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UNIVERSIDADE TIRADENTES

JOSE OSCAR VIEIRA JUNIOR


MARCELA MAYARA NUNES PIONÓRIO
MARCOS PAULO KRUSCHEWSKY LEAHY
SANNY TRINDADE GUIMARÃES
SHIRLEY DA SILVA CARVALHO

CONTROLE SOCIAL NO COMPORTAMENTO


DELITIVO

ARACAJU
2009

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JOSE OSCAR VIEIRA JUNIOR
MARCELA MAYARA NUNES PIONÓRIO
MARCOS PAULO KRUSCHEWSKY LEAHY
SANNY TRINDADE GUIMARÃES
SHIRLEY DA SILVA CARVALHO

CONTROLE SOCIAL NO COMPORTAMENTO


DELITIVO

Trabalho apresentado
à disciplina de
Criminologia do 7°
período Diurno da
Universidade
Tiradentes, como um
dos pré-requisitos para
a obtenção da nota
para a avaliação da II
unidade.

Profª. Araci Bispo

ARACAJU
2009

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SUMÁRIO

I – CAPÍTULO – INTRODUÇÃO...............................................................................04

II – CAPÍTULO – PARTE TEÓRICA – Controle Social do Comportamento


Delitivo

1. Conceito de Controle Social................................................................................05


2. O Controle Social do Delito como Objeto da Criminologia...............................05
3. Controle social: classificação..............................................................................06
4. Os agentes formais e informais no controle social..............................................07
5. A efetividade do controle social como um problema..........................................08
6. Evolução e tendências do controle social............................................................09

III – CAPÍTULO – PARTE PRÁTICA – Investigativa – Modelo de Controle –


Aracaju 2009 – Reflexos da Súmula Vinculante em Aracaju

7. Entrevista com Delegado Gabriel Nogueira – Polícia civil.................................11


8. Súmula vinculante 11 do STF – Proibição do uso de algemas...........................14
9. Posicionamento de alguns magistrados e juristas sobre o uso de algema...........15
10. “O controle social é uma poderosa arma”, declara o controlador-geral do Estado
de Sergipe em entrevista concedida ao Jornal da Cidade....................................16

IV – CAPÍTULO – CONCLUSÃO..............................................................................18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................21

ANEXOS.........................................................................................................................22

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INTRODUÇÃO

O trabalho em tela fora realizado sob os mandamentos da criminologia e traz


como delimitação do tema, o controle social no comportamento delitivo. Com diversos
objetivos galgados, o trabalho passou a transmitir à sociedade o que significa o controle
social. Outrossim, trouxemos a baila as espécies de controle social, com a finalidade de
demonstrar à sociedade que a partir de alguns membros pode-se obter o controle da
sociedade. Com o objetivo de concretizar a problematização do uso de algema o
trabalho realizou através de modos metodológicos, pesquisas de campo, na qual foi
entrevistado o Delegado Gabriel Nogueira do estado de Sergipe e impetramos
depoimentos de alguns magistrados e juristas sobre o uso de algemas. Também como
forma de metodologia para o trabalho, buscamos pesquisas doutrinárias para enfatizar o
assunto em tela, pesquisamos através dos modos tecnológicos fundamentações a
respeito do controle social, colocamos a entrevista do Controlador Geral do Estado,
senhor Adinelson Alves da Silva, onde este relata o controle social no estado de Sergipe
e anexamos um despacho (ANEXO I) feito pela COPE de Aracaju fundamentando o uso
de algemas em determinado caso ocorrido na capital.
Justifica-se a realização do trabalho por haver diversos problemas que vem
acontecendo na sociedade, como o aumento da criminalidade. Este aumento deve ser
repreendido pelos modelos informais e formais de controle social. A família entre outras
espécies informais devem ser parte atuante neste contexto. Igualmente, a polícia
juntamente com outros órgãos formais deve reduzir as estatísticas quanto à
criminalidade. Por isso devemos esclarecer que a participação social, tanto em sua
esfera informal quanto formal deve ser precisa e direta para haver maior efetivação do
controle social no comportamento delitivo.

I – CAPÍTULO – PARTE TEÓRICA

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1. Conceito de controle social

Para García-Pablos de Molina, o controle social é entendido, como um “conjunto


de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir referido
submetimento do indivíduo aos modelos e normas” (RT, 2002, p.133). Relatando outra
forma de conceituação, Pedro Scuro Neto, diz que não é fácil resistir a tentação de
imaginar que o controle social é opressivo e misterioso, presente em tudo e em todos os
lugares e cuja função é não deixar saber que somos todos escravos. O controle social é,
portanto, um conjunto de sanções positivas e negativas, especificadas durante o
processo de socialização e seus mecanismos que age desde cedo para incutir na
personalidade, valores, normas e modelos normativos, conformando a capacidade
individual de estabelecer juízos morais. Nesse mister avulta, em primeiro lugar, a ação
de instituições como a família e outras formadas por laços de parentesco e afetividade.
Depois, as organizações formais, por intermédio de seus agentes, profissionais
especializados na criação, aplicação e transmissão de padrões sociais.
Outrossim, segundo as concepções filosóficas, estudiosos sociológicos e
pesquisas empíricas, o controle social não é mais que uma matriz geradora e reprodutora
a serviço dos grupos poderosos que, através da criação e da aplicação das normas,
asseguram seus interesses, por conta disso a repressão do furto protege a propriedade
dos ricos e a legislação sobre crimes político objetiva a proteção do regime político, etc.

2. O Controle Social do Delito como Objeto da Criminologia

A teoria do controle social representa todo um giro metodológico de grande


importância, ao qual não está alheio, a teoria do etiquetamento e da reação social pela
relevância que os partidários destas modernas concepções sociológicas assinalam a
certos processos e mecanismo do chamado controle social na configuração da
criminalidade.
Para Labelling Approach o comportamento do controle social ocupa um lugar
destacado. Porque a criminalidade conforme seus teóricos não têm natureza
“ontológica”, senão “definitorial” (só das definições seletiva dadas pelos agentes do
controle formal), e o decisivo é como operam determinados mecanismo sociais que

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atribuem o status de delinquente: a qualificação jurídico-penal da conduta realizada ou
os merecimentos objetivos do autor passam para um segundo plano. Por isso mais
importante que a interpretação das leis é analisar o processo de aplicação das mesmas à
realidade social: processo tenso, conflitante e problemático.
O controle social, não se limita a “decretar” a criminalidade e a identificar o
infrator, senão que “cria” ou “configura” a criminalidade, realiza função “constitutiva”,
de sorte que nem a lei é expressão dos interesses gerais nem o processo de sua aplicação
à realidade respeita o dogma da igualdade dos cidadãos. Os agentes do controle formal
não são meras correias de transmissão da vontade geral, senão filtros a serviço de uma
sociedade desigual que, através deles, perpetua suas estruturas de dominação e
incrementa as injustiças que a caracterizam. Em conseqüência, a população
penitenciária subproduto final do funcionamento discriminatório do sistema legal, não
representa a população criminosa real (nem qualitativa nem quantitativa), tampouco as
estatísticas oficiais representam essa realidade.

3. Controle social: classificação

Os conflitos sociais podem ser classificados de modo sistemático, em função do


esforço de manipular a motivação, geralmente mediante identificação artificial dos
interesses. Para compensar problemas de socialização, de personalidade, de valores ou
de apatia, a tendência usual são as instituições manipularem facilidade e dificuldades,
alocando papéis e recompensas para fins específicos. Quando as instituições querem
motivar os sujeitos, elas tentam controlar estímulos e reações, oferecendo ou ameaçando
remover objetos e oportunidades com significado físico e emocional para o indivíduo.
Por exemplo, professores e estudantes universitários podem ser motivados por salários e
diplomas, cujo significado físico e emocional pode inibir, por exemplo, a disposição
individual de lutar por melhores condições de ensino. Outro mecanismo de controle
social é a insulamento, ou seja, isolar o comportamento desviante, interromper o contato
do indivíduo com a instituição e com isso restringir suas atividades transgressoras. Por
exemplo, os sujeitos submetidos à internação (encarceramento ou hospitalização)
Há outro mecanismo de controle social, que é a reintegração, intimamente
relacionado com o insulamento, focalizado na punição proporcional à seriedade da falta
cometida pelo infrator, ou seja, à gravidade da conduta passada. A reintegração, por sua

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vez, orienta-se ao futuro, tem como objetivo a prevenção do crime, não apenas a
incapacitação, mas a sua “reabilitação”, ou seja, colocação no status anterior à
condenação.

4. Os agentes formais e informais no controle social

Para alcançar a conformidade ou a adaptação do individuo aos seus postulados


normativos, serve-se a comunidade de duas classes de instâncias ou portadores do
controle social: instâncias formais e instâncias informais. Os agentes informais do
controle social são: a família, a escola, a profissão, a opinião pública, etc. Os agentes
formais são: a polícia, a justiça, a administração penitenciária, etc.
Os agentes do controle social informal, é o do dia-a-dia das pessoas, tratam de
condicionar o indivíduo, de discipliná-los através de um largo e sutil processo que
começa nos núcleos primários (família), passa pela escola, pela profissão, pelo local de
trabalho, e culmina com a obtenção de sua aptidão conformista, interiorizando no
indivíduo as pautas de conduta transmitidas e aprendidas (processo de socialização).
Quando esses agentes fracassam, entram em funcionamento os agentes formais, que
atuam de modo coercitivo e impõem sanções qualitativamente distintas das sanções
sociais: as sanções estigmatizantes que atribuem ao infrator um singular status (de
desviado perigoso ou deliquente). Os controles formais, exercidos pelos diversos órgãos
públicos que atuam na esfera criminal, como as polícias, Ministério Público, sistema
penitenciário etc. Aquelas pessoas que não respeitam as regras sociais e cometem uma
infração criminal passam a serem controladas por essas instâncias, bem mais agressivas
e repressoras que as instâncias informais. Na prática e em princípio a polícia
definitivamente possui todas as aptidões necessárias para exercer o controle social.
O aumento da repressão do sistema formal não significa que automaticamente
irá ocorrer a redução dos índices de criminalidade. O sistema só funciona corretamente
com uma melhor distribuição de funções entre os mecanismos informais e formais no
controle da criminalidade. O que existe hoje é um excesso de atribuições para demover
as pessoas a não cometerem delitos sobrecarregando o sistema de controle formal. Isso
fica patente quando se aprova uma lei penal desproporcionalmente severa e o resultado
prático é nulo, continuando a espécie de delito tratado pela nova lei penal a ser
praticado na mesma velocidade pelos infratores.

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A família é uma peça fundamental nesse intricado problema. Uma família
desestruturada pode gerar adultos problemáticos para enfrentar a complexidade da
convivência social, aproximando-os das drogas e do alcoolismo desenfreado, o que
possibilita o aparecimento de oportunidades para a prática de delitos. Nesse contexto, a
aplicação efetiva das normas de proteção de crianças e adolescentes da Lei Federal
8069/90, com o acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais, e outros
profissionais, impediria que muitos adolescentes optassem posteriormente pelo caminho
do crime.
Enfim, com a integração dos controles sociais, informal (prévio) e formal
(posterior-estatal), com uma equilibrada divisão dessas missões, ocorrerá uma
importante contribuição para se reduzir os índices de criminalidade de forma mais
eficiente.

5. A efetividade do controle social como um problema.

O controle social penal tem suas limitações estruturais inerentes à sua própria
natureza e função, de modo que não é possível exacerbar indefinidamente. A prevenção
eficaz do crime não deve se limitar ao aperfeiçoamento das estratégias e mecanismo do
controle social. Como razão, dizia Jeffery: “mais leis, mais penas, mais juízes, mais
prisões significam mais presos, porém não necessariamente menos delitos”.
A eficaz prevenção do crime não depende tanto da maior efetividade do controle
social formal, senão da melhor integração ou sincronização do controle social formal e
informal.
 O incremento efetivo das taxas da criminalidade registrada nos últimos anos
não pode ser interpretado, sem mais, como um incremento correlativo da
criminalidade real. Essa criminalidade não aumentou da forma acelerada e
significativa sugerida pelos números das estatísticas oficiais. O controle
social tem limitações estruturais inerentes à sua peculiar natureza. Não é
possível exacerbar indefinidamente sua efetividade melhorando, de forma
progressiva, seu rendimento. O controle razoável e eficaz da criminalidade,
em conseqüência, não pode depender exclusivamente da efetividade e do
rendimento das instâncias do controle social.

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 O incremento das taxas de criminalidade não é conseqüência direta do
fracasso do controle social, senão de outros fatores. O controle social falha
porque o crime aumenta. A polícia tem aptidões como as de autoridade,
persuasão (incorporadas em símbolos, expressões e argumentos que induzem
os atores a seguir regras), a força (privilégio do uso legítimo de violência) e
o poder (atribuído à corporação, transmitido de forma hierárquica, até
mesmo ao policial menos graduado e inexperiente.

Fazendo uma relação entre o órgão policial e o controle social, levaremos em


conta um fundamento relatado por David Bayley em que ele define as instituições
policiais como “aquelas organizações destinadas ao controle social com autorização
para utilizar força, quando necessário”. Vale ressaltar que o papel da polícia na
realização do controle social varia de a Estado para Estado. Entretanto, o dever de
manter o controle social não é apenas da polícia, mas sim do estado como todo, ou seja,
este deve impor regras, crenças e padrões de condutas desejadas pelos grupos
dominantes. Não é possível realizar esse controle social exclusivamente por meio da
repressão policial

6. Evolução e tendências do controle social

Para realizar o processo de evolução do controle social caberia antes de tudo,


falar de um processo histórico de racionalização do controle social formal. A
racionalização deste pondera a necessidade iniludível da sua presença como instrumento
eficaz de solução de certos conflitos sociais de uma parte e de outra, o grave custo que
sua intervenção inevitavelmente depara. Um destes controles formais mais importantes
é o controle formal, por ser um sistema repressivo e arbitrário, que é visto por alguns
autores como um direito que está prestes a ser retirado.
Entretanto, não há como retirá-lo, pois controles menos gravosos acarretariam
em desordem do controle social. Portanto, o desaparecimento do controle formal em
médio prazo segue sendo uma utopia.
Em outra hipótese mais contundente, observa-se uma clara tendência a substituir
a intervenção do sistema legal e suas instâncias oficiais por outros mecanismos formais.
É o caso dos conflitos específicos e de escassa relevância social (conflitos domésticos

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ou protagonizados por infratores jovens e menores. Por isso, cabe falar de uma
estratégia diversificada ou de bifurcação no sentido de que os mecanismos informais e
desinstitucionalizados reservam para os conflitos poucos graves, enquanto subsistem
modelos altamente repressivos a cargo das instâncias do controle social formal para os
infratores mais perigosos ou considerados irrecuperáveis.
Pois bem, a situação do controle social formal tem só um alcance muito
limitado, de fato é parcial e fragmentária, posto que hoje não dispomos de alternativas
globais válidas que possam assumir institucionalmente as funções do Direito Penal.
Pugnaria com a experiência criminológica e com o realismo político criminal, sugerir ou
esperar a intervenção de mecanismos informais, não institucionalizados, em toda sorte
de conflitos, de modo automático e indiscriminado. O controle social “formal” tem
desde logo, aspectos negativos, mas assegura pelo menos uma resposta racional,
igualitária, previsível e controlável, o que não acontece sempre com os controles
informais ou não institucionalizados.
Os partidários de uma radica não intervenção do Direito Penal teriam que
demonstrar caso a caso que os outros controles informais diminuem o custo social
daquela, que produzem menos dor, que a estigmatização não se produz ou é menor; que
respeitam as garantias individuais, eliminam a arbitrariedade e conseguem uma maior
segurança jurídica. Em todo caso, a evolução histórica do controle social não é uniforme
nem linear. Podem-se apreciar rompimentos, contradições que põem em perigo o lógico
fio condutor do processo e sua correta valoração. Outrossim, não se pode ignorar que o
atual enfraquecimento dos laços familiares e comunitários explica em boa medida a
escassa confiança depositada na efetividade do controle social informal. Alguns autores
denunciam que em pureza, tem-se produzido mais uma transformação do aparelho de
controle social e de sua operatividade do que uma efetiva redução da pressão deste. Os
prestigiosos teóricos do controle social advertem para a intervenção mínima do Direito
Penal, sendo necessária sua substituição do mesmo por outros controles sociais menos
repressivos da realidade histórica.

II – CAPÍTULO – PARTE PRÁTICA

7. Entrevista com Delegado Gabriel Nogueira-Polícia civil

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Entrevista realizada pelo Delegado Gabriel Nogueira do COPE de Aracaju, onde
este abordou o tema “controle social do comportamento delitivo. Inicialmente, temos
que relatar o conceito de controle social, onde a criminologia moderna tem se valido
ampliando os eu estudo e trabalho, da teoria do controle social. Reza tal teoria que a
sociedade precisa criar métodos, sistemas, regras para que os integrantes deste corpo
social mantenham-se alinhados às pautas de condutas que são desenvolvidas e criadas
pelo próprio grupo. Uma vez desviado ou transgredindo a regra, aquele agente que tal
qual o fez deve ser realinhado quer de maneira formal ou do modo para que se
mantenham ajustados naqueles padrões estabelecidos e torne possível a vida naquele
corpo social.
 Mecanismo do controle social trata de duas formas de controle:
a) o controle social formal;
b) o controle social informal.

Em sua entrevista, o delegado faz menção ao Antônio Garcia Pablos de Molina,


onde segundo este, o controle social informal é feito não por instituições previamente
criadas, mas pela família, pela igreja, pela escola, grupos sociais, religião, etc.
Esses grupos informais traz fatores morais e de realinhamento das condutas
praticadas pelos seus integrantes. Por outro lado, no momento em que há uma falha do
controle informal, ou seja, quando a família, por exemplo, não consegue preservar
dentro dos seus valores dispostos que o integrante daquele corpo social se mantenha
alinhado a essa boa conduta, necessariamente será chamada a atenção aquele controle
social formal. Esse realizado por instituições previamente criadas, com o objetivo de
trazer a regularidade ou a formalidade àquelas pessoas que praticam tais condutas.
Dentre as instituições formais, encontramos, como por exemplo, a Polícia, o
Poder Judiciário, o Ministério Público, etc. Estes se valem de meios coercitivos para
buscar o estabelecimento da ordem violada através de uma conduta de transgressão.
Vale lembrar que a moderna criminologia vêm trazendo como importante, que o
sucesso destes controles não está apenas na exasperação do controle social formal, mas
pela perfeita conjugação entre as duas formas de controle social. Havendo assim, uma
integração entre os controles e há a percepção de um sucesso do realinhamento de
condutas e na preservação da ordem.

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Gabriel Nogueira relata a atividade exercida pela polícia, na qual este se destaca
no controle social formal. A polícia é basicamente dividida em duas grandes vertentes: a
polícia preventiva, na qual é papel da polícia militar e a polícia repressiva, com
atribuição atrelada à polícia civil. O estado detentor de uma força soberana, na figura da
polícia militar tem o escopo de praticar ostensivamente a sua presença para impedir que
determinados autores se sintam a vontade para praticar condutas criminosas. Assim ela
previne a prática de determinadas condutas. Todavia, ainda que fosse onipresente ou
permanente, a polícia militar não conseguiria, por si só, dá cabo às quantidades de
condutas desvirtuadas praticadas por determinados indivíduos.
Por isso, não sendo possível evitar todos os crimes, é chamada a polícia civil
para que possa através de sua missão constitucional, que é de reunir provas para o
encaminhamento ao judiciário, trabalhe o seu papel de polícia judiciária.
Com relação ao fundamento dito em tela sobre a polícia civil e militar, o Del.
Gabriel Nogueira não pode deixar de falar da ferramenta utilizada pelos dois órgãos que
está sendo matéria de grande discussão, o uso de algemas. A utilização destas
ferramentas tem o escopo de conter aquelas pessoas presas no curso da atividade
policial. É importante destacar que a atividade policial leva uma carga de necessidade
do uso de algema e da força toda vez que é necessária a intervenção e há uma
resistência por parte do autor. Por isso, dentro dos seus instrumentos de trabalho, a
polícia usa, além da inteligência, armamentos que se desdobram em letais e não letais e
o uso de algema. Estes instrumentos são necessariamente importantes, uma vez que
possibilitam o uso da força quando necessária, principalmente para neutralizar ameaças
praticadas pelos infratores.
Surgiu recentemente a edição da Súmula vinculante de número 11 editada pelo
Supremo Tribunal Federal, onde esta restringiu por parte da atividade policial o uso de
algemas. O objetivo principal da súmula era de regulamentar a matéria e impedir que
abusos fossem cometidos por parte de autoridades policiais. É bem verdade que se deve
trazer a baila de que a algema é um dos importantes instrumentos de trabalho utilizados
pela polícia militar e civil. O que não se pode perder de vista é que, restringir o uso
tendo como discurso de que a polícia não se pode valer para cometer abusos, dá-se o
entendimento de que é descabido este uso. Porque a partir de quando o abuso acontece,
e ele deve ser reprimido, mas a partir do instante que se retira do policial este
instrumento de trabalho através da restrição do seu uso conseqüentemente enfraquece as

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ações praticadas pela polícia. Os principais argumentos utilizados neste contexto foi no
sentido de que a maior parte da utilização da algema acontece para preservação do
próprio preso. Este fundamento é descartado por alguns doutrinadores, entendendo que
o uso da algema não está atrelado à preservação do preso, mas para não expor o preso a
uma situação vexatória. Entende-se então que o uso da algema praticada de forma
abusiva, assim a autoridade policial deveria responder pelo aquele abuso. Mas a partir
do instante que de forma genérica se disciplina a matéria e se retira do policial a
possibilidade de não utilizar a algema, inclusive, nulificando o ato que é praticado, se
tem uma inversão de valores. É interessante observar que o texto da súmula diz quais
são as hipóteses excepcionais que a algema deva ser utilizada. Depois que haverá uma
responsabilização por parte do autor, do uso da algema por parte da autoridade policial
caso faça fora daquelas ocasiões. E também exige que haja uma justificativa prévia do
uso daquela algema, sob pena de anular o ato da prisão que é realizada e responsabilizar
penal, civil e administrativamente aquele funcionário público.
É bem verdade que o uso da algema se dá na maioria das vezes em situações que
estariam impossibilitados os policiais de justificar, por escrito e previamente, a
necessidade daquela utilização. Por exemplo, em uma determinada diligência policial
em que o policial se defronta com o infrator e este é preso em situação de flagrância.
Imagine ter o policial que para, justificar a autoridade judiciária a necessidade do uso
daquela algema e por escrito. Por isso faz-se necessário que este instrumento seja
mantido por parte da autoridade policial. O procurador geral da republico, Dr. Antônio
Fernando chegou a realizar críticas e manifestar preocupação em face do novo texto
editado na súmula. O procurador criticou no sentido de que a não utilização da algema
enfraquece a atividade policial e o expõe às práticas criminosas. É importante relatar
que o uso da algema deve ser feita de forma consciente, legal e não abusiva. E toda vez
que feita de forma abusiva, deve ser combatida e responsabilizando assim, o seu autor.
Em suma se o policial encontra-se cerceado do uso natural do instrumento de
trabalho, ele se encontra oprimido em face das ações criminosas. Assim, o conteúdo da
súmula demonstra-se deveras equivocado, uma vez que, impede a atuação livre do
policial, enfraquece diante da conduta delituosa e há uma inversão plena de valores.
Anteriormente à entrevista, o Del. Gabriel Nogueira nos indicou um vídeo em
que o Superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano,
relata sobre o uso das algemas. Para ele o destinatário final do trabalho da polícia é a

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sociedade. Tecnicamente ele é favorável ao uso de algema, porque a algema não é para
proteger o policial, mas sim o preso para que não manifeste nele o desejo de fugir ou de
atacar o agente policial. Se ele reagir, a polícia esta preparada para enfrentar e
eventualmente causará um dano ao preso. Ele descarta a possibilidade do
constrangimento, pois aquele que causa uma pratica criminosa está sujeito ao
constrangimento. Portanto ela deu causa aquilo, então que deve se sentir constrangido é
o cidadão comum, ou seja, o homem médio.

8. Súmula vinculante 11ª do STF – Proibição do uso de algemas

O STF (Supremo Tribunal Federal) editou uma Súmula vinculante de número 11


com a seguinte redação: “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado”. A Corte Suprema ainda decidiu, também, deixar mais explicitado o seu
entendimento sobre o uso generalizado de algemas, diante do que considerou uso
abusivo, nos últimos tempos, em que pessoas detidas vêm sendo expostas, algemadas,
aos flashes da mídia. Todos sabem que o uso da algema é uma espécie de controle
social exercido pela polícia, entretanto este controle foi mitigado, pois só poderá ser
usada nestas ocasiões trazidas pela súmula. Este preceito normativo tem o escopo de
evitar que haja constrangimento e a integridade física do indivíduo que está sendo
levado pelos policiais. O Exmº Senhor Procurador-Geral da República, Dr. Antonio
Fernando Souza, quando convidado a se pronunciar sobre a 11ª Súmula do STF,
lembrou que o controle externo da autoridade policial é atribuição do Ministério
Público, função esta, segundo ele, ainda não devidamente compreendida pela sociedade,
também manifestou a sua preocupação com o efeito prático da súmula sobre a
autoridade policial, no ato da prisão, ou seja, que a súmula possa vir a servir como
elemento desestabilizador do trabalho da polícia. O procurador-geral lembrou que,
muitas vezes, um agente policial tem de prender, sozinho, um criminoso, correndo risco.
Lembrou, também, que é interesse do Estado conter a criminalidade e disse que, para
isso, é necessário utilizar a força, quando necessário. É o agente policial (Policial

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Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e até Guardas
Municipais) quem desobedece aos mandamentos impositivos da lei, violando os vetores
constitucionais e infra-constitucionais. Quantas vezes assistimos às cenas humilhantes
de pessoas de idade provecta sendo conduzidas com algemas.

9. Posicionamento de alguns magistrados e jurista sobre o uso de algema

O ponto crucial da questão não é o uso de algemas, em situações de efetiva


necessidade e nas condições que se tornam imperiosas a utilização desse recurso, mas, o
que pretende se combater é o uso imoderado e indiscriminado de algemas.
Nas operações policiais desencadeadas pelos órgãos de segurança, tais como,
Policial Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, como
alertamos, até Guardas Municipais, especialmente nos cumprimentos de mandados de
prisão e no transporte de presos e detidos ainda não condenados, bem assim naquelas
pessoas detidas para uma simples averiguação, procedem com esse uso imoderado,
indiscriminado e até desnecessário desse equipamento.
Para os mestres e doutores do direito a utilização imoderada das algemas é um
verdadeiro atentado contra a imagem e o moral do detido, atingindo em cheio a sua
dignidade e somam-se a isso as indevidas veiculações televisivas das prisões que atuam
como uma prolongada amplitude desses abusos, expondo os presos e detidos, perigosos
ou não, ricos e pobres, negros ou brancos, homens e mulheres, jovens ou idosos,
letrados e ignorantes, pessoas comuns ou autoridades, detentores ou não do direito a
prisão especial, que se encontram indevidamente algemados e expostos sem qualquer
parcimônia a toda sociedade, em âmbito de rede nacional, nos principais jornais.
Louva-se a posição de alguns eruditos do direito, especialmente o abalizado
Conselheiro Federal da OAB Alberto Zacharias Toron: “a questão que se coloca é a de
se saber se num Estado Democrático de Direito é possível (lícito) o emprego de
algemas fora dos casos de real necessidade. Sim, pois num Estado que tem, de um lado,
na dignidade humana um princípio reitor e, de outro, na presunção de inocência uma
garantia, ambos com assento constitucional, não se pode permitir o emprego abusivo
de algemas e, muito menos, com o fim de degradação do ser humano, rico ou pobre,
negro ou branco, homem ou mulher.” (Toron, A. Z. Relator Proposição 0055-2006,
COP). (Grifei)

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Em recente decisão proferida pela eminente Ministra Carmem Lúcia no HC nº
89.429-RO, afirmou a magistrada que a prisão não pode constituir um espetáculo.
Vejam-na sua integra: “A prisão há de ser pública, mas não há de se constituir em
espetáculo. Qualquer conduta que se demonstre voltada à demonstração pública de
constrangimento demasiada ou insustentada contra alguém, que ainda é investigado
nesta fase do Inquérito, não pode ser tida como juridicamente fundamentada. De resto,
não é outra a orientação dos tribunais pátrios. O uso de algemas somente é legítimo
quando demonstrada a sua necessidade (STJ, 5ª T, HC n. 35.540, rel. min. José
Arnaldo, j. 5.8.2005), mas sempre considerando-o excepcional e nunca admitindo seu
emprego com finalidade infamante ou para expor o detido à execração pública (STJ, 6ª
T., RHC 5.663/SP, rel. Min. William Patterson, DJU, 23 set. 1996, p. 33157).”(Grifei).
No também ilustre Ministro Joaquim Barbosa, o denodado magistrado esclarece
que: “... a 11ª Sumula Vinculante não proíbe o uso das algemas, mas, apenas restringe,
e que em casos excepcionais, desde que justificado, a autoridade pode sim, algemar
acusados” (STF – Rcl 6.919).
O culto Ministro Eros Grau em um dos seus julgados assim posicionou: “As
autoridades judiciárias ostentam uma posição radical, não levando em consideração
que mesmos os criminosos são sujeitos de direitos...” (Conjur – As algemas).
O ilustre e renomado professor Antônio Magalhães Gomes Filho, assim enfatiza:
... a cautela de segurança “poderia ser conseguida através das escoltas policiais
reforçadas e outras providências, sem que se ofenda tão gravemente a dignidade da
pessoa”, que representa uma das garantias constitucionais. (“Sobre o uso de algemas
no julgamento pelo júri”, RIBCCrim, RT, São Paulo, v. 0, p. 115, dez. 1992).
Podemos subtrair que a utilização de algemas está condicionada, numa relação
de proporcionalidade, à imprescindibilidade do meio em razão da periculosidade do
indivíduo, ou seja, o detido deve apresentar um perigo atual ou iminente ao sucesso da
operação policial. Nesta hipótese, de justificação teleológica em face da personalidade e
atributos pessoais do detido, é que o agente de polícia pode se valer do meio.

10. “O controle social é uma poderosa arma”, declara o controlador-geral do


Estado de Sergipe em entrevista concedida ao Jornal da Cidade

16
A Controladoria-Geral do Estado vive um novo momento desde o início do atual
governo. A partir de 2007, a CGE conquistou a sua autonomia administrativa e
operacional e passou a realizar ações de orientação, acompanhamento e controle dos
órgãos e entidades da gestão estadual.
Na avaliação do secretário-chefe da Controladoria, Adinelson Alves da Silva,
esta mudança significa um avanço para a administração pública estadual. Outra atuação
relevante da CGE tem sido a conscientização da sociedade sobre seu papel de
fiscalizador dos gestores públicos. “O controle social é uma poderosa ferramenta que
deve ser colocada à disposição do cidadão como instrumento subsidiário ao controle
institucional da gestão pública, prevenindo a corrupção e garantindo a vigilância das
ações dos gestores públicos, para garantir que os recursos sejam aplicados na melhoria
da qualidade de vida da população e no desenvolvimento do Estado e dos municípios
sergipanos”, defende Adinelson Alves. Com essa intenção de conscientizar o cidadão, a
Controladoria, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado, já percorreu mais de
60 municípios do Estado de Sergipe com o programa ‘Caravana da Cidadania’, levando
informações aos cidadãos e capacitando os técnicos e gestores municipais, para que
cada um possa contribuir da melhor forma possível com o controle social dos recursos
públicos. “Além disso, a Controladoria tem sugerido a implantação de controladorias
municipais nas prefeituras sergipanas, como instrumentos de proteção do patrimônio
público”, informa o controlador-geral do Estado, que detalhou o funcionamento do
órgão e a importância da participação da sociedade nesse processo de controle nesta
entrevista ao Caderno Municípios do JORNAL DA CIDADE. (Segue em anexo¹).

17
CONCLUSÃO

O controle social está atrelado à função da sociedade de reprimir condutas


criminosas praticadas por agentes que desvirtuam normas estabelecidas por aquela
própria comunidade. Entretanto o controle social é exercido por diversos órgãos, tratado
como formais e informais. O primeiro abrange os órgãos institucionais como, polícias,
poder judiciário, ministério público, etc. Já o segundo abrange a base de controle social,
ou seja, aquele controle primário que advém das famílias, religião, escolas, igrejas, etc.
É necessário propiciar a cidade com cidadania para todos. A partir deste ponto de vista,
é necessário que a sociedade e as instituições informais de controle social (Família,
Escola, Igrejas, ONGs, Sindicatos, Associações, Comunidades, entidades organizadas,
etc), tenham uma postura pró-ativa (e não apenas a crítica exacerbada, negativista,
sofrista e fatalista), e assumirem de uma vez por todas os seus “papeis” as suas culpas e
as suas responsabilidades como elementos indispensáveis ao controle social. As
instituições formais de controle social (órgãos de governo, poderes da república, polícia,
políticos, justiça, empresários e mídia), deveriam ter um agir normatizado com ênfase
para o coletivo do que para o individual. Vale ressaltar que os dois controles devem
estar trabalhando conjuntamente, onde na falta de um, há o outro para suprir tal
omissão. Por exemplo, em uma família X existe um indivíduo que tem condutas
desvirtuadas para o crime. A família não possui suporte para controlar esta situação,
gerando como conseqüência práticas criminosas realizadas pelo sujeito. Assim,
necessita-se da atuação do controle formal, que através da policia, em regra, irá
bloquear as condutas daquele indivíduo com controles repressivos. É importante
ressaltar que os meios utilizados pelo controle formal é que diferem do controle
informal. O formal utiliza-se da força e meios drásticos para reprimir a conduta do
indivíduo. Entretanto, a atividade do controle formal não está apenas abarcada em
impedir que sujeitos pratiquem crimes. Vai muito além, ou seja, a partir do momento em
que há uma repressão ao crime por parte da polícia, começa um processo de
reintegração do indivíduo para que ele tenha comportamentos que se enquadre na
sociedade. Então é de suma importância relatar este trabalho da polícia, em que pese,
muitos desacreditam neste trabalho que traz de volta a socialização do preso. Portanto,
um comportamento será socialmente aceitável, sempre que estiver de acordo com estas
regras sociais. Serão inaceitáveis aqueles comportamentos que não estiverem em

18
desacordo com as regras sociais. O comportamento socialmente inaceitável também é
chamado de desvio social.
O comportamento socialmente inaceitável também é chamado de desvio social.
Há, desde então, um grande esforço da sociedade para estabelecer um disciplinamento,
um controle sobre estes comportamentos desviantes. Este esforço gerou a criação do
que se chama CONTROLE SOCIAL, que nada mais é do que um conjunto de
mecanismos materiais e simbólicos para manter o equilíbrio social, para reduzir os
comportamentos desviantes, individuais ou coletivos. Vale lembrar que o principal
órgão de controle social é a própria sociedade, onde ela acompanhara mais direto a
população nas decisões sobre as prioridades governamentais e fiscalizar as políticas
públicas implementadas. O controle social exercido pela sociedade na fiscalização das
ações do Estado e das condutas dos agentes públicos, que se dá mediante a participação
direta de grupos sociais, indica que a função policial está para além da necessidade de
repressão à criminalidade, voltando-se não só à defesa da cidadania e à proteção dos
direitos humanos, mas também à construção desses direitos. É neste embate da
sociedade com a polícia, viabilizado pela constituição de espaços públicos, aqui
entendidos como espaços simbólicos, que pode torná-la capaz, não só de refletir sobre
suas práticas, mas também de redefinir suas funções sociais.
O trabalho também se atentou para a questão atualmente discutida sobre o uso da
algema. Este instrumento é indispensável para a polícia estabelecer o controle social. A
sua vedação gera efeitos nocivos à sociedade que está passiva a sofrer com uma
eventual fuga do criminoso e quase impossível de vê-lo fora das grades. O uso das
algemas gera efeitos tanto para o controle social formal e informal. Este último, no que
diz respeito aos familiares que possuem criminosos em seu convívio, jamais irão querer
visualizar o seu ente querido ser algema “em praça pública” gerando um
constrangimento. Por isso tal parcela da sociedade é esmagadora no conceito de que não
se pode usar o uso das algemas. Entretanto existe a parte do controle formal que alega a
positividade do uso das algemas e é através delas que há um fornecimento de segurança
para os agentes formais e a sociedade, de forma a existir um controle social. Para
aprimorar ainda mais o trabalho, enfatizamos uma entrevista feita com o controlador-
geral do Estado de Sergipe ao Jornal da cidade, em que este engloba o assunto em tela
com muita maestria.

19
Em suma o trabalho foi bastante proveitoso e importante para criar um
conhecimento aprimorado do que é o controle social exercido por seus agentes. O grupo
através de pesquisas doutrinárias, de campo e internet conseguiram chegar ao seu
intento, passando para todo o conhecimento acerca do controle social.

20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARREIRA e NOBRE, César; Maria Teresa. Controle social e mediação de conflitos:


as delegacias da mulher e a violência doméstica. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-45222008000200007&script=sci_arttext>
Acesso dia 25 de maio de 2009.

CARDOSO, Getulio Reis, O que os policias devem saber sobre o uso de algemas.
Disponível em <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1024>. Acesso dia 25
de maios de 2009.

COSTA, Artur T. M. Polícia, Controle Social e Democracia. Disponível em


<http://www.necvu.ifcs.ufrj.br/arquivos/texto%205%20policia%20controle%20social%
20e%20democracia_arthur%20t%20m%20costa.pdf> . Acesso dia 26 de maio de 2009.

GOMES e MOLINA, Luiz Flávio; Antonio García-Pablos de. Criminologia, 5. ed. rev.,
atual. ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.

MENDES, Cícero. 'O controle social é uma poderosa arma', declara o controlador-
geral do Estado de Sergipe em entrevista concedida ao Jornal da Cidade.
Disponível em <http://www.cge.se.gov.br/modules/news/article.php?storyid=1470>.
Acesso dia 27 de maio de 2009.

SCURO, Pedro Neto. Sociologia geral e jurídica: manual dos cursos de direito, 5.ed.
São Paulo: Saraiva, 2004.

21
ANEXOS

22
Anexo¹ - “O controle social é uma poderosa arma”, declara o controlador-geral do
Estado de Sergipe em entrevista concedida ao Jornal da Cidade. Data 20/04/2009.

JORNAL DA CIDADE – Qual o papel da CGE na estrutura administrativa do


governo estadual?
Adinelson Alves da Silva - De acordo com a Lei estadual nº 3.630, de 1995, a
Controladoria-Geral do Estado detém a competência legal para realizar a fiscalização
contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e operacional de todos os órgãos e
entidades da administração pública estadual, para que as licitações, os contratos, os
convênios e demais atos administrativos sejam praticados em conformidade com a
legislação. A partir de 2007, a CGE conquistou a sua autonomia administrativa e
operacional e passou a realizar ações de orientação, acompanhamento e controle dos
órgãos e entidades da gestão estadual e, em conjunto com a Procuradoria-Geral do
Estado e Secretaria da Fazenda, vem trabalhando para manter a regularidade do Estado
de Sergipe na Receita Federal, no INSS, na Caixa Econômica Federal e no CAUC da
Secretaria do Tesouro Nacional. Mas, tudo isso só foi possível porque desde então o
governo de Sergipe teve a nítida compreensão do papel e da importância da
Controladoria-Geral do Estado, quanto ao controle dos recursos da sociedade sergipana.

JC - Como se dá o controle das ações governamentais e como a sociedade se


insere nesse contexto?
AS – De início, ressalto que a palavra controlar significa verificar se uma
determinada ação ou programa de governo foi realizado da forma como planejada, para
avaliar se houve ou não desvios dos objetivos ou das normas e princípios aplicáveis à
administração pública. No entanto, em face da complexidade das estruturas e do volume
das ações dos órgãos e entidades públicas, o controle não deve se restringir à esfera
institucional, visto que é de fundamental importância a participação dos cidadãos e das
associações civis, a exemplo da OAB, dos sindicatos e dos Conselhos Sociais, no
monitoramento das ações governamentais, para garantir que os recursos oriundos das
contribuições e dos impostos pagos pela sociedade sejam aplicados corretamente nos
serviços e obras que promovam a melhoria da qualidade de vida da população.
JC – A CGE também recebe denúncias de qualquer cidadão a respeito do mau
uso de recursos públicos por parte de algum gestor estadual?

23
AS – Tendo por referência as novas diretrizes de modernização administrativa e
de efetividade do controle da gestão governamental, a partir de 2007, a Controladoria-
Geral do Estado tem estimulado o cidadão a exercer o controle social da administração
estadual. Nesse sentido, a CGE recebe as denúncias dos cidadãos e providencia a
apuração para verificar se são procedentes e, em caso positivo, tem adotado as
providências legais cabíveis para apurá-las, cujos resultados são remetidos ao Tribunal
de Contas do Estado, ao Ministério Público Estadual e às demais instituições de
controle da administração pública.
JC – Quais os canais de denúncia que a Controladoria dispõe para os cidadãos?
AS - Para facilitar o controle social da gestão pública, a CGE disponibiliza no
endereço eletrônico www.cge.se.gov.br, por meio do link ‘faça sua denúncia’, um
formulário que o cidadão poderá preencher e enviá-lo com a denúncia quanto às
eventuais irregularidades na utilização dos recursos públicos do governo de Sergipe,
para que a Controladoria avalie se há ou não procedência das informações recebidas.
Nos casos em que o cidadão não tiver acesso à internet, poderá fazer a denúncia por
correspondência enviada à rua Vila Cristina, 1.051 – bairro 13 de Julho – Aracaju/SE –
CEP 49020-150.
JC – Qual a importância do controle social na administração pública?
AS – Destaco que o controle social é uma poderosa ferramenta que deve ser
colocada à disposição do cidadão como instrumento subsidiário ao controle institucional
da gestão pública, prevenindo a corrupção e garantindo a vigilância das ações dos
gestores públicos para garantir que os recursos sejam aplicados na melhoria da
qualidade de vida da população e no desenvolvimento do Estado e dos municípios
sergipanos.
JC– A cartilha confeccionada pela CGE mostrando a importância do controle
social e fazendo um comparativo entre a cidade do progresso e a cidade do atraso tem
surtido efeito?
AS - Com certeza. A cartilha ‘Controle Social - O que você tem a ver com isso?’
foi lançada na cidade de Pirambu, no dia 06 de fevereiro de 2009, numa parceria com a
Controladoria-Geral da União, e tem por objetivo estimular o interesse do cidadão nos
acontecimentos que interferem na vida de sua comunidade. A cartilha aborda em
quadrinhos duas cidades diferentes: Progresso e Atraso, nas quais são retratados dois
municípios brasileiros, onde no ‘Progresso’ o cidadão participa ativamente dos destinos

24
de sua cidade para assegurar que os recursos sejam aplicados corretamente nas ações e
serviços públicos, enquanto no município do ‘Atraso’ não há prosperidade, ou seja, o
cidadão não cumpre o seu papel na transformação de sua realidade. Ilustrada com
situações do dia-a-dia, a cartilha apresenta duas cidades reais, onde as histórias se
entrelaçam opostamente, em pontos nos quais os personagens abordam temas
pertinentes à importância do controle social da gestão pública. A cartilha disponibiliza,
também, informações ao cidadão sobre o papel da Controladoria-Geral do Estado, fala
das atribuições da CGE, sobre o papel do controlador-geral, dos serviços oferecidos e
dos meios disponíveis para o cidadão fazer a sua denúncia quanto a eventuais
irregularidades na utilização dos recursos do governo estadual.
JC – Como mudar essa consciência de que é difícil acompanhar as ações dos
administradores e assim tornar a cidade melhor para se viver?
AS – A princípio, ressalto que a cidadania é um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil, cuja Constituição de 1988 estabelece que o Brasil é um Estado
Democrático de Direito, consagrando o princípio da soberania popular onde todo poder
surge do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos
termos dessa Constituição. Dessa forma, a democracia brasileira deve ser
essencialmente participativa. Vale dizer, o povo brasileiro tem o direito de monitorar a
gestão e acompanhar as políticas públicas, mas para isso é importante a participação de
cada cidadão, individualmente, ou reunido em associações civis. Para conscientizar o
cidadão quanto à sua importância no controle da administração pública, a Controladoria,
em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado, já percorreu mais de 60 municípios
do Estado de Sergipe com o programa ‘Caravana da Cidadania’, levando informações
aos cidadãos e capacitando os técnicos e gestores municipais, para que cada um possa
contribuir da melhor forma possível com o controle social dos recursos públicos. Além
disso, a Controladoria tem sugerido a implantação de controladorias municipais nas
prefeituras sergipanas, como instrumentos de proteção do patrimônio público.
JC – A sociedade, na opinião do senhor, está mais incomodada com a corrupção
no setor público?
AS – Concordo com o professor Stephen Kanitz, quando declarou que: ‘o Brasil
não é um país essencialmente corrupto, é apenas pouco auditado, onde a corrupção,
pública e privada, é detectada na maioria das vezes somente quando chega a milhões de
dólares e porque um irmão, um genro, um jornalista ou alguém bota a boca no

25
trombone, mas não por um processo sistemático de auditoria’. Apesar desses registros e
ao contrário do que alguém poderia pensar, no Brasil a corrupção está diminuindo. O
que tem aumentado é a percepção da sociedade quanto aos casos de corrupção
divulgados pela imprensa, a partir da fiscalização realizada pelos órgãos de controle e
pelas ações de combate à corrupção executadas pelo Ministério Público e Policia
Federal, despertando o debate na sociedade em níveis nunca vistos antes no Brasil.
JC – E em Sergipe, como está essa situação?
AS – Em parceria com a CGU, OAB, AGU, Ministério Público Federal e Polícia
Federal, num grande esforço do Brasil, das Nações Unidas e mais 110 países, a partir de
2007, a Controladoria-Geral do Estado tem comemorado o Dia Internacional Contra a
Corrupção, em 9 de dezembro. Na continuidade dessas ações, em dezembro de 2008,
realizou uma tarde de debate e apresentações teatrais, em cuja oportunidade o Colégio
Estadual Fernando Azevedo, do município de Nossa Senhora das Dores, recebeu da
CGU um prêmio por ter apresentado um trabalho que foi selecionado dentre os cinco
melhores lugares das escolas públicas de todo o país, com o tema: ‘Escola Cidadã’. Por
tudo isso, temos verificado que a sociedade tem reagido contra a corrupção que na
verdade é uma praga que corrói não só a administração pública, mas também o setor
privado, ora subtraindo o dinheiro que deveria chegar aos programas sociais dos
governos, ora fraudando o legítimo direito de competitividade das licitações em
prejuízo do empresário honesto, reduzindo a confiança do cidadão no Estado
Democrático de Direito.
JC– A legislação brasileira, de certa forma, não favorece as práticas de
corrupção, uma vez que as penas para os corruptos são consideradas brandas?
AS - Acredito que a legislação brasileira contém vários instrumentos de
prevenção e de combate à corrupção, a exemplo da Lei de Improbidade Administrativa
nº 8429, de 1992, que estabelece as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública;
prevê o ressarcimento integral do dano causado ao erário, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos e o pagamento de multa civil de até
três vezes do valor recebido ilicitamente. Portanto, a legislação já é bastante firme no
combate à corrupção, o que falta mesmo é sua adequada aplicação pelos órgãos
competentes.

26
JC – A Caravana da Cidadania, criada pela CGE em 2008, terá continuidade em
2009? Quais municípios a Controladoria pretende chegar?
AS – A primeira edição da ‘Caravana da Cidadania’ foi realizada em abril de
2008 e desde lá a Controladoria, em parceria com a Procuradoria-Geral do Estado e com
o apoio da CGU, está com o pé na estrada. Já mobilizou cidadãos e gestores de 62
municípios sergipanos e certificou mais de quinhentos participantes do ‘Seminário de
Capacitação em Gestão Pública’, que abrange dois eixos estratégicos: o controle social
da Administração Pública e o Fortalecimento da Gestão Municipal, uma vez que os
municípios executam boa parte dos programas do governo do Estado, mediante
convênios. Ainda em 2009, a Controladoria pretende levar a ‘Caravana da Cidadania’
para os municípios da região metropolitana de Aracaju e do ‘Alto Sertão Sergipano’, a
exemplo de Nossa Senhora do Socorro e Nossa Senhora da Glória, contando com uma
dupla de violeiros para, numa linguagem popular, aproximar os cidadãos das discussões
sobre planejamento, orçamento, execução de despesas, dentre outros assuntos
relacionados ao controle social dos recursos.

27
Anexo² - Despacho do COPE

Ofício yy /2008 Aracaju-


SE, de de 2008.
Processo xxxxxxxxxxxxxx.

JUSTIFICATIVA PARA USO DE ALGEMA NA CONDUÇÃO DE


PRESOS

M.M. Juiz,

O objetivo deste expediente é


apresentar a V. Exa. justificativa plausível para o uso de algema
pelos presos XXXXXXXX, YYYYYYYYY, ZZZZZZZZZ, os quais
tiveram a prisão preventiva decreta por esse Juízo criminal, no
bojo do processo de número em epígrafe.

Como já é de amplo
conhecimento de Vossa Excelência, instaurou-se Inquérito
Policial com o fim de apurar o crime de tráfico ilegal de armas
de fogo de uso proibido, perpetrado por organização criminosa
altamente especializada e que além de bases em Sergipe,
possuía ramificações em outro Estado da Federação, local
para onde viajava o primeiro infrator mencionado, um dos
líderes do grupamento, com o escopo de concluir as transações
delitógenas e acertar o envio dos produtos ilícitos para a capital
sergipana.
28
Após mais de 60 (sessenta) dias
de investigação, constatou-se que o grupo possuía uma
estrutura organizava e movimentava vultuoso montante em
capital, notadamente, na aquisição de veículos e imóveis, com
os quais revestia de aparência lícita os produtos das
empreitadas criminosas que realizavam.

Quando da deflagração da
operação policial, descobriu-se que o material enviado do
(Estado de Origem) para Sergipe, pelas agências dos Correios,
via Sedex, tratava-se de substância entorpecente, pasta base de
cocaína, na razão de aproximadamente 10 kg (dez quilos), a
qual era encomendada por YYYYYY, diretamente de
RRRRRRRR, e transportada pelo mesmo e demais conterrâneos
para ZZZZZZZZ, de onde era distribuída, configurando assim,
hipótese de tráfico ilícito de entorpecente.

Desta feita, considerando a


atual necessidade de justificar o uso de algemas em presos,
após a edição da Súmula Vinculante nº. 11, da lavra do Supremo
Tribunal Federal, a autoridade infrafirmada oferta as razões que
se seguem, entendendo estar plenamente autorizado o uso de
tal medida para o bom funcionamento da atividade policial, bem
como segurança dos presos conduzidos.

Transcreve-se o texto do
enunciado da Súmula in literis:

“SÚMULA VINCULANTE Nº 11

SÓ É LÍCITO O USO DE ALGEMAS EM CASOS DE


RESISTÊNCIA E DE FUNDADO RECEIO DE FUGA OU
DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU
ALHEIA, POR PARTE DO PRESO OU DE TERCEIROS,

29
JUSTIFICADA A EXCEPCIONALIDADE POR ESCRITO,
SOB PENA DE RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR,
CIVIL E PENAL DO AGENTE OU DA AUTORIDADE E
DE NULIDADE DA PRISÃO OU DO ATO PROCESSUAL
A QUE SE REFERE, SEM PREJUÍZO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.”

Não se pode olvidar que se trata de


organização criminosa, atuante no comércio ilegal de armas de
fogo de uso proibido, bem como no tráfico ilícito e internacional
de substância entorpecente, além do iminente risco de resgate
dos integrantes da organização, por parte de outros comparsas
que, por eventualidade, ainda não tenham sido identificados
nesse espaço de tempo de investigação.

Ademais, devem ser


considerados os fatos de integrantes já terem histórico criminal,
inclusive com permanência em Presídio de Segurança Máxima,
além da relevante poder econômico do grupo, a possibilitar o
financiamento de fuga, risco de todos o mais iminente. Por fim,
os contatos internacionais que podem assegurar a ocultação dos
mesmos, após fuga, o que inviabilizará todo o trabalho
desenvolvido, tudo a denotar, ainda mais, o grau de
periculosidade dos investigados.

Ressalve-se que a súmula


vinculante, por sua essência, uma vez editada, espraia seu
conteúdo coativo para os órgãos dos Poderes Judiciário e
Executivo, estando inserido neste último os setores da Polícia
Judiciária integrantes da Administração Pública Direta.

Cumpre ainda destacar que, por


ocasião da publicação da citada Súmula Vinculante 11, instados

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a se manifestarem, o Procurador Geral da República Antônio
Fernando Souza, bem como o Ministro do STF César Peluso
revelarem o que pensam acerca de tal verbete normativo-
vinvulante, opiniões abalizadas e que foram reproduzidas em
diversos meios de comunicação, adiante acostas pela
pertinência com a presente, senão vejamos:
“(...) manifestou a sua preocupação com o efeito prático da súmula
sobre a autoridade policial, no ato da prisão, ou seja, que a súmula
possa vir a servir como elemento desestabilizador do trabalho da
polícia. O procurador-geral lembrou que, muitas vezes, um agente
policial tem de prender, sozinho, um criminoso, correndo risco.
Lembrou, também, que é interesse do Estado conter a
criminalidade e disse que, para isso, é necessário utilizar a força,
quando necessário.

“O ministro Cezar Peluso reconheceu que o ato de prender um


criminoso e de conduzir um preso é sempre perigoso. Por isso,
segundo ele, “a interpretação deve ser sempre em favor do agente
do Estado ou da autoridade”.
(http://www.direitonet.com.br/noticias/x/10/93/10933/)

Destarte, por todo o


exposto, entende o subscritor estar, mais do que justificado o
uso de algemas, no presente caso, na condução dos referidos
presos, todas as vezes em que estejam fora de área de celas de
custódia, para a realização de algum ato procedimental no
Inquérito Policial ou ato processual, já em fase judicial, não
havendo razão para a nulificação da prisão expedida, muito
menos para a responsabilização dos executores das mesmas.

Atenciosamente,

Delegado de Polícia Civil

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32

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