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1) O documento discute o conceito de negação em psicanálise, onde o paciente nega ideias reprimidas mas acaba revelando-as de forma indireta.
2) A função do julgamento intelectual está relacionada à repressão de ideias, onde a negação permite que ideias reprimidas sejam reconhecidas de forma inconsciente.
3) A origem da função do julgamento está ligada aos impulsos instintivos primários de introjetar o que é bom e ejetar o que é ruim, relacionando-
1) O documento discute o conceito de negação em psicanálise, onde o paciente nega ideias reprimidas mas acaba revelando-as de forma indireta.
2) A função do julgamento intelectual está relacionada à repressão de ideias, onde a negação permite que ideias reprimidas sejam reconhecidas de forma inconsciente.
3) A origem da função do julgamento está ligada aos impulsos instintivos primários de introjetar o que é bom e ejetar o que é ruim, relacionando-
1) O documento discute o conceito de negação em psicanálise, onde o paciente nega ideias reprimidas mas acaba revelando-as de forma indireta.
2) A função do julgamento intelectual está relacionada à repressão de ideias, onde a negação permite que ideias reprimidas sejam reconhecidas de forma inconsciente.
3) A origem da função do julgamento está ligada aos impulsos instintivos primários de introjetar o que é bom e ejetar o que é ruim, relacionando-
NOTA DO EDITOR INGLS DIE VERNEINUNG (a) EDIES ALEMS: 1925 Imago 11 (3), 217-21. 1926 Psychoanalyse der Neurosen, 199-204. 1928 G.S. 11, 3-7. 1931 Theorestische Schriften, 399-404. 1948 G.W., 14, 11-15. (b) TRADUO INGLESA: Negation 1925 Int. J. Psycho-Anal., 6 (4), 367-71. (Trad. de Joan Riviere.) 1950 C.P., 5, 181-5. (Reviso da traduo acima.) A presente traduo inglesa verso modificada da publicada em 1950. A traduo de 1950 est reimpressa em D. Rapaport, Organization and Pathology of Thought, Nova Iorque, 1951. Diz-nos Ernest Jones (1957, 125) que este texto foi escrito em julho de 1925. O assunto, contudo, estivera evidentemente nos pensamentos de Freud por algum tempo, como demonstrado pela nota de rodap por ele acrescentada ao caso clnico de Dora em 1923. ([1].) um de seus mais sucintos artigos. Embora fundamentalmente trate de um ponto especial de metapsicologia, em suas passagens de abertura e encerramento, porm, aborda a tcnica. Das referncias nas notas de rodap, veremos que ambos esses aspectos do trabalho tinham uma longa histria preliminar. Extratos da traduo anterior (1925) deste artigo foram includos na General Selection from the Works of Sigmund Freud, de Rickman (1937, 63-7). A NEGATIVA A maneira pela qual nossos pacientes apresentam suas associaes durante o trabalho de anlise fornece-nos oportunidade para realizar algumas observaes interessantes. Agora o senhor vai pensar que quero dizer algo insultante, mas realmente no tenho essa inteno. Compreendemos que isso um repdio, por projeo, de uma idia que acaba de ocorrer. Ou: O senhor pergunta quem pode ser essa pessoa no sonho. No minha me. Emendamos isso para: Ento, a me dele. Em nossa interpretao, tomamos a liberdade de desprezar a negativa e de escolher apenas o tema geral da associao. como se o paciente tivesse dito: verdade que minha me veio lembrana quando pensei nessa pessoa, porm no estou inclinado a permitir que essa associao entre em considerao. Existe um mtodo muito conveniente, pelo qual podemos s vezes obter uma informao que desejamos sobre material reprimido inconsciente. O que, perguntamos, o senhor consideraria a coisa mais provavelmente imaginvel nessa situao? O que acha que estava mais afastado de sua mente nessa ocasio? Se o paciente cai na armadilha e diz o que ele pensa ser mais incrvel, quase sempre faz a admisso correta. Defrontamo-nos amide com um ntido correspondente desse experimento em um neurtico obsessivo que j foi iniciado no significado de seus sintomas. Arranjei uma nova idia obsessiva, diz ele, e ocorreu-me em seguida que ela poderia significar isso ou aquilo. Mas no; isso no pode ser verdade ou no teria ocorrido. O que ele est rejeitando em fundamentos colhidos de seu tratamento, , naturalmente, o significado correto da idia obsessiva. Assim, o contedo de uma imagem ou idia reprimida pode abrir caminho at a conscincia, com a condio de que seja negado. A negativa constitui um modo de tomar conhecimento do que est reprimido; com efeito,j uma suspenso da represso, embora no, naturalmente, uma aceitao do que est reprimido. Podemos ver como, aqui, a funo intelectual est separada do processo afetivo. Com o auxlio da represso apenas uma conseqncia do processo da represso desfeita, ou seja, o fato de o contedo ideativo daquilo que est reprimido no atingir a conscincia. O resultado disso uma espcie de aceitao intelectual do reprimido, ao passo que simultaneamente persiste o que essencial represso. No decurso de um trabalho analtico produzimos com freqncia uma outra variante dessa situao, muito importante e um tanto estranha. Temos xito em vencer tambm a negativa e ocasionar uma plena aceitao intelectual do reprimido, porm o processo repressivo em si prprio no , com isso, ainda removido. De vez que afirmar ou negar o contedo de pensamentos tarefa da funo do julgamento intelectual, o que estivemos dizendo nos levou origem psicolgica dessa funo. Negar algo em um julgamento , no fundo, dizer: Isto algo que eu preferia reprimir. Um juzo negativo o substituto intelectual da represso; ou seu no a marca distintiva da represso, um certificado de origem tal como, digamos, Made in Germany. Com o auxlio do smbolo da negativa, o pensar se liberta das restries da represso e se enriquece com material indispensvel ao seu funcionamento correto. A funo do julgamento est relacionada, em geral, com duas espcies de decises. Ele afirma ou desafirma a posse, em uma coisa, de um atributo particular, e assevera ou discute que uma representao tenha uma existncia na realidade. O atributo sobre o qual se deve decidir pode originalmente ter sido bom ou mau, til ou prejudicial. Expresso na linguagem dos mais antigos impulsos instintuais os orais -, o julgamento : Gostaria de comer isso,ou gostaria de cuspi-lo fora, ou, colocado de modo mais geral, gostaria de botar isso para dentro de mim e manter aquilo fora. Isso equivale a dizer: Estar dentro de mim ou estar fora de mim. Como demonstrei noutro lugar, o ego- prazer original deseja introjetar para dentro de si tudo quanto bom, e ejetar de si tudo quanto mau. Aquilo que mau, que estranho ao ego, e aquilo que externo so, para comear, idnticos. A outra espcie de deciso tomada pela funo do julgamento quanto existncia real de algo de que existe uma representao (teste de realidade) um interesse do ego-realidade definitivo, que se desenvolve a partir do ego- prazer inicial. Agora no se trata mais de uma questo de saber se aquilo que foi percebido (uma coisa) ser ou no integrado ao ego, mas uma questo de saber se algo que est no ego como representao pode ser redescoberto tambm na percepo (realidade). Trata-se, como vemos, mais uma vez de uma questo de externo e interno. O que irreal, meramente uma representao e subjetivo, apenas interno; o que real est tambm l fora. Nesse estgio do desenvolvimento a considerao pelo princpio de prazer foi posta de lado. A experincia demonstrou ao indivduo que no s importante uma coisa (um objeto de satisfao para ele) possuir o atributo bom, assim merecendo ser integrada ao seu ego, mas tambm que ela esteja no mundo externo, de modo a que ele possa se apossar dela sempre que dela necessitar. A fim de entender esse passo frente, temos de relembrar que todas as representaes se originam de percepes e so repeties dessas. Assim, originalmente a mera existncia de uma representao constitua uma garantia da realidade daquilo que era representado. A anttese entre subjetivo e objetivo no existe desde o incio. Surge apenas do fato de que o pensar tem a capacidade de trazer diante da mente, mais uma vez, algo outrora percebido, reproduzindo-o como representao sem que o objetivo externo ainda tenha de estar l. Portanto, o objetivo primeiro e imediato do teste de realidade noencontrar na percepo real um objeto que corresponda ao representado, mas reencontrartal objeto, convencer-se de que ele est l. Outra capacidadedo poder de pensar oferece mais uma contribuio diferenciao entre aquilo que subjetivo e aquilo que objetivo. A reproduo de uma percepo como representao nem sempre fiel; pode ser modificada por omisses ou alterada pela fuso de vrios elementos. Nesse caso, o teste de realidade tem de certificar-se de at onde vo tais deformaes. Contudo evidente que uma precondio para o estabelecimento do teste de realidade consiste em que objetos, que outrora trouxeram satisfao real, tenham sido perdidos. Julgar a ao intelectual que decide a escolha da ao motora que pe fim ao adiamento devido ao pensamento e conduz do pensar ao agir. Esse adiamento devido ao pensamento tambm foi debatido por mim noutra parte. Ele deve ser considerado como uma ao experimental, uma apalpao motora, com pequeno dispndio de descarga. Consideremos onde o ego utilizou um tipo semelhante de apalpao anteriormente, em que lugar aprendeu ele a tcnica que agora aplica em seus processos de pensamento. Ocorreu na extremidade sensorial do aparelho mental, em conexo com as percepes dos sentidos, pois, em nossa hiptese, a percepo no um processo puramente passivo. O ego envia periodicamente pequenas quantidades de catexia para o sistema perceptual, mediante as quais classifica os estmulos externos e ento, depois de cada um desses avanos experimentais, se recolhe novamente. O estudo do julgamento nos permite, talvez pela primeira vez, uma compreenso interna (insight) da origem de uma funo intelectual a partir da ao recproca dos impulsos instintuais primrios. Julgar uma continuao, por toda a extenso das linhas da convenincia, do processo original atravs do qual o ego integra coisas a si ou as expele de si, de acordo com o princpio de prazer. A polaridade de julgamento parece corresponder oposio dos dois grupos de instintos que supusemos existir. A afirmao como um substituto da unio pertence a Eros; a negativa o sucessor daexpulso pertence ao instinto de destruio. O desejo geral de negar, o negativismo que apresentado por alguns psicticos, deve provavelmente ser encarado como sinal de uma desfuso de instintos efetuada atravs de uma retirada dos componentes libidinais. O desempenho da funo de julgamento, contudo, no se tornou possvel at que a criao do smbolo da negativa dotou o pensar de uma primeira medida de liberdade das conseqncias da represso, e, com isso, da compulso do princpio de prazer. Essa viso da negativa ajusta muito bem ao fato de que, na anlise, jamais descobrimos um no no inconsciente e que o reconhecimento do inconsciente por parte do ego se exprime numa frmula negativa. No h prova mais contundente de que fomos bem-sucedidos em nosso esforo de revelar o inconsciente, do que o momento em que o paciente reage a ele com as palavras No pensei isso ou No pensei (sequer) nisso.