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Psicologia
B
12º
Ano

 JB


 
 


A
Cultura
I

Cultura
e
Relatividade
Cultural,
Processo
de

Socialização,
Grupos
Sociais


Out
2008



Jorge
Barbosa
–
http://web.mac.com/jbarbo00


Psicologia
B
12º
Ano
 A
Cultura
I


 
 

1


Cultura
e
Relatividade
Cultural

Definimo‐nos
como
seres
humanos
graças
a
uma
herança
genética
recebida
no
momento
da
concepção,
mas
sobretudo
graças
a

uma
herança
cultural
que
nos
é
transmitida
pelo
processo
de
socialização
imediatamente
após
o
nascimento.


A
cultura
é
um
fenómeno
 A
rela[vidade
cultural
tem
a
ver

A
cultura
é
o
conjunto
de

universal
(não
há
sociedade
sem
 com
a
diversidade
cultural.

produções
materiais
(ediZcios,

cultura),
mas
não
é
uniforme;
 Significa
que
não
se
pode

estradas,
instrumentos,
etc.)
e
 varia
no
espaço
e
no
tempo.
 compreender

espirituais
(valores,
normas

Com
efeito,
as
sociedade
 umcomportamento
fora
do
seu

morais,
etc)
que
é
herdado,

humanas,
ao
longo
do
tempo,
 contexto
sociocultural

enriquecido,
transformado
e

responderam
de
modo
diferente
 específico.
A
rela[vidade

transmi[do
às
gerações

à
necessidade
de
organizar
a
 cultural
implica
diferentes

seguintes
 vida
e
a
convivêncvia
sociais.

 padrões
culturais.



Diferentes,
as
culturas
não
vivem
à
margem
umas
das
outras.
Não
são
fechadas,
são
susceptíveis
de
mudança.
A
aculturação
é
o

conjunto
de
mudanças
que
se
verificam
nos
padrões
originais
de
uma
cultura,
por
via
do
contacto
com
padrões
de
sociedades

diferentes:
trata‐se
de
uma
reformulação,
em
muitos
casos,
de
hábitos,
costumes
e
de
valores
em
virtude
de
contágio
cultural.


Processo
de
Socialização

A
socialização
é,
em
termos
gerais,
o
processo
responsável
pela
integração
de
um
indivíduo
na
cultura
de
uma
determinada

sociedade.
Trata‐se
de
um
processo
contínuo
que,
durante
toda
a
vida,
se
divide
geralmente
em
duas
etapas:


1. a
socialização
primária


2. a
socialização
secundária.

Por
socialização
primária
entende‐se
a
etapa
de
desenvolvimento
social
que
decorre
fundamentalmente
durante
a
infância
(e
para

muitos
autores
também
durante
a
adolescência)
e
em
que
o
indivíduo
recebe
e
assimila
as
atitudes,
comportamentos,
valores
e

normas
próprios
do
meio
sociocultural
em
que
está
a
inserir‐se
ou
a
integrar‐se.
Nesta
fase,
o
indivíduo
recebe
a
formação
básica

que
lhe
permite
ajustar‐se
às
normas,
valores,
hábitos
e
costumes
do
ambiente
sociocultural
que
o
socializa.
Neste
período,
o

indivíduo
também
adquire
as
competências,
conhecimentos
e
aptidões
básicos
para
o
desenvolvimento
da
sua
personalidade

(aprendemos
a
falar,
a
ler,
a
escrever,
a
desempenhar
certos
papéis,
a
desenvolver
a
capacidade
de
raciocinar,
etc.).
Também
se

chama
socialização
primária
a
esta
formação
básica.

Por
socialização
secundária,
entende‐se
o
processo
de
adaptação
a
situações
novas
que
implicam
modificações
significativas
na

nossa
condição
social.
Traduz‐se
na
interiorização
de
novos
papéis
e
estatutos
como,
por
exemplo,
a
maternidade
e
a
paternidade,
o

primeiro
emprego
ou
a
reforma,
a
mudança
de
estado
civil,
etc.


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Cultura
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2


Os
agentes
de
socialização
são
estruturas
sociais,
cuja
função
é,
em
termos
gerais,
inserir
o
indivíduo
no
seu
meio
sociocultural,

adaptando‐o
às
suas
normas,
exigências
e
padrões.
Os
principais
agentes
do
processo
socializador
são
a
família,
as
creches
e
jardins

de
infância,
a
escola,
os
grupos
de
pares
e
os
meios
de
comunicação
social.

A
família
é
o
primeiro
dos
grupos
em
que
decorre
a
socialização.
Aí,
a
criança
aprende
as
primeiras
atitudes
e
comportamentos.
Os

pais
e
os
familiares
mais
próximos
desempenham
um
papel
de
modelos
que
a
criança
procura
imitar
e
com
os
quais
pretende

identificar‐se
(é
através
do
processo
de
identificação
que
se
formam
as
primeiras
atitudes).
As
interacções
no
interior
do
ambiente

familiar
tornam
possível
que
a
criança
aprenda
a
adequar
o
seu
comportamento
ao
meio
social,
a
relacionar‐se
com
os
outros,
a

desenvolver
a
auto‐estima
e
a
autoconfiança,
a
adaptar‐se
a
diversas
situações.
A
influência
da
família
diminui
à
medida
que
a

criança
se
desenvolve.

As
creches
e
os
jardins
de
infância
têm
um
papel
cada
vez
mais
importante
no
processo
de
socialização.
Em
sociedade

industrializadas,
em
que
pai
e
mãe
trabalham,
essas
instituições
são,
desde
bem
cedo,
importantes
agentes
de
adaptação
do

indivíduo
à
cultura
vigente.

A
escola
é
a
instituição
responsável
pela
transmissão
de
conhecimentos,
técnicas
e
competências
necessárias
ao
exercício
de
uma

vida
adulta
socialmente
valorizada.
Esta
é
a
sua
função
manifesta,
socialmente
mais
visível.
Tem
também
uma
função
latente,
não

menos
importante.
Trata‐se
de
assegurar
a
formação
cívica
dos
alunos,
transmitindo
valores
como
a
honestidade,
a
solidariedade
e

a
lealdade,
certos
ideais
político‐sociais
(democracia,
por
exemplo),
ideais
e
valores
ético‐políticos
(respeito
pelo
direitos
humanos,

sobretudo)

A
escola
é
o
lugar
onde
múltiplas
experiências
se
vivem,
dando‐se
o
confronto
coma
diversidade
social,
com
atitudes
acerca
dos

papéis
sociais
dos
diversos
grupos
étnicos,
que
moldarão
de
forma
mais
ou
menos
durável
crenças,
emoções,
sentimentos
e

comportamentos.


O
facto
de
se
pedir
simultaneamente
à
escola
que
seja
conservadora,
preservando
os
valores
sociais
e
culturais
vigentes,
e
que
seja

inovadora,
formando
cidadãos
criativos
com
capacidade
para
encontrar
novas
soluções,
coloca‐a
muitas
vezes
numa
situação
de

permanente
insatisfação,
sendo
julgada
negativamente,
se
for
conservadora,
não
deixando
de
o
ser
se
for
inovadora.

O
grupo
de
pares
é
um
conjunto
social
formado
por
indivíduos
de
idade
aproximada
que
têm
em
comum
a
vivência
de
situações
e

experiências
semelhantes,
a
partilha
de
interesses
e
gostos.
É
um
grupo
a
que
se
pertence,
em
regra,
por
vontade
própria.
Esta

opção
é
sinal
de
espontaneidade,
que
pode
ser
o
germe
de
aspectos
essenciais
da
personalidade
individual
como
o
sentido
crítico
e

as
capacidades
de
iniciativa
e
de
decisão.

Os
grupos
de
pares
não
têm
uma
função
expressamente
socializante,
mas,
por
paradoxal
que
pareça,
são
agentes
importantes
de

socialização.
Embora
informais,
são
dotados
de
uma
estrutura
que
se
forma
naturalmente
à
medida
que
reproduzem,
de
forma

simbólica,
comportamentos
e
obrigações
característicos
da
sociedade
em
geral.
São
importantes
no
desenvolvimento
de
relações
de

solidariedade
e
de
cooperação,
de
interdependência,
contribuindo
para
o
desenvolvimento
moral
e
para
a
construção
da
identidade

pessoal
e
social.
Permitem
às
crianças
uma
certa
independência,
uma
relativa
libertação
da
supervisão
dos
adultos.
Fora
do
seio

familiar,
cada
criança
desenvolve
o
seu
auto‐conceito

e
um
conjunto
de
interesses
que
não
são
partilhados
nem,
em
alguns
casos,

aprovados
pelos
adultos.
A
sua
influência
aumenta
muito
significativamente
durante
a
adolescência,
muitas
vezes
rivalizando
com
a

dos
pais,
embora,
dado
que
o
adolescente
ainda
é
profundamente
influenciado
pelos
pais,
muitas
vezes,
estes
fazem
com
que
esse

conflito
seja
mais
aparente
do
que
real.
Os
grupos
de
pares,
enclaves
onde
rapazes
e
raparigas
reagem
de
certo
modo
à
influência

de
agentes
como
a
família
e
a
escola,
são
estruturas
que
criam
valores
próprios.
No
entanto,
por
vezes,
há
movimentos
sociais
que

reprimem
fortemente
a
constituição
destes
valores
próprios,
aumentando
a
dependência
dos
adolescentes
face
à
família,
mas

sobretudo
face
à
escola,
e
dificultando
a
criação
de
espaços
e
tempos
próprios,
fora
do
contexto
controlado
da
escola,
de

organização
dos
grupos
de
pares.
De
entre
alguns
desses
valores,
foi
estudado
o
impacto
do
ser‐se
bem
sucedido:
ser
bem
sucedido

significa,
em
regra,
ser
popular,
dependendo
a
popularidade
também
de
algumas
características
físicas,
da
pose
confiante
e


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desembaraçada.
Entre
os
rapazes,
o
sucesso
escolar
não
condiz
com
a
popularidade,
embora
pareçam
apreciar
esse
acpecto
nas

raparigas.
Os
padrões
de
comportamento
que
aprendemos
nos
grupos
de
pares
podem
exercer
uma
influência
bastante
duradoura

na
nossa
vida,
sobretudo
no
que
diz
respeito
ao
gosto
musical,
ao
vestuário
que
se
aprecia,
aos
preconceitos
e
estereótipos
que

manifestamos.

Hoje
em
dia
não
pode
de
modo
algum
ser
desprezada
a
função
socializadora
dos
mass
media,
onde
pululam
os
ditos
líderes
de

opinião
dos
mais
diversos
quadrantes
que
veiculam
de
modo
informal
estilos
de
vida
desejáveis,
normas
de
comportamento,

valores
estéticos
dominantes.
Não
se
limitam
a
entreter‐nos
ou
a
noticiar:
modelam
as
nossas
atitudes,
valores,
etc.
Basta
pensar
no

modo
como
retratam
determinados
grupos
sociais,

étnicos
e
também
na
poderosa
TV,
já,
por
alguns
denominada
“babysitter

electrónica”
e
“escola
paralela”.


A
socialização
é,
então,
um
processo
que,
decorrendo
no
interior
de
uma
dada
cultura
sob
a
influência
de
diversos
agentes

socializadores
(família,
creches,
escola,
grupos
de
pares,
meios
de
comunicação
social,
instituições
sociais,
políticas,
religiosas,

militares),
tem
como
objectivo
que
o
indivíduo
aprenda
e
interiorize
padrões
culturais,
competências
e
conhecimentos
que

facilitem
a
sua
integração
social,
assim
como
a
construção
e
desenvolvimento
da
sua
personalidade
própria
(da
sua
identidade

pessoal
e
social).


O
conceito
de
Grupo.
Tipos
de
Grupos

Um
grupo
é
uma
unidade
social
constituída
por
dois
ou
mais
indivíduos
entre
os
quais
existe
interacção
relativamente
estável,

marcada
pela
diferenciação
de
estatutos
e
papéis,
pela
partilha
de
normas
e
valores
(fonte
de
unidade
e
coesão)
e
por
interesses,

objectivos
e
aspirações
comuns.

Assim,
um
certo
número
de
indivíduos
constitui
um
grupo
quando:

1. há
interacção
relativamente
estável
ou
frequente
entre
eles;

2. são
regidos
por
normas
e
valores
comuns;

3. há
um
sistema
explícito
ou
implícito
de
papéis
e
de
estatutos
que
assegura
diferenciação
de
funções,
de
direitos
e
de

deveres;

4. têm
a
percepção
de
si
próprios
como
pertencendo
a
um
grupo
(“nós”)
e
são
reconhecidos
como
tal
na
interacção
social

(“eles”)

5. há
cooperação
com
vista
a
objectivos
comuns.

Um
grupo
não
é:

• um
aglomerado
de
pessoas,
ou

• uma
categoria
social

Um
aglomerado
de
pessoas
é
um
conjunto
de
pessoas
que,
embora
possam
interagir
por
alguns
momentos,
não
é
esta
a
sua

característica
essencial,
mas
a
da
proximidade
física.

Uma
categoria
social
é
um
conjunto
de
pessoas
que
têm
algumas
características
em
comum,
como
a
pertença
à
mesma
etnia,
o

desempenho
da
mesma
profissão,
as
mesmas
crenças
religiosas,
mas
a
grande
maioria
dos
seus
membros
não
se
conhece,
nunca

interagiu
e
é
pouco
provável
que
o
venha
a
fazer.
Exemplificando:
os
jogadores
profissionais
de
futebol
do
continente
europeu
são


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uma
categoria
social;
uma
equipa
de
futebol
é
um
grupo.
A
interacção
esporádica
e
ocasional
não
faz
de
qualquer
conjunto
um

grupo.

Distinguem‐se
habitualmente
dois
tipos
de
grupos:

1. os
grupos
primários,
e

2. os
grupos
secundários.

Os
grupos
primários
são
unidades
sociais
cujos
membros
interagem
muito
frequentemente,
comunicando
de
forma
pessoal,
directa

e
espontânea
(são
grupos
de
comunicação
directa,
face
a
face)
baseando‐se
essa
comunicação
mais
na
intimidade
e
afectividade
do

que
em
motivações
de
ordem
funcional
(económicas,
políticas,
etc.).
São
exemplos
a
família,
a
turma
numa
escola,
os
grupos
de

pares,
de
vizinhos,
etc.

Os
grupos
secundários
são
unidades
sociais
cujos
membros
interagem
mais
indirecta
do
que
directamente
(podendo
alguns
nunca

virem
a
conhecer‐se),
sendo
escassa
a
vinculação
afectiva
e
limitando‐se
a
cooperação
e
solidariedade
a
um
campo
de
interesses
de

tipo
laboral
e
funcional.
São
exemplos
os
partidos
políticos,
as
empresas,
as
escolas,
os
sindicatos,
etc.

Nos
grupos
primários
a
interacção
é
mais
frequente,
mais
informal,
mais
espontânea,
mais
directa
do
que
nos
grupos
secundários.

Nestes,
há
um
maior
número
de
elementos
e
um
sistema
de
estatutos
e
de
papéis
bem
mais
rígido
e
impessoal
do
que
nos
grupos

primários.


A
Liderança

Além
de
relações
de
cooperação
estabelece‐se
no
interior
dos
grupos
uma
divisão
de
tarefas
e
de
funções.
Realizada
esta
divisão,
a

liderança
do
grupo
é
tarefa
de
um
ou
de
poucos
indivíduos.
O
que
é
a
liderança?
É
o
exercício
de
influência
sobre
os
elementos
de

um
grupo,
coordenando
a
sua
actividade
para
a
realização
de
um
objectivo
que
é
normalmente
do
interesse
de
todos.

Os
líderes
são
indivíduos
que,
em
parte,
devido
ao
seu
prestígio,
competência
e
capacidade
de
persuasão,
influenciam
as
atitudes
e

comportamentos
dos
elementos
do
grupo,
impondo
ou
fazendo
aprovar
a
sua
vontade.
Liderar
é,
em
termos
gerais,
coordenar
e

orientar
uma
actividade
colectiva
com
vista
a
realizar
determinados
objectivos
comuns.
Quem
lidera
dá
ordens,
toma
decisões,

resolve
conflitos,
distribui
recompensas,
elogios
e
críticas,
responde
pelas
suas
acções
e
pelas
do
grupo,
servindo,
em
casos

frequentes,
como
modelo
de
atitudes
e
comportamentos.

Quais
são
as
qualidades
típicas
de
um
líder?
Que
factores
podem
contribuir
para
que
um
indivíduo
se
torna
líder?

1. Em
primeiro
lugar,
é
frequente
que
um
líder
se
destaque
pela
competência
em
actividade
que
ajudem
o
grupo
a
atingir
os

seus
objectivos.

2. Em
segundo
lugar,
os
líderes
tendem
a
possuir
inteligência
interpessoal
que
contribui
para
uma
bem
sucedida
interacção

entre
os
elementos
do
grupo.
Sensibilidade,
cooperação,
respeito
e
consideração
pelos
outros
membros
do
grupo
geram

um
clima
de
confiança
mútua
e
de
adesão.
Os
líderes
tendem
a
ser
sociáveis,
emocionalmente
estáveis
e
dotados
de

intuição
para
entender
as
necessidades
do
grupo,
responder
adequadamente
e
transmitir
a
sua
confiança
ao
grupo.

3. Em
terceiro
lugar,
o
líder
é
uma
pessoa
motivada
para
o
sucesso
e
para
o
poder.
É
relativamente
frequente
o
líder
desejar

destaque
e
reconhecimento
social.

4. Em
quarto
lugar,
o
domínio
da
informação
é
uma
posição
privilegiada
no
que
respeita
aos
canais
de
comunicação
no
grupo.

Assim,
“conhecer
os
cantos
à
casa”
distinguir
o
líder
ou
pode
abrir
o
caminho
para
a
liderança.


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Apesar
das
características
enunciadas,
a
liderança
depende
em
grande
parte
da
adequação
entre
as
características
pessoais
do

potencial
líder
e
as
necessidades
da
situação
que
o
grupo
enfrenta:
diferentes
situações
e
problemas
parecem
exigir
diferentes

líderes.


Tipos
de
Liderança

Sendo
a
liderança,
de
forma
explícita
ou
implícita,
um
fenómeno
inerente
aos
grupos
sociais
(está
presente
em
todos
os
grupos,
seja

qual
for
a
sua
dimensão,
contribuindo
para
mobilizar
a
actividade
dos
seus
membros
para
objectivos
comuns),
temos
de
reconhecer

que
há
diversos
tipos
ou
estilos
de
liderança:

• A
liderança
autoritária
ou
autocrática;

• A
liderança
democrática,
e

• A
liderança
permissiva.

O
líder
autoritário
é
aquele
que:

• Controla
todas
as
actividades
do
grupo;

• Toma
decisões
em
consultar
o
grupo;

• Não
comunica
os
objectivos
a
realizar;

• Não
participa
na
realização
das
tarefas,
mas
decide
quais
devem
ser
realizadas
e
como
o
devem
ser
(redução
da
autonomia

e
da
iniciativa
pessoal
dos
elementos
do
grupo);

• Elogia
ou
critica
sem
apresentar
os
critérios
subjacentes.

O
líder
democrático
é
aquele
que:

• Não
comanda
todas
as
actividades
do
grupo,
pelo
que
há
um
significativo
grau
de
liberdade
e
de
profundidade
na

comunicação
intragrupal;

• Procura
ouvir
opiniões
e
pareceres
antes
de
tomar
decisões,
discute
problemas
com
o
grupo
preferindo
decisões
que

resultam
da
participação
do
grupo
e
que
sejam
consensuais;

• Considera
seus
os
objectivos
do
grupo,
mas
sugere
métodos
e
estratégias
para
os
realizar,
delineia
com
o
grupo
os
passos

ou
etapas
necessários
para
os
tornar
realidade;

• Acompanha
de
perto
a
realização
das
tarefas
que
os
membros
do
grupo
escolheram

• É
dialogante
e
procura
ser
objectivo
na
atribuição
de
recompensas,
de
elogios
e
críticas.

O
líder
permissivo
é
aquele
que:

• É,
na
maior
parte
das
vezes,
um
observador
não
participante
nas
actividades
do
grupo,
só
intervindo
quando
solicitado;

• Não
toma
decisões,
sendo
o
grupo
a
discutir
problemas
e
soluções;

• Dá
total
liberdade
ao
grupo
na
definição
dos
objectivos
a
alcançar,
não
tendo
intervenção
na
divisão
de
tarefas;

• Confia
na
capacidade
de
autogestão
e
auto‐organização
do
grupo,
envolvendo‐se
muito
pouco
nas
suas
actividades;

• Evita
avaliar
o
comportamento
e
o
desempenho
dos
elementos
do
grupo
e
quando
o
faz
baseia‐se
em
critérios
subjectivos:

é
mais
um
comentador
do
que
um
juiz
ou
avaliador.

Nas
situações
reais,
os
líderes
têm
características
combinadas
destes
três
tipos,
sendo
mais
acertado
dizer
que
há
líderes

tendencialmente
autoritários,
ou
tendencialmente
permissivos,
ou
tendencialmente
democráticos.

Os
grupos
com
liderança
autoritária
são
aqueles
em
que,
geralmente,
a
produtividade
é
mais
elevada
e
em
que
a
qualidade
das

tarefas
realizadas
não
é
uma
prioridade.



Jorge
Barbosa
–
http://web.mac.com/jbarbo00/


Psicologia
B
12º
Ano
 A
Cultura
I


 
 

6


Os
grupos
com
liderança
democrática
são,
em
regra,
menos
produtivos
ao
nível
da
quantidade
de
trabalho
realizado
do
que
os

grupos
de
liderança
autoritária,
mas,
normalmente,
respondem
mais
eficientemente
às
exigências
de
qualidade
do
produto
final.

Os
grupos
com
liderança
permissiva
são
os
que
manifestam
menor
capacidade
de
realização
quer
em
quantidade
quer
em

qualidade.
Este
défice
pode
dever‐se
à
falta
de
clareza
na
definição
dos
objectivos,
um
maior
investimento
nas
relações

interpessoais
do
que
nas
actividades
produtivas
e
a
falta
de
capacidade
de
auto‐organização.
Quando
o
grupo
não
consegue

funcionar
bem
em
autogestão,
aumenta
a
conflitualidade.

As
redes
de
comunicação
são
os
canais
e
o
modo
como
no
seio
de
um
grupo
se
estabelece
a
comunicação
entre
os
seus
membros.

São
de
três
tipos:

• Em
estrela

• Em
círculo

• Em
cadeia

As
redes
em
forma
de
círculo
e
em
forma
de
cadeia
são
redes
descentralizadas.
As
redes
em
forma
de
estrela
são
redes

centralizadas.

Nos
grupos
em
que
a
comunicação
está
organizada
em
forma
de
estrela
há
grande
controlo
da
informação
por
parte
da
pessoa
que

ocupa
a
posição
central
(o
líder
ou
chefe).
Este
comunica
com
todos
os
membros,
mas
estes
não
comunicam
uns
com
os
outros
(só

com
o
líder).
Os
grupos
com
redes
em
estrela
resolvem
mais
depressa
os
problemas,
são
muito
eficazes,
cometem
poucos
erros
de

comunicação,
mas
são
pouco
criativos;
predomina
o
estilo
de
liderança
autoritário,
centralizado.

Nos
grupos
em
que
a
comunicação
está
organizada
em
forma
de
círculo,
não
há
ninguém
que
ocupe
uma
posição
central
e

controladora,
pelo
que
a
comunicação
é
aberta
(os
seus
membros
comunicam
entre
si
e
não
só
com
o
líder).
Gasta‐se
mais
tempo
a

resolver
os
problemas
e
o
número
de
mensagens
e
de
erros
é
maior.
No
entanto,
criam‐se
condições
favoráveis
às
actividades

criativas
e
o
nível
de
satisfação
no
trabalho
é
habitualmente
elevado.
O
estilo
de
liderança
é
tendencialmente
democrático.

Nos
grupos
que
organizam
a
comunicação
interna
em
forma
de
cadeia,
a
comunicação
é
lenta,
não
é
controlada
superiormente
por

ninguém
(todos
comunicam
com
todos
em
posição
de
relativa
igualdade;
não
há
hierarquização
explícita),
mas
as
mensagens

correm
o
risco
de
se
perder
ou
de
se
tornar
confusas.
O
estilo
de
liderança
é
tendencialmente
permissivo.

As
redes
de
comunicação
descentralizadas
resolvem
com
mais
eficácia
problemas
complexos
(que
exigem
mais
recolha
de

informação
e
o
seu
processamento
posterior)
e
as
redes
centralizadas
problemas
simples.


Jorge
Barbosa
–
http://web.mac.com/jbarbo00/


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