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http://jn.sapo.pt/2008/04/28/nacional/o_aluno_ja_agrediu_professoras.html
O bom aluno que já agrediu
professoras

Poucos alunos de cursos relacionados com a


hotelaria poderão orgulhar-se de terem sido
escolhidos para estagiar num hotel com a
dimensão e o prestígio do Sheraton Porto. Não foi
a sorte, mas a habilidade que fez com que José
Pedro Domingues, 17 anos, fosse o eleito para tal
tarefa.

A história nada teria de muito relevante, não fosse


o José Pedro - aluno do curso de Educação e
Formação de Cozinha da Escola Básica 2/3 Nicolau
Nazoni, no Portou - um ex-aluno "difícil" e em risco
de abandono escolar, conquistado para o sistema
de ensino graças a uma formação alternativa ao
currículo geral.

Duas agressões a duas professoras de Inglês


constam do seu passado escolar. "Porque é que
só agredi professoras de Inglês? Porque não
gostava da disciplina. Até mandei as duas profes
p'ró chão, a uma até lhe atirei com o livro à
cabeça!". José Pedro confessa que a escola onde
andava - situada num bairro social de Gaia - não
lhe dizia nada, não se sentia lá bem, e por isso
chegou a ser suspenso da escola umas cinco
vezes.

"Este é o nosso melhor aluno, aquele que foi


escolhido para estagiar no Sheraton", afirma, com
orgulho, Emanuel Gonçalves, o professor
responsável pela formação prática.

Prova da estima que José Pedro ganhou à nova


escola é o facto de se levantar, todos os dias, às
6,30 horas para vir de Gaia, onde vive, até ao Porto.

Carlos Correia, 18 anos, está bem perto da escola,


já que vive no bairro de Contumil, como muitos
outros colegas seus.

A possibilidade de frequentar um curso de


Educação e Formação - que lhe confere o 9.º ano
de escolaridade e uma formação profissional de
nível II - renovou-lhe o gosto pela escola.

"É diferente dos cursos gerais. Aqui não


precisamos estar sempre só a estudar aquelas
teorias. Há uma parte prática que é muito

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interessante e os professores são óptimos, do tipo


que podemos contar para tudo", disse Carlos
Correia. O jovem sente-se entusiasmado com os
contactos que tem tido com a área profissional e
está entusiasmado por poder, em breve, participar
num estágio.

Emanuel Gonçalves, que lecciona aquele curso há


já dois anos, conhece bem os alunos que tem à
sua frente e procura entusiasmá-los nas aulas
práticas. "Nas aulas teóricas, são do tipo
passarinho na gaiola. São alunos especiais, em
que cada um vale por dois. Mas faço tudo por
levá-los longe e, apesar de cansado, chego ao fim
do dia satisfeito", referiu.

Conceição Sousa, presidente do Conselho


Executivo da "Nicolau Nazoni", mostra-se satisfeita
com o êxito dos cursos e das vantagens
acrescidas na recuperação de jovens em risco de
exclusão social.

"É claro que eles não são a Madre Teresa de


Calcutá", ironiza. "O curso é de dois anos e, no
primeiro, os professores preocupam-se em
estabelecer com eles as regras na sala de aula, que
têm de ser cumpridas", explicou. Conceição Sousa
sublinhou a preocupação que existe na escola para
que aquelas turmas não sejam vistas como uma
espécie de gueto. "Quando recebemos visitas aqui
na escola, os alunos de Cozinha esmeram-se para
recebê-los bem. Ainda há pouco tivemos cá a visita
de algumas personalidades e foram servidas de
uma forma muito profissional. São oportunidades
que servem aos alunos para "subir ao palco",
mostrar o que vale e do que são capazes. E, no
final, eles sentem-se orgulhosos", realçou.

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