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O documento resume um livro de Paulo Mendes da Rocha sobre maquetes de papel. Mendes da Rocha defende que maquetes físicas simples são fundamentais para entender a espacialidade de um projeto e testar estruturas. Ele vê as maquetes como extensões da mente do arquiteto para experimentar ideias. Maquetes virtuais não substituem este processo por não considerarem propriedades físicas reais.
Descriere originală:
O livro em análise relata uma passagem onde Paulo Mendes da Rocha foi convidado para ministrar um curso em Curitiba, na Casa Vilanova Artigas, onde discursou sobre seus projetos e ideias, a aula foi dividida em duas partes: a primeira expositiva e a segunda prática e, posteriormente, redigida, tornando-se um livro.
O livro é um projeto gráfico de Flávia Castanheira, onde Paulo Mendes da Rocha nos apresenta seu entendimento sobre seu próprio processo de projeto. Durante a aula são abordados diversos temas de forma crítica, técnica e prática, o que torna o livro muito abrangente. Sobretudo, por meio de suas “maquetes de papel” o arquiteto nos oferece uma perspectiva privilegiada sobre a consciência do arquiteto criador, em meio aos meandros e ambiguidades das ideias vigentes entre nós quanto à criação arquitetônica.
O documento resume um livro de Paulo Mendes da Rocha sobre maquetes de papel. Mendes da Rocha defende que maquetes físicas simples são fundamentais para entender a espacialidade de um projeto e testar estruturas. Ele vê as maquetes como extensões da mente do arquiteto para experimentar ideias. Maquetes virtuais não substituem este processo por não considerarem propriedades físicas reais.
O documento resume um livro de Paulo Mendes da Rocha sobre maquetes de papel. Mendes da Rocha defende que maquetes físicas simples são fundamentais para entender a espacialidade de um projeto e testar estruturas. Ele vê as maquetes como extensões da mente do arquiteto para experimentar ideias. Maquetes virtuais não substituem este processo por não considerarem propriedades físicas reais.
DEPARTAMENTO DE HISTRIA E TEORIA DHT TEORIA DA ARQUITETURA II 2014.2 TURMA C ALUNOS: ANNA CAROLINA DAHER E LUIZ VICENTE FASCIOTTI RESENHA CRTICA 1) TEXTO RESENHADO: ROCHA; Paulo Mendes, Maquetes de Papel, So Paulo: Ed. Cosac Naify, 2007 2) APRESENTAO DO AUTOR DA OBRA: Paulo Archias Mendes da Rocha um arquiteto e urbanista brasileiro, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de So Paulo em 1954. Pertencente gerao de arquitetos modernistas, Mendes da Rocha assumiu nas ltimas dcadas uma posio de destaque na arquitetura brasileira contempornea, famoso pelo uso de concreto armado aparente, grandes espaos abertos, estruturas racionais, entre outros elementos que viriam a caracterizar a Escola Paulista supracitada. Passa a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de So Paulo (USP) em 1961 e, desde ento, recebe uma srie de prmios internacionais pela sua obra, realizada em vrias partes do mundo, dentre os quais se destacam o Prmio Mies van der Rohe para a Amrica Latina pelo projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de So Paulo (galardeado em 2001) e o Prmio Pritzker (em 2006). PRINCIPAIS OBRAS: 1957 Projeto para o prdio da Assemblia Legislativa de Santa Catarina 1958 Os edificios do Clube Atltico Paulistano, So Paulo 1969 Pavilho brasileiro da Feira Internacional de Osaka, Japo Expo70, com Flvio Motta, Jlio Katinsky e Ruy Othake 1976 Projeto do Centro Cultural e de Convenes de Campos do Jordo
1987 Capela de So Pedro, em Campos do Jordo, SP, e loja Forma,
SP, com a colaborao de Alexandre Delijaicov, Geni Sugai e Carlos Jos Dantas Dias. 1988 Museu Brasileiro da Escultura (Mube), So Paulo, com Pedro Mendes da Rocha (filho) e outros arquitetos 1992 Projeto de reurbanizao da Praa do Patriarca e do prtico para a entrada da Galeria Prestes Maia, com Eduardo Colonelli, executado em 2002. 1993 Projeto de Reforma e Modernizao da Pinacoteca do Estado de So Paulo, com Eduardo A. Colonelli e Welinton Rico y Torres 1995 Residncia de Mrio Masetti, em Cabreva (SP) 1999 Reforma do Centro Cultural da Fiesp, So Paulo, com o escritrio MMBB. 2000 Restauro da Oca, no Parque do Ibirapuera, para a mostra dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, com Guilherme Wisnik e Martin Corullon; Restauro e Modernizao do andar superior do Edifcio da Estao da Luz, em So Paulo, para o Museu da Lngua Portuguesa, com Pedro Mendes da Rocha 2001 Projeto para o Sesc 24 de Maio, no Centro Histrico de So Paulo, com Angelo Bucci, Fernando de Mello Franco, Marta Moreira e Milton Braga 2004 Plano Diretor para ampliao e reorganizao do campus da Universidade de Vigo, Espanha, com o escritrio MMBB; e projeto de um prdio de apartamentos de interesse social para a Empresa Municipal de Viviendas, de Madri, com o Estdio Vellosillo y Associates ambos em execuo 2005 Reforma e modernizao de um antigo prdio, no Rio de Janeiro, para o centro cultural Daros Center 3) PERSPECTIVA TERICA DA OBRA: Segundo Montaner (1996),Para Mendes da Rocha as propostas de Mies van der Rohe e Le Corbusier serviram de modelo para que se pudesse desenvolver sua arquitetura. Na verdade, as experincias de Le Corbuser influenciaram profundamente as obras de Mendes da Rocha e de vrias geraes de arquitetos brasileiros. Em sua obra ocorre uma sntese de diversas referncias que se integram e se completam de forma ajustada. Podemos destacar sua sintonia com referncias do universo minimalista difundido no transcorrer do sculo XX no cenrio internacional, aproximando-se de Mies van der Rohe e, mais tarde de Tadao Ando, mas tambm necessrio lembrar de sua potica pessoal profundamente marcada por sua subjetividade e sua forte personalidade. Alm destas influncias importante destacar sua participao na Escola Paulista, onde ideais revolucionrios deram uma nova face
composio formal e conceitual da arquitetura brasileira embasados
em alguns conceitos do brutalismo britnico. O livro em anlise relata uma passagem onde Paulo Mendes da Rocha foi convidado para ministrar um curso em Curitiba, na Casa Vilanova Artigas, onde discursou sobre seus projetos e ideias, a aula foi dividida em duas partes: a primeira expositiva e a segunda prtica e, posteriormente, redigida, tornando-se um livro. O livro um projeto grfico de Flvia Castanheira, onde Paulo Mendes da Rocha nos apresenta seu entendimento sobre seu prprio processo de projeto. Durante a aula so abordados diversos temas de forma crtica, tcnica e prtica, o que torna o livro muito abrangente. Sobretudo, por meio de suas maquetes de papel o arquiteto nos oferece uma perspectiva privilegiada sobre a conscincia do arquiteto criador, em meio aos meandros e ambiguidades das ideias vigentes entre ns quanto criao arquitetnica. 4) BREVE SNTESE DA OBRA: Segundo o autor, h um momento no processo de elaborao de um projeto de arquitetura, em que o arquiteto tem que transformar os primeiros rabiscos em algo palpvel, que possa ser olhado distncia, sob outro ngulo e assim verificar as propores, as transparncias, as sombras que aqueles volumes geram e a relao com as diferentes escalas urbana e humana. No incio do projeto no existe maquete, no h nada ainda, pura mente, como se eu fosse escritor, poeta! No tem nada que ficar rabiscando, porque eu ainda no sei o que fazer. (p.34) s aps as primeiras ideias firmadas que se inicia o processo de representaes materiais: croquis e modelos tridimensionais. Esse saber inicial tem algo definido e algo intudo, a ser elaborado. preciso organizar as questes para transform-las em problemas e, ento, resolv-los. E essa elaborao mental antecede a materializao, pois a maquete deve ser um momento posterior ao pr-dimensionamento, ou seja, h uma idia de forma, com medidas bsicas, propores, espaamentos que precede a materializao no modelo. E os modelos so ensaios, aproximaes, essencialmente estruturais, portando simples, maquetes de papel. Paulo Mendes considera a maquete como uma extenso da prpria mente, algo como uma idealizao das questes propostas que lhe oferece respostas mais reais que as do croqui. No se trata em maquetes para serem exibidas ou vendidas, ele insiste na proposta de maquetes simples, em solido, para estudo prprio, sem
preocupao alguma com acabamento. A maquete que voc faz como
um ensaio daquilo que est imaginando, apenas com a representao fiel das propores para que possam lhe dar a aferio do que pode vir a ser a construo, a verificao dos cdigos, da matemtica, sobre os momentos de inrcia, as fundaes... A maquete, muito simples, est realizando uma coisa que voc quer ver. O dimetro certo, a altura certa, a escala humana. Voc consegue ser esse personagem, ajoelha no cho para ver dentro da maquete, muito bonito! Fecha a janela, espera de noite, tira o abajurzinho da mesa de luz e traz perto da maquete, v os efeitos da luz... voc v o tamanho das coisas, a sua proporo, v as transparncias. (p. 5859) Por fim, o autor insiste que a ideia de prever, da maquete, fundamental, onde no tem a ver com tcnica, tecnologia ou tempo que estamos vivendo. A maquete eletrnica deve ser elaborada depois e no substitui esse momento de experimentao, feito no s como croquis, mas com esses pequenos modelos. Assim possvel ver melhor aquilo que se est querendo fazer e, isso , segundo ele, insubstituvel. 5) PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA:
A maquete uma ferramenta de estudo fundamental para a
percepo da espacialidade que est sendo criada, desde que suas propores tenham sido representadas fielmente. As maquetes defendidas pelo autor, so maquetes de estudo, de entendimento do prprio arquiteto e, que no devem ser mostradas a ningum. So modelos simples, observadas por leigos como um "pedao de papel rasgado". A maior diferena entre a maquete fsica e a maquete virtual que, na maquete fsica, podemos testar os esforos em que a estrutura ser submetida. O que torna a maquete fsica o meio de experimentao mais fiel realidade.
6) REFLEXO CRTICA SOBRE A OBRA E IMPLICAES:
O arquiteto nos apresenta seu processo de trabalho, seus modelos mais ntimos, que nunca teve a pretenso de mostrar a ningum, para nos mostrar a importncia da modelagem (fsica) investigativa como meio de dilogo entre o pensamento e a proposta. Paulo Mendes insiste nas maquetes de estudo como a forma mais fiel de prever suas ideias, na verificao do espao, na relao com a proporo e na verificao estrutural. O autor no define um mtodo
restritivo, pelo contrrio, expressa grandes valores de liberdade
compositiva em relao aos seus modelos. O cerne de toda a questo abordada no texto no se trata de uma apologia ao processo de trabalho pautado por maquetes de papel, e sim algo muito mais abrangente, ele defende a valorizao de TODO o processo de trabalho sempre integrado com os princpios estruturais do projeto, onde o equilbrio entre espacialidade e expresso construtiva sempre almejado, por isso que as maquetes de papel se tornam uma etapa deste processo, pois com eles possvel analisar tambm os esforos e tenses exercidas sobre a estrutura observada, lembrando todo o carcter esttico construtivo que este projeto possuiu, validando tal tipo de processo de trabalho, onde maquetes virtuais, que tambm so importantes (em outro estgio de projeto), desconsiderariam as propriedades fsicas que estamos todos submetidos, enfraquecendo o estudo. A tcnica, sua grande aliada neste processo, foi sem dvida um instrumento possibilitador da concretizao de todas as suas obras, e tambm a, mais uma vez, o seu trabalho acrescenta inovaes de fundamental importncia para a produo nacional.
7) FONTES CONSULTADAS:
ARTIGAS, Rosa, organizadora. Paulo Mendes da Rocha, Cosac &
Naify, So Paulo, 2000. MONTANER, Josep Maria, VILLAC, Maria Isabel. Mendes da Rocha. Lisboa: Blau, 1996.
ROCHA; Paulo Mendes, Maquetes de Papel, So Paulo: Ed.
Cosac Naify, 2007
SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. So Paulo:
The Art of Invisibility The World's Most Famous Hacker Teaches You How To Be Safe in The Age of Big Brother and Big Data by Kevin D. Mitnick, Robert Vamosi (PT)