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CRIME ORGANIZADO E FACÇÕES NOS PRESÍDIOS

BENTO RODRIGUES CHAVES NETO


JOÃO PESSOA/PB
AGOSTO - 2009

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BENTO RODRIGUES CHAVES NETO

CRIME ORGANIZADO E FACÇÕES NOS PRESÍDIOS

Trabalho apresentado ao portal Jus


Navigand.

Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ


João Pessoa/PB – 24 de Agosto de 2009
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO________________________________________04
2- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO_____________________05
3- FACÇÕES CRIMINOSAS________________________________05
4- CONCEITO DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS_____________06
5- PRINCIPAIS FACÇÕES CRIMINOSAS_____________________07
6- OBJETIVOS DAS FACÇÕES CRIMINOSAS_________________08
7- CAUSAS DAS REBELIÕES______________________________08
8- CONSEQÜÊNCIAS DAS FACÇÕES CRIMINOSAS___________09
9- SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL_____________________09
10- RESULTADOS OBTIDOS PELO SPF_____________________10
11- CONCLUSÃO________________________________________12
12- BIBLIOGRAFIA_______________________________________13
1- INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado para explanar o Crime Organizado e Facções nos
Presídios, através das citações feitas pelo palestrante André de Almeida e
Cunha, diretor de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário
Nacional (DEPEN) no I Simpósio Paraibano de Ciências Criminais nos dias 11,
12 e 13 de setembro de 2008. Teve como base explicativa Facções Criminosas,
a exemplo do Comando Vermelho – CV e Primeiro Comando da Capital – PCC.

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2 - DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Tema abordado - Facções Criminosas

• Comando Vermelho – CV;

• Primeiro Comando da Capital – PCC;

• Conceito de Organizações Criminosas;

• Principais Facções Criminosas;

• Objetivos das Facções Criminosas;

• Causas das Rebeliões;

• Conseqüências das Facções Criminosas no Sistema Penitenciário e

Segurança Pública;

• Sistema Penitenciário Federal;

• Resultados obtidos pelo Sistema Penitenciário Federal.

- Facções Criminosas
• Comando Vermelho – CV;
O Comando Vermelho foi criando no estado do Rio de Janeiro, no
presídio da Ilha Grande - Instituto Penal Cândido Mendes nos anos de 1969 e
1975, seus principais fundadores: William da Silva Lima considerado o
“Grande Pai”, Carlos Alberto Mesquita, Paulo Nunes Filho, Paulo César
Chaves, José Jorge Saldanha, Eucanan de Azevedo, Iassy de Castro e
Apolinário de Souza. Surgiu a partir das proximidades de presos políticos com
presos comuns, que passaram a compartilhar experiências e usando o
“Modus Operandi” das guerrilhas revolucionárias da época. Modus Operandi é
uma expressão em latim que significa "modo de operação". É alguém ou algo
que usa o mesmo jeito e aplicação em todas as coisas que realiza, faz tudo
do mesmo jeito de uma mesma forma, de maneira que se identifique por
quem foi feito aquele determinado trabalho. O Estado tentou acabar com o

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conflito, separando os fundadores, mas conseguiu apenas disseminar a nova
ideologia banditista.

• Primeiro Comando da Capital – PCC;


Fundado em 31 de agosto de 1993, na Casa de Custódia de Taubaté no
estado de São Paulo, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem
considerados de alta periculosidade pelas autoridades. Era constituído por
Misael Aparecido da Silva, vulgo "Misa" considerado um dos principais
fundadores, Wander Eduardo Ferreira, vulgo "Eduardo Gordo", António Carlos
Roberto da Paixão, vulgo "Paixão", Isaías Moreira do Nascimento, vulgo
"Isaías", Ademar dos Santos, vulgo "Dafé", António Carlos dos Santos, vulgo
"Bicho Feio", César Augusto Roris da Silva, vulgo "Cesinha", e José Márcio
Felício, vulgo "Geleião". O grupo inicia-se através de uma partida de futebol,
quando alguns detentos brigaram e como forma de escapar da punição - pois
várias pessoas haviam morrido - resolveram iniciar um pacto de confiança.
“Pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e vingar
a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no "massacre do
Carandiru". Em 2001, o PCC tornou-se mais expressivo ao coordenar por
telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistas. O PCC
começou então a ser liderado por “Geleião” e “Cesinha”, responsáveis pela
aliança do grupo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), do Rio de
Janeiro. Considerados "radicais" por uma outra corrente do PCC, mais
"moderada", Geleião e Cesinha usavam atentados para intimidar as
autoridades do sistema prisional e foram depostos da liderança em Novembro
de 2002, quando o grupo foi assumido por Marcos Willians Herbas Camacho,
o “Marcola” ou “Playboy”.
- Conceito de Organizações Criminosas
Crime Organizado Transnacional (Decreto n.º 5.015, de 12/3/04): define
"Grupo criminoso organizado" como sendo o grupo estruturado de 3 ou mais
pessoas, existente há algum tempo e atuando com o propósito de cometer uma
ou mais infrações graves ou enunciadas na Convenção, com a intenção de obter,
direta ou indiretamente, um benefício econômico ou outro benefício material.
"Infração grave" é o "ato que constitua infração punível com uma pena de
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privação de liberdade, cujo máximo não seja inferior a quatro anos ou com pena
superior"; e "Grupo estruturado" é aquele "formado de maneira não fortuita para a
prática imediata de uma infração, ainda que os seus membros não tenham
funções formalmente definidas, que não haja continuidade na sua composição e
que não disponha de uma estrutura elaborada". Os especialistas do Fundo
Nacional Suíço de Pesquisa Científica afirmam que existe crime organizado,
especificamente o transnacional, quando uma organização tem o seu
funcionamento semelhante ao de uma empresa capitalista, pratica uma divisão
muito aprofundada de tarefas, busca interações com os atores do Estado, dispõe
de estruturas hermeticamente fechadas, concebidas de maneira metódica e
duradoura, e procura obter lucros elevados. Para as Nações Unidas,
organizações criminosas são àquelas que possuem vínculos hierárquicos, usam
da violência, da corrupção e lavam dinheiro.
- Principais Facções Criminosas
NR ORD ESTADO ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA SIGLA
1 BAHIA(BA) SEM NOMENCLATURA (presídio de Jequié)
2 CEARÁ (CE) COMANDO NORTE-NORDESTE CNN
AMIGOS DOS AMIGOS ADA
3 ESPÍRITO SANTO(ES)
COMANDO VERMELHO CV
FOCOS DO PRIMEIRO COMANDO
4 GOIÁS(GO) PCC
DA CAPITAL
5 MARANHÃO(MA) NÃO ENCONTRADO
PRIMEIRO COMANDO DA
CAPITAL(poucos integrantes) PCC
6 MATO GROSSO(MT)
COMANDO VERMELHO(poucos CV
integrantes)
PRIMEIRO COMANDO DO MATO
MATO GROSSO DO GROSSO DO SUL PCMS
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SUL(MS) PRIMEIRO COMANDO DA PCL
LIBERDADE
PRIMEIRO COMANDO MINEIRO
PCM
8 MINAS GERAIS(MG) COMANDO DE OPERAÇÕES
COMOC
CRIMINOSAS
9 PARANÁ(PR) PRIMEIRO COMANDO DO PARANÁ PCP
10 PERNAMBUCO (PE) COMANDO NORTE-NORDESTE CNN
11 RIO DE JANEIRO (RJ) COMANDO VERMELHO CV
COMANDO VERMELHO CVJ

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JOVEM(EXTINTO)
AMIGOS DOS AMIGOS ADA
TERCEIRO COMANDO(EXTINTO) TC
TERCEIRO COMANDO PURO TCP
TERCEIRO COMANDO TCJ
JOVEM(EXTINTO)
RIO GRANDE DO
12 PRIMEIRO COMANDO DE NATAL PCN
NORTE(RN)
RIO GRANDE DO MANOS
13 SEM SIGLA
SUL(RS) BRASA
SEM NOMENCLATURA: LIGAÇÃO
14 RONDÔNIA(RO)
COM PCC
PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL
TERCEIRO COMANDO DA CAPITAL
PCC
SEITA SATÂNICA
TCC
COMANDO REVOLUCIONÁRIO
SS
15 SÃO PAULO(SP) BRASILEIRO DA CRIMINALIDADE
CRBC
COMANDO DEMOCRÁTICO DA
CDL
LIBERDADE
CVJC
COMANDO VERMELHO JOVEM DA
CRIMINALIDADE
16 DISTRITO FEDERAL(DF) PAZ, LIBERDADE E DIREITO PLD

- Objetivos das Facções Criminosas


As Facções Criminosas tem por objetivo real a obtenção de recursos
financeiros em benefício exclusivo dos seus membros. Elas mascaram os seus
principais objetivos através de outros interesses, tais como:
a. Luta contra a opressão do Estado;
b. Apoio financeiro aos mais necessitados;
c. Proteção contra agressões e abusos causados por agentes do Estado;
d. Apoio jurídico e social dos membros;
e. Proteção interna contra outros grupos ou indivíduos.
Cabe destacar que CV e PCC se diferenciam na forma de atuação, sendo, o
primeiro norteado por princípios mais objetivos de obtenção do lucro, com a
exploração predominante do trafico nos morros cariocas. Já o PCC, além do

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trafico de drogas (principalmente dentro de presídios), atua na exploração
financeira da massa carcerária, dentro (R$ 50) ou fora (R$ 500) das prisões. O
PCC tem como principais ações criminosas: trafico de drogas, crimes de
seqüestros, extorsões por telefones, roubos a bancos e carros fortes. O CV tem
como principais ações criminosas: o trafico internacional de armas e drogas e
extorsões por telefones. Notadamente, o PCC tem adotado posturas mais
radicais nos últimos anos ( rebeliões de 2001 e 2006), o que fez com o Estado
adotasse posturas mais rígidas.

- Causas das Rebeliões

Normalmente, há motivações específicas que desencadeiam uma rebelião ou


ação de terror, tais como: a aplicação de medidas que dificultam a venda de
drogas, a utilização de celulares, a prostituição, a concessão de visitas
excepcionais, tentativas de isolamento ou neutralização das lideranças, etc.
Apresentam-se como reivindicações de fachadas:
a. Superlotação;
b. Excesso na execução das penas;
c. Falta de trabalho e ensino;
d. Prestação inadequada do serviço de saúde;
e. Péssimas condições de higiene e instalações;
f. Abusos e maus tratos físicos;
g. Extorsões e abusos contra familiares.

- Conseqüências das Facções Criminosas no Sistema Penitenciário e

Segurança Pública

• Sistema Penitenciário

a. Falta de controle do ambiente carcerário;


b. Descuprimento da lei;
c. Favorecimento de extorsões e outros crimes contra os presos
não pertencentes às facções;
d. Favorecimento a corrupção de servidores;
e. Perda do poder de controle e vigilância do estado;

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f. Incapacidade de ambiente propício à reabilitação;
• Segurança Pública
a. Aumento de crimes violentos articulados dentro das unidades
(Seqüestros, homicídios, extorsões, roubos a banco, etc);
b. Aumento da sensação de insegurança na população, com
nuances de ações terroristas (ações PCC 2006);
c. Sentimento de impotência e impunidade;
d. Descrença nas instituições públicas.

- Sistema Penitenciário Federal


• Criado em 2006;
• Objetiva custodiar os presos que tenham liderado rebeliões, sejam lideres
ou integrantes de organizações criminosas de projeção nacional ou que
estejam ameaçados nos sistemas penitenciários estaduais;
• Possui atualmente 04 unidades, em Catanduvas/PR, Campo Grande/MS,
Mossoró/RN e Porto Velho/RO, sendo que as unidades (MS e PR) já
estão em funcionamento;
• Cada unidade tem capacidade para 208 presos;
• A seleção (90 % nível superior);
• O treinamento (3 meses intensivos e aprimoramentos continuados);
• A remuneração (R$ 5.200,00);
• As instalações: modernas, evitam contato físico de agentes e presos, com
ambientes apropriados para cada atividade;
• Procedimentos: talvez o maior diferencial, rigorosos para servidores e
custodiados, claros, objetivos, não permite contato direto não
supervisionado, impõe disciplina aos presos, não permite a entrada de
objetos, alimentos e roupas;
• Equipamentos: um complexo sistema de vigilância eletrônica que
contempla câmeras, sensores, detectores de metais, drogas e explosivos,
armamentos adequados ao uso progressivo da força e a defesa das
instalações, equipamentos e uniformes diferenciados;
• Serviço de inteligência específico: composto por agentes penitenciários
federais, com vivencia e entendimento do funcionamento das

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penitenciárias, que tem recebido treinamento dos serviços de inteligência
da polícia federal, força nacional e ABIN. Possuem equipamento e
instrumentos que permitem o assessoramento estratégico e operacional
do órgão, além de apoiar em várias ações desencadeadas pelo DPF. O
serviço de inteligência do DEPEN tem realizado um acompanhamento dos
presos custodiados no SPF, permitindo identificar suas ligações e ações
criminosas no mundo exterior, alimentando os órgãos de segurança
pública para a neutralização de tais ações.

- Resultados obtidos pelo Sistema Penitenciário Federal


1. Mais de 500 presos provenientes dos estados da federação, com fortes
ligações com o crime organizado já passaram pelo SPF;
2. Atualmente temos a custódia dos presos mais perigosos do país. Muitos
deles com ligações com o crime e terrorismo internacional, tais como;
4. As remoções de presos para o SPF têm produzido efeitos persuasivos diretos
e indiretos na massa carcerária custodiada pelos estados. Houve uma
redução de aproximadamente 66% do número de presos envolvidos em
rebeliões;
5. Antes da inauguração da 1ª penitenciária federal (Catanduvas/PR) a média
mensal de presos envolvidos em rebeliões era de 1.078,5 (considerando o 1º
semestre de 2006). Após a inauguração da citada unidade, tal média mensal
caiu para 196,05(considerando o 2º semestre de 2006 e o ano de 2007);
6. O total de presos envolvidos em rebeliões no ano de 2006 foi de 7.518, já no
ano de 2007, onde se intensificaram as remoções de presos ao sistema
penitenciário federal (STF), o número de presos envolvidos em rebeliões caiu
para 2.482;
7. A região centro-oeste, onde se localiza a unidade de Campo Grande/MS,
teve uma queda no nível de presos envolvidos em rebeliões de 82,97%. No
estado de Mato Grosso do Sul, onde houve um apoio mais direto, inclusive
em operações de segurança dentro das unidades estaduais, esse índice caiu
em 100%, não sendo observado nenhum incidente (rebelião) no ano de 2007.
8. A região Norte teve acentuada elevação nos índices de presos envolvidos em
rebeliões (127,49 %) comparados os anos de 2006 e 2007, contudo, os
estados que fizeram os índices subirem (MA, AC e AM) somente transferiram
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presos ao SPF após as rebeliões que causaram o aumento, portanto,
desconsiderando tal fato, a região também apresentou uma queda em seus
índices de 28%;
9. De forma geral, os quantitativos de presos envolvidos em rebeliões nos entes
federados, que têm presos custodiados pelo SPF, sofreram uma redução de
66,99%, comparados os anos de 2006(ano de funcionamento da PFCAT -
Penitenciária Federal de Catanduvas/PR) e 2007 (ano de funcionamento da
PFCG - Penitenciária Federal de Campo Grande/MS).

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação que podemos tirar através das citações neste trabalho. É


que de fato, as Facções Criminosas existentes no Brasil é uma realidade.
Mas, que pode ser minimizada e não extinta definitivamente. Pois, enquanto

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houver o contato do presidiário com familiares e advogados, podemos ter
trocas de informações entre presídios, gerando as Organizações
Criminosas.
Os resultados obtidos pelo Sistema Penitenciário Federal estão sendo
satisfatórios, à medida que o Crime Organizado perde espaço.

4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Artigo do Palestrante
CUNHA, André de Almeida. I Simpósio Paraibano de Ciências Criminais. 11 e
13 de Setembro de 2008.

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Material da Internet
WIKIPÉDIA. Significado de "Modus Operandi”. Disponível em
http://pt.wikipedia.org Acesso em: 14 de Setembro de 2008.

ESPAÇO ACADÊMICO. Significado de “Crime Organizado”. Disponível em


http://espacoacademico.com.br Acesso em 14 de Setembro de 2008.

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