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EDLAYNE SOARES DA SILVA LIMA

MARIA JOSÉ FORTUNATO DA FONSECA


MARIA JOSÉ
ZAILDA GUIMARÃES

UMA VISÃO REFLEXIVA DA PROPOSTA DE


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
2

TANGARÁ DA SERRA – MT, OUTUBRO DE 2009.

INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO


FACULDADES INTEGRADAS MATOGROSSENSES
DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
INSTITUCIONAL MT DE PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
PSICOPEDAGOGIA, EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS

EDLAYNE SOARES DA SILVA LIMA


MARIA JOSÉ FORTUNATO DA FONSECA
MARIA JOSÉ
ZAILDA GUIMARÃES

Monografia apresentada como requisito final para a obtenção


de Especialista em Psicopedagogia , Educação Infantil e Séries Iniciais

LICELOTE ARTMANN FRANKE

TANGARÁ DA SERRA – MT, OUTUBRO DE 2009.


3

UMA VISÃO REFLEXIVA DA PROPOSTA DE


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

EDLAYNE SOARES DA SILVA LIMA


MARIA JOSÉ FORTUNATO DA FONSECA
MARIA JOSÉ
ZAILDA GUIMARÃES

Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do titulo de


Especialista em Psicopedagogia, Educação Infantil e Séries Iniciais e aprovada
em sua forma final pelo Instituto Cuiabano de Educação, Faculdades Integradas
Matogrossenses de Ciências Sociais e Humanas, Institucional MT de Pós-
Graduação através de sua Diretoria de Pós-Graduação.

RAUL DOMINGOS VALLE MONTEIRO


COORDENADOR DO CURSO

LICELOTE ARTMANN FRANKE


ORIENTADORA
4

Dedicamos as nossas famílias por


entender nossos momentos de ausência e em
especial aqueles que nos orientaram nesta
monografia.
5

Agradeçemos primeiramente a
Deus, por ter nos dado forças iluminando
nossa mente, durante este trabalho de
pesquisa, por estar concluindo mais uma
etapa em nossa vida profissional. E em
especial ao Hotel Colibri pelo espaço
cedido e aos mestres que nos
incentivaram no decorrer desta
caminhada.
6

Saber que ensinar não é transferir


conhecimento, mas criar as
possibilidades a sua própria produção ou
a sua construção.
(Paulo Freire)
7

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho é proposto como tema: “Uma visão Reflexiva na


Proposta de Alfabetização e Letramento”. Evidenciando que a aprendizagem da
leitura e da escrita em certos contextos educacionais busca a expansão das
possibilidades do uso da linguagem, entendido como práticas sociais históricas e
culturais.

Este trabalho está embasado em teorias que sustentam as Propostas de


Alfabetizar letrando, tem como objetivo “reconhecer e valorizar a importância de
alfabetizar letrando no processo ensino-aprendizagem” também fizemos uma
reflexão em relação as nossas praticas pedagógicas em sala de aula enquanto
educadoras. Hoje, entendemos que saber ler e escrever de forma mecânica não
garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que
circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e
letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
8

Progressivamente, o termo Alfabetização e Letramento, passaram a


designar o processo não apenas de ensinar e aprender as habilidades de
codificação e decodificação, mas também o domínio dos conhecimentos que
permitem o uso dessas habilidades nas praticas sociais de leitura e escrita.

Implícita nesse conceito está a idéia de que o domínio e o uso da língua


escrita travem conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas,
linguísticas, seja para o grupo social ou para o individuo que aprenda a usa-la.

Além de estarmos discutindo a Importância da linguagem como forma de


interação e os conceitos de alfabetização e letramento abordaremos a
importância da Leitura e da escrita na proposta de Alfabetização e Letramento, a
fim de que o educador possa incentivar a leitura e a escrita de diferentes gêneros
textuais, com o propósito de que os educandos se formem verdadeiros leitores e
escritores.
9

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ..........................................................................................04

AGRADECIMENTO ...................................................................................05

EPÍGRAFE .................................................................................................06

APRESENTAÇÃO .....................................................................................07

INTRODUÇÃO............................................................................................11

CAPITULO I – A IMPORTANCIA DA LINGUAGEM COMO FORMA DE


INTERAÇÃO ..............................................................................................13

CAPITULO II – CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO..15


2.1- ALFABETIZAÇÃO................................................................
2.2 - LEITURA E ESCRITA NA PROPOSTA DE ALFABETIZAÇÃO
E LETRAMENTO..................................................................................... 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... ...............28 .


10
11

INTRODUÇÃO

A linguagem é a expressão do nosso pensamento, idéias e sentimentos e


a sua função é permitir que exista a comunicação. Sendo uma habilidade para
receber, compreender informações e mostrar significados através da fala gestos
e escrita. Portanto, a alfabetização deverá desenvolver em um contexto de
letramento como inicio da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de
habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. Alfabetizar letrando
é ensinar a ler e escrever o mundo, ou seja, no contexto das práticas sociais da
leitura e da escrita, tendo em vista que a linguagem é um fenômeno social.
Partindo desse pressuposto, organiza-se essa monografia da Pós-Graduação em
Psicopedagogia - Educação Infantil e Séries Iniciais que será apresentada como
requisito final.

Justifica-se esse trabalho pela necessidade de obter informações sobre o


processo de ensino aprendizagem de leitura e escrita no ambiente escolar.
Entendemos que alfabetização não consiste apenas em ensinar, mas
diagnosticar, planejar, informar, orientar, exemplificar, entender e comunicar.
Com base neste exposto, analisamos com maior seriedade possível as situações
que se manifestam nas práticas escolares, optamos por abordar sobre A
Proposta de Alfabetização e Letramento.

Esta monografia tem como principal objetivo reconhecer e valorizar a


importância de se alfabetizar letrando no processo ensino-aprendizagem. Para
realizar esta pesquisa tivemos como suporte uma revisão bibliográfica, além de
fazermos uma reflexão das nossas práticas pedagógicas em sala de aula.
12

Entendemos que ensinar é muito mais que transmitir informações, e foi com esta
perspectiva que tivemos uma visão reflexiva acerca desse tema enquanto
professoras alfabetizadoras.

Percebemos que aprender a ler e a escrever é apropriar-se do código


linguístico-gráfico e tornar-se de fato, um usuário da leitura e da escrita. Portanto
numa sociedade letrada o objetivo do ensino deve ser o de aprimorar a
competência e melhorar o desempenho linguístico do educando, tendo em vista a
integração e a mobilidade sociais dos indivíduos, além de desenvolver o ensino
numa perspectiva produtiva. Por isso o ensino da leitura e da escrita deve ser
entendido como pratica de um sujeito agindo sobre o mundo para transformá-lo e
afirmar a sua liberdade e fugir à alienação.

Este trabalho encontra-se organizado como o seguinte subtítulo: O


primeiro – A importância da Linguagem como forma de Interação e o segundo
Conceituando Alfabetização e Letramento e 3 Leitura e Escrita proposta de
Alfabetização e Letramento.
13

CAPÍTULO – I –

A IMPORTANCIA DA LÍNGUAGEM COMO FORMA DE


INTERAÇÃO

A linguagem é um processo de interlocução que se realiza nas praticas


sociais existentes nos diversos grupos de uma sociedade. Interagir pela
linguagem significa dizer alguma coisa a alguém, de certa forma, num
determinado contexto histórico e em determinadas circunstâncias.

Os indivíduos se interagem pela linguagem, tanto numa conversa informal


quanto pela escrita. Portanto, pela linguagem é possível expressar idéias,
pensamentos, intenções estabelecendo intenções interpessoais anteriormente
inexistentes e influenciar os outros modificando as representações que fazem da
realidade. Com base no PCN “Á língua é um sistema de signos histórico e social
que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade.” Assim, aprendê-la é
aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e com
eles os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e
interpretam a realidade e a si mesmas.

Percebemos que o uso eficaz da linguagem deve atender as necessidades


pessoais, determinadas de acordo com as demanda sociais de cada momento h
histórico. E ainda, na interação social condição de desenvolvimento da
linguagem, que o sujeito se apropria desse sistema linguístico, no sentido de que
constrói com os outros, os objetivos lingüísticos, no sentido de que constrói com
14

os outros os objetivos lingüísticos de que se vai utilizar na medida em que se


constitui a si próprio como locutor e aos outros como interlocutores.

As práticas de linguagem que ocorrem no espaço escolar diferem das


demais, porque promovem a reflexão. E é por meio dessa reflexão sobre a
linguagem é que se dá a construção de instrumentos que permitirão ao sujeito o
desenvolvimento da competência discursiva para falar, escutar, ler e escrever
nas diversas situações de interação possibilitando ao individuo o acesso aos
saberes lingüísticos, necessários para o exercício da cidadania. Ao mesmo
tempo em que enriquece as possibilidades de comunicação e expressão,
representando um potente veículo de socialização. Considerando que cada
língua carrega em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo,
o qual se relaciona a características de culturas e grupos sociais singulares,
construindo um sentido da pertinência social.

De acordo com Possari e Neder (2005): “Através da linguagem, o homem


representa para si o mundo, sendo, pois sua função refletir seu pensamento e
seu conhecimento de mundo.” (p. 21) Com base na citação acima, analisamos
que nesta concepção o homem representa para si o mundo, pois já nasce com a
capacidade de exteriorizar seu pensamento, que é gerado no seu psiquismo,
tendo que haver uma organização lógica para seu pensamento, refletindo
também o seu conhecimento. É com esta perspectiva que compreendemos a
importância da leitura de mundo, do mundo individual, mas que também não é o
suficiente para o ser humano, pois a mesma traz rica experiências de
compreensão, mas é necessário fazer parte da alfabetização em uma escola,
conhecer o novo mundo, palavras novas se interagir com o meio para que possa
aprender a ler, construir, criar ou montar expressões escrita e oral, porque a
leitura torna-se a pessoa critica, transformadora e compreensiva. É por isso que a
leitura critica da realidade inicia-se num processo de alfabetização, da percepção
critica do que é cultura e da transformação do mundo e do trabalho humano.
15

Ao longo das ultimas décadas trazem como ponto positivo a introdução ou


o resgate de importantes dimensões da aprendizagem significativas e das
interações, bem como dos usos sociais da escrita e da leitura, articulados a uma
concepção mais ampla de alfabetização e letramento. Entendemos assim, que
não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar, trata-se de alfabetizar
letrando, também não se trata de pensar os dois processos como seqüenciais,
isto é, vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie para a
alfabetização, ou como se a alfabetização fosse condição indispensável para o
inicio de processo de letramento.

Vale ressaltar que o desafio que se coloca para os primeiros anos da


Educação Fundamental é o de conciliar esses dois processos, assegurando aos
alunos a apropriação do sistema alfabético – ortográfico e condições
possibilitadoras do uso da língua nas praticas sociais de leitura e escrita.
Considerando que os alfabetizandos vivem numa sociedade letrada, em que a
língua escrita está presente de maneira vivível e marcante nas atividades
cotidianas, inevitavelmente eles terão contato com textos escritos e formularão
hipóteses sobre sua utilidade, seu funcionamento, sua configuração. Excluir essa
vivencia da sala de aula, por um lado pode ter o efeito de reduzir e artificializar o
de aprendizagem que é a escrita possibilitando que os alunos desenvolvam
concepções inadequadas e disposições negativas a respeito desse objeto.

Por outro lado deixar de explorar a relação extra-escolar dos alunos como
a escrita significa perder oportunidades de conhecer e desenvolver experiências
culturais, ricas e importantes para a integração social e o exercício da cidadania.
Reconhecemos que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que
contempla de maneira articulada e simultânea, a alfabetização é o letramento.
16

CAPÍTULO – II –

CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Entendemos Alfabetização como o processo especifico e indispensável de


apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e
ortográfico que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia. Enquanto
pode-se entender o letramento como o processo de inserção e participação na
cultura escrita. Trata-se de um processo que tem inicio quando a criança começa
a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas,
rótulos, embalagens, comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida,
com a crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem
a língua escrita: Segundo Garcia (1992) “O domínio do código escrito-padrão,
para participar, discutir, criar e fazer, se preciso, mudar o rumo da história.” (p.
36)

Notamos a importância de se trabalhar numa proposta diversificada


havendo compreensão e entendimento entre alfabetização e letramento.
17

Sabemos que a uma diferença entre saber ler e escrever, ser alfabetizado,
e viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever. Ou seja: a pessoa
que aprende a ler e a escrever - que se torna alfabetizada - e que passa a fazer
uso da leitura e da escrita, a envolver-se nas práticas sociais de leitura e de
escrita é diferente de uma pessoa que ou não sabe ler e escrever. É partindo
desses conceitos é que podemos entender melhor a definição da palavra
letramento.

A palavra letramento ainda não está dicionarizada, porque foi introduzida


muito recentemente na língua portuguesa, tanto que quase podemos datar com
precisão sua entrada na nossa língua, identificar quando e onde essa palavra foi
usada pela primeira vez. Esta palavra pressupõe que quem aprende a ler e a
escrever e passa a usar a leitura e a escrita, a envolver-se em práticas de leitura
e de escrita, torna-se uma pessoa diferente, ou seja torna-se uma pessoa,
culturalmente e socialmente uma pessoa letrada já não é a mesma que era
quando analfabeta ou iletrada, ela passa a ter uma outra condição social e
cultural - não se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social,
cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua
inserção na cultura - sua relação com os outros, com o contexto, com os bens
culturais torna-se diferente. Há a hipótese de que tornar-se letrado é também
tornar-se cognitivamente diferente, a pessoa passa a ter ações diferentes em
suas colocações lingüísticas.

Portanto letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler


e a escrever bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em
práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um
indivíduo, como conseqüência ter-se apropriado da língua escrita e de ter se
inserido num mundo organizado diferente: ou seja, a cultura escrita. Ou seja, ter
aprendido a ler e a escrever e ter apropriados e assumidos os mesmos
adequadamente.
18

Conclui-se que há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das


necessidades, das demandas do indivíduo e de seu meio, do contexto social e
cultural.

2.1 Alfabetização

Alfabetização é um processo pelo quais as pessoas aprendem a ler e a


escrever. No entanto, esse aprendizado vai muito além de “transcrever” a
linguagem oral para a linguagem escrita. Alfabetizar-se não é apenas copiar,
saber os nomes das letras, decifrar palavras. Aprender a ler e a escrever é
apropriar-se do código lingüístico-gráfico e tornar-se, de fato, um usuário da
leitura e da escrita.

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização


como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é
definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas
variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas
habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do acto de ler, mas na
capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir
conhecimento.Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão
concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de
textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A
alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de
compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um
indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de
novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e
a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator
propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da
sociedade como um todo.
19

O processo de alfabetização é um proceso contínuo ele não se restringe á


aprendizagem da leitura e escrita ele é muito mais amplo. A alfabetização popde
ser compreendida como o aprenddizado do alfabeto e de sua utilização de código
de comunicação, sendo definida como um processo que não resume apenas a
aquisição das habilidades mecânicas do ato de ler mas da capacidade de
interpretar compreender, critticar e produzir conhecimento.

Também a alfabetização é um processo permanente que nãose restringe a


aprendizagem da leitura e da escrita e que tem forte influência na vida social das
pessoas, bem como no desenvolvimento do cidadão. Soares (2003) afirmar que:

A alafabetização é “ em seu sentido próprio, específico, processo de


aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita.” Além disso
afirma que “ a alfabetização é um processo de representação de fonemas e
grafemas, e vice –versa, mas é também um processo de compreensão/
expressãode significados por meio do código escrito, assim é preciso
reconhecer a alfabetização como necesária como proceso sistemático de
ensino e não só de aprendizagem da escrita alfabética.

2.2 - Leitura e Escrita na proposta de Alfabetização e Letramento

Um dos principais desafio pedagógicos a serem enfrentados pela escola é


garantir que todos os educandos se alfabetizem na etapa adequada e que se
desenvolvam suas habilidades de leitura e escrita ao longo de toda a educação
básica. Percebemos que o domínio da leitura e da escrita é condição para o bom
desenvolvimento de outros conceitos para que o cidadão possa continuar
aprendendo e se desenvolvendo com autonomia.
20

Sabemos que ensinar a ler e escrever é uma das principais tarefas da


escola. A leitura e a escrita são muito importantes para que os indivíduos
exerçam seus direitos, possam trabalhar e participar na sociedade, se informar e
aprender coisas novas ao longo de toda a vida. De acordo com Cafliari (1998):

A alfabetização é ensinar a ler e a escrever. O segredo da alfabetização é


a leitura (decifração). Escrever é uma decorrência do conhecimento que se
tem para ler. Portanto o ponto principal do trabalho é ensinar o aluno a decifrar
a escrita e em seguida, a aplicar esse conhecimento para produzir sua própria
escrita. (p.104)

Com base nos pressupostos acima, ensinar a ler e a escrever está em


primeiro lugar, na compreensão de que as crianças, quando chegam a escola
dominam um código oral, aprendido em seus contextos de existência, tendo em
vista de que as crianças aprendem a linguagem antes da entrada na escola.

O contato com o mundo das letras e as muitas informações que as


crianças recebem nos seus processos sociais e culturais constituem os
conhecimentos prévios com os quais essas crianças desenvolverão suas
competências de leitores, o que permitirá a criança aprender o código e entender
o uso social da linguagem escrita e de outras linguagens.

Para o desenvolvimento da leitura e da escrita é preciso que a escola


tenha uma proposta pedagógica com orientações claras para a alfabetização
inicial. É na proposta pedagógica que ficam definidos quais os objetivos, que tipo
de atividade precisa ser realizado na sala de aula. Por que reconhecemos que a
leitura e a escrita são fundamentais para o aprendizado de todas as áreas de
conhecimento, por isso há a necessidade do educando de desenvolver cada vez
mais sua capacidade de ler e escrever. Segundo CACLIARI (1998):

A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que


se deve aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da
escola. A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma.(p. 148)
21

Percebemos que a leitura deve acontecer de uma forma histórico-cultural a


onde as figuras, gestos, palavras ou ação que são lidos, discutidos e analisados
nos diferentes tipos de vista. Sendo assim, ler é uma atividade extremamente
complexa e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos,
filosóficos, mas até fonéticas.

A perspectiva da leitura é a realização do objetivo da escrita. Portanto ler é


um processo de descoberta como a busca do saber cientifico. Entendemos que
no processo de alfabetização, o educando (aprendiz) desenvolve e descobre
como o sistema de escrita funciona, isto é, quando aprende a ler, a decifrar a
escrita. Obter os conhecimentos, escrever nada mais é do que colocar no papel
esses conhecimentos fornecidos pela leitura. Entretanto, o segredo da
alfabetização é a leitura, ou seja, a decifração da escrita. De acordo com Soares
(2003):

Dentre outras habilidades e capacidades, a leitura inclui as de fazer


previsões sobre o texto, de construir significado combinando conhecimento
prévio e informação textual de refletir sobre o significado do que foi lido e tirar
conclusões sobre o assunto enfocado. (p. 34)

Consideramos a importância que a leitura tem no processo de construção


da aprendizagem, por isso há a necessidade de desenvolver atividades
diferenciadas onde ela possa ser contemplara. Portanto é vivenciando as praticas
de leitura em sala de aula, ainda que não saiba ler e escrever da forma
convencional, que o educando apropria-se, gradativamente do sistema de escrita,
em um processo que supõe situações de aprendizagem que o levem a refletir
sobre as hipóteses que constrói e reconstrói em relação a leitura e a escrita.

Analisamos a abordagem referente a leitura, o desenvolvimento das


capacidades necessárias ao processo de alfabetização que habilitam o aluno a
participação ativa nas práticas sociais letradas, ou seja, aquelas que contribuem
para o seu letramento.
22

Sabemos que nossa vida social se organiza em torno da escrita. No dia-a-


dia dos cidadãos, as praticas de leitura e escrita estão presentes em todos os
espaços a todos os momentos, cumprindo diferentes funções. Há escritas
públicas que funcionam como documentos (a carteira de identidade, o cheque, as
contas a pagar) outras que servem como forma de divulgação de informações (o
letreiro dos ônibus, os rótulos dos produtos, os avisos, as bulas de remédio, os
manuais de instrução) e outras que permitem o registro de compromissos
assumidos entre pessoas (o contrato, cadernos com registros). Há também
outras que viabilizam a comunicação a distancia (os jornais, as revistas, os livros,
cartas, bilhetes, e-mails, etc.). De acordo com a Escola Ciclada (2000)

Essas atividades deverão buscar textos representativos da linguagem


verbal e não-verbal e chamar atenção para as formas simbólicas que fazem
parte do nosso cotidiano, tais como placas, letreiros, propagandas, rótulos,
sinalizações de transito, etc... As atividades podem se constituir, assim, nos
primeiros contatos com a língua escrita, como eventos de letramento. (p. 116)

Com base nos pressupostos acima reconhecemos que as praticas


pessoais e interpessoais de leitura e escrita nos possibilitam organizar o
cotidiano, nos entender, registrar e rememorar vivencias, bem como incrementar
as trocas, a comunicação e a convivência. Trabalhar conhecimentos,
capacidades e atitudes envolvidas na compreensão dos usos e funções sociais
da escrita implica, em primeiro lugar, trazer para a sala de aula e disponibilizar
para observação e manuseio pelos alunos, muitos textos, pertencentes a gêneros
diversificados, presentes em diferentes suportes, e também orientar exploração
desses materiais valorizando os conhecimentos prévios do aluno, possibilitando a
ele deduções e descobertas, explicitando informações desconhecidas.
Entendemos que quanto mais cedo histórias orais e escritas fazer parte na
vida do educando, maiores as chances de ela gostar de ler. Com base na Escola
Ciclada (2000) “Nos contatos com o mundo da escrita, a criança se alfabetiza e
se apropria da escrita, entendendo-a como prática social e articulando-a as
praticas sociais de linguagem oral”. (p. 116) Portanto, o processo de aprendizado
23

começa com a percepção da existência de coisas que servem para ser lidas e
sinais gráficos. Segundo Soares (2003):

Esse aprendizado chama-se letramento. É o convívio da criança desde


muito pequena com a literatura, o livro, a revista, com as práticas de leitura e
de escrita. (p. 39)

Notamos que não basta ter acesso aos materiais, é necessário que o
educandos sejam envolvidos em praticas para aprender a usá-los, tais como:
roda de leitura, contação de historias, leitura de livros, sistema de malas de
leitura, cantinhos, mostras literárias, brincadeiras com livros entre outras
propostas. A existência de uma biblioteca e seu bom uso por alunos e
professores colabora com o processo de aprendizado dos alunos, mas caso
contrário enquanto luta para consegui - lá, poderá fazer uso de salas ou cantos
de leitura. Não podemos esperar a situação ideal para, somente a partir daí
permitirmos o acesso dos educandos aos livros.

Percebemos que nos últimos anos a informática tornou-se importante tanto


para o trabalho quanto para o acesso a informação, à cultura e ao lazer.
Sabemos que hoje em dia muito do que as pessoas leem e escrevem é por meio
de um computador. É preciso a escola se equipar com computadores e acesso à
internet e desse modo possibilitar as crianças e adolescentes que participem de
projetos educativos usando a informática, especialmente no que diz respeito à
aprendizagem da leitura e da escrita, favorecendo assim, a alfabetização inicial e
ampliação da capacidade de leitura e da escrita, ao longo do ensino fundamental.

Um outro aspecto fundamental é propiciar atividades diferencias para que


o aluno identifique análise e avalie as relações de gêneros textuais
desenvolvendo habilidades de estabelecer compreensão. Ler é uma atividade
complexa que envolve uma interação a distancia entre leitor e autor, por meio de
um texto. De acordo com o PCN “[...] Eis a primeira e talvez a mais importante
estratégia didática para a prática de leitura: o trabalho com a diversidade textual.
24

Sem ela, pode-se até ensinar a ler, mas certamente não se formarão leitores
competentes”.

Analisamos a informação contida no PCN, que a leitura requer um leitor


ativo que compreenda o texto e reflita sobre ele. Pois o mesmo, muitos são os
objetivos e as finalidades da leitura de um texto: preencher momentos de lazer,
seguir instruções, procurar informações entre outras possibilidades. Nesta
perspectiva, o alfabetizador deverá viabilizar o acesso do alfabetizando ao
universo dos textos que circulam socialmente, orienta-los a analisá-los, a
sintetizá-los, a produzi-los e interpreta-los.

Por meio de uma ação pedagógica e refletida do professor no dia-a-dia da


sala de aula é preciso focar a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos,
o que significa observá-los de perto, conhecê-los, compreender suas diferenças,
demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas
potencialidades e habilidades. Vivemos em um mundo cheio de informações, o
que reforça a necessidade de um bom planejamento referente às aulas com base
em um conhecimento sobre o que eles já sabem e o que precisam e desejam
saber. Com base na Escola Ciclada (2000):

O professor precisa elaborar um bom planejamento de suas atividades,


tendo em vista as habilidades especificas envolvidas no processo de
interação lingüística mediado pela escrita, definindo os objetivos e os
caminhos que precisa percorrer para atingi-los. (p. 23)

Analisando o citado acima, percebemos que o objetivo de ensinar a ler e a


escrever deve estar centrado em propiciar ao alfabetizando a aquisição da língua
portuguesa, de maneira que ele possa exprimir-se corretamente, por meio de
estímulos a leitura de variados textos e atividades diferenciadas, para que o
educando possa ser capaz de interferir socialmente nas diversas situações a que
for submetido.

Entendemos que letrar é função de todos os educadores em cada área de


conhecimento, porque a leitura e escrita está sempre inserida na construção de
25

conhecimento de cada educando. Enfim, nos dias atuais o conhecimento é uma


das ‘ferramentas’ para se conquistar oportunidades de trabalho e renda. Portanto,
o educador deve estimular no educando o pensamento critico, de modo que ele
possa atuar na sociedade como um individuo pensante e questionador.
26

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluirmos este trabalho da proposta de Alfabetização e Letramento


ficou registrada intimamente em cada um de nós a certeza de que ela é
fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita.

Reconhecemos que a linguagem oral possibilita comunicar idéias,


pensamentos e intenções de diversas naturezas, influenciando o outro e
estabelecendo relações interpessoais. Tendo em vista que seu aprendizado
acontece dentro de contexto.

A linguagem tende a reconhecer que o processo de letramento está


associado tanto a construção do discurso oral como discurso escrito. As grandes
partes das crianças, desde pequenos, estão em contato com a linguagem escrita
por meio de seus diferentes portadores de textos, como livros, jornais,
embalagens, cartazes, etc., iniciando-se no conhecimento desses materiais
gráficos antes mesmo de ingressarem na instituição educativa. Sendo assim, elas
começam a aprender a partir de informações provenientes de diversos tipos de
intercâmbios sociais e a partir das próprias ações.

Evidencia-se que é a partir desse intenso contato, que as crianças


começam a elaborar hipóteses sobre a leitura e a escrita. É por isso que a leitura
27

critica da realidade inicia-se num processo de alfabetização, da percepção critica


do que é cultura da transformação do mundo e do trabalho humano. Ficou
evidente para nós, enquanto alfabetizadoras o quanto é importante e necessário
o professor despertar no aluno e todas as áreas do conhecimento o interesse,
criatividade e gosto, tendo em vista que o pensamento é expresso por palavras,
gestos, oralidades, que se transforma em escrita. É preciso que possibilite ao
educando momentos de leitura com prazer, interesse, critica e que o mesmo
adquira o habito de ler durante toda a sua vida. Portanto, a leitura não so nos
ensina os mecanismos da linguagem escrita, e oral, mas também é fonte
inesgotável de idéias que nos ajudarão na tarefa de escrever, produzir, interpretar
e ampliar os conhecimentos adquiridos.

Compreendemos que aprender a ler e a escrever fazem parte de um longo


processo ligado à participação em praticas sociais de leitura e escrita. E é nesta
proposta de Alfabetização e Letramento que o alfabetizando seja capaz de não
apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das
palavras em diferentes contextos.
28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CACLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Lingüística e Alfabetizando


sem o Ba – Be – Bi – Bo- Bu. São Paulo: ed. Scipione, 1998.
2. ESCOLA CICLADA DE MATO GROSSO - Novos Espaços para
Ensinar-aprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá, 2001.
3. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, saberes necessários a
prática Educativa. São Paulo, 1996.
4. GARCIAL, Edson Gabriel. A leitura na escola de 1° grau. São Paulo:
Loyola, 2° ed. 1992.
5. PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Língua Portuguesa.
Brasília, 1997.
6. REVISTA CRIANÇA. O Prazer da leitura se ensina.
7. SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo, 2003.

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