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Aprendendo a contar os nossos dias

por Ariovaldo Ramos


Há alguns dias estive no aniversário de um grande amigo e ponderei sobre a sábia e
enigmática frase de Moisés: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos
coração sábio." (Sl 90.12). Parece que esse conselho, do grande libertador, sempre nos vem à
mente nessas ocasiões. Porém, apesar da beleza da fala do homem de Deus, permanece o
desafio do tipo "decifra-me ou o devorarei": o que significa contar os dias da maneira proposta?
Não sei se alguém tem a resposta, mas eu gostaria de propor uma.
Jesus Cristo, certa feita, disse: - "E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei
amigos." (Lc 16.9). Na ocasião, ele estava respondendo ao ataque de alguns fariseus, que
estranhavam o fato de Jesus estar recebendo publicanos e pecadores. Por uma questão de
justiça para com os fariseus é preciso que se diga que, em princípio, eles tinham razão:
publicanos e pecadores não eram simples almas perdidas; eram membros do povo de Israel
que traíram ao seu Deus e ao seu povo! Não tivessem os romanos privado os judeus de
aplicarem a justiça, tais pessoas teriam sido apedrejadas. Para dar essa resposta, o Senhor
lançou mão de quatro parábolas: a ovelha perdida, a dracma perdida, o filho perdido e o
administrador infiel.
Na primeira, fala de um pastor que abandona, no campo, 99 ovelhas e vai atrás da que se
perdeu. Uma loucura! Deixar seu aprisco à deriva de ladrões e animais selváticos e, mais,
quando volta, vai festejar o achado. E as demais ovelhas? Uma loucura! Com essa parábola
Jesus parece confirmar que ao receber publicanos e pecadores estava, aparentemente,
fazendo uma loucura, mas Ele viera para isso mesmo: cometer uma ´loucura´ pela salvação
dos homens.
Na segunda parábola Jesus explica o porquê da disposição à loucura, o valor do homem:
embora para os fariseus o publicano e o pecador valor nenhum tivessem, Jesus os via de modo
diferente. E como a senhora que, perdendo uma dracma, cerca de R$ 0,30, desarruma tudo
concedendo a moeda um valor que de fato não possuía, assim, também, para Jesus o ser
humano mais pecador é tão valioso que vale a pena desarrumar tudo para achar um, como fez
a mulher que perdeu a dracma.
Na terceira parábola o Senhor, num primeiro momento, concorda com os fariseus, os
publicanos e os pecadores são os filhos que, como o filho pródigo, por vontade própria, se
apartaram do Pai amoroso. Porém os fariseus, representados pelo irmão mais velho, não
conseguiram se sintonizar com o coração do Pai vez que, confiados em seus pretensos méritos
próprios acabaram por desenvolver um senso de justiça própria, que os tornou incompassivos
e judiciosos.
Por fim, por meio da parábola do administrador infiel Jesus acusa os fariseus de estarem mal
administrando fortuna alheia, tanto a vida quanto o conhecimento lhes foi legado e este saber
deveria ter-lhes desenvolvido o senso da impossibilidade, ou seja, a consciência de que,
jamais, por si mesmos, conseguiriam viver segundo tão elevado padrão e que, o melhor que
poderiam fazer era, a partir do que sabiam, diminuir a distância entre os pecadores e Deus pela
compreensão, pelo amor, pela bondade, pelo ensino, fazendo amigos a partir de riqueza alheia,
pois tanto a vida como a revelação pertencem a Deus. "Para que, quando aquelas (a vida e a
sabedoria) vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos." (Lc 16.9).
Ao recomendar aos mestres da lei que usassem a vida e o conhecimento para fazer amigos
para a eternidade, o Senhor respondeu nossa pergunta: - Como viver de modo a alcançar
coração sábio? E a resposta de Jesus é: - Vivendo para fazer amigos, pessoas de quem nos
aproximamos para aproximá-las de Deus e, para dEle, por elas, sermos aproximados.
Por quê?
Porque como disse o psicólogo suiço Hans Burky:- "O Reino de Deus é um reino de amigos."
Porque amigo é esteio nas horas difíceis: "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o
irmão." (Pv 17.17). Porque amigo é fonte de amadurecimento: "Como o ferro com o ferro se
afia, assim o homem, ao seu amigo." (Pv 27.17). Porque amigos são para sempre. Embora, na
ressurreição, nem nos casaremos, nem nos daremos em casamento; sendo, porém, como os
anjos no céu (Mt 22.30), teremos amigos: aqueles amigos que nos receberão nos tabernáculos
eternos! (Lc 16.9).

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