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ENTRE ABISMO E SOL

Eduardo Rosal poeta, ensasta e doutorando em Teoria Literria pela UFRJ.


E-mail: edurosal@yahoo.com.br

Abismal

Somente o sol pisa a nossa terra


e vai alm-mar? Tambm o astronauta,
de tempos em tempos, glrias e quedas?

Tambm o menino no buraco do queijo


enxerga outra esfera e saliva a libido?
Tambm o poeta, domando abismos,

transpe o que vaga visvel e vai


alm-cho, invisvel desejo de rbitas,
achar-se ao passo que se esvai no breu?

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Desconhecido

Desde que
no sei quem sou
comeo a me entender.
Entre a sede
e o so
um nome
que no sei dizer
e se refaz,
vo de voo,
refm
que nunca vai
morrer.

Revista Escrita
Rua Marqus de So Vicente, 225 Gvea/RJ CEP 22451-900 Brasil
Ano 2014. Nmero 19 EE. ISSN 1679-6888.
escrita@puc-rio.br

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Indispensvel

Agonia! Camomila pra esta solido!


Eu aqui madrugo de samba-cano
(indis)pensando na Teogonia.

Quando um minotauro qualquer,


vencido, desfiar o novelo
e me levar face que perdi?

Quem teceu a morte deste bicho


desmonte, por favor, os muros do labor
e da espera de outro heri quero dormir.

Revista Escrita
Rua Marqus de So Vicente, 225 Gvea/RJ CEP 22451-900 Brasil
Ano 2014. Nmero 19 EE. ISSN 1679-6888.
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Tarde

Tiramos um sono da tarde.


Acordamos
nossos melhores bafos
e desejos.
Domingo
e no somos um s,
somos vrios
navios numa gota
que evapora.
Nada abole
o silncio quente do sol
na janela
seno a prpria esteira
da aurora.
No somos dois
ss
num s,
somos vrios,
como solitrio o acordar.

Revista Escrita
Rua Marqus de So Vicente, 225 Gvea/RJ CEP 22451-900 Brasil
Ano 2014. Nmero 19 EE. ISSN 1679-6888.
escrita@puc-rio.br

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