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Verifica-se que alguém com uma auto-estima pobre tem dificuldade em lidar com as circunstancias do dia-a-dia, reage mal 2 crfticas, mostra-se perturbado quando o rejeitam, adopta ‘uma atitude passiva perante a vida e sente-se inferior quando se compara com os outros. Tem igualmente tendéncia a atribuir © éxito a factores externos, como a sorte ou 0 acaso, € 0 fracasso a factores internos, como as aptiddes pessoais. Porque ¢ este livro importante? A resposta é dada por Olga Castanyer: "Para que uma interac¢ao seja satisfatéria para nds € necessario que nos sintamos valorizados respeitados, e isto, por sua vez, nfo depende tanto da outra pessoa, como de possuirmos aptidées para responder correctamente aos desafios © uma série de creneas ou esquemas mentais que fagam com que nos sintamos bem connosco prOptios’. ‘Ao longo do livro, com uma excelente capacidade de comunicacio com 0 leitor, a autora vai definindo conceitos, dando exemplos praticos, explicando a aplicacio das técnicas, até abordar a educagio para a auto-afirmacdo, que é deter- minante para fortalecer uma auto-estima pobre e sentir-se melhor nos relacionamentos quotidianos. Adriano Vaz Serra otros izatrsuoss! Indice Preficio (8) Introdugio (13) 1. As incégnitas de uma psicdloga (17) 2. Sow assertivo? (25) Caracteristicas da ndo-assertividade, da agressividade e da assertividade (29) A pessoa ndo-assertiva (29) A pessoa agressiva (31) Formas tipicas de resposta no-assertiva (34) A pessoa assertiva (37) Como nos denunciamos: componentes ‘Ao verbais da comunicagio assertiva (40) 3. Porque nao sou assertivo? Principais causas da falta de assertividade (49) 4. ‘Trabalhando com a assertividade (59) Identificago dos comportamentos erréneos Formulagio correcta do problema (61) 5. Observacio precisa (64) ‘Como auto-observar-me correctamente (66) ‘Melhorando a minha assertividade: ‘Técnicas para ser mais assertivo. (77) ‘Técnicas de reestruturacio cognitiva (78) Aplicagéo da reestruturacio cognitiva a problemas de assertividade (82) Treinar as competéncias sociais (105) ‘Tipos de resposta assertiva (105) ‘Técnicas de assertividade para discussSes (115) ‘Téenicas de redueio de ansiedade (120) . Aplicacdo das teorias aprendidas a situagies coneretas (125) Assertividade na relagéo amorosa (126) Responder correctamente as criticas (133) Formula pedidos (135) ‘Expressar sentimentos (138) . Educar para a assertividade (141) Prinefpios basicos da aprendizagem da ascertividade (144) De que depende a aprendizagem dos comportamentas? (145) Educar para a assertividade (150) Atiudes gerais a ter com 0s nossos filhos (150) A crianea nao € assertiva: que fazer? (154) Prefacio © presente tito aborca dois conceltos ~ a capacidade de auto- ~afimagdo © @ autc-estima ~ muito ligados entre sie dos quails epende uma boa ou mé satide mental uma obra iti para aprtica cinica, vohada para aresoigdo de asos, fl de lor © escrta com uma vvacidade que prende rapida- mente o leter, A auto-estima tem a ver com os aspectos avaliatvos que um ‘ndividuo elabora @ seu préprio respsio (Gécas, 1982)}. Na sua for. magao, de acordo com Rosenberg (1986), intervém tr8s processes: 8 evalagto refectice, a comparagio social © a auto-atrbuigto. A avallagdo reflect diz respeito a repercusséo que tem sobre o indie \ictto a avalacao que de si é feta patos outros. A comparagto soci corre quando © individuo se compara com os seus pares socials, fas alturas em que no possui uma informacao objectiva sobre dado Comportement seu. A auto-aribuigdo retere-se a tendéncia que 0 Se humano tem para trer conclusdes a seu respeito, na observacdo (8s suas proprias acgbe, em funcéo do éxito ou fracasso dos eeus estorcos. Tendo por base estes pressupostos a auto-estima repre- 0a 80) acne" Re. S68" 838, * Pov M. B06 ~ Conca 8 -Matoune FL acum, senta um todo continuo em cujos extremos 0 individuo é levado @ fazer uma avaliagao muto positiva ou muito negativa de si proprio, mas em que existem varias gradacdes intermediariae. A prética clinica mostra-nos que certas circunsténcias, quando ‘ocorem ao longo do desenvolvimento de um individuo, pociem leva- lo a adguirir uma mé auto-estima. Por exemplo: = Quando uma figura significativa do seu meio ambiente the repete, durante anos seguides, que os outtas se saiem sempre me- hor do que ele a fazer as coisas. = Quando na sua familia néo the dao a atendo devida, 0 roprimem na expresso dos seus pontos de vista © das suas emogoes, = Quando € preterido, injustificadamente, em relacao @ outros iimaos. — Quando 08 progenitores prestam atengao 20 que faz de erraco ‘e nunca valorizam 0 que faz bem feito. Poderiarnos mutiplicar os exemplos. Mas 0 que & importante dexarmos vincado 6 que, como a auto-estima é formada por proces- 808 de avallagdo do pidprio individuo, este pode gerar crengas eréneas que the distorcem a realidade, na relagéo com o seu am- biente do diaa-dia, Estas formam-se quando atravessa stuagoes ‘como as descritas, que se prolongam ae longo de seu desenvali- ‘mento, que Ihe indica que néo é aceite pelos outros, néo & compe- tente ou nao tem diveito a exorimir as suas ideias e sentimentos. Na pratica clinica veritica-se que um ser humano de auto-estima pobre tem dificuldade em lidar com as circunstancias do dia-a-dia, reage mal a ctiticas, mostra-se perturbado quando 0 rejeitam, adop- ‘a uma atituce passiva perante a vida e sente-se inferior quando se ‘compara com os outros. Tem igualmente tendéncia a atribuir 0 éxito a factores oxternos, como a sorte ou 0 acaso 6 0 fracasso 2 factores 10 Intemnos, como as aptidSes pessoais, As creneas erroneas desen- ‘volvidas levam-no a distoreer a informagao recebida das outras pes- soas. Nao admira assim que a auto-estima pobre esteja relacionada com © desenvolvimento de diversos trenstomos psicopatolégicos. Brown, Harris © Bifulco (1986)$ e Brown (1987)¢ referem que os inal. ‘viduos com uma auto-estima pobre, quando se deparam com acon- tecimentos indutores de stress, tém o isco de desenvolver uma de- bressao trés vezes superior ao das pessoas com boa auto-estima, Tuner @ Roszel (1994)$ comprovaram que uma auto-estima pobre std frequentemente associada a alcoolismo, a consumo de droges, @ comportamento agressive e a tendéncias suicidas, Por sua vez, Traahos de Shamir (1886) e de Kessh, Tuner © House (1086) ‘comprovaram que os individuos com boa auto-estima so mais re- sistentes aos eteltos negatives de uma sltuagéo de desemprego do ue os individuos com uma auto-estima pobre, Entao, perguntamos agora: porque é que este lito é importante? AA Fesposta 6 dada por Olga Castanyer logo no primeiro capitulo do ‘seu livfo: "Para que uma interacedo seja para nbs satisfatéria & Nnecessério que nos sintamos valorizados @ respettados e isto, por va vez, néo depence tanto da outra pessoa como de possuitmos um gu a seis gat ava pcan pon uv ‘exomplo, a tremenda importéncia que os pais podem ter na vida de ‘uma pessoa (como 6 possfvel que um homem felto de quarenta anos trerma de terror diante do seu pai, idoso @ invalid? Que se teré pas- ‘sado para que uma rapariga bonita, inteligente ¢ culta veja a sua vida ‘obscurecida pela culpabilidade que sente em relagao & mae), ou a religido @ a moral. Questées como estas poder destiuirinteriormente uma pessoa a forga de fazé-la senti-ce culpada 6 mé, Qutra destas questées, sobre a qual tenho reflectido mais uti- mamente, refere-se ao conceto de ‘respelto”: o que faz, na realidade, ‘com que se respelte uma pessoa? Por que raz2o h& pessoas que Inspiram naturalmente respeito, de quem ninguém troga, a quem hinguém levanta @ voz, e pessoas que suscitam nos outros a troga 6 ‘© desprezo; homens @ mulheres que se espezinha @ humilha? Quando parecem nas consultas Individuos que se consideram idos, desprovidos de competéncias sociais, desajeltados ou soli- trios, deparamo-nos uma e outra vez com esta questo: ndo se sen tom respeitados, parece que os outros thes passam por cima, 08 afastam ou os exciuem. Porqué? Sao todos eles pessoas feias, ba xinhas, fracas, magadoras? Tém algum defeito fisico que possa lever alguém a consideréitos “inferiores"? Nao, longe disso. Alias, h& ‘muitas pessoas feias, baixinhas, fracas, com defeitos tisicos, que S40 de facto reepeltadas. E pessoas bonitas, fortes e altas que so siste- maticamente ignoracas pelos demas, ‘Serd a capacidade de se defender, de ter sempre uma resposta, ‘que marca a diferenga? Também aqui conciuimos que néo neces- sariamente. Ha pessoas que, efectivamente, se defendem, pedam que as debwemos em paz, ou tratam de néo responder ou de fazer orethas moucas perante faltas de respatto e imprecagées... mas ha qualquer coisa na forma de se exprimirem que faz com que nao sojam tomadas a sério, que as suas palavras sejam anuladas ou ignoradas pelos outros, 18 Estas pessoas costumam ser, & partic, inseguras. Sard, pois, a inseguranca o factor determinante? Poceria parecer quo sim, mas, se Pencarmos bem, veremos que téo-pouco se trata apenas disso. O ‘mundo esta cheio de pessoas inseguras, e eu ditia que, se pudésse- Mos fazer uma estimativa, 90% das pessoas consideram-se inse- ‘guras em algum campo interpessoal da sua vida, Uns recelarn n&o saber © que dizer, outros nao suportam 0 convivio informal, outros ttemem diante da perspectiva de falar em publico... sim, mas nem todos so sistematicamente gozados. Mais do que isso, muitos dos “respeltades', incluinco gente que aparentemente “pisa” os outros, ‘std, no seu interior, tremendamente insegura.. Tao-pouco parece ser esta a causa determinants para que se respeite uma pessoa, © ambiente em que melhor se observargo todos estes compor- famentos seré um grupo de criangas, no qual ainda no vigoram as formas socials que nos foram impostas année, adultos, ¢ onde surge (com muito mais nitidez © afecto, mas também a crueldade que todos temos dentro de nés. Se obsevarmos um grupo de oriangas ou recor

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