Comentário à análise feita pela colega Teresa Marques
Mais uma vez achei muito interessante o trabalho da Teresa
porque acho que tem colocado com muita clareza as questões relacionadas com a integração da biblioteca escolar no universo da escola.
Este olhar para a “big picture” é fundamental e esta análise que
efectuou para a terceira sessão revela um grande conhecimento da legislação que suporta todo o funcionamento da escola, com os seus defeitos, virtudes, e, frequentemente, incongruências. Muitas vezes sinto que se está a pedir à BE que seja “um oásis no meio de deserto” (citando uma expressão que já utilizei) e que só com esse projecto de escola definido, partilhado e assumido por todos, que defende na sua análise, é que a escola no seu todo e a biblioteca em particular podem cumprir a sua missão.
A minha escola, que é apenas secundária com 3º ciclo, não
revela os problemas que aborda em relação à gestão de vários ciclos de ensino mas ambas têm em comum a falta de práticas de auto- avaliação e a falta de uma cultura de escola partilhada e aceite por todos.
Registo a importância que deu às diferentes estruturas
educativas – Conselho de Escola, Director e Conselho Pedagógico (do qual também felizmente faço parte como coordenadora da biblioteca) – e da necessidade de estes exercerem uma liderança forte no domínio da formação interna e consequente mudança nas práticas pedagógicas, das quais a auto-avaliação é parte integrante. Sem querer desvalorizar o nosso papel de líderes da mudança, tão defendido por todos os especialistas que tenho lido até agora, é de facto o compromisso entre todos estes agentes a chave do sucesso, como já comentou a Rosário.
Assim, estou determinada, tal como a Teresa, a cumprir a minha
parte nesse compromisso embora, pelo menos neste momento, não considere adequado (no meu caso, claro, pois cada um vive a sua realidade) realizar uma das medidas que propõe no seu plano de acção e que é a da apresentação do MABE à escola. O ambiente anda crispado, as lideranças são contestadas, as reuniões só se podem
Sessão 3 – Tarefa 2 (2ª parte) Mariana M. Oliveira
Pág. 1 Acção de Formação MABE – Novembro 2009
fazer depois das 18,30 h, os professores andam assoberbados de
trabalho e … não quero estragar tudo com uma entrada “doutoral”. A sério, eu acredito que, discretamente, farei chegar a água ao meu moinho. Pelo que me tenho apercebido, tenho a certeza que a Teresa a fará chegar ao seu.