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CONSIDERAÇÕES SOBRE O Livro “Psicologia e Currículo”, de César Coll.

PRIMEIRA PARTE

Capítulo I

César Coll é um emérito pesquisador espanhol, com relevantes serviços educativos


prestados para seu país, principalmente no tocante à formulação e implementação da
reforma curricular. No Brasil, César Coll trabalhou como consultor do MEC na
elaboração dos “Parâmetros Curriculares Nacionais”, a serem aprovados pelo Conselho
Nacional de Educação, e serviram como marco referencial para o estabelecimento de
diretrizes pedagógicas do “Ensino Fundamental”.

Os resultados de César Coll fundamentam-se principalmente nas teorias de Piaget e


Vigotsky, bem como Ausebel e Bruner, e traduzem uma proposta baseada nos
princípios construtivistas e psicopedagógicos, ou seja, uma interação entre a pedagogia
e a psicologia, como parâmetros da ação educativa. Em seu livro “Psicologia e
Currículo”, César Coll se propõe (no Capítulo 4º) a formular um plano curricular
estratégico que procura abordar os conteúdos através do que é mais geral e simples ao
mais particular, detalhado e complexo; do assunto que possui natureza mais concreta
àquilo que é mais abstrato; o ensinar de forma psico-genética e aprender de forma
histórico-crítica.

Basicamente, o modelo de projeto curricular de Coll parte de uma discussão sobre a


finalidade da educação, das relações entre aprendizagem, desenvolvimento e educação,
atentando igualmente às funções do currículo em relação ao planejamento do ensino, em
linhas gerais.

Na elaboração de uma Proposta Curricular, César Coll considerou que as seguintes


exigências devem ser atendidas:

1. a proposta deve ser concreta, operacional, flexível e fácil de ser utilizada, em um


período razoável de tempo;

2. o projeto curricular formulado deve ser concreta, garantindo continuidade através da


estruturação ordenada e coerente de cada disciplina, respeitando as diferenças de cultura
locais (ou regionais), bem como os diferentes níveis ou etapas da escolarização
considerada obrigatória;

3. o modelo proposto deve ser flexível em relação às exigências epistemológicas dos


conteúdos abordados (língua materna e estrangeira, matemática, Ciências, Estudos
Sociais, Artes, tecnologia, educação Física, etc.). Lembrando que epistemologia
significa: “estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das Ciências já
construídas, e que visa determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo
delas. (...)”; e

4. a proposta deve ser baseada no modelo aberto de currículo, de modo que tenha
flexibilidade suficiente de adaptação em função do acelerado ritmo de transformação
dos tempos atuais, bem como se adaptar às características gerais dos alunos em questão.
Além dessas exigências, três aspectos devem ser considerados imprescindíveis:

· Relacionar o currículo a um projeto social e cultural, dentro do contexto da sociedade


atual (componente sociológico). Isto eqüivale dizer que o currículo não deve ser apenas
de natureza puramente técnica;

· Viabilizar a concepção construtivista: como se ensina e como se aprende; e

· Insistir na atenção à diversidade de capacidades, interesses e motivação dos alunos -


ênfase ao conceito de Inteligências Múltiplas, que está diretamente relacionado às
propostas construtivistas.

Assim, em relação às fontes do currículo, podemos observar três principais vertentes


contrastantes, mas não excludentes: os “progressistas”; os “essencialistas”; e os
“sociólogos”.

Os progressistas “destacam a importância de estudar a criança a fim de descobrir seus


interesses, seus problemas, seus propósitos e suas necessidades” – vertente
psicopedagógica -, sendo estas informações de enorme importância para a determinação
dos objetivos curriculares.

“Os essencialistas, por seu lado, consideram que os objetivos devem ser extraídos de
uma análise da estrutura interna dos conteúdos de ensino, das áreas de conhecimento.” –
tal vertente é geralmente formada por especialistas adeptos à linha científico-
cognitivista.

A tendência sociológica, por fim, acredita que a fonte de informação principal para
selecionar os objetivos curriculares encontra-se “na análise da sociedade, dos seus
problemas, necessidades” imediatas e de suas características estruturais básicas.

Para a elaboração estrutural de um currículo de ensino moderno, todas as tendências


acima devem ser consideradas. Por isto, não se pode tentar compreender cada uma de
maneira isolada quando se analisa um projeto curricular, pois apenas a conjugação das
três vertentes que trarão importantes contribuições para a concretização de um currículo
adequado às necessidades gerais dos alunos.

Capítulo II

A elaboração de um projeto curricular pressupõe a tradução, em relação à


funcionalidade, de três princípios considerados básicos: (1) ideológicos; (2)
pedagógicos; e (3) psico-pedagógicos. Portanto, o currículo é um elo entre:

· a declaração dos seus princípios e objetivos gerais, bem como uma prévia prescrição
de sua aplicação operacional;

· a teoria educacional e a realidade do aluno e do meio ambiente que o cerca – o que irá
gerar a prática pedagógica observável no dia a dia;
· o planejamento educativo e a ação pedagógica;

· entre o que se prevê, ou seja, o que é prescrito, e o que realmente acontece em sala de
aula.

Segundo César Coll, em seu livro "Psicologia e Currículo":

“(...) o crescimento pessoal é o processo pelo qual o ser humano torna sua
a cultura do grupo social ao qual pertence, de tal forma que, neste processo,
o desenvolvimento da competência cognitiva está fortemente vinculado ao tipo
de aprendizagem específicas e, em geral, ao tipo de prática dominante.”

A finalidade primordial da educação é promover o crescimento dos seres humanos, e


isto significa educá-los para um determinado tipo de sociedade. Isto pode acontecer de
duas maneiras:

1. uma pessoa educada é a que se desenvolveu, que evoluiu de níveis inferiores no meio
físico-social até a níveis superiores; ou

2. uma pessoa educada é a que aprendeu um conjunto de conceitos, explicações e


habilidades, práticas e valores que caracterizam uma determinada cultura – e que, por
isto permitem a adaptação do indivíduo no seio de tal cultura.

Cada uma dessas interpretações pressupõe uma ação pedagógica diferente e, portanto,
currículos diferentes. Dentro de uma civilização tecnologicamente avançada como a
nossa, a ação pedagógica deve potencializar as linhas naturais do desenvolvimento
cognitivo e afetivo, mais do que a aprendizagem específica o faria (Kohlberg).

De acordo com o enfoque cognitivo-evolutivo, o crescimento que a ação pedagógica


deve potencializar (ou catalisar) é o que segue as linhas naturais do desenvolvimento,
pois, numa sociedade tecnologicamente avançada, existem sempre limites para a
cognição natural e informal de seus componentes.

Segundo Kohlberg e Mayer, a psicologia do desenvolvimento – que enfatiza


aprendizagens específicas - constitui o único ponto de partida para as metas
educacionais, constituindo-se a única forma existente capaz de anular os efeitos
reprodutores e conservadores da educação formal. Porém, cabe observar que:

“Do ponto de vista da alternativa que interpreta o crescimento educativo como resultado
de aprendizagens específicas, critica-se o enfoque congnitivo-evolutivo e denuncia-se o
caráter circular de seus argumentos: se as aprendizagens específicas introduzissem
modificações nos universais do desenvolvimento cognitivo (as estruturas operatórias),
estes deixariam de ser universais; o que os define como tais é precisamente sua relativa
impermeabilidade à influência de fatores ambientais específicos.”

Resumindo, a controvérsia existente na interpretação do crescimento educativo (como


desenvolvimento) pode ser colocada nos seguintes termos: enquanto o enfoque
cognitivo-evolutivo considera que a meta primordial da educação deve ser promover,
facilitar e acelerar os processos naturais e universais do desenvolvimento, o enfoque
alternativo considera que a educação deve ser orientada para a promoção das mudanças
que dependam da aprendizagem.

César Coll considera que ambas posturas contêm parte da verdade, mas não concorda
com processos evolutivos e processos de aprendizagem “química puros”, vistos
isoladamente. Portanto, Coll confere ênfase à diferença entre Cultura e a Educação. A
Cultura engloba aspectos múltiplos: conceitos, linguagem, ideologia, costumes,
tradições, valores, crenças, tipos de organização familiar, econômica, social, etc. –
aspectos culturais estes que não podem ser ignorados na elaboração de um currículo. Já
a Educação, tanto no sentido formal quanto informal, designa o conjunto de atividades
em que um grupo propicia a seus membros a aquisição da experiência social
historicamente acumulada.

O CONCEITO DE CURRÍCULO

“(...) entendemos o currículo como o projeto que preside as atividades educativas


escolares, define suas intenções e proporciona guias de ação adequadas e úteis para os
professores, que são diretamente responsáveis pela sua execução. Para isto, o currículo
proporciona informações concretas sobre o que ensinar, quando ensinar, como ensinar e
quando, como e o que avaliar. (...)”

Que papel desempenha o currículo nas atividades educativas escolares? Qual sua
principal função ? A primeira função do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar
claramente o projeto, o objetivo, as intenções e o plano de ação que preside as
atividades educativas escolares.

Os componentes do currículo podem agrupar-se em quatro capítulos:

1. proporcionar informações sobre o que ensinar;


2. proporcionar informações sobre quando ensinar;
3. proporcionar informações sobre como ensinar;
4. proporcionar informações sobre o que, como e quando avaliar.

O Projeto Curricular deve igualmente levar em conta cada um dos grandes estágios do
desenvolvimento cognitivo teorizado por J.Piaget:

· sensório-motor: 0-2 anos, aproximadamente;


· intuitivo: 2 a 4/5 anos;
· pré-operatório: 4/5 a 7/8 anos;
· operatório-formal (per. Das operações concretas): 7/8 a 11/14 anos.

Deve-se levar em conta o que o aluno é capaz de aprender sozinho e o que necessita da
ajuda do professor. O ensino eficaz é aquele que considera o que já é significativo para
o aluno, respeitando o nível de desenvolvimento do mesmo, não o deixando jamais
acomodar, mas sempre o fazendo progredir em direção a novas “zonas de
desenvolvimento proximal”. Se o novo material de aprendizagem se relacionar de forma
substantiva e não arbitrária com o que o aluno já sabe, estaremos diante da
aprendizagem significativa. Se, ao contrário, o aluno se limitar a memorizar, sem
estabelecer relações com seus conhecimentos prévios, estaremos diante da
aprendizagem repetitiva, memorística ou mecânica (Ausubel, Robinson, Novak).

A aprendizagem significativa requer duas condições: (a) o conteúdo deve ser


significativo, isto é, ser utilizável pelo aluno, quando necessário; e (b) o aluno deve
estar motivado. Ademais, cabe distinguir entre a memorização mecânica e repetitiva, de
escasso interesse, e a memorização compreensiva – que é saudável e positiva.

Aprender a aprender: o objetivo mais ambicioso da educação é o de realizar a


aprendizagem útil e significativa - para quem aprende – através de um confronte de
esquemas de conhecimento, que se constituem em estruturas de informações e dados.
Assim, o objetivo da educação passa a ser a modificação dos esquemas de
conhecimento, através da revisão, do enriquecimento, da diferenciação, da construção e
reconstrução de dados, da coordenação progressiva das informações, etc. – sempre em
conformidade com o modelo das estruturas cognitivas de Piaget.

Entre as questões prévias na formulação do Projeto Curricular está a “elaboração do


currículo”, que poderá oscilar em dois extremos: a concepção centralizadora (fechada),
em que o currículo estabelece prévia e minuciosamente os objetivos, o material didático
adotado e os métodos que os professores irão utilizar; e a concepção descentralizadora
(aberta), onde essas tarefas competem exclusivamente ao professor ou a uma equipe de
professores (descrição maniqueísta de Wickens). César Coll dará preferência à
concepção aberta de elaboração curricular, posto que ela apresenta uma maior
flexibilidade, o que permite ao professor ser capaz de mudar suas estratégias no decorrer
do processo educativo, mudando o plano curricular de acordo com as necessidades
vigentes.

O PROJETO CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE CESAR


COLL - capítulos III e IV

Aprender não significa, apenas, tomar conhecimento e reter na memória. A nova


abordagem construtivista representa uma nova metodologia de construção do
conhecimento, no quadro da ação educativa e na interação do processo ensino
(professor)/aprendizagem (aluno). A preocupação fundamental não é acumular
conhecimento, mas sim selecionar informações
para saber o que fazer com elas. (gerenciá-las).

Ao tratar de configurar o caráter prático da relação ensino/aprendizagem, a idéia básica


consiste em identificar: quem aprende, como se aprende, porque se aprende e para que
se aprende.

Existem duas formas de aprendizagem baseadas no desenvolvimento teorizadas por


Piaget: a aprendizagem repetitiva, memorística ou mecânica e a aprendizagem
significativa. Na aprendizagem repetitiva, o aluno se limita a memorizar, sem saber para
que serve o conhecimento. Na aprendizagem significativa, o aluno enriquece o que já
sabe (conhecimento prévio) com os novos conhecimentos, garantindo não só a
continuidade da aprendizagem, mas permitindo ir galgando níveis superiores de
conhecimento. Esse é o enfoque cognitivo-evolutivo, a ação pedagógica que visa a
potencializar as linhas naturais do desenvolvimento cognitivo e afetivo.
O QUE ENSINAR

O Projeto Curricular proposto por Cesar Coll traduz uma visão do ponto de vista do
ensino e não propriamente da aprendizagem. O seu Projeto Curricular compreende
quatro capítulos: 1) que ensinar; como ensinar; quando ensinar; e que, como e quando
avaliar.

Assim, as atividades educativas escolares caracterizam-se por ser atividades


intencionais, o que significa que tratam de responder a alguns propósitos (objetivos) e a
perseguir a consecução de algumas metas (resultados). Coll cita Hameline, que propôs a
expressão “intenções educacionais” para designar:

“os enunciados mais ou menos explícitos dos efeitos esperados em um prazo mais ou
menos longo e com maior ou menor certeza e interesse pelos educadores, alunos,
planejadores e responsáveis educativos, sem esquecer a sociedade na qual ocorre o
processo educativo.”

A partir dai, Coll estabelece que uma das tarefas do Projeto Curricular é:

“proceder à análise, classificação, identificação e formulação das intenções que


presidem o projeto educacional.”

Constam do Projeto:

- inventário e a seleção das intenções possíveis


- a formulação de objetivos educacionais para guiar e planejar a ação pedagógica
- a organização e sequenciação temporal das intenções
- a avaliação, que consiste em verificar se a ação pedagógica corresponde às intenções.

A questão básica, diz Coll, é passar das intenções à formulação, ou seja, da formulação
das intenções à formulação (enunciado) dos objetivos. Possivelmente, a mais acurada
classificação das intenções educativas é a de Hamelina: 1) finalidade; 2) metas
educacionais,; 3) objetivos gerais: finais e intermediários; e 4) objetivos específicos ou
operacionais.

Por outro lado, Romiszowski enumera como vias de acesso à concretização das
intenções educativas: 1) o conteúdo, isto é, as matérias concretas, 2) as atividades e 3)
os resultados, considerando, numa especulação esquemática, três elementos: 1) o input
(conteúdo), 2) o output (resultado) e 3) o processo mecanismo que vai do input ao
output. Em sentido um pouco distinto, Bruner considera que os efeitos desejáveis da
educação não devem dar tanta ênfase aos conhecimentos específicos, mas, sim, à
aquisição de destrezas cognitivas.

Segundo Bruner, o aluno deve ser ensinado de tal forma que, no futuro, possa continuar
aprendendo sozinho, isto é, deve adquirir capacidade para identificar a informação
relevante, interpretá-la, classificá-la e relacioná-la com a informação adquirida
anteriormente. Para tanto, diz Bruner, sugere-se os seguintes objetivos educativos:

- desenvolver na criança um processo de colação de perguntas;


- ensinar uma metodologia de pesquisa;
- desenvolver a capacidade da criança para formular hipóteses e tirar conclusões;
- e realizar discussões em classe, escutar os colegas e expressar suas próprias opiniões.

Um ponto importante na elaboração do Projeto Curricular é a relação ou interação entre


o aluno e o conteúdo (matérias), que alguns autores chamam de “encontro”. Klafki
propõe 5 critérios para a seleção de conteúdo:

1) a importância da matéria em relação a sua representatividade;


2) sua relevância na vida atual dos alunos; 3) a influência que deverá ter na vida futura
dos alunos; sua estrutura material e significativa;
seu grau de adequação ao nível de interesse e de compreensão dos alunos - É difícil,
porém, entender como isso poderia ser feito em se tratando de uma turma com 30 ou 40
alunos, cuja origem, o nível econômico, as vocações e os interesses bastante
heterogêneos.

Para Schwab, a análise das matérias e de suas estruturas substanciais deve ser o
elemento orientador do planejamento do ensino. Já para Brugelmann, inspirado em
Eisner, os “currículos abertos” são os projetos de ensino que não aludem ao
comportamento final do aluno, limitando-se a indicar situações nas quais se realizará a
aprendizagem.

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