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ÉTICA E LEGISLAÇÃO

EM EXAMES DE
DNA FORENSE
— UMA ABORDAGEM PRELIMINAR —
“— Mas cada um pertence a todos —

concluiu, citando o provérbio hipnopédico”.

“Admirável Mundo Novo”,


Aldous Huxley
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA POR DNA
 Histórico
 Aplicações das técnicas
 Naturezas das amostras
 Tecnologias e Metodologias
 Poder de Identificação
 Laudo Pericial
 Grupos Científicos em Genotipagem Forense
 Realidade Internacional. Diretrizes e Recomendações
 Situação Atual no Brasil
 Genética Forense e Ética
Histórico

 Caso “Leicester” (Inglaterra, 1986), Alec J. Jeffreys.


 Caso “Flórida vs. T. L. Andrews” (EUA, 1987).
 Brasil:
 Sérgio Danilo Pena (UFMG — Lab. Gene, 1988).

 PCDF: Edson Wagner Barroso / Mirian Takeuchi


(2 Laudos Periciais, casos criminais,
Lifecodes Corp./EUA, 1994).
Aplicações das técnicas
 Identificação de suspeitos em casos de crimes sexuais.
 Identificação de cadáveres (carbonizados, em
decomposição, mutilados, espostejados, aborto,
infanticídio etc) ou partes anatômicas/órgãos humanos.
 Estabelecimento de relação instrumento lesivo e vítima.
 Determinação de paternidade (cível, criminal ...).
 Estudos de vínculo genético e de laços de parentesco.
 Diagnóstico de patologias (infecto-contagiosas, genéticas ...).
 Determinação de histocompatibilidade (ex. transplantes).
 Estudos populacionais etc.
Natureza das amostras
 Sangue.
 Esperma.
 Saliva.
 Tecidos moles.
 Pêlos e anexos dérmicos.
 Ossos e dentes.
 Caspa.
 Líquido amniótico e vilosidades coriônicas etc
Tecnologias e Metodologias
 RFLP.
 MLPs (“Multi Locus Probes”).
 SLPs (“Single Locus Probes”).
➡ Radiatividade (32P).
➡ Enzimático-colorimétrico:
biotina-streptavidina.
➡ Quimiluminescência
(dioxetano/adamantil/
fenil fosfato).
Tecnologias e Metodologias (cont.)

 PCR.
▼ Minissatélite
➡ Polimorfismo de
seqüência (HLA-DQα, PM),
“slot-dot”.
➡ Polimorfismo de extensão
(D1S80, D17S5 ..), “prata”.
Tecnologias e Metodologias (cont.)

▼ Microssatélite.

➡ STRs (CSF1PO, TPOX,TH01

— CTT —, FFv, MPX I, MPX II,

“prata” /

Powerplex, Profiler,

Cofiler, “fluorescência”).

➡ Cromossomo Y.
Tecnologias e Metodologias (cont.)

 Sequenciamento (DNA mitocondrial):


matrilinhagem.

 Espectroscopia de massa.

 “Biochips”.
Poder de Identificação. Tecnologia.
 MLPs: (paternidade±/criminal ↓).
 SLPs: (paternidade↑/criminal ±).
 DNA Minissatélite: (paternidade ↓ /criminal ±).
 DNA Microssatélite (STRs): (paternidade ↑ /criminal ↑).
 marcadores de Cromossomo “Y” (paternidade ±/criminal ↑*).
 Sequenciamento (DNA mitocondrial): (maternidade ±/criminal ±).
 Espectroscopia de massa**: (paternidade ↑ /criminal ↑).
 “Biochips”: (área médica/histocompatibilidade/
paternidade/criminal). ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑
Poder de Identificação. Cálculos.
 Índice de Paternidade: 10.000 (mínimo).
 Probabilidade de Paternidade: 99,99...%.
 a priori (0,5).
 a posteriori (0,7).
 Probabilidade de Exclusão: 99,99...%.
 Poder de Exclusão.
 Freqüência de ocorrência, relação de
verossimilhança, “matching probability” ...
Laudo Pericial
 Modelos.
 Requisição.
 Identificação das partes.
 Coleta, acondicionamento e preservação das amostras.
 Extração e quantificação de DNA.
 Metodologias e técnicas empregadas.
 Obtenção, leitura e interpretação dos resultados.
 Cálculos estatísticos.
 Conclusões.
 Assinaturas dos Peritos.
 Competência (CPP e CPC). Cons. Regionais e Federais.
 Formação acadêmico-profissional.
Grupos Científicos em Genotipagem Forense

 ISFG (“International Society for Forensic Genetics”).


 EDNAP (“European DNA Profiling Group”), GEP (“Grupo Espanhol e
Português”) e Grupos de Trabalho Alemão, Inglês, Francês, Italiano,
Japonês e Australiano.
 DNA Comission (ISFG Board + Working Groups).
 DAB/SWGDAM/FBI (“DNA Advisory Board/Scientific Working Group on DNA
Analysis Methods/Federal Bureau of Investigation”).
 ASCLD (“American Society of Crime Lab Directors”).
 AABB (“American Association of Blood Banks”).
 CAP (“College of American Pathologists”).
 NIST (“National Institute of Standards and Technology”).
 OTA (“Office of Technology Assessment”).
 NRC (“National Research Council”), National Academy of Sciences.
Realidade Internacional.
Diretrizes e Recomendações.
 QA/QC (“Quality Assurance/Quality Control”).
 Objetivos.
 Organização e Gerenciamento.
 Qualificação e Treinamento de Pessoal.
 Instalações físicas.
 Controle de amostras.
 Testes de validação/Estudos populacionais.
 Procedimentos analíticos.
 Calibração, aferição e manutenção.
 Testes de proficiência.
 Ações corretivas.
 Documentação.
 Revisão.
 Medidas de Segurança.
 Auditoria.
Realidade Internacional.
Situações específicas.

 Austrália
 Preservação de direitos e garantias, magistrado, diretrizes.
 Canadá
 Bill C-104, Bil C-e e Bill S-10, bancos de dados, colheita compulsória.
 EUA
 Controle Criminal, “Frye”, Act 1994, CODIS, QA/QC.
 Alemanha
 Cód. de Proc. Criminais, magistrado/prom. just., c. compulsória.
 Suécia
 “Use of Gene Technology Act 1991”, privacidade, acesso.
Situação Atual no Brasil
 Laboratórios (públicos, privados, “híbridos” ...): ↑ 60 ( ! ! ! ).
 Tecnologias :
• RFLP, PCR/STRs, sequenciamento de DNA mitocondrial.
• Plataformas manuais, semi-automáticas e automatizadas.
• Quimiluminescência, prata, fluo resc ên ci a etc.
 Intercâmbio (↓ ↓ ↓ ↓ ↓).
 Exercício de Controle de Qualidade (GEP /ISFH, 2º sem/1998):
• Divisão de Pesquisa de DNA Forense (DPDNA/PCDF).
• GENE — Núcleo de Genética Médica (MG).
• Genomic Engenharia Molecular LTDA (SP).
• Hereditas Tecnologia em Análise de DNA (DF).
• Laboratório de Diagnósticos por DNA (RJ).
• Laboratório Reference (RS).
Situação Atual no Brasil (continuação)

 GEP (2002) Países participantes: Espanha (30), França (1),


Portugal (7), Argentina (16), Brasil (14), Colômbia (13), Costa Rica (2),
Cuba (1), Equador (1), Honduras (1), México (1), Paraguai (1), Peru (1),
Uruguai (3) e Venezuela (4). TOTAL: 88.
 Reunião GEP, 4-6/junho/2004, Manaus (Amazonas): 15 labs. brasileiros.
 Próxima reunião GEP ISFG: setembro/2005, Açores (Portugal).

 Normatização, fiscalização, controle de qualidade: não há!


 Legislação
• Unidades da Federação: DF, RJ, MG, SP, PR, RS, BA, CE ...
• Federal, específica: não há. Apenas proposições legislativas.
Proposições Legislativas
– Projetos de Lei mais recentes:
PL-6079/2002 (que “acrescenta dispositivo à Lei n.º 7116, ..., formando banco
de dados referentes ao código genético – DNA, a serem mantidos pelos órgãos de
identificação”), PL-6096/2002 (que “altera a Lei n.º 8.069, ..., que ‘dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, ...’, exigindo que seja mantido no
prontuário do recém-nascido amostra de sangue para exame de DNA”),

PL-6154/2002 (que “acrescenta inciso X ao artigo 485 da Lei n.º 5.869, ..., que
institui Código de Processo Civil, estabelecendo a possibilidade de propor ação
rescisória de sentença judicial nas ações de filiação quando não haja prova
pericial disponível, excluindo, essas ações do prazo de extinção”)

PL-6610/2002 (que “dispõe sobre a criação do Banco Estadual do DNA, com a


finalidade exclusiva de realizar o registro inicial de identificação do recém-
nascido”).
Proposições Legislativas
– Projetos de Lei (cont.):
PL-188/1999 (que “estabelece a identificação criminal genética para os que
cometerem crimes hediondos”),
PL-859/1999 (que “torna obrigatório o exame prévio de DNA para a cremação de
cadáveres”),
PL-3078/2000 (que “dispõe sobre a coleta de amostras de materiais orgânicos
para identificação individual pelo isolamento do DNA, sem ofender ou violar
dispositivos insertos no artigo 5º da Constituição Federal, disciplina procedimentos
para a realização de testes de DNA e dá outras providências”),
PL-4662/2001 (que “dispõe sobre a isenção da apresentação do exame de DNA
nos casos que menciona e dá outras providências”, proibindo a exigência de
apresentação de exames laboratoriais de genotipagem pelo empregador, seja
empresa pública ou privada, para seleção e contratação de empregado, e mesmo por
companhias de seguro de planos de saúde, evitando, certamente, situações de
discriminação genética).
Proposições Legislativas
– Projetos de Lei antigos:
– Câmara dos Deputados:
 P.L. 1.504/96, Dep. Fed. Edson Ezequiel (PDT/RJ): exame de DNA, paternidade,
instituição hospitalar pública, convênio, Judiciário. Anexados: P.L. 1.542/96, Dep.
Fed. José Santana de Vasconcelos (PFL/MG), P.L. 1.780/96, Dep. Fed. Socorro
Gomes (PC do B/PA), P.L. 1.095/96, Dep. Fed. Adelson Salvador (PMDB/ES) e P.L.
2.496/96, Dep. Fed. Serafim Venzom (PDT/SC).
 P.L. 2.020/96, Dep. Fed. Alzira Ewerton (PPB/AM): admissão, paternidade, réu,
investigação de paternidade, recusa. — ARQUIVADO EM 02/02/99 —
 P.L. 4578/98, Dep. Fed. de Velasco (Prona/SP): exame de DNA,
paternidade/maternidade, Juiz, Vara de Família, Ministério da Saúde (SUS).
Anexados: P.L. 143/99, Dep. Fed. Iara Bernardi (PT/SP), P.L. 260/99, Dep Fed.
Vanessa Grazziotin (PC do B/AM)/Dep. Fed. Jandira Feghali (PC do B/BA) e P.L.
467/99, Dep. Fed. Coriolano Sales (PDT/BA).
Proposições Legislativas
 P.L. 307/95, Dep. Fed. Genésio Bernardino (PMDB/MG): exame de DNA,
investigação de paternidade, gratuidade, Ministério da Saúde (SUS).
— ARQUIVADO EM 02/02/99 —
 P.L. 858/95, Dep. Fed. Sandro Mabel (PMDB/GO): Juiz, determinação,
réus, processos criminais, exame de DNA, processo penal, crime,
autoria. — ARQUIVADO EM 02/02/99 —
 P.L. 4.860/94, Dep. Fed. Genésio Bernardino (PMDB/MG): exame de DNA,
gratuidade, baixa renda, R$200,00, Ministério da Saúde (SUS),
convênio. — ARQUIVADO EM 02/02/95 —
Proposições Legislativas

 P.L. 3.692/93, Dep. Fed. Socorro Gomes (PC do B/PA):


obrigatoriedade, instituição hospitalar (SUS), laboratório,
credenciamento (MJ), gratuidade, exame de DNA, paternidade —
VETADO PELA PRES. DA REPÚBLICA EM 05/04/95 —
– Senado Federal:
 P.L. 186/96, Sendora Benedita da Silva (PT/RJ): exame de DNA,
gratuidade, hospital, SUS, Ministério Público, paternidade, dotação
orçamentária, União. — ARQUIVADO EM 02/02/99 —
 Constituição Federal: artigos 5º e 6º.
 Código de Processo Penal.
 Código de Processo Civil.
Jurisprudência - STF
– Pet 2.902 ED - SP, relatora: Min. Ellen Gracie, 10/6/2003. Ementa: Antes da
emissão do juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, no
tribunal a quo, não cabe ao Supremo Tribunal Federal o exame do
pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso
extraordinário. Compete ao Presidente do Tribunal de origem -
quando entender cabível - a outorga do efeito suspensivo até que
se realize o juízo de admissibilidade . Precedentes. Determinação
de realização de prova pericial de DNA em investigação de
paternidade. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Agravo
improvido.
– HC 81855/SP, Min. Carlos Velloso, 29/10/2002.
– AI 392153 AgR/SP, Min. Nelson Jobim, 3/9/2002.
– RE 207732/MS, Min. Ellen Gracie, 11/6/2002.
– RE 224775/MS, Min. Néri da Silveira, 8/4/2002.
Jurisprudência - STF
– RCL 2.040-DF, relator: Ministro Néri da Silveira, 21.2.2002. (Glória de
Los Ângeles Trevino Ruiz).
– HC 76060/SC, Min. Sepúlveda Pertence, 31/03/98, votação: unânime,
resultado: deferido. “Submissão compulsória, fornecimento de amostra,
exame de DNA, constrangimento, dignidade pessoal”.
– RHC 71420/DF, Ministro Moreira Alves, 10/05/94, votação: unânime,
resultado: improvido. “Cerceamento de defesa, inexistência, não-
realização de exame de DNA, não reconstituição do crime”.
– HC 73795/SP, Min. Marco Aurélio, 04/06/96, votação: unânime,
resultado: indeferido. “Estupro, prova, exame de DNA”.
– HC 71373/RS, Min. Francisco Rezek, 10/11/94, votação: unânime,
resultado: deferido. “Investigação de paternidade, exame DNA, condução
do réu ‘debaixo de vara’”.
Jurisprudência - STJ

RESP 255077 
(ACÓRDÃO) 
Ação rescisória. Investigação de paternidade.
Documento novo. Art. 485, VI e VII, do Código
de Processo Civil. 1. O documento novo é
aquele que ao tempo do julgamento já existia,
mas dele o autor não tinha conhecimento, não
valendo para ...
Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO  
DJ DATA:03/05/2004 PG:00146
Jurisprudência - STJ

RESP 218302 
(ACÓRDÃO) 
Investigação de paternidade. Exame de DNA.
Conversão do julgamento em diligência em
segunda instância. Admissibilidade. Poder-
Dever do Julgador. – O Julgador deixou de ser
mero espectador da batalha judicial, ...
Min. BARROS MONTEIRO  
DJ DATA:29/03/2004 PG:00244
Jurisprudência - STJ

RESP 216719 
(ACÓRDÃO) 
Processo civil e civil. Ação de investigação de
paternidade. Pedido expresso de anulação de
registro. Desnecessidade. Julgamento extra
petita inocorrente. Intimação. Nulidade.
Ausência de prejuízo. Cumprimento da decisão.
Forma. Alvará. Irrelevância. Exame pelo DNA.
...
Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA  
DJ DATA:19/12/2003 PG:00468
Jurisprudência - STJ

RESP 397013 
(ACÓRDÃO) 
Direito civil. Recurso especial. Ação de
investigação de paternidade. Exame pericial
(teste de DNA) em confronto com as demais
provas produzidas. Conversão do julgamento
em diligência. - Diante do grau de precisão
alcançado pelos métodos científicos de ...
Min. NANCY ANDRIGHI  
DJ DATA:09/12/2003 PG:00279
Jurisprudência - STJ

HC 22590 
(ACÓRDÃO) 
Habeas Corpus – Investigação de paternidade -
Exame por DNA – Coação. Deferido o pedido
formulado pelas partes, para exame pericial
por DNA, a designação de data para a
realização, por si só, não …
Min. CASTRO FILHO  
DJ DATA:24/11/2003 PG:00298
Jurisprudência - STJ

RESP 460302 
(ACÓRDÃO) 
Civil e processual civil – Ação negatória de
paternidade – Preliminares de ilegitimidade
passiva e coisa julgada apreciadas em agravo
de instrumento transitado em julgado – Recusa
do réu em submeter-se ao exame de DNA –
Presunção de veracidade dos fatos ...
Min. CASTRO FILHO  
DJ DATA:17/11/2003 PG:00320
Jurisprudência - STJ

HC 29828 
(ACÓRDÃO) 
Habeas Corpus. Tortura com resultado morte e
ocultação de cadáver. Prisão preventiva.
Necessidade. Dois co-réus apontados como
executores, sendo o irmão da vítima o possível
mandante. Corpo não encontrado. Irrelevância.
Indícios suficientes de autoria e ...
Min. LAURITA VAZ  
DJ DATA:10/11/2003 PG:00202
Jurisprudência - STJ

AGA 498398 
(ACÓRDÃO) 
Agravo regimental. Recurso especial não
admitido. Investigação de paternidade. DNA.
Recusa na realização do exame. 1. O
posicionamento desta Corte é no sentido de
que a recusa injustificada à realização do
exame de DNA contribui para a ...
Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO  
DJ DATA:10/11/2003 PG:00188
Jurisprudência - STJ
– AGA 459353/RS; Min. Ari Pargendler (DJ/22.9.2003, pg. 319). Ementa:
PROCESSO CIVIL. PROVA. RECUSA DO RÉU EM SUBMETER-
SE AO EXAME PERICIAL. No contexto da prova indiciária
desfavorável ao réu, por si insuficiente para a certeza da imputação
da paternidade, a recusa em submeter-se ao exame pericial faz
certo, do ponto de vista processual, o que já era provável;
paternidade reconhecida. Agravo regimental não provido.
– RESP 445860/RS; Min. Aldir Passarinho Jr. (DJ/22.9.2003, pg. 333).
– RESP 292543/RS; Min. Aldir Passarinho Jr. (DJ/8.9.2003, pg. 332).
– RESP 253183/RS; Min. Nancy Andrighi (DJ/23.6.2003, pg. 351).
– AGA 481893/RS; Min. Sálvio de F. Teixeira (DJ/9.6.2003, pg. 277).
– AGA 459353/RS; Min. Aldir Passarinho Jr. (DJ/9.6.2003, pg. 276).
– ...
Jurisprudência - STJ
– AGA 402365/RS; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
(2001/0090607-5).
– RESP 146522/MS, Min. Carlos Alberto Menezes Direito, 24/11/98, votação:
unânime, decisão: não conhecer do recurso especial. “Recurso
Especial. Investigação de paternidade. Exame DNA. Justiça
gratuita. Responsabilidade do Estado. Despesas. Precedentes da
corte”.
– HC 2606/SP, Ministro Anselmo Santiago, 20/10/97, votação: unânime,
resultado: concedida a ordem de habeas corpus. “Cabimento, habeas
corpus, afastamento, paciente, exigência, deslocamento,
domicílio, interior, capital do Estado, objetivo, realização, exame
de DNA, investigação de paternidade, possibilidade, perito, coleta
de sangue, domicílio, paciente, decorrência, ausência, recursos
financeiros, caracterização, restrição, liberdade de locomoção”.
Jurisprudência - STJ

– RESP 140665/MG, Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 17/09/98,


votação: unânime, decisão: conhecer do recurso especial e
dar provimento. “Direitos civil e processual civil. Investigação
de paternidade. Prova genética. DNA. Requerimento feito a
destempo. Validade. Natureza da demanda. Ação de Estado.
Busca da verdade real. Preclusão. Instrução probatória.
Inocorrência para o juiz. Processo civil contemporâneo.
Cerceamento de defesa. Art. 130, CPC. Caracterização.
Produção antecipada de provas. Colheita de material do morto
antes do sepultamento. Possibilidade. Recurso provido”.
Jurisprudência - STJ
– RESP 38451/MG, Min. Ruy Rosado de Aguiar, 13/06/94.
– HC 2427/DF, Min. Assis Toledo, 09/03/94.
– RESP 97148/MG, Min. Waldemar Zveiter, 20/05/97, “DNA, exclusão,
paternidade, rejeição, Laudo Pericial, decisão, juiz,
incompatibilidade, prova, autos”.
– HC 6326/SP, Min. Vicente Leal, 24/11/97, “indeferimento, pedido de
exame de DNA, cerceamento de defesa”.
– RESP 107248/GO, Min. Carlos Alberto Menezes Direito, 07/05/98,
“coisa julgada”.
– RESP 85883/SP, Min. Eduardo Ribeiro, 16/04/98, “necessidade, juiz,
determinação, ex officio, exame de DNA, réu, investigação de
paternidade, fundamentação, reconhecimento, decorrência,
perícia, situação fática”.
Jurisprudência - STJ

– EDRESP 107248/GO, Min. Carlos Alberto Menezes Direito, 15/09/98.


– RESP 117430/MS, Min. Cesar Asfor Rocha, 11/11/97.
– RESP 182040/MS, Min. Bueno de Souza, 29/10/98.
– MC 824/MS, Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 29/10/97.
– MC 1149/MS, Min. Nilson Naves, 10/02/98.
– AGRMC 800/RS, Min. Cesar Asfor Rocha, 08/10/97.
– ROMS 6924/MS, Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 20/08/96.
– HC 2606/SP, Min. Anselmo Santiago, 06/12/94, “constrangimento
ilegal, deslocamento, domicílio, capital de Estado, investigação
de paternidade, não caracterização”.
Aristóteles de Estagira,
“Ética a Nicômaco”

“A verdade deve nos ser mais cara que


o melhor amigo e por ela devemos ser
capazes de renunciarmos até às
nossas próprias convicções.”
Genética, Ética e Direitos Humanos

 National Research Council,


National Academy of Sciences (EUA).
 European Convention on Human Rights (ECRH).
 “Principle of Generic Consistency” (P.G.C.):
• Condições Genéricas (Generic Features / GF):
– GF básica.
– GF não-subtrativa.
– GF aditiva.
 PGC e Direitos Humanos. Aplicação:
“Convicted by Juries, Exonerated by Science: Case Studies
in the Use of DNA Evidence to Establish Innocence After Trial” (jun/1996)
Genética Forense e Ética

 “Guidelines for Protecting Privacy of Information


Stored in Genetic Data Banks”, Projeto do Genoma
Humano (PGH). — ELSI: Ethical, Legal and Social Issues —

 Declaração Universal do Genoma Humano e dos


Direitos Humanos, 29ª Conferência Geral da Unesco,
em novembro de 1997. (Elaboração: Comitê Internacional
de Bioética)
Arquétipos éticos
 Campo Entusiástico  Campo Hostil
• Modelo do Controle Criminal • Modelo do Processo Devido
– Restrições mínimas, pelo menos para a – Restrições máximas, mesmo para a
polícia, quanto ao armazenamento e polícia. Armazenamento e acesso
acesso respectivos a dados genéticos de respectivos a dados genéticos
restritos a estupradores e homicidas
pessoas de identidades conhecidas.
condenados.
– Consentimento não-requerido para
– Consentimento sempre requerido.
obtenção de amostras para fins de Exceções, somente para casos
investigação criminal. excepcionais.
– Desnecessário descartar amostras e – Amostras obtidas de pessoas
perfis genéticos de pessoas inocentes não devem ser retidas. Em
último caso, podem ser usadas em
demonstradas inocentes, ou mesmo
estudos populacionais.
reter esses dados anonimamente.
Arquétipos éticos (continuação)
– Métodos de uso corrente são – Métodos de uso corrente não são
adequados. Por exemplo, os adequados; os sistemas devem aumentar
atualmente 12 loci analisados em seus índices estatísticos de identificação
PCR. individual (ex., 15 loci em PCR).
– Acreditação de laboratórios de – Acreditação de laboratórios é essencial:
genética forense é desnecessária. cortes de justiça não são competentes
Durante o julgamento é que se avalia para estabelecer o grau de proficiência
o peso da prova científica. de um laboratório ou de um profissional
– Mesmo que as bases de dados da área de genotipagem forense.
empregadas não sejam totalmente – Sem bases de dados próprias não
sólidas, valores de “match podemos avaliar os fatores de erro.
probability” da ordem de 1 em 10.000 “Match probability” não é equivalente a
constituem-se em forte evidência a probabilidade de inocência.
ser válida como vestígio criminal.
Arquétipos éticos (continuação)
– É dispensável a construção de – É fundamental a construção de bases

bases de dados coletadas para de dados para efeitos/estudos


estatísticos puros. Bases de dados de
efeitos puramente estatísticos e
unidades policiais para amostras de
manejadas por
suspeitos devem ser não-randômicas
grupos/laboratórios
e “biased”.
independentes.
– É completamente inaceitável
– É aceitável condenar baseado condenar baseando-se
apenas na prova do DNA. exclusivamente na evidência
genética, exceto que restem provadas
todas as variáveis de natureza
biológica e valores estatísticos
confortáveis tenham sido alcançados.
Arquétipos éticos (continuação)
– Não há razão para acreditar que – No máximo, 5% dos testes
uma pessoa inocente tenha sido genéticos forenses são refeitos
jamais considerada culpada ou reexaminados posteriormente.
devido a um erro na genotipagem.
– A aceitabilidade da evidência
– Defensores que querem que seja
para fins de exclusão é
considerado que amostras de
completamente diferente de sua
DNA podem ser usadas somente
aceitabilidade para inclusão.
para exclusão (e não para
inclusão) são hipócritas. DNA – Estudos das principais polícias
serve tanto para a defesa quanto do mundo demonstram que em
para a acusação. 30% dos casos de crimes sexuais,
– Poucas pessoas têm sido onde havia outros meios de prova
inocentadas pelo uso da prova suficientes para levar o suspeito
genética que teriam sido a julgamento, o DNA mostra a
condenadas sem essa prova. inocência do acusado.
Arquétipos éticos (continuação)
– É inaceitável reabrir casos – Testes de DNA devem ser
criminais para genotipagem onde permitidos em apelações em

as pessoas suspeitas foram relação a condenações ocorridas

condenadas por outros meios de em épocas pré-genética forense.

prova. – Corrupção ou incompetência


policial, equívocos de
– A prova genética é incapaz de
testemunha oculares, defensores
negar outra forte evidência
mal-capacitados, ou mesmos
inculpatória.
acordos levados a termos por
– Os custos de reabertura de casos advogados podem levar a erradas
são muito altos para o sistema de condenações.
justiça criminal. E isso poderia – A finalidade maior da Justiça não
causar a ruptura desse já frágil é produzir condenações, mas
sistema. descobrir a verdade.
“’Poderia me dizer, por favor, que caminho devo
tomar para ir embora daqui?’
‘Depende bastante de para onde quer ir’, respondeu o
Gato.
‘Não me importa muito para onde’, disse Alice.
‘Então não importa que caminho tome’, disse o Gato.
‘Contanto que eu chegue a algum lugar’, Alice
acrescentou à guisa de explicação.
‘Oh, isso você certamente vai conseguir’, afirmou o
Gato, ‘desde que ande o bastante.’”

“Alice no País das Maravilhas”,


Lewis Carrol
ÉTICA E LEGISLAÇÃO / DNA FORENSE
PRINCÍPIOS E NORMAS

 3 DOCUMENTOS FUNDAMENTAIS:
 Declaração Universal dos Direitos Humanos

 Constituição Federal

 Declaração Universal do Genoma Humano e

dos Direitos Humanos


Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Resolução n.º 217 A (III)
da Assembléia Geral da Nações Unidas,
em 10/12/1948

Ar tigo XII - Ni ngu ém será su jeito a


int er ferên cias n a sua vid a pr iva da, na su a
fam ília, no se u lar ou n a sua
correspon dên cia, nem a at aq ues à su a
hon ra e repu taç ão. T oda pessoa tem di reito
à prot eç ão da lei c ontra ta is inter ferên cias
Declaração Universal dos Direitos Humanos
(cont.)

“ Arti go XXV II – (.. .) . Tod a pessoa tem direi to à

proteç ão dos intere sse s mo rais e

ma teri ais dec orren tes de qualque r

produ ção cientí fi ca, .. . .”


Constituição Federal, 5/10/1988

 Art. 1º: fundamentos da República Federativa do Brasil: “II – a cidadania” e “III


– a dignidade da pessoa humana”;
 Art. 3º: um dos objetivos da República Federativa do Brasil: “IV – promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação”;
 Art. 5º: ... : “II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei”, “IX – é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou de
licença”, “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, ...” e “XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal”.
Declaração Universal do Genoma
Humano e dos Direitos Humanos,
11/11/1997

 Ponto s i mp or tante s :
 a recusa de todo reducionismo genético (art. 2b e 3),
 a recusa das discriminações (art. 6),
 o carater confidencial dos dados (art. 7),
 a afirmação da preeminência do respeito da pessoa humana
sobre a pesquisa (art. 10),
 a promoção de comitês éticos independentes (art. 16),
 compromisso dos Estados de promover a educação em bioética
e de favorecer o debate aberto igualmente às correntes de
pensamento religioso (art. 20 e 21), e
 previsão de procedimento para dar seguimento à aplicação da
Declaração (art. 24).
Werner Heisenberg

“A ciência natural não se limita


simplesmente a descrever e a explicar a
natureza; ela constitui parte da interação
entre a natureza e nós mesmos.”
Genética Forense e Ética (cont.)
 Perfis de DNA, aplicações “contemporâneas”:
• Seguro de Vida
• Seguro-Saúde
• Emprego
 Genes “instáveis”
 Bancos de dados
 Estudos populacionais (subestruturação)
 Cadeia de Custódia
 Peritos Oficiais (SSP) / Peritos não-Oficiais: casos criminais
e de determinação de parentesco, fé pública, local de crime ...
ÉTICA E LEGISLAÇÃO / DNA FORENSE
NECESSIDADES E PERSPECTIVAS

 Formação, capacitação e especialização


 Cursos regionais
 Certificado de Proficiência
 Plurissetorial e multidisciplinar

 Aparelhamento e modernização
 Rede pública e privada
 Conceitos e linguagens
 Pólos regionais (rec. humanos x demanda x geog.)
 Rede Nacional de DNA Forense
 Cadastro Nacional de Dados e Padrões Genéticos
ÉTICA E LEGISLAÇÃO / DNA FORENSE
NECESSIDADES E PERSPECTIVAS

 Convênios com Universidades e ONGs


 Ensino
 Pesquisa e Desenvolvimento
 Consultorias
 Reestruturação institucional e gerencial
 Descentralização com integração sistêmica
 Maior presença nas investigações policiais
e nos processos judiciais
 COORD. NAC. DE DNA FORENSE
(“Board”: Executivo — Justiça, Saúde, Educação, C&T —,
Legislativo, Judiciário, Min. Público, Def. Pública, OAB ...)
ÉTICA E LEGISLAÇÃO / DNA FORENSE
NECESSIDADES E PERSPECTIVAS

 Rede Nacional de Bancos de DNA Forense


 Pólos regionais
 DF, RS, RJ, AL e AM (proposta)
 Ensino, pesquisa e desenvolvimento (não-rotina)
 Exames de proficiência (básico, intermed. e avançado)
 Validação de tecnologias e metodologias
 Acreditação de laboratórios
 Exercícios de Controle de Qualidade
 Genotipagem e Genética Populacional
 Bioética / Direitos Humanos
REFLEXÃO 1:

"O conhecimento da ciência física não me


consolará pela ignorância da moralidade
em um momento de aflição, mas o
conhecimento da moralidade sempre me
consolará da ignorância da ciência física."
Blaise Pascal,
Pensamentos
REFLEXÃO 2:

“Pois com a verdade concordam todas as


coisas que a ela convergem; do falso, ao
invés, a verdade logo discorda."

Aristóteles de Estagira,
“Ética a Nicômaco”
FIM (?)

Edson Wagner Barroso


wwwagners@uol.com.br

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