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DIREITO CIVIL
O Direito Civil, ramo do direito privado, está representado pelo Código Civil, promulgado
em 1.916.
O Código Civil possui duas grandes divisões: Parte Geral e Parte Especial, cada uma dessas
partes também se encontra subdividida, consoante se pode observar no quadro que segue:
a) Pessoa física
1) Os sujeitos do
Direito
b) Pessoa jurídica
I) Parte Geral
3) Fatos Jurídicos
Código Civil
1) Direito de Família
2) Direito das Coisas
Temos, aí, o conteúdo do Direito Civil que trata das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos,
principalmente dos atos jurídicos; na parte especial, regula tudo sobre o direito de família,
com normas referentes ao casamento, ao parentesco e ‘a proteção de menores e incapazes;
tudo sobre o direito das coisas alheias; tudo sobre o direito das obrigações, disciplinando
principalmente os direitos das sucessões, tratando de normas referentes à transferência de
vens por força de herança e sobre o inventário e partilha.
Com a nossa independência em 1.822, ficamos sem leis e, como um país não pode
funcionar sem elas, a Lei de 30 de outubro de 1823 estabeleceu que se continuasse a aplicar
a legislação portuguesa até a organização dos Códigos.
O primeiro código foi a Constituição do Império de 1.814; depois foi aprovado ou aceito.
No início de 1.899, na virada do século, o governo contratou Clóvis Beviláqua, o apontado
na época como um dos maiores juristas brasileiro, para elaborar o projeto do Código Civil.
No mesmo ano, Clóvis Beviláqua apresentava ao governo o seu projeto que, em 1916, foi
transformado em lei e vigora até hoje.
Embora elaborado no século passado, o atual Código Civil é considerado pela crítica em
geral como um monumento jurídico dos mais notáveis, atendendo perfeitamente à atual
organização social.
Iniciaremos nossos estudos pela pessoa física, analisando em seguida as pessoas jurídicas,
os bens jurídicos, os fatos jurídicos, seguindo, portanto, o roteiro do Código.
OS SUJEITOS DE DIREITO
Quando uma pessoa natural passa a gozar de direitos e se submete a todas as obrigações
previstas em lei, adquire a capacidade jurídica. Esta é sinônimo de personalidade civil e
surge no momento do nascimento com vida. Um ser em formação no ventre da mulher, não
tem personalidade civil, não é portador da capacidade jurídica, ou seja, não é pessoa e, não
é sujeito de direitos e obrigações na ordem civil.
Não somente a pessoa humana tem direitos e obrigações. Há outras pessoas, denominadas
por lei de pessoas jurídicas, que embora não sejam seres humanos, são também sujeitos de
direitos e obrigações.
Dois são, portanto, os sujeitos de direito e obrigações: a pessoa natural ou física e a pessoa
jurídica. São duas pessoas distintas. O artigo 20 do Código Civil mostra bem essa distinção:
“As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros”. É a mesma situação
entre o pai e o filho. São duas pessoas distintas, cada uma com seu nome e patrimônio
próprios. Se o filho, por exemplo, é o devedor, não pode o seu credor desejar receber do
pai, porque o que responde pela dívida do devedor são seus bens. Os bens do pai pertencem
a ele; não ao filho. Se cada pessoa tem patrimônio próprio, ipso facto, o patrimônio da
pessoa jurídica não pertence aos sócios que a compõem.
DA PESSOA FÍSICA
Pessoa natural é o ser humano dotado de personalidade civil, ou seja, é aquele que tem
aptidão reconhecida pela ordem jurídica, de exercer direitos e contrair obrigações. É o que
determina o artigo 2º do Código Civil : “Todo homem é capaz de direitos e obrigações, na
ordem civil”. Esse é o ponto que merece ser destacado: ser sujeito de direito, de ter
personalidade civil, é atributo absolutamente necessário para que cada qual possa
movimentar a máquina judiciária em defesa de seu direito subjetivo, valendo-se da norma
jurídica, quando necessário. Os escravos, por exemplo, apesar de serem pessoas naturais,
não possuíam esse direito (direito subjetivo), porque não eram considerados como tal, o que
significava que eram tratados como res (coisa). Como atualmente não existem escravos,
qualquer indivíduo, independente de sexo, idade, raça ou nacionalidade, tem a faculdade de
exigir determinado comportamento, ação ou omissão, quer de uma só pessoa, quer da
sociedade.
Nos dias de hoje, pode-se afirmar que todo homem é sujeito de direitos e obrigações. Ou
seja, basta Ter nascido com vida para ser titular de direitos: direito à vida, à herança, à
propriedade etc.
A pessoa física, como sujeito de direitos e obrigações, é representada pelo ser humano e sua
existência começa a partir do seu nascimento com vida. O artigo 4º do Código Civil é
expresso nesse sentido: “A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida,
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
Por nascituro se entende o feto já concebido e que se encontra no ventre materno, Enquanto
o feto não se separar do corpo materno não se pode saber se nasceu ou não com vida. Como
ainda não nasceu com vida, não é sujeito de direito: existe apenas uma expectativa de ser
sujeito de direito, sendo, portanto, um sujeito de direito em potencial. Só receberá ou
transmitirá direitos se nascer com vida, mas enquanto isso não acontecer, terá a proteção do
Direito.
Se o nascituro nascer morto, não adquire personalidade civil e, portanto, não recebe nem
transmite a herança do seu falecido pai que ficará com os avós paternos, visto que a ordem
da vocação sucessória é a seguinte:
4) Na falta dos supracitados, herdam em seguida os colaterais até o 4º grau (2º grau são os
irmãos; 3º grau são tios e sobrinhos; 4º grau são os primos);
Se nascer vivo, receberá a herança, mas se por acaso vier a falecer no segundo subseqüente,
a herança ficará com a sua mãe.
Legislação há, como a espanhola, que exige, além do nascimento com vida, que também
sobreviva 24 horas para ser sujeito de direitos e obrigações. A mexicana considera o
surgimento da capacidade civil por ocasião da concepção.
Poderá haver dúvida quanto ao recém-nascido Ter, ou não, vivido por um instante. Para
tirar essa dúvida o juiz nomeia um perito e as partes interessados, seus assistentes técnicos,
para procederem à docimasia respiratória, que consiste em colocar os pulmões do falecido
num recipiente com água à temperatura de 15º-20º C. Se os pulmões flutuarem é porque
respirou e nasceu com vida; do contrário., é a prova de que nasceu sem vida.
OS INCAPAZES
O incapaz é o sujeito portador de alguma deficiência natural, a tal ponto, que o impede de
agir, por si mesmo, na atividade civil. É aquele que não pode exercer pessoalmente,
sozinho, os atos da vida jurídica ou só pode fazê-los com a assistência de outrem. Por isso,
há dois tipos de incapazes: os absolutamente incapazes e os relativamente incapazes.
Os absolutamente Incapazes
Aquele que é absolutamente incapaz não pode, portanto, comparecer pessoalmente para
praticar os atos da vida civil e mercantil. Se o fizer, tal ato será nulo, ou seja, é como se não
existisse.
q Os menores de 16 anos.
Os menores de 16 anos
O legislador entende que as pessoas com menos de 16 anos de idade não possuem
desenvolvimento mental suficiente para atual por si próprias, no mundo do direito civil e
comercial. Elas têm direitos, porém, não poderão exercê-los pessoalmente, devendo ser
representadas pelo pai, mãe ou tutor. Por exemplo, se o menor tiver que outorgar
procuração ad judicia a um advogado, poderá fazê-lo por seu representante legal, o qual
assinará a procuração em nome de seu representado.
O Tribunal decidiu certa vez o seguinte; “sem que previamente tenha sido interditado
ninguém pode ser considerado incapaz” (in RT 447/63). É, pois, importante saber se
juridicamente uma pessoa é ou não louca. Se, por exemplo, alguém compra uma casa de um
doente mental interditado, mesmo este comparecendo pessoalmente e assinando a escritura
pública, o ato praticado será nulo. Embora sejam passados 19 anos desse ato, no momento
em que alguém levar o fato ao conhecimento do juiz, este declarará a nulidade da venda e,
concomitantemente, a nulidade das demais vendas, se houver, para que o imóvel retorne à
posse do interditado.
Interessante notar que qualquer ação apresentada ao juiz, passará, antes, pelo Cartório do
Distribuidor do Fórum. Assim, se alguém desejar saber se existe alguma ação de interdição,
basta pedir uma certidão ao distribuidor forense que este acusará ou não a sua existência.
Caso o juiz conclua pela interdição, a sua sentença “será inscrita no Registro de Pessoas
Naturais e publicada pela imprensa local e pelo órgão oficial por três vezes, com intervalo
de 10 (dez) dias, constando do edital os nomes do interdito e do curador, a causa da
interdição e os limites da curatela” CPC, art. 1.184). Portanto, na sentença que decreta a
interdição, o juiz nomeará um curador ao interdito que será, então, o seu representante
legal.
E os atos praticados pelo incapaz antes da interdição, serão válidos? Por exemplo, se no dia
10 do mês tal foi distribuído pedido de interdição e a venda de uma casa, pelo interditando,
ocorreu antes do referido dia 10, o ato jurídico praticado, pessoalmente, pelo amental é
válido, porque o Cartório Distribuidor do Fórum não comunicou à sociedade a existência
do pedido de interdição, sobre o possível estado de perturbação mental do vendedor, Se o
ato de venda, realizado pessoalmente pelo interditando, aconteceu após o dia 10, data em
que o distribuidor forense leva ao conhecimento do comprador a possível anomalia psíquica
do vendedor, o negócio jurídico praticado antes da sentença é apenas anulável, ou seja, é
válido no momento, mas pode ser anulado por uma ação judicial,. A propósito, veja o que
já decidiu o Tribunal: “não se pode exigir de terceiros o entendimento e a desconfiança de
possível incapacidade do contratante. A interdição só produz efeitos após seus acolhimento
por sentença e à lei importa mais proteger terceiro de boa-fé do que interesse de incapaz.
Os negócios praticados por amental não interditado – concluiu o Tribunal – são válidos (in
RT 618/188).
No entanto, após a sentença de interdição, todos os atos praticados pelo interdito serão
considerados nulos.
Eliminada a causa, logicamente desaparecem seus efeitos, ou seja, cessando o motivo que
determinou a interdição, esta será levantada por sentença do juiz (CPC, art. 1.186).
O pedido de levantamento será feito no mesmo juízo que promoveu a ação de interdição e
poderá ser pedido pelo próprio interditado, pelo curador ou por quem pediu a interdição.
A petição, requerendo o levantamento, será apensada aos autos da interdição. O juiz, então,
nomeia perito para proceder ao novo exame de sanidade do interditado e, após a
apresentação do laudo, designará audiências de instrução e julgamento.
É preciso que a pessoa seja surda-muda e não tenha possibilidade de externar a sua vontade
para ser considerada absolutamente incapaz.
Os Toxicômanos
Como acontece em relação à interdição dos loucos, a sentença que decretar a interdição
será registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais.
Dispõe o artigo 6. Do Código Civil : “São incapazes, relativamente a certos atos (art.
147,I), ou à maneira de os exercer:
q Os pródigos.
q Os silvícolas.
Parágrafo único. Os silvícolas ficarão sujeitos aos regime tutelar, estabelecido em leis e
regulamentos especiais, o qual cessará à medida que se forem adaptando à civilização do
país”.
Poderá acontecer que o menor, ao atingir a idade de 16 anos, continue a ser portador de
loucura e, para evitar o seu comparecimento pessoal na prática, de ato jurídico, cabe a sua
interdição, pois a cautela de incapaz é cabível em qualquer idade (in RT590/83).
Tratando-se de ato anulável por Ter5 sido praticado por um menor relativamente incapaz,
sem assistência de seu representante legal, não pode aquele valer-se de sua menoridade,
quando alcançar a capacidade, para furtar-se à obrigação que contraiu:
q se por ocasião em que praticou o ato, interrogado pela outra parte, oculta dolosamente a
sua idade ou, se, no ato de se obrigar, espontaneamente, ele se declara maior. O art. 155 do
Código Civil é claro.
“O menor, entre 16 e 21 anos, não pode, para se eximir de uma obrigação, invocar a sua
idade, se dolosamente a ocultou, inquirido pela outra parte, ou se no ato de se obrigar,
espontaneamente se declarou maior”.
“Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não
provar que reverteu em proveito dele a importância paga”.
Vale dizer, o relativamente incapaz não terá que restituir o que tiver recebido, desde que a
outra parte não consiga provar que o pagamento feito reverteu em proveito dele (incapaz).
Os pródigos
Encontra-se entre os relativamente incapazes, o pródigo e, para que ele seja juridicamente
reconhecido como incapaz, é preciso que seja interditado, tornando-se incapaz para praticar
certos atos, como o de emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou
ser demandado. Os artigos 1.185 do CPC é expresso da necessidade de interdição:
“Obedecerá às disposições dos artigos antecedentes, no que for aplicável, a interdição do
pródigo, a do surdo-mudo sem educação que o habilite a enunciar precisamente a sua
vontade e a dos viciados pelo uso de substâncias entorpecentes quando acometidos de
perturbações mentais”.
Pródigo é o indivíduo que gasta desordenadamente seus bens, que dissipa imoderadamente
o que é seu, ameaçando a estabilidade de seu patrimônio. Como muito bem lembra o Prof.
Silvio de Salvo Venosa, “a prodigalidade não deixa de ser uma espécie de desvio mental,
geralmente ligado à prática de jogo ou a outro vícios”.
Uma conclusão: tirando a idade, todos os incapazes apontados pela lei são doentes mentais.
O pródigo, declarado como tal, terá a sentença inscrita no Registro Civil de Pessoas
Naturais, no Cartório da cidade onde nasceu, para reconhecimento de terceiros.
Os silvícolas
Os silvícolas são os habitantes da selva. Enquanto não forem absorvidos pela civilização
são considerados relativamente incapazes e submetidos a uma legislação especial
(Parágrafo único do art. 6º do Código Civil).
O incapaz é um protegido da lei e da sociedade, Para tanto, a própria lei coloca alguém para
dirigir e defender a sua pessoa e os seus bens. Esse alguém pode ser seu pai, sua mãe, ou
ambos, quando ele for menor e, quando for maior, o curador. Se o menor for órgão, o tutor
será a pessoa que o protegerá. Tanto o tutor como o curador são nomeados pelo juiz.
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
q Pela maioridade. A maioridade para o exercício da vida civil e comercial começa quando
uma pessoa completa 21 anos. A partir de então, ela passa a ser maior e capaz, podendo
praticar todos os aos da vida civil sem qualquer assistência, ou seja, torna-se apta a exercer
pessoalmente todos os seus direitos e assumir obrigações, sem necessidade de ser assistida
por seu pai, por sua mãe ou por seu tutor.
CASOS DE EMANCIPAÇÃO
Antes do 21º ano, o indivíduo só pode adquirir a capacidade pela emancipação. Esta é a
aquisição da capacidade de exercício antes da idade legal. Eis o que diz o parágrafo 1º do
art. 9º do Código Civil, in verbis:
I – “Por concessão do pai, ou, se for morto, da mãe. E por sentença do juiz, ouvindo o tutor,
se o menor tiver dezoito anos cumpridos.
II – Pelo casamento.
“Cessará, - diz o art. 9º, § 1167 do Código Civil – para os menores, a incapacidade: i – Por
concessão do pai, ou se for morto, da mãe, ... se o menor tiver dezoito anos cumpridos”.
Portanto, a emancipação por vontade do pai ou da mãe depende sempre de o menor ter
completado 18 anos de idade. O menor não tem o direito de exigir a sua emancipação,
muito menos de pedi-la judicialmente, pois trata-se de uma concessão que só os pais podem
permitir, lembrando que a emancipação há de ser concedida sempre no interesse do menor.
Embora o Código diga que a mãe só poderá conceder a emancipação do filho se o marido
estiver morto, tem-se que o art. 89 da Lei dos Registros Públicos, que surgiu bem depois do
Código Civil, é expresso ao dizer que cabe “as pais” a concessão da emancipação, alterando
o referido art. 9º. Entretanto, o art. 380 do Código Civil é claro no sentido de que o pátrio
poder é exercido pelo marido “com a colaboração da mulher”, cabendo ao pai, portanto, o
direito de emancipar o filho, podendo a mãe insurgir-se contra a atitude do marido
recorrendo ao juiz para dirimir a questão.
O pai, para obter a emancipação do filho, tem dois caminhos: a) irá ao Cartório de Notas e
solicitará a lavratura de uma escritura pública de emancipação e, após, registrá-la-á no
Cartório do Primeiro Ofício; b) poderá providenciar uma escritura por instrumento
particular, reconhecendo as firmas e registrando-a no referido Cartório.
A concessão pelo pai, ou pela mãe, não leva à intervenção do juiz. Somente a emancipação
do menor sob tutela (órfão) é que requer petição ao juiz e sentença dele. Este ouvirá o tutor
e o próprio menor e, se se convencer da oportunidade da medida, poderá concedê-la.
Entretanto, o pedido não significa que, será sempre procedente, pois, se se convencer de
que o menor não possui, ainda, maturidade para reger sua pessoa e seus bens, poderá
denegar o pedido.
Para o menor ou se tutor requerer a medida ao juiz deve o menor Ter a idade de 18 anos,
pelo menos. Nesse sentido, a lei é expressa: “Por concessão do pai, ou, se for morto, da
mãe, por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezoito anos cumpridos”
(Código Civil art. 9º, I).
A lei fixa a idade nupcial de 16 anos para a mulher e 18 anos para o homem. Contudo,
quando tenha havido união sexual e a mulher menor de 16 anos engravida-se, cabe o pedido
de suprimento de idade ao juiz. Estando os interessados de acordo, o juiz autorizará o
casamento, e a mulher, então, com menos de 16 anos, passa a ser capaz.
O menor de 18 anos, que não atingiu a idade de 21 anos, não pode ser empresário.
Entretanto, diz a lei que, estabelecendo-se com economia própria, montando uma loja, por
exemplo, o menor de 18, 19 ou 20 anos, automaticamente, se emancipa, ou seja, passa a ser
empresário individual.
Qual é a prova da emancipação, caso o menor deixe de exercer sua atividade, visto que a
emancipação é irrevogável?
È diferente dos casos anteriores cuja certidão do exercício do cargo público efetivo ou de
casamento é prova bastante da emancipação.
O único caminho que tem o menor é fazer prova perante o juiz, de que se estabeleceu com
economia própria.
Fulano de tal (qualificação e endereço, filho de ..., e de ..., ambos falecidos (docs. Anexos),
tendo completado 18 anos de idade, conforme comprova a inclusa certidão, requer a V.
Excia. A realização de uma justificação judicial, em dia e hora designados, citando-se o seu
tutor conforme determina o artigo 1.112 do Código de Processo Civil, bem como o órgão
do Ministério Público, para o compadecimento à audiência na qual o Suplicante quer provar
que tem capacidade para reger sua pessoa e para administrar seus bens.
Requer ainda que, julgada procedente a presente justificação, seja o Suplicante emancipado
para todos os fins de direito.
Pede deferimento
FIM DA PERSONALIDADE
A existência do homem termina com a sua morte, que se prova com a certidão de óbito,
ocasionando a cessação imediata de todos os seus direitos e obrigações. Cessa portanto, a
personalidade jurídica da pessoa natural, deixando de ser sujeito de direito e obrigações.
• 3 anos atrás