Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.055.498 - SP (2008/0117392-0)

RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI

AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO LTDA BANCOOP
ADVOGADO : LILIAN CRISTINA POSSATO E OUTRO(S)
AGRAVADO : NELSON SILVA MARTINS JÚNIOR
ADVOGADO : JULIANA LURIKA GONÇALVES E OUTRO(S)
EMENTA

Processo civil. Recurso especial. Agravo de instrumento. Ação de rescisão

contratual. Reexame fático-probatório. Impossibilidade. Fundamento
inatacado.
- É inadmissível o recurso especial se existe fundamento inatacado capaz, por
si só, de manter a conclusão do julgado quanto ao ponto.
Agravo de instrumento não provido.

DECISÃO

Cuida-se de agravo de instrumento, interposto pela

BANCOOP-COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS, contra decisão que
negou seguimento a recurso especial arrimado nas alíneas "a" e "c" do permissivo constitucional.
O acórdão atacado negou provimento ao agravo de instrumento interposto pela
ora agravante, mantendo decisão que deferiu a antecipação de tutela em favor do ora agravado,
suspendendo a cobrança das parcelas em questão.
As razões do recurso especial declinam na violação aos arts. 3º, 4º, 79, 80 e 81
da Lei Federal nº. 5.764/71, sustentando que a cobrança questionada é plenamente justificável.
- Da incidência da Súmula 283 do STF
O recorrente afirmou que a suspensão das cobranças poderia colocar em risco o
sucesso do empreendimento, porém não impugnou no referido recurso especial o fundamento de
que o agravo de instrumento não é o meio adequado para tal discussão, por não permitir a melhor
apuração dos fatos, devendo ser feita na ação principal.
Confira-se, quanto ao ponto, o seguinte trecho do acórdão recorrido:
"Isso exige melhor apuração dos fatos e deve ser feito na ação
principal, mediante contraditório e ampla defesa e não em agravo de
instrumento, recurso que não analisa mérito."(Fl. 210)
Aplicável à espécie, então, a Súmula 283 do STF.
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Forte em tais razões, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo de instrumento.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília (DF), 21 de agosto de 2008.

MINISTRA NANCY ANDRIGHI

Relatora

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