232/mei/document/pent2.pdf

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