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LODOS ATIVADOS

Marcos von Sperling

Universidade Federal de Minas Gerais


LODOS ATIVADOS
Programa

• Visão geral do processo de lodos ativados


• Princípios da remoção da matéria carbonácea
• Dimensionamento do reator biológico
• Controle dos sólidos do sistema
• Sistemas de aeração
• Dimensionamento e controle do decantador secundário
• Remoção biológica de nutrientes
FUNDAMENTOS DO PROCESSO
Unidades básicas
LODOS ATIVADOS
ETE Morro Alto - MG
COPASA, 10.000 hab

tanque de
aeração

decantador
secundário
LODOS ATIVADOS
ETE Arrudas - BH COPASA, 700.000 hab

decantador
secundário

tanque de
aeração
LODOS ATIVADOS
ETE Sul - Brasília CAESB, 330.000 hab

Lagoa
Paranoá
LODOS ATIVADOS
ETE na Alemanha (inverno)
VARIANTES DO PROCESSO
Tipos de variantes

• Divisão quanto à idade do lodo


• Lodos ativados convencional
• Aeração prolongada

• Divisão quanto ao fluxo


• Fluxo contínuo
• Fluxo intermitente (batelada)

• Divisão quanto ao afluente à etapa biológica do sistema de lodos ativados


• Esgoto bruto
• Efluente de decantador primário
• Efluente de reator anaeróbio
• Efluente de outro processo de tratamento de esgotos
VARIANTES DO PROCESSO
Aeração prolongada - fluxo contínuo
LODOS ATIVADOS
Reator aeróbio

Aeração mecânica Ar difuso


LODOS ATIVADOS
Decantador secundário

Circular, com
remoção
mecanizada
do lodo

Retangular, sem
remoção
mecanizada
do lodo
VARIANTES DO PROCESSO
Lodos ativados convencional - fluxo contínuo
VARIANTES DO PROCESSO
Lodos ativados convencional - fluxo contínuo

Utilização de decantadores primários


VARIANTES DO PROCESSO
Aeração prolongada - fluxo intermitente
LODOS ATIVADOS
Fluxo intermitente
ETE em um condomínio
(NA variável no reator)

ETE Riacho Fundo - DF


(3 reatores aeróbios e
um digestor aeróbio)
VARIANTES DO PROCESSO
Sistema UASB - lodos ativados
LODOS ATIVADOS
Reator UASB - lodos ativados

Vantagens:
• Substancial redução da produção de lodo
• Substancial redução no consumo de energia
• Pequena redução no volume total das unidades
• Redução no consumo de produtos químicos para desidratação
• Menor número de unidades diferentes a serem implementadas
• Menor necessidade de equipamentos
• Maior simplicidade operacional

Desvantagem:
• Menor capacitação para remoção biológica de nutrientes
(N e P)
LODOS ATIVADOS
Reator UASB - lodos ativados

Lodos ativados

Reator UASB

ETE Rio Claro – SP


LODOS ATIVADOS
Reator UASB - lodos ativados

RESERV. ELEVADO

ADMINISTRAÇÃO NADOR MENTO


LABORATÓRIO DESARE GRADEA
ALMOXARIFADO

Tanque de
Equalização
ÃO Nº
1
ERAÇ
(2ª ETAPA) E DE A
TANQUE DE AERA
ÇÃO TANQU
Nº 4
O Nº 2
ERAÇÃ
TANQUE DE AER NQUE DE A
AÇÃO TA
Tanque de Lodos Ativados Nº 3 Reator UASB
CDV-1
TAÇÃO
SUB ES

SUB ESTAÇÃO

.
DECANT .-1
SECUND
.
DECANT. DECANT.-2
SECUND.-4
DECANT. SECUND

SISTEMA DE ADENSAMENTO
SECUND.-3
Dec 2
ÁREA DE DEPÓSITO
E SECAGEM DE LODO
Dec 1
DE LODO

ÁREA DE DEPÓSITO
DE LODO (AMPLIAÇÃO
)

PARSHALL
SIST. DE
REC.AG.UTIL
CANAL DO EFLUENTE

ETE Botucatu – SP (100.000 hab) – conversão de aeração prolongada para USB-LA


COMPARAÇÃO ENTRE VARIANTES DO PROCESSO
Item geral Item específico Modalidade
Convencional Aeração UASB – lodos
prolongada ativados
Idade do Idade do lodo (d) 4 - 10 18 - 30 6 - 10
lodo
Relação Relação A/M 0,25 a 0,50 0,07 a 0,15 0,25 a 0,40
A/M (kgDBO/kgSSVTA.d)
DBO (%) 85 - 95 93 - 98 85 – 95
DQO (%) 85 - 90 90 - 95 83 - 90
Sólidos em suspensão (%) 85 - 95 85 - 95 85 - 95
Eficiência Amônia (%) 85 - 95 90 - 95 75 – 90
de remoção
Nitrogênio (%) (1) 25 - 30 15 - 25 15 – 25
Fósforo (%) (1) 25 - 30 10 - 20 10 - 20
Coliformes (%) 60 - 90 70 – 95 70 – 95
Área Área (m2/hab) (2) 0,2 - 0,3 0,25 - 0,35 0,2 – 0,3
requerida
Volume Volume (m3/hab) (3) 0,10 – 0,15 0,10 – 0,15 0,10 – 0,12
total
Potência instalada (W/hab) 2,5 – 4,5 3,5 – 5,5 1,8 – 3,5
Energia (4) Consumo energético
(kWh/hab.ano) 18 - 26 20 – 35 14 – 20
Volume5de A ser tratado - (L lodo/hab.dia) 3,5 – 8,0 3,5 – 5,5 0,5 – 1,0
lodo ( ) A ser disposto (L lodo/hab.dia) 0,10 – 0,25 0,10 – 0,25 0,05 – 0,15
Massa de A ser tratado - (g ST/hab.dia) 60 - 80 40 - 45 20 – 30
lodo A ser disposto (g ST/hab.dia) 30 - 45 40 - 45 20 – 30
Implantação (R$/hab) 80 - 150 70 – 120 60 – 100
Custos
Operação (R$/hab.ano) 10 – 18 10 - 18 7 – 12
LODOS ATIVADOS
UASB – LA comparado com UASB-FBP (filtro biológico percolador)
VOLUME DE CONCRETO POTÊNCIA INSTALADA PARA AERAÇÃO

10.000 3000
2500
8.000 2500
Volume (m3)

Potência (CV)
6.000 2000

4.000 1500
2.000
1000
0
LAconv FBP escória 500
0
Dec.sec. 2.865 2.493 0
Reator aeróbio 2.352 6.064 LAconv FBP escória

VOLUME DIÁRIO DE LODO A SER DISPOSTO

100
86
90
76
80
ETE para 1.000.000 hab
Volume (m3/d)

70
60
50
LA – com nitrificação 40
30
FBP – sem nitrificação 20
10
0
LAconv FBP escória
LODOS ATIVADOS
UASB – LA comparado com UASB-FBP
CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO CUSTOS ANUAIS DE OPERAÇÃO
2.500.000
15.000.000
2.000.000
Custo (R$)

Custo (R$/ano)
10.000.000
1.500.000
5.000.000
1.000.000
0 500.000
LAconv FBP escória

Distrib. FBP 0 1.476.000


0
Remov . lodo 1.920.000 2.048.000 LAconv FBP escória
Meio suporte FBP 0 660.129 Aeração 1.829.118 0
Aeração 5.727.500 0
Disposição lodo 470.850 416.100
Concretagem 5 704 064 9 543 961

CUSTOS (VALOR PRESENTE) CUSTOS POR kgDBO(C+N) REM


(VALOR PRESENTE)
30.000.000
0,35
25.000.000
Oper (R$/kg)
0,30
Custo (R$)

20.000.000 0,04
Custos (R$/kgDBO)
Impl (R$/kg)
15.000.000 0,25
10.000.000 0,20
5.000.000 0,15
0,08 0,26
0
LAconv FBP escória 0,10

Operação 12.995.334 2.351.058 0,05 0,08


Implantação 13.351.564 13.728.090 0,00
LAconv FBP escória
TRATAMENTO DO LODO
Fluxogramas usuais
FASE LÍQUIDA ADENSAMENTO DIGESTÃO DESIDRATAÇÃO HIGIENIZAÇÃO DISPOSIÇÃO FINAL

APLICAÇÃO NO SOLO
ADENSADOR
POR GRAVIDADE

LODOS
ATIVADOS LEITO DE
(AERAÇÃO SECAGEM ADIÇÃO APLICAÇÃO NO SOLO
PROLONGADA) DE CAL

ADENSAMENTO
MECANIZADO

ATERRO SANITÁRIO
DESIDRATAÇÃO
MECANIZADA
MECANIZADA

REUSO NÃO AGRÍCOLA

DIGESTOR LEITO DE
ADENSADOR ANAERÓBIO APLICAÇÃO NO SOLO
GRAVIDADE SECAGEM ADIÇÃO
DE CAL

LODOS ATIVADOS
CONVENCIONAL ATERRO SANITÁRIO
ADENSAMENTO DIGESTOR DESIDRATAÇÃO
MECANIZADO AERÓBIO MECANIZADA
MECANIZADA

INCINERAÇÃO
TRATAMENTO DO LODO
Adensamento
TRATAMENTO DO LODO
Digestão

Digestão Digestão
anaeróbia aeróbia
TRATAMENTO DO LODO
Desaguamento

Leito de secagem Desaguamento mecanizado


REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Balanço de sólidos e substrato
Sistema sem decantação secundária e sem recirculação de lodo

So = concentração de substrato, ou DBO, afluente (mg/l ou g/m3)


S = concentração de substrato, ou DBO, efluente (mg/l ou g/m3)
Q = vazão (m3/d)
X = concentração de sólidos em suspensão no reator (mg/l ou g/m3)
Xo = concentração de sólidos em suspensão afluente (mg/l ou g/m3)
V = volume do reator (m3)
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Balanço de sólidos e substrato
Sistema com decantação secundária e sem recirculação de lodo

Xe = concentração de sólidos em suspensão efluente (mg/l ou g/m3)


REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Balanço de sólidos e substrato
Sistema com decantação secundária e com recirculação de lodo

Qr = vazão de recirculação (m3/d)


Qex = vazão de lodo excedente (m3/d)
Xr = concentração de sólidos em suspensão no lodo recirculado (mg/l ou g/m3)
REPRESENTAÇÃO DA BIOMASSA
Floco de lodo ativado
FLOCO DE LODO ATIVADO

partículas coloidais
aderidas
matriz de polissacarídeos

bactérias filamentosas
(estrutura rígida do floco)

protozoários
bactérias formadoras
de floco
REPRESENTAÇÃO DA BIOMASSA
Representação dos sólidos em suspensão

Quanto à fração orgânica Quanto à biodegradabilidade:


1.Sólidos em suspensão
Sólidos em suspensão voláteis biodegradáveis (SSb
inorgânicos (fixos) ou Xb)
(SSi ou Xi) 2.Sólidos em suspensão
Sólidos em
suspensão totais voláteis inertes ou não
(SS ou X) biodegradáveis (SSnb ou Xnb)
Sólidos em suspensão
orgânicos (voláteis)
(SSV ou Xv) Quanto à atividade:
1.Sólidos em suspensão
voláteis ativos (SSa ou Xa)
2.Sólidos em suspensão
voláteis não ativos (SSna ou
Xna)
TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA E IDADE DO LODO
Sistema sem recirculação de sólidos

volume de líquido no sistema


tempo de detenção hidráulica =
volume de líquido retirado do sistema por unidade de tempo
V
t =
Q

massa de sólidos no sistema


idade do lodo =
massa de sólidos retirada do sistema por unidade de tempo

XV . V V
θc =
XV . Q
θc =
Q
t = θc
TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA E IDADE DO LODO
Sistema com recirculação de sólidos

volume de líquido no sistema


tempo de detenção hidráulica =
volume de líquido retirado do sistema por unidade de tempo
V
t =
Q

massa de sólidos no sistema


idade do lodo =
massa de sólidos retirada do sistema por unidade de tempo

Xv . V
θc =
Q ex . X vr
Como Qex << Q: t < θc
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Produção de sólidos biológicos
carga de DBO removida (kg/d)

PXV = Y.Q.(So-S)
Produção
bruta

Y = 0,5 a 0,7 gSSV/gDBO5 remov


Q = vazão média afluente (m3/d)
So = DBO total afluente ao reator biológico (mg/L)
S = DBO solúvel efluente do reator biológico (mg/L)
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Produção de sólidos biológicos
massa de sólidos biodegradáveis (kg)

PXV = Y.Q.(So-S) – Kd.fb.XV.V


Produção Produção - Decaimento
líquida = bruta

Y = 0,5 a 0,7 gSSV/gDBO5 remov 0,8


fb=
Kd = 0,06 a 0,10 gSSV/gSSV.d 1 + 0,2. K d .θ c

Idade do (para
lodo (d) 4 8 12 16 20 24 28 32 Kd = 0,08d-1)
fb 0,75 0,71 0,67 0,64 0,61 0,58 0,55 0,53
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Influência da idade do lodo na relação SSV/SS

Relação SSV/SS no reator

1 Obs: aumento da idade do lodo


Æ diminuição da relação A/M
0,9

0,8

0,7

0,6
0 5 10 15 20 25 30
Idade do lodo (d) Relação SSV/SS no reator
(kg/kg)
SS no Decant. Coeficientes Idade do lodo (d)
afluente primária Y (g/g) Kd (d-1) 2 6 10 14 18 22 26 30
Não Não 0,5-0,7 0,07-0,09 0,89 0,87 0,85 0,84 0,83 0,82 0,81 0,81
Sim Sim 0,5-0,7 0,07-0,09 0,79 0,76 0,75 0,73 0,72 0,71 0,71 0,71
Sim Não 0,5-0,7 0,07-0,09 0,75 0,73 0,71 0,70 0,69 0,69 0,68 0,68
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Concentração de sólidos em suspensão no reator
(Xv ou SSVTA)

Y.(So - S) θc
Xv = .( )
1 + Kd . f b . θc t

Sistema sem recirculação de sólidos: θc = t Æ Xv pequeno Æ V grande


Sistema com recirculação de sólidos: θc > t Æ Xv grande Æ V pequeno
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Volume do reator
Cálculo com base na idade do lodo

Y.θ c .Q.(So - S)
V=
X v .(1 + K d . f b . θc)
Idade do lodo:
•lodos ativados convencional: 4 a 10 dias
•aeração prolongada: 18 a 30 dias

Concentração de SSVTA (Xv):


•lodos ativados convencional: 1500 a 3500 mg/L
•aeração prolongada: 2500 a 4000 mg/L
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Influência da idade do lodo no volume do reator

Massa de SSV (Xv.V) por DBO remov. (Sr)

10
8
6
4
2
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade do lodo (d)

Volume relativo do reator: Xv.V/Sr (kgSSV por kgDBO/d)


SS no Decant. Coeficientes Idade do lodo (d)
afluente primária Y (g/g) Kd (d-1) 2 6 10 14 18 22 26 30
- - 0,5 0,09 0,88 2,16 3,11 3,88 4,55 5,15 5,71 6,24
- - 0,6 0,08 1,07 2,67 3,87 4,85 5,70 6,47 7,17 7,84
- - 0,7 0,07 1,26 3,21 4,69 5,92 6,98 7,93 8,80 9,62
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Volume do reator - cálculo com base na relação A/M
A Q. S0
=
M V. X v

Q . So carga DBO afluente LA x 1000


V= =
X v . (A/M) X v . (A/M)
Relação A/M:
•lodos ativados convencional: 0,3 a 0,5 kgDBO/kgSSVTA.d
•aeração prolongada: 0,10 a 0,18 kgDBO/kgSSVTA.d

Concentração de SSVTA (Xv):


•lodos ativados convencional: 1500 a 3500 mg/L
•aeração prolongada: 2500 a 4000 mg/L
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Relação entre idade do lodo e A/M
Relação A/M em função da idade do lodo
1,20

Relação A/M (kgDBO/kgSSV.d)


1,10
Y=0,5; Kd=0,09d-1
1,00
0,90 Y=0,6; Kd=0,08d-1
0,80
Y=0,7; Kd=0,07d-1
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Idade do lodo (d)

Relação A/M (kgDBO5/kgSSV.d) em função da idade do lodo (d) (assumindo E=0,95)


Idade do lodo (d)
Y (g/g) Kd (d-1) 2 4 6 8 10 18 20 22 24 26 28 30
0,5 0,09 1,20 0,67 0,49 0,40 0,34 0,23 0,22 0,20 0,19 0,18 0,18 0,17
0,6 0,08 0,99 0,54 0,39 0,32 0,27 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,13
0,7 0,07 0,83 0,46 0,33 0,26 0,22 0,15 0,14 0,13 0,13 0,12 0,11 0,11
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
Principais parâmetros de projeto
Idade do lodo:

• lodos ativados convencional: θc = 4 a 10 dias


• aeração prolongada: θc = 18 a 30 dias

Tempo de detenção hidráulica:

• lodos ativados convencional: t = 6 a 8 horas (< 0,3 dias)


• aeração prolongada: t = 16 a 24 horas (0,67 a 1,0 dias)

Relação A/M:

• lodos ativados convencional: A/M = 0,3 a 0,8 kgDBO5/kgSSV.d


• aeração prolongada: A/M = 0,08 a 0,15 kgDBO5/kgSSV.d

Concentração de SSVTA:

• lodos ativados convencional: Xv = 1.500 a 3.500 mgSSV/l


• aeração prolongada: Xv = 2.500 a 4.000 mgSSV/l
REMOÇÃO DA MATÉRIA CARBONÁCEA
DBO solúvel e DBO particulada efluente

DBO5 total = DBO5 solúvel + DBO5 particulada

a) DBO total (mg/l): usual 10 a 30 mg/l (para projeto)

b) DBO particulada (mg/l): função da concentração de SS no efluente final

DBO5 dos SS efluentes (mgDBO5/mgSS) = (SSV/SS).fb

Lodos ativados convencional: 0,45 a 0,65 mgDBO5/mgSS


Aeração prolongada: 0,25 a 0,50 mgDBO5/mgSS

SS efluente : 20 a 30 mg/l (para projeto)

c) DBO solúvel (mg/l) = DBO total (mg/l) – DBO particulada (mg/l)


LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL
E AERAÇÃO PROLONGADA

Parâmetros de projeto - Reator biológico

Parâmetro Lodos Aeração


ativados prolongada
convencional
Idade do lodo (d) 4 - 10 18 - 30
Relação A/M (kgDBO5/kgSSVTA.d) 0,3 - 0,8 0,08 - 0,15
Concentração de SSVTA (mg/l) 1500 - 3500 2500 - 4000
SS efluente (mg/l) 10 - 30 10 - 30
Razão de recirculação (Qr/Q) 0,6 - 1,0 0,8 - 1,2
Concentração média de OD no reator (mg/l) 1,5 - 2,0 1,5 - 2,0
Tempo de detenção hidráulica (h) 6-8 16 - 24
Concentração de SSTA (mg/l) 2000 - 4000 3500 - 5000
Relação SSV/SS no reator (-) 0,70 - 0,85 0,60 - 0,75
Fração biodegradável dos SSVTA (fb) (-) 0,55 - 0,70 0,40 - 0,65
DBO5 solúvel efluente (mg/l) 5 - 20 1-4
DBO5 dos SS efluentes (mgDBO5/mgSS) 0,45 - 0,65 0,20 - 0,50
LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL
E AERAÇÃO PROLONGADA

Parâmetros de projeto - Reator biológico

Parâmetro Lodos Aeração


ativados prolongada
convencional
Produção de SSV por DBO5 removida (kgSSV/kgDBO5) 0,5 - 1,0 0,5 - 0,7
Produção lodo secundário por DBO5 removida (kgSS/kgDBO5) 0,7 - 1,0 0,9 - 1,1
Requisitos médios de O2 sem nitrificação (kgO2/kgDBO5) 0,7 - 1,0 -
Requisitos médios de O2 com nitrificação (kgO2/kgDBO5) 1,1 - 1,5 1,5 - 1,8
Requisitos de nutrientes - Nitrogênio (kgN/100kgDBO5) 4,3 - 5,6 2,6 - 3,2
Requisitos de nutrientes - Fósforo (kgP/100kgDBO5) 0,9 - 1,2 0,5 - 0,6
N remov. por DBO5 removida (kgN/100kgDBO5) 0,4 - 1,0 0,1 - 0,4
P remov. por DBO5 removida (kgP/100kgDBO5) 4-5 2,4
SISTEMA UASB - LODOS ATIVADOS

Parâmetros de projeto - Reator biológico

Item Parâmetro Valor


Tanque de Idade do lodo (d) 6 a 10
aeração Relação A/M (kg DBO/kgSSVTA.d) 0,25 a 0,40
Tempo de detenção hidráulica (h) 3a5
Concentração de SSVTA (mg/L) 1100 a 1500
Concentração de SSTA (mg/L) 1500 a 2000
Relação SSV/SS no reator (-) 0,75 a 0,77
Sistema de Requisitos médios de O2 – demanda carbonácea (kgO2/kgDQO aplicada ao LA) 0,35 a 0,50
aeração Requisitos médios de O2 – demanda carbonácea (kgO2/kgDBO aplicada ao LA) 0,80 a 1,10
Requisitos médios de O2 – demanda para nitrificação (kgO2/kgNTK aplicado ao LA) 3,8 a 4,3
Requisitos médios de O2 – demanda para nitrificação (kgO2/kgN disponível) * 4,6
Relação consumo máximo O2 / consumo médio O2 1,2 a 1,5
Eficiência de oxigenação padrão (kgO2/kWh) 1,5 a 2,2
Fator de correção: consumo O2 padrão / consumo O2 campo 1,5 a 1,8
SISTEMA UASB - LODOS ATIVADOS

Parâmetros de projeto

Item Parâmetro Valor


Produção de Produção de lodo aeróbio exced. (retornado ao UASB) (kgSS/kgDBO removida no LA) 0,78 – 0,90
lodo Produção per capita de lodo aeróbio excedente (retornado ao UASB) (gSS/hab.d) 8 – 14
Concentração de SS no lodo retornado ao UASB (mg/L) 3000 – 5000
Eficiência de remoção de SSV do lodo aeróbio no reator UASB 0,25 – 0,45
Produção de lodo anaeróbio (kgSS/kgDBO aplicada ao UASB) 0,28 – 0,36
Produção per capita de lodo anaeróbio (gSS/hab.d) 14 – 18
Produção de lodo misto total (a ser tratado) (kgSS/kgDBO aplicada ao sistema) 0,40 – 0,60
Produção per capita de lodo misto total (a ser tratado) (gSS/hab.d) 20 – 30
Produção volumétrica per capita de lodo misto total (a ser tratado) (L/hab.d) 0,5 – 1,0
Concentração do lodo misto (aeróbio + anaeróbio) retirado do UASB (%) 3,0 – 4,0
Tratamento Produção per capita de SS no lodo a ser disposto (gSS/hab.d) 20 – 30
do lodo Produção per capita de SS no lodo a ser disposto (gSS/hab.d) 20 – 30
Produção volumétrica per capita de lodo a ser disposto (L lodo/hab.d) 0,05 – 0,15
Teor de sólidos (centrífuga, filtro prensa de correias) (%) 20 – 30
Teor de sólidos (filtro prensa) (%) 25 – 40
Teor de sólidos (leito de secagem) (%) 30 – 45
PROJETO DAS UNIDADES
Configuração física do reator
Mistura completa

Fluxo em pistão,
alimentação escalonada
PROJETO DAS UNIDADES
Configuração física do reator

Valo de oxidação -
Carrossel
PROJETO DAS UNIDADES
Configuração física do reator
Geometria:
• aeração mecânica: função do processo, mas dependente do arranjo
dos aeradores
• ar difuso: função do processo

Profundidade útil:
• aeração mecânica: 3,5 a 4,5 m
• ar difuso: 4,5 a 6,0 m

Borda livre: ~ 0,50 m


Paredes: taludadas ou não
Concreto:
• espessura paredes: 0,20 a 0,30 m
• espessura laje de fundo: ~ 0,30 m
• custo da concretagem (concreto, forma, ferragem): ~ R$1.100/m3

Entrada: submersa ou sem turbilhonamento


Saída: vertedores (fixos ou ajustáveis)
RECIRCULAÇÃO DE LODO

Razão de recirculação: R = Qr / Q (usual entre 0,6 a 1,2)

Qr X (R + 1)
R= = X r = X.
Q Xr - X R
PRODUÇÃO DE LODO
Lodo a ser tratado
Produção de lodo por DBO removida

1,4
1,2 Produção, em massa
1 (kgSS/kgDBO5 removida)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade do lodo (d)

SS no Decant. Coeficientes Idade do lodo (d)


afluente primária Y (g/g) Kd (d-1) 2 6 10 14 18 22 26 30
Não Não 0,5 0,09 0,50 0,42 0,37 0,33 0,31 0,29 0,28 0,28
0,6 0,08 0,60 0,51 0,45 0,41 0,38 0,36 0,34 0,34
0,7 0,07 0,71 0,61 0,55 0,50 0,47 0,44 0,42 0,40
Sim Sim 0,5 0,09 0,83 0,75 0,70 0,67 0,65 0,63 0,63 0,63
0,6 0,08 0,96 0,87 0,81 0,78 0,75 0,73 0,71 0,71
0,7 0,07 1,04 0,95 0,88 0,84 0,80 0,78 0,76 0,74
Sim Não 0,5 0,09 1,08 1,00 0,95 0,92 0,90 0,88 0,88 0,88
0,6 0,08 1,23 1,14 1,09 1,05 1,02 1,00 0,98 0,98
0,7 0,07 1,29 1,20 1,13 1,08 1,06 1,03 1,01 0,99
PRODUÇÃO DE LODO
Lodo a ser tratado

Expressão da concentração de sólidos:

Concentraç ão (mg/L) x 100


Concentraç ão (%) =
1x10 6 (mg/kg) x Massa específica (kg/L)

Massa específica do lodo descartado: ~ 1,0 kg/L

Concentração (mg/l)
Concentração (%) ≈
10.000
PRODUÇÃO DE LODO
Lodo a ser tratado

Relação entre vazão, concentração e carga:

Vazão (m 3 /d) x Concentração (g/m 3 )


Carga (kgSS/d) =
1000 (g/kg)

Carga SS (kgSS/d)
Vazão lodo (m 3 /d) =
Sól.secos (%)
x Massa específica lodo (kg lodo/m 3 lodo)
100

Carga SS (kgSS/d)
Vazão lodo (m 3 /d) =
Sól.secos (%) x 10
PRODUÇÃO DE LODO
Lodo a ser tratado

Sistema Características do lodo produzido e descartado da


fase líquida (dirigido à etapa de tratamento do lodo)
kgSS / Teor de Massa de Volume de
kgDBO sólidos secos lodo lodo (L/
aplicada (%) (gSS/hab.d) hab.d)
(a) (b)
Lodos ativados convencional
• Lodo primário 0,70 – 0,90 2–6 35 - 45 0,6 – 2,2
• Lodo secundário 0,50 – 0,70 0,6–1 25 - 35 2,5 – 6,0
• Total 1,20 - 1,60 1-2 60 - 80 3,1 – 8,2
Lodos ativados – aeração prolongada 1,00 – 1,10 0,8–1,2 40 - 45 3,3 – 5,6
UASB + pós-tratamento aeróbio (c)
• Lodo anaeróbio (UASB) 0,24 – 0,36 3–4 12–18 0,3 – 0,6
• Lodo aeróbio (lodos ativados) (d) 0,16 – 0,28 3–4 8-14 0,2– 0,5
• Total 0,40 – 0,64 3–4 20-32 0,5 – 1,1
PRODUÇÃO DE LODO
Estabilização do lodo

Porcentagem de remoção dos sólidos


gerados no reator (%)
θc SS SSV
(dias) biodeg
4 23 18
8 40 29
12 53 37
16 65 42
20 75 47
24 84 50
28 92 53
32 100 55
PRODUÇÃO DE LODO
Opções de retirada do lodo biológico excedente

a) Retirada da linha de recirculação:


• Maior concentração
• Menor vazão
b) Retirada diretamente do reator:
• Menor concentração
• Maior vazão
PRODUÇÃO DE LODO
Controle dos sólidos do sistema

• Qex controla a massa total de SS no sistema, mantendo-a em


um valor especificado
• Qr controla o balanço entre a massa de SS no reator e nos
decantadores secundários, mantendo-a em uma relação
especificada
PRODUÇÃO DE LODO
Controle dos sólidos do sistema

Vazão de recirculação Qr:


• Qr constante
• Qr proporcional à vazão afluente Q
• Qr função de IVL
• Qr função do nível da manta de lodo nos decantadores secundários

Vazão de descarte do lodo excedente Qex:


• controle de SSTA (SSTA constante);
• controle da carga de lodo (relação A/M constante);
• controle da idade do lodo (θc constante)
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Demandas

• oxidação da matéria orgânica carbonácea


• oxidação do carbono orgânico para fornecer energia
para a síntese bacteriana
• respiração endógena das células bacterianas
• oxidação da amônia (nitrificação)
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Demanda carbonácea (oxidação da matéria orgânica)

carga de DBO removida (kg/d) massa de SSV no reator (kg)

RO (kg/d) = a’.Q.(So-S) + b’.Xv.V

Síntese Respiração
endógena

a‘ = 1,46 - 1,42.Y
b‘ = 1,42.fb.Kd
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Demanda carbonácea (oxidação da matéria orgânica)

Consumo de O2 por DBO removida

1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 5 10 15 20 25 30
Idade do lodo (d)

Requisito de oxigênio (kgO2 / kgDBO removida)


SS no Decant. Coeficientes Idade do lodo (d)
afluente primária Y (g/g) Kd (d-1) 2 6 10 14 18 22 26 30
- - 0,5 0,09 0,84 0,95 1,02 1,07 1,10 1,13 1,14 1,14
- - 0,6 0,08 0,70 0,83 0,91 0,97 1,01 1,05 1,07 1,07
- - 0,7 0,07 0,57 0,70 0,80 0,86 0,91 0,95 0,98 1,01
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Demanda nitrogenada
Formas do nitrogênio
N total = amônia (NH4+) + nitrogênio orgânico + nitritos (NO2-) + nitratos (NO3-)

NTK = amônia + nitrogênio orgânico (forma predominante nos esgotos domésticos)

Esgotos brutos

Faixa (mg/l) Típico (mg/l)


N total 35 – 60 45
N orgânico 15 – 25 20
Amônia 20 – 35 25
Nitrito 0 0
Nitrato 0–2 0
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Demanda nitrogenada (oxidação da amônia)

Reação global da nitrificação:

NH4+-N + 2O2 Æ NO3--N + 2H+ + H2O + Energia

Estequiometricamente:

RO (kg/d) = 4,57 x (Q.NTK/103)

Em termos práticos (devido à incorporação de amônia pela biomassa):

RO (kg/d) = (3,8 a 4,3) x Q.NTK/103


CONSUMO GLOBAL DE OXIGÊNIO
Oxidação da DBO e da amônia

Valores para vazão média:

Item LA convencional Aeração UASB - LA


prolongada

Oxidação DBO 0,7 – 1,0 1,1 – 1,2 0,9 – 1,2


(kgO2/kgDBO
aplicada)

Oxidação amônia 3,8 – 4,3 3,8 – 4,3 3,8 – 4,3


(kgO2/kgNTK
aplicado)

Para vazão máxima: multiplicar por 1,2 a 1,8


SISTEMA DE AERAÇÃO
Fundamentos da transferência de gases
SISTEMA DE AERAÇÃO
Fundamentos da transferência de gases

Cinética de primeira ordem:


dC
= K L a .( C s − C )
dt
dC/dt = taxa de mudança da concentração de oxigênio (g/m3.s)
C = concentração em um tempo t qualquer (g/m3)
Cs = concentração de saturação (g/m3)
KLa = coeficiente global de transferência de oxigênio (s-1)

− K La.( t − t o )
C = C s − ( C s − C o ). e
SISTEMA DE AERAÇÃO
Fundamentos da transferência de gases

Água limpa Líquido com consumo de OD (r)

Estado estacionário: rr
Css −−
C=C
KLLaa
K
R = taxa de consumo de O2 (g/m3.d)
SISTEMA DE AERAÇÃO
Fundamentos da transferência de gases
Concentração de saturação Cs
Temperatura do Altitude (m)
líquido (oC) 0 500 1000 1500
10 11,3 10,7 10,1 9,5
11 11,1 10,5 9,9 9,3
12 10,8 10,2 9,7 9,1
13 10,6 10,0 9,5 8,9
14 10,4 9,8 9,3 8,7
15 10,2 9,7 9,1 8,6
16 10,0 9,5 8,9 8,4
17 9,7 9,2 8,7 8,2
18 9,5 9,0 8,5 8,0
19 9,4 8,9 8,4 7,9
20 9,2 8,7 8,2 7,7
21 9,0 8,5 8,0 7,6
22 8,8 8,3 7,9 7,4
23 8,7 8,2 7,8 7,3
24 8,5 8,1 7,6 7,2
25 8,4 8,0 7,5 7,1
26 8,2 7,8 7,3 6,9
27 8,1 7,7 7,2 6,8
28 7,9 7,5 7,1 6,6
29 7,8 7,4 7,0 6,6
30 7,6 7,2 6,8 6,4
SISTEMA DE AERAÇÃO
Principais tipos
Aeração mecânica
Classificação com relação ao eixo de rotação:
• aeradores de eixo vertical
• baixa rotação, fluxo radial
• alta rotação, fluxo axial
• aeradores de eixo horizontal
Classificação com relação à fixação:
• aeradores fixos
• aeradores flutuantes

Ar difuso
• difusor poroso (bolhas finas e médias): prato, disco, domo e tubo
• difusor não poroso (bolhas grossas): tubos perfurados ou com ranhuras
• outros sistemas: aeração por jatos, aeração por aspiração, tubo em U
SISTEMA DE AERAÇÃO
Aeração mecânica
SISTEMA DE AERAÇÃO
Aeração mecânica

Flutuante
Alta rotação
Fluxo axial

Fixo
Baixa rotação
Fluxo radial
SISTEMA DE AERAÇÃO
Ar difuso

• bolha fina: diâmetro inferior a 3 mm


• bolha média: diâmetro entre 3 e 6 mm
• bolha grossa: diâmetro superior a 6 mm
SISTEMA DE AERAÇÃO
Ar difuso
SISTEMA DE AERAÇÃO
Ar difuso
TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO
TTO padrão e TTO campo

Taxa de transferência de oxigênio (capacidade de oxigenação) nas


condições padrão:
água limpa
temperatura do líquido = 20oC
altitude = 0 m (nível do mar)
sistema de aeração instalado num tanque de teste

Taxa de transferência de oxigênio (capacidade de oxigenação) nas


condições de operação (campo):
esgoto
temperatura real do líquido
altitude real da estação
sistema de aeração instalado no reator real
TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO
TTO padrão e TTO campo
TTO campo
TTO padrão =
β. f H . C s − C L
. α . θ T− 20
C s ( 20 o C )

TTOpadrão = Taxa de Transferência de Oxigênio Padrão (kgO2/h)


TTOcampo = Taxa de Transferência de Oxigênio no campo, nas condições de operação (kgO2/h)
Cs = concentração de saturação de oxigênio na água limpa, na temperatura de operação no
campo (g/m3)
CL = concentração média de oxigênio mantida no reator (g/m3)
Cs (20oC) = concentração de saturação de oxigênio da água limpa, nas condições padrão
(g/m3)
fH = fator de correção de Cs para a altitude (= 1 – altitude / 9450)
β = Cs (esgoto) / Cs (água limpa)
α = KLa (esgoto) / KLA (água limpa)
θ = coeficiente de temperatura
T = temperatura do líquido (oC)
EFICIÊNCIA DE OXIGENAÇÃO

TTO padrão EO = eficiência de oxigenação (kgO2/kWh)


EO = P = potência consumida (kW)
P

DENSIDADE DE POTÊNCIA

P DP = densidade de potência (W/m3)


DP = P = potência introduzida (W)
V V = volume do reator (m3)
REQUISITOS ENERGÉTICOS
Aeração mecânica

Eficiência de oxigenação padrão:


• aeradores de baixa rotação: EOpadrão = 1,4 a 2,0 kgO2/kWh
• aeradores de alta rotação: EOpadrão = 1,2 a 1,8 kgO2/kWh

Eficiência de oxigenação no campo:


EOcampo = 0,55 a 0,65 da EOpadrão

Potência requerida:
Requisitos de O2 (kgO 2 /d)
Potência (kW) = kW / 0,75 = CV
24 (h/d).EO campo (kgO 2 / kWh )
SISTEMAS DE AERAÇÃO
Aeradores mecânicos

Características básicas
(alta rotação)

Faixa de potência Profundidade Diâmetro de influência (m)


dos aeradores (CV) normal de operação
(m) Oxigenação Mistura
5 - 10 2,0 - 3,6 45 - 50 14 - 16
15 - 25 3,0 - 4,3 60 - 80 19 - 24
30 - 50 3,8 - 5,2 85 - 100 27 - 32
Notas:
• Potências usuais dos aeradores: 1; 2; 3; 5; 7,5; 10; 15; 20; 25; 30; 40 e 50 CV.
• Há aeradores de alta rotação com maiores potências, mas eles tendem, no conjunto, a s
eficientes.
• A tabela apresenta diâmetros de influência (e não raios)
Pl ti i it d f d d l b i d d
SISTEMA DE AERAÇÃO
Ar difuso
Tipo de aeração Eficiência de Eficiência de
transferência de oxigenação padrão
oxigênio padrão (kgO2/kWh)
média (%)
Bolhas finas 10 - 30 1,2 - 2,0
Bolhas médias 6 - 15 1,0 - 1,6
Bolhas grossas 4-8 0,6 - 1,2
Aeradores por aspiração - 1,2 - 1,5

Eficiência de oxigenação no campo:


EOcampo = 0,55 a 0,65 da EOpadrão
kW / 0,75 = CV

Requisitos de O2 (kgO 2 /d)


Potência requerida: Potência (kW) = 24 (h/d).EO
campo ( kgO 2 / kWh )
SISTEMA DE AERAÇÃO
Comparação de custos
Aeração mecânica x Ar difuso
Custos de implantação:
Sistema R$/CV R$/kW
instalado instalado
Aerador mecânico flutuante (alta rotação) 550 a 900 750 a 1200
Aerador mecânico fixo (baixa rotação) 750 a 1300 1000 a 1700
Ar difuso (bolhas finas) - sopradores, tubos, 1500 a 2100 2000 a 2800
difusores)

Custos operacionais (energia elétrica):


• Consumo energético (tarifa industrial): R$0,12/kWh
• Demanda (função da potência instalada): acrescer ~ 15%

(fevereiro/2004; R$2,90/US$)
SISTEMA DE AERAÇÃO
Comparação de custos: Ar difuso x Oxigênio puro
CUSTOS PER CAPITA DE IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO
AR DIFUSO X OXIGÊNIO PURO

30
Custos per capita

20

10

0
Custos de implantação Custos de operação
(R$/hab) (R$/hab.ano)
Ar difuso 7,9 1,2
O2 líquido 8,7 10,7
O2 fábrica 25,8 2,0
CUSTOS EM VALOR PRESENTE
AR DIFUSO X OXIGÊNIO PURO
60.000.000

50.000.000

Valor presente (R$)


População: 700.000 hab 40.000.000

30.000.000
Fevereiro/2001; R$2,00/US$)
20.000.000
10.000.000

0
AR DIFUSO O2 LÍQUIDO O2 FÁBRICA
Operação 4.818.579,58 42.144.537,15 7.972.877,16
Implantação 5.535.000,00 6.080.000,00 18.080.000,00
SISTEMA DE AERAÇÃO
Controle do fornecimento de oxigênio (ar)
Aeração mecânica
• liga-desliga de aeradores
• variação da velocidade de rotação dos aeradores (duas velocidades ou
velocidades variáveis)
• variação do nível das pás dos aeradores (variação da submergência dos
aeradores através da atuação no seu eixo)
• variação do nível do líquido (variação da submergência dos aeradores
através do ajuste do vertedor de saída)
Aeração por ar difuso
• variação da velocidade dos sopradores
• variação das aletas de entrada
• ajuste das válvulas de sucção de todos os sopradores ligados, de forma a
manter uma pressão constante na tubulação de alimentação de ar
SEDIMENTAÇÃO
Decantador retangular
SEDIMENTAÇÃO
Decantador retangular
DECANTADOR RETANGULAR DE FLUXO HORIZONTAL

corte longitudinal ponte


móvel
vertedor
de saída
defletor
entrada defletor
saída

lodo de
fundo

raspador
de lodo
saída poço
de lodo de lodo

planta
defletor defletor
vertedor
raspador de saída
de lodo

entrada

saída
SEDIMENTAÇÃO
Decantador circular
SEDIMENTAÇÃO
Decantador circular
DECANTADOR CIRCULAR

corte transversal
ponte rotatória
vertedor
de saída

anel
defletor defletor
saída defletor saída

camada de lodo
planta
raspador
de lodo

entrada saída defletor


de lodo

pon
te rota
tó ria anel
defletor

entrada saída

entrada
canal de
coleta do
efluente lodo de
retorno
SEDIMENTAÇÃO
Decantador tipo Dortmund
SEDIMENTAÇÃO
Decantador tipo Dortmund

DECANTADOR TIPO DORTMUND COM TRÊS CÂMARAS


CORTE LONGITUDINAL
DEFLETOR DEFLETOR

ENTRADA VERTEDOR SAÍDA


TUBULAÇÃO DE
SAÍDA DO LODO

TUBULAÇÃO DE
RETIRADA DO LODO

POÇO
DE LODO
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Tipos de sedimentação
Remoção da areia

Tipo Esquema

Discreta

Decantação primária

Floculenta
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Tipos de sedimentação
Decantação secundária

Tipo Esquema

Zonal

Adensamento por gravidade

Compressão
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação discreta
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação discreta

Lei de Stokes:
1 g ρs − ρl 2
vs = . . .d
18 υ ρl
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação discreta
Tanque de sedimentação horizontal ideal
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação discreta
Tanque de sedimentação horizontal ideal

H
t=
vs

Q
vs =
A

V H.A
t= =
Q Q
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação floculenta

Coluna Tanque de sedimentação horizontal


TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação zonal
TEORIA DA SEDIMENTAÇÃO
Sedimentação zonal
PROJETO DAS UNIDADES
Sedimentação zonal - Decantador secundário

Taxas de aplicação

Taxa de aplicação hidráulica (TAH)

Q
TAH = (m 3 /m 2 .h)
A

Taxa de aplicação de sólidos (TAS)


(Q + Q r ).X
TAS = (kgSS/m 2 .h)
A
PROJETO DAS UNIDADES
Decantador secundário
Sistema Taxa de aplicação Taxa de aplicação de
hidráulica (m3/m2.h) sólidos (kg/m2.h)
Q média Q Q média Q
máxima máxima
Lodos ativados convencional 0,67 - 1,33 1,70 - 2,00 4,0 - 6,0 10,0
Aeração prolongada 0,33 - 0,67 1,00 - 1,33 1,0 - 5,0 7,0
Fonte: Metcalf & Eddy (1991)

Cálculo da área requerida com base em TAH:


•Para Qméd: A = Q/(TAH para Qméd)
•Para Qmáx: A = Qmáx/(TAH para Qmáx)
Adotar o maior valor de A
Cálculo da área requerida com base em TAS:
•Para Qméd: A = Q/(TAS para Qméd)
•Para Qmáx: A = Qmáx/(TAS para Qmáx)
DECANTADOR SECUNDÁRIO
Sedimentabilidade do lodo

Floco ideal Floco pulverizado Lodo intumescido


DECANTADOR SECUNDÁRIO
Sedimentabilidade do lodo
Determinação da manta de lodo

Escuma
DECANTADOR SECUNDÁRIO
Sedimentabilidade do lodo
Teste de IVL

H 30 x10 6
IVL =
H 0 . SS

Sedimenta- Faixa de valores do Índice Volumétrico de Lodo (ml/g)


bilidade
IVL IVLD IVLA IVLA3,5
Ótima 0 - 50 0 - 45 0 - 50 0 - 40
Boa 50 - 100 45 - 95 50 - 80 40 - 80
Média 100 - 200 95 - 165 80 - 140 80 - 100
Ruim 200 - 300 165 - 215 140 - 200 100 - 120
Péssima > 300 > 215 > 200 > 120
DECANTADOR SECUNDÁRIO
Sedimentabilidade do lodo
Teste de IVL

IVL máximo atingível em função da concentração


H 30 x10 6 de sólidos em suspensão
IVL =
H 0 . SS 1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12
Concentração de SS(kg/m3)
PROJETO DAS UNIDADES
Decantador secundário
VALORES DE Q/A PARA SATISFAZER SIMULTANEAMENTE
CLARIFICAÇÃO E ADENSAMENTO
3,5
Em cada faixa:
3,0 - curva superior: R=1.0
- curva central: R=0.8
- curva inferior: R=0.6
2,5 Clarificação
controla

2,0 Adensamento
Q/A (m/h)

controla

1,5 Clarificação
controla
Adensamento SEDIMENT. MÉDIA
1,0 controla

0,5 SEDIMENT. RUIM

0,0
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
SSTA (kg/m3)
PROJETO DAS UNIDADES
Decantador secundário
Diâmetro do tanque (m) Profundidade lateral (m)
Mínimo Recomendado
< 12 3,0 3,3
12 - 20 3,3 3,6
20 - 30 3,6 3,9
30 - 40 3,9 4,2
> 40 4,2 4,5

Declividade de fundo:
~ 1/12 (v/h) com raspadores
~ plano com remoção por sucção

Custos dos equipamentos:


• raspadores (R$/m): 6.000 a 8.000
• sucção: pode ser 50% mais caro
PROJETO DAS UNIDADES
Decantador secundário

Decantador Condição Taxa de vertedor (m3/m.h)


Vazão média Vazão máxima
Pequeno - 5 10
Grande Fora da zona de virada das correntes - 15
Dentro da zona de virada das correntes - 10
SEDIMENTAÇÃO DO LODO
Seletores e melhoria da sedimentabilidade do lodo

SELETOR

SELETORES
PROJETO DAS UNIDADES
Layout da fase líquida
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Nitrificação e desnitrificação

Nitrificação
NH4+-N + 2O2 ------> NO3--N + 2H+ + H2O
• Consumo de oxigênio (4,57 mgO2 / mg amônia oxidada)
• Consumo de alcalinidade (7,1 mg alcalinidade / mg amônia oxidada)

Desnitrificação
2NO3--N + 2H+ -----> N2 + 2,5O2 + H2O
• Economia de oxigênio (2,86 mgO2 / mg nitrato reduzido)
• Economia de alcalinidade (3,5 mg alcalinidade / mg nitrato reduzido)
• Liberação de N2 gasoso (problemas em decantadores secundários
quando não controlada)
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Nitrogênio em um sistema com nitrificação
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Nitrogênio em um sistema com nitrif. e desnitrif.
NITRIFICAÇÃO
Fatores ambientais de influência

• temperatura
• pH
• oxigênio dissolvido
• substâncias tóxicas ou inibidoras

Idade do lodo mínima para nitrificação


Temperatura do θc para nitrificação
líquido no reator (oC) completa (dias)
5 12
10 9,5
15 6,5
20 3,5
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Principais fluxogramas
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Principais fluxogramas
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Taxas de remoção de nitrato
Tipo Posição da zona anóxica Taxa de desnitrificação
específica
(mg NO3--N /mg SSV.d)
Esgoto bruto Zona anóxica a montante da zona aerada 0,03 - 0,11
Metabolismo endógeno Zona anóxica a jusante da zona aerada 0,015 - 0,045

Sistemas com pré-desnitrificação


(zona anóxica a montante)

Eficiência de remoção de nitratos máxima teórica

0,900
0,800
0,700
0,600 Rint + Rlodo
FNO3 rec =
Eficiência

0,500
0,400 Rint + Rlodo + 1
0,300
0,200
0,100
0,000
0 1 2 3 4 5 6

Razão de recirc. total (Rlodo + Rint)


REMOÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
Desempenho dos processos

Processo Amônia Nitrogênio total


< 5 mg/l (a) 8 - 12 mg/l 6 - 8 mg/l 3 - 6 mg/l
Reator com zona aeróbia apenas X - - -
Reator com pré-desnitrificação X X X (b) -
Reator com pós-desnitrificação X X - -
Bardenpho de quatro estágios X X X X
Valo de oxidação X X X (c) -
Batelada X X - -

(a): a nitrificação ocorrerá consistentemente desde que θc aeróbio seja superior a aproximadamente 5 d
(b): com elevadas razões de recirculação interna (Rint entre 200 e 400%)
(c): com eficiente controle automático do oxigênio dissolvido
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE N e P
Principais fluxogramas
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE N e P
Principais fluxogramas
REMOÇÃO BIOLÓGICA DE N e P
Desempenho dos processos

Processo Efluente: 0,5 mgP/l Efluente: 1,0 mgP/l Efluente: 2,0 mgP/l

Biol Biol + C Biol + F Biol Bio Biol + Biol + F Biol Biol Biol Biol + F Biol +
+C l C +C +C C+F
+F +F

A2O / Phoredox 3 estág. N N N S V S* V S S S S S

Bardenpho 5 estág. / Phoredox N N N S V S* V S S S S S

UCT / VIP / UCT modif. N N N S V S* V S S S S S

Batelada N N N S V S* V S S S S S

Biol = tratamento biológico apenas Biol + C = trat. biol. + coagulante


Biol + F = trat. biol. + filtração Biol + C + F: = trat. biol. + coagulante + filtração
N = não atende o padrão de P V = atende o padrão de P de forma variável ou marginal
S = atende o padrão de P S* = atende o padrão de P com clarificação eficiente
REATORES SEQUENCIAIS POR BATELADA
Princípio de funcionamento
PROGRAMAÇÃO DE MONITORAMENTO
Local Parâmetro Amostra
Uso Freqüência Tipo
Esgoto bruto DBO AD semanal composta
DQO AD semanal composta
SS AD semanal composta
SSV AD semanal composta
NTK AD semanal composta
pH CP diária simples
Alcalinidade CP semanal simples
Coliformes fecais AD semanal simples
Efluente primário DBO AD semanal composta
DQO AD semanal composta
SS AD semanal composta
Reator Temperatura CP diária simples
OD CP diária ou contínua simples ou sensor
SS CP diária ou contínua simples ou sensor
SSV CP semanal simples
NO3- CP semanal simples
IVL CP diária simples
Lodo de retorno SS CP diária composta
Efluente final DBO AD semanal composta
DQO AD semanal composta
SS AD semanal composta
SSV AD semanal composta
NTK AD semanal composta
NH3 AD semanal composta
NO2- AD semanal composta
NO3- AD semanal composta
pH DP diária simples
Coliformes fecais AD semanal simples

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