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EM BUSCA DOS TESOUROS ESCONDIDOS DE DEUS 
Por Fabio Marchiori Machado 
 
 
1. INTRODUÇÃO  
 
Uma  das  melhores  brincadeiras  da  minha  infância  era  a  de  caçar  tesouros.  Muito 
inspirado pelos filmes do Indiana Jones, fazíamos da caça aos tesouros uma diversão que levava 
horas. Tínhamos de tudo. O tesouro a ser encontrado, as estratégias e, lógico, um mapa.  

O  tempo  passou  e  eu  já  havia  me  esquecido  deste  tempo  muito  bom  da  minha 
infância.  Isto  até  recentemente.  Alguns  tempos  atrás  tive  contato  com  algumas  heresias  que 
rondam  o  meio  cristão,  e  estas  fizeram  eu  relembrar  de  algumas  destas  brincadeiras  do 
passado. 

Entre tantas heresias, uma me chamou a atenção em particular. Ela tinha haver com o 
texto de Isaías 45.3 que diz assim: 

“3 dar‐te‐ei  os  tesouros  escondidos  e  as  riquezas  encobertas,  para  que  saibas  que  eu  sou  o 
SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome.”

 Segundo  uma  mente  iluminada  e  criativa,  este  versículo  fala  de  uma  promessa,  da 
parte de Deus, para TODOS os crentes. E vai além! Diz que Deus abre as portas destes tesouros 
para  pessoas  de  muita  fé  (aqui creio  que  ele  quis  dizer  grandes  dizimistas).  É  mais  ou  menos 
assim: O Bill Gates recebeu a chave de um grande tesouro dado por Deus. O nome desta chave 
é  “sistema operacional  Windows”  (isto  é  apenas  uma  ilustração,  não estão  falando  que  o  Bill 
Gates  é  um  homem  de  fé.).  Explicitando,  por  causa  da  sua  fé  Deus  pode  lhe  conceder  uma 
idéia, um produto ou um talento que fará você ganhar muito, mas muito dinheiro. Legal, né? 
Seria,  se  isto  não  fosse  uma  tremenda  de  uma  Heresia,  com  direito  a  um  “H”  maiúsculo  e 
destaque na escrita.  

Heresia  não  é  algo  que  só  acontece  recentemente.  Não  é  um  “privilégio”  do  nosso 
tempo. Na época dos apóstolos, as heresias já representavam um desafio e um trabalho árduo 
para aqueles que seguiam uma verdadeira e saudável doutrina cristã. Recomendo que você leia 
a epístola de Judas e as três de João (1, 2, 3 João). 

Mas afinal, voltando ao assunto do tesouro, se este texto está na Bíblia, e ele não quer 
disser nada do que descrevemos acima, o que são de fato estes tesouros escondidos de Deus? É 
a questão que vamos discutir nesta lição. 

 
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2. CONTEXTO HISTÓRICO  

 
Nos dias atuais, a idéia de um tesouro escondido parece algo irreal, fantasioso, coisa 
de  filme  de  Hollywood.  Mas  em  um  passado  muito  longínquo,  esta  era  uma  situação 
corriqueira. 

No mundo antigo era muito comum as pessoas esconderem seus bens, muitas vezes 
enterrando‐os.  Isto  era  feito  como  prevenção  a  ações  de  ladrões  e  malfeitores.  Fazia‐se, 
também,  por  causa  de  vizinhos  avarentos  e  familiares  ambiciosos.  Muitos  escondiam  seus 
tesouros até para se certificarem que não iriam perdê‐lo. 

Era  costume,  então,  enterrar  os  seus  bens  valiosos  em  um  terreno  de  sua 
propriedade, perto de uma rocha ou uma árvore, que funcionava com um lembrete do lugar do 
depósito.  Entretanto,  era  comum  também,  que  somente  a  pessoa  que  enterrava  o  tesouro 
soubesse do local do seu depósito. Funcionava mais ou menos como os bancos de hoje, onde lá 
depositamos “nossos tesouros”, de uma maneira oculta. Não conheço ninguém que ande com 
seu extrato bancário pendurado em um crachá.  

Acontece  que  se  esta  pessoa  morresse  de  maneira  repentina,  sem  avisar  a  ninguém 
sobre o tesouro enterrado, ele (o tesouro) tornava‐se oculto, escondido. Como dissemos, esta 
era  uma  prática  muito  comum,  e  conseqüentemente  haviam  muitos  tesouros  que  eram 
perdidos. Vale ressaltar que nos tempos bíblicos não eram diferentes. Veja Jr 41.8. 

 É  neste  contexto  que  surge  a  idéia  de  tesouros  escondidos.  Todos  sonhavam  em 
achar um destes perdidos por aí. As leis judaicas regiam que se você comprasse uma terra, e 
nela encontrasse um tesouro enterrado, ele automaticamente era seu. O antigo dono não tinha 
nenhum  direito  de  reclamá‐lo.  Podemos  dizer  que  encontrar  um  tesouro  era  uma  verdadeira 
obsessão naquele dias. 

3. TESOUROS ESCONDIDOS NA BÍBLIA  
 
Existem  quatro  textos  que  falam  de  tesouros  escondidos  na  Bíblia,  de  uma  maneira 
direta. São eles: Is 45.3, Mt 13.44, Pv 2.4 e Cl 2.2‐3. O que vamos destacar neste estudo é que 
cada um destes textos fala de um tesouro diferente. Apenas um deles fala de um tesouro físico, 
material.  E  no  final,  poderemos  mostrar  que  um  destes  tesouros  é  o  mais  importante.  Então 
vejamos: 

 
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a. Isaías 45.3 – “dar‐te‐ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibas que 
eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome”  

Este  é  o  único  texto  da  Bíblia  toda  que  traz  o  termo  “tesouro  escondido  /  oculto” 
investido de um caráter material. De fato, aqui Deus promete um tesouro físico. Entretanto, o 
engano, muitas vezes, está na interpretação do texto. Como já vimos acima, muitos pregadores 
usam  este  versículo  para  dizer  aos  seus  fiéis  ouvinte  que  Deus  tem  prometido  para  cada  um 
deles um tesouro escondido. Isto é um grande engano, e se dá pelo fato de uma interpretação 
isolada  do  versículos.  Temos  que  ter  em  mente,  sempre,  que  um  versículo  faz  parte  de  um 
contexto.  Deus  agiu  na  história  e  através  de  homens,  por  isso  devemos  levar  isso  em 
consideração na hora de compreender um texto bíblico.  

O  complicado  é  que  muitas  vezes,  no  afã  de  legitimar  em  pensamento  puramente 
humano,  pela  Palavra  de  Deus,  estas  pessoas  acabam  tirando  o  texto  do  contexto,  e  acabam 
arrumando um pretexto para dizer o que não diz o texto! No caso de Is 45.3 uma simples leitura 
de alguns versículos anteriores e posteriores já resolve o problema. Vamos ver: 
“1
 Assim  diz  o  SENHOR  ao  seu  ungido,  a  Ciro,  a  quem  tomo  pela  mão  direita,  para  abater  as 
nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que 
não se fecharão. 2 Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de 
bronze  e  despedaçarei  as  trancas  de  ferro;  3 dar‐te‐ei  os  tesouros  escondidos  e  as  riquezas 
encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu 
nome. 4 Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te 
pus o sobrenome, ainda que não me conheces. 5 Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim 
não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. 6 Para que se saiba, até ao nascente do 
sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. 7 Eu formo a 
luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” 
 

Analisando  este  pequeno  texto  podemos  observar  que  este  tesouro  prometido  por 
Deus teve um endereço certo. Ele foi prometido para o rei Ciro da Persia. Ciro foi o fundador do 
império  Persa.  Foi  ele  quem  permitiu  que  os  judeus  voltassem  do  cativeiro  babilônico  (2Cr 
36.22‐23).  Os  tesouros  eram  apenas  uma  parte  da  promessa  que  Deus  dava  a  Ciro.  Nos  três 
primeiros versículos são prometidos, além do tesouro, poderio militar e estratégico. Ou seja, a 
promessa de tesouros escondidos não estava isolada. Ela dependia das promessas anteriores. 
Por  último,  temos  o  propósito  de  tal  promessa.  Ciro  não  era  judeu,  mas  foi  ungido  por  Deus 
para  a  tarefa  de  libertação  do  povo.  Se  não  era  judeu,  não  conhecia  a  Deus  (v.4  e  5).  O 
cumprimento  destas  promessas  está  totalmente  relacionado  à  apresentação  de  Deus,  para 
Ciro, como o Deus único, todo poderoso e Senhor (ver os grifos). 

Podemos ver facilmente que esta promessa de Deus tinha uma finalidade direcionada 
na  história.  Por  tanto,  é  um  erro  grotesco  afirmar  que  esta  promessa  está  relacionada  aos 

 
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crentes de hoje. Devemos salientar que Deus, na sua eterna soberania, pode lhe conceder um 
tesouro  escondido.  No  entanto,  Deus  o  concederá  se  for  da  Sua  vontade,  de  uma  maneira 
especial,  segundo  Seus  propósitos  e  não  mediante  de  obra  ou  merecimento  humano.  Em 
hipótese alguma este texto traz uma obrigação de Deus para conosco. 

b. Mateus 13.44 –  “44 O  reino  dos  céus  é  semelhante  a  um  tesouro  oculto  no  campo,  o  qual 
certo homem, tendo‐o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra 
aquele campo”

 Este  versículo  é,  certamente,  o  mais  complexo  quando  o  assunto  é  tesouro 


escondido/oculto. Nele nós temos duas nuances de ensino, mas as duas se tornando uma em 
relação ao reino dos céus.  

A  primeira,  de  uma  maneira  geral,  trata  da  importância  e  do  comportamento 
esperado daquele que encontra o reino. Ele sugere o alto valor que o reino tem que ter na vida 
de  quem  foi  alcançado  pela  Palavra.  Para  adentrar  ao  reino  dos  céus,  o  primeiro  passo  é 
reconhecer a seu grande valor. Está totalmente relacionado à obra de salvação que Deus realiza 
através do sangue de Jesus. Por fim, a parábola chama a atenção para a nossa abnegação em 
favor  do  reino.  Uma  vida  com  Jesus  requer  que  nós  deixemos  tudo  o  que  antes  nos  era 
precioso, a fim de recebermos de Deus um tesouro muito maior, a salvação das nossas almas 
em Cristo (Lc 9.23). 

A  segunda  nuance  já  é  um  pouco  mais  específica.  Sabemos  que  o  Evangelho  de 
Mateus  foi  escrita  para  os  judeus.  Esta  parábola  aparece  somente  neste  evangelho.  Muitos 
estudiosos acreditam que Jesus estava falando nesta parábola sobre a sua relação com a nação 
de Israel. A nação que é um tesouro para Deus, já que é o povo escolhido, e que esta obscura. 
Jesus entrega a sua vida, seu sangue (o que tem de mais precioso mediante ao seu ministério) 
para  comprar  as  terras  (o  mundo  todo)  para  descobrimento  e  redenção  do  tesouro  oculto 
(Israel). Tal descobrimento ocorreria na sua volta triunfal. 

Mas em suma, o tesouro tratado neste versículo diz respeito à salvação (entrada no 
reino dos céus), tanto para gentios como para judeus. 

c. Colossenses 2.2‐3 – “2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em 
amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente 
o mistério de Deus, Cristo, 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”

 
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As  cartas  de  Paulo  são  excelentes  para  confrontarmos  com  a  igreja  dos  nossos  dias. 
Isto porque ele explicita as características e comportamento de cada igreja, permitindo a nós 
fazermos um paralelo entre o tempo apostólico e os atuais, usando como base estes padrões. 

No versículo 8 temos uma das razões da carta de Paulo aos Colossenses.  

“8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a 
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” 

Nesta  passagem  Paulo  chama  a  atenção  para  um  grande  risco  que  os  crentes  de 
Colossos  estavam  correndo.  Eles  estavam  preferindo  o  conhecimentos  que  provinham  de 
homens em detrimento do conhecimento de Deus, na pessoa de Cristo. 

Os  colossenses  estavam  diante  de  alguma  heresia  em  relação  a  mistérios  de  Deus. 
Paulo os exorta para encararem tal heresia como uma luta (Cl 2.1). Analisar esta palavra “luta” 
é fundamental para entendermos os próximos versículos. O termo usado no original é agon (
)  e  seu  significado  é  atrelado  às  lutas  de  atletas.  Paulo  quer  dizer  com  isso,  que  esta 
batalha  não  tem  o  significado  como  luta  comum,  mas  uma  luta,  que  se  vencida,  trará 
recompensas.  Esta  recompensa  é  compreender  os  mistérios  de  Deus,  que  são  aqui  descritos 
como tesouros ocultos na pessoa de Jesus. Estes tesouros são a sabedoria que provem da vida 
plena  em  Jesus.  Neste  ponto  partimos  para  o  último  e  mais  importante  texto  acerca  de 
tesouros escondidos / ocultos. 

d. Provérbios 2.4‐6 – “4 se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a 
procurares,5 então, entenderás o temor do SENHOR  e acharás o conhecimento de Deus. 6 Porque o SENHOR 
dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.”

Vamos direto ao ponto. Se você acha que Deus tem um tesouro escondido para você, 
quero  lhe  dizer  que  você  está  totalmente  certo.  Se  você  vem  buscando  este  tesouro 
incessantemente, tenho a alegria de dizer que a partir deste momento você já o encontrou. O 
grande tesouro que Deus tem para nos dar a sabedoria que vêm dele. Esta sabedoria tem um 
princípio, e ele está explicito em Pv 1.7: 

“O temor do SENHOR é o princípio do saber, 
 mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” 
 

O temor ao Senhor é o ponto de partida para o conhecimento de Deus através da sua 
revelação.  Não  há  a  possibilidade  de  alcançarmos  tal  tesouro  se  de fato  nossos  corações  não 
forem tementes a Deus. Muitas vezes o que vemos são pessoas buscando o tesouro através de 

 
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conhecimentos  e  capacidades  humanas.  É  necessário  entender  que  no  Senhor  está  todo  o 
entendimento da verdade. A verdade é Deus. Por isso que qualquer esforço humano para tal 
busca, que não envolva Deus, será em vão.  

A sabedoria que provem de Deus é algo plenamente concedido ao ser humano.  Um 
grande exemplo bíblico está em Salomão. O Senhor aparece para ele e diz que poderia pedir o 
que quisesse. Salomão pede sabedoria a Deus (1Rs 3.3‐15 e 2Cr1.2‐13). Basta que você deseje 
ter esta sabedoria e pedir. Isto é algo garantido pela Palavra de Deus. Veja o texto de Tg1.5‐6: 

“5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça‐a a Deus, que a todos dá liberalmente e 
nada lhes impropera; e ser‐lhe‐á concedida. 6 Peça‐a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o 
que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento” 

Por  mais  que  as  pessoas  busquem  riquezas,  bem  matérias  e  entendam  que  isto  são 
tesouros  que  Deus  tem  escondido  para  pessoas  de  muita  fé,  é  preciso  compreender  que  a 
sabedoria  é  algo  incomparavelmente  melhor  e  maior  do  que  qualquer  coisa  que  um  pessoa 
possa possuir (Pv3.15). 

Deus tem separado grandes tesouros para a Igreja. Tesouros celestiais e espirituais. A 
busca  de  tesouros  terrenos,  baseados  em  interpretações errôneas,  é  algo  que  vai  totalmente 
contra aos propósitos de Deus revelado nas Escrituras. Jesus foi muito enfático em dizer que o 
seu reino não é deste mundo (Jo 18.36) e que não devemos ser ricos para os olhos dos homens, 
mas sim para os olhos de Deus (Lc 13.21). 

Sem sombra de dúvidas, podemos reafirmar que o tesouro que Deus tem escondido 
para você é a sabedoria que vem Dele, através do conhecimento da sua Palavra. Maior tesouro 
que este não há. 

 
 

4. CONCLUSÃO  
 
Para concluir, gostaria de fazer um desabafo. Eu não entendo porque  o ser humano 
tendo  algo  tão  precioso  da  parte  de  Deus,  como  é  o  caso  da  salvação  em  Jesus,  insiste  em 
questões pequenas e mundanas, como dinheiro, riquezas, prosperidade e etc. 

Creio que a Palavra de Deus nos direciona no sentido de sempre “buscar as coisas lá 
do  alto”  (Cl  3.1).  Uma  exemplificação  simplória:  ‐  A  palavra  “tesouro  escondido/oculto” 
aparecem  apenas  6  vezes  na  Bíblia.  Já  a  palavra  “salvação”  (em  Deus  e  Cristo)  aparece  149 
 
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vezes.  Não  tenho  receio  em  dizer  que  Deus  quer  que  preguemos  muito  mais  sobre  o 
arrependimento de pecados, conversão e salvação do que questões monetárias. 

Mas  uma  pergunta  deve  ser  respondida  antes  de  terminarmos.  Por  que,  afinal, 
existem pessoas que insistem em buscar tesouros terrenos, deturpando a Palavra de Deus? A 
resposta, claro, está na Bíblia. 2Tm 4.3‐4 diz assim: 
“3
 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar‐se‐ão de 
mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se 
recusarão a dar ouvidos à verdade entregando‐se às fábulas”  
 

Resposta  mais  clara  não  existe!  Alguns  homens  (mesmo  de  dentro  da  Igreja)  não 
suportam  as  verdades  de  Deus.  Esta  verdade  vai  contra  o  desejo  dos  seus  corações 
corrompidos  pelo  pecado  que  pedem  riqueza,  luxo  e  prazeres  deste  mundo.  Para  isso 
constroem heresias usando interpretações equivocadas, para não dizer demoníacas, da Palavra 
de  Deus.  É  preciso  entender  que  o  diabo  é  o  maior  interessado  que  pessoas  se  percam,  que 
sejam  condenadas  ao  sofrimento  eterno.  Que  melhor  maneira  em  conseguir  este  objetivo, 
senão  por  desviar  as  pessoas  usando  a  própria  Palavra  de  Deus.  Sejamos  claros,  Jesus  quer 
salvar a sua alma e não te deixar rico! 

Que  nós  de  fato  entendamos  que  se  existe  um  tesouro  a  ser  buscado,  ele  é  a 
sabedoria  de  Deus.  Se  assim  procedermos,  Deus  será  generoso  e  misericordioso  para  suprir 
todo o resto. Essa é a nossa fé, mediante a palavra de Jesus: 

“buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão 
acrescentadas” 

Mt 6.33

Deus o abençoe. 

Sugestão de textos para leitura: Mt 13.44‐52; Is 45.1‐7; Pv 2 e 3; Dt 8.13‐14; Sl 62; Pv 
28.20; 1Tm 6.9. 

 
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FICHA TÉCNICA 
1. Bíblia de Estudo Genebra 
2. Bíblia de Estudo Thompson 
3. Bíblia NVI 
4. Bíblia de Estudo Almeida Atualizada 
5. Dicionário Bíblico Almeida 
6. Comentário Bíblico Foco e Desenvolvimento (Antigo e Novo Testamento) – autor: Carlos Oswaldo C. 
Pinto – Ed Hagnos 
7. Comentário Bíblico Moody – Vol. 4 e 5 – Ed IBR 
8. Tesouros Escondidos – Autor: David J. Merkh – Ed Eclésia 
9. Tesouros Escondidos no Texto Bíblico – Autor: Chuck Missler 
10. Texto Um Tesouro Escondido – autora: Silvia Helena de Amo ‐          
http://www.scribd.com/doc/507265/UM‐TESOURO‐ESCONDIDO 
 

  

 
Fabio Marchiori Machado                                                                      www.BereiaBlog.com

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