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O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas
Regulamentadoras o não cumprimento da lei acarreta ações de responsabilidade cível e
penal, além de multas aos infratores.De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado,
procurando-se, primeiro, eliminar ou diminuir o risco, com medidas de proteção geral. Quando
seu uso for inevitável, faz-se necessário tomar certas medidas quanto à sua seleção e
indicação, pois o uso e fornecimento dos EPI é disciplinado pela NR-6. O EPI tem a função de
proteger individualmente cada trabalhador de lesões quando da ocorrência de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais.
Portanto, o EPI não evita os acidentes em si, mas protege o trabalhador quando o risco
está ligado à função/cargo do trabalhador e exposição ao agente. O uso de equipamento de
proteção individual é realizado sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças
profissionais,: enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e
quando a atividade do trabalhador apresenta risco ocupacional em função do tipo de agente
(químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do trabalhador ao agente,
sensibilidade individual do trabalhador e toxicidade do agente.
O EPI deve ser usado quando de fato for necessário , a generalização contribui
imensamente para banalização dos equipamentos que acabam virando quase que partes dos
uniformes das empresas. A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não
só do equipamento como, também, das condições em que o trabalho é executado. É preciso
conhecer as características, qualidades técnicas e, principalmente, os graus de proteção que
o equipamento deverá proporcionar.
Caso o trabalhador se omitir ou recusar, sem justificativa, a usar o EPI fornecido, estará
previsto punição estabelecida em lei. Muitos trabalhadores se valem de mitos para justificar a
não-utilização de EPI, prática que deve ser desencorajada em qualquer ambiente de trabalho:
O EPI é caro, de um modo geral o investimento com EPI é pouco em relação aos outros
investimentos no ambiente de trabalho e bem inferiores aos gastos com primeiros socorros,
licenças por acidente de trabalho por falta de EPI ou redução da produtividade do trabalho e
da produção da empresa por lesão no trabalhador ou afastamento deste.
O Aplicador Profissional não usa EPI,o trabalhador que exige o EPI deve ter consciência do
risco no ambiente de trabalho e da importância de proteger sua saúde, sendo um exemplo
para a equipe. O processo de educação do trabalhador é uma atividade constante.
O Uso de EPI’s na Enfermagem
A exposição ocupacional a material biológico é uma das questões mais proeminentes na
área da Saúde, pois coloca o profissional de saúde em risco de adquirir infecções
transmitidas por via sanguínea. Dentre essas infecções, as mais preocupantes são a AIDS,
a hepatite B e a hepatite C.
Outras intervenções têm sido enfatizadas para prevenir o contato com sangue e outros
materiais biológicos. Entre elas: a implementação de ações administrativas; as medidas de
controles de engenharia para melhorar a segurança das agulhas para os profissionais de
saúde; as mudanças nas práticas de trabalho visando à implementação e ao
desenvolvimento de uma política específica da revisão de procedimentos e treinamento
dos profissionais; e a adequação dos equipamentos de proteção individual.
Alguns dos equipamentos mais usados no estabelecimento de saúde:
Máscaras
Luvas
Avental, pró-pé e gorros descartáveis
Dosimetros
Óculos de proteção
Protetor auricular
Treinamento e conscientização
O foco do treinamento passa ser a educação para a consciência e seu objetivo, o
desenvolvimento de competências cognitivas, psicomotoras e com atitude para vencer os
obstáculos para seguir as precauções padrão. As atitudes positivas em relação á
Segurança vão muito além do comportamento no local de trabalho. A gerência e a
supervisão querem ver mudanças que reflitam também em mudanças na percepção das
pessoas. Por exemplo, cooperação, envolvimento em reuniões receptividade aos assuntos
de Segurança. Um sistema de valores que dá importância à Segurança vai se manifestar
nesses tipos de comportamento e em conseqüência em funcionários que valorizem cada
vez mais a sua Segurança.
Além disso, espera que os funcionários comecem a discutir assuntos de Segurança e a
trazer suas preocupações antes que o supervisor o faça. Um comportamento pró-ativo
como esse só acontece quando os funcionários estão sintonizados nos esforços
preventivos.
Conforme as normas pós-acidente,a partir de sua ocorrência,a empresa deve ser aberta ao
CAT(comunicação de acidente de trabalho), os profissionais devem ser encaminhados para coleta
de sorologia anti-HIV, hepatites B e C e o uso da quimioprofilaxia pelos profissionais, no período
pós-acidente.
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BIBLIOGRAFIA
WWW.scielosp.org
WWW.saudeetrabalho.com.br
WWW.riscobiologico.org