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A Teoria do núcleo do Eu (TRABALHO MARA CELS0)

1) Definição de Núcleo do eu do Dr. Bermúdez.

O núcleo do eu é uma teoria que resulta da elaboração de conceitos etiológicos,


embriológicos, anatômicos, fisiológicos, psicanalíticos, sociais, psicodramáticos,
psiquiátricos infantis, e da prática clínica. Ela considera , geneticamente, que o
psiquismo é desenvolvido a partir de estruturas genéticas estáveis da espécie, e
resulta, portanto, da simultânea interação dos fatores fisiológicos, psicológicos e
sociais.
Ao nascer, a criança possui a sensação de existir, o Si Mesmo Psicológico, que é
a primeira manifestação psicológica do organismo, que resulta da integração
fisiológica.
O psiquismo só pode se manifestar a partir de um certo grau de integração
orgânica. Mas se diferencia dos elementos que lhe deram origem, possuindo
qualidades e características próprias, diferentes, pois alcança um determinado
grau de organização.
O sistema nervoso sendo estimulado pelos fen6omenos que ocorrem no
organismo e em seu redor, permite a formação da existência psicológica no
indivíduo.
os filtros fisiológicos são um sistema de seleção de estímulos por parte do
organismo, regulado por um plano genético que se manifesta através da
maturação do sistema nervoso. Através desse sistema, a fisiologia condiciona e
determina a informação que o psiquismo recebe e , portanto, sua estrutura.
Durante os dois primeiros anos de vida, o psíquico é extremamente dependente
do fisiológico, e é o que mantém a estabilidade da espécie, independente da
estrutura social que ocorra. A estrutura psíquica é igual a todos os humanos.
A qualidade primeira e essencial do psiquismo é a atenção espontânea,
uma posição subjetiva da criança, que responde quantitativamente à intensidade
dos estímulos fisiológicos oferecidos, as sensações. Quando os estímulos
fisiológicos são pouco intensos, múltiplos, indefinidos e variáveis, o psiquismo
permanece indiferenciado. Mas quando algum deles se destaca com intensidade e
se define, o psiquismo concentra-se ao redor dessa sensação, e depois retorna ao
estado anterior quando esta desaparece. a maturação do SN predetermina os
focos de organização psíquica, que são os estímulos fisiológicos. Eles dão origem
às Marcas Mnêmicas, registros de repetição de experiência. Quando um
interoceptor é estimulado, a sensação é de que o estímulo está dentro da criança.
Quando o exteroceptor é estimulado em seguida ao interoceptor, a criança
decodifica que o estímulo passou de fora para dentro. Mas se o exteroceptor não
é estimulado, o estímulo é apenas sentido como que ocorrido dentro da criança, e
não que tenha estado fora e depois entrado.
O núcleo do eu é uma leitura psicológica dos processos fisiológicos
evolutivos. o que a princípio é percebido como se originado dentro de si, mais
tarde é experimentado como vindo de fora. Uma experiência não invalida a outra,
tendo seus significados ao indivíduo no momento em que ocorrem.
O fisiológico e o social, no ser humano, estão geneticamente
predeterminados para complementarem-se e gerarem um registro (MM). Este
registro é a base de futuras respostas pois condensa esta interação, e as
respostas a partir desse momento são automatizadas. As Estruturas Genéticas
Programadas Internas e Externas são os nomes que recebem os elementos que
participaram dessa interação.
A boca é interna, por exemplo, e complementária do seio materno que é
externo. Do ato de mamar resulta a marca mnêmica correspondente. Estas EGPs
são as que formam três funções não automatizadas indispensáveis à
sobreviv6encia do organismo: ingestão, defecação e micção. O núcleo do eu se
estrutura em dois anos.
Conforme os focos de estimulação vão predominando e decrescendo em
intensidade, vão produzindo registros correspondentes, iniciando-se com a
ingestão, dando lugar ao papel de ingeridor. a ele se segue a defecação, dando
origem ao papel do defecador e por último a micção, origina o papel do urinador.
Estes são os papéis Psicossomáticos que se estruturam concomitantemente à
discriminação dos anos a que pertencem as Estruturas Genéticas Programadas.
Na teoria do núcleo do eu, as 3 áreas consideradas por Pichon-Riviere-mente,
corpo, ambiente, estão interrelacionadas com os papéis psicossomáticos. O papel
do ingeridor delimita as áreas corpo-ambiente. Este papel se estrutura durante o
primeiro trimestre de vida (extra-uterina). O defecador delimita as áreas ambiente-
mente, entre o terceiro e o oitavo mês. O papel do urinador delimita mente-corpo,
entre o oitavo e o vigésimo quarto mês.
O eu resulta da integração dos 6 elementos que intervém na estruturação
do núcleo do eu, e é uma instância nova e diferente, pois embora constituído pelos
6 elementos que formam o núcleo do eu, é diferente deles.

Papéis e modelos Psicossomáticos

Papel do Ingeridor:
Ao nascer, a criança possui uma sensação cenestésica de existir. Seu psiquismo é
indiferenciado e caótico, não havendo vontade, pensamento, limites e diferenças
entre próprio e alheio, entre sensações e fatos. este é o Si Mesmo Fisiológico,
onde se inicia o desenvolvimento deste papel.
Ao ser saciada a fome da criança, há ausência de tensão. Com a fome,
originam-se contrações gástricas, chegando a um nível de tensão que necessita
ser descarregado. Esta tensão difunde-se por todo o seu corpo, gerando agitação
e choro. Ao ser alimentada, acalma-se e dorme. Assim se estabelece o ciclo fomo-
saciedade, e a tensão e desconforto, antes no organismo todo, focaliza-se no
estômago, e toda a atividade psíquica gira em seu redor. a partir da repetição do
ciclo a criança já manifesta externamente respostas mais específicas do que
globais e dispersas.
Inicialmente, a fome e saciedade são experiências globais, não havendo
discriminação entre continente e conteúdo, depois, com a maturação do SN, o
estômago se separa de alimento.
O órgão efetor específico da fome é o estômago, e não a boca. As
contrações gástricas desconfortáveis comprometem todo o organismo. A
saciedade também. ambos são vivenciados como fenômenos totais, sentindo a
criança como se fosse inteira fome e inteira saciedade.
Aos poucos, com a repetição da experiência, continente e conteúdo são
discriminados. a fome é a falta e a saciedade é a exist6encia. A criança começa a
descobrir o que não é si mesmo.
Os exteroceptores influenciam esta percepção. Quando a integração
gastro-es6ofago-bucal é alcançada, culminando com o limite exteroceptivo, e
descoberta do "afuera oral", o processo de estruturação deste modelo está
completo, ocorrendo por volta do terceiro mês. A criança para o exterior o que se
passa no seu interior, de forma ativa e clara. Ela sorri para as pessoas que se
aproximam dela, pois houve a gestalt do rosto humano. Nesses primeiros 3
meses, a criança vivencia o nível bipolar do prazer (quietude)-desprazer. A
complementariedade EGIP-E pode ser prazerosa ou desprazerosa. Prazeirosa-
houve descarga tensional completa; desprazerosa- a necessidade não foi
satisfeita totalmente. a marca mnêmica é completa ou incompleta. O clima
emocional envolvido também contribui para a descarga completa ou incompleta.
Descobrindo o "afuera oral", o mundo para a criança é perdido pela boca e
recuperado pelos olhos. Ela já não é mais responsável pela fome ou saciedade. E
os olhos produzem atividades visuais bifocais, reconhecendo e conhecendo coisas
e pessoas.
A ingestão se dá dentro e fora do ato alimentar, ingere de forma cenestésica
os climas emocionais, dentro de um território demarcado pela senso percepção da
criança - a aura do ingeridor.

Papel e modelo de Defecador:

Este papel é estruturado sobre a função fisiológica da defecação. A atenção da


criança passa a ser atraída da zona oral para as sensações que a formação do
primeiro cíbalo desencadeiam. As características de tridimensionalidade, solidez e
oposição, contrastando com as anteriores de bidimensionalidade e liquidez, são as
fontes de estímulo. O estímulo mais intenso é a surpresa de seu aparecimento.
Como ocorre no papel de ingeridor, a primeira sensação é global e indiscriminada,
e com a repetição da experiência, delimita-se continente e conteúdo, estímulo e
receptor. O cíbalo conduz a atenção da criança para fora, e os registros desse
novo processo vão sendo produzidos. Ocorre, através da defecação a descoberta
do afora anal.
A EGPE é o cíbalo, e a EGPI as alças intestinais, onde acontece a
complementação. A contração muscular ao redor do cíbalo é a descarga tensional.
O ato de defecar estabelece a continuidade entre interno e externo. Inicialmente o
cíbalo é sentido cenestesicamente no intestino, para depois ser sentido no nível
anal exteroceptivamente, e ser depositado no ambiente. A atenção da criança se
dirige para o meio externo.
A relação que o papel de defecador mantém com o afora é baseada no ciclo
criação-oposição-descarga motora-perda , e tem um sentido de surgimento. Os
papeis de ingeridor e defecador se interrelacionam com o surgimento de novas
experiências orais: as erupções dentárias, que focaliza a atenção novamente na
zona oral, deslocando-a da anal. Essa interrelação acontece com o cíbalo que se
perde e o dente que aparece. O morder permite que a criança incorpore o meio
concreta e ativamente, dirigindo a atenção da criança para o que acontece com o
ambiente que penetra dentro de si. A criança descobre a dependência do
ambiente para a formação do cíbalo, integrando ingeridor e defecador, pois
anteriormente a criança sentia a sua criação como independente do meio.
Descobrir que não é permite à criança possibilidades de adaptação ao meio. Há a
re-valorização do cíbalo e o aumento da relação indivíduo ambiente, diminuindo a
sensação de perda e auto-suficiência. Essa integração do aparelho digestivo
determina o engajamento da criança na estrutura social e no ambiente.
A criança ainda não tem consciência de si mesma, mas já delimita o seu
ambiente, mesmo que ainda não o considere independente de si, pois não tem
um Eu formado, com poder reflexivo.
Relação com o ambiente
A atenção da criança é deslocada do meio para a área cenestésica caudal,
com o aparecimento do primeiro cíbalo. O diferencia como conteúdo e descobre
que o ambiente está dentro de si. Quando intestino grosso e ânus se integram e
produzem a defecação , o elemento que a princípio era experimentado como
próprio e surgido dentro de si , se perde, é depositado para fora. Com a ausência
do cíbalo, todas as sensações ocorridas em sua relação com ele deixarão de ser
sentidas. Essa experiência será procurada no meio externo. A realização da
descarga motora pela oposição e resistência tridimencional é essencial para a
estruturação do papel e modelo de defecador, pois elimina a destrutividade da
descarga motora e da agressividade. À descarga tensional se junta a perda do
cíbalo e a atenção se desloca para o ambiente, na procura do cíbalo perdido. Esta
procura no ambiente pelo elemento sentido como próprio é a base da angústia do
oitavo mês, quando a criança chora na presença de rostos estranhos. O encontro
com o rosto esperado alegra e reconforta a criança. Devido à descarga emocional,
a criança sabe que é o esperado, e mais tarde a marca mnêmica substitui.
A criança, por meio do cíbalo, descobre uma nova relação com o ambiente,
que está carregada de criatividade e forma, o que foi depositado no cíbalo. Afim de
recuperar o cíbalo no ambiente, a criança encontra em troca outro tipo de relação.
A auto-suficiência diminui e a relação com o meio é reforçada. Ela descobre que o
cíbalo é resultado da interação entre o que recebe e o que possui. Os valores da
matéria se destacam, o cíbalo passa a ser o representante do ambiente e assim,
desejado. A criança começa a imitar, e as MM tomam maior importância, pois
através delas recria a relação perdida (memória). A relação anal com o ambiente
substitui a relação parede intestinal-cíbalo. A vista, o ouvido e a preensão manual.
O ambiente e o Si Mesmo são discriminados com a estruturação do papel de
ingeridor e defecador, e a dependência do meio se acentua, o que favorece a
transmissão da herança cultural.
Papel e modelo de Urinador:

Este papel é estruturado sobre a função fisiológica da micção. O aumento do


tônus esfincteriano uretral produz maior retenção urinária e tensão intravesical. A
atenção que está voltada para o ambiente, foca-se na intensidade de estímulos
cenestésicos (tensão vesical). Acontece inicialmente a sensação generalizada que
progride para uma discriminação. O estado de tensão dá lugar a uma breve
descarga prazerosa.
Evidencia-se, com a micção, que o mesmo conteúdo-estímulo desencadeia
duas sensações diferentes. Há a delimitação de dentro e fora, a penetração no
ambiente.
A uretra masculina é mais comprida que a feminina.
O esfíncter passa a ter maior importância que o conteúdo pela relação que
se estabelece entre acúmulo urinário e tensão intravesical e a descarga tensional
e prazer uretral. O conteúdo(urina) se refere ao esfíncter e a descarga tensional
ao prazer uretral.
A chegada da urina ao ambiente chama a atenção flutuante da criança, que ou
sente-se molhada ouve a urina fora dela.
Agora há uma sobrecarga experiencial e de registro, com a delimitação de
ambiente e a focalização da atenção nele, e também com a maturação do sistema
de vida de relação. As MM podem ser ativadas por estímulos que não estejam
ligados aos receptores, mas a outras partes do circuito. Não existindo
discriminação entre corpo e mente, MMs são indiscriminadamente ativadas por
estímulos provenientes de uma ou outra área, deformando-se e originando
imagens monstruosas, nos momentos em que se diminuem estimulações
ambientais, como na hora de dormir. As marcas mnêmicas de vivências anteriores
são ativadas, voltando sob formas parciais, fragmentadas, carregadas de emoção
e misturadas com outras MMs. Ex: Criança que vai brincar com cachorro e a mãe
proíbe- a criança vivencia a imagem do cachorro, a vontade de brincar e a
frustração. Essas vivências, carregadas de tensão, ficam fragmentadas e portanto
monstruosas. Há confusão dentro e claridade e discriminação fora. Essas imagens
confusas e monstruosas ficam ligadas à origem do controle esfincteriano e da
urina. Imagens incipientes, urina e controle ficam confusas e associadas ,
reforçando-se com mudanças rápidas e bruscas produzidas pela micção e
descarga tensional e prazer uretral, no nível corporal e mental.
Há a descoberta de que a tensão se acalma com o chupeteio e a micção.
A EGPE é a urina e a EGPI é a parede vesical e uretral.O esfíncter fica como
limite entre a mente e o corpo; naquela está vinculada a gênesis das tensões e
neste a descarga e o prazer. O aparecimento da urina no ambiente e a
permanência da atividade menta contribuem para a discriminação corpo-mente. A
tensão física e a mental começam a se diferenciar. Este processo culmina com o
início da atividade do esfíncter estriado e com o aparecimento do Ego.
Este período é rico em aquisições (MMs), a criança aprende a manejar seu corpo,
deslocar-se e relacionar-se cada vez mais com o ambiente, integrando-se mais no
ambiente. Este papel permite a discriminação corpo-mente, estimulando a
integração corpo-ambiente. a criança descobre que através do controle
esfincteriano é capaz de influir sobre seus estados de prazer e tensão. O controle
reflexo substituído pelo controle voluntário acentua a discriminação corpo e mente
e os integra funcionalmente. A atividade mental vai adquirindo coerência, pela
interrelação entre imagens incipientes e atividade motora voluntária, dando lugar a
claras e controláveis imagens internas, e não mais monstruosas.
As vivências do ato de micção são diferentes entre os sexos. No menino o
ato é seguido por vivências de penetração e direção no ambiente externo pois tem
a uretra extensa e o jato urinário pode ser visto e dirigido a um ponto no ambiente.
a vivência é de poder e conquista diretiva do espaço. Na menina a urina entra em
contato próximo com o ambiente externo, pois a uretra é curta, e o jato urinário é
descarregado próximo ao corpo. A vivência é comparável à de sedução.

O eu incipiente
Os primeiros eboços do eu são assinalados pela oposição voluntária à micção,
que origina uma inquietação motora. Inicialmente o eu existe como expressão da
oposição voluntária à saída dos conteúdos viscerais, desaparecendo com o prazer
uretral. Com o estabelecimento do Controle Esfíncteriano, estabelece-se o eu.
A princípio existe a confusão com relação às suas necessidades na criança.
O eu vai experiencialmente se diferenciando e a criança percebe que tem dois
tipos de conteúdos e duas sensações diferentes. o sólido não desencadeia
inquietação motora e o líquido sim; o sólido é mais fácil de reter do que a urina,
pela sua consistência. Dessas experiências diferentes e definidas origina-se, no
nível psicológico, a noção de abstrato e concreto. a criança se apossa de seus
conteúdos fisiológicos e estabelece uma solução de continuidade entre dentro e
fora, com o CE. Com esta aprendizagem, a criança regula sua entrada e saída à
vontade. No nível psicológico o eu toma posse do núcleo do eu.

Consequências Psicológico-Sociais em relação ao CE: O registro das


experi6encias a partir das reações desencadeadas no meio ambiente ao
aparecimento dos conteúdos vesicorretais da criança vão determinar a sua
valorização particular ao controlar os conteúdos.
A criança passa a descobrir que o meio social sabe o que se passa em seu
interior. Os movimentos que ela realiza pela manifestação de sua inquietação
motora vão ter um significado para o ambiente social, pelas respostas que
desencadeia. Aparece a necessidade de controlar os movimentos, afim de não ser
percebida pelo adulto, que pode mandá-la ao banheiro no meio de uma
brincadeira. Esse domínio tem o intuito de enganar o adulto. a criança passa a se
preocupar com o seu corpo como veículo de comunicação e transmissor de
estados interiores. Volta sua atenção ao estudo de seu corpo em relação ao meio
para diferenciar-se.
Através da fala, a criança descobre que pode comunicar o seu interior.
Então ela aprende a mentir, como uma técnica de ocultamento.
Com relação à retenção de conteúdos vesicais e retais, é mais esperado do
meio o cíbalo, que modifica estados exteriores, é mais social. a micção é mais
pessoas, pois modifica essencialmente estados interiores.
A experiência de controle retal, intimamente relacionada com o social,
adquire formas verbais- expressões carregadas de violência e destrutividade :
falar aos peidos- falar sem conteúdo; fazer cagadas-fazer fezes líquidas sem
completar sua elaboração, sem forma e incontroláveis; cagaço-medo e temor à
perda de controle; embundado-controla a raiva e se desconecta do meio, porque
toda atenção se concentra no CE; Que rabo!-conseguir defecar um grande cíbalo;
romper o cú- violentar o outro, torná-lo dependente por não poder mais controlar
seus conteúdos. Essas expressões se dirigem ao mais íntimo do indivíduo que
está alem do esfíncter e ligada à capacidade criativa do indivíduo. Ou expressões
que demonstrem segurança, potência e desprezo pelo inimigo e tem a ver com
exibição do ânus.
Para as experiências com o controle vesical, as expressões são menos
ricas devido à participação do prazer uretral na micção (mijar-se de prazer, mijar-
se de rir).

Atividade mental e tensões fisiológicas: Após estabelecido o CE, o eu dirige sua


atenção a seus conteúdos primeiro fisiológicos, e depois às suas origens
experienciais, tensões mentais e atividade mental. O eu passa a discriminar
imagem e sensação. A criança passa a ser capaz de fantasiar com suas imagens,
sem sentir-se comprometida corporalmente, combina MMMM e descobre novos
movimentos e novas possibilidades de seu corpo. O que dá forma a estes
conteúdos é o modelo da micção e da defecação, que permite ao Eu categorizá-
los pela experiência. É o abstrato e o concreto.
A criança aprende a detectar precocemente o aparecimento das tensões
vesicorretais, pela atenção que está focalizada na atividade mental. Já é capaz de
reafirmar suas necessidades antes que elas agudizem.
O Eu se enriquece com as informações fornecidas pelo núcleo do eu,
através da atividade mental. Permite discriminar entre tensões mentais, corporais,
ambientais e viscerais.

Sensação, imagem difusa e inquietação motora no dormir: Durante o sono as


interrelações entre as tensões internas e a inquietação motora é posta em
evidência. Os estímulos são difusos, contínuos e sem variações de intensidade
(frio, queimação gástrica). Essas sensações provenientes dos estímulos, fornecem
material para o sonho. Ou a criança desperta, pela extrema tensão interior, ou
começa a sonhar. Para sonhar, os conteúdos da imagem difusa precisam adquirir
forma. Sonhando, o dormir fica protegido, pois os fatores de perturbação são
elaborados.

O esfíncter larinjo: A laringe, além de outras funções, exerce atividade


esfincteriana no momento da micção e defecação, fechando a glote para fazer
pressão no diafragma e músculos abdominais. DEsde o choro do recém nascido,
gorgeios de satisfação, aprendizagem verbal, a laringe está continuamente
integrada ao resto do indivíduo, culminando com sua transformação no centro de
esforço corporal, quando sua função esfincteriana é plenamente adquirida.
Como órgão fonador, a laringe adquire maior relevância, graças aos
estímulos ambientais. Inicia-se o processo de aprendizagem de atos. Primeiro a
relação indivíduo-meio- o choro desesperado , sem resposta. A partir das
respostas que o satisfazem, produz-se o registro , produz-se o choro objetivado a
obter resposta determinada. Os choros são diferentes para cada necessidade.
Após a satisfação durante o papel do ingeridor vem o sono, do defecador, o
gorgeio, do urinador, a imitação de sons do ambiente. Os choros e gorgeios são
deslocados pelas formas sonoras e verbais na expressividade da criança. há
integração laringe-glosso-labial. As formas verbais vão atenuando suas tensões
interiores.
As tensões interiores descarregam-se na descarga tensional laringea-expulsão
intensa e aguda do ar durante o choro, descarga suave e grave da satisfação
Durante a estruturação do papel do ingeridor ingestão e respiração são
simultâneas, a inspiração atua como elemento coadjuvante da sucção e deglutição
de líquidos. Durante a estruturação do papel do defecador, a deglutição de sólidos
inibe a inspiração e a epiglote fecha o orifício superior da laringe, separando as
duas funções. Durante o papel de urinador, separação entre deglutição e
respiração é reafirmada. Na inspiração está associada ingestão e respiração, na
expiração a respiração a micção, a defecação e a fonação.

MINHA RESPOSTA
4) O Eu e o si Mesmo Psicológico Sincrético.

Após o estabelecimento do controle esfincteriano, a criança fica na posse de seus


conteúdos, se capacitando para se adaptar com o meio circundante e controlar os
seus conteúdos fisio-psicológicos. O SI MESMO PSICOLÓGICO SINCRÉTICO,
dentro deste, o “EU”, começa a experienciar que um mesmo fato pode ter
respostas diferentes e que estas diferenças assimilam características distintas
dentro de suas posses.
Pouco a pouco, o “EU” vai se diferenciado e discriminado a sua posse, se
tornando o “MEU”, estabelecendo vínculos dIferentes intensos. Nesta transição a
necessidade da criação do papel que tem como objetivo de diferenciar o “EU” do
“Meu”, a posse passa a se tornar o “papel”. A eliminação das posses, graças à
estruturação dos papeis modifica as características do mesmo: perde o seu
concretismo e se transforma no SI MESMO PSICOLÓGICO, o SMP a seguir será
um espaço psicológico, verificável fisicamente como uma área pericorporal que
nos rodeia, sentida como próprio.
Assim, o “EU” começa a perceber a existência de outras relações que são alheias
à sua pessoa e que ocorrem com seus objetos radiados.
Neste momento a criança começa diferenciar os papeis gerando uma triangulação
Pai Mãe e Filho, este processo de Triangulação, marca a passagem do Natural ao
Social, das relações Naturais às relações sociais, marca importante da relação do
“Eu” com o meio que o rodeia.
A Triangulação conecta a criança com a Rede Social, que é um tecido de Papeis.
A distancia entre o natural e o social é a distancia entre o Núcleo do EU e os
Papeis Sociais. Entre um e outro está o EU.
Do ponto de vista evolutivo, existem dois tipos de relações; a primeira, entre o
Núcleo do Eu e as Posses do SMPS, é natural, a posse e confirmada na
percepção através da visão, tudo e real, esta perda assume uma característica
catastrófica para quem sente a sua perda, ao passo que se não perceber a perda,
não há nenhum tipo de reação que indique que sinta falta ou que a recorde.
A segunda relação acontece entre o “EU” e os Papeis Sociais, e relação do Eu
com o Outro (socius), e se faz através de um papel, não necessitando de ser
concreta pode ser elaborada sem a necessidade da presença real do objeto, já
que seu registro esta presente no Eu.
Ou seja, a primeira é Natural e concreta sendo a segunda é Social e abstrata.
A observação do mundo interno e externo, passa pela: Sensação uma referência
fisiológica desencadeada por um estimulo, gerando uma Emoção, ao contrario, se
refere a um fenômeno psicológico, que tem como objetivo de envolver o individuo
como um todo, fazendo relação com sua experiência orgânica. A elaboração das
emoções, por parte do Eu, dá origem aos sentimentos. Estes são mais constantes
em sua intensidade e duração. Já o afeto corresponde a Papeis e é parte de sua
estrutura. Tendo os papeis, como prolongamentos do Eu, suas mesmas
características todos vão possuir expressões afetivas similares, que constituem
em conjunto o tono afetivo de cada individuo.
O afeto corresponde a cada Papel é uma elaboração dos sentimentos a nível
deste papel, de tal maneira que o Papel possuirá características gerais do Eu,
adequadas às características particulares do Papel.

5) Memória Jogo e Dramatização

Memória é a etapa na qual se produz o registro linear, sucessivo, dos estímulos


estruturados, ate sua elaboração como Imagem, momento em que o relato passa
a ser uma propriedade do Eu e a criança pode dispor dele a vontade.
O Jogo é uma etapa de concentração e reflexão na qual a criança assume o
papel de diretor definindo o enredo de acordo com seus conteúdos internos em
relação a Imagem, nesta tarefa enfrentara dificuldades, mas encontrara soluções
para interatuar com seus personagens até construir um todo coerente.

Na dramatização a criança passa a ser a protagonista da historia vivenciado todos


os papeis com seus conteúdos, seus personagens ganham vida nas diferentes
formas sociais. Assim a criança descobre o vinculo e a importância da
complementaridade dos papeis para gera-los, tomando posse total do conto,
podendo dispor, à vontade de qualquer de suas partes, para repeti-la, Joga-la,
Dramatiza-la ou mudar seu conteúdo e desfecho ao seu bel prazer.

RESPOSTAS DADAS PELO CHICO

4 – O Eu e o Si Mesmo Psicológico Sincrético

O Eu incipiente surge do controle esfincteriano( a criança articula com


o seu meio e com seus conteúdos fisiopsicológicos), encontra no núcleo do EU
seu substrato e portanto sua estrutura. A formação do EU recorta a criança do seu
redor e este passa a ser objeto de sua atenção.
O Si Mesmo Psicológico Sincrético(SMPS) é a continuidade
experencial que a rodeia e que constitui a sua Matriz de Identidade. A criança
começa a analisar e discriminar os seus conteúdos, tudo é considerado com o
MEU.
O EU encontra-se submerso num SMPS familiar e conhecido. Dentro
deste SMPS, O Eu começa a experienciar que um mesmo fato pode ter respostas
diferentes e que estas diferenças assinalam características diferentes dentro de
suas posses.
O EU pouco a pouco vai discriminando suas posses, o MEU,
estabelecendo com elas vínculos diferentes e intensos, a criação do vinculo
individualiza a posse.
Os vínculos estabelecidos, primeiro parcializam a relação com o EU,
e depois dão lugar a estruturação dos papeis. Os pais uma vez estruturados tem
no seu interior o papel complementar. O papel passa a substituir a posse, com
isso o EU se enriquece e diminui a dependência, em função dos papeis
estruturados com as posses. Com a eliminação das posses do SMPS, devido a
estruturação dos papeis, modifica as características do mesmo.
Com a eliminação das posses, surgem as sombras, que deixam
marcas indeléveis das primeiras relações da criança. Essas posses eliminadas
são tratadas em função do EU, continuando o tipo de relação sincrética prévia,
levando a uma relação angular ou radiada, isto é essa pessoa é minha mãe,
aquela outra é meu pai e nada mais.
A partir desta relação angular ou radiada o EU começa a perceber a
existência de outras relações que são alheias à sua pessoa. Inicia-se assim a
triangulação ou relação tipo triangular que é a base da sociabilização, o individuo
começa a aceitar vínculos alheios a ele, relações nas quais ele não pode
participar. A partir desta triangulação o individuo toma consciência em relação a si
mesmo e o meio que o rodeia, isto significa que o individuo se separou do seu
meio e foi capaz de refletir, de tomar a si mesmo como objeto do conhecimento. É
a passagem do natural ao social.
Com a triangulação a posse eliminada é transformada em papeis
sociais. O individuo se confronta, assim, com uma grande quantidade de papeis
complementares e seus vínculos correspondentes.O registro destes papeis irá
constituir os papeis potenciais. Exemplos: papel de marido, papel de mãe, papel
de comprador, papel de vendedor, etc.
A triangulação conecta a criança com a rede social, que é
um tecido de papeis.
Entre o natural e o social esta o psicológico, quanto à capacidade de
reflexão do EU. As respostas sociais (papeis) e as respostas psicológicas(SMP e
EU) aos estímulos ambientes são respostas protetoras do organismo(núcleo do
EU e fisiologia).
A elaboração das emoções por parte do EU e, em relação a seus
vínculos, transforma-as em sentimentos. O sentimento surge entre a emoção e a
descarga fisiológica, tornando-o como modelo anatomofisiologico o controle
esfincteriano(CE) . Com o aparecimento do prazer Uretral e o começo do CE, a
criança começa a manejar suas tensões com outro critério e busca situações
emocionantes que o tencionam e lhe permita obter um maior prazer Uretral. O
EU faz reflexões, reconsidera, analisa, valoriza, decide seus atos.
O EU insere o individuo na estrutura social através dos Papéis e dos
Vínculos.

5- Memória, Jogo e Dramatização.

O processo de aprendizagem da criança, pode ser sintetizado em três


etapas: Memória, Jogo e Dramatização.
Memória: Etapa na qual a criança produz o registro linear, sucessivo,
dos estímulos estruturados, até sua elaboração como Imagem. O relato passa a
ser propriedade do EU e a criança pode dispor dele à vontade.

Jogo: Nesta etapa a criança descobre a transformação do conto em


jogo, as relações deixam de ser sucessivas e passam a ser simultâneas. A criança
passa ter um visão tridimensional e corporal, essencial na aprendizagem. É uma
etapa de concentração e reflexão, na qual a criança assume o papel de Diretor,
ela coloca em cena o conto de acordo com o roteiro que lhe convier, oferecendo a
Imagem que tem do mesmo. As dificuldades que aparecerão, terão que surgir as
soluções, até conseguir construir um todo coerente, a Imagem Real.
A percepção das interações durante o Jogo é o descobrimento das
formas sociais, por exemplos: perseguidor-perseguido,perseguição.

Dramatização: Nesta etapa a criança abandona o papel de Diretor para


assumir o papel de Protagonista. Ao Dramatizar, vivencia os conteúdos,
vínculos,de cada personagem, nas várias formas sociais descobertas na etapa do
Jogo. Descobre a importância da complementaridade dos papéis para gera-lo.

Para aplicar essas etapas vista acima para crianças maiores,


adolescentes e adultos, é necessário trocar na etapa do Jogo, o Jogo Físico e
concreto com as coisas pelo Jogo Mental, com as Marcas Mnêmicas e as
abstrações.Estes modelos de análise, aprendidos durante a construção das
Imagens Reais na etapa do Jogo, substituem, quase totalmente, a necessidade da
criança maior, do adolescente e do adulto, de dispor de elementos concretos, de
coisas, para objetivar suas Imagens. Por exemplo, o Modelo de Perseguição( no
conto o cachorro persegue o gato) o EU conhece as partes como Forma ( ao tê-lo
Jogado) e como Conteúdo( ao tê-lo Dramatizado).
É evidente que a riqueza do EU depende da maior quantidade de Marcas
Mnêmicas e Modelos que a criança tenha aprendido e, portanto, referindo-nos a
nosso exemplo. A falta de Modelos determina, no adulto a necessidade do Jogo
com coisas e estímulos desconhecidos, e ai a capacidade individual de cada
individuo em aprender a lidar com situações adversas independentemente da sua
idade.
.
8) Análise do filme "O Iluminado " de Stanley Kubrick.

Podemos observar no protagonista do filme, Jack Torrance, possívelmente, um


modelo de ingeridor, defecador e urinador repletos de porosidades. Portanto, o
sintoma básico apresentado por ele é de extrema confusão e angústia.
Jack é incapaz de "ingerir " bem o que lhe é oferecido: o carinho e a
preocupação da esposa para com ele; reagindo agressivamente a tais
demonstrações. Verifica-se, a partir disso, a interligação das áreas Corpo e
Ambiente. Confusão entre o sentir e a percepção do ambiente. As emoções dele
passam a ser sentidas como fazendo parte do ambiente externo: é a mulher que
quer destruí-lo, criar problemas em sua vida; o filho que quer prejudicá-lo.
Jack, confunde o pensamento com a percepção do ambiente, um modelo de
defecador não íntegro, onde há interligação das áreas Ambiente e Mente:
sonha, pensa, ser o zelador que matou a mulher e os filhos no hotel.
O fato de pensar ser o zelador criminoso, passar a sentir que tem que
assassinar a família, evidencia porosidade também no papel de urinador, tendo
interligação entre a área Mente e a área Corpo.
Havendo porosidade em todos os modelos, o contato psíquico com o ambiente
externo é praticamente ausente, e Jack experiencia uma vivência caótica e
indiferenciada de plena confusão. Para lidar com essa confusão, Jack se utiliza
de mecanismos de defesa que o auxiliam na delimitação das áreas interligadas.
As alucinações são mecanismos reparatórios da área Mente, criações de sua
mente para lidar com a confusão interna, com a total indiferenciação entre fora e
dentro. Elas são vistas como parte do ambiente externo, e convidam o
protagonista a "atuar"neste ambiente. A percepção do ambiente é contaminada
pelo pensar, o mecanismo de defesa para se livrar dessa confusão é agir sobre
o ambiente, agir em função do próprio pensar, o qual é percebido no ambiente. É
uma atuação, e não um ato, pois o ato seria produto de uma organização entre o
pensar, sentir e perceber o ambiente. A atuação é uma forma de poder delimitar
as áreas Mente e Ambiente. É uma ação direta sobre o ambiente, mas sem a
clareza necessária entre ambiente externo e interno: tentar matar a família.
Outro mecanismo de defesa reparatório é o ato obsessivo-compulsivo de
escrever a mesma frase "Muito riso e pouco siso fazem de Jack um infeliz". É
uma tentativa de delimitar as áreas Corpo e Mente. Agir dessa forma favorece a
descarga emocional da tensão gerada por tal confusão, de forma que a emoção
é transformada em um ato inofensivo e sem significado. O intuito é de
restabelecer o controle sobre o pensar e o sentir e delimitar C e M.
Com Danny, filho de Jack, ocorrem interligações entre C e A, porosidade no
modelo de ingeridor: Ele sente o que capta, percebe, do ambiente, percebe a
psicose do pai e a tragédia ocorrida no hotel. O mecanismo reparatório de
defesa que utiliza é a elaboração mental proveniente de um modelo de
defecador íntegro: o seu dedinho, com quem conversa para explicar as tensões,
na tentativa de dominar o ambiente que o invade. Defeca para ingerir, isto é, fala
forte, de forma bem estruturada para incorporar essa elaboração.

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