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TRABALHO
VIA ENDOVENOSA
Araçatuba
2007
Avaliação do Professor
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
VIA ENDOVENOSA
1. Conceito:
2. Vantagens e Desvantagens:
A via endovenosa possui vantagens e desvantagens em sua utilização, assim como as demais
vias de administração.
Como vantagens podem-se citar:
• Permite a administração de fármacos irritantes: uma vez que as paredes dos vasos
sanguíneos são relativamente insensíveis e o fármaco, se injetado lentamente, é em grande
parte diluído pelo sangue, existe uma possibilidade muito pequena de que ocorram reações
à injeção de um medicamento que poderia causar irritação à mucosa gástrica, por exemplo;
• Exige maior aptidão, conhecimento e prática para ser empregada: dentre as vias de
administração de fármacos existentes, a via endovenosa é a que mais exige daquele que a
emprega; devido aos riscos que pode oferecer ao paciente;
• Existe a possibilidade de a aplicação ser dolorosa: a dor ocasional resultante desta via
de administração pode às vezes tornar difícil para os pacientes aplicarem as injeções nos
casos de necessidade de automedicação;
• Não existe recuperação depois que o fármaco é injetado: esta via de administração não
permite que um medicamento que tenha sido injetado no organismo tenha sua aplicação
revertida. Por exemplo, no caso de uma reação colateral ao medicamento, este não pode
ser facilmente retirado da circulação como poderia ocorrer, por exemplo, pela indução de
vômito após a administração oral do mesmo medicamento;
Por esta via empregam-se preparações aquosas, sendo a sua quase totalidade sob a forma de
solução. Secundariamente, esta via serve para administrar suspensões aquosas ou emulsões
de óleo em água. Em qualquer destes dois últimos casos, é fundamental que as partículas
suspensas ou emulsionadas apresentem diâmetros inferiores a 7µ (via de regra, entre 1 e 2µ),
valor médio do diâmetro dos eritrócitos. Efetivamente, uma vez que cada partícula dispersa
apresente um volume inferior ao do glóbulo vermelho, não existe muita razão para temer o
aparecimento de fenômenos de embolia ou de trombose, que ocorreriam se esse grau de
divisão não fosse respeitado. Apesar disto, só em casos extremos se utilizam tais preparações,
com receio de que provoquem embolias pulmonares.
A forma farmacêutica de um medicamento para uso parenteral depende da natureza do
fármaco, com relação a suas características físicas e químicas, e também de determinadas
considerações terapêuticas. De modo geral, se um fármaco for instável em solução, pode ser
preparado como um pó seco que poderá ser reconstituído com o solvente adequado no
momento da administração ou ser preparado como suspensão de partículas em veículo no qual
o fármaco é insolúvel. Se o fármaco for instável na presença de água, esse solvente pode ser
substituído em parte ou totalmente por outro, no qual o fármaco seja insolúvel. Se o fármaco for
insolúvel em água, a injeção poderá ser preparada como suspensão aquosa ou como solução
do medicamento em solvente não-aquoso, como um óleo vegetal.
Assim, baseado nas informações acima, podemos citar quatro apresentações distintas para os
medicamentos injetáveis:
- Soluções prontas;
- Suspensões prontas, pós ou liofilizados insolúveis para reconstituir ou diluir com um veículo;
Por fim, no que se refere ao acondicionamento das preparações injetáveis, temos que essas
embalagens (incluindo suas tampas) não devem interagir física ou quimicamente com a
preparação, para não alterar sua potência ou eficácia.
Estes recipientes normalmente são compostos de vidro e, como tal, devem ser claros e
incolores ou de cor âmbar claro, para permitir a inspeção de seu conteúdo. As injeções são
acondicionadas em recipientes de dose única, de doses múltiplas ou, mais raramente, em
seringas pré-cheias, com ou sem instrumentos especiais para administração.
Os recipientes de dose única podem ser ampolas ou frascos-ampola, enquanto que os de
doses múltiplas são normalmente frascos-ampola. As ampolas são lacradas pela fusão do
recipiente de vidro sob condições assépticas e feitas de maneira a ter uma parte mais estreita
que pode ser facilmente separada do corpo do recipiente sem fragmentação do vidro. Após a
abertura, o conteúdo da ampola pode ser passado para uma seringa com uma agulha
hipodérmica. No entanto, depois de aberta, a ampola não pode ser fechada novamente e
qualquer porção não utilizada não poderá ser conservada e utilizada em momento posterior,
pois o conteúdo terá esterilidade duvidosa.
Os frascos-ampola são fechados com tampas de borracha para permitir a penetração de
seringas hipodérmicas sem remoção ou destruição da tampa. Após a retirada da agulha do
recipiente, a tampa se lacra novamente e protege o conteúdo da contaminação trazida pelo ar.
A agulha pode ser inserida para retirar uma parte do injetável líquido preparado ou para
introduzir um solvente ou veículo em um pó seco destinado à injeção. Cabe lembrar que é
recomendável limitar o número de penetrações realizadas na tampa e, assim, proteger o
fármaco contra a perda de esterilidade.
Exemplos de formas farmacêuticas e apresentações de
medicamentos injetáveis:
- Solução pronta em
frasco-ampola;
4. Métodos de Aplicação:
- Apresentação dos Materiais:
• Seringas:
- Partes de uma seringa: êmbolo, corpo, manúbio e agulha. O espaço morto é o volume de
líquido que permanece na seringa e na agulha após o êmbolo ser totalmente pressionado.
- Seringa padrão: este tipo de seringa está disponível no comércio em diversas marcas e nos
tamanhos de 1, 3, 5, 10, 20, 25, 30, 35 e 50mL, e podem vir ou não com as respectivas
agulhas. Apresentam algumas diversificações de modelo quanto ao êmbolo, que pode
apresentar-se com a extremidade reta ou côncava, e a extremidade de conexão (manúbio) da
agulha que pode ser em forma pontiaguda ou de rosca (luer-lok = marca registrada).
Extremidade de conexão da
agulha em forma pontiaguda.
Extremidade de conexão da
agulha centralizada.
Extremidade de conexão da
agulha lateral (este modelo é de
mais fácil manejo para injeções
endovenosas).
• Agulhas Hipodérmicas:
O tipo e tamanho de agulha variam de acordo com o tipo de administração. Existem diversos
tamanhos de agulhas quanto ao comprimento, diâmetro ou calibre e estilos de bisel.
Bisel da agulha é esta extremidade “tipo fatiada” em angulo de 30° para facilitar a penetração,
confeccionada em aço cirúrgico inoxidável temperado.
- Identificação das agulhas:
• Garrote e Luvas:
O garrote é um acessório auxiliar de látex que permite reter um volume maior de sangue no
vaso sangüíneo, ao laçar o braço, o pulso, ou perna, conforme a necessidade. O vaso fica mais
firme, não deslizando lateralmente no momento da introdução da agulha. As luvas cirúrgicas
são indispensáveis para qualquer tipo de procedimento ambulatorial, prevenindo possíveis
contaminações quer para o profissional da área de saúde ou para o paciente.
Caixa coletora para lixo contaminado, material descartável e objetos cortantes e perfurantes,
com capacidade variada (3, 7, 13L). É confeccionada em papelão incinerável e resistente à
perfuração, revestida internamente com produto impermeabilizante que evita umidade e
vazamento, ou saco plástico interno. Apresenta alças externas para transporte, fixas ao coletor,
e tampa também fixa ao coletor, bocal com abertura que facilita o descarte de material, uma
linha que marca o limite máximo de enchimento, e tampa de segurança com trava dupla. O
descarpack possui um sistema de abertura e fechamento prático e segurança ao manuseio. As
instruções de uso e montagem estão impressas externamente. Fabricado de acordo com a
norma IPT NEA 55 e as normas ABNT NBR 7500.
Descrição Técnica
Contentor de bolso para uso pessoal do
médico, enfermeira ou socorrista. Para uso
em ambulâncias, ou para colocação junto à
cama do paciente, com tampa de fácil
abertura por pressão que o mantém
permanentemente fechado.
• Procedimento Geral:
5. Bibliografia:
- ANSEL, Howard C.; POPOVICH, Nicholas G.; ALLEN JR., Loyd V. Farmacotécnica: formas
farmacêuticas & sistemas de liberação de fármacos. São Paulo: Editorial Premier, 2000.