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A DANÇA DOS PREFIXOS:

MULTI, PLURI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE

Akiko Santos,
Américo Sommerman
e Ana Cristina Souza dos Santos

Devido à falta de unanimidade na definição desses conceitos, delimitamos sinteticamente


cada prefixo com o intuito de compreensão comunicativa entre os interlocutores sobre o
tema.

Multidisciplinaridade

Justaposição de conhecimentos. As disciplinas estão lado a lado, seja no ensino ou


na pesquisa, mas os especialistas não dialogam e não há trocas entre as disciplinas. É o
modo clássico da organização das disciplinas no ensino formal em todos os níveis. As
matérias estão todas lá, lado a lado, e são retransmitidas separadamente pelos professores,
que não só não dialogam entre si como não estabelecem pontes entre sua disciplina e as
disciplinas próximas (pluridisciplinaridade) e as disciplinas distantes
(interdisciplinaridade).

Pluridisciplinaridade

Integração e interação de disciplinas afins, dentro de uma mesma área de


conhecimento (exemplo: física e matemática, história e geografia).

Interdisciplinaridade

De maneira geral, é uma interação entre disciplinas de áreas distintas do


conhecimento, como, por exemplo, entre as ciências da natureza e as ciências humanas
(física e filosofia, biologia e sociologia).

Existem várias modalidades, tipos ou graus de Interdisciplinaridade, desde simples


justaposição de diversos olhares, sem uma interlocução subjetiva, uma simples
comunicação de idéias até a integração de diversas perspectivas e interação subjetiva entre
os especialistas, resultando em enriquecimentos mútuos.

Podemos falar, por exemplo, de uma interdisciplinaridade restritiva ou cetrífuga


(cujo foco está no objeto pesquisado), como, por exemplo:

1. interação metodológica entre uma disciplina e outra, muitas vezes, formando uma
disciplina híbrida como biofísica, psicolingüística, bioquímica, físico-química e
arte-informática, ou
2. interação de conceitos, de terminologias, de procedimentos, de dados ou de
conteúdos.

Podemos falar também de uma transdisciplinaridade centrípeta, cujo foco principal


é a interação entre os sujeitos pesquisadores ou professores, é o diálogo ou a escuta
verdadeira, ou seja, cada especialista não procura apenas instruir o outro, mas também
receber instrução.

Transdisciplinaridade

A transdisciplinaridade incorpora tanto a multidisciplinaridade como a


pluridisciplinaridade e a interdisciplinaridade, e vai além, abrindo diálogos não só entre as
disciplinas das ciências da natureza e das ciências humanas como também com a arte
(literatura, poesia, música, etc.) e a tradição cultural e espiritual.

Na prática, há momentos em que se está na multidisciplinaridade, momentos em que


se está na pluridisciplinaridade e na interdisciplinaridade. Segundo Nicolescu (1999), todos
esses prefixos são flechas de um mesmo arco, o do conhecimento.

O que caracteriza a transdisciplinaridade é a simultaneidade na interação dos


saberes e os diálogos entre os atores de diversas especialidades acadêmicas e não-
acadêmicas, aplicando as lógicas não-clássicas e, em especial, a lógica do não-clássica do
terceiro incluído, para tratar as contradições que emergem dos olhares de áreas tão diversas
do saber, de modo que tais contradições podem gerar um terceiro termo que os inclui num
outro nível de realidade.

Conseqüentemente, há a ampliação da percepção e a compreensão mais ampla da


realidade dos fenômenos complexos, devido à restrição da validade da lógica clássica,
segundo a qual só há dois valores de verdade: verdadeiro ou falso, devido a negação do
reducionismo, segundo o qual há na natureza um só nível de realidade, regido por uma
mesma lógica e uma mesma lei, e devido a não aceitação da metodologia da fragmentação
como metodologia única para a compreensão dos fenômenos, mas uma relação dialógica
entre fragmentação e globalização, entre parte e todo, entre análise e síntese.
Sua compreensão e prática é um processo de apropriação passo a passo, entremeado
de contradições, aprofundamentos e generalizações graduais em direção aos três pilares da
metodologia atualmente proposta para a transdisciplinaridade: 1. diferentes níveis de
realidade; 2. lógica do terceiro incluído e 3. complexidade.

A aplicação da metodologia transdisciplinar na interpretação dos fenômenos


complexos provoca uma ruptura epistemológica em relação ao modelo da ciência moderna,
ao mesmo tempo que, devido à aplicação da lógica do terceiro incluído, as duas
epistemologias, a da ciência moderna e a da ciência contemporânea, tornam-se
complementares.

Apoio bibliográfico

NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da Transdisciplinaridade. São Paulo: TRIOM, 1999.

SOMMERMAN, Américo. Inter ou Transdisciplinaridade? Da fragmentação disciplinar a


um novo diálogo entre os saberes. São Paulo: Paulus, 2006.

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