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TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF.

JOÃO ROCHA 1
HISTÓRIA DO BRASIL

I – ANTECEDENTES: O SISTEMA FEUDAL

O ano de 476 ( século V) é convencionalmente utilizado para demarcar o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média.
Naquele ano, após longa decadência e sucessivas invasões, o Império Romano foi destruído, por tribos germânicas (
bárbaros)
As principais CARACTERÍSTICAS do sistema feudal eram a economia de subsistência, a sociedade estamental, a
descentralização política e a cultura teocêntrica.

O FEUDO  Unidade básica do sistema feudal. Tinha como sede o castelo pertencente ao senhor feudal, era uma
grande propriedade agrária formada por terras de cultivo, onde viviam os demais habitantes do feudo.

A ECONOMIA  era de subsistência, se produzia apenas o necessário para a sobrevivência dos habitantes do feudo.
Não havia praticamente comércio ou moeda, as trocas eram de um produto por outro.

O TRABALHO  baseava-se no regime de servidão. Neste regime não existia trabalho assalariado, os servos eram
obrigados a prestar serviços gratuitos e ceder a maior parte da produção ao senhor feudal, recebendo deste, em
contrapartida, proteção militar.

A SOCIEDADE  era estamental. Não existia mobilidade social no sentido ascendente ou descendente.

A POLÍTICA  era descentralizada. Não existia um poder central. O rei era apenas o primeiro entre os pares, ou seja, o
mais prestigioso dos senhores feudais

A CULTURA  era essencialmente religiosa ou teocêntrica. Grande proprietária de terras, a Igreja católica justificou e
santificou as estruturas feudais, exercendo influência dominante sobre as letras, artes, as ciências e a filosofia.

II – A CRISE DO FEUDALISMO :

Por volta do séc. X cessaram as invasões bárbaras. Houve o restabelecimento de uma relativa paz, o que impulsionou o
crescimento demográfico europeu. O crescimento populacional levou à ocupação de áreas ainda não utilizadas para o
plantio, como florestas e pântanos. Ao mesmo tempo, os senhores feudais ampliaram as obrigações dos servos, o que
levou muitos destes a abandonar as terras em que viviam ou a serem expulsos delas. Por outro lado, a produção de
subsistência não atendia mais as necessidades alimentares da população que crescia. Essas populações famintas
formavam bandos de miseráveis, que, em grande parte apelavam para o banditismo, o roubo e o saque.
Nesta época, o Oriente Próximo, a África do Norte e a península Ibérica estavam sob o domínio dos muçulmanos, adeptos
da religião fundada por Maomé, o islamismo. A saída para a crise européia foi organizar expedições militares para
combater os muçulmanos (AS CRUZADAS – sec. XI); dessa forma, deslocavam para as terras conquistadas os
excedentes populacionais europeus. Uma das principais conseqüências das cruzadas foi a retomada do comércio entre a
Europa e o Oriente através do mar Mediterrâneo. O desenvolvimento do comércio, por sua vez, incentivou o renascimento
urbano, ou seja, o ressurgimento dos burgos ou cidades que também haviam se despovoado no período anterior. O
renascimento comercial e urbano propiciou o surgimento de uma próspera camada de mercadores e artesãos que
trabalhavam nos burgos medievais. Esta nova classe ficou conhecida como burguesia. Para os burgueses interessava o
surgimento de um poder político forte e centralizado, que protegesse e impulsionasse as atividades comerciais. Era o início
dos tempos Modernos e suas transformações econômicas (surgia o capitalismo). A esta mudança de uma economia não
lucrativa (feudalismo) para uma capitalista, levou o nome de REVOLUÇÃO COMERCIAL Este é o contexto inicial da
formação dos Estados Modernos, que, mediante uma aliança entre burguesia e a realeza, assumem a forma das
Monarquias Nacionais de poder centralizado

III – ESTADOS NACIONAIS OU MONARQUIAS NACIONAIS:

Muito interessada em ampliar seus negócios e superar as dificuldades para o desenvolvimento do comércio , a burguesia
emergente busca aliança com o rei, o qual tem por objetivo a centralização política e territorial. Para concretizar esta
aliança, a burguesia oferece recursos para a formação do aparelho burocrático, tais como: funcionários para administração
e legistas para justificar o poder monárquico, e também, recrutamento de forças militares e armas de fogo. Assim, os
monarcas foram impondo sua autoridade sobre a nobreza feudal, unificando territórios e centralizando o poder, originando,
a partir do século XV, O estado Moderno.
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• POLÍTICA ECONÔMICA  MERCANTILISMO – Princípios:
 MONOPÓLIO ( direito exclusivo de exportação)
 PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO ( restrições a importação)
 METALISMO ( acúmulo de metais preciosos )
 BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL ( vender mais que comprar )
 COLONIALISMO

IV - O FEUDALISMO PORTUGUES

Em 711, na Alta Idade Média, os muçulmanos invadiram e conquistaram a maior parte da península Ibérica . A origem de
Portugal está ligada a Guerra de Reconquista ( luta pela expulsão dos árabes muçulmanos da região ). Durante a Guerra
de Reconquista formaram-se 4 reinos: LEÃO, CASTELA, ARAGÃO E NAVARRA. Da junção de LEÃO e CASTELA,
originou-se o CONDADO PORTUCALENSE. Portanto, a Guerra de Reconquista trouxe a centralização do poder para
Portugal ( 1139). Surgiu daí a Dinastia de BORGONHA.

Esta situação impediu que a descentralização política, se configurasse em Portugal. Neste


sentido, o feudalismo português nunca assumiu plenamente as características do
feudalismo clássico.

V – PORTUGAL E A CRISE DO SÉCULO XIV

• Fome... Peste Negra ... Guerra dos Cem Anos  causaram uma crise que devastou o continente.
• A Grande Fome - Conseqüência do crescimento demográfico, das más colheitas e da alta dos preços dos cereais.
• A Peste Negra - Foi um surto da peste bubônica que dizimou um terço dos europeus.
• A Guerra dos Cem Anos - Entre França X Inglaterra, devastou a agricultura e desarticulou o comércio no Ocidente
europeu.
• O perigo das estradas  Rota da Champanhe
• A opção  Rota Marítima

VI – PIONEIRISMO PORTUGUES - FATORES

• Posição geográfica estratégica  caminho aberto para o Atlântico.


• Burguesia ávida de lucros  Principal agente das grandes navegações.
• Paz interna  Enquanto parte da Europa se envolvia na Guerra dos Cem Anos.
• Centralização monárquica  Portugal foi o primeiro Estado centralizado

Em 1383, uma crise sucessória dividiu a sociedade portuguesa. De um lado os


partidários de CASTELA, de outro, a burguesia comercial ( que pretendia mudanças),
apoiavam D. João, Mestre de Avis  BATALHA DE ALJUBARROTA

• Escola de Sagres ... Invenção da Imprensa ... O fascínio pelas Índias

VII - ETAPAS DA EXPANSÃO - O PÉRIPLO AFRICANO

• 1415 - Conquista da cidade de CEUTA


• 1419 - Expedição portuguesa chega à ilha da MADEIRA
• 1431 - Reconhecimento do arquipélago dos AÇORES
• 1434 - Gil Eanes ultrapassa o CABO BOJADOR
• 1488 - Bartolomeu Dias ( Cabo da Boa Esperança ou Cabo das Tormentas )

• 1498 - VASCO DA GAMA  Chega a Calicute ( Índias )
• 1500 – Cabral chega ao Brasil

VIII - CHEGADA DE COLOMBO NA AMÉRICA ( 1492 )


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• Enquanto Portugal ampliava seu comércio nas costas Africana ( Feitorias ), a Espanha lutava para expulsar os Mouros (
expulsos em 1492 ).
• 1492 - Colombo chega na América
( BULA INTERCOETERA - 1493 )
( TRATADO DE TORDESILHAS – 1494 )

IX - A CHEGADA AO BRASIL

• Casualidade  Calmarias; Corrente Marítima


• Intencionalidade  Navegadores experientes; Tratado de Tordesilhas; Cálculos precisos

 RELEVANTE  contexto sócio-econômico-político


 razões do descobrimento está:
 expansão da burguesia portuguesa
 no apoio da monarquia portuguesa
 na busca de mercados fora da Europa

X - O BRASIL PRÉ-COLONIAL ( 1500 - 1530 )

Período de relativo abandono, os portugueses dedicaram-se ao reconhecimento e a exploração do pau-brasil. Portugal


estava voltado para o Oriente, o comércio com as Índias. O Brasil ficou por alguns anos numa posição secundária.

 1501 – Expedição Exploradora  Gaspar de Lemos


• Nomeou os acidentes geográficos ( Cabo de S. Roque, Rio São Francisco, baía de Todos os Santos, São
Sebastião do Rio de Janeiro).

 1503 – Expedição Exploradora  Gonçalo Coelho


• Fundou feitorias( postos de armazenagem de madeira e de carregamento dos navios )
• Devido abundância da madeira entre o Rio G do Norte e o Rio de Janeiro, Portugal estabeleceu o ESTANCO
sobre o produto, isto é, monopólio sobre a exploração
• Entre 1502 e 1505, o Brasil foi arrendado para FERNÃO DE NORONHA, para a exploração ( indiscriminada )do
pau-brasil - ESCAMBO.

 1516 e de 1526 - Expedições Guarda-Costas  Cristóvão Jacques

• Causa: Visitas sistemáticas de corsários franceses.


• No entanto, pouco puderam fazer contra os piratas estrangeiros, em virtude da grande extensão do litoral
brasileiro.

XI – BRASIL COLONIA ( 1530 – 1822 )

A presença de estrangeiros no litoral brasileiro representava uma ameaça a Portugal. O monarca português, D. João III,
chegou a reclamar do contrabando francês ao rei Francisco I, da França. Este respondeu: “Gostaria muito de ver o
testamento de Adão e Eva dividindo as terras do Novo Mundo entre Portugal e Espanha”.
Diante da insistente investida dos piratas, a Coroa viu-se obrigada a ocupar as novas terras, sob pena de perdê-las para
outras nações.

 1530 – Expedição Colonizadora  Martim Afonso de Souza

• Causas  ameaça da pirataria francesa;


 decadência do comércio com as Índias.
• Objetivos  combater os franceses, explorar o litoral e colonizar a terra
• 1532 - Fundação da 1ª vila ( São Vicente ) - Depois: Sto. Andre e Sto Amaro

 1534 – Capitanias Hereditárias


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• Não dispondo de capital necessário para a colonização, D. João III resolveu implantar um sistema já
experimentado nas ilhas atlânticas da Madeira, Açores e Cabo Verde. AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS.
• Sem condições financeiras, D. João III tratou de determinar muito mais direitos do que deveres a quem aceitasse
participar da aventura da colonização

• ADMINISTRAÇÃO  Carta de doação e Foral

 Carta de doação  cedia terras aos donatários e o poder jurídico sobre elas;
 o donatário tinha a posse hereditária,mas não a propriedade;
 dava direito de autorizar a pena de morte, escravizar índios

 Carta Foral ( especificava os detalhes fiscais do sistema):

 receber a redízima ( 1/10 das rendas que iriam para a Coroa )


 receber a vintena( 5% da arrecadação do pau-brasil e pesca)
 cobrar tributos sobre salinas, moendas e engenhos
 a renda da terra ( donatário); sub-solo, mato e mar (à coroa)
 O fracasso:
 a falta de recursos e interesse; conflitos com os indígenas
 falta de terras férteis, distância da Metrópole
 criminalidade ( o direito de couto e homizio)

 Prosperaram  São Vicente e Pernambuco

As capitanias possuíam alguns traços feudais, na sua estrutura jurídica e política, mas na sua base econômica apresentava
características não-feudais. A economia da colônia era determinada pelo comércio internacional e o trabalho nunca foi
predominantemente servil. A produção voltava-se para a exportação e a mão-de-obra era basicamente escravista e
exportadora, nem de longe assemelhando-se à economia de subsistência típica do feudalismo.

As demais capitanias ou faliram, ou sequer foram ocupadas por seus donatários. Por isso a Metrópole criou, em 1548,
o Governo Geral, transferindo para este uma parte dos poderes anteriormente pertencentes aos donatários.
Com o passar dos anos, as capitanias foram, paulatinamente, retornando ao governo português. Em alguns casos, a
Coroa comprou-as; em outros, recebeu-as ou porque morriam os donatários sem deixar herdeiros ou porque as capitanias
eram ocupadas por seus proprietários.
As capitanias pertencentes ao Estado chamavam-se “capitanias da Coroa”, sendo administradas por um governador,
nomeado por um rei. Entre elas incluíam-se algumas capitanias nocas, criadas nos séculos XVII e XVIII, como as do Grão-
Pará, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Finalmente, em 1759, a última capitania particular ainda existente foi expropriada pelo governo português, então
chefiado pelo Marquês de Pombal. Ministro do rei D. José.

XII – OS GOVERNOS GERAIS – 1548

Diante do fracasso do sistema de capitanias, a metrópole procurou recorrer à centralização do poder. Criou-se o
GOVERNO-GERAL, não para acabar com as capitanias, mas para centralizar sua administração, pois a autonomia dos
donatários chocava-se com os interesses do estado português.
• O REGIMENTO
Assinado em 17/12/1548, este documento estabelecia a criação do Governo-geral no Brasil e continha entre outras
disposições:
⇒ O comando e a defesa militar da Colônia ficava a cargo do governador-geral;
⇒ Os donatários perderiam os seus poderes judiciais;
⇒ Estava proibida, de modo geral, a escravidão do índio;
⇒ O governador geral teria três auxiliares:
∗ Ouvidor-Mor  Justiça
∗ Provedor-Mor Cobrança de impostos
∗ Capitão-Mor  Defesa do território

• 1º TOMÉ DE SOUSA ( 1549 – 53 )  Trouxe consigo o Regimento


⇒ A sede do governo-geral foi na Bahia ( Salvador  1ª capital da colônia )
⇒ Chegaram os primeiros jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega
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⇒ Foi criado o 1º bispado no Brasil ( D. Pero Fernandes Sardinha )

• 2º DUARTE DA COSTA ( 1553 – 58 )


⇒ Trouxe consigo mais colonos e padres jesuítas, entre eles: José de Anchieta
⇒ Em 1554, Nóbrega e Anchieta fundaram o Colégio de São Paulo
⇒ Os franceses, que há muitos anos freqüentavam o litoral brasileiro fazendo contrabando. Foram os primeiros
estrangeiros que tentaram conquistar uma parte da Colônia.Em 1555, invadiram o Rio de Janeiro, liderados por
Nicolau Durant de Villegaignon, com apoio dos tamoios – Confederação dos Tamoios – fundaram a FRANÇA
ANTÁRTICA. Nesta colônia se estabeleceram os huguenotes ( assim eram chamados os protestantes na
França) para fugir às perseguições de que eram vítimas.
⇒ A briga de Duarte da Costa com D. Pero Fernandes Sardinha + a desorganização do seu governo, acabou
sendo substituído por Mem de Sá.
⇒ A ineficiência de Duarte da Costa obrigou o rei de Portugal a nomear outro Governador

• 3º MEM DE SÁ ( 1558 – 72 )
⇒ Mem de Sá buscou restabelecer o domínio da colônia
⇒ Formação das primeiras missões jesuíticas  para reduzir os conflitos entre colonos X jesuítas
⇒ Dissolução  Confederação dos Tamoios  Paz de Iperoig (Ubatuba)  apoio de Nóbrega e Anchieta
⇒ Fundação da cidade do Rio de Janeiro ( 1565 )  por Estácio de Sá
⇒ 1567  Expulsão dos franceses do Rio de Janeiro
⇒ Importação de escravos para suprir mão-de-obra
⇒ 1572  morte de Mem de Sá

Depois de criar os governos-gerais, o rei de Portugal resolveu dividir a administração do Brasil em


dois centros: um ao norte e outro ao sul.

• AS DIVISÕES DA COLÔNIA – 1572 a 1578


⇒ Objetivos: a) melhorar a fiscalização do açúcar; b) preocupação de D. Sebastião, em conquistar o norte
⇒ Norte  D. Luís de Brito de Almeida  Salvador ( sede)
⇒ Sul  D. Antonio Salema  Rio de Janeiro ( sede )

• A REUNIFICAÇÃO
⇒ Lourenço da Veiga (capital: Salvador)  Governou de 1578 a 1580

XIII - O DOMÍNIO ESPANHOL – UNIÃO IBÉRICA ( 1580 –1640 )

INTRODUÇÃO: A anexação de Portugal


Desde 1556 a Espanha era governada por Felipe II ( 1556-1598 ), membro de uma das mais
poderosas dinastias européias: OS HABSBURGOS ou CASA D´ÁUSTRIA, que além da Espanha
tinham o controle do Sacro Império Romano Germânico, sediado na Áustria, com influência também
sobre a Alemanha e a Itália.
Nos tempos do reinado de Felipe II, a exploração das minas de prata da América espanhola havia
atingido o seu apogeu. Com a entrada da prata do México e do Peru, a Espanha se transformara no
século XVI na mais poderosa nação européia. Isso levou os historiadores a classificarem o século
XVI c Omo o século da preponderância espanhola. Tendo em mãos recursos abundantes, Felipe II
aliou o poderio econômico a uma agressiva política internacional, da qual resultou na anexação de
Portugal (até então, reino independente) e a independência da Holanda ( até então, possessão
espanhola )

• Em 1578, D. Sebastião, rei de Portugal, morreu lutando contra os árabes Batalha de Alcácer-Quibir. A
morte de D. Sebastião, com apenas 24 anos de idade gerou uma grave crise política. Isto por que D.
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Sebastião não havia deixado descendente para ocupar o trono português. De imediato assumiu a coroa
seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que já contava com sessenta e seis anos de idade. Dois anos depois,
em 1580, o cardeal D. Henrique, morreu. Terminava assim a DINASTIA DE AVIS. Surgia aí uma questão
dinástica. Quem herdaria o trono português?
 Existiam vários pretendentes ao trono entre eles D. Antonio, que foi proclamado rei. Felipe II (outro
pretendente) reagiu duramente. Conquistou Portugal pela força militar e pelo dinheiro com o qual
subornou a classe dominante portuguesa. Por isso, teria dito:Portugal, o herdei, o comprei e o
conquistei ” ( Felipe II )
 Assim, por 60 anos, Portugal e por extensão, seu império colonial – inclusive o Brasil – estiveram
sob o domínio dos HABSBURGOS (período dos Filipes II, III e IV)
• (O Sebastianismo X Canudos)

 O JURAMENTO DE TOMAR -1581


( Portugal seria governado por um vice-rei indicado por ele, Felipe II, mas os cargos públicos, no Reino e nas
possessões ultramarinas, seriam preenchidos com gente da casa, por portugueses. O interesse maior do monarca
não eram as rendas e tenças( * ) de Portugal ou do seu império colonial, mas manter a tão querida integridade política
da Península Ibérica ).
( * ) - Pensão com que se remuneram serviços.

 Exigências das Cortes portuguesas a Felipe II ( que aceitou ). Este acordo concedia certa
autonomia a Portugal, tais como:
1. Comércio colonial: deveria ser realizado e comandado por navios portugueses.
2. No plano administrativo:deveriam ser mantidos funcionários portugueses
3. Leis e costumes: respeitados ; Idioma: português
4. Existia uma cláusula: que impedia as autoridades espanholas a se envolverem nos assuntos
da Colônia.
 NO PLANO INTERNACIONAL: MUITAS MUDANÇAS
 Eram os holandeses que controlavam o transporte, a refinação e a distribuição do açúcar
brasileiro.
 Os Países Baixos (hoje Holanda, Bélgica e pequena parte da França) eram dominados pela
Espanha, que impôs um bloqueio econômico às atividades comerciais da Holanda.
 Em 1581, proclamaram sua independência, surgiu a República das Províncias Unidas
(Holanda)
 Em 1602, os holandeses criaram a CIA. DAS ÍNDIAS ORIENTAIS, que se apossou de colônias
espanholas no Oriente.
 Em 1621, os holandeses fundaram a CIA. DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS, que objetivava controlar o
açúcar brasileiro. Sendo responsável pela ocupação do nordeste.

• A DIVISÃO DE 1621
 Em 1621, foi criado o Estado do Maranhão, com as capitanias do Maranhão e Grão-Pará (Maranhão, Pará
e Amazonas atuais). A capital primeiro foi em São Luís e depois em Belém.
 O restante da Colônia formava o Estado do Brasil (Sede – início: Salvador; depois: Rio de Janeiro).

• OS VICE-REIS
 Em 1640, surgiu no Brasil o título de vice-rei, por causa da Restauração Portuguesa, porém, esta
denominação só foi oficializada em 1720. E foi entregue pela primeira vez ao Marquês de
Montalvão, embora o país não fosse elevado, oficialmente, à categoria de vice-reino. Até 1714,
porém, só para dois governantes foi entregue o título: Marquês de Montalvão e Conde de
Óbidos. Desta data até 1808 (chegada da Família Real ao Brasil), todos os nossos governadores
gerais(total de 13) receberam, indistintamente, o título de vice-rei.

• AS CÂMARAS MUNICIPAIS
A organização político-administrativo do Brasil tinha um caráter central, tendo por base o governo-geral. Entretanto,
essa administração centralizada tinha um poder mais formal (teórico) do que prático. Isto porque na prática o poder
estava descentralizado pelas vilas e municípios, ficando em geral nas mãos dos grandes proprietários.
Paralelamente à formação das primeiras vilas, também foi sendo estruturada uma administração de âmbito local, a
cargo das CÂMARAS MUNICIPAIS. As Câmaras Municipais eram controladas pelos chamados “HOMENS
BONS”, representados pelos grandes proprietários de terra, de escravos ou de gado.
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Assim, as câmaras municipais constituíam poderosos órgãos da administração local, controlados pela aristocracia
rural da Colônia. Nessa condição, opunham-se ao centralismo administrativo representado pelos órgãos da coroa
portuguesa.

• A RESTAURAÇÃO PORTUGUESA – 1640


A União Ibérica terminou em 1640, quando o duque de BRAGANÇA recuperou o governo de Portugal, e pôs fim no
domínio espanhol. Ao assumir o trono, recebe o título de D. João IV, iniciando assim a DINASTIA DE BRAGANÇA.
Esse episódio da história portuguesa é conhecido como RESTAURAÇÃO ou RESTAURAÇÃO PORTUGUESA.

• O CONSELHO ULTRAMARINO – 1642


Atendendo aos interesses da classe dominante colonial, as câmaras municipais assumiram posições autonomistas,
passando por cima da autoridade dos funcionários e delegados do rei. O poder de fato superava o poder “teórico” da
coroa.
Essa situação durou até meados do século XVII.
Terminado o domínio espanhol ( 1640), Portugal retomou com vigor seus cuidados para com a colônia brasileira. Em
julho de 1642, foi criado o CONSELHO ULTRAMARINO. O Conselho Ultramarino tinha como objetivo reduzir o
poder e a autoridade das Câmaras Municipais e, em contrapartida, aumentar o poder dos governadores e demais
funcionários do rei.
O Conselho Ultramarino passou a nomear os juízes que deveriam presidir as câmaras ( juízes de fora) dos principais
municípios, substituindo os juízes ordinários, eleitos pelos “homens bons” . Os próprios vereadores passaram a ser
diretamente nomeados pelo rei.

XIV – A ECONOMIA COLONIAL

A ESCOLHA PELA CANA-DE-AÇÚCAR


⇒ Considerado um bem precioso  alcançava preços altíssimos para venda
⇒ A cana adaptava-se bem ao clima e ao solo brasileiro  produto conhecido em toda Europa
⇒ Portugal já tinha experiência do plantio do produto  Ilhas de Açores, Madeira e Cabo Verde.
⇒ Chegava até a constar em testamentos e inventários, fazendo parte de heranças
⇒ O açúcar se tornou o produto-chave da colonização brasileira

Porém, a Metrópole não podia arcar com o investimento inicial, nem solucionar os problemas de transporte e
fretes. Isto porque sua indústria naval e sua marinha estavam em declínio. Estas dificuldades foram sanadas
através da aliança com os flamengos (ui...afe... que horrrooorrrr!!!), digo: holandeses -, que já distribuíam o
açúcar produzido pelos portugueses nas ilhas do Atlântico, desde o século XV. Os holandeses interessados
em comercializar o produto forneceram empréstimos financeiros para Portugal – para investimento inicial - e
passaram a cuidar da distribuição do açúcar, solucionando o problema básico da colonização: o mercado

Monocultura

SISTEMA DE PRODUÇÃO COLONIAL  PLANTATION Latifúndio

Escravos

Produzir açúcar no Brasil, esbarrava em vários problemas. Um deles: o trabalhador. 1º) não se podia incentivar
imigração de portugueses e utilizar o trabalho assalariado (porque encarecia ainda mais); 2º) Ficava inviável a
utilização da população indígena.
Por outro lado, Portugal tinha acesso desde meados do século XV, aos mercados fornecedores de mão-de-obra
escrava da África. O problema do trabalhador foi resolvido, com a transferência de mão-de-obra relativamente
barata para a nova colônia agrícola, sem a qual a colonização seria inviável.

A FUNÇÃO ECONÔMICA DA COLÔNIA

No item “ Mercantilismo e colonização” são os fundamentos que definem a função econômica de uma colônia para sua
metrópole. Isto é, a metrópole adquire na colônia as mercadorias nela produzidas, comercializando-as na Europa.
Desta forma, a metrópole não precisa importar produtos de outros países
Assim, a colônia se dedica a produção e a metrópole ‘a comercialização ( atividade mais lucrativa ).
Resumindo:
• Domínio da Metrópole sobre a colônia, define-se pelo Monopólio = PACTO COLONIAL
• A colônia envia matéria-prima para a Metrópole, e esta, envia manufaturados para a colônia.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES: * Mandioca (alimento básico); Pecuária (força motriz)


* Tabaco e Aguardente ( 2º lugar nas exportações )
* Algodão ( produto secundário  roupa para escravo )

XV – AS INVASÕES ESTRANGEIRAS / EXPANSÃO TERRITORIAL

 Expulsos do Rio de Janeiro (1567), os franceses passaram a freqüentar o litoral nordeste do Brasil, da
Paraíba ao Maranhão, ameaçando a posse portuguesa sobre a região. As autoridades portuguesas
resolveram ocupar efetivamente a região. Expedições militares foram enviadas e, partindo da Bahia e
Pernambuco, atacaram os franceses e os índios aliados, fundando diversas fortalezas, em torno das
quais surgiram atuais capitais dos estados nordestinos:
Paraíba: Frutuoso Barbosa e Diogo Flores Valdez, ocuparam a região onde fundaram entre 1583 e
1585, fundaram um forte às margens do rio Paraíba (origem da atual João Pessoa)
Rio Grande do Norte: Manuel Mascarenhas Homem, ocupou a região onde fundou, em 1598, o Forte
dos Reis Magos (origem de Natal).
Ceará: Martim Soares Moreno ocupou-o entre 1607 e 1610, fundando o forte e a igreja de Nossa
Senhora do Amparo (origem da cidade de Fortaleza).

 Franceses no Maranhão (1612 – 1615)

Em 1612, a França tentou novamente estabelecer uma colônia no Brasil, escolhendo o litoral do
Maranhão, liderados por Daniel de La Touche, fundou São Luís (capital do Maranhão). Dando a nova
colônia o nome de França Equinocial.
Em 1615, foram expulsos por Alexandre de Moura e Jerônimo de Albuquerque.Os franceses, casados
com índias, preferiram ficar e fundaram uma colônia que recebeu o nome de GUIANA FRANCESA.
Criou-se, então, a capitania do Marnhão, cujo o governo foi entregue a Jerônimo de Albuquerque. Ao
mesmo tempo iniciou-se a exploração do litoral norte, em direção à foz do Amazonas. Neste local em
1616 , Francisco Castelo Branco, fundou o Forte do Presépio, em torno do qual surgiu a cidade de
Belém.

 A invasão holandesa à Bahia (1624-15)

As causas das invasões estão ligadas a acontecimentos políticos e econômicos ocorridos na Europa
durante a segunda metade do século XVI. Entre estes acontecimentos, destacam-se a queda de
Portugal sob o domínio da Espanha e o processo de independência política da Holanda (folhas 5 e 6).
A invasão: O local escolhido foi Salvador, região conhecida pelos holandeses e um porto de fácil
acesso. Em 09/05/1624 atacaram a capital da colônia, Salvador. A cidade foi saqueada, o Governador
Diogo de Mendonça Furtado foi preso e enviado para Amesterdã.
A resistência e expulsão: Uma grande parte da população que havia abandonado a cidade,
resolveu resistir ao invasor. Liderados por D. Marcos Teixeira, aliando-se a ele: Senhores de engenho,
escravos e índios. Organizaram-se pequenos grupos de 25 a 40 soldados, iniciando-se uma ativa
guerrilha, bloqueando o avanço para o interior.
As tropas holandesas começavam a sofrer a falta de alimentos e o abastecimento ficava dia-a-dia mais
difícil. Praticamente bloqueados em Salvador, sem esperanças de apoderar-se da área produtora de
açúcar, foram desanimando. Enquanto isso, o rei da Espanha (Felipe IV) enviava a Bahia uma esquadra
de 13 mil homens. Em 1º de maio de 1625, os holandeses foram expulsos da Bahia.

Devida à ameaça representada aos corsários e piratas, o governo espanhol determinou que
navios que transportavam ouro e prata da América para a Espanha não viajassem mais
sozinhos, mas agrupados em grandes frotas, que anualmente se dirigiam à Espanha. Uma
destas tropas foi aprisionada pelos holandeses, dando-lhes um lucro três vezes maior do que
todo o capital das Companhias das Índias.

 A invasão holandesa em Pernambuco ( 1630-1654 )


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• Em FEV/1630, os holandeses atacaram a mais rica capitania da época, Pernambuco. Olinda foi
dominada, o governador MATIAS DE ALBUQUERQUE fugiu para o interior do território e fundou o
ARRAIAL DO BOM JESUS, foco de resistência durante 5 anos.
• Domingos Calabar: passou para o lado holandês
• Com a resistência portuguesa liquidada o domínio holandês cresceu da BAHIA até o MARANHÃO,
formando a Nova Holanda
• Vitoriosos a Cia. das Índias Ocidentais, passou a organizar sua administração e MAURÍCIO DE
NASSAU SIEGEN, tornou-se o primeiro governador holandês.

 A administração de Nassau - Medidas

• Abriu crédito para os Srs. de Engenho para recuperar canaviais e comprar escravos
• Criou um Conselho de Escabinos em substituição às Câmaras Municipais
• Tolerância Religiosa
• Urbanização da cidade de Recife – Nova Holanda ( calçadas, pontes, saneamento)
• Artistas, médicos, astrônomos
• Jardim Botânico, Zoológico, observatório

 A contradição do domínio holandês:


• A conquista + Estrutura Administrativa + Estrutura Militar = Responsáveis pelo DEFICIT  Cia das
Índias Ocidentais
• Divisão administrativa : Zona Rural  domínio luso-brasileiro
Zona Urbana  Maurícia ( funcionários )
• O capital holandês estava empregado na zona rural ( empréstimos )

• Some-se a estes fatos:  A proibição de católicos de entrar em Recife


 Acusação a Nassau de corrupção ( colônia livre )
 A reação( Nassau) contra o aumento de impostos

• Nassau deixa o cargo (22/5/1644)  volta para Europa

 A Insurreição Pernambucana ( 1645 –1654 )

• CAUSAS  Com a saída de Nassau Pernambuco foi governado por uma Junta
 Intolerância Religiosa ... Cobrança de empréstimos... Confisco

Em 1640 ( fim da União Ibérica)  o rei de Portugal ( D. João IV- ex-Duque de Bragança
) teve a intenção de recuperar o nordeste brasileiro. Só que Portugal não tinha poder
econômico, isto porque: A RESTAURAÇÃO PORTUGUESA, levou o país a Guerra
contra a Espanha. Este motivo fez com que D. João procurasse os holandeses como
aliados para defender Portugal contra a Espanha, o governo luso fez um acordo com
os flamengos, em troca de apoio militar. Reconhecia-se a posse holandesa sobre o
Nordeste, pelo prazo de 10 anos. A Holanda em meio às disputas internacionais (
contra a Espanha) reforçou a exploração do Nordeste. Os impostos sobre o açúcar
foram aumentados e o que era mais grave, passaram a ser cobrados, quem não
pagasse teria sua propriedade confiscada.

• BATALHAS  Monte das Tabocas ( Olinda foi tomada pelos portugueses )


 1ª batalha de Guararapes  Os holandeses cercados em Recife
 2ª batalha de Guararapes  foram derrotados
 1654  os holandeses se renderam na Campina do Taborda

 Conseqüências da expulsão Holandesa


• Arrocho no sistema colonial .... Criação do Conselho Ultramarino
• Submissão ao capital inglês .... Concorrência do açúcar das Antilhas
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 10
• Decadência do açúcar nordestino

o Através da assinatura da PAZ DE HAIA, a República das Províncias Unidas reconheceu oficialmente o
domínio português sobre o nordeste brasileiro e Angola. Em troca Portugal teve que pagar uma
indenização de 4 milhões de cruzados para a Companhia das Índias Ocidentais, pelos prejuízos causados.
Além disso, a coroa portuguesa abriu mão de algumas colônias do extremo oriente (Ceilão, Málaca e
Molucas), ocupadas pela Companhia das Índias Orientais.

 As invasões inglesas:
• As tentativas inglesas de ataque limitaram-se a saques em portos brasileiros e apresamento de carga
de navios que se dirigiam a Europa

Edward Fenton ( assaltou o porto de Santos )


• Nomes Thomas Cavendish ( saqueou a cidade de Santos )
James Lancaster ( saqueou (pilhou) a cidade de Recife)

EXPANSÃO E OCUPAÇÃO TERRITORIAL


 O gado e o sertão nordestino:

• A expansão da atividade pastoril no Nordeste apresentou três fases distintas: 1ª. Fase: os animais
eram criados dentro da própria fazenda de açúcar, pertencendo o rebanho e a lavoura ao mesmo
proprietário. O gado destinava-se à alimentação da população, particularmente dos escravos, ao
transporte e movimentação dos engenhos.
• 2ª. Fase: Iniciou-se com a separação entre as atividades agrícola e pastoril, quando esta começou a
entrar no interior. Embora separadas as atividades, o proprietário do gado ainda era o senhor de
engenho. Nesta fase o gado fornecia o couro – principal matéria-prima da região – utilizado na
confecção de roupas, calçados, telhas e janelas
• 3ª. Fase: As atividades separaram-se, o pastoreio foi para o interior, alcançou o rio S. Francisco e, com
a descoberta das minas, chegou ao Norte da zona mineradora. Deste modo, a pecuária, serviu de elo
entre a economia açucareira e mineradora, fornecendo gado para corte para as minas.
• Chamado de gado de quintal  embrenhava-se nos canaviais  antieconômico
• 1701 - proibição de criar de gado a menos de 10 léguas do litoral

 1ª. Olinda  daí para Pernambuco e Paraíba


Zonas de irradiação pecuária
 2ª. Bahia  em direção ao S. Francisco (Rio dos Currais)

A pecuária serviu para amenizar as disputas entre as classes dominantes, pois um


senhor de engenho falido sempre tinha a possibilidade de se tornar fazendeiro de gado.
A pecuária entrou em decadência com o declínio dos engenhos de açúcar e das áreas de
mineração.

 Conquista do litoral norte, do Pará e do Amazonas:


• Os franceses, depois de expulsos do Rio de Janeiro, passaram a ocupar regiões desabitadas do litoral
norte da colônia. Com as ameaças de ocupação, o governo luso-espanhol promoveu expedições para
ocupar e defender essas terras ( hoje: Paraíba, Rio G. do Norte, Ceará e Maranhão)
• Data dessa época a fundação de várias fortalezas litorâneas que mais tarde viriam a ser importantes
cidades:
 Filipéia de Nsa.Sra. das Neves  atual João Pessoa
 Forte dos Reis Magos  atual Natal ( capital do R.G.Norte)
 Forte de Nsa. Sra. do Amparo atual Fortaleza (cap. do Ceará)
 Forte do Presépio  originou Belém ( atual estado do Pará )

AS DROGAS DO SERTÃO  A região da foz do rio Amazonas era um paraíso para os


contrabandistas europeus, o que levou os luso-espanhóis a povoá-la através do forte do Presépio.
Como os portugueses haviam perdido o comércio com as Índias passaram a preencher, pelo menos
em parte, esse vazio comercial, as drogas do sertão ( cravo-do-maranhão, canela, castanha-do-
pará, cacau, urucum, essências para perfumes, plantas médicas, resinas etc....
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 11

ENTRADAS  Expedições Oficiais


 Dentro doslimites de Tordesilhas
 Expansão Territorial  BANDEIRAS  Patrocinada por particulares
Além de Tordesilhas   Centro Irradiador: São Vicente
 Motivo: Fracasso do açúcar
 Objetivo: riquezas minerais
 ultrapassavam os limites
 Tipos ou Ciclos do Bandeirantismo:

POLO DE IRRADIAÇÃO > Capitania de São Vicente. Para entendermos melhor o porquê de São Vicente, é
só lembrarmos que o Nordeste do Brasil instalou um modelo agro-primário exportador baseado no
açúcar, bem diferente de São Vicente, que possuía um litoral pobre e alagadiço, cuja economia estava
voltada para a subsistência e sem condições de sediar a estrutura açucareira .
A mais importante fonte de renda era a venda de doce de banana para os espanhóis na região de Iguape.
Diante da miséria, os vicentinos foram obrigados a copiar os usos e costumes dos indígenas ( incesto,
nudez, poligamia...) A alternativa para a sobrevivência chegou através da expansão bandeirante.
1. Ciclo do Ouro de Lavagem = Prospector
 Nesta fase não se afastaram do litoral
 Descoberta de ouro de aluvião: São Roque(S.P), Itanhaém, Iguape, Paranaguá,
Curitiba e Laguna

2. Ciclo da Caça ao Índio = Apresador


 Nessa época (sec. XVII), a Holanda conquistara as principais praças fornecedoras de
escravos na África, anteriormente dominada por Portugal. Por essa razão, o tráfico de
escravos negros atendia essencialmente o nordeste holandês.
 Daí a valorização da mão-de-obra indígena em outras regiões
 Alvo dos bandeirantes : Reduções e Missões ( 1º Périplo interno – Raposo Tavares 
ultrapassou os limites de Tordesilhas)

3. Ciclo do Sertanismo de Contrato


 Causa: Diminuição do ouro de lavagem
 Os bandeirantes foram contratados para reprimir a resistência de índios e negros
aquilombados ( Domingos Jorge Velho )

4. Ciclo do Ouro e Diamante


 No final do séc. XVII  decadência da lavoura canavieira
 A saída para Portugal foi dar cobertura às bandeiras de metais preciosos
 Com a descoberta do ouro em Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás efetivaram-se seu
povoamento

O TRATADO DE METHUEN ( 1703 )


Portugal adquiria da Inglaterra praticamente todos os produtos manufaturados que consumia. Para
pagar estas importações, os portugueses utilizavam o ouro brasileiro, o qual, assim acabou-se
acumulando quase todo na Inglaterra.
Este acúmulo de ouro gerou uma grande disponibilidade de capitais, permitindo à burguesia inglesa
investir na montagem de um parque industria. Deste modo, o ouro do Brasil foi uma das principais
causas monetárias da Revolução Industrial inglesa.
Era o fim do Mercantilismo e início do capitalismo industrial ( de produção)
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 12

MONÇÕES  Expedições fluviais com objetivos comerciais. Transportavam


mercadorias para várias regiões brasileiras, completando a obra dos
bandeirantes.

 O avanço para o Sul - Causas:


Os primeiros limites estabelecidos entre os territórios espanhóis e portugueses na América foram criados
ainda antes da descoberta do Brasil, pelo Tratado de Tordesilhas. Em termos aproximados, a linha
imaginária passava por Belém, ao norte, e Laguna, no sul.
Até a segunda metade do século XVII não surgiram problemas fronteiriços. Mesmo no início daquele
século quando os portugueses ultrapassaram a Linha de Tordesilhas: ocupando o Maranhão, e no sul,
com as bandeiras de apresamento, não se verificaram quaisquer choques . Isto, aliás, era natural, pois os
dois povos ibéricos estavam sob um único governo. Nos 60 anos do domínio castelhano Tordesilhas
perdeu o sentido, já que todo o território pertencia a Madri.
A partir de 1650, surgiram os problemas fronteiriços. Portugal ultrapassou e ocupou o território que
teoricamente seria espanhol, o sul.
Foi assim que iniciou as lutas fronteiriças, que levaram vários anos até a assinatura dos tratados de
limites.

1. Pecuária Sulina
O extremo sul ficou muito tempo esquecido pelos portugueses. Região com imensos campos, a base
econômica da colonização foi a pecuária. O negócio principal era o couro ( a carne, a princípio, era
inviável para negócio). Com a descoberta de ouro nas Minas Gerais e o nascimento da indústria do
charque ( carne-seca ), acabaram-se os desperdícios.
 O abastecimento às Minas  cavalos muares e ovelhas

2. Fundação da Colônia do Sacramento ( 1680 )


Razão  Evitar o contrabando do ouro espanhol, vindo de Potosí ( Bolívia)
 Escoamento: pelo rio da Prata até o Atlântico

 Os Tratados de Limites
Em 1580 com a união das Coroas, Portugal e Espanha foram dominadas por um só rei, na prática os
limites de Tordesilhas foram suspensos, abolidos. O resultado disso foi espanhóis em terras portuguesas e
portugueses em terras espanholas.
Em 1640, Portugal separou-se da Espanha e as questões fronteiriças (na América) voltaram à tona.
Principais tratados  Lisboa, Utrechet, Madri, El Pardo, Santo Ildefonso e Badajós.

 Tratado de Lisboa (1681)


⇒ A Causa  os portugueses fundaram a Colônia do Ssmo. Sacramento ( 1680) com apoio da
Inglaterra, cujo objetivo era conquistar o próspero comércio uruguaio.
⇒ O temor Espanhol  que os portugueses controlassem o comércio da região e alcançassem
Potosi.
A Espanha resolveu impedir e atacou a colônia do Sacramento  ocupando a colônia.
⇒ A corte de Lisboa, com apoio da Inglaterra, pressionou a Espanha que restituiu a Colônia
(Tratado de Lisboa – 1681)

Trinta anos de quase paz envolveu na região. Portugal envolveu-se na Guerra de Sucessão
Espanhola, apoiando o candidato austríaco ( Carlos Habsburgo ) ao trono Espanhol.
Conseqüência: a Espanha atacou a Colônia do Sacramento

 Tratado de Utrecht
⇒ 1713  Portugal X França  decidia que o rio Oiapoque seria limite entre Brasil e Guiana
Francesa.
⇒ 1715  Portugal X Espnha  a Espanha devolve a Colônia para Portugal.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 13

Após meio século de lutas, pela disputa do local, nenhum dos lados levou vantagem.
A solução surgiu por via diplomática: TRATADOS DE LIMITES.

 Tratado de Madri ( 1750 )


⇒ Destaque Alexandre de Gusmão  “UTI POSSIDETIS”
⇒ Garantiu a Portugal a demarcação das fronteiras, semelhantes ao Brasil hoje.
⇒ Portanto: a Colônia do Sacramento ficaria com a Espanha e Portugal receberia, em troca, os Sete
Povos das Missões

Quantos aos jesuítas ali estabelecidos, poderiam se mudar para o território espanhol
( Colônia do Sacramento – Uruguai). Como os índios e os padres se recusaram a
deixar a região ( 7 Povos das Missões), foram atacados por um exército Luso-
Espanhol  GUERRA GUARANÍTICA. Conseqüência desta Guerra  Expulsão
dos jesuítas do Brasil(1759) pelo Marquês de Pombal.

⇒ O Tratado de Madri foi anulado pelo Convênio ( acordo) de EL PARDO – 1761 – Isto quer dizer:
Sacramento continuava de Portugal e 7 Povos das Missões, da Espanha.

 Tratado de Santo Ildefonso ( 1777)

⇒ Este tratado foi prejudicial a Portugal, pois a nação lusa perdia a Colônia do Sacramento e os 7
Povos das Missões ( quase todo o território atual do Rio G. do Sul). Só que as fronteiras não
foram demarcadas, ou seja NÃO ENTROU EM VIGOR.

⇒ Aproveitando-se disso e do fato dos espanhóis ocuparem territórios na Amazônia, Portugal invadiu
e ocupou os 7 Povos das Missões, incorporando-o definitivamente ao Brasil, era a o TRATADO
DE BADAJÓS – 1801.

XVI – O CICLO DO OURO

A partir da Segunda metade do século XVII, a exportação do açúcar decaiu, perdendo a


concorrência para os holandeses nas Antilhas. A colônia empobrecia rapidamente, e
com ela a Metrópole. Como as finanças lusitanas dependiam da exploração colonial,
Portugal voltou a se empenhar na descoberta de ouro em terras brasileiras.

 Principais descobertas de ouro

⇒ 1674  Fernão Dias Pais ( bandeirante )  procurou esmeralda e encontrou turmalinas ( pedra
de pouco valor ).
( Expedição que deu início ao desbravamento do interior da colônia. )

⇒ Última década do século XVII  encontrado ouro em MINAS GERAIS


∗ 1698  descoberto o metal em Ouro Preto
∗ 1700  descoberto ouro em Sabará

AS DESAVENÇAS - Com a descoberta do ouro, a vinda de portugueses para a colônia


aumentou muito. Os bandeirantes paulistas passaram a se desentender com os
forasteiros portugueses ( GUERRA DOS EMBOABAS ). Os interesses lusos terminaram
por prevalecer, e os paulistas, expulsos procuraram novas áreas. Daí a descoberta de
ouro na região de MATO GROSSO, CUIABÁ E GOIÁS  Brasil central.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 14

 A organização da exploração de ouro e diamante

⇒ A Coroa publicou o REGIMENTO

⇒ Foram criadas as INTENDÊNCIAS DAS MINAS, que só prestava contas para o Governo de
Lisboa. Executava o Regimento e fiscalizava.

 Composição da Intendência:

1. SUPERINTENDENTE  Supervisão Geral dos Trabalhos


1. GUARDA MOR  Repartia as Jazidas ... Fiscalizava ... Cobrava o quinto
demarcava o terreno dividido em lotes (DATAS) 
Entregue aos mineradores por sorteio

 O início da exploração:
Todos mineradores deveriam ser inscritos na Intendência. A descoberta de uma jazida aurífera devia ser
obrigatoriamente comunicada. O guarda-mor dirigia-se ao local, ordenando a demarcação do terreno a
ser explorado.
 A cobrança de impostos:
• QUINTO  20% do ouro encontrado ( era fácil sonegar )
• A FINTA  Imposto Adicional ao Quinto  Foi extinto devido a sonegação
• 1725–Casas de Fundição Fundir ...quintar ( retirar a parte do rei )
• 1735 - Capitação17 gm de ouro por cabeça/escravo ( até 1750 )
• 1750 - Permanece o Quinto  novas exigências:
∗ Arrecadação mínima  100 arrobas  DERRAMA
 Conseqüências da Mineração:
1. Desenvolvimento da agricultura e formação de um mercado interno na colônia ( S.P, sul de M.G.,
R.J., vale do Paraíba)
2. Desenvolvimento da pecuária no sul do país  o pólo econômico descolou-se do nordeste para o
sudeste
3. Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
4. Calcula-se que 800 mil pessoas vieram de Portugal para a zona mineradora
5. A procura de escravos negros fez com que aumentasse o preço, estabelecendo um surto no tráfico
negreiro.
6. Milhões de escravos vieram da África. Sendo Recife, Salvador e Rio de Janeiro centros
receptores.Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era o da mineração,
especialmente quando o ouro do leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galerias
subterrâneas A exploração do negro levou-os à fuga e à luta, formando-se centenas de quilombos
em Minas, violentamente combatidos pela elite branca
7. Articulação da região Mineira com outras áreas da Colônia  Do Rio de Janeiro ( Bens de
Consumo ); Rio G. do Sul ( Gado e Charque ); Regiões intermediárias ( Engorda de animas );
Nordeste ( Gado para corte)  TUDO ISSO PAGO EM OURO
8. Nascimento de uma sociedade diferenciada ( onde havia mobilidade social ) constituída não só de
mineradores, mas de negociantes, advogados, padres, fazendeiros artesãos, burocratas, militares
 Não é por acaso que ocorreu em Minas uma série de revoltas e conspirações contra as
autoridades coloniais
9. O Brasil, finalmente, deixara de ser uma colônia ilhada, em que cada capitania estava isolada das
demais. A ligação econômica entre as várias regiões começava a lançar germes de uma futura
unidade nacional, cujo centro era a zona mineradora.
10. Cultura: Barroco / Igrejas  Aleijadinho
11. O ESGOTAMENTO, gerou:
• Desconfiança de sonegação de impostos
• Atritos entre Metrópole X Mineradores (Causa: Inconfidência Mineira)
• Empobrecimento ( surgiram as roças para subsistência)
• As cidades desapareceram
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 15
A ECONOMIA NOS FINS DO SÉCULO XVIII

 Com o declínio da mineração na segunda metade do século XVIII a agricultura voltou a ocupar um lugar de
destaque ( renascimento da agricultura).
 Vários acontecimentos internacionais contribuíram também para esse fenômeno: o crescimento da população
mundial, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
 Com a Independência dos EUA, a Inglaterra perdeu um importante fornecedor de algodão para sua indústria
têxtil e voltou-se para outros fornecedores, beneficiando o Brasil.
 Com a Revolução Francesa, as colônias antilhanas da França se rebelaram (Haiti), favorecendo a produção
açucareira do Brasil.
 Assim, o renascimento da agricultura, no final do século XVIII caracterizou-se pela diversificação da produção

A CRISE DO ANTIGO REGIME


As últimas décadas do século XVIII é marcada por uma série de transformações no mundo ocidental. O ANTIGO
REGIME, ou seja, o conjunto de monarquias absolutas, que imperava na Europa, desde o início do século XVI, entrou em
crise.
Em diversos países da Europa e mesmo em certas regiões da América nasciam idéias e atitudes contrárias ao
colonialismo mercantilista.
Na Europa este século marcou um grande movimento cultural denominado ILUMINISMO ( Voltaire, Montesquieu, Diderot,
Rosseau ) que condenavam a estrutura absolutista e colonialista. Defendiam a reorganização a sociedade fundamentada
numa lei básica, a Constituição.
O capital acumulado pela burguesia mais inovações tecnológicas dos séculos XVII e XVIII, possibilitou o
surgimento da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, na Inglaterra.
Em contraposição ao mercantilismo, surgiu na Inglaterra o LIBERALISMO ECONÔMICO, teoria que pregava a
não-intervenção do Estado na economia, a livre concorrência e o fim do Pacto Colonial.
Portugal sem condições para a industrialização entrou em franca decadência, isto explica o
desmoronamento do sistema colonial.

A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

No final do século XVIII e início do XIX, quase todas as colônias da América separaram-se de suas
metrópoles, obtendo, a independência. A este processo dá-se o nome de CRISE DO SISTEMA COLONIAL.
Tal crise foi ocasionada por acontecimentos ocorridos em duas áreas diferentes: nas metrópoles e
dentro das colônias

NAS METRÓPOLES:
A queda do Antigo Regime. Sistema econômico vigente na Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII. Tal
regime incluía: 1) no plano político, o absolutismo; 2) no plano econômico, o mercantilismo e o capitalismo
comercial; 3) no plano social, uma sociedade estamental, porém, com o surgimento de uma nova classe social - a
burguesia - entre elas.
Através de um Estado fortemente centralizado esta sociedade heterogênea era mantida equilibrada,
devido a política mercantilista. Assim, a política adotada visava enriquecer o estado para fortalecê-lo, o que, porém
fortaleceu também a burguesia.
No século XVIII, o Antigo Regime entrou em crise devido à industrialização (Revolução Industrial), pois o
capitalismo industrial, com produção em grande escala, não admitia barreiras ao consumo, tais como: o monopólio
comercial e o trabalho escravo.
Por isso a burguesia industrial passou a ver no intervencionismo econômico do Estado não mais um
auxilio, mas um entrave ao crescimento da economia, opondo-se assim ao absolutismo e ao mercantilismo.
Resumindo: a Revolução Industrial inglesa, que liquidou o mercantilismo. A Revolução Francesa, iniciou a
derrubada do absolutismo. E a Independência dos Estados Unidos, mostrou o resultado natural da oposição de
interesses entre colônia e metrópole.

NAS COLÔNIAS:
Estes acontecimentos nas metrópoles, enfraqueceram o sistema colonial. Este enfraquecimento é
praticamente inevitável, pois, conforme se explora uma colônia, a área ocupada expande-se, a população cresce e
a produção aumenta, fazendo surgir novas camadas sociais, surgindo assim oposições de interesses entre a
colônia e a metrópole, as quais se agravam progressivamente.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 16
Algumas destas contradições, existentes desde o início da colonização, referiam-se às oposições de
interesses entre: Índios X Colonos; Colonos X Jesuítas; Escravos X Senhores.
A partir do final do século XVII, e particularmente durante a mineração, duas outras contradições surgiram
e agravaram-se, envolvendo:
1. Consumidores X monopólios metropolitanos;
2. Classe dominante colonial X Metrópole

XVII – MANIFESTAÇÕES CONTRA A METRÓPOLE

 CAUSAS  Com o fim da União Ibérica, a coroa portuguesa ampliou o arrocho administrativo e
tributário sobre o Brasil. Alguns desses movimentos chegaram a propor a separação
política e transformações sociais.

• REBELIÕES NATIVISTAS ( não propunham independência )


 Aclamação a Amador Bueno (1641) - SP
 Rebelião de Beckaman ( 1684 ) – MA
 Guerra dos Emboabas ( 1708 – 09) – MG
 Guerra dos Mascates ( 1710 – 14 ) - PE
 Revolta de Felipe dos Santos ou Vila Rica (1720) MG

• REBELIÕES SEPARATISTAS ou COLONIAS ( pré-independência )


 Inconfidência Mineira ( 1789 )
 A Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 )
 A Conjuração Baiana ( 1798 )
 A Insurreição Pernambucana ( 1817 )

 NATIVISTAS

 Aclamação a Amador Bueno ( 1641 – SP ) - Causas

1. Algumas famílias espanholas estabelecidas em S. Paulo, desejavam incorporar a Capitania


aos domínios espanhóis de Buenos Aires, com os quais mantinham relações econômicas,
mais do que com Portugal.
2. A coroa portuguesa reprimia a escravidão indígena, mão-de-obra essencial para os paulistas
3. 1641 – Fim da União Ibérica, os paulistas aproveitaram o momento para se desligar de
Portugal.
Aclamaram Amador Bueno como rei de São Paulo. Com a recusa do aclamado, houve o fim
do movimento.

 Revolta de Beckman ( 1684 – MA )

• Causa  Escassez de mão-de-obra substituída por indígenas, que no Maranhão,


defrontavam-se com a resistência dos jesuítas
• Solução  Criação da Cia. de Comércio do Maranhão  Responsável pela venda de trigo,
azeite, vinho, bacalhau e importação de 10 mil negros.
• A Revolta  O não cumprimento do prometido, fez com que comerciantes + proprietários
rurais maranhaenses, liderados por Manuel e Tomás Beckeman passaram a lutar pela
extinção da Companhia.
• O desfecho  Tomás partiu para Lisboa para informar os abusos da Companhia, foi preso.
Manuel Beckaman foi enforcado.

 A Guerra dos Emboabas ( 1708-09 – MG )


• Causas  1. Descobrimento dos paulistas, na região das Minas
2. O fluxo migratório de aventureiros (Emboabas)
3. A defesa da terra pelos paulistas (se julgavam donos)
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 17

• O Episódio O Capão da Traição

 A Guerra dos Mascates ( 1710-14 – PE )

• Causas  1. Está na expulsão dos holandeses no século XVII


2. Luta entre os proprietários rurais de Olinda
X
Comerciantes portugueses de Recife

• O fato  Os comerciantes lusitanos passaram a financiar a produção açucareira Olindense


com elevadas taxas de juros e grandes hipotecas.
Por outro lado, Recife não tinha força política, isto porque, seus habitantes continuavam
dependendo da Câmara de Olinda.
Em 1710, os recifenses conseguiram sua emancipação política e administrativa. Os olindenses
não aceitaram a perda do controle administrativo de Recife, invadiram a cidade.

 A revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos ( 1720 –MG )


• Causa  Criação das Casas de Fundição
• Revolta  Tributação excessiva
• Conseqüência  Felipe dos Santos foi preso enforcado, esquartejado
 1720 - Criação da Capitania de Minas Gerais separada de São Paulo.

 MOVIMENTOS SEPARATISTAS

 Conjuração Mineira ( 1789 – 1792 )

• Causa remota  1. O Tratado de Methuen desvantajoso para Portugal


Meados do século XVIII, Pombal procurou equilibrar a Balança Comercial
Portuguesa e tomou duas medidas:
1. Estímulo a manufatura local  Isto diminuía a dependência de Portugal
com a Inglaterra.
2. Colocar brasileiros ou portugueses ricos em cargos públicos  Evitar os
desvios de ouro. Esta medida criou uma PLUTOCRACIA (governo dos
ricos, que reagiu contra a Coroa portuguesa com a queda de Pombal.

Administração Pombalina: Em meados do século XVIII, Portugal era um país atrasado, em relação
às grandes potências européias. Em 1750, Dom José I assumiu o trono português. Porém, um marco
importante desta ascensão foi seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro Marquês de
Pombal – 1750-1777). Seu objetivo: reformar a administração para maior controle da Metrópole.
Reformas: 1. Extinção do sistema de capitanias hereditárias em 1759 (era o fim do poder dos
donatários); 2. Reunificação Administrativa ficava abolida a divisão administrativa de 1621, quando
o Brasil ficou dividido em Estado do Maranhão e do Brasil, cada qual com seu próprio governador ; 3.
a transferência da capital Salvador para o Rio de Janeiro (1763); 4. a elevação do estado do Brasil à
categoria de vice-reino (1762), governado por um vice-rei, subordinado ao Conselho Ultramarino
(criado em 1642, com o fim da União Ibérica); 5. Expulsão dos jesuítas da metrópole e de todos os
seus domínios (acusação: “um Estado dentro do Estado”); 6. Criou a Cia. Geral do Comércio do
Grão-Pará e Maranhão em1755 (para atuar no norte) e a Cia. Geral do Comércio de Pernambuco e
Paraíba em 1759 (para atuar no nordeste).

• Causas da Inconfidência Mineira


⇒ Decadência da produção do ouro
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 18
⇒ A cobrança do Quinto (atrasado)  Lançada a DERRAMA ( seria desencadeado o
movimento com a senha: Hoje é o dia do batizado.
⇒ A elite discordava do Pacto Colonial
⇒ A influência do Iluminismo. As idéias de Voltaire, Rosseau, Montesquieu, Diderot
⇒ Independência dos E.U.A (1776) e Revolução Francesa (1789)

• Plano dos Conjurados


⇒ Criar uma República (em S. João Del Rei; uma nova bandeira; Criar uma Universidade em
Vila Rica; Serviço Militar obrigatório
⇒ Não saiu das salas de reunião
⇒ Denúncia: Cel. Joaquim Silvério dos Reis (devedor dos cofres reais)
⇒ A figura de Tiradentes

 Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 )

• Causa: Está na frase “ Os reis são uns tiranos ”  atribuída a 10


membros da Sociedade Literária do Rio de Janeiro.
• A denúncia  Sustentava que membros dessa sociedade preferiam o regime republicano ao
monárquico.
• O Implicado  Mariano Pereira Fonseca ( futuro marquês de Maricá) porque possuía uma
obra do iluminista Rosseau ( considerado subversivo, na época.)
• Não foi um movimento nem uma Revolução. Sua importância histórica reside no temor que a
Metrópole tinha das idéias liberais.

 Conjuração Baiana ( 1798 – 1792 )

• Outros nomes: Conjuração dos Alfaiates, Revolta dos Franceses, Conspiração das
Argolinhas, Conjuração dos Barbados e Conspiração dos Búzios.

• Características :

• Os participantes pertenciam as camadas pobres da população. Foi um grito dos explorados,


dos oprimidos contra a dominação portuguesa.
• Fundamentação: Revolução Francesa  Apoio: Loja Maçônica Cavaleiros da Luz.
• Divulgação: manuscritos nos postes, muros, praças públicas
• O fim: 08/11/1799  Descobertos foram presos e enforcados

AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS
O surgimento do capitalismo industrial na Inglaterra aumentou a competição econômica entre os
principais países europeus, justamente no momento em que cresciam as divergências políticas entre
ingleses e franceses e entre a França revolucionária e as monarquias absolutistas da Europa continental.
Este conjunto de circunstância gerou um conflito militar generalizado: AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS.
Iniciadas na última década do século XVIII e estendendo-se até 1815, estas guerras tiveram
profundas consequências para o processo de independência da América Latina e particularmente do Brasil.
Em 1805, na Batalha de Trafalgar, os ingleses destruíram a esquadra francesa, invalidando o plano
de Napoleão de desembarcar um grande exército na Inglaterra.
O Imperador francês resolveu asfixiar economicamente a Grã-Bretanha, decretando, em 1806, o
Bloqueio Continental, que proibiu os países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
Portugal e Espanha, metrópoles decadentes, encontraram-se num impasse: se aderissem ao
Bloqueio, a Inglaterra ocuparia suas colônias; se não aderissem, a França ocuparia as metrópoles.
A corte espanhola acabou-se rendendo a Napoleão, que ocupou militarmente a Espanha. A Corte
portuguesa, então chefiada pelo príncipe regente D. João ( a rainha, DNA. Maria I, estava louca), não
resistiu aos franceses, comandados por Junot, mas também, não se rendeu: transferiu-se para o Brasil.
Estes acontecimentos foram extremamente significativos no processo de independência do Brasil e
demais colônias latino-americanas, pois ocasionaram o desaparecimento do monopólio comercial.
Nos itens seguintes, faremos uma análise mais detalhadas da permanência de D.João VI no Brasil
e das consequências daí advindas.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 19

XVIII – A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA AO BRASIL

Causas Remotas Na Inglaterra


Na França
Em Portugal

• No séc. XVIII, A INGLATERRA substituiu os TEARES MECÂNICOS movidos à vapor por uma
indústria têxtil. Nesta transformação o algodão tomou o lugar da lã.

Inicia-se a relação entre a Inglaterra e as várias áreas coloniais, fornecedoras de matéria


–prima. O Brasil tinha excedente em algodão, só que estava submetido ao monopólio
comercial português. Isto encarecia o produto e reduzia o poder de consumo.

• Portanto, o monopólio português era incompatível com o desenvolvimento industrial. O


desaparecimento do monopólio seria o primeiro passo para a independência do Brasil.

• No séc. XVIII, A FRANÇA (1789)  Queda da Bastilha  Fim do Antigo Regime.

• Fases da Revolução Francesa :


1. Das Instituições (1789/92)  Declaração dos Direitos do Homem
2. Das Antecipações(1792/94) Período da Revolução Popular
3. Das Consolidações  Era Napoleônica ( dividida em 3 etapas )
DIRETÓRIO, CONSULADO E IMPÉRIO

 IMPÉRIO ( 1804/1815)  Guerras de Conquistas (objetivos)


1. Ampliar o mercado consumidor dos produtos franceses
2. Fornecer matéria-prima para suas fábricas
3. Diminuir o poder econômico da Inglaterra no continente Europeu.

Impossibilitado de dominar militarmente a Inglaterra, Napoleão dominou


o resto da Europa para enfraquecer a Inglaterra  BLOQUEIO
CONTINENTAL.

• No séc. XVIII ( início), PORTUGAL  SITUAÇÃO CRÍTICA:

1. De um lado, Napoleão exigindo o fechamento dos portos;


2. De outro lado, o Tratado de Methuen (1703), contribuiu para o não desenvolvimento da
indústria portuguesa e para aliança política e militar entre Portugal e Inglaterra.
3. Fins de 1807 – TRATADO DE FONTAINEBLEAU
Objetivo  Invadir Portugal e dividir suas colônias
Em Lisboa ocorreu a notícia que tropas francesas estavam invadindo o norte de Portugal.
Houve pânico na corte  Fuga para o Brasil

 A VINDA DA FAMÍLIA REAL/ PERÍODO JOANINO ( 1808/21 )

• Chegada em Salvador em 28/jan/1808  ABERTURA DOS PORTOS

Brasil  sede da Coroa Portuguesa Fim do Pacto Colonial


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 20
• OS TRATADOS DE 1810:

De Aliança e Amizade e do Tratado de Comércio e Navegação:

⇒ Ingleses aqui residentes teriam plena liberdade religiosa e seriam julgados, em qualquer caso,
por juizes ingleses;
⇒ O governo português comprometia-se a abolir gradualmente o trabalho escravo, e ainda,
determinava a proibição da Santa Inquisição no Brasil;
⇒ Os produtos ingleses pagariam tarifas alfandegárias de 15%, os portugueses 16% enquanto
aos demais nações 24%
⇒ Um porto livre  Santa Catarina

• Chegada no Rio de Janeiro ( 07/MAR/1808 )

 POLÍTICA INTERNA
⇒ Criação da Imprensa Régia
⇒ Academia Real Militar, Biblioteca Pública, Jardim Botânico, Banco do Brasil, Escola Cirúrgica
(RJ).
⇒ Erário Régio e o Conselho da Fazenda
a
⇒ Dez/1815  O Brasil era elevado 1 categoria de REINO UNIDO, a Portugal e Algarves. ( o
Brasil deixava de ser colônia – Congresso de Viena )

REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817

Considerada movimento separatista, a Revolução Pernambucana aconteceu durante a vinda da


Família Real para o Brasil. Foi o único movimento que ultrapassou a fase conspirativa, tendo os
revoltosos conseguido ocupar Pernambuco por algum tempo e chegaram a formar um Governo
Provisório, com 5 membros representando o exército, o clero, o comércio, a magistratura e a
agricultura. As forças portuguesas conseguiram reocupar a região. Os lideres foram presos e
condenados à morte.
Os fatores principais foram:
1. A Independência das colônias espanholas da América;
2. O domínio português do comércio, cargos públicos e exército;
3. O Areópago de Itambé e o Seminário de Olinda  idéias libertárias
4. Aumento de impostos para manter a Corte no Brasil.

 POLÍTICA EXTERNA
⇒ Ordenou a invasão da Guiana Francesa ( que foi devolvida a França em 1817, por de
terminação do Congresso de Viena).
⇒ Em 1818, estendeu as fronteiras brasileiras até a rio da Prata ( atual Montevidéu). A região
anexada passou a chamar-se PROVÍNCIA CISPLATINA, que em 1825, conquistou sua
independência e ganhou o nome atual de Uruguai.

 A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1820) E A RECOLONIZAÇÃO


⇒ Com a vinda da Família Real para o Brasil, a situação de Portugal tornou-se calamitosa.
⇒ A regência portuguesa era manipulada pelo militar inglês WILLIAM BERESFORD (tirano).
⇒ Agravava-se em Portugal  a crise econômica, o descontentamento popular, deficit, fome,
miséria, decadência do comércio.
⇒ Estes fatores, aliados à difusão de idéias liberais, resultaram na REVOLUÇÃO DO PORTO
 Objetivos:
∗ Estabelecer um regime Constitucional Liberal
∗ A volta de D. João para Portugal
∗ Derrubar a Junta Governativa de BERESFORD
∗ PARA O BRASIL Exigiam a recolonização, em outras palavras, exigiam o retorno
do PACTO COLONIAL
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 21

 O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

⇒ 26/ABRIL/1821, A Família Real retorna a Portugal e entrega a seu filho D. Pedro a regência do
Brasil.
⇒ Para as Cortes portuguesas, promover a recolonização do Brasil, tinha que, obrigatoriamente,
enfraquecer a autoridade administrativa de D. Pedro aqui no Brasil e força-lo a regressar ao
país natal.
⇒ Para isso, vários decretos foram criados para anular o poder político de D. Pedro.
⇒ Os brasileiros jamais poderiam permitir a perda da liberdade de comércio conseguida em 1808
( Abertura dos Portos) e a autonomia administrativa consolidada em 1815 ( Reino Unido ).
⇒ Os brasileiros, resolveram então, se organizar em torno do príncipe D. Pedro, dando-lhe
necessário apoio para que ele desobedecesse às ordens que chegavam de Portugal.
⇒ Nascia o PARTIDO BRASILEIRO ou PARTIDO DA INDEPENDÊNCIA, homens de facções
políticas diferentes (conservadores e liberais), mais unidos contra um inimigo comum: AS
CORTES.

CONSERVADORES  Liderados pelos irmãos Andrada, pretendiam um governo


centralizado, com uma monarquia assessorada por um
ministério.
LIBERAIS  defendiam uma monarquia constitucional, descentralização
administrativa e autonomia nas províncias.

⇒ 8 mil assinaturas  O FICO ( 09/01/1822 )


( A presença de D. Pedro no Brasil dificultava as pretensões das Cortes portuguesas de
RECOLONIZAR o Brasil )
⇒ Maio/1822 - O CUMPRA-SE – só vigorariam no Brasil as leis das Cortes portuguesas que
recebessem o cumpra-se do regente.
⇒ Maio/1822 – recebeu o título de DEFENSOR PERPÉTUO DO BRASIL.
⇒ Em junho  convocava uma Assembléia Constituinte e Legislativa
⇒ 07/set/1822  Proclamação da Independência
(Sendo a independência do Brasil, em boa parte, fruto da influência inglesa, implicou em
compromissos econômicos muito fortes com a Inglaterra)
⇒ 1º/dez/1822  foi aclamado imperador e coroado com o título de D. Pedro I

XIX – O BRASIL IMPÉRIO ( 1822 – 1889 )

 O NÃO RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA NAS PROVÍNCIAS


• Comerciantes portugueses + Governadores + militares  controlavam o governo e o comércio local
 PARÁ, MARANHÃO, PIAUÍ, BAHIA E CISPLATINA
• Estas províncias revoltaram-se contra a independência e lutaram para manter os laços com Portugal
• O episódio da Bahia  Os portugueses ocuparam Salvador
 Soror Joana Angélica  foi assassinada
 Maria Quitéria  alistou-se nas tropas brasileiras
 Batalha de Pirajá  derrota dos portugueses

 O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
• 1º paísE.U.A26/maio/1824  Doutrina Monroe: América p/ os americanos
• 29/ agosto/1825  Portugal  mediante indenização de 2 milhões de libras
• 1826  Inglaterra  mediante a renovação do Tratado de 1810 e o final da escravidão

 ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE ( 1823)


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 22
• Convocada antes da independência, somente em 3/maio/1823 iniciaram-se os trabalhos do projeto
constitucional.
• Lideres da Assemb. Constituinte  os irmãos Andrada  encarregados da redação do projeto
constitucional.
• O projeto tinha 3 características básicas: ANTICOLONIALISTA, ANTIABSOLUTISTA E CLASSISTA

⇒ ANTICOLONIALISTA  firme oposição aos portugueses. O projeto proibia estrangeiros em cargos


públicos.
⇒ ANTIABSOLUTISTA  reduzia os poderes do imperador e valorizava e ampliava os poderes do
legislativo
⇒ CLASSISTA  o voto seria CENSITÁRIO, isto é, só votariam ou seriam candidatos aqueles que
tivessem um determinado nível de renda:
 Para votar para Deputado  um rendimento anual o equivalente a 150 alqueires de
mandioca.
 Para votar para senador  idem... idem... 250 alqueires
 Para candidatar-se a esses cargos a renda deveria ser de 500 a 1000 alqueires,
respectivamente.
⇒ Este projeto ficou conhecido como CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA

 PEDRO DISSOLVE A CONSTITUINTE

• Insatisfeito com o projeto constitucional que restringia seus poderes, em 12/11/1823, D. Pedro, dissolveu
a Assembléia Constituinte.
• Na noite anterior, cercou a Assembléia e prendeu os irmãos Andrada ( NOITE DA AGONIA)

 A CONSTITUIÇÃO DE 1824  CARACTERÍSTICAS:

• OUTORGADA ao país no dia 25/março/1824;


• Forma de governo: Monárquico hereditário, Constitucional e Representativo
• Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador  Este, exercido pelo imperador, que
tinha poderes para escolher, dissolver a Câmara, nomear e demitir ministros)
• Voto Censitário  só votava que tivesse uma renda acima de 100 mil reis anuais.
• Religião oficial do Estado era a católica.

 A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR – 1824 – PE

Fechamento da Assembléia Constituinte ( 1823 );


• Causas Carta Outorgada;
Não aceitação do Presidente da Província indicado por D. Pedro.

• Objetivo Proclamar uma República Federativa que se chamou Confederação do Equador


• Apoio  Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí
• Fundamento  Constituição da Colômbia
• Conseqüências  Aboliram o tráfico de escravos ( desagrado: latifundiários )
 Violência entre a opinião pública X D. Pedro
 Morte de Frei Caneca
 A violência ao movimento evidenciou o absolutismo de D. Pedro, o que
gerou desprestígio do imperador.

 A INDEPENDÊNCIA DA PROVÍNCIA CISPLATINA


• Incorporada em 1820 ao Brasil, por D. João VI
• Tornou-se independente e, 1828, anexando-se a Argentina
• D. Pedro declarou Guerra a Argentina
• Conseqüências  Milhares de mortos, empobrecimento do governo, perda do apoio dos grandes
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 23
proprietários a D. Pedro.

 A ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I (1831) – CAUSAS


• Autoritarismo do Imperador ... Centralização do poder
• Fechamento da Assembléia Constituinte ( 1823 )
• A desconfiança de favorecimento a comerciantes portugueses
• Crise econômica gerada pelas guerras
• Dívida com o exterior  queda das exportações
• Falência do Banco do Brasil
• O assassinato do jornalista Líbero Badaró
• A noite das Garrafadas
• A formação do Ministério dos Marqueses
• 07/abril/1831  D. Pedro I abdicou em favor de seu filho ( tutelado de José Bonifácio)

XX – O PERÍODO REGENCIAL ( 1831 – 1840 )


Período conturbado de nossa história, caracterizado pelas lutas entre
RESTAURADORES, EXALTADOS E MODERADOS, assim como pelas rebeliões
provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e política do país,
encerrou-se 1840, com o golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado.

Partido Moderado
• Três Grupos Políticos disputavam o Governo Regencial Partido Exaltado
Partido Restaurador

⇒ PARTIDO MODERADO ( Chimangos )


 Defendiam: Poder Centralizado; Governo Monárquico ( Não Absolutista); voto censitário
 Composto : Grandes proprietários de terras ( S.P, M.G, R.J)
 Líder : Pe. Diogo Feijó

⇒ PARTIDO EXALTADO ( Farroupilha )


 Defendiam : Descentralização de poder ( poder nas províncias )
Mudança de regime: de Monárquico para Republicano
Fim do Poder Moderador
Fim do Senado vitalício
 Composto : Por profissionais liberais

⇒ PARTIDO RESTAURADOR ( Caramurus )


 Defendiam : a volta de D. Pedro I ao governo do Brasil
 Com a morte de D. Pedro (1834), este grupo perdeu a finalidade

A EVOLUÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS, DESDE O PRIMEIRO ATÉ O SEGUNDO REINADO

PRIMEIRO REINADO PERÍODO REGENCIAL SEGUNDO


(1822-1831) (1831-40) REINADO
(1840-89)

PARTIDO
ALA MODERADO
DIREITA (CONSERVA
DOR)

PARTIDO PARTIDO
REGRESSISTA CONSERVAD
PARTIDO
(CONSERVADOR) OR
BRASILEIRO
(LIBERAL)

PARTIDO
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 24

1834
ALA A
ESQUERDA 1836

PARTIDO PARTIDO
PROGRESSISTA LIBERAL
( LIBERAL )

PARTIDO
PARTIDO
PORTUGUÊS REGRESSO
RESTAURADOR
(ABSOLUTISTA
(REACIONÁRIO) CONSERVADOR
(1836-1840)
AVANÇO LIBERAL
(1831-1836)

• AS REGÊNCIAS:
⇒ Trina Provisória  de abril a junho/1831
 Composição: Nicolau Vergueiro, José Joaquim de Campos e Francisco de Lima e Silva
 Anistia política
 Recondução do Ministério dos Brasileiros ao poder
 Junho/1831 ( Nova Lei)  de Provisória para Permanente
⇒ Trina Permanente  de 1831 a 1835 ( Partido Conservador )
 Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João Braulio Muniz

MEDIDAS RESTRITIVAS
 Os regentes não poderiam dispor do poder Moderador ( esta medida
defendia o Parlamento de qualquer investida do Executivo).
 Criou-se a GUARDA NACIONAL  Criada para reprimir Exaltados e
⇒ Em set/1834, D. Pedro I morria  Fim do Partido da
Restauradores. O comando coube ao Ministro Justiça, PADRE FEIJÓ ( força
Restaurador
paralela ao exército. Com esse contingente, os fazendeiros formavam milícias
particulares e aumentou o poder dos latifundiários. Aí esta a origem do poder dos
⇒ Ocoronéis
ATO ADICIONAL
na RepúblicaDE 1834
Velha )
 Chamado de “O
 Foi aprovado o CÓDIGO código da Anarquia”  representava
DE PROCESSO uma conciliação
CRIMINAL das elites.
atribuía aos
municípios ampla autonomia judiciária, os juizes eram eleitos pela população local (
 MUDANÇAS:
que consagrou o arbítrio dos fazendeiros, pois já controlavam as Câmaras

Municipais A Regência
e tinham passou
a força a ser Una;
da Guarda Nacional – O poder descentralizava-se.)
 O Rio de Janeiro passou a sede do Império com a designação de Município
Neutro;
 Foram criadas as Assembléias Legislativas nas Províncias;
 1834 – Realizaram-se eleições para o cargo de regente, sendo eleito o Padre
Feijó
⇒ A Regência Una de Diogo Antonio Feijó ( 1835-37)

 Províncias mais autônomas X Centralização do poder


 Oposição acusa-o de INCAPAZ de por ordem no país
 Venceu com pequena margem de voto ( forte oposição )
 Doente e com fificuldades  Renunciou

REBELIÕES Cabanagem ( 1835/40 )  Pará


Farroupilha (1835/45 )  RS
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 25

⇒ O Regente Interino  PEDRO ARAÚJO LIMA ( Conservador )

 Medidas: 1) anular a descentralização do país


2) Movimento: Lema  REGRESSO À ORDEM
(Pregava a volta da Constituição de 1824 )

 Surgem 2 partidos políticos:


 LIBERAIS ( antigo progressista )
 CONSERVADORES ( antigo regressista )

Liderados por Pedro de Araújo Lima  Criou novo Ministério

 Ministério das Capacidades ( que criou a Lei de Interpretação uma investida contra os
aspectos liberais do Ato Adicional de 1834 )
 Objetivos  limitar a autonomia dos municípios
 promover a centralização do poder
 a polícia e a justiça ficariam sob o poder central
 os juizes municipais e delegados seriam nomeados pelo governo
da capital do império

 Em contrapartida
 Os liberais criaram o CLUBE DA MAIORIDADE
 Objetivo  Antecipação da maioridade de D. Pedro
 Emenda Constitucional  que foi aprovada

Política  Monarquia Parlamentarista


 2 Partidos: LIBERAL E CONSERVADOR

⇒ Rebeliões:
 Balaiada ( 1838/41 – Maranhão )
 Sabinada( 1837/38 – Bahia )

• REBELIÕES REGENCIAIS:

A CABANAGEM ( Pará – 1835-40 )


O Pará era uma província a parte, dominada por portugueses, cuja população pobre tomou
consciência de que a independência não trouxera transformações sociais. Com a abdicação de D.
Pedro, esse sentimento de frustração aflorou e as autoridades nomeadas pelo poder regencial foram
obrigadas a demitir-se devido a pressões populares.
Na noite de 6/jan/1835, os CABANOS, população pobre que vivia em cabanas à margem dos
rios revoltaram-se, dominando a capital e executando o presidente da província e outras autoridades.
Para a chefia do governo foi chamado CLEMENTE MALCHER  que declarou que ficaria
no poder até a maioridade do imperador. Foi acusado de trair os cabanos.
Paralelamente, cresceu o prestígio de Francisco Vinagre que executou MALCHER. Porém
como seu antecessor, declarou-se fiel ao governo imperial.
O governo regencial enviou ao Pará uma numerosa força militar comandada por Manoel
Jorge Rodrigues, que assumiu o poder, em Belém, com o apoio de Pedro Francisco Vinagre. O novo
presidente, dominava apenas a capital. No interior, os cabanos reagruparam-se e marcharam sobre
Belém, tomando a cidade e proclamando a República, liderados por EDUARDO ANGELIM, tornou-se
o 3º presidente rebelde.
Em abril de 1836, chegou ao Pará uma numerosa esquadra, impondo um novo presidente à
província. Após algum tempo de luta, chegava ao fim um dos mais notáveis movimentos populares de
nossa história (40 mil mortos – indígenas e negros). Teve caráter de guerra civil, porém, não foi um
movimento separatista e nem republicano.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 26

SABINADA ( Bahia – 1837-38 )


A Sabinada deve seu nome ao médico FRANCISCO SABINO DA ROCHA que liderou o
movimento restrito à camada média da população de Salvador.
O motivo da rebelião foi a insatisfação com as autoridades nomeadas pelo governo regencial,
excessivamente centralizadoras e despóticas e a defesa da autonomia provincial contra o centralismo
não extinto pelo Ato Adicional, levando os rebeldes a proclamarem a República Bahiense, em 1837. A
repressão do governo central, entretanto, foi violenta, e a província separatista foi reintegrada.

BALAIADA ( Maranhão – 1835-1841)


Foi um movimento popular. Seus líderes foram Raimundo Gomes, vaqueiro; Manoel
Francisco dos Anjos, fazedor de cestos chamados balaios; e Cosme, líder negrode escravos
foragidos.
As camadas populares, impulsionadas pelas idéias liberais revoltaram-se contra a
aristocracia rural local. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade de Caxias, no Maranhão, e a
tentar implantar um governo próprio. Entretanto, devido à falta de unidade do movimento, os
revoltosos foram controlados pelas forças do governo central.

REVOLUÇÃO FARROUPILHA ( R.G. do Sul – 1835-45 )


Ou Guerra dos Farrapos. Seus promotores foram os estancieiros, criadores de gado gaúcho,
classe dominante do Rio Grande do Sul, que pretendiam separar-se politicamente do Brasil.
Politicamente lutavam os Farroupilhas ( Republicanos - favoráveis a autonomia para as províncias) X
Chimangos ( P. Moderado – representavam a aristocracia rural – favoráveis à monarquia ).
Uma outra causa foi econômica. O principal produto da região, o charque, comercializado no
mercado interno, foi taxado de forma elevada( pelo governo regencial), o que facilitou a concorrência do
charque do Uruguai e da Argentina, privilegiado por baixas taxas alfandegárias.
O conflito armado eclodiu em 20/setembro/1835, sob a liderança de BENTO GONÇALVES. Em
fins de 1835, os rebeldes dominaram Porto Alegre um ano mais tarde proclamaram a REPÚBLICA
PIRATINI.
BENTO GONÇALVES tornou-se o primeiro presidente, mas foi preso e conduzido à Bahia,
fugiu em 1837, retornando ao Rio Grande do Sul, onde reassumiu o comando dos farroupilhas.
Em 1839 o italiano GIUSEPPE GARIBALDI e DAVI CANABARRO chefiaram expedições
militares que resultaram na conquista de Santa Catarina, proclamando ali a REPÚBLICA JULIANA.
Em 1840, D. Pedro II assumiu o trono e, com intenção de estabilizar politicamente o país. O
acordo só aconteceu em 1845, entre DAVI CANABARRO e CAXIAS. As concessões oficiais
satisfizeram os revoltosos, que foram anistiados. Os soldados e oficiais farroupilhas acabaram
incorporados ao exército imperial, as terras confiscadas foram devolvidas. Superava-se assim a longa
guerra civil, que durara dez anos.

XXI – O SEGUNDO REINADO ( 1840 – 1889 )


• Causas
⇒ Regências em caráter provisório ( até a maioridade do Imperador )
⇒ O excesso do poder regencial
⇒ A descentralização do poder nas províncias
⇒ As revoltas nas províncias, ameaçavam o poder regencial
⇒ Ameaça de dividir o país

( Moderados  “ É NECESSÁRIO DETER O CARRO DA REVOLUÇÃO ”


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 27

• O Golpe da Maioridade
⇒ Golpe político dos liberais durante a Regência Conservadora de Araújo de Lima.
⇒ Responsáveis pelo golpe: Os irmãos Andradas ( Antonio Carlos, Martim Francisco e José
Bonifácio) e os irmãos Cavalcantes
⇒ Julho/1840  Foi dado o Golpe da Maioridade
 O golpe agradou Liberais e Conservadores( latifundiários)
 A quem interessava:
a) o fim das revoltas provinciais
b) o fim das lutas políticas
c) um governo que garantisse a estabilidade no país

 A política INTERNA do Segundo Reinado


⇒ As últimas rebeliões provinciais foram debeladas: Balaiada e Farroupilha
⇒ Nomeação do 1º Ministério ( composto por Liberais )  Ministério dos irmãos.

Este Ministério defrontava-se com uma Câmara de maioria Conservadora, que


impedia o funcionamento do Executivo.
Houve a dissolução da Câmara e convocação de novas eleições, em 1840.

• Eleições do Cacete

* não apresentavam diferenças políticas


Liberais e Conservadores * defendiam os grandes proprietários
* defendiam o voto censitário
* ambos disputavam as eleições da Câmara

Os liberais foram acusados de fraude. O voto não era secreto ( capangas forçavam
eleitores)

Diante dos flagrantes indícios de fraude, D. Pedro dissolveu a Câmara e convocou novas eleições.

Prejudicados em seus interesses, OS LIBERAIS paulistas e mineiros revoltaram-se contra o governo.

• A Revolta Liberal de 1842 – Causa

⇒ Dissolução da Câmara dos Deputados


⇒ Líder: Pe. Diogo Antonio Feijó (ex- regente)
⇒ Foram derrotados por Luís Alves de Lima e Silva ( Duque de Caxias)

• O Parlamentarismo ( às avessas)

PARLAMENTARISMO
Sistema de governo onde o Poder Legislativo tem força efetiva no comando da nação. Na
Inglaterra onde surgiu, os cidadãos elegem os Parlamentares, estes, escolhem o Primeiro-
Ministro ( Chefe do Poder Executivo )

⇒ Em 1847 no Brasil, foi criado o cargo de Presidente de Conselho de Ministros, que tinha as
funções de 1º Ministro, encarregado de organizar o Gabinete do Governo.

Funcionava deste Modo:


a) realizada as eleições, D. Pedro nomeava um destacado político do partido vencedor;
b) O 1º Ministro formava seu Gabinete de Governo
c) Organizado o Gabinete, apresentava a Câmara
d) Aprova: passava exercer suas funções de Governo
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 28
e) No caso de não aceitação  Cabia a D. Pedro II, titular do Poder Moderador, demitir o
Gabinete ou Dissolver a Câmara, convocando novas eleições.

• Revolução Praieira – Pe ( 1848-1850 )

⇒ Última rebelião do II Reinado


⇒ Recebeu este nome porque a sede dos revoltosos, Diário Novo, localizava-se a rua da Praia.
⇒ Causas:

 Os Cavalcantes dominavam 1/3 dos engenhos e a política de Pernambuco


 O comércio nas mãos dos portugueses
 Exploração econômica e injustiça social, em Pernambuco

⇒ O Plano dos Revolucionários - O MANIFESTO AO MUNDO

 Proclamação da República; abolição da escravatura; nacionalização do Comércio; garantia de


Trabalho; liberdade nas províncias; fim do poder Moderador.

 Sem recursos militares  Fim do ciclo de revoltas

• Situação Econômica do Império

⇒ No século XIX, dois fatos marcaram a transformação de nossa economia:

1. DE NATUREZA GEOGRÁFICA  o eixo econômico das velhas regiões agrícolas do norte e


nordeste se deslocaram para as áreas do centro-sul.
2. DECADÊNCIA da cana-de-açúcar, algodão e tabaco e o desenvolvimento do café. O Brasil era
praticamente o único grande produtor mundial de café.
Surgiram os grandes proprietários de café agrupados em dois setores básicos:

a) SETOR TRADICIONAL: Situados na Baiaxada Fluminense e no Vale do Paraíba


A produção dependia da mão-de-obra escrava

b) SETOR MODERNO: situado ao longo do oeste de S. Paulo ( Ribeirão Preto - trabalho


assalariado  imigrante )

OS PRIMEIROS IMIGRANTES
Os imigrantes chegaram no Brasil entre 1847 e 1857. Esses imigrantes foram contratados
no SISTEMA DE PARCERIA: davam ao proprietário uma parte de colheita e ficavam com
outra parte. No entanto, eram enganados e muito explorados pelo fazendeiros.
Trabalhavam de sol a sol e eram tratados como escravos. A conseqüência foi o completo
fracasso do sistema de parceria.

• Incentivo a Indústria no Brasil

⇒ Duas medidas importantes colaboraram para incentivar as atividades industriais:


1. a extinção do tráfico negreiro, em 1850, que liberou grande soma de dinheiro, antes destinada
à compra de escravos.
2. A Tarifa Alves Branco, que estabelecia:
a) Os produtos importados pagariam 60% de imposto sobre seu valor, caso no Brasil
tivesse similar.
b) Não havendo similar, o artigo importado pagaria 30%.

• Irineu Evangelista de Souza ( o Barão de Mauá )


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 29
⇒ Responsável por vários empreendimentos no Brasil:
 Fundou empresas de construção de navio a vapor, de fundição de ferro;
 Construiu a primeira estrada de ferro ( Guanabara a Petrópolis )
 Instalou uma rede telegráfica ( + ou – 1000 Km )  principais províncias
 Instalou um cabo submarino intercontinental ( Brasil / Europa )
 Construiu a Companhia de iluminação a Gás, no Rio de Janeiro.

* QUESTÃO CHRISTIE
 A política EXTERNA do Segundo Reinado * QUESTÃO PLATINA
* GUERRA DO PARAGUAI

• A QUESTÃO CHRISTIE

⇒ Duas pequenas questões envolvendo William Christie ( Embaixador Inglês)


⇒ Conseqüência: Rompimento diplomático com a Inglaterra.
⇒ Razões:
1) o naufrágio (1861) do navio Príncipe de Gales, na costa do Rio Grande do Sul
 indenização de 3.200 libras
2) Prisão de 2 oficiais ingleses, no Rio de Janeiro

⇒ D. Pedro II recusou-se em atender as exigências de Christie


⇒ Em represália: 3 navios da marinha brasileira foram aprisionados, pelos ingleses, em nosso litoral.
⇒ Houve revolta da população
⇒ Leopoldo I, rei da Bélgica, foi favorável ao Brasil, cabendo a Inglaterra desculpar-se por ofender a
nação brasileira.
⇒ A recusa dos ingleses, levou D. Pedro II a romper relações diplomáticas com a Inglaterra.

As relações diplomáticas entre os dois países somente foram reatadas em 1865, quando
o governo inglês apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II.

⇒ Em 1865, foram reatadas as relações diplomáticas em Uruguaiana. O governo inglês pediu


desculpas, preocupado com o crescimento do Paraguai, na América do Sul.

• A QUESTÃO PLATINA

⇒ Áreas de fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai ( REGIÃO PLATINA )


⇒ O Brasil tinha interesse na região  único caminho para o Mato Grosso
⇒ Tentava impedir que os Uruguaios atacassem as fazendas gaúchas
⇒ Impedir que a Argentina anexasse o Uruguai
⇒ Para assegurar seus interesses, o Brasil interveio militarmente no Uruguai e Argentina.

 A intervenção contra Oribe e Rosas ( 1850-52 )

 Em 1828 o Uruguai se torna uma República. Surgem 2 partidos políticos diferentes:

 BLANCOS (ORIBE)  criadores de gado


 competiam com o R.G. do Sul (mercado)
 ligados ao ditador argentino (ROSAS)

 COLORADO(RIVERA)  Comerciantes de Montevidéu


 Líder: Frutuoso Rivera
 ligados aos brasileiros

 1828  Primeira eleição no Uruguai  Foi eleito:


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 30
 Frutuoso Rivera ( Colorado)  ligado aos brasileiros

 1834  novas eleições  a situação se inverteu


 Oribe ( Blancos )  foi para o poder uniu-se a Rosas, da Argentina, que
pretendia anexar o Uruguai

Da união entre Oribe e Rosas nasceu uma linha política que contrariava os
interesses do Brasil na região.

 O Brasil resolveu intervir militarmente na região platina


 Aliou-se com Frutuoso Rivera ( Colorado)
 Na luta contra Oribe, este foi afastado do poder ( 1851)
 Rosas, da Argentina, entra em ação e apoia Oribe(Blanco
 Objetivo de Rosas: anexar o Uruguai a Argentina

No entanto, duas províncias argentinas, ENTRE RIOS e CORRIENTES,


organizaram uma revolta contra Rosas.
 Aproveitando-se da ocasião, o Brasil deu apoio as duas províncias que
eram comandadas pelo Gal. argentino Urquiza e invadiram a Argentina.

 Conseqüências:
1) Oribe, do Uruguai, foi derrotado por Caxias;
2) Rosas, da Argentina, foi derrotado por Urquiza, com ajuda de tropas brasileiras;
3) Depois da vitória, Urquiza foi conduzido ao poder da Argentina;
4) No Uruguai e Argentina os governos foram favoráveis aos interesses de brasileiros e
ingleses
5) Foi liberada a navegação comercial
 A luta contra Aguirre (1864-65)

⇒A Asluta política do
fronteiras entre BLANCOS
Rio Grande e COLORADOS
do Sul, continuou
continuavam ser intensa ao longo da
desrespeitadas
década de 1850. Fazendeiros do Brasil permaneceram brigando violentamente com
⇒ O Brasil enviou um emissário a Montevidéu para solucionar o caso
uruguaios pertencentes aos BLANCOS.
⇒ O presidente do Uruguai, ATANÁSIO AGUIRRE, não deu atenção ao pedido.
⇒ O governo brasileiro declarou guerra ao Uruguai e, novamente, procurou aliar-se ao
Partido Colorado, agora liderado por VENÂNCIO FLORES.
⇒ Em 1865, com auxílio das tropas brasileiras, VENÂNCIO FLORES derrotou AGUIRRE e
assumiu o governo do Uruguai.
⇒ A situação se agravou, AGUIRRE tinha um forte aliado: FRANCISCO SOLANO LOPES, do
Paraguai.
 A Guerra do Paraguai ( 1865-1870)

Para o Brasil, o episódio que deu início ao conflito foi o aprisionamento pelo governo
paraguaio, em novembro de 1864, do navio brasileiro MARQUÊS DE OLINDA, que
navegava próximo a Assunção, com, destino ao Mato Grosso. O aprisionamento do
navio brasileiro foi a reação do Paraguai contra a invasão brasileira do Uruguai e a
deposição do presidente Aguirre, que era apoiado por Solano Lopes.

⇒ 1º Presidente: JOSÉ GASPAR DE FRANCIA ( 1811-40)


⇒ 1811: tornou-se independente  O Paraguai é um país continental
⇒ Nação auto-suficiente que sobrevivia sem recorrer a capital estrangeiro – O Paraguai era
uma exceção na América Latina.
⇒ Francia foi sucedido por ANTONIO CALOS LOPES, que:
 Incentivou a criação de indústrias
 Aperfeiçoamento das comunicações
 Contratou técnicos estrangeiros
 Adquiriu máquinas, navios...

⇒ Em 1862, Solano Lopes ( seu filho), tornou-se Presidente:


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 31
 O Paranguai era livre da exploração do capitalismo internacional
 Possuía indústrias de fundição de ferro, armas, pólvora, tecidos, louças, tintas,
papel.
 Telégrafo, ferrovias, superavit, todo comércio controlado pelo governo.

⇒ O desagrado da Inglaterra:
 Deixava de lucrar com suas exportações
 O Brasil não apoiava a política paraguaia, pois pretendia navegar livremente pelos
seus rios.

⇒ A tríplice Aliança:
 Percebendo que o Paraguai não se enquadrava no esquema pretendido, a
Inglaterra financiou o Brasil, a Argentina e o Uruguai para lutar contra o Paraguai.
 Foi o mais longo e sangrento conflito armado já ocorrido na América do Sul
 Na verdade, os paraguaios não foram derrotados, foram massacrados

⇒ Conseqüência da Guerra do Paraguai:

 O quase extermínio da sua população ( de


900 mil para 200 mil habitantes)
 A indústria paraguaia foi destruída
 Os ingleses entraram no mercado
paraguaio, concedendo empréstimos ( a um
país que antes não tinha dívidas)
 Paraguai tornou-se um paraíso de produtos
estrangeiros.
 A miséria tornou-se uma herança para a
maioria da população.

 Para o Brasil:
∗ Aumento da dívida externa;
∗ Crise financeira; domínio inglês no setor de seguros
∗ Crescimento do Exército brasileiro em importância política.

Durante a Guerra, o Brasil teve que assinar com a Bolívia o apressado Tratado de
La Paz (1867), por meio do qual entregávamos o Acre ao ditador Melgarejo, para
evitar que este ajudasse Solano Lopes.

 O DECLÍNIO DA MONARQUIA – CAUSAS


• A Guerra do Paraguai e a influência dos oficiais brasileiros
• A abolição da escravatura
• As transformações sociais e econômicas do século XIX
• A fundação do Partido Republicano
• As questões religiosas e militares

• A abolição da escravatura - Origens:


⇒ A Inglaterra, no século XIX, tornou-se a principal defensora da abolição da escravidão.

⇒ Em 1845, a Inglaterra tomou uma atitude ousada. Aprovou uma lei conhecida como BILL
ABERDEEN, que permitia a marinha inglesa aprisionar navios negreiros em qualquer parte do
mundo e punir os traficantes junto a tribunais ingleses.

⇒ Meados do século XIX  Primeiras leis antiescravistas:


 Lei Eusébio de Queirós (1850)  Extinguia o tráfico de escravos no Brasil.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 32
 Lei Ventre Livre ou Visconde do Rio Branco (1871): Os filhos de escravos seriam livres,
devendo o proprietário criá-los até os 8 anos

LEI DO VENTRE LIVRE


Parágrafo 1º - Os ditos menores ficarão em poder e sob autoridade dos senhores das
mães, os quais terão a obrigação de criá-los até a idade de oito anos completos.
Parágrafo 2º - Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá a
opção de receber do Estado indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do
menor até a idade de 21 anos completos.

 Lei dos Sexagenários ou Saraiva de Cotegipe ( 1885) – Apelidada de Gargalhada


Nacional. Os escravos seriam livres com mais de 65 anos.

 Lei Áurea – 13/5/1888  Declarava extinta a escravidão no Brasil

• Transformações sociais e econômicas:


⇒ Metade do século XIX, surgiram novas indústrias, novos investimentos, ampliação dos meios de
transportes, organismo financeiro ( Bancos) cresciam no país.
⇒ Surgiram grupos sociais ligados às indústrias que reivindicavam diminuição das importações e
participação das decisões políticas.
⇒ No final do século XIX, duas facções políticas divergentes apareciam no país:

1. Proprietários de terras ( cana-de-açúcar ) e da lavoura cafeeira, que defendiam o


trabalho escravo.
2. Fazendeiros do Oeste paulista ( empresários) mão-de-obra assalariada.
Objetivos  a) tirar o controle político das mãos dos Srs. de escravos
b) fim do império ( apoiavam o P. Republicano)

• A Fundação do Partido Republicano

⇒ A princípio: Clubes Republicanos


⇒ Em 1870, foi lançado o MANIFESTO REPUBLICANO, que protestava:
a) Contra a escravidão; a falta de igualdade social
b) O Partido Moderador; as ligações da Igreja com o Estado
c) O Senado vitalício

⇒ Em 1873, na CONVENÇÃO DE ITU, foi fundado o PARTIDO REPUBLICANO PAULISTA ( PRP )


 apoiado por cafeicultores.
⇒ Contaram com adeptos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e Rio G. do Sul.

• A Questão Religiosa

⇒ Na Constituição de 1824, constava que a Igreja católica era uma instituição submetida ao estado.
Isto significa que nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse aprovada pelo
imperador.
⇒ Em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, resolveram seguir
ordens do papa, punindo irmandades religiosas que apoiavam os maçons.
⇒ D. Pedro II, influenciado pela maçonaria decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que
suspendessem as punições. Estes recusaram e foram condenados a quatro anos de prisão.

• A Questão Militar

⇒ Durante o Império havia sido aprovado o projeto, pelo qual as famílias dos militares mortos ou
mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensão.
⇒ A guerra terminara em 1870, e em 1883 o montepio não estava sendo pago.
⇒ Sena Madureira ( tenente-coronel) após fazer veementes acusações ao governo, foi punido.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 33

XXII - A REPÚBLICA ( 1889 – 1930 )

REPÚBLICA DA ESPADA (1889-1894) – controlada por militares


• Divide-se em
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1894-30) – domínio dos fazendeiros de café

• O Golpe  Liderados por Benjamin Constant, os oficiais do exército deram o golpe que recebeu apoio
dos republicanos civis: Deodoro da Fonseca ( líder do movimento ), Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa
etc...

⇒ Liderados por Benjamin Constant, os oficiais do exército deram o golpe que recebeu o apoio dos
republicanos civis: Deodoro da Fonseca ( chefe do movimento ), Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa
etc...

⇒ Em 15 de novembro de 1888, Deodoro assumiu o comando dos rebeldes

• O GOVERNO PROVISÓRIO

⇒ Formado na noite de 15/11 por forças sociais  Exército, fazendeiros de café, camada média 
chefiados por Deodoro da Fonseca.
⇒ Medidas:
 Instituía: República dos Estados Unidos do Brasil  transformando as Províncias em
Estados.
 Convocação de uma Assembléia Constituinte
 Expulsão da Família Real do Brasil
 Oficializava-se o Hino Nacional e a atual bandeira do Brasil
 A Grande Naturalização
 Separação da Igreja do Estado
 O catolicismo deixou de ser a religião oficial do estado
 Instituía-se o Casamento Civil, Código Penal, A regulamentação do Trabalho do Menor.
 20/11/1889  Argentina e Uruguai eram os primeiros países a reconhecer a República
Brasileira.
 O mandato do Governo Provisório foi prorrogado até a promulgação da Constituinte da
República.
 Três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

⇒ O Encilhamento
 Reforma financeira, executada por Rui Barbosa ( Ministro da Fazenda)
 OBJETIVO: Incentivar o crescimento econômico nacional, desenvolvimento da indústria:

 Emissão de dinheiro em larga escala para facilitar o crédito


 Conseqüências:
1. A quantidade de dinheiro não correspondia com a produção real
2. Surgimento de empresas fantasmas ( só para obter créditos )
3. Inflação, com aumento generalizado dos preços.

 Protesto dos cafeicultores e fazendeiros  a política econômica “favorecia a indústria. Rui


Barbosa demitiu-se do cargo, em janeiro 1881.

⇒ A 1ª Constituição Republicana
 Promulgada em 24/02/1891
 Forma de Governo  REPÚBLICA ( Presidente, Governador, Prefeito, Deputados,
Senadores, Vereadores  mandato limitado )

 Forma de Estado  FEDERALISMO ( Os estados-membros, ganhavam autonomia


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 34
para eleger seus governadores e deputados estaduais )

 Sistema de GovernoPRESIDENCIALISMO

⇒ Os 1ºs Presidentes: DEODORO (1891) e FLORIANO ( 1891-1894 )


 Elaborada a Constituição, a Assembléia Constituinte foi transformada em Congresso Nacional.
 Cabia ao Congresso, EXCEPCIONALMENTE, eleger o primeiro Presidente e o Vice-
Presidente da República:

 Nas eleições:

» Deodoro ................... 129 votos


Wandenkolk............... 57 votos militares

» Prudente de Morais... 97 votos


Floriano .....................153 votos oligarquias cafeeiras

⇒ DEODORO DA FONSECA ( 1891 )


 Não contava com o apoio do Congresso. Havia uma forte oposição
Não conseguindo viver politicamente com o Congresso, Deodoro fechou o
Congresso e decretou Estado de Sítio. Esta atitude que representava um
desrespeito a Constituição.

 Inicia-se uma conspiração  estimulada pelas oligarquias cafeeiras:


» Greve na Central do Brasil
» 1ª REVOLTA ARMADA  o Alm. Custódio de Mello ameaça bombardear o Rio de
Janeiro

Os rebeldes , que exigiam a imediata normalização constitucional do país,


ameaçavam bombardear o R. de Janeiro, zarpando depois para o sul.
Uniram-se aos federalistas, que já haviam ocupado a cidade de Florianópolis
(Desterro)

 O país a beira de uma Guerra Civil  Deodoro renunciou (23/11/91)


 Substituído por Floriano Peixoto ( Vice-Presidente)

⇒ FLORIANO PEIXOTO ( 1891 – 1894 )

 MEDIDAS  Afastamento dos Chefes de Governo estaduais indicados por Deodoro


e reabertura do Congresso.
 SURGEM AS OPOSIÇÕES  Conflitos políticos:

 Alegação  assumiu o governo como vice  novas eleições

De acordo com a Constituição, o vice-presidente Floriano Peixoto deveria


convocar uma nova eleição, pois, assim, estabelecia o Artigo 42: “Se no caso de
vaga, por qualquer causa, da presidência ou vice-presidência não houverem
decorridos dois anos do período presidencial, proceder-se-á nova eleição”

 Floriano recebeu o chamado “Manifesto dos 13 Generais”, que afirmava ser seu governo
ilegal e exigindo a convocação de novas eleições  foram punidos e afastados.

 Novas agitações: A “SEGUNDA REVOLTA ARMADA E A REVOLUÇÃO


FEDERALISTA”
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 35
⇒ Segunda Revolta Armada ( 1893):
 Novamente, no Rio de Janeiro, Custódio de Melo ameaçou bombardear o Rio
de Janeiro, caso o Presidente não convocasse novas eleições. Floriano
conseguiu controlar os revoltosos mas não a crise.

⇒ Revolução Federalista ( 1893):

 Estourou no Rio Grande do Sul. Estavam frente a frente duas maiores facções de grandes
proprietários gaúchos:

1. De um lado, OS FEDERALISTAS ( ou maragatos ) liderados por Gaspar Silveira Martins.


Exigiam uma reforma na Constituição e a implantação do Parlamentarismo.
2. De outro lado, os PICA-PAUS chefiados por Júlio Castilho ( Castilhistas), que apoiavam
Floriano Peixoto

 Os FEDERALISTAS tomaram a ilha de Florianópolis ( Desterro). Logo depois tomaram


Paranaguá, Curitiba. Na Lapa, o coronel Gomes Carneiro resistiu o cerco da cidade até a
morte.

 De São Paulo se deslocaram tropas legalistas. O Paraná foi palco de sangrentas lutas, até
que, em 1895, os revoltosos foram definitivamente derrotados.

 Houve várias execuções, ficando tristemente lembrada, a execução, no quilômetro 65 da


estrada de ferro Curitiba a Paranaguá, do Barão do Cerro Azul, com mais cinco
companheiros.

 No final do governo de Floriano Peixoto, estava consolidada a República, o que lhe valeu o
apelido de “O Consolidador” e “Marechal de Ferro”.

⇒ PRUDENTE DE MORAIS ( 1894 - 1898 )

Primeiro Presidente civil da República. Surge o predomínio das oligarquias que


detinham o poder político econômico e político, conforme suas conveniências. A
“Política dos Governadores”; a do “Café-com-Leite”; o “Coronelismo”; o “Voto de
 Acabou com
Cabresto” e as aeleições
Revolução Federalistaque
fraudulentas (1895 )  Concedeu
possibilitaram anistia
a estas política aos
oligarquias rebeldes  O
manterem-
Pacificador
se no poder até 1930.

 A Revolta de Canudos - Causas:


 Desde a colonização o sistema econômico do Brasil foi latifundiário e monocultor. Isto gerou
classes ricas e pobres.
 No nordeste a situação era pior, a população sertaneja tinha duas opções: o Cangaço ou o
Misticismo Religioso.

 ANTONIO MENDES MACIEL ( Antonio Conselheiro):


 1893, acompanhado de 200 pessoas, invadiu uma fazenda abandonada, em Canudos (
Arraial dos Belos Montes ).
 Em pouco tempo, Canudos transformou-se numa das cidades mais povoadas da Bahia 
30 mil habitantes
 A população vivia num sistema comunitário ( colheitas, rebanhos e o trabalho eram
repartidos entre todos). Não existia impostos.
 Os fazendeiros da região temendo o crescente poder de Antonio Conselheiro, exigiram
que o governo acabasse com o arraial de Canudos.
 Várias expedições militares do governo foram derrotadas.
 Em 5/10/1897  Canudos foi destruído. 5 mil casas incendiadas. Toda população
sertaneja morreu.

 Pendências Internacionais:
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 36
 ILHA TRINDADE  ( costas do Espírito Santo ) ocupada pelos ingleses. O rei de Portugal,
Carlos I, deu ganho de causa ao Brasil;

 QUESTÃO PALMAS OU DAS MISSÕES  região rica em madeira e erva-mate, disputada


entre Argentina e Brasil ( fronteira com a Argentina). O árbitro Grover Cleveland (USA) – deu
ganho para o Brasil

⇒ CAMPOS SALES ( 1898 - 1902 )

 Preocupado em organizar as finanças, aplicou o FUNDING-LOAN  Renegociação da dívida


externa junto aos credores estrangeiros

FUNDING LOAN
Moratória proposta por nossos maiores credores, OS ROTHSCHILD. O acordo previa
um novo empréstimo ao Brasil, no valor de 10 milhões de libras esterlinas, tendo como
garantia a hipoteca das rendas alfandegárias do Rio de Janeiro e de outros portos,
caso fosse necessário.
a) Suspensão dos juros da dívida externa, por 3 anos ;
b) Suspensão por 13 anos do pagamento das prestações
c) A dívida começaria a ser paga em 1911 ( com prazo de 63 anos) . Terminaria
em 1974 com juros de 5% ao ano

 Amarrado pelos compromissos assumidos junto ao exterior, Campos Sales realizou um governo
impopular ( multiplicando impostos, contenção do salário dos trabalhadores. Salvava-se o
Tesouro, mas prejudicava-se a coletividade.)

 Para executar sua rigorosa política financeira, conseguiu ajuda dos principais governadores e
solidariedade das oligarquias regionais.

POLÍTICA DOS GOVERNADORES


Era uma troca de favores. O Presidente apoiava as decisões dos governos
estaduais e, em contrapartida, os governos estaduais ajudavam a eleger no
Congresso Nacional somente parlamentares que fossem simpatizantes do
Presidente da República. Formou-se uma rede de poderes que unia as instâncias
FEDERAL, ESTADUAL e MUNICIPAL.

COMO ERA POSSÍVEL?


COMISSÃO VERIFICADORA DE PODERES  que funcionava a serviço dos
interesses do Presidente da República, aprovando a eleição dos candidatos da
SITUAÇÃO e rejeitando os candidatos da OPOSIÇÃO  Degola da oposição.

 Os grandes proprietários rurais de São Paulo e Minas Gerais  foram beneficiados por esse
acordo  Surge a gangorra política entre São Paulo e Minas Gerais – a política do café-com-leite.

 O CORONELISMO.
 Com raízes no Império ( regência de Feijó)  Guarda Nacional
 Grandes latifundiários que controlavam o eleitorado das pequenas cidades
 Figurado Coronel X Currais eleitorais X voto de cabresto

 QUESTÃO AMAPÁ ( 1900 )


 Brasil X França  Árbitro: Walter Hauser ( Suíça )
 O rio Oiapoque seria o ponto de separação entre o Amapá e a Guiana Francesa.

⇒ RODRIGUES ALVES(1902 - 1906 )


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 37
 Governou na época do surto da borracha, que junto a empréstimos externos  investiu no setor
público.
 Saneou o Rio de Janeiro ( sala de visita do Brasil)
 Modernizou  desapropriando

 O TRATADO DE PETRÓPOLIS ( 1903):


 O Acre era uma província da Bolívia  foi incorporado ao território brasileiro mediante o
pagamento de 2 milhões de libras esterlinas, e mais o compromisso de construir a Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré, concedendo a Bolívia uma saída para o oceano Atlântico, pela bacia
do Amazonas.

 A REVOLTA DA VACINA ( 1904 ):


 Causa: Contra a vacina obrigatória

Na realidade, foi o desaguar de uma série de frustrações que afligiam a


população de maneira mais profunda – as desapropriações, a depreciação do
poder aquisitivo. Foram 4 dias de revoltas ( tiros, assaltos depredações )

 Conseqüências:

Os militares favoráveis ao FLORIANISMO, opositores de Rodrigues Alves,


aproveitaram a situação popular e tentaram dar um golpe. O Governo decretou
estado de sítio e, apoiado por tropas de MG e SP reprimiu os revoltosos.
O regulamento da vacina foi modificado, tornando facultativa sua aplicação.
 O CONVÊNIO TAUBATÉ ( 1906 ):
 Foi uma política de Valorização do Café ( devido a queda dos preços no mercado
internacional )
 Intervenção do governo no mercado cafeeiro, comprando e armazenando o café ( para
vender num momento mais conveniente)

 1906  SANTOS DUMONT inventou o 14 Bis, em Paris.

⇒ AFONSO PENA (1906 – 1909 )


 Construção da estrada de ferro Noroeste (SP a MT)
 Rui Barbosa representou o Brasil, em Haia ( Holanda), defendendo o princípio de igualdade entre
as nações.
 Imigração de 100 000 colonos
 14 de junho de 1909  morreu

⇒ NILO PEÇANHA ( 1909 – 1910 )


 Substituto de Afonso Penha, criou o Serviço de Proteção ao Índio (FUNAI)
 Destaque: Marechal Cândido Rondon.

 CAMPANHA CIVILISTA:
 Rui Barbosa pregava a necessidade de reformas políticas e moralização nas eleições, e
prometia o antimilitarismo
 Rui Barbosa não conseguiu vencer a máquina oligárquica ( que fraudou as eleições),
Hermes da Fonseca tornou-se o sucessor de Nilo Peçanha.

⇒ HERMES DA FONSECA (1910 –1914 )


 POLÍTICA DAS SALVAÇÕES:
 Com a eleição de Hermes da Fonseca, o país voltava a ser comandado por um militar.
 Por não contar com o apoio das grandes oligarquias de S.P. e M.G., realizou alianças entre os
militares e jovens políticos vinculados à sua família.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 38
OBJETIVO: Diminuir a influência das oligarquias tradicionais.

POLÍTICA DAS SALVAÇÕES


Pinheiro Machado, senador pelo Rio Grande do Sul, influente político, estendeu seu
controle até as oligarquias do Norte e Nordeste do país. Em 1910, Pinheiro Machado
criou o PARTIDO REPUBLICANO CONSERVADOR (PRC).
Para diminuir a influência de Pinheiro Machado e do PRC, Hermes da Fonseca
instituiu a POLÍTICA DAS SALVAÇÕES.
 JUSTIFICATIVA: Eliminar a corrupção e salvar a “pureza” das instituições republicanas,
faziam-se intervenções de tropas federais para substituir uma oligarquia por outra.

 A política salvacionista gerou inúmeras revoltas, das quais a mais violenta ocorreu no Ceará,
envolvendo o PADRE CÍCERO.

A SEDIÇÃO DO PADRE CÍCERO


Devido sua humildade inigualável, Pe. Cícero cativou rapidamente os sertanejos, a
ele foi atribuído o milagre de ter transformado a hóstia que dera à beata Maria de
Araújo, em sangue ( milagre condenado pela Igreja Católica). Amigo do Médico e
Deputado Federal FLORO BARTOLOMEU, que lutou pela autonomia do município
de Juazeiro, o que se concretizou em 1911. Pe. Cícero foi o 1º prefeito da cidade.
O Deputado FLORO BARTOLOMEU, aliado de PINHEIRO MACHADO, tinha grande
influência política sobre Pe. Cícero e, consequentemente, sobre a população local.
Quando Hermes da Fonseca interveio no Ceará, afastando a oligarquia formada pela
família ACIOLY, Floro Bartolomeu influenciou Pe. Cícero que protestasse. Armados
 A REVOLTA DA CHIBATA:
milhares de sertanejos envolveram-se numa luta que não era deles. O governo teve
que ceder, retirando o interventor e devolvendo o poder a velha oligarquia. Retornava
Revolta dos
 Pinheiro marinheiros e subalternos dos navios de guerra, sob o comando de um negro, o
Machado.
cabo JOÃO CÂNDIDO ( “Almirante Negro” )

 Causa da Revolta  Condições de vida, trabalho duro e excessivo, alimentação deficiente,


maus tratos constantes ( chibatadas). Pediram, também, anistia antecipada.

 Na noite de 22/novembro/1910, os marinheiros se amotinaram e assumiram o comando do


couraçado “Minas Gerais”, do “São Paulo” outro couraçado, o “Barroso” e o “Bahia”.

 Manobrando os navios com maestria, e apontando os canhões para a cidade, exigiram que
fosse extinto o desumano regime de chibatadas.

 Diante da situação, O Congresso reuniu-se, concedendo a anistia e a extinção das penas


desumanas.

 Ignorando a promessa anterior, o governo baixou um decreto regulamentando o afastamento


dos marinheiros julgados indesejáveis.

 O MOVIMENTO OPERÁRIO:

 As condições de trabalho do operário na Rep. Velha era desumana:

⇒ Trabalhavam de Segunda a Sábado, 15 horas por dia;


⇒ Não existia salário mínimo, o que obrigava mulher e crianças a trabalhar para manter a
família;
⇒ Não existiam benefícios trabalhistas. As instalações das fábricas eram precárias, sem
ventilação, sem higiene;
⇒ Ocorriam vários acidentes de trabalho, onde as vítimas geralmente eram crianças
operárias.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 39
⇒ Surgiram, então, os primeiros sindicatos e organizações sindicais, onde preponderava a
tendência ANARQUISTA.

CONCEPÇÕES ANARQUISTAS
É comum usarmos as expressões ANARQUISMO e ANARQUIA com o significado
de confusão, bagunça, desordem, baderna. Não é este o sentido de ANARQUIA
nos termos político-filosófico. Na sua origem grega, ANARQUIA significa ausência
de poder.
No plano político, o anarquismo considerava o poder – o domínio de um homem
sobre outro – um grande mal. Defendia uma sociedade sem governo, que
funcionasse pela cooperação e solidariedade entre as pessoas .
As idéias anarquistas foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes europeus,
especialmente italianos e espanhóis.

 Serviço Militar obrigatório

⇒ VENCESLAU BRÁS ( 1914-18 )  BRASIL NA I GUERRA MUNDIAL:

 Fornecimento de alimentos e matérias-primas para a Tríplice Aliança  França, Inglaterra e


Rússia  gerou prosperidade  surto industrial

 A GUERRA DO CONTESTADO ( 1912 – 1916 )


 Guerra iniciada no Governo de Hermes da Fonseca
 Fronteira do Paraná e Santa Catarina : Contestado ( disputado ):
( Porto União, Curitibanos, Taquaraçu, Caraquatá)
 Líder: Miguel Sucena de Boaventura  José Maria

 CAUSAS:
1. Concessão do governo ( aos coronéis) de 30 Km – 15 de cada lado da estrada, para a
construção de uma estrada de ferro, provocando a expulsão da população que nela vivia;
2. 8 mil trabalhadores foram recrutados dos grandes centros do país e mantidos sob rígido
controle. Quando acabou a construção não tinham para onde ir;
3. A compra de 180 mil hectares de terra no território contestado, pela Brasil Railway,
expulsando seus ocupantes e implantando uma grande madeireira. 7000 mortos.

 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (1916) – promulgado  Clóvis Benviláqua

 A “GRANDE GREVE” DE SÃO PAULO – 1917

 O desenvolvimento da indústria trouxe consigo o crescimento da classe operária  O surto


industrial ocorria de forma desordenada, propiciando precárias condições de vida aos
trabalhadores:

 Turnos de 14 a 16 horas de trabalho; férias não eram remuneradas


 Não existia salário mínimo; não havia indenização ( por acidente )
 Exigiam: proibição do trabalho de menores de 14 anos, abolição do trabalho noturno de
mulheres e menores de 18 anos; redução de 50% dos aluguéis.

 Em julho de 1917, foi organizada, em S.P. a 1ª grande greve da história do Brasil.


 Causa  a morte do operário Antônio Martinez, na porta da fábrica do grupo Matarazzo.
 De São Paulo, passou para outras regiões do país ( houve violência )
 Assustados  Governo + industriais resolveram negociar, assumindo compromisso de não
punir os grevistas.

Entre 1918 e 1920, as greves se espalharam pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Recife, Porto Alegre e Salvador. Todas concessões feitas aos trabalhadores eram
provisórias, pois não havia sério interesse das classes dominantes em melhorar a
condição social dos trabalhadores. Washington Luiz ( último Presidente da Rep. Velha)
dizia que: “A QUESTÃO SOCIAL ERA CASO DE POLÍCIA”.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 40

⇒ DELFIM MOREIRA (1918 – 1919 )


 Para sucessor de Venceslau a política café-com-leite elegeu pela 2ª vez, RODRIGUES ALVES
que, faleceu no início da gestão ( Gripe Espanhola )
 Assumiu o vice-presidente: DELFIM MOREIRA ( marcou novas eleições )

⇒ EPITÁCIO PESSOA ( 1919 – 1922 )


 Antiflorianista convicto  substituiu os ministros militares por civis nas pastas das Forças
Armadas  o que causou descontentamento militar.
 Reiniciou a importação de manufaturados  prejudicando a balança comercial brasileira 
enfraquecendo a indústria nacional.

 Após a I Guerra Mundial  acompanhou a tendência mundial: SUJEIÇÃO AO CAPITAL NORTE-


AMERICANO ( vários empréstimos )  destinados à política de valorização do café.

 Inflação aumentou, custo de vida subiu X recusa de conceder aumento salarial ( inclusive aos
militares, agravando sua indisposição com o exército. )

 Diante da ascensão do movimento operário  Em 1921, Epitácio promulgou a LEI DE


REPRESSÃO AO ANARQUISMO ( conter as revoltas )

 SEMANA DE ARTE MODERNA – 1922


⇒ Uma reação as estruturas oligárquicas da República Velha. A contestação atingiu o campo
cultural no chamado MOVIMENTO MODERNISTA.
⇒ Realizado em São Paulo entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, a semana contou com
exposições de pintura e escultura, festivais de músicas e conferências sobre arte.
⇒ Objetivo: reagir criticamente contra os padrões arcaicos e a invasão cultural estrangeira que
despersonalizava o Brasil

ARTUR BERNARDES (1922 – 1926 )

Após a I Guerra Mundial (1914-18), as oligarquias brasileiras não conseguiram mais manter o controle
político sobre a nação. A Constituição de 1891havia estabelecido que a República deveria ser democrática
e representativa, mas durante quase 3 décadas, ela serviu exclusivamente aos interesses políticos e
econômicos das oligarquias rurais, portanto, totalmente manipulado por elites regionais, que controlavam os
partidos políticos e os juízes. Elas fizeram uso da fraude e até mesmo de violência para alcançar sua
ambições.

 REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA


⇒ 1ª revolta ligada ao movimento tenentista  Objetivo:
 Impedir a posse de Artur Bernardes
 Combate corpo-a-corpo com as tropas governamentais
 Os 18 do Forte
 Este movimento culminou com a Revolução de 1930

 CRISE DA REPÚBLICA VELHA


⇒ Descontentamento contra o sistema oligárquico, principalmente as populações dos grandes
centros ( RJ – RS – SP )
⇒ ESTADO DE SÍTIO:
 Sem garantia de liberdade ao cidadão  Leis Repressivas
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 41
 Proibição da imprensa  A revolta atingiu as Forças Armadas (dando origem ao
TENENTISMO)

 TENENTISMO  movimento político-militar que objetivava reformas na


sociedade brasileira, visando:

 Reação contra as oligarquias


 Combater a corrupção eleitoral

 REVOLUÇÃO DE 1924
 São Paulo - 5/7/1924  2ª Revolta tenentista X oligarquias poderosas, onde diversas
unidades militares se rebelaram
 1º movimento a definir um programa político, tais como:
⇒ Renúncia de Artur Bernardes; voto secreto; convocação de uma Assembléia Constituinte,
obrigatoriedade ao ensino primário,
 Líder: GAL. ISIDORO LOPES
 Os revolucionários ocuparam São Paulo  O governador paulista fugiu da capital para uma
localidade próxima  Recebeu o reforço de 15 mil homens e preparou o contra-ataque.
 ISIDORO LOPES  sem condições de resistir, abandonou São Paulo com numerosa tropa
 COLUNA PAULISTA
 COLUNA PAULISTA – Objetivos:
• Lutar contra o governo e levar a revolução para outros Estados
• A Coluna seguiu para o Sul e encontrou outra coluna liderada por LUIS CARLOS
PRESTES ( houve fusão das Colunas)

 A COLUNA PRESTES:
⇒ Percorreu mais de 25 mil quilômetros  12 estados  800 a 1500 pessoas
⇒ Permaneceu 2 anos no país, lutando contra o poder das oligarquias
⇒ Em 1926  ao final do mandato de Artur Bernardes ingressou na Bolívia  620
sobreviventes

⇒ WASHINGTON LUIZ (1926 - 1930 )


 “GOVERNAR É ABRIR ESTRADAS”  Rio X São Paulo e Rio X Petrópolis
 Suspendeu o Estado de Sítio imposto por Artur Bernardes
 Em 1927, temendo pela sorte do regime, o governo recusava-se a aprovar uma anistia aos
tenentes exilados
 Iniciava-se uma tática repressiva que fez longa carreira no Brasil: O ANTICOMUNISMO:
⇒ Apelidada de LEI CELERADA, restringia-se a liberdade de pensamento e expressão.

 A CRISE DE 1929 ou A GRANDE DEPRESSÃO


⇒ 1929 – ano que marca uma das maiores crises do capitalismo mundial.
Causa da Crise: superprodução da indústria norte americana, beneficiada com o fim da I
Guerra Mundial. No Pós Guerra: Os E.U.A eram responsáveis por 50% de toda produção
industrial do mundo.
⇒ 29/10/19 – Queda de milhões de ações na Bolsa de N.Y. isto é: a quebra da Bolsa
de Valores de Nova Iorque, que abalou os E.U.A e a Europa( maiores consumidores de café e
fonte de nossos empréstimos)
⇒ A crise espalhou-se pelo mundo, causando falências, desemprego em massa e atingiu os
países pobres, exportadores de matérias-primas, como o Brasil (produtor de café).
⇒ O desastre econômico afetou a cafeicultura e abalou as estruturas da República. Velha
⇒ Começava a ruína da política do café-com-leite

 REVOLUÇÃO DE 1930
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 42

Causa: Ruptura política entre MG X S.P. devido a indicação à sucessão de Washington


Luís, nas eleições de 1930.
SP apoiava Júlio Prestes (PRP) X MG apoiava Antonio Carlos Ribeiro Andrada(PRM).
De acordo com a política café-com-leite o sucessor seria um MINEIRO

⇒ O pacto foi rompido  W. Luís indicou um paulista  JÚLIO PRESTES


⇒ Diante disso, a oposição às oligarquias - criou a ALIANÇA LIBERAL( RS/ PB/ MG)
⇒ O candidato da ALIANÇA = GETÚLIO VARGAS ( Vice: João Pessoa )
⇒ Março/1930, nas eleições JÚLIO PRETES ( vencedor )
⇒ Os comandados se acomodaram  pacto (fraude)
⇒ 3 novos fatos:

1. W.Luís  Degola da oposição aos deputados e senadores ( MG e PB)


2. A Campanha Aliancista despertara esperança na classe média. A derrota de Vargas
gerou grande frustração
3. O assassinato de João Pessoa:
 Repercussão Nacional  O crime foi atribuída ao governo federal
 Começa a preparação para a Revolução
 “Façamos a revolução, antes que o povo a faça”  Antonio Carlos (PRM)

⇒ 03/Outubro/1930  estourou a Revolução em Porto Alegre


 Marcharam para o Rio de Janeiro  PR e SC foram ocupados
 MG foi dominada  Norte o Nordeste ( Juarez Távora )
 PREPARAVA-SE O ATAQUE A SÃO PAULO
 Em ITARARÉ (seria a maior batalha )  se tivesse começado
 JUNTA APACIFICADORA, no R.J.  depôs Washington Luiz ( não havia mais motivo
para a luta ) assume provisoriamente: GETÚLIO VARGAS
 Encerrava-se a Primeira República (1894-1930)

XXIII - A ERA VARGAS ( 1930 – 1945 )

1º. GOVERNO PROVISÓRIO ( 1930 – 1934 )


3 PERÍODOS 2º. GOVERNO CONSTITUCIONAL ( 1934 – 1937 )
3º. ESTADO NOVO ( 1937 – 1945 )

 1º - GOVERNO PROVISÓRIO ( 1930-1934 ) -

 PROVIDÊNCIAS
⇒ Nos 1ºs momentos do governo Vargas, a crise se anunciava: diversos grupos disputavam o poder.
⇒ Vargas habilidosamente se tornou o centro da situação  reforçando sua posição:
⇒ Gaúchos, mineiros e paraibanos (dominaram os ministérios)  pessoas de sua inteira confiança
⇒ Fechamento: Congresso Nacional, Assembléias Legislativas Estaduais e Câmaras Municipais;
Extinguiu os partidos políticos; suspendeu a Constituição de 1891;
⇒ Substituiu os Governadores de Estado por INTERVENTORES FEDERAIS ( membros do movimento
tenentista ).
⇒ Juarez Távora, foi nomeado como “inspetor geral” do Nordeste, apelidado de “vice-rei” do norte.
⇒ Prometendo eleição de uma Assembléia Constituinte.
⇒ Os indesejáveis foram perseguidos, torturados e eliminados;

 QUANTO AOS POVO?

 POPULISMO  As reivindicações populares  chefiadas pela elite


 As concessões ao povo seria dentro dos limites da elite
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 43
 ELEMENTOS DO POPULISMO  Conceder direitos previdenciários e trabalhistas as
massas urbanas (não as rurais) e o CULTO A GETÚLIO.

 A REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1932


 São Paulo era o principal foco contra-revolucionário, beneficiado pela República Velha e
prejudicado com a Revolução de 1930 se preparou para derrubar Getúlio Vargas, os tenentes e
seus aliados do poder.

 Em Fevereiro de 1932  ALIANÇA ( da burguesia paulista ):

⇒ PRP e PD = FUP ( Frente Única Paulista )  Exigências:


 Autonomia de São Paulo
 Nomeação de um interventor civil e paulista

⇒ Objetivos da FUP  Colocar as oligarquias de volta no poder


 Redemocratização ( para opinião pública )
 Reconstitucionalização - SÓ FALTAVA UM MOTIVO

 Quanto a nomeação do Interventor  foi atendida


 Quanto a reconstitucionalização  a princípio não foi atendida devido os interesses da FUP.
 O ESTOPIM:
⇒ Maio/1932  4 estudantes de São Paulo ( Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo -
M.M.D.C.) morreram num conflito de rua durante as manifestações contra o Governo
Federal.
⇒ 200.000 voluntários alistaram-se no Exército Constitucionalista
⇒ Outº/1932  O governo contanto com forças do Exército  a Revolução chegava ao
seu final.
⇒ Vargas nomeou um novo interventor e começaram as prisões  77 pessoas foram
banidas, partindo para o exterior.
⇒ Vargas consolidava-se no poder. Habilidosamente aproximou-se da Elite Paulista. ( que
embora derrotada, acabou vitoriosa em termos políticos  ao contrário do tenentismo )
⇒ O tenentismo desaparecia como movimento político.

 2º - O GOVERNO CONSTITUCIONAL ( 1934 – 1937 )


 Encerrada a Revolução/1932, foi promulgada nova Constituição (16/7/34)
 Inspirada na Constituição Alemã - INOVAÇÕES
⇒ Voto secreto  direito de voto a mulher
⇒ Foi criada a Justiça Eleitoral
⇒ O reconhecimento da Legislação Trabalhista ( direitos fundamentais ):
 Salário-mínimo; jornada de trabalho ( 8 horas ); férias remuneradas
 Proibição do trabalho de menor com 14 anos; indenização na demissão por justa causa;
Criação do Mandato de Segurança
 Institutos de Previdência: IAPB – IAPI – IAPC
 As riquezas naturais do país (jazidas minerais, quedas d’água) seriam propriedades do
governo.
 A Constituição estabelecia que o 1º Presidente seria eleito pelos membros da Assembléia
Constituinte

 GRUPOS POLÍTICOS  Ideologias Diferentes

FASCISMO
No período entre guerras houve a ascensão de regimes fascistas em inúmeros países. O Fascismo
constituiu uma negação da democracia liberal burguesa, que se caracteriza pelas liberdades
individuais e pela limitação e separação dos poderes públicos. O FASCISMO, bem ao contrário,
caracterizou-se por ser um regime fortemente autoritário, centralizador, baseado num partido único,
com o poder “ enfeixado” nas mãos de um grande chefe.
O Parlamento, quando existe, apresenta-se totalmente subordinado a vontade do Executivo, o mesmo
acontece com o Poder Judiciário. Sindicatos e meios de comunicação são rigidamente controlados.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 44

 AIB - Ação Integralista Brasileira ( INTEGRALISMO )


 Versão brasileira do NAZI-FASCISMO
 Líder: PLINIO SALGADO
 OBJETIVOS  Estado forte ( não baseado no voto popular) e sim no
voto por Representação Corporativa das classes sociais
 Governo autoritário - 1 só partido; sociedade militarizada

 Organização Fascista:
 Lema: DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA
 Aparato Externo: UNIFORME, DESFILE, BANDEIRAS, EMBLEMA ( Σ ), ANAUÊ,
CAMISAS VERDES, 300 MIL MEMBROS

 ANL - ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA ( ALIANCISMO )

 Participantes: Elementos contrários ao FASCISMO (sindicalistas, comunistas,


socialistas )
 Líder: LUIS CARLOS PRESTES
 OBJETIVOS :
⇒ Oposição ao fascismo; reforma agrária; contrário ao latifúndio; nacionalização
de empresas estrangeiras; cancelamento da dívida externa.
 O crescimento da ANL, apavorou a Câmara dos Deputados
 Vargas  aproveita a situação e conseguiu que a Câmara dos Deputados
aprovasse LEI DE SEGURANÇA NACIONAL
 Qualquer elemento suspeito seria condenado  Vargas empurrava ( suavemente
) o país para uma ditadura.

 No 13º aniversário dos 18 do Forte:


⇒ Foi lido um manifesto de Prestes : “TODO PODER À ANL”
⇒ Era o pretexto que o governo esperava:
• ANL foi fechada e declarada ilegal

 A INTENTONA COMUNISTA

 O que sobrou da ANL passou a operar na clandestinidade, sob o controle dos


comunistas ( ex-militares do tenentismo)
 Levante militar ( RN, PE e RJ )  Razão: A extinção da ANL
 Infiltração da P.E.  na ANL e no PCB
 A reação armada dos revoltosos ofereceu ao governo o pretexto de que ele
necessitava: PRENDER OS LÍDERES DE ESQUERDA.
 Prestes foi preso (março 1936), junto com sua esposa, que conhecera na URSS –
Olga Benário. Mesmo grávida, Olga foi entregue à Gestapo e fuzilada ( 1942 ) nos
campos de concentração da Alemanha Nazista – após o nascimento de sua filha.

 Para o governo uma maravilha:


⇒ ESTADO DE SÍTIO  devido o PERIGO COMUNISTA
⇒ O Congresso decretou “Estado de Guerra” ( embora não estivesse em guerra
com ninguém)  Repressão violenta (10 mil presos).

 3º- O ESTADO NOVO ( 1937 - 1945 )


⇒ Com eleições presidenciais marcadas para janeiro/38
⇒ Vargas decidiu continuar no poder.
⇒ Apoiado nas Forças Armadas, realizou (1937), uma política de intervenção nos Estados para
eliminar os opositores.
⇒ Faltava um pretexto para suspender as eleições  PLANO COHEN:
 Plano Comunista  descoberto pelas Forças Armadas
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 45
 Objetivo: Tomar o poder
 Atribuído ao Komintern ( Central Comunista Internacional )
 Delatado por um judeu  COHEN ( greves... massacres )
 Autor da Farsa  Olympio Mourão Filho, que 27 anos depois iniciou o golpe de 1964, em
Belo Horizonte.

⇒ Para conter o PLANO COHEN:


 O Congresso decretou Estado de Guerra
 Em Nov/1937  Vargas ordenou o fechamento do Congresso
 Anunciou pelo rádio uma nova CONSTITUIÇÃO ( OUTORGADA )

⇒ A Constituição de 1937:
 Imposta à Nação  apelido: “POLACA”
 Baseada na Constituição Fascista da Polônia - CARACTERÍSTICAS:

• Predomínio do Poder Executivo, considerado o Órgão Supremo do Estado;


• O poder Legislativo ( que não foi eleito ) era composto pelo Presidente da República;
• Os partidos políticos foram extintos;
• Aboliu-se a liberdade de imprensa ;
• Os Estados passaram a ser governados por INTERVENTORES
• O mandato presidencial foi prorrogado até a realização de um plebiscito, que nunca chegou
a se concretizar;
• Restabeleceu a pena de morte
• Os sindicatos  vinculados ao governo
• Criava-se o DIP ( Departº. de Imprensa e Propaganda ) que formava a ideologia da época
-- “ PAI DOS POBRES “ - HORA DO BRASIL

⇒ REALIZAÇÕES:

• Instituição: CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT (1943)


• Criação da Cia. Vale do Rio Doce
• Fundação da CSN – Cia Siderúrgica Nacional ( Volta Redonda )
• Instituição do Salário-mínimo (1940)
• Conselho Nacional de Petróleo – CNP
• Fábrica Nacional de Motores - FNM
• Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA
• Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP

⇒ O FIM DO ESTADO NOVO:

• II Guerra ( 1939-45 )  Governo a favor dos aliados


• Situação contraditória  lutava-se no exterior contra o fascismo enquanto, no Brasil,
vivia-se um regime inspirado por ele.
• Rompeu relação com os países do Eixo ( Japão, Itália, Alemanha )
• Participação da FEB ( Força Expedicionária Brasileira )  Monte Castelo, Castelnuevo,
Fornovo e Montese
• O Estado Novo combatia o fascismo na Europa  No Brasil a ditadura era fundamentada
no fascismo europeu.
• A elite brasileira que apoiava a ditadura  retirou o apoio
• Multiplicaram-se as manifestações para a REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS:
 EM 1943 – Foi lançado o MANIFESTO DOS MINEIROS ( MG )  advogados, escritores,
professores, jornalistas etc.. defendiam mudanças jurídicas e institucionais mais liberais;

 Em 1945 – o I CONGRESSO BRASILEIRO DE ESCRITORES, exigia liberdade de


expressão ( fim da censura ).
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 46

• Em 1945  Getúlio  Ato Adicional  marcava novas eleições p/ 2/12/45


• Formaram-se vários partidos políticos:
 UDN - União Democrática Nacional ( oposição )
 PSD - Partido Social Democrático ( partido dos interventores )
 PTB - Partido Trabalhista Brasileiro ( trabalhadores )
 PCB - Partido Comunista Brasileiro ( aliado a Getúlio )
• Anistia aos presos políticos ( inclusive para Luís Carlos Prestes )
• Liberdade de Imprensa

⇒ QUEREMISMO:
• Grupos nacionalistas favoráveis a nacionalização e contra o imperialismo norte-americano
 “QUEREMOS GETÚLIO”
• Para aumentar a popularidade  LEI MALAIA  Lei antitruste e antimperialista. (
desapropriação de empresas estrangeiras )  gerou desagrado dos norte-americanos

⇒ A DEPOSIÇÃO  FIM DO ESTADO NOVO:

• Os militares  desconfiar de Getúlio ( parecia uma reconstituição de 1937).


• O pretexto para a deposição  nomeação do seu irmão BENKAMIN VARGAS, para
Chefe da Polícia ( Rio de Janeiro )
• O Palácio da Guanabara foi cercado  Getúlio renunciou (29/10/45)

XXIV - A REPÚBLICA POPULISTA /PERÍODO DEMOCRÁTICO(1946-1964 )

O POPULISMO
“Embora iniciada já na Era Vargas, foi no período que se estende de 1945 a 1964 que a
política POPULISTA mais se desenvolveu. Fenômeno político muito comum no período pós-
guerra, principalmente nos países latino-americanos.
De acordo com o cientista político FRACISCO WEFFORT, o populismo é uma manipulação
das massas por parte dos líderes[...} É a exaltação do poder público; é o Estado colocando-
se, através do líder, em contato direto com os indivíduos reunidos na massa [...] A massa se
volta para o Estado e espera dele o sol ou a chuva, ou seja, entrega-se de mãos atadas aos
interesses dominantes”.
PRADO, Maria Lígia. O populismo na América Latina; Brasiliense p. 76

⇒ José Linhares ( Pres. do Supremo Tribunal federal ) assumiu a Presidência


⇒ Em 5 meses de governo  organizou as eleições de dezembro/1945
⇒ Nessas eleições EURICO GASPAR DUTRA  foi eleito  apoio do PTB ( Partido orientado por
Getúlio Vargas).

 GENERAL EURICO GASPAR DUTRA ( 1946 – 1951 )


⇒ Elegeu a Assembléia Constituinte  5 ª Constituição
⇒ Promulgada em 18/9/1946  Liberal Democrática  CARACTERÍSTICAS:
 Restabelecimento da República Presidencialista
 Separação e harmonia dos poderesExecutivo, Legislativo e Judiciário
 Direito de greve  Mandato Presidencial ( 5 anos ) sem reeleição
 Voto secreto e universal para maiores de 18 anos. Exceto: analfabetos, cabos e soldados

⇒ Na política internacional:
 Os países vencedores da II Guerra ( EUA X URSS)  Guerra Fria
 Dividiram o mundo em 2 blocos  EUA (capitalista); URSS(Comunista)

⇒ No Brasil:
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 47
 Dois grupos disputavam o poder econômico
1. Defendia um CAPITALISMO NACIONAL AUTÔNOMO, NACIONALISTA e não das grandes
potências estrangeiras.

2. Defendia um CAPITALISMO LIBERAL, aberto às grandes companhias internacionais


(associado aos interesses norte-americanos e europeus)

⇒ Dutra aliou-se aos EUA  Extinguiu o Partido Comunista Brasileiro( 1947 )  cassou o mandato de
seus representantes no Congresso  inclusive de Luís Carlos Prestes ( senador mais votado da
república )

⇒ Dentro desta política  suspendeu o direito de greve  todos os sindicatos sofreram intervenções

Durante a II Guerra Mundial, o lucro com as exportações superou as despesas com


importações. Com isso, o país conseguiu pagar sua dívida externa e acumular reservas de
milhões de dólares, que poderia ser aplicado no desenvolvimento da indústria nacional, o
que não aconteceu.
Com sua política de favorecimento ao estrangeiro, Dutra facilitou a importação de bens
supérfluos, como brinquedos de plástico, aparelhos de televisão, automóveis, meias de
náilon, geladeiras, rádios etc... e a compra de velhas ferrovias inglesas instaladas no Brasil
desde o século passado - COTRIM Gilberto, ed. Saraiva; pg.290

⇒ Inflação  Para combatê-la  reduziu o poder aquisitivo


⇒ PLANO SALTE  SAÚDE, ALIMENTAÇÃO, TRANSPORTE e ENERGIA

 O GOVERNO DE VARGAS (1951 - 1954 )

⇒ Novas eleições  Vargas é eleito  apoiou-se nos trabalhadores


⇒ Realizou uma política NACIONALISTA
⇒ Realizações:
 Criação da PETROBRÁS (1953) -- “ O PETRÓLEO É NOSSO ”
 Criação do Ministério da Saúde
 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico ( BNDE )
 Criou a ELETROBRÁS

⇒ Devido ao apoio às massas trabalhadoras  sofreu ataque dos políticos ligados ao capital norte-
americano.

⇒ O nacionalismo de Vargas foi duramente combatido pelo governo dos EUA

⇒ Vargas era acusado de pretender criar uma República Sindicalista:


 Política desfavorável ao capital norte-americano
 Aumento de 100% (1954) no salário-mínimo (João Goulart Ministro do Trabalho)
 Crescimento do sindicalismo  Pânico das classes dominantes
 O CRIME DA RUA TONELEROS
⇒ Carlos Lacerda  dono do Jornal carioca ‘TRIBUNA DA IMPRENSA”
⇒ Liderava uma violenta campanha contra o governo
⇒ Foi vítima de uma tentativa de assassinato ( Rua Toneleros )  onde morreu RUBENS VAZ ( Major
da Aeronáutica)
⇒ Gregório Fortunato ( Chefe da Guarda Presidencial)  mandante do crime, embora jamais se
comprovasse a ligação)
⇒ O Manifesto da Aeronáutica  exigindo renúncia de Getúlio

 O SUICÍDIO
⇒ Isolado, sem poder de reação  suicidou-se ( 24/8/54)
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 48
⇒ O gesto trágico de Vargas, paralisou a oposição  que se ausentou do país ( medo de uma
⇒ rebelião popular)
Com a morte de Vargas, a presidência passou para o vice-presidente JOÃO CAFÉ
FILHO (1954-55) , que adotou uma política contrária a estatização e favoráveis ao capital
estrangeiro, descontentou nacionalistas, operários e setores da burguesia. LICENCIOU-SE para
tratamento de saúde.
Assumiu o Presidente da Câmara, CARLOS LUZ, para completar o período de Vargas.
Em 1955 foram realizadas novas eleições presidenciais. Os vencedores JUSCELINO e JOÃO
GOULART ( de origem getulista ) .
CARLOS LUZ tentou dar um golpe para impedir a posse de JUSCELINO. O Ministro da
Guerra, Gal. HENRIQUE TEIXEIRA LOTT, derrubou CARLOS LUZ garantindo a posse de
JUSCELINO. Até a posse de JUSCELINO assumiu a Presidência do Brasil, NEREU RAMOS (
Presidente do Senado).

 O GOVERNO DE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA (1956-61)


⇒ Anistiou os envolvidos na conspiração
⇒ Sólida aliança entre PSD e PTB ( oposição ) + apoio das Forças Armadas

⇒ SLOGAN  “50 ANOS EM 5”


 Nacionalismo desenvolvimentista  (no fundo nem nacionalismo, nem desenvolvimentista)
 o desejo de ver o Brasil crescer obrigou a JK
apelar para o capital estrangeiro e empréstimos externos.

 PLANO DE METAS ( ENERGIA, TRANSPORTE, INDÚSTRIA, EDUCAÇÃO E


ALIMENTOS )

 Privilegiou o setor industrial


 A abertura ao capital estrangeiro resultou num capitalismo dependente. A intensa emissão
monetária agravou o processo inflacionário, o que ocasionou uma desnacionalização
econômica.
 Instalação de MULTINACIONAIS  aproveitando a mão-de-obra abundante e barata e de
fartas matérias-primas. O lucros obtidos eram enviados para o exterior  burlando as leis
locais.

⇒ REALIZAÇÕES:
 Abertura de rodovias  Belém/Brasília
 Implantação da Indústria Automobilística
 Criação da SUDENE  Superintendência p/ o Desenvolv. do Nordeste
 Usina Hidrelétrica de Furnas e Três Marias
 Construção de Brasília ( Oscar Niemeyer e Lúcio Costa )

 O GOVERNO DE JÂNIO QUADROS (Jan a Ago/61)


⇒ Eleito com 48% do total dos votos  Símbolo: Vassoura

⇒ CONTRADIÇÕES;

 No Plano Interno  contrário ao comunismo


 abertura ao capital estrangeiro
 No Plano Externo  política independente
 aproximou-se de países socialistas: China e União Soviética
 Na OEA  Não aceitou a proposta dos EUA de expulsar Cuba da organização.
 Em Agosto/61  Condecorou ERNESTO CHE GUEVARA  Líder: Revolução Cubana
 Ordem do Cruzeiro do Sul ( odiado pelos EUA )
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 49
 Oposição ( Carlos Lacerda )  Críticas severas  “as portas do Brasil estavam se
abrindo ao comunismo”
 RENÚNCIA: “FORÇAS TERRÍVEIS LEVANTAM-SE CONTRA MIM E ME INTRIGAM OU
INFAMAM”  25/8/61 - RENUNCIOU

 O GOVERNO DE JOÃO GOULART ( 1961 – 1964 )


⇒ Com a renúncia de Jânio, o vice ( JANGO) assumiria a Presidência
⇒ Jango estava em viagem a China Comunista
⇒ A Presidência coube a RANIERI MAZZILI ( Presidente do Congresso Nacional )
⇒ Surgem dos grupos políticos divergentes:

 CONTRÁRIOS À POSSE:
 Setores da Burguesia ( prejudicados com 100% do salário mínimo )
 Ministros Militares + empresários nacionais ( perigo comunista )
 OBJETIVO: Golpe

 FAVORÁVEIS À POSSE:
 Governadores liderados por LEONEL BRIZOLA, fundaram a FRENTE LEGALISTA +
SINDICATOS + ORGANIZAÇÕES ESTUDANTIS + PARTE DO POVO.
 Parte da Forças Armadas era favorável à legalidade = FAZER VALER A CONSTITUIÇÃO.

 DIANTE DA HIPÓTESE DE UMA GUERRA CIVIL:


 Jango tomou posse  Restringia-se seu poder
 Adotava-se o SISTEMA PARLAMENTARISTA

 O PARLAMENTARISMO:
 De setembro/61 a Janeiro/63  Três gabinetes estiveram no poder:
1. TRANCREDO NEVES
2. BROCHADO DA ROCHA
3. HERMES LIMA
 Antecipação da campanha  marcada para 1965
 74% favorável ao presidencialismo
 24/janeiro/1963  tomava posse o Ministério Presidencialista

 PLANO TRIENAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL:


 Distribuição das riquezas; Reforma Agrária ( terras improdutivas)
 Encampação das refinarias particulares de petróleo
 Reduzir a dívida externa brasileira
 Diminuir a inflação ( 80% - 1963)  sem prejuízos para o trabalhador
 O Plano fracassou  era contra a classe dominante

 REFORMA DE BASE:
 Reforma agrária; Reforma eleitoral (voto do analfabeto)
 Reforma universitária ( + vagas); Reforma Tributária - corrigir ≠ sociais.
 Política nacionalista  limitando remessa de recursos para o exterior
 Em 13/3/64  decretava a nacionalização das refinarias particulares de petróleo.
LEI DE REMESSA DE LUCROS
Além dessas reformas, Jango procurou colocar sob controle o capital estrangeiro,
através da LEI DE REMESSA DE LUCROS, que limitava o envio de dólares das
empresas multinacionais para o exterior. A aprovação dessa lei provocou enorme reação
entre os representantes das multinacionais.

 MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE:


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 50
 Movimento organizado por grupos das Forças Armadas + Grupos conservadores da Igreja +
empresários + alguns setores civis.

 31 DE MARÇO DE 1964
 Rebelião das Forças Armadas X João Goulart  Início do movimento
 MINAS GERAIS  Comando: Olímpio Mourão Filho
 Apoio: Magalhães Pinto ( Governador de Minas )
 SÀO PAULO  Adesão de ADEMAR DE BARROS
 GUANABARA  Apoio de CARLOS LACERDA
 Em 48 horas o movimento tornou-se vitorioso
 JOÃO GOULART exilado  deixou o país ( 1/4/64)
 Terminava o período democrático  Começava a DITADURA MILITAR

XXV - A DITADURA MILITAR (1964 - 1985 )


⇒ Deposto João Goulart  Ranieri Mazzili ( Pres. da Câmara dos Dep.) assumiu provisoriamente.
Mantinha-se a Const./1946 – no social
⇒ 09/abril/64  foi decretado o A.I. nº 1
Modificava-se o plano Político:

 O A I. nº 1 - LIMITAVA O PODER DURANTE 6 MESES:


 Eleições para Presidente e Vice, seria realizada pela maioria absoluta do Congresso
Nacional;
 Cassar mandatos de parlamentares;
 Suspender direitos políticos de quaisquer cidadãos;
 Modificar a Constituição e decretar estado de sítio ( sem aprovação do Congresso)
 No segundo dia em que vigorava o A.I. nº 1  O Congresso elegeu (sob pressão)
para Presidente da República  MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR
CASTELO BRANCO.

 O GOVERNO DE CASTELO BRANCO ( 1964 – 1967 )


⇒ Recebeu grande apoio dos E.U.A e das multinacionais
⇒ Em troca do apoio  posições favoráveis ao capital norte-americano
⇒ Forte repressão policial  em 60 dias  + de 300 mil pessoas (mandatos cassados)
⇒ Sindicatos  fechados; UNE  invadida – Rompeu-se relações com Cuba
⇒ NA ECONOMIA:
 PAEG ( Programa de Ação Econômico do Governo )
 Objetivo:
• combater inflação
• mediante favorecimento ao capital estrangeiro  revogou a Lei de Remessas de
Lucros;
• restrições ao crédito e redução do salário dos trabalhadores

⇒ NA POLÍTICA ( autoritarismo):
 Em 1965  foram realizadas eleições para os governos estaduais  A oposição ao regime
teve grandes vitórias
 Em outubro/65 foi decretado o AI nº 2  dava poderes ao Presidente:
• Cassar mandatos e direitos políticos
• Extinguia-se todos os Partidos políticos
• Criava-se dos ( BIPARTIDARISMO ):
 ARENA – Aliança Renovadora Nacional
 MDB – Movimento Democrático Brasileiro
• Foi criada a Lei de Segurança Nacional  se tornavam inimigos da pátria aqueles
que se opunham à ditadura militar.

 Fevereiro/66 – A I nº 3
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 51
• Fim das eleições diretas para Governadores e Prefeitos das capitais  os
governadores seriam indicados pelo Presidente e os prefeitos, pelos governadores.
 Dezembro/66 – A I nº 4
• Dava ao governo o direito de elaborar nova Constituição
• Em 24/01/67  foi promulgada nova CONSTITUIÇÃO
• Objetivo: Fortalecer o poder do Presidente e enfraquecer o Legislativo e Judiciário.

 Ao final do governo Castelo Branco, o Alto Comando Militar escolheu  ARTUR DA COSTA
E SILVA.

 O GOVERNO DE COSTA E SILVA ( 1967 - 1969 )


⇒ Cresceram as manifestações contra a ditadura  Apesar da repressão: estudantes, operários,
padres e progressistas  saíram às ruas protestando contra a fome e a tortura.

⇒ Diante da pressão da sociedade  o governo militar reage:

 Dezembro/68 – A I nº 5  O MAIS TERRÍVEL INSTRUMENTO DE FORÇA DO REGIME


 Dava poderes totais ao Presidente de:

 Fechar o Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais.


 Intervir nos Estados e Municípios
 Suspender direitos políticos por 10 anos
 Cassar mandatos, demitir, aposentar etc...
 Suspender a garantia de habeas-corpus

 Em agosto/69, Costa e Silva ficou seriamente doente, vitimado de uma trombose e foi
obrigado a deixar o cargo

 O GOVERNO DA JUNTA MILITAR ( 31/AGO a 22/OUT/69)

 A fim de preparar a transição, a Junta realizou uma REFORMA CONSTITUCIONAL 


incorporando o A I-5 a Constituição  dando origem ao novo texto Constitucional de 1969:

 Fim da imunidade parlamentar


 Instituição da prisão perpétua e da pena de morte

 A Junta Militar declarou o mandato de Costa e Silva extinto


 SUCESSOR: EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI

 O GOVERNO DE EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI ( 1969 – 74 )

⇒ Campeão da repressão e violência  Direitos dos cidadãos foram suspensos


⇒ A sociedade em geral sentia a “mão de ferro” da ditadura
⇒ Todos canais de conversação estavam fechados  a saída foi a luta armada:

 Os escritos de “Che” Guevara começaram a ser difundidos


 Surgiram guerrilhas urbanas:
 ALN ( Aliança Libertadora Nacional)  Carlos Marighela
 MR-8( Movimento Revolucionário 8 de outubro) dia da morte de “Che” Guevara, na
Bolívia
 VAR-Palmares ( Vanguarda Armada Revolucionária) – Carlos Lamarca, ex-capitão do
exército
Em 1969, a primeira ação de importância da guerrilha, assombrou o país: o
seqüestro do embaixador norte-americano, CHARLES ELBRICK, pela ALN,
que em troca de sua vida exigiu a soltura de presos políticos.
Seqüestros, assaltos a bancos e até execuções foram a resposta que os
guerrilheiros deram a à anulação da vida política pelo regime militar.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 52

⇒ Os DOI-CODI ( Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operação de Defesa Interna )

 Objetivo: aniquilar grupos guerrilheiros de extrema esquerda


 Avançaram, também, contra outros setores da sociedade

⇒ Para encobrir a face cruel da ditadura  ideologias – SLOGANS:

 “BRASIL – AME-O OU DEIXE-O”


 “BRASIL – CONTE COMIGO”

⇒ NA ECONOMIA  O MILAGRE BRASILEIRO:


 I PND – Plano Nacional de Desenvolvimento  abrangia investimentos no campo
siderúrgico, petroquímico, de transporte e energia elétrica
 PIN ( Programa de Integração Nacional); O MOBRAL; TRANSAMAZÔNICA; a ponte RIO-
NITERÓI.
 Expansão do crédito ao consumidor
 PIS ( Programa de Integração Social ) – PASEP ( Programa do Patrimônio do Servidor
Público)
 Gerou euforia X arrocho salarial

⇒ FIM DO MILAGRE BRASILEIRO:

 O crescimento econômico estava condicionado a conjuntura internacional


 Crise do petróleo  inflação voltou ao seu rítmo  Dívida externa
 As oposições lentamente foram se organizando

 O GOVERNO DE ERNESTO GEISEL ( 1974 – 1979 )

⇒ Favorável a devolução lenta, gradual e segura do poder aos civis


⇒ Diminuiu a ação da censura sobre os MCS
⇒ Garantiu a realização de eleições livres ( 1974 )  Senadores, Deputados e Vereadores.
⇒ O MDB alcançou grandes vitórias sobre a ARENA
⇒ Temendo o rápido avanço das oposições, Geisel deu um passo atrás no processo de abertura 
limitou a propaganda eleitoral no rádio e televisão.
⇒ Em 1977 - Decretou que 1/3 dos senadores seriam escolhidos diretamente pelo governo 
SENADORES BIÔNICOS ( não eleitos pelo voto popular )

⇒ REALIZAÇÕES:
 II PND ( expansão da indústrias de bens de produção  cobre, aço, energia elétrica,
maquinas e equipamentos pesados)
 Construção de Hidrelétricas: ITAIPU, SOBRADINHO, TUCURUI
 Aprovação do divórcio ( Nelson Carneiro )
 Fim do AI-5
 Início da abertura política

 O GOVERNO DE JOÃO BATISTA FIGUEIREDO ( 1979 - 1985 )


TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 53
⇒ Diante da pressão  sindicatos, empresários, universitários, imprensa etc...
⇒ Promessa de devolver a democracia:
 Anistia política  Fim do bipartidarismo (PSD-PMDB-PT-PDT-PTB)
 1982 – Eleições diretas para Governadores
 PROÁLCOOL ( Programa Nacional do Álcool ) - III PND

⇒ Agravamento da Crise Econômica:


 Empréstimo do FMI ( submissão aos banqueiros internacionais )
 Em 1984  inflação atingiu 223.8% ao ano
 Desemprego  1,5 milhões a cada ano  SAQUES
 Ressurgiram as greves, no ABC  ACHATAMENTO SALARIAL

⇒ Escândalos Econômicos:
 CAPEMI – DELFIM – COROA BRASTEL

⇒ Atentados terrorista de Direita  BOMBA DO RIO CENTRO

 O FIM DA DITADURA MILITAR

⇒ País mergulhado na maior crise de sua história ( inflação, endividamento externo, deficit público)
⇒ A crescente onda de descontentamento OBJETIVAVA aprovação no Congresso de eleições diretas
para a Presidência.
⇒ EMENDA DANTE DE OLIVEIRA, propunha:
 Eleições diretas
 Fim do Colégio Eleitoral  onde se realizavam as eleições indiretas para Presidente.

 DIRETAS JÁ:
 Um dos maiores movimentos político-populares da história recente.
 Porém, manobras realizadas pela elite dirigente ( ligada ao regime ) impediu a realização das
eleições
 O principal grupo opositor era liderado pelo deputado PAULO MALUF
 A DISPUTA INDIRETA PELA SUCESSÃO PRESIDENCIAL:
 De um lado PAULO MALUF ( representante do PDS)
 De outro TANCREDO NEVES ( apoiado por uma aliança política. Tacredo afirmava que sua
eleição seria a última indireta para a Presidência.
 Eleito, morreu 24 horas antes da solenidade de posse ( 21/4/85 )
 O vice JOSÉ SARNEY assumiu o comando

XXVI - BRASIL: POS –1985

 O GOVERNO DE JOSÉ SARNEY ( 1985 – 1990 )

⇒ um colaborador da ditadura militar no poder


⇒ Jurou honrar os compromissos de Tancredo
⇒ 05/10/88 – era promulgada nova Constituição
⇒ PLANO CRUZADO:
 Fim do cruzeiro  cruzado  congelamento de preços
 Gatilho Salarial  reajuste automático dos salários, sempre que a inflação atingisse 20%

 O PROTESTO DOS TRABALHADORES:


• Os preços das mercadorias  pelo pico
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 54
• Os salários foram congelados pela média dos últimos 6 meses
• O povo apoiou  Fiscais do Sarney

 O CONGELAMENTO:
• Foi derrubado por produtores e comerciantes
• Os produtos sumiam dos mercados
• Reapareciam mediante pagamento de ágio

 EM 15/NOV/86 – SERIAM REALIZADAS ELEIÇÕES GERAIS


• Para não perder as eleições  PLANO CRUZADO II
• Mas o plano cruzado não era uma panacéia (Remédio para todos os males)
• O empresariado solicitou o descongelamento dos preços
• Os Bancos dispensaram enormes contingentes de trabalhadores
• Não contou com o apoio do povo  sociedade sentia-se enganada
• Inflação subiu  DILSON FUNARO demitiu-se

 O GOVERNO APLICOU NOVOS CHOQUES ECONÔMICOS - 1987:


• PLANO BRESSER ( 1987 )- debelar a inflação. Não deu certo
• Em 1988 (eleições municipais) – o governo foi derrotado nas mais importantes capitais
do país.
• Em 1989 – Maílson da Nóbrega ( Ministro da Fazenda) --> novo pacote Econômico =
PLANO VERÃO --> Moeda: Cruzado Novo
• O Governo Sarney não conseguia resolver  a inflação elevada, a dívida externa e a
dívida interna do governo.

 FERNANDO COLLOR DE MELO ( 1990 – 92 )

⇒ Pertencente à tradicional família de políticos oligarcas da I República e do Estado Novo, ex-prefeito


biônico (nomeado) por Maceió – Governador de Alagoas (PDS) – Apoio de Sarney
⇒ Primeiro Presidente eleito pelo povo após 29 anos - proposta: lutar pelos “descamisados”
⇒ Imagem de político renovador  venceu as eleições com 28,52% X 16.8 de Lula
⇒ Um dia após sua posse  PLANO COLLOR  Confisco poupança / Cruzeiro
⇒ A inflação resistia aos choques econômicos  Governo perdia a credibilidade.
⇒ Acusado pelo irmão ( Pedro ) de irregularidades administrativa e negócios irregulares ( VEJA: 19/5/92
), dirigidos por P.C. Farias
⇒ Instalada uma CPI  surgiram fatos incriminadores
⇒ Foi comprovada a rede de corrupção ( Contas Fantasmas )
⇒ Impeachmente ( afastamento ) >> Em 29/12/92  ITAMAR AUGUSTO CAUTIERO FRANCO

 ITAMAR FRANCO:
⇒ Empossado em 29/12/1992, para completar o mandato de seu antecessor
⇒ NA POLÍTICA:
 Realização do PLEBISCITO de 1993
 decidir qual o Regime Político  MONARQUIA ou REPÚBLICA
 e a Forma de Governo  PARLAMENTARISMO OU PRESIDENCIALISMO

⇒ NA ECONOMIA:
 O Plano Real  Inflação de 2700% ao ano
 Redução da inflação e estabilização da economia
 Contenção dos gastos públicos; privatização de empresas estatais.
 A queda da inflação  melhorou o poder aquisitivo

⇒ A marca negativa de sua gestão:


 Temperamento impulsivo e às vezes hesitante
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 55
 Em compensação: sua simplicidade e austeridade administrativa renderam-lhe uma imagem
positiva perante a população.
 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
 Vitória do Neoliberalismo : Privatização da economia e dos serviços básicos; diminuição do
tamanho e do papel do Estado, que deve restringir sua atuação no campo social; integração
ao mercado mundial e todas as conseqüências daí advindas.
 Fim de uma política nacionalista, que teve sua origem na época de Vargas.

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