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Os alunos do 6ºF, na disciplina de História e Geografia de Portugal,


elaboraram alguns textos subordinados ao tema Vida na cidade no século
XIX. Seguem-se alguns desses mesmos textos.

A vida quotidiana de uma criança da cidade no século XIX

Tudo se passou no dia 16 de Março de 1852, quando um grupo de cinco jornalistas do


Norte do país estava a elaborar algumas entrevistas para compreender melhor a vida
quotidiana de uma criança da cidade no século XIX.
Foram a uma rua antiga situada no centro da cidade. Bateram à porta de uma pequena
casa. Era feita de pedra, tinha umas pequenas escadinhas para a entrada, uma pequena
janelinha e o telhado com algumas telhas partidas.
No interior da casa, mal ouviu bater à porta, a senhora, que lá vivia, veio abri-la. Os
jornalistas espalharam-se logo pela casa: um fazia as perguntas, outro apontava as respostas
e os outros três aproveitaram para fotografar a casa.
- É a senhora, a dona desta casa? - perguntou o jornalista.
-Não, é o meu marido, mas ele teve de se levantar muito cedo para ir trabalhar.
- E tem filhos?
- Tenho.
-Então e eles não foram trabalhar?
- Só um é que trabalha - é o mais velho - os outros ainda são muito pequenos. Mas o
mais velho vai mais tarde.
- Pode ir chamá-lo?
E lá foi a simpática senhora chamar o filho.
Quando a criança apareceu atrás de uma velha porta de madeira, começaram logo a
fazer-lhe perguntas:
- Como te chamas?
- José.
- E quantos anos tens José?
- 9 anos.
- Onde trabalhas?
- Numa oficina artesanal.
- E nessa oficina, quantos são os artesãos?
- De 2 a 3, mas ainda estamos a aprender o ofício.
- E, mais ou menos, quanto tempo demora a aprender o ofício?
- Leva anos e anos.
- Com que objectos trabalham na oficina?
- Com algumas ferramentas e com máquinas rudimentares, mas a energia que
utilizamos para as mover vem dos próprios músculos ou então, da água e do vento.
- Muito bem! Quantos irmãos tens?
- Tenho quatro irmãos e duas irmãs.
- Frequentas a escola?
- O que quer dizer “frequentar”? – perguntou o José um bocado confuso.
- “Frequentar” quer dizer se andas na escola. – Esclareceu o jornalista.
- Não, mas gostava de andar, eu gosto de aprender coisas novas.
- E quais são as tuas brincadeiras?
- Jogo ao pião, aos berlindes, futebol com uma bola de trapo, à marca e a outros jogos,
coisas simples.
- Como é que é o teu vestuário no dia-a-dia?
- Ando descalço e com a roupa rota – disse o José um bocado envergonhado.
- E por fim, como é a vossa higiene?
O José já cansado de tantas perguntas, lá respondeu:
- Nós não temos muito dinheiro, por isso não temos água canalizada. A minha mãe é
que, às vezes, me manda ir buscar água ao chafariz e eu aproveito para me refrescar.
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Os jornalistas despediram-se e foram-se embora contentíssimos pelos seus resultados.


Luís Filipe, nº11

Sou uma criança da cidade do século XIX

Esta semana, decidimos fazer uma entrevista sobre o modo como viviam as crianças do
século XIX. Para isso, convidámos Mariana Guerreiro, uma menina que nos vai falar sobre a
infância da sua trisavó.

Repórter: Olá Mariana! Antes de mais, como sabes tantas coisas acerca da tua trisavó?
Mariana: Boa tarde! Sabe, moro numa linda casa, que já foi habitada pelos meus avós,
bisavós e até mesmo pelos meus trisavós.
Um dia (já lá vai um ano e meio) entrei numa “mini” biblioteca que há em minha casa … virei
tudo do avesso. E qual não foi o meu espanto, quando encontrei o Diário de infância da minha
trisavó! Abri-o, folheei-o e fiquei fascinada!
Repórter: Fantástico! E sabes se a tua trisavó frequentava a escola ou se trabalhava?
Mariana: A minha trisavó andava na escola, pois os seus pais tinham estado no Brasil e
tinham-se tornado muito ricos. Até encontrei a sua cartilha numa pequena gavetinha!...
Repórter: Sabes como se vestia a tua trisavó?
Mariana: Não sei muito bem, sei apenas que usava saias compridas porque me lembro de
ter lido no Diário que um dia, ao subir a uma árvore, a sua saia comprida, tinha-se rasgado
até ao joelho.
Repórter: E como se alimentava a D.Maria?
Mariana: Se quer que lhe diga, não sei bem. Só sei que era uma alimentação variada. Mas
lembro-me da minha trisavó escrever sobre a alimentação da sua prima Constança. A prima
da minha trisavó comia pão de milho, batata, arroz, sardinha salgada, carne e doces.
Repórter: Carne e doces?! Tinha muito boa alimentação! Voltando à tua trisavó…Como era a
sua casa?
Mariana: Oh! Era e é muito bonita! É branca, com grossas faixas azul ciano, um grande
terraço, e cheia de lindas flores! Por dentro não sei como era, mas sei que a minha trisavó a
adorava!
Repórter: E a sua família, hum?
Mariana: Adorava a sua família! A mãe dançava com ela e ensinava-a a bordar, a fazer
lavores e a tocar piano. O pai era o seu grande amigo. Os irmãos brincavam com ela e eram
muito unidos, apesar de terem algumas chatices, mas isso é normal.
Repórter: Pois é. E agora a melhor parte: Quais eram as suas brincadeiras?
Mariana: Ah, ah, ah! Estava a ver que não perguntava isso! Oh, ela divertia-se imenso!
Com os amigos jogava aos jogos tradicionais, cantava, dançava, brincava às escondidas e
subia às árvores. Jogava, também, a um jogo que o seu grupo de amigos inventou…
Chamava-se “Mundo Colorido”. Era assim: havia um rei que se sentava em qualquer coisa
alta, de modo a parecer o seu trono. Os outros ficavam à sua frente, à espera de ordens. O
mais lento a cumprir as ordens tinha um castigo que era imposto pelo rei. O mais rápido era o
rei seguinte. Era muito divertido!
Repórter: Também acredito que sim! Obrigado Mariana! Foi um prazer!
Mariana: O prazer é todo meu! Adorei esta entrevista!

Sofia Filipe, nº19

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Entrevista a uma criança da cidade acerca do seu quotidiano

Jornal - Bom dia. Como te chamas? Conta-nos algo acerca de ti e da tua família.
Criança – Bom dia. Eu chamo-me Maria. Na minha família, somos cinco: eu, os meus dois
irmãos e os meus pais.
Jornal – E vocês crianças frequentam a escola?
Criança – Com muita pena minha e da minha família, nós não temos dinheiro para tudo isso,
o que é uma pena porque já ouvi falar na cartilha maternal, que é um manual que ensina a
escrever.
Jornal – Fala-nos um pouco do teu dia-a-dia e o da tua família?
Criança – Bem, eu comecei a trabalhar desde muito nova. Eu agora trabalho na exploração
da mina. Por vezes, as crianças trabalham nas minas, porque somos mais pequeninas, logo
entramos mais facilmente nos pequenos buracos. Mas os meus pais trabalham nas fábricas,
são operários, eles põem as máquinas a vapor a funcionar puxando e movendo alavancas e
manivelas. E não têm tempo para descansar, porque trabalham ao ritmo das máquinas e não
podem parar. E os meus irmãos, que são mais velhos e grandes artesãos, trabalham nas
oficinas. Para trabalharem, contam com a ajuda muscular, da água e do vento. No entanto
temos todos trabalhos muito pesados.
Jornal – Sofrem algum tipo de injustiça?
Criança – As mulheres e as crianças trabalham tanto como os homens, mas recebem menos.
Em caso de acidente não há qualquer tipo de protecção, nunca temos folgas e temos
péssimas condições de trabalho.
Jornal – Como é a vossa higiene?
Criança – Normalmente, lavamo-nos com água fria (nos rios, fontes, nascentes), com 4 graus
de temperatura ou menos, sobretudo no Inverno.
Jornal – Podes descrever-nos a tua casa?
Criança – É uma casa humilde, muito simples e pobre. É uma velha habitação com
pouquíssimos móveis e dormimos no chão num colchão feito de palha.
Jornal – Como é que se vestem?
Criança - Com trapos, pois não temos dinheiro para seguir a moda.
Jornal – E como é a alimentação?
Criança – A base da nossa alimentação é o pão, mas também comemos bacalhau, sardinha e
outros peixes e ainda toucinho e sopa.
Jornal – E como é que se distraem?
Criança - Indo à missa, à feira, lançando o pião, jogando à bola…
Jornal - Muito obrigado Maria. Ficámos a perceber que a vida não é fácil e que se deve dar
mais valor às pequenas coisas da vida.
Criança – O prazer foi meu. Obrigada!

Patrícia Tomas, nº14

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Porto, 16 de Março de 1887

Olá, amigo Joaquim, como tens passado? Continuas a pastorear as ovelhas, de manhã à
noite? E ainda não vais à escola, continua a ser só para os meninos ricos, filhos dos
lavradores?
Os meus pais tiveram de vir embora, porque ficaram sem trabalho, a ceifeira a vapor
roubou-lhes o emprego. Esperavam encontrar melhores condições de vida aqui e até
pensavam pôr-me na escola, porque tenho 10 anos e eles queriam que eu aprendesse a ler e
a escrever, mas não foi possível, por isso pedi ao meu vizinho, que veio do Brasil, para te
escrever esta carta por mim, agora com os correios é mais fácil comunicarmos com quem
está longe.
A vida na cidade não é melhor do que a do campo.
Os meus pais arranjaram trabalho numa fábrica muito grande chamada “Tecidos a
Vapor” mas os ordenados são muito baixos e eu fui obrigado a vir trabalhar com eles, para os
poder ajudar nas despesas.
O meu trabalho é mover e controlar a alavanca que faz com que as máquinas
trabalhem. Tenho de estar sempre em pé e não me posso distrair, senão todas as máquinas
da fábrica podem parar.
Trabalho muitas horas, entro às 5h da manhã e só saio depois das 19h. Apenas
paramos meia hora para almoçar, comemos pouco, porque não há dinheiro, nem tempo para
mais, habitualmente é pão com azeitonas ou com peixe frito.
O ambiente dentro da fábrica é muito mau, é abafado e muito barulhento. Um senhor
que trabalha ao meu lado a dobrar os tecidos já está surdo, tanto é o barulho!
Hoje posso escrever-te porque não fui trabalhar. Estamos a fazer greve para tentarmos
ter melhores condições de trabalho e por isso estou sentado, com o meu amigo Simão, num
muro à entrada da fábrica. Daqui posso ver as chaminés da fábrica que, cá de baixo, parecem
enormes. Ainda não tinha tido tempo para observar a paisagem: há muito fumo, barulho e
confusão. Não se ouvem os passarinhos nem as cigarras. Não há flores nem árvores para nos
dar sombra. Não se vêem borboletas. A cidade é um lugar muito triste.
Olha, amigo Joaquim, parece que a greve acabou, estão a chamar-nos para voltarmos
ao trabalho.
Não me parece que nos voltemos a ver nos próximos tempos.

Despeço-me, enviando-te um abraço cheio de saudades.


O teu amigo
João
Rafael Neves, nº16

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