Sunteți pe pagina 1din 11

Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado!

E ai

Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por

que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas

do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se

verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes

meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes

meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus,

se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes

meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes

Cantigas de amigo
meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai

Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por
Literatura Portuguesa
que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo!
2009-2010
Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai
Escola
Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que Básica Secundária
eu sospiro!E do Cerco
ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por

que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai

Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se

verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu

sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do

mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se

verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el

gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do

mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se

verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes

meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes

meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus,

se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes

meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes

meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai

Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por

que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai

Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por

que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amigo!e por que eu sospiro!E ai

Deus, se verrá cedo!Se vistes meu amado!e por que el gran cuidado!e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar de
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]
CANTIGAS DE AMIGO

Uma antiga e longa tradição oral de cantigas ao som das quais se dançava existiu antes da
compilação de poesias nos cancioneiros trovadorescos (compilação realizada no final do reinado
de D. Afonso III, época do manuscrito do Cancioneiro da Ajuda). António José Saraiva é de
opinião que, pelas suas características rítmicas e pelo ambiente social que evocam, algumas
cantigas remontam certamente a um antiquíssimo passado, anterior à fundação do reino.
Ao lermos as cantigas de amigo, género lírico da tradição medieval galego-portuguesa,
fitamos um difuso simbolismo esotérico feito de uma coincidência entre sentimento e ambiente,
como por exemplo: “Amor = natureza alegremente faladora (Primavera) / indiferença = natureza
tristemente silenciosa (Inverno)” (cf. Dicionário da literatura medieval galega e portuguesa,
Giulia Lanciani).
Algumas destas cantigas têm a forma de diálogo de uma rapariga enamorada com a mãe,
ou a irmã, ou as amigas, sempre acerca do “amigo” ou com este mesmo. Outras são monólogos
de uma mulher enamorada. O lirismo vazado nestas composições tanto versa sobre o amor não
correspondido, causa de sofrimento, desconforto e lamento, como também pode ser manifestação
de um amor espontâneo e promissor. Assim, são diversos os sentimentos e reacções psicológicas
da donzela: o amor tranquilo e alegre; o fervor da paixão; a ansiedade e angústia porque o amigo
não dá notícias; as saudades e a tristeza pela ausência do amado; os ciúmes ou as promessas de
vingança pela infidelidade do amigo…
Não é por acaso que Amália Rodrigues utilizou a letra da cantiga “Sedia-m’eu na ermida
de Sam Simiom” num fado. Neste cantar de amigo, a donzela, na ermida de S. Simão (ilhéu da
ria de Vigo), espera o amigo embarcado. Desesperada, vê a maré encher, crescendo a sua
angústia ao pensar que vai morrer sem encontrar o amigo. Segundo a interpretação de R.
Menéndez Pidal, “a angústia da solidão cresce, como a maré tormentosa cresce, sem trazer barca
nem marinheiro, para sair das ondas da dor” (in Estudios Literarios, Madrid, 1943).

* Feição autóctone (origem galaico-portuguesa).


* A donzela (moça solteira) exprime a sua situação amorosa ou os seus dramas na relação com
o amigo.
* A donzela é uma moça simples, por vezes ingénua, mas enamorada.
* O amor é natural, espontâneo.
* O ambiente é rural ou marinho (sempre em contacto com a natureza). A natureza é muitas
vezes a confidente ou reflecte o estado de espírito da donzela.
* O paralelismo é um elemento distintivo, bem como o uso do refrão.
* Possuem uma estrutura simples.
* Confidentes: a mãe; a irmã; as amigas e a natureza.
* Sentimentos:
- o sofrimento de amor;
- a morte de amor;
- cuidados e ansiedade;
- tristeza e saudade;
- alegria na volta do amigo;
- ódio aos mexericos.

* Ambientes:- a fonte e o rio; - a praia e o campo; a casa.


[Cantigas de Amigo] [10.º
E]
Estabelecem-se algumas relações entre a natureza e a vida interior dos protagonistas das
canções .

Ondas do mar de vigo,


se vistes meu amigo! Ai flores, ai flores do verde pino,
E ai Deus, se verrá cedo! Se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado! Ai flores, ai flores do verde ramo,
E ai Deus, se verrá cedo! Se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se vistes meu amigo!
e por que eu sospiro! Se sabedes novas do meu amigo,
E ai Deus, se verrá cedo! Aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se vistes meu amado!
e por que el gran cuidado! Se sabedes novas do meu amado,
e ai Deus, se verrá cedo! Aquel que mentiu do que mi á jurado!
Ai Deus, e u é?
Martin Codax
- Vós me perguntades polo voss' amigo,
E eu ben vos digo que é san e vivo.
Em Lixboa sobre lo mar Ai Deus, e u é?
barcas novas mandei lavrar,
ay mia senhor velida! - Vós me perguntades polo voss' amado,
E eu ben vos digo que é viv' e sano.
Em Lisboa sobre lo lez Ai Deus, e u é?
barcas novas mandei fazer,
ay mia senhor velida! E eu ben vos digo que é san' e vivo
E seerá vosc' ant' o prazo saído.
Barcas novas mandei lavrar Ai Deus, e u é?
e no mar as mandei deitar,
ay mia senhor velida! E eu ben vos digo que é viv' e sano
E seerá voac' ant' o prazo passado.
Barcas novas mandei fazer Ai Deus, e u é?
e no mar as mandei meter, D. Dinis
ay mia senhor velida!

João Zorro

Paralelismo: Princípio estrutural fundamental da lírica galega-portuguesa, que resulta em diversos


processo estilísticos: repetição de palavras, de estruturas sintácticas e rítmicas e de conceitos. Na
paralelística de esquema típico, em dísticos, o verso do segundo do primeiro dístico é o primeiro verso do
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]
terceiro; o segundo do segundo dístico será o primeiro do quarto, etc. Para obviar à monotonia que pode
resultar deste princípio rítmico, os trovadores trabalham a variação, dentro dos esquemas paralelísticos, a
vários níveis (substituição da palavra rimante por um sinónimo, por exemplo). Processo que documenta a
ligação indissociável entre a poesia e a música.
Nuno Fernandes Torneol

ALBA

Levad', amigo, que dormides as manhanas


frias;
todalas aves do mundo d'amor diziam:
leda m' and' eu.

Levad', amigo, que dormides las frias


manhanas;
todalas aves do mundo d' amor cantavan:
leda m' and' eu.

Todalas aves do mundo d'amor dizian:


do meu amor e do voss' en ment' avian:
leda m' and' eu. Alba
Para Fátima Maldonado
Todalas aves do mundo d' amor cantavan,
do meu amor e do voss' i emmentavan:
leda m' and' eu. Olhavam-se, viera com os outros,
ficava depois de terem ido.
Do meu amor e do voss' en ment' avian; Viam-se no mesmo espelho os dois.
vós lhi tolhestes os ramos em que siian:
leda m' and' eu. Uma alegria dolorosa calava-se.
Os autocarros voltavam a ouvir-se
Do meu amor e do voss' i emmentavan; para além do parque.
vós lhis tolhestes os ramos en que pousavan: A medo prendiam os olhos a sorrir.
leda m' and' eu.
Desapertavam os atacadores.
Vós lhis tolhestes os ramos en que siian; Abriam os colarinhos. Perdiam-se
e lhis secastes as fontes en que bevian: no ardente tecido em redor do peito.
leda m' and' eu.
Na raiz do sexo o sobressalto
Vós lhis tolhestes os ramos en que pousavan da primeira claridade nos estores.
e lhis secastes as fontes u se banhavan: A mistura de sorte e de prazer
leda m' and' eu. a que chamamos o bem.

Joaquim Manuel Magalhães (séc. XXI)


[Cantigas de Amigo] [10.º
E]

Sedia-m'eu na ermida de San Simion


e cercaron-mi as ondas que grandes son:
eu atendo'o meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

Estando na ermida ant'o altar,


cercaron-mi as ondas grandes do mar;
eu atend'o meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

E cercaron-mi as ondas que grandes son:


nem hei i barqueiro nem remador;
eu atend'o meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

E cercaron-mi as ondas do alto mar;


non hei i barqueiro nem sei remar;
eu atend'o meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

Non hei i barqueiro nem remador:


morrerei eu, fremosa, no mar maior:
eu atend'o meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

Nem hei i barqueiro nem sei remar,


e morrerei eu, fremosa, no alto mar:
eu atend'0 meu amigo,
eu atend'o meu amigo.

Meendinho
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]

Fostes, filha, eno bailar


e rompestes i o brial:
pois o namorado i ven,
esta fonte seguide-a ben,
pois o namorado i ven.

Fostes ,filha, eno loir


e rompestes i o vestir:
poi-lo cervo i ven,
esta fonte seguide-a ben,
poi-lo cervo i ven.

E rompestes i o brial,
que fezestes ao meu pesar:
poi-lo cervo i ven,
esta fonte seguide-a ben,
poi-lo cervo i ven.

E rompestes i o vestir,
que fezestes apesar de min:
poi-lo cervo i ven,
esta fonte seguide-a ben,
poi-lo cervo i ven.
Pero Meogo

Os símbolos são uma constante na poesia trovadoresca, por isso deixo aqui uma síntese dos que
ocorrem com mais frequência nas cantigas de amigo:
* a fonte é origem da vida, da maternidade e da graça; as suas águas límpidas podem indicar
também a pureza da donzela;
* igualmente a alva é símbolo da inocência, da pureza e da virgindade;
* os cervos simbolizam a fecundidade, do ritmo do crescimento ou da virilidade (do amigo) e
do ardor amoroso; no entanto, quando os cervos turvam a água, pretende-se simbolizar a
confusão e o aturdimento de espírito que os encontros amorosos provocam;
* as flores podem remeter-nos para a delicadeza e feminilidade;
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]
* as ondas traduzem o tumulto interior;
* as aves, com a beleza do seu canto, representam a sedução e o enamoramento que podem
ressurgir em qualquer momento;
* o vento também pode relacionar-se com as inquietações ou representar a fecundidade...
* a luz traduz o deslumbramento do amor e, tal como a luz nos pode cegar, também o amor nos
pode impedir de ver as situações com clarividência e com sensatez;
* a noite (longa, escura, silenciosa e misteriosa) representa as incertezas do amor...
(cf. Dimensão Literária, V. Moreira e H. Pimenta, Porto Ed., 1997)

Levou-s’a louçana, levou-s’a velida: e nossas madres, pois que alá van,
vai lavar cabelos, na fontana fria. queimen candeas por nós e por si
Leda dos amores, dos amores leda. e nós, meninhas, bailaremos i.

levou-s’a velida, Levou-s’a louçana: Nossos amigos irán por cousir


vai lavar cabelos, na fria fontana. como bailamos, e podem veer
Leda dos amores, dos amores leda. bailar moças de bon parecer,
e nossas madres pois lá queren ir,
Vai lavar cabelos, na fontana fria: queimen candeas por nós e por si
passou seu amigo, que lhi bem queria. e nós, meninhas, bailaremos i.
Leda dos amores, dos amores leda.
Pero de Viviãez
Vai lavar cabelos, na fria fontana:
passa seu amigo, que a muit’amava.
Leda dos amores, dos amores leda.

Passa seu amigo, que lhi bem queria:


o cervo do monte a augua volvia.
Leda dos amores, dos amores leda.

Passa seu amigo, que a muit’amava:


o cervo do monte volvia a augua.
Leda dos amores, dos amores leda

Pero Meogo

Pois nossas madres van a San Simon


de Val de Prados candeas queimar,
nós, as meninhas, punhemos de andar
con nossas madres, e elas enton
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.

Nossos amigos todos lá irán


por nos veer, e andaremos nós
bailando ante eles, fremosas en cós,
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]

Bailemos nós já todas tres, ai amigas,


so aquestas avelaneiras frolidas
e quem for velida como nós, velidas,
se amigo amar,
so aquestas avelaneiras frolidas
verrá bailar.

Bailemos nós já todas tres, ai irmanas,


so aqueste rarno destas avelanas,
e quem for louçana como nós, louçanas,
se amigo arnar,
so aqueste rarno destas avelanas
verrá bailar.

Por Deus, ai amigas, mentr' al non fazemos,


so aquesto rarno frolido bailemos,
e quen ben parecer, corno nós parecemos,
se amigo amar,
so aqueste ramo so' l que nós bailemos
verrá bailar.

Airas Nunes

Como vivo coitada, madre, por meu amigo,


ca m’enviou mandado que se vai no ferido:
e por el vivo coitada!

Como vivo coitada, madre, por meu amado,


ca m’enviou mandado que se vai no fossado:
e por el vivo coitada!

Ca m’enviou mandado que se vai no ferido,


eu a Santa Cecília de coraçon o digo.
e por el vivo coitada!

Ca m’enviou mandado que se vai no fossado,


eu a Santa Cecília de coraçon o falo:
e por el vivo coitada!

(Martim de Ginzo)

I
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]
1. Classifica esta cantiga, tendo em conta o emissor.

2. Caracteriza a situação sentimental vivida pelo sujeito poético.

3. A quem revela o sujeito poético o seu estado de espírito ?

3.1 Com base no estudo de outras cantigas do mesmo tipo, mencione outros
elementos que desempenhem a mesma função.

4. Descreve a estrutura externa da cantiga e procede à sua classificação formal.

5. Indica os valor semântico das palavras “amigo” , “madre” e “coitada” nesta cantiga e
o uso vulgar que delas se fazem na actualidade.

6. Classifica esta cantiga, tendo em conta o sujeito de enunciação.

7. Indica o valor expressivo da pontuação utilizada no refrão da cantiga.

8. Refere a causa do desabafo do sujeito e o contexto histórico-social sugerido por esta


cantiga.
CANTIGAS DE AMIGO

Origem
[Cantigas de Amigo] [10.º
Origem autóctone: Norte da Península Ibérica (Galiza e Minho)
E]
Sujeito poético
Feminino: uma donzela, uma “dona virgo”
Autocaracterização da donzela:

Caracterização
Louçana, velida, bom parecer, fremosa, fremosinha, corpo velido, corpo delgado, bela,
do sujeito:
jurada de amor, dona virgo, bem talhada, leda, loada

Caracterização Caracterização directa e indirecta.

do objecto: O amigo é traidor, mentiroso, apaixonado, bom trovador, fiel, ...


Relação eu/ - Intimidade e comunhão.

natureza - A natureza é humanizada e solidariza-se com a donzela .

- as aves tranquilizam –na


- a donzela confidencia as suas inquietações às flores e às ondas

 Amor correspondido
 Amor não correspondido:
TEMAS - Separação: infidelidade, ciúme, sofrimento
- Proibição: da mãe, circunstâncias político-sociais (guerras)
Cenário  Campo: fonte, rio, ermida, “flores do verde pino” ,
 Mar
 Casa
Características  lirismo feminino: os sentimentos, as emoções, as inquietações que se exprimem
são sempre de mulher. É ela quem expõe a sua intimidade
gerais  Ruralismo: o ambiente é
Predominantemente rural (ou marítimo)
 Presença de animais simbólicos
 Paralelismo
 Simplicidade (estrutura extremamente simples e repetitiva)
 Motivos muito simples
Classificação  Paralelísticas perfeitas
 Paralelísticas imperfeitas
formal  Cantigas de refrão
 Tenções (cantigas dialogadas)
Classificação • Bailadas ou bailias
Albas ou alvoradas
temática Cantigas de Romaria
Barcarolas ou marimbas
Pastorelas (as pastorelas são um género híbrido dado que colhem características das
cantigas de amigo e das cantigas de amor.)

Os sentimentos • Coita de amor


• Saudade do amigo
• Tristeza pela ausência do amigo
• Ciúme
• Alegria por se ter encontrado com o amigo
• Alegria por ir ver o amigo, ...
Os confidentes • A mãe
• As irmãs
• A amigas
• A natureza
[Cantigas de Amigo] [10.º
E]

 Barcarolas ou marinhas são assim chamadas as cantigas de amigo que versam sobre assuntos
referentes ao mar ou ao rio. Os temas são geralmente de grande singeleza. Afora um certo número em que
a moça vai apenas banhar-se ao rio, ou da margem vê o barco deslizar pelas águas, nas barcarolas ela
geralmente se lamenta do amado, ou, durante a sua ausência, pede às ondas notícias dele, ou ainda,
ansiosa, vai esperar os navios que chegam para tornar a vê-lo.
 A bailia ou bailada versa, como o próprio nome indica, sobre dança, baile. Na realidade nada mais é
do , que a letra que acompanhava a melodia da dança. Dal a importância , que nelas assume o aspecto
musical. De regra, o tema cantado é a alegria de viver e de amar, no que contrasta com o tom triste de
outras variedades das cantigas de amigo.
 Cantigas de Romaria : a donzela propõe-se a ir a um santuário ou ermida, mas não se pense porém
que tais cantigas reflictam piedade religiosa. Se em algumas este sentimento parece real - como naquelas
em que a donzela vai ao santuário cumprir uma promessa ou pedir ao padroeiro que faça o amado voltar
da guerra vivo e são , em outras a peregrinação é mero pretexto para namorar ou para se divertir.
 alba ou alvorada trata da lamentação dos amantes que, depois de passarem a noite juntos são
obrigados a separarem-se.
 A Pastorela (à semelhança da alba) é de origem provençal e é um género misto, entre a cantiga de
amigo e a cantiga de amor. Originalmente, a pastorela é a narração de um encontro entre uma pastora e
um cavaleiro, em que após um breve diálogo, esta é seduzida. Os trovadores peninsulares evitam, de
regra, o diálogo e preferem a forma da pastora cantadeira, dando à pastorela um colorido novo, ao
gosto das cantigas de amigo. Daí se contentarem por vezes com descrever apenas o solilóquio da pastora,
o seu suspirar pelo amado sem fazê-lo participar directamente da cena.

S-ar putea să vă placă și