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Maria da Conceio

Maria da Conceio, Teu corpo, s bem se ageita


Vi-te ontem na procisso larga saia bem feita
E duvidei do que via, Que s formas te d esbelteza,
Pois quando por ti passei, E na cabea formosa,
Olho em volta e... reparei Em vez d'um chapeu de rosa,
Que toda a gente se ria A chita bem portuguesa.
De ti. Sim, de ti, cachopa, Desce dos saltos, donzela
Seja embora a tua boca E cala atua chinela
Vermelha como a rom, Que tanto te alinda o p.
Embora a face trigueira A gente deve, na vida,
Tenha um rosado maneira No andar nunca iludida,
De saborosa ma, E ser apenas quem .
Embora o corpo delgado Maria da Conceio,
Lembre um lrio delicado Sai-me j da procisso,
E tenhas um lindo olhar, Pois at nosso Senhor
Eu juro que foi de ti, Se te v d'essa maneira,
Que todos riram e eu ri Sendo embora de madeira
Quando te vimos passar. Pode fugir do andor...
Maria da Conceio, Cala a chinelinha, cala.
Ou tu perdeste a razo, Pe o leno de Alcobaa,
Ou ento foi bruxaria! E a saia de flanela,
Um chapeu n'essa cabea! Teu negro chal' de tricana
Mas tu queres que eu endoidea, Pois tu s ribatejana!
Oh! minha pobre Maria Pois tu, Maria, s aquela
Da Conceio?! mas que horror... Nascida nesta paisagem,
e dize c, por favor Creada com esta aragem
Quem te vestiu esse fato, Que faz a mulher formosa,
Que o corpo te escangalhou, E em paisagem bravia,
Que as ancas te deformou, Nunca pode ir bem, Maria,
dando-te um vago ar de pato Esse chapeu, essa rosa.
Marreco! Ai, no, Maria, Volta depois. Sem vaidade.
Decerto ningum diria Eu amo a simplicidade,
Vendo-te na procisso, Gosto de ti sem mentira,
Que tu s certa pequena Sem pose, sem presuno,
De linda cara morena, Maria da Conceio
Maria da Conceio! De Vila Franca de Xira!

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