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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA

DILMA LÚCIA MEIRA BRITO

POVO, CULTURA E RELIGIÃO

Poções
2009
DILMA LÚCIA MEIRA BRITO

POVO, CULTURA E RELIGIÃO

Trabalho apresentado ao Curso de História da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplinas: Povo, Cultura e Religião
Orientador: Prof. Guilherme Cantineri Bordonal

Poções
2009
A Reforma Protestante

Outros fatores que contribuíram para a ocorrência das Reformas foi o


fato de que a Igreja condenava abertamente a acumulação de capitais (embora
ela mesma o fizesse). Logo, a burguesia ascendente necessitava de uma
religião que a redimisse dos pecados da acumulação de dinheiro.

Junto a isso havia o fato de que o sistema feudalista estava agora dando lugar
às Monarquias nacionais que começam a despertar na população o sentimento
de pertencimento e colocam a Nação e o rei acima dos poderes da Igreja.

Desta forma, Martinho Lutero, monge agostiniano da região da saxônia,


deflagrou a Reforma Protestante ao discordar publicamente da prática de
venda de indulgências pelo Papa Leão X.Algumas teses de Lutero:

1ª Tese - Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos… etc.,


certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo e
ininterrupto arrependimento.

2ª Tese - E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como
referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a
cargo dos sacerdotes.

3ª Tese - Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o


arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é
arrependimento quando não produz toda sorte de mortificação da carne.

4ª Tese - Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira


penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber,
até à entrada para a vida eterna.

21ª Tese- Eis por que erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser
o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante indulgência do papa.

22ª Tese- Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do purgatório
das que, segundo os cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na presente
vida.

23ª Tese- Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este
apenas será dado aos mais perfeitos, que são muitos poucos.

24ª Tese- Logo, a maioria do povo é ludibriado com as pomposas promessas


do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
Leão X (1513-1521) com o intuito de terminar a construção da
Basílica de São Pedro determinou a venda de indulgências (perdão dos
pecados) a todos os cristãos. Lutero, que foi completamente contra, protestou
com 95 proposições que afixou na porta da igreja onde era mestre e pregador.
Em suas proposições condenava a prática vergonhosa do pagamento de
indulgências, o que fez com que Leão X exigisse dele uma retratação pelo ato.
O que nunca foi conseguido. Leão X então, excomungou Lutero que em mais
uma manifestação de protesto, rasgou a Bula Papal (documento da
excomunhão), queimando-a em público.
Antes da Reforma, a Igreja estava dividida entre clero e leigos. A liturgia
era alguma coisa que o sacerdote fazia em favor do povo. O sacerdote fazia, o
povo assistia. A missa era realizada em latim. Os leigos nada compreendiam.
Na liturgia, tudo servia como preparação para a Eucaristia. A missa eucarística
era entendida como um sacrifício que o sacerdote apresentava pelos pecados
do povo. Era como se o sacrifício de Cristo fosse repetido. Desenvolveu-se
nessa época a idéia de que os sacramentos causam a graça de Deus. Não é
Deus quem, diretamente, causa a graça. O povo, ao receber a hóstia
consagrada, recebia verdadeiramente a carne de Cristo e o sacerdote, ao
beber do cálice, bebia verdadeiramente o sangue de Cristo.
A Reforma transformou a liturgia. Os reformadores procuraram: - restaurar a
idéia de que o culto é uma tarefa de todo o povo de Deus; - recuperar a
importância das Escrituras e do sermão no culto; - realizar o culto na língua que
o povo entendia; - aumentar a freqüência da celebração da Ceia; - varrer da
liturgia a suntuosidade e tudo aquilo que havia sido agregado por conta da
tradição.
Os líderes da Reforma concordavam em muitos assuntos, mas não
concordavam em tudo. O pensamento acerca da Santa Ceia foi um dos
motivos de divisão entre eles.
Lutero, junto com os outros reformadores, negou boa parte das doutrinas
romanas sobre a Ceia. Não aceitava a Eucaristia como obra meritória. Não
aceitava a Eucaristia como uma repetição do sacrifício de Cristo. Não aceitava
que o cálice da Santa Ceia fosse negado aos fiéis. Não aceitava o “milagre
supérfluo” da transubstanciação. Para Lutero, a Ceia do Senhor, ao lado da
proclamação da Palavra, era o centro do culto.
Zuínglio queria que tudo estivesse de acordo com a Bíblia. Por isso,
restaurou em Zurique a celebração da Ceia em ambas espécies. Para ele, a
presença corporal de Cristo na Ceia era inútil. O corpo de Cristo encontra-se no
céu ao lado do Pai e não pode se fazer presente na terra durante a Ceia
Zuínglio aumentou a freqüência da celebração da Eucaristia de uma para
quatro vezes ao ano. Assim o povo participava mais vezes da Ceia e a Mesa
era “protegida” daqueles que não observassem uma vida cristã impoluta.
Quando a Ceia não era celebrada, realizava-se o culto com o sermão.
Para Calvino, a consubstanciação de Lutero encerrava a presença física
de Jesus no pão e no vinho, e o simbolismo de Zuínglio esvaziava a Ceia da
presença do Senhor. Calvino afirmava que Cristo está verdadeiramente
presente na Eucaristia. Esta presença não é física, como na transubstanciação
e na consubstanciação, mas nem por isso deixa de ser real e válida. Para
Calvino, falar da presença de Cristo na Ceia é falar de um mistério.
Então, a Ceia do Senhor seria o banquete que sustenta a vida cristã. Todos
aqueles que foram admitidos à Igreja pelo Batismo, precisam ser nutridos pela
Eucaristia. Sua fé é insuficiente. Precisa alimentar-se de Cristo. Este alimento
espiritual só se encontra na Palavra proclamada e selada na Ceia do Senhor.
Por isso Calvino insistia para que a Ceia fosse celebrada em todo o culto, pois
somos fracos e precisamos ser nutridos por Deus.
Eric Voegelin cita ao final do seu texto quatro apontamentos sobre a
Reforma de Lutero, que são:
• “Destruíra o núcleo espiritual da igreja cristã ao atacar a doutrina da
‘fides caritade formata’. Reduzira a fé a um acto de confiança ao retirar-lhe a
intimidade da graça, sempre expostas às tentações do orgulho e da soberba. A
conciência empírica da justificação pela fé cria uma ruptura na natureza
humana.”
• “Destruíra a cultura intelectual ocidental ao atacar a Escolástica
aristotélica. Se o esplendor medieval foi escurecido pelas lentes torpes dos
modernos, parte da responsabilidade deve-se a Lutero. A sua atitude anti-
filosófica criou o padrão depois agravado por sucessivas gerações de
intelectuais Iluministas, positivistas, marxistas e liberais.”
• “A justificação sola fide arruina o equilíbrio da existência humana. A ideia
do paraíso de amor industrioso transferiu a ênfase da vita contemplativa para a
ideia de realização humana através de um trabalho e de um serviço útil. O
homem confia em Deus; depois vai à vida. No nosso tempo, esta atrofia da
cultura intelectual e espiritual degenera no pragmatismo do sucesso.”

• “Fala-se de Lutero como de alguém que possuía as virtudes e os vícios


típicos do alemão. Mas se pensarmos, para só referir teólogos, em Alberto
Magno, Eckhardt, Tauler, Nicolau de Cusa e o anónimo de Frankfurt, então ele
nada tinha de germânico. Criou certamente um tipo humano: o revoltado
voluntarista que deseja impor a sua razão como o centro da ordem
institucional.”

O filósofo, autor do texto, lança um olhar geral sobre o tema e, em uma das
partes, afirma que "o que mais surpreende é a incapacidade do doutrinário em
prever as consequências das suas doutrinas. Ao substituir a concentração da
infalibilidade eclesial, fazendo de cada cristão um 'Papa', abria a porta a
intermináveis disputas."

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