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ADRIANA T. M.

OLIVEIRA
SILVANA A. MARQUES

INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES


EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA ESCOLA

Trabalho da disciplina de Política Educacional e


Organização da Educação Básica, ministrado
pelo prof. Carlos do curso de Pedagogia 4º
período.

Belo Horizonte
2008
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INTRODUÇÃO

O sistema educacional vive um momento de intenso questionamento. A inclusão de


todas as crianças na escola é a palavra de ordem. Movimentos nacionais e internacionais
destacam a necessidade da adoção de políticas educacionais voltadas à inclusão de qualquer
pessoa que, no decorrer de sua vida, não tenha suas necessidades atendidas pelos processos
educacionais vigentes.
Teóricos e profissionais da Educação afirmam, de forma unânime, que a escola é um
espaço democrático e, como tal, deve estar à disposição de todos os cidadãos. Nesse sentido, o
aluno com necessidades especiais não deve ser privado do convívio com colegas que não tem
necessidades especiais.
A preparação dos professores do ensino regular para atender os que chegam à escola,
como os alunos com necessidades educacionais especiais, é uma medida imprescindível para
que se possa oferecer a eles um atendimento compatível com suas reais necessidades.
Entretanto, ao nos inteirarmos da realidade escolar brasileira, constatamos que tais
ideais ainda estão longe de serem concretizados. As marcas da exclusão, da segregação e da
marginalização ainda permeiam a vida escolar de muitos alunos, principalmente daqueles
oriundos das camadas populares.
O que se pretende aqui é fazer uma pequena reflexão sobre os problemas relacionados
ao processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, e levantar alguns
dados sobre tópicos importantes que estão mudando o rumo desse processo em nosso país.
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INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS


ESPECIAIS NA ESCOLA
A forma como a sociedade interage com as pessoas com deficiência se modificou e
vem se transformando ao longo da história. Muitos foram considerados incapazes, inválidos,
inferiores, antes que fossem vistos como cidadãos com direitos e deveres. Com esta mudança,
o paradigma da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais tem gerado,
atualmente, inúmeras discussões e controvérsias. Para tal, faz-se necessário que alguns
conceitos sejam esclarecidos.

Necessidades Educacionais especiais


De “excepcionais”, os alunos da Educação Especial passaram a ser denominados
“portadores de deficiência”, “alunos com deficiência”, com “necessidades especiais”, ou
“alunos com necessidades educacionais especiais”, no que se refere à educação escolar.
Cada novo termo proposto objetivou a modificação da percepção social sobre essas
pessoas. Tais termos pretenderam contribuir para a melhoria de qualidade de suas vidas.
Certamente, o aprimoramento da linguagem é muito importante para evitar ambigüidades na
interpretação do que se fala ou do que se escreve. Considerar a pessoa como anterior e mais
significativa do que sua deficiência é considerá-la, em relação às demais pessoas, com
igualdade de valor. Apesar, porém, de todo o esforço lingüístico e dos esclarecimentos que,
espera-se, eles propiciem, continuam as dúvidas a respeito das possibilidades de
aprendizagem dos alunos com NEE e de sua inserção na vida social produtiva.

Inclusão Social
É a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade,
sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de
aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de
desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões de vida.

Inclusão Educacional
É a garantia de acesso, a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em
todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. A escola se posiciona em relação ao seu
compromisso com uma educação de qualidade para todos seus alunos através de seu projeto
pedagógico de caráter emancipador e global, que prevê conjunto de práticas inclusivas, bem
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como serviços para apoiar, complementar, suplementar ou substituir os serviços comuns para
promover o desenvolvimento das potencialidades de alunos com NEE. A inclusão
educacional é fator determinante para a inclusão social e exercício da cidadania.

Educação inclusiva
A educação inclusiva é anunciada como a forma mais recomendável de atendimento
educacional para os alunos que apresentam deficiência(s), altas habilidades e condutas típicas
de síndromes. É identificada, hoje, como o caminho eficiente para a construção da cidadania e
da participação social em consonância com a perspectiva da educação para todos e com todos.

MOVIMENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS


Movimentos nacionais e internacionais destacam a necessidade da adoção de políticas
educacionais voltadas à inclusão de qualquer pessoa que, no decorrer de sua vida, não tenha
necessidades atendidas pelos processos educacionais vigentes.

Declaração de Salamanca
A conferência mundial de Educação Especial ocorrida em 1994, na cidade de
Salamanca, Espanha, foi o marco da educação inclusiva, pois dela emanou um documento
internacional (Declaração de Salamanca) sobre políticas educacionais, em que foram
privilegiadas novas perspectivas na área da educação especial, afirmando o propósito da
educação inclusiva e propagando a inclusão escolar e social como direito inalienável de todas
as pessoas, independentemente de raça, etnia, condições físicas e mentais.
A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais
que visam a inclusão social, ao lado da Convenção de Direitos da Criança (1988) e da
Declaração sobre Educação para Todos de 1990.

Políticas educacionais no Brasil.


Documentos nacionais oficiais recebem influência dessa nova perspectiva e afirmam o
direito de todos a uma educação de qualidade.
Mas, mesmo antes da declaração de Salamanca, a Constituição da República
Federativa do Brasil (1988) já dispunha, em seu Capítulo III, que: “Art. 208 – O dever do
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: ... III – atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino,”
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Da mesma forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente também estabeleceu, no


Capítulo IV, que: “Art. 54 – É dever do Estado assegurar à criança e adolescente o
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino.”
Mas foi com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (Lei nº. 9.394, de
1996), que dedica o Capítulo V inteiramente à Educação Especial, que as políticas nacionais
passaram, efetivamente, a se pautar pela perspectiva da inclusão de alunos com necessidades
especiais no ensino regular.

A ESCOLA COMO ESPAÇO INCLUSIVO


É inegável que a inclusão escolar de todos os alunos é o ideal a ser seguido, mas isto
não ocorre como num “passe de mágica”. Alunos com “deficiência” sempre foram relegados
a segundo plano nas políticas educacionais.
A concretização dos ideais da educação inclusiva na realidade brasileira passa pelo
redirecionamento da educação escolar que aí está. Não basta que os documentos oficiais
afirmem que este é o caminho certo, sem que sejam investidos esforços financeiros e teóricos
nos sistemas escolares que dêem sustentação para que, de fato, nossas escolas se transformem
em espaços democráticos.
Facilitar a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino
regular supõe colocar em evidência a escola atual e seus mecanismos seletivos e excludentes,
repensar a formação dos profissionais da educação e, além disso, ampliar a análise da
deficiência, não apenas em relação às características pessoais da pessoa com NEE, mas como
resultado de práticas sociais concretas, adotando políticas educacionais que centralizem seus
esforços na estrutura escolar e nos meios educacionais, proporcionando efetivamente
condições de acesso, permanência e sucesso de todos os alunos.

As outras crianças podem ser prejudicadas pela presença de alunos com NEE?
Ao contrário. A convivência com a diversidade só pode trazer benefícios tanto para as
crianças ditas "normais" como para aquelas com necessidades especiais. Vivemos em uma
cultura que costuma subestimar a capacidade dos portadores de deficiências porque crescemos
acostumados com a segregação das pessoas que apresentam algum tipo de diferença em
relação às demais, como se sua convivência na comunidade fosse impossível. Só o convívio
com a diversidade pode formar cidadãos tolerantes, solidários e preocupados com o bem-estar
das pessoas. Além disso, há muitos estudos que apontam que os ganhos educacionais das
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crianças com necessidades especiais na escola regular, quando atendidas adequadamente, são
maiores do que os daquelas que freqüentam apenas escolas especiais. Há também um ganho
afetivo muito grande: as amizades, a participação e a aceitação favorecem a auto-estima e o
autoconceito dessas crianças.

Preparação dos professores


A preparação dos professores do ensino regular para atender os que chegam à escola
como os alunos com necessidades educacionais especiais é uma medida imprescindível para
que se possa oferecer a eles um atendimento compatível com suas reais necessidades. Dessa
forma, a própria LDB prevê, no Capítulo V, que os sistemas de ensino deverão assegurar aos
educandos com necessidades especiais. “Art. 59 – ...III – Professores com especialização
adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores
do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns;”
Diante desse dispositivo, Carvalho (1997) afirma que, mais urgente que a
especialização, é a capacitação de todos os educadores. É preciso criar espaço para discussão
de temas relacionados a mudanças de atitudes em face da diferença, conhecimento dos
processos de desenvolvimento humano e aprendizagem, currículos e suas adaptações,
trabalhos em grupos, entre outros. Porém, segundo Ferreira (1998), mesmo com a indicação
legal de que os professores deverão estar preparados para atender esses alunos, “sabe-se que o
tema das necessidades especiais, ou mesmo da diversidade, é ainda pouco presente nos cursos
de formação de professores e de outros profissionais”.

Inclusão com aprendizagem


Não basta acolher e promover a interação social. A ordem agora é garantir que os
estudantes com deficiência avancem nos conteúdos. É preciso ensinar, aliás, como a própria
legislação prevê desde 1988, quando a constituição foi aprovada. No lugar de focar o
atendimento clínico, segregando os alunos, a orientação correta é dar apoio aos professores
regentes e permitir que eles e seus colegas especialistas trabalhem cada vez mais em conjunto.
Para tanto, obviamente, as redes devem estruturar-se de forma diferente, e também aqui a boa
notícia é que diversos municípios e estados já estão se organizando para tornar isso realidade.
“Oferecer Educação de qualidade significa fazer adaptações físicas e pedagógicas”, (Daniella
Alonso). “Cabe ao professor reconhecer essa nova função e brigar pelos recursos
necessários.”
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CONCLUSÃO

Está aí um pequeno retrato de uma das maiores dificuldades enfrentadas hoje pela
educação, qual seja, a capacitação de recursos humanos, que está intimamente ligada à
vontade política e à consciência da sociedade no sentido de garantir os direitos às pessoas com
necessidades educativas especiais.
Observamos, ainda, atitudes que continuam sendo reflexo de uma história que foi
sempre marcada pela discriminação. No entanto, vive-se atualmente, no campo da educação,
um momento de mudanças estruturais, no qual a preocupação se desloca das deficiências ou
inadaptações do indivíduo para a valorização das potencialidades, oferecendo-lhes meios de
desenvolvê-las ao máximo. E mais, como expressa Sassaki (1997), contemplar a unidade na
diversidade através da metáfora do caleidoscópio é enfatizar a importância das partes para a
riqueza e a beleza do seu todo.
Nunca é demais, contudo, reafirmar as condições em que essa inovação acontece,
marcando, grifando na consciência dos educadores o seu valor, para que nossas escolas
atendam à expectativa de seus alunos, do ensino infantil à universidade.
A escola prepara o futuro e, de certo que, se as crianças aprenderem a valorizar e a
conviver com as diferenças nas salas de aula, serão adultos bem diferentes de nós, que temos
de nos empenhar tanto para entender e viver a experiência da inclusão!

“A educação de crianças com necessidades especiais é também educação”


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BIBLIOGRAFIA:

Salto para o Futuro: Educação Especial: tendências atuais, Secretaria de Educação a


Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999.

Mantoan, Maria Teresa Egler, Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer?, Ed.
Moderna, SP, 2003.

http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtexto=124

http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=109

www.novaescola.org.br/inclusãosócomaprendizagem, outubro 2007

Revista Presença Pedagógica, v.9, n. 49, jan/fev 2003 – Formação de professores para a
educação inclusiva

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