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Torben Olof Bergman, químico sueco (1777), introduziu na literatura química pela primeira
vez a expressão Química Orgânica.
• Compostos Orgânicos: substâncias dos organismos vivos.
• Compostos Inorgânicos: substâncias do reino mineral.
NH2
Síntese de Wohler : NH4OCN ∆ O=C
NH2
Cianato
Cronologia de algumas preparações e acontecimentos
Uréia ocorridos após a síntese de Wohler:
de
anônio
1828: Hennel prepara o álcool etílico.
1846: Dr. John C. Warren realiza, no Hospital Geral de Massachusetts (EUA), a primeira
intervanção cirúrgica de grande porte com o emprego de um anestésico: o éter. Este fato
fato assinala uma nova era na Medicina: a era dos anestésicos.
1847: Dr. James Simpson, cirurgião de Edimburgo, usa pela primeira vez o clorofórmio
como anestésico.
1848: Frankland e Kolbe preparam o ácido acético.
1854: Berthelot prepara o gás metano.
1935: Químicos do Instituto Pasteur descobrem a sulfanilamida: substância de ação
bactericida. A seguir são descobertas outras sulfas.
1945: A partir da descoberta da penicilina, em 1929, por Alexandre Fleming, químicos e
físicos da Inglaterra e dos Estados Unidos descobrem que existem várias penicilinas e
conseguem sintetizar a Penicilina G. (As penicilinas são agentes bactericidas mais eficazes
que as sulfas).
O que o carbono apresenta que leva à enorme diversidade em seus compostos e permite
que tenham papéis cruciais na biologia e na indústria? Os compostos orgânicos
diferenciam-se dos inorgânicos por uma série de características:
OBS: A combustão incompleta dos combustíveis produz CO, que, ao ser inalado, se une a
hemoglobina, impedindo que ela exerça o papel fundamental de transportar oxigênio no
sangue. Produz também carvão, que caracteriza fuligem, liberada principalmente pelos
caminhões desregulados.
c) Ligações e forças intermoleculares: grande parte dos compostos orgânicos exibe apenas
ligações covalentes. Dessa forma, as forças de atração intermoleculares predominantes são
as forças de Van der Waals; posteriormente aparecem as forças de atração entre dipolos
permanentes, o que inclui as pontes de hidrogênio. As substâncias orgânicas que exibem
ligação iônica apresentam, na maioria das vezes, pequeno grau de dissociação ao serem
dissolvidas num solvente, em geral, a água.
d) Estabilidade: os compostos orgânicos apresentam, geralmente, pequena estabilidade
diante de agentes enérgicos, como temperatura, pressão, ácidos concentrados, entre outros.
Como vimos, a maioria dos compostos orgânicos ao ser aquecidos sofre combustão
completa, produzindo CO2, incompleta, formando CO, ou carbonização, que origina
carbono.
e) Ponto de fusão e de ebulição: os compostos orgânicos sendo, de modo geral,
moleculares apresentam pontos de fusão e ebulição baixos.Isso justifica a predominância na
Química Orgânica de compostos gasosos e líquidos: os sólidos existentes são, em grande
parte, facilmente fusíveis.
f) Solubilidade: os compostos orgânicos, em geral, são solúveis em solventes apolares e
insolúveis em solventes polares, como a água.
g) Velocidade das reações: as reações orgânicas envolvendo, geralmente, substâncias
moleculares e de grande massa molar são, na maioria dos casos, lentas, requerendo o uso de
catalisadores. O aquecimento para aumentar a velocidade deve ser feito com cuidado,
devido à instabilidade dos compostos orgânicos em elevadas temperaturas.
h) Isomeria: fenômeno verificado quando duas ou mais substâncias diferentes apresentam a
mesma fórmula molecular. Por ex., com a fórmula C2H6O existem duas substâncias: etanol
(álccol comum) e metoximetano (éter dimetílico).
C–C–C–C
C1 – C2 – C3 – C4 – C1 2 → carbono secundário
C1 C1 3 → carbono terciário
4 → carbono quaternário
Um átomo de carbono é nulário (n) quando não se liga a nenhum outro átomo de carbono.
O número de compostos que exibem apenas carbonos nulários é muito pequeno; não
chamaremos a atenção para os átomos nulários.
5. As cadeias carbônicas:
C
Fórmula estrutural plana C C C C
C C
OBS: A representação da cadeia carbônica por meio de segmentos de reta (bond line
formula) ainda não tem nome oficial em português . Essa representação obedece ao
seguinte código:
• A cadeia será representada como um ziguezague.
• As pontas corresponderão ao grupo CH3.
• A junção de dois traços corresponderá a um grupo CH2.
• A junção de três traços indicará um grupo CH.
• A junção de quatro traços corresponderá a um carbono quaternário.
Exemplos:
H3C – CH = CH – CH3 ⇒
CH3
Uma cadeia carbônica pode ser classificada de acordo com vários critérios:
b) Quanto à disposição
• Normal ou linear: quando contém apenas átomos de carbono primários e/ou
secundários.
• Ramificada ou arborescente: quando contém átomos de carbono terciários e/ou
quaternários.
c) Quanto à saturação
• Saturada: quando entre átomos de carbono existem apenas ligações simples.
• Insaturada: quando entre átomos de carbono existem ligações duplas e/ou triplas.
d) Quanto à natureza
• Homogênea: quando entre átomos de carbono existem apenas átomos de carbono.
• Heterogênea: quando entre átomos de carbono existe átomo diferente de carbono
(heteroátomo).
Não é heteroátomo
Átomos como oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S), que formam várias
ligações covalentes, podem ser heteroátomos ou não, dependendo da maneira como se
colocam na estrutura da molécula. Veja os ex. abaixo:
CH3 H
OBS: Núcleo benzênico é uma cadeia homogênea e cíclica constituída de seis átomos de
carbono no anel, ligados alternadamente por ligações simples e duplas. Ele pode ser
representado de várias maneiras.
OBS: Cadeia aromática é uma cadeia homocíclica (homogênea e cíclica) que apresenta
núcleo benzênico.
Cadeia alicíclica é uma cadeia homocíclica que não apresenta núcleo benzênico.
As ligações dupla ne tripla denominam-se ligações insaturadas ou insaturações.
O grupo mais característico das cadeias aromáticas denomina-se núcleo (ou anel)
benzênico, ou apenas grupo aromático. O composto aromático mais simples é o benzeno.
Ramificada
Insaturada
9. Função orgânica:
Função química é uma série de compostos que tem propriedades químicas em comum.
Esses compostos apresentam um radical (ou grupo) funcional, grupamento atômico comum
a todos os constituintes da função, responsável pelas suas propriedades químicas.
Nomenclatura oficial:
O nome oficial das substâncias orgânicas é constituído de acordo com normas estabelecidas
pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac). As normas da Iupac
permitem que seja estabelecido um nome característico para cada composto, não
importando a maneira como a cadeia carbônica é escrita. Esse sistema de regras foi criado
em 1892, mas tem sido constantemente aprimorado por meio de várias revisões. A
nomenclatura oficial visa uniformizar os critérios para se nomear um composto orgânico.
Desse modo geral, podemos dizer que o nome oficial de uma substância orgânica apresenta
3 partes principais:
Álcool
Fenol
Aldeído
Cetona
Ácido carboxílico
Éster
Éter
Derivado halogenado
Haleto de ácido
Amina
Amida
Nitrocomposto
Composto de Grignard
Tioálcool
OBS: Há muitos compostos de função mista, ou seja, que apresentam diferentes grupos
funcionais em suas estruturas.
Exemplo 1: H3C – CH2 – CH2 – CH3
HC = CH
Quando a cadeia carbônica é cíclica, antes do prefixo numérico se coloca a palavra ciclo.
Exemplo 4: H – C – CH2 – C – H
|| ||
O O
Quando na cadeia carbônica existem repetições de radicais funcionais ou de insaturações,
usam-se os prefixos di, tri, ..., que indicam o número de repetições. Os prefixos são escritos
antes das palavras que identificam os radicais funcionais ou as insaturações.
Prefixo:
Infixo:
Sufixo:
Repetição: dois radicais funcionais:
Nome:
Prefixo:
Infixo:
Sufixo:
Posição das insaturações:
Nome:
Prefixo:
Infixo:
Sufixo:
Nome:
Prefixo:
Infixo:
Posição da dupla ligação:
Sufixo:
Posição do radical funcional:
Nome:
Obeserve que, na numeração da cadeia carbônica, o radical funcional tem preferência sobre
a insaturação.
Para dar o nome o nome oficial de uma substância que apresenta cadeia carbônica
ramificada, devemos inicialmente escolher e numerar a cadeia principal e posteriormente
identificar as ramificações ligadas a ela.
• Ramificações
As principais ramificações são radicais derivados de hidrocarboneto pela retirada de um
átomo de hidrogênio. Se o hidrocarboneto for alifático, o radical é chamado de alcoíla
ou alquila, sendo representado por R – . Se o hidrocarboneto for aromático e a valência
livre se apresentar em carbono de núcleo aromático, o radical denomina-se arila, sendo
representado por Ar – ; se estiver fora do núcleo aromático, é denominado alcoíla. Na
nomenclatura desses radicais o sufixo é il ou ila.
Veja alguns exemplos de radicais alquila.
trietil--------------------- dimetil
Ordem alfabética: etil--------------------metil
Para numerar a cadeia principal existem algumas regras que devem ser usadas na ordem
em que estão apresentadas.
Regra geral:
Número do carbono Nome da Nome do hidrocarboneto que
- -
ramificado ramificação possui a cadeia principal
OBS: se houver várias seqüências com o mesmo número de átomos de carbono, a cadeia
principal será a seqüência mais ramificada.
Capítulo 2. Função Hidrocarboneto
1. Hidrocarbonetos:
2. Alcanos:
H–C–C–C–C–H ou
H H H H CH3CH2CH2CH3
Por ex., a estrutura de Lewis e as fórmulas estruturais para o butano (C4H10) são
apresentadas acima.
Usaremos freqüentemente as estruturas de Lewis ou as fórmulas estruturais condensadas
para representar os compostos orgânicos. Observe que cada átomo de C em um alcano tem
4 ligações simples, enquanto cada átomo de H forma uma ligação simples. Observe,
também, que cada composto seguinte na série relacionada na tabela acima tem unidade CH2
adicional.
Os alcanos relacionados na tabela são chamados hidrocabonetos de cadeia linear porque
todos os átomos de C estão unidos em uma cadeia contínua. Os alcanos consistindo em 4
ou mais átomos de C podem também formar hidrocarbonetos de cadeias ramificadas. Os
compostos com a mesma fórmula molecular, mas com diferentes arranjos de ligação (e,
conseqüentemente, diferentes estruturas) são chamados isômeros estruturais. Os isômeros
estruturais de determinado alcano diferem ligeiramente um do outro nas propriedades
físicas. Observe os pontos de fusão e ebulição dos isômeros do butano e pentano abaixo.
H H H H H H H
H–C–C–C–C–H H–C–C–C–H
H H H H H H
Butano: p.f. = -135ºC H C H
p.e. = -0,5ºC
H
Isobutano (2-metilpropano):
p.f. = -145ºC
p.e. = -10ºC
H H H H H H H H H
H–C–C–C–C–C–H H–C–C–C–C–H
H H H H H H H H
Pentano: p.f. = -130ºC H C H
p.e. = +36ºC
H
Isopentano (2-metilbutano):
p.f. = -160ºC
p.e. = +28ºC
O número possível de isômeros estruturais aumenta rapidamente com o número de átomos
de C no alcano. Existem 18 isômeros possíveis tendo a mesma fórmula molecular C 8H18,
por ex., e 75 isômeros possíveis com a fórmula molecular C10H22.
Quantos carbonos?
Quais substituintes? Qual família?
As seguintes etapas resumem os procedimentos usados para chegar aos nomes dos alcanos,
todos com nomes finalizados com o sufixo –ano.
1. Encontre a cadeia mais longa de átomos de C e use o nome dessa cadeia com o
nome base do composto. A cadeia mais longa nem sempre está escrita em uma linha
reta, como visto no seguinte exemplo:
CH3 – CHCH3
Uma vez que esse composto tem cadeia de seis átomos de C, recebe o nome como um
hexano substituído. Os grupos ligados à cadeia principal são chamados substituintes porque
substituem um H ligado a um carbono da cadeia principal.
CH3
CH3 – CH – CH2
CH – CH – CH2 – CH3
CH3 CH – CH3
CH3
3-etil-2,4,5-trimetileptano
• Cicloalcanos:
Os alcanos podem formar não apenas cadeias ramificadas, mas também anéis ou ciclos. Os
alcanos com essa forma de estrutura são chamados cicloalcanos. As estruturas dos
cicloalcanos algumas vezes são desenhadas como polígonos simples nos quais cada vértice
do polígono representa um grupo CH2. Esse método de representação é similar ao usado
para os anéis de benzeno. No caso das estruturas aromáticas, cada vértice representa um
grupo CH. Os anéis de carbono contendo menos de 5 átomos de C são tensionados porque
o ângulo de ligação C – C nos anéis menores deve ser menor que o ângulo tetraédrico de
109,5º. A tensão é aumentada à medida que os anéis ficam menores. No ciclopropano, o
ângulo é de apenas é de apenas 60º; essa molécula é, conseqüentemente, muito mais reativa
que o propano, seu semelhante na cadeia linear. Os cicloalcanos, particularmente os
compostos de anéis pequeno, algumas vezes comportam-se quimicamente como os
hidrocarbonetos insaturados.
Cicloehano ciclopentano ciclobutano ciclopropano
3. Alcenos:
São hidrocarbonetos alifáticos, acíclicos e insaturados com uma dupla ligação, sendo
também chamados alquenos , hidrocarbonetos olefínicos (originam líquidos oleosos em
presença de halogêneos) ou etilênicos (derivam teoricamente do eteno, também conhecido
como etileno). Os alcenos são hidrocarbonetos insaturados que contém uma ligação C = C .
O alceno mais simples é o CH2 = CH2, chamado eteno (Iupac) ou etileno. O etileno é um
hormônio vegetal. Ele tem papel importante na germinação das sementes e no
amadurecimento das frutas. O próximo membro da série é CH3 – CH = CH2, chamado
propeno ou propileno. Para os alcanos com 4 ou mais átomos de C existem vários isômeros
para cada fórmula molecular. O nome dos alcenos são baseados na cadeia contínua mais
longa de átomos de C que conte a ligação dupla. O nome dado a cadeia é obtido a partir do
nome do alcano correspondente trocando a terminação de –ano para –eno. A localização da
ligação dupla ao longo da cadeia do alceno é indicada por um prefixo numérico que designa
o número do átomo de C que é parte da ligação dupla e que está mais próximo de um lado
da cadeia. A cadeia é sempre numerada do lado que leva a ligação dupla mais rapidamente
e, portanto, fornece o menor prefixo numérico. No propeno a única posição possível para a
ligação dupla é entre o primeiro e o segundo C; assim um prefixo que indique sua
localização torna-se desnecessário. Para o buteno existem duas posições possíveis para a
ligação dupla: depois do primeiro carbono (1-buteno) ou depois do segundo carbono (2-
buteno).
Metilpropeno 1-buteno cis-2-buteno trans-2-buteno
p.e. = -7ºC p.e. = -6ºC p.e. = +4ºC p.e. = +1ºC
Se uma substância contém duas ou mais ligações duplas, cada uma é localizada por um
prefixo numérico. A terminação do nome é alterada para identificar o número de ligações
duplas: dieno (duas), trieno (três) etc, por ex., CH2 = CH – CH2 – CH = CH2 é 1,4-
pentadieno. Os dois isômeros (cis-2-buteno e trans-2-buteno) diferem nas localizações
relativas de seus grupos metil terminais. Esses dois compostos são isômeros geométricos,
compostos que tem a mesma fórmula molecular e os mesmos grupos ligados entre si, mas
diferem no arranjo espacial dos grupos. No isômero cis os dois grupos metil estão no
mesmo lado da ligação dupla, enquanto no isômero trans eles estão em lados opostos. Os
isômeros geométricos possuem propriedades físicas distintas e, geralmente, diferem
significativamente no comportamento químico. O isomerismo geométrico em alcenos
origina-se porque, diferentemente da ligação C – C, a ligação C = C resiste a rotação.
Recorde-se que a ligação dupla entre dois átomos de C consiste em uma outra ligação σ e
uma π.
Os principais grupos derivados dos alcenos são chamados vinil e alil, nomes usuais aceitos
pela Iupac.
H2C = C – H H2C = C –
H
eteno H
grupo vinil (vinila)
H2C = CH – CH2 –
grupo alil (alila)
H2C = C – CH3
adição
–C=C– + A–B –C – C–
A B
Pelo fato de existirem muitas possibilidades de reações de adição, os alcenos são fontes
para a produção de várias substâncias, constituindo-se assim, em matérias-primas muito
importantes para as indústrias. O eteno por ex., está em quarto lugar na lista das
substâncias mais produzidas no mundo, enquanto o propeno ocupa um considerável
nono lugar.
polietileno Plásticos
Eteno
polipropileno
Propeno
Outros usos
Plásticos
4. Alcinos:
São hidrocarbonetos alifáticos, acíclicos e insaturados com uma tripla ligação, sendo
também chamados alquinos e hidrocarbonetos acetilênicos (derivam teoricamente do
etino, conhecido como acetileno). Os alcinos são hidrocarbonetos insaturados que
contém uma ou mais ligações C ≡ C . Os alcinos que apresentam tripla ligação na
extremidade da cadeia são denominados verdadeiros; os que apresentam insaturação
entre os demais átomos de C são chamados falsos. Os alcinos, em geral, são moléculas
altamente reativas. Por causa de sua alta reatividade, não estão bastante distribuídos na
natureza como os alcenos; entretanto, os alcinos são intermediários importantes em
muitos processos industriais. Os alcinos, em geral, são poucos solúveis em água, mas
dissolvem-se em solventes orgânicos, como o benzeno e o clorofórmio. Ao contrário
dos alcanos, os alcinos possuem odor característico, mas também têm ação asfixiante.
Eles são nomeados com a identificação da cadeia contínua mais longa na molécula
contendo a ligação tripla e com a modificação da terminação do nome, de –ano para –
ino.
Br Br
O par de elétrons que forma a ligação π no etileno não está acoplado e é usado para
formar duas novas ligações com átomos de bromo. A ligação σ entre os átomos de C é
mantida. A adição de H2 ao alceno o converte a um alcano:
Ni, 500ºC
CH3CH = CHCH3 + H2 CH3CH2CH2CH3
A reação entre um alceno e H2, chamada hidrogenação, não ocorre rapidamente sob
condições ordinárias de temperatura e pressão. Para promover a reação, é necessário
usar um catalisador que auxilie na ruptura da ligação H – H . Os catalisadores mais
usados são metais finamente divididos nos quais H2 é adsorvido.
Os haletos de hidrogênio e a água podem, também, ser adicionados à ligação dupla dos
alcenos, como ilustrados nas seguintes reações do etileno:
H2SO4
CH2 = CH2 + H2O CH3CH2OH
A adição de água é catalisada por um ácido forte, como o H2SO4. As reações de adição
dos alcinos lembram as dos alcenos, como mostrado nos seguintes exemplos:
Cl CH3
2-butino CH3 Cl
trans-2,3-dicloro-2-buteno
Cl Cl
5. Alcadienos:
São hidrocarbonetos alifáticos, acíclicos e insaturados com duas duplas ligações.
Observe que um alcadieno é isômero de um Alcino de mesmo conteúdo carbônico: com
fórmula molecular C4H6, podemos ter quatro estruturas planas acíclicas.
H2C = C = CH2
Propadieno
• Alcadienos de duplas conjugadas, quando elas estão separadas por uma ligação
simples:
H2C = CH – CH = CH2
1,3-butadieno
• Alcadienos de duplas isoladas, quando elas estão separadas por mais de uma ligação
simples:
5. Hidrocarbonetos aromáticos:
São hidrocarbonetos que apresentam um ou mais núcleos benzênicos. O membro mais
simples dessa série é o benzeno (C6H6). A estrutura plana a altamente simétrica do
benzeno, com seus ângulos de 120º, sugere alto grau de insaturação. O comportamento
químico do benzeno é diferente do dos alcenos e alcinos. O benzeno e outros
hidrocarbonetos aromáticos são muito mais estáveis que os alcenos e alcinos porque os
elétrons π estão deslocalizados nos orbitais π. A cada sistema de anel aromático é dado
um nome comum.
CH3
Provavelmente por ter um odor característico, o benzeno e seus derivados mais simples
foram chamados de compostos aromáticos. Embora essa não seja uma propriedade
exclusiva dessa substância e alguns desses compostos tenham um odor muito desagradável,
esse nome histórico permanece até hoje e serve para designar qualquer substância que
possua núcleo benzênico. Os anéis aromáticos são representados por hexágonos com um
círculo inscrito para denotar o caráter aromático. Cada vértice representa um átomo de C.
Cada C está ligado a três outros átomos – três átomos de C ou dois átomos de C e um de H.
Os átomos de H não são mostrados. Apesar de hidrocarbonetos aromáticos serem
insaturados, eles não sofrem reações de adição rapidamente. O benzeno, por ex., não
adiciona Cl2 ou Br2 às ligações duplas sob condições ordinárias. Em contraste, os
hidrocarbonetos aromáticos sofrem reações de substituição de maneira relativamente fácil.
Em uma reação de substituição, um átomo de uma molécula é removido e substituído por
outro átomo ou grupo de átomos. Os radicais ligados ao núcleo aromático podem ser
saturados ou insaturados.
(I) (II)
Hoje se diz que o benzeno não corresponde a nehuma das formas, e sim a um “híbrido de
ressonância” entre as formas I e II, representada por:
Isso implica um gasto de energia, que acaba por estabilizar o anel, dando a ele o caráter
“saturado”.
Posições de dois radicais no núcleo aromático:
Posição 1,2 = orto (o) Posição 1,3 = meta (m) Posição 1,4 = para (p)
• Polinucleares:
Existem diversos tipos em função da posição dos núcleos: conjugados, isolados e
condensados.
CH2
Difenil metano Difenilo Naftaleno
OBS:
À temperatura ambiente – em torno de 20ºC – são líquidos os hidrocarbonetos alifáticos
com conteúdo carbônico variando nos intervalos indicados.
Alcanos Alcenos Alcinos Alcadienos Ciclanos
de 5 a 17 de 5 a 15 de 5 a 15 de 5 a 15 de 5 a 12
Os hidrocarbonetos aromáticos mononucleares com atpe 4 átomos de C nas ramificações
são, em geral, líquidos.
Os hidrocarbonetos são insolúveis em solventes polares, como a água, e solúveis em
apolares. Os que se apresentam no estado líquido têm densidade menor que a da água e
considerando o mesmo conteúdo carbônico as densidades, em geral, crescem na
ordem:alcano, alceno, Alcino, alcadieno, ciclano e aromático.
O benzeno é conhecido no comércio por benzina. É utilizado como solvente e na obtenção
de inseticidas. É também, o ponto de partida na síntese de diversas substâncias, como fenol,
anilina, tolueno, ácido benzóico, estireno.
Tolueno é um dos ingredientes de certas colas que, ao serem “cheiradas”, produzem
excitação tipo alcoólica, falta de coordenação, fala desarticulada; é extremamente tóxico e
pode resultar em coma e morte.
A partir do metilbenzeno ou tolueno, produz-se um explosivo extremamente utilizado, para
fins pacíficos ou militares, o TNT ou trinitrotolueno.
O naftaleno sublima facilmente e é o principal componente da naftalina. Já o antraceno é
uma importante matéria-prima para a fabricação de corantes, e a estrutura do fenantreno,
por sua vez, é o esqueleto de uma importante classe de compostos naturais: os esteróides. O
principal exemplo dessas substâncias causadoras de câncer é o benzopireno, substância
formada a partir da queima do fumo. Substâncias cancerígenas dessa classe também foram
na fumaça do cigarro, em gases de escapamentos de carros e na queima de carvão de
churrasco.
Capítulo 3. Outras funções orgânicas
A reatividade dos compostos orgânicos pode ser atribuída aos átomos em particular ou
grupos de átomos nas moléculas. Um sítio de reatividade em uma molécula orgânica é
chamado grupo funcional porque controla como a molécula se comporta ou funciona.
Assim, a química de uma molécula orgânica é largamente dominada pelos grupos
funcionais que ela contém. Podemos pensar nas moléculas orgânicas como sendo
compostas de grupos funcionais ligados a um ou mais grupos alquil. Os alcanos, Por
exemplo, que não contem grupos funcionais, são representados como R – H.Os álcoois,
contem O – H , ou grupo funcional álcool, são representados como R – OH.
• Funções oxigenadas
A substituição de um átomo de H de um hidrocarboneto por um radical hidroxila pode
gerar três funções distintas: álcool, enol e fenol.
OH
– C – OH –C=C
álcool OH fenol
enol
• Álcoois ( R – OH)
Os álcoois são derivados de hidrocarbonetos dos quais um ou mais H de um
hidrocarboneto – pai foram substituídos por um grupo funcional hidroxila ou álcool,
OH. Se na molécula existe apenas um hidroxila o álcool é monoálcool ou monol e se
existem várias hidroxilas é polialcool (os diois são denominados glicois). Se no monol a
hidroxila se liga a um C primário, secundário, ou terciário, o álcool é, respectivamente,
primário, secundário, ou terciário. Na nomenclatura oficial, a terminação é –ol . os
álcoois mais simples são nomeados adicionando-se um –l ao nome do alcano
correspondente – por exemplo, etano torna-se etanol. Quando necessário, a localização
do grupo OH é designada por um prefixo numérico apropriado que indica o numero do
átomo de C que carrega o grupo OH; a cadeia deve ser numerada a partir da
extremidade mais próxima do grupo hidroxila, como mostrado nos exemplos abaixo.
CH3
CH3 – CH – CH3 CH2 – CH2 CH2 – CH2 – CH2 CH3 – C – CH3
OH OH OH OH OH OH OH
2-propanol 1,2-etanodiol 1,2,3-propanotriol metil-2-
propanol
sufixo
• Enóis
São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de átomo de H , de
carbono de dupla ligação, excetuando-se as do núcleo aromático, por igual número
de hidroxilas (- OH). Os enóis são compostos instáveis que só existem em solução,
em equilíbrio dinâmico com aldeído ou cetona. Na nomenclatura oficial, a
terminação é ol.
OH OH OH
etenol prop-1-en-2-ol é alcool, e não enol
prop-2-en-1-ol
• Fenóis
São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais
átomos de H, de carbono de núcleo aromático, por igual número de hidroxilas
(-OH). Se na molécula só existe uma hidroxila, eles são monofenóis e se existem
várias hidroxilas, são polifenóis. Na nomenclatura oficial, usa-se o prefixo hidroxi.
OH
OH OH HO CH3
Os fenóis são sólidos, em geral, com maior densidade que a água e pouco solúveis nela.
• Éteres (C – O – C)
São compostos que apresentam o radical C – O – C. Os éteres podem ser obtidos
pela condensação de álcoois e/ou fenóis.
R – O – H álcool
R – O – R´ éter
OBS: Os principais usos do etoxietano (éter comum) são como anestésico, como
solvente e na extração de óleos, gorduras e essências. É um anestésico fácil de
administrar, mas que exige cuidados. É líquido, muito volátil e seus vapores são
muito inflamáveis. Esses vapores são mais densos que o ar e tendem a se acumular
perto do solo. Por esse motivo, não se utilizam roupas de nylon em salas cirúrgicas
em que o éter comum é usado como anestésico; caso contrário, o atrito do tecido
durante os movimentos produziria a eletricidade estática, podendo liberar faíscas
que inflamariam os vapores.
• Aldeídos ( – C = O )
H
São compostos que apresentam o radical funcional ( – CHO), denominado aldoxila. Nos
aldeídos o grupo carbonílico tem no mínimo um átomo de H ligado.
Ex:
H H O O
metanal etanal etanodial
monoaldeídos dialdeído
• Cetonas ( – C = O)
São compostos que apresentam o radical funcional (– C = O), denominado carbonila. Nas
cetonas o grupo carbonílico ocorre no interior de uma cadeia de carbonos e está, em
conseqüência, ladeado por átomos de C:
Ex:H – C – OH H3C – C – OH HO – C – C – OH
O O O O
Ácido metanóico ácido etanóico ácido etanodióico
monoácido monoácido diácido
OH O-
ácido acético ânion acetato
• Ésteres
São compostos derivados dos carboxilácidos pela substituição do átomo de
hidrogênio da carboxila por radical alcoíla ou arila.
R – C – O – H → R – C – O – R´
O O
O O
etanoato de metila
Um éster pode sofrer hidrólise; quando isso acontece, há o estabelecimento do
equilíbrio entre essa reação e a esterificação.
Nesse exemplo a hidrólise é realizada em meio básico. Os produtos da reação são sal de
sódio do ácido carboxílico e álcool.
A hidrólise de um éster na presença de uma base é chamada saponificação, termo que vê,
da palavra latina para sabão (sapon). Os ésteres naturais incluem gorduras e óleos. No
processo da fabricação de sabão, gordura animal ou óleo vegetal estável é fervido com base
forte, geralmente NaOH. O sabão resultante consiste em uma mistura de sais de sódio de
ácidos carboxílicos de cadeia longa (chamados ácidos gordurosos), que se formam durante
a reação de saponificação.
OBS: as essências de flores e frutos são ésteres formados por um ácido e por um álcool,
ambos de baixo conteúdo carbônico: o metanoato e o etanoato de isobutila são os ésteres
determinantes do aroma da framboesa. Veja outros ex.: metanoato e heptanoato de etila =
uva; etanoato de pentila = banana; etanoato de isopentila = pêra; etanoato de octila =
laranja; etanoato de benzila = jasmim; propanato e butanoato de etila = maçã; butanoato de
metila = pinha; butanoato de etila = morango; butanoato de butila = damasco; hexanoato de
etila = abacaxi. Esses ésteres são usados para darem sabor e aroma artificiais em bebidas,
guloseimas em geral, produtos da indústria farmacêutica e de cosméticos.
• Compostos halogenados
São compostos orgânicos que apresentam halogênios (F, Cl, Br e I). Esses
compostos têm sido usados como propelentes em aerossóis em sistemas de
refrigeração, e são genericamente chamados de CFCs (cloro-fluor-cabonos). Entre
os compostos halogenados mais importantes destacamos os haletos orgânicos e os
haletos de acila.
• Haletos orgânicos
São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais
átomos de H por igual número de átomos de halogênio. Se na molécula houver
apenas um halogênio, o composto é classificado como monohaleto; se existirem
vários, polihaleto. Na nomenclatura oficial, cita-se o nome e a posição do halogênio
na molécula do hidrocarboneto; no caso de monohaletos, a nomenclatura usual
utiliza-se da palavra haleto mais o nome do radical alçoíla ou arila.
Br Cl
clorometano 2-bromopropano cloroeteno
• Haletos de acila
São compostos derivados dos carboxilácidos pela substituição do grupo OH da
carboxila por átomo de halogênio. Os mais importantes haletos de acila são os
derivados do cloro. Na nomenclatura oficial utilizam-se a palavra haleto e o nome
do radical acila ligado ao halogênio.
O O O
cloreto de etanoíla cloreto de butanoíla cloreto de benzoíla
Cl Cl
cloreto de etila cloreto de etanoíla
• Funções nitrogenadas
• Aminas
São compostos derivados da amônia, NH3, pela substituição de um ou mais átomos de H
por igual número de radicais alcoíla ou arila. As aminas são bases orgânicas. Elas tem a
fórmula geral R3N, onde R pode ser H ou um grupo hidrocarboneto, como nos seguintes
exemplos:
CH3CH2NH2 (CH3)3N
etilamina trimetilamina NH2
fenilamina (anilina)
As aminas mais simples são gasosas; com até 12 átomos de C, são líquidas e as demais,
sólidas. As aminas de menor conteúdo carbônico são solúveis em água. As aminas
apresentam cheiro que varia entre o da amônia e o de peixe podre. A fenilamina (anilina) é
um líquido incolor, usado na síntese de corantes e de medicamentos (sulfas).
A substância responsável pelo cheiro de peixe podre é a trimetilamina. Após mexer com
peixe, recomenda-se lavar as mãos com limão ou vinagre, que por conter ácidos, reagem
com a amina, que tem caráter básico.
• Amidas
São compostos derivados da amônia, NH3, pela substituição de um ou mais átomos e H
por igual número de radicais acila. Podemos considerar o grupo funcional amida
derivado de um ácido carboxílico com um grupo NR2 substituindo OH do ácido, como
nesses exemplos:
O
H3C – C – OH
C – NH2
O
etanamida fenilmetanamida
O O O
metanamida metanoetanamida benzamida
• Nitrilas
São compostos resultantes da substituição do átomo de H do cianeto de hidrogênio, H –
C ≡ N, por radical alcoíla ou arila.
CN
H3C – CN H3C – CH2 H2C = CH
CN CN
etanonitrila propanonitrila propenonitrila benzonitrila
cianeto de metila cianeto de etila cianeto de vinila cianeto de fenila
• Compostos de função mista
São compostos orgânicos que apresentam mais de um radical funcional. É comum uma
substância exibir mais de um radical funcional. Vejamos alguns exemplos:
H2C – CH – CH – CH – CH – C – H Glicose
Funções: álcool e aldeído
OH OH OH OH O Encontra-se na uva e em outras frutas.
O
Ácido acetilsalicílico
O – C – CH3 Funções: ácido e éster
Usado como antitérmico
C=O
OH
Adrenalina
HO CH – CH2 – NH – CH3 Funções: álcool, amina e fenol
Produzida pelo organismo sob tensão
OH
OH
OH
Capítulo 4. Isomeria
• Isomeria
É o fenômeno em que se verifica a existência de diferentes substâncias com a mesma
fórmula molecular, que se distinguem entre si por uma ou mais propriedades físicas,
químicas ou fisiológicas e que apresentam fórmulas estruturais, planas ou espacial
diferentes. É muito freqüente em compostos orgânicos apresentarem a mesma fórmula
molecular. Assim dois compostos são isômeros ou isoméricos quando possuem a
mesma fórmula molecular e diferentes fórmulas estruturais.
Para iniciar o estudo de isomeria, é necessário saber diferenciar a isomeria plana da
isomeria espacial:
isomeria
Temos de usar fórmulas espaciais
espacial para diferenciar os isômeros.
Ex: C4H10
H3C – CH – CH3 2-metil-propano (cadeia ramificada)
CH3
3º caso: isomeria de posição
Pertencem à mesma função, apresentam a mesma cadeia carbônica principal e diferem
na posição do radical ou de insaturações.
C3H6
H3C – CH = CH – CH3 2-buteno
C4H10O
5º caso: tautomeria
É o caso em que dois isômeros estão em equilíbrio.
Ocorre principalmente entre um aldeído (ou cetona) e o enol correspondente.
H O–H
R–C–C=O R–C=C–H
H H H
aldeído enol
H O–H
R–C–C=O R – C = C – R`
H R` H
cetona enol
2. A isomeria espacial
Isso mostrava claramente que a diferença entre as estruturas só poderia ser vista em
fórmulas espaciais.
Se você observar com atenção as fórmulas espaciais a seguir, poderá notar que há duas
possibilidades para a colocação dos átomos de bromo. Veja:
O isômero cis é mais polar que o trans, por isso possui também maior ponto de ebulição.
H H H Br
cis trans
R1 R3 R1 ≠ R2 R3 ≠ R4
C=C
R2 R4
• Nos ciclanos, deve haver no mínimo dois carbonos com dois ligantes diferentes
entre si.
R1
R1 ≠ R2 R3 ≠ R4
R2
R3
R4
Observe que neste caso, os carbonos não precisam ser vizinhos.
3. Isomeria óptica
Para uma molécula possuir atividade óptica, ou seja, para que ela seja capaz de desviar
o plano de vibração da luz polarizada, é necessário que essa estrutura seja asssimétrica.
Faça a seguinte experiência: ponha sua mão direita diante de um espelho. Você verá que
a imagem corresponde à sua mão esquerda. Portanto, segundo os matemáticos e os
físicos, elas não possuem um plano de simetria.
Com as moléculas acontece algo semelhante. Algumas são assimétricas (como nossas
mãos) e denominam-se moléculas quirais.
A expressão quiral foi registrada pela primeira vez quando o físico e matemático
escocês William Thomson, o célebre lorde Kelvin escreveu:
“ Chamo quiral qualquer figura geométrica cuja respectiva imagem em um espelho
plano não coincida com a própria figura. Digo também que tal figura geométrica, ou
conjunto de pontos, apresenta uma propriedade chamada quiralidade”.
Uma molécula assimétrica, ou quiral, pode der reconhecida facilmente na maioria dos
casos, porque apresenta quatro grupos diferentes entre si, ligados a um mesmo
carbono, que é chamado de carbono quiral ou centro de quiralidade. Vamos considerar
uma molécula quiral à frente de um espelho. Tudo se passa como se o objeto fosse um
isômero opticamente ativo (por exemplo: dextrógiro) e a imagem correspondesse a
outro isômero também opticamente ativo (levógiro).
R1 R1
R1
C C R 2 – C – R4 Uma
R2 R4 R4 R2 molécula
R3 quiral
R3 R3
Dextrógiro (d) Levógiro (l) R1 ≠ R2 ≠ R3 ≠ R4
Há algum tempo, um carbono com quatro ligantes diferentes era chamado de carbono
assimétrico. Atualmente, o nome mais apropriado é carbono quiral.