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do Gato
Fico
Poncio Arrupe
Parte I
Poncio Arrupe
Parte I
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Ano Novo
Esto os trs sentados em redor de uma mesa,
suficientemente afastados da improvisada pista de dana e
das colunas de som para poderem ouvir-se sem grande
esforo.
- Cuidado! Deita o cigarro fora. Vem l o teu pai! avisou
Ana em meia surdina, algo aflita.
- Onde?! Onde?! Para onde deito?!... - reagiu de imediato
Nicolau, retesando-se na cadeira, com indisfarvel pnico,
olhando em volta em busca de um cinzeiro, um vaso, o que
quer que servisse para fazer desaparecer o seu cigarro.
D c. Eu fumo-o. No h problema acorreu Slvia em
socorro de Nicolau que de imediato lhe passou o cigarro por
baixo da mesa, da sua mo direita para a esquerda dela.
Slvia recosta-se ento na sua cadeira, leva num gesto
amplo e lento o cigarro boca e sorve uma boa poro de
fumo sem, no entanto, o conduzir para os pulmes. De
imediato tomada por uma tosse que mal consegue
disfarar. Ao mesmo tempo olham todos o pai de Nicolau,
que passa apenas a dois metros e que os encara com um
sorriso mas no se detm, saindo logo de seguida do campo
de viso.
Francamente, Nicolau! J sei que te disse isto vrias
vezes, mas no me canso. Com vinte e sete anos e ainda
escondes dos teus pais que fumas! censurou Ana.
Oh! Como se eles no soubessem, Ana. Fuma desde a
adolescncia, regularmente, e eles no sabem... No me
digas essa! retorquiu Slvia, sarcstica, enquanto devolvia o
cigarro ao seu dono.
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