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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país onde o espírito empreendedor é muito evidente, com um


universo de 90% das empresas em atividade no país que são familiares, segundo
SEBRAE/SC (2005) e reforça o peso destas empresas no produto interno bruto do
país assim dispostos: 12% no agrobusiness, 34% da indústria e 54% de serviços.
Apesar de números positivos grandes parte delas de 100 empresas 30% chegam à
segunda geração e apenas 5% na terceira geração. Por que isso acontece? Atribui-
se a estes números a sucessão e a falta de planejamento, profissionalização dos
indivíduos que irão assumir o negócio da família.
O tema proposto compõe o universo das empresas familiares explorando
desde o ciclo de vida das empresas nascimento, maturidade, apogeu até os conflitos
que segundo Davis (2003) que faz uma abordagem acerca da estrutura da empresa
familiar, o qual focaliza nos principais causas de conflitos, propondo os modelos de
três círculos e de desenvolvimento modelos estes que servem como parâmetro para
os estudos da família, propriedade e empresa. Quanto aos pontos como sucessão,
dilemas da continuidade são também geradores de conflitos assunto abordados por
Ward (2003).
E o planejamento financeiro também será analisado nesta pesquisa, assunto
este que causa ainda aos administradores certo “temor”, mais pela falta de
conhecimento do que o assunto possa parecer difícil. Dada a importância de sua
utilização se faz a abordagem estabelecendo metas com resultados obtidos dos
assuntos pesquisados para visualizar a estrutura financeira e os indicadores
econômicos financeiros que serão abordados, tais como: cenário de planejamento,
ponto de equilíbrio, fluxo de caixa, demonstrativo de resultado do exercício – DRE,
balanço patrimonial, índices de liquidez, endividamentos e rentabilidade. Com base
nos autores estudados a pesquisa visa estabelecer de forma simples a
compreensão da análise e planejamento financeiro na organização.
A temática do trabalho expõe a relevância do tema “empresas familiares e o
planejamento financeiro”, aos acadêmicos de administração e áreas afins, e por ser
uma área muito ampla deve ser mais abordada no meio acadêmico, visando formar
profissionais capacitados. E quantos aos seus aspectos sociais este trabalho
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abordará os diferentes temas acerca da empresa familiar e o seu papel fundamental


na dinâmica da economia social e até política do país
Com base na pesquisa bibliográfica o estudo mostrará a viabilidade do
negócio, pois 99% das 6 milhões das empresas no Brasil são pequenas e de médio
porte em atividade segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego em 2000. O
questionamento que se faz, e a pesquisa tentará responder com base nos autores
que abordam o tema o porquê grande número de empresa fecham as portas.
Promovendo uma discussão acerca das empresas familiares, haja vista que elas são
maioria no cenário econômico brasileiro, e por ter grande influência na dinâmica
empresarial e determinante no mercado de trabalho.
A metodologia utilizada será a pesquisa exploratória descritiva, bibliográfica
e com aplicação de questionário na empresa de prestação de serviço de ensino de
idiomas para desenvolver uma análise teórica e comparativa do assunto empresa
familiar e administração financeira, desenvolvendo o trabalho através das pesquisas
dos autores das mais diversas áreas, colocando de forma clara e objetiva os
assuntos abordados. Para uma melhor compreensão dos leitores acerca do tema
proposto e obter resultados da pesquisa exploratória a fim de conhecer na prática o
ambiente de uma empresa familiar.
O trabalho visa fazer comparativos dos autores para se chegar a uma
compressão do que é uma empresa familiar em sua totalidade, as quais estão
inseridas em um mercado dinâmico em que o tempo não para e exigindo
profissionais capacitados que possam pensar e decidir. Promovendo os gestores
desenvolver a capacidade de agir e tomar a decisão sem prejudicar a empresa e a
família, pois a empresa depende de atitudes sensatas, fundamentadas e quem
venha produzir efeitos duradouros, pois uma empresa para ser efetivamente familiar
segundo Teló (2001) deve passar pela segunda geração.
Conhecer a empresa familiar e seus processos gerenciais, planejamento
financeiro é fundamental para o profissional de Administração? E o planejamento
financeiro está sendo bem administrado?
As empresas familiares estão preparadas para as mudanças, e para o
desafio da continuidade?
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2 EMPRESA FAMILIAR

As empresas familiares são a maioria das empresas em atividade no cenário


econômico do país. Estas empresas têm papel fundamental na dinâmica da
economia, considerando este grande número, as empresas familiares são, portanto
o campo de atuação da maioria dos profissionais de administração, sendo
necessário que profissional entenda a dinâmica dessas empresas para se ter
compreensão de uma empresa familiar se faz necessário conhecer o conceito.
Segundo Frugis (2007, p. 25) “empresa familiar é um negócio identificado
com uma família apelo menos duas gerações”, outro autor também conceitua as
empresas familiares que

Pode-se dizer que o conceito de empresa familiar nasce normalmente com


a segunda geração de dirigentes, quando estes necessitam criar novas
ligações com os antigos colaboradores e estabelecer novas relações de
poder, sob a égide de determinada ideologia. (TELÓ, 2001, p.17)

A empresa familiar é “aquela que se identifica com uma família há pelo


menos duas gerações e com ligações familiares que exerçam influência sobre as
diretrizes empresariais” (DONNELLEY,1976, p. 161).
Portanto empresa familiar pode-se dizer que uma empresa com laços
familiares envolvidos na sucessão hierárquica familiar, há pelo menos duas
gerações no processo acionário da empresa, assim constituindo uma empresa
familiar.
Vale ressaltar que a empresa familiar no contexto econômico desempenha
papel importante na dinâmica do mercado nacional e a nível regional. Contudo uma
empresa constituída no seio familiar deve manter suas raízes, característica e
processos conforme principio ainda oriundo de seu fundador.
Para Teló (2001, p. 18) em se tratando de empresa familiar onde sua
estrutura gerencial está baseada em laços familiares, do ponto de vista do fundador
os maiores valores da empresa é a família, e que toda decisão tomada por um
membro da família reflete diretamente na organização independente dos vínculos na
administração.
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Nas empresas não importa sua estrutura ou sua capacidade financeira se


são novas ou antigas elas apresentam conflitos quanto à prioridade do
empreendimento e a preferência da família (ou proprietário fundador).
Em entendimento mais amplo do conceito de Donnelley (1976, p. 161) as
relações dos membros da família e os elementos da organização nos dão uma
noção dinâmica da organização e a partir do tempo de existência da empresa e que
se podem observar as mudanças na sua estrutura, na administração dando origem
ao processo chamado ciclo de vida da empresa.

2.1 CICLO DE VIDA

A empresa familiar por ter relação extremamente complexa torna-se difícil


ocorrer evolução de uma pequena empresa familiar para uma de grande porte, estas
dificuldades se dão tanto por ser familiar e com relações mais delicadas as deixam
bastantes vulneráveis propensas a perecer.
Segundo o autor Ricca (2007, p. 125) “o ciclo de vida destrutivo da
organização retrata as condições de grande parte das empresas ao longo do ciclo
de vida do negócio”.
É muito importante ao gestor atentar para todos os ciclos de vida da
empresa familiar, haja vista que não se podem pular etapas, a empresa passa por
diversos momentos ao longo de sua existência, considerando as incertezas na fase
inicial das atividades das empresas.
Para avaliar a evolução das empresas deve-se observar o ciclo de vida, pois
para Ricca (2007, p. 125) há três fases distintas a embrionária, de crescimento e a
da maturidade. Estas três fases retratam a empresa no período desde sua
concepção até a fase onde a empresa alcança o sucesso à maturidade assim
demonstrado no gráfico abaixo.
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Gráfico 1 – Ciclo de Vida da Empresa Familiar.


Fonte: Ricca, 2007, p. 125

O gráfico aborda segundo o autor as três fases no ciclo de vida das


empresas em seu primeiro estágio ao conceber a organização chamada de estágio
embrionário, nesta fase onde o casal aposta seus talentos como empreendedores
colocando seu sonho em prática. No segundo momento a empresa passa para o
ciclo de crescimento este por sua vez coloca a organização em posição estável
permanecendo em crescimento e o terceiro momento a fase da maturidade está fase
a empresa está consolidada.
Segundo Ricca (2007, p. 126) erroneamente os administradores preocupam-
se com estágio de declínio, mais esquecendo de todo processo que ocorreram no
ciclo de vida da empresa.
Já o autor Teló (2001, p. 19) retrata o ciclo de vida com padrões comuns
entre família e a organização

A família envolvida nas ações das organizações os membros da família são


acionistas, ou seja, integram ativamente nas decisões; retrata a organização
em continuo processo de transição, portanto os processos são ciclos e a
família é um importante agente transformador e gerenciador; a empresa
esta voltado para um tipo de projeto ou empreendimento, mais o ciclo de
vida do produto se mantém e a empresa subsiste. (TELÓ, 2001, p. 19)
15

Estas três fases do ciclo de vida da empresa perpassam por sobrevivência,


sucesso e apogeu, conforme ilustro o gráfico abaixo:

Gráfico 2 – Ciclo de Vida.


Fonte: Adaptado de Teló (2001, p. 19)

A crise neste ciclo ocorre quando há transição de poder na organização a


empresa está no estágio de sucesso preparando tanto para crescer mais ou para o
declínio. A segunda geração prepara para sumir e o proprietário para dividir as
responsabilidades.
A análise do ciclo de vida aponta alguns possíveis problemas que surgem ao
longo do ciclo de vida da empresa familiar.

Aumento de conflitos interpessoais; preocupação com lucros em curto


prazo, ao invés do centramento em objetivos de longo prazo; procedimentos
administrativos enfatizando o imediatismo; falta de definição de processo de
integração dos novos membros da família e ausência de planos de carreira.
(TELÓ, 2001, p. 20).

Nas organizações observa-se muitos desses problemas a primeira geração


pouco se preocupa em preparar a sucessão na empresa tão pouca realiza plano de
sucessão, ou seja, planejamento da primeira para a segunda geração, e da segunda
para a terceira geração e assim por diante.
16

Para entender a dinâmica da empresa familiar faz-se necessário analisar a


estrutura da empresa como ela se compõe, quem são seus agentes, quais suas
perspectivas e anseios na empresa.

2.2 MODELO DE TRÊS CÍRCULOS

Estas organizações nascidas da dedicação de seus fundadores e à medida


que vão ingressando novos membros assim tornando assim cada vez mais
complexas. Neste sentido foi desenvolvido pelo pesquisador John Davis e outros 1 o
modelo de três círculos. Modelo este que permite captar a natureza de uma empresa
e considera os três subsistemas independentes mais sobrepostos: Negócio, Família
e a Estrutura da Propriedade. Conhecer a relação estabelecida entre os agentes
transformadores na organização colocando em evidências as consequências e
compreender o comportamento de seus integrantes.
O modelo dá uma visão completa da organização na estrutura família com
relação à empresa e a propriedade, a empresa com relação à família e a
propriedade e a propriedade com relação à empresa e a família. Onde todos os seus
agentes estão envolvidos diretamente ou indiretamente na dinâmica da organização
para que o sucesso da empresa seja completo. Neste sentido faz-se necessário
conhecer os seus agentes e os prováveis conflitos advindos da relação estabelecida
entre família, propriedade e empresa, neste contexto de empresa familiar onde o
proprietário controlador é seu principal agente nas decisões, colocando sua idéia
como predominante.
A partir do momento que a empresa cresce tornando cada vez mais
complexos os seus processos e a segunda geração representada pela sociedade de
irmãos e consorcio de primos começam a interferir com idéias novas e cultura
diferente ocasionando conflitos. Daí segundo Davis (2003, p. 97) fica mais fácil
entender as relações a partir do modelo de três círculos. Na figura abaixo podemos
visualizar este modelo:

1
Modelo criado na década de 1970 na Harvard University por John Davis e Renato Tagiuri
17

Figura 1 – Modelo de Três Círculos


Fonte: Davis (2003, p. 97)

Segundo Davis (2003, p. 97) o modelo de três círculos considerando estes


três subsistemas independentes e a interseção representam esses subsistemas os
quais dão origem a sete perspectivas diferentes.
1 – Pessoas da família que não possuem participação acionária e não
trabalham na empresa;
2 – Acionistas que não pertencem à família e não trabalham na empresa;
3 – Pessoas que trabalham na empresa que não fazem parte da família e
não são acionistas;
4 – Membros da família que são acionistas e não trabalham na empresa;
5 – Acionistas que trabalham na empresa mais não pertencem à família;
6 – Pessoas da família que trabalham na empresa e que não são acionistas;
7 – Pessoas, que além pertencerem à família trabalham na empresa e são
acionistas.
Para Davis (2003, p. 97) a melhor forma de descobrir a fonte de conflitos, as
prioridades e as limitações das empresas familiares e na grande maioria facilita a
compreensão dos problemas e suas causas.
Segundo Davis (2003, p. 97) uma pessoa que faz parte da família que é
acionista mais não trabalha na organização passe a requerer que os dividendos
sejam maiores, portanto acha que sua aspiração tenha fundamento.
18

Na outra ponta outro membro da família que ocupa cargo de direção mais
não é acionista tende a querer reinvestir para expandir o negócio, alegando
melhores oportunidades profissionais. Como se observa interesses diferentes dentro
da estrutura familiar e da empresa podem gerar conflitos podem comprometer o
sucesso da organização.

2.3 MODELO DE DESENVOLVIMENTO

Assim mais tarde acrescido a este modelo a variável “tempo” dando origem
ao novo modelo de desenvolvimento. Neste, há três eixos nos quais a família,
negócio e a estrutura da propriedade evoluem Davis (2003, p. 108).
Para o autor alguns dilemas mais importantes enfrentados pelas empresas
estão diretamente relacionados à passagem do tempo. O proprietário controlador
envelhece, há casamentos, nascem netos e vão se juntando a empresa e, portanto a
organização e a família neste sentido mudam. Observe à figura a abaixo.

Figura 2 – Modelo de Desenvolvimento


Fonte: Davis (2003, p. 108)
19

Ao longo do tempo as mudanças são lentas mais constantes tanto na família


quanto na organização. Assim de um pequeno negócio surge um grande
empreendimento tornando mais complexo.
Este modelo propõe três eixos, nos quais estão estabelecidos o fator tempo
em cada eixo assim dispostos desenvolvimento da empresa, da família e da
propriedade.
Assim sendo no primeiro eixo desenvolvimento da família nascendo de um
casal jovem e seus filhos e mais tardes das diversas ramificações que surgem do
casamento de seus descendentes, trabalho conjunto e transferência de comando.
Neste caso a família corresponde à dimensão do negócio e da propriedade. Na
prática se por acaso o pai (proprietário) não tem relação harmoniosa com o filho não
confiará à sucessão da empresa a ele.
No eixo desenvolvimento da propriedade temos o proprietário controlador,
sociedades de irmãos e consórcio de primos. Neste eixo esta relacionado
diretamente a sucessão o proprietário controlador único acionista terá poder
absoluto para transferir a sucessão.
Já no eixo desenvolvimento da empresa estão dispostos o lançamento,
expansão e formalização e maturidade, relacionados ao ciclo de vida da empresa.
Neste, o tipo de líder, sua qualidade profissional e envolvimento com a organização
são fatores determinantes na fase de lançamento.
Acrescido do fator “tempo” dá a possibilidade de identificar prováveis
problemas e as possíveis soluções que advém do ciclo de vida familiar e da
empresa. Na família há amadurecimento de seus membros, neste contexto entram
em cena os filhos no negócio ou pelo menos é o que se espera que aconteça,
caracterizando a transferência de poder da 1ª geração para a 2ª geração e assim
por diante.
Paralelamente na estrutura da empresa o proprietário controlador, passa
para sociedade de irmãos e finalmente ao consórcio de primos. Assim há mais
vantagem em acrescentar o fator “tempo”, haja vista que pode-se estudar a evolução
do negócio, família e propriedade, dando possibilidade de antecipação dos
problemas e suas soluções.
20

2.4 DILEMAS E CONTINUIDADE

Diversidade é uma das características presente na empresa familiar nos


primeiros ciclos de vida, onde é possível identificar, segundo artigo elaborado pela
equipe da revista HSM Manegement (2003, p. 85) alguns dilemas.
“Aceitar as mudanças ou manter-se fiel a estratégia definida pelo proprietário
controlador?”.
Nas organizações neste primeiro ciclo o proprietário controlador tende a ser
autocrata, concentrando as decisões e seus objetivos que se sobre põem ao dos
outros.
“Empregar os integrantes da família ou afastá-los da administração do
negócio?”
Em toda empresa familiar haverá a necessidade de transição para segunda,
terceira geração o importante é que os membros tenham afinidade com o negócio.
“Expandir a empresa ou manter a estrutura original?”
Características da grande maioria das empresas familiares de se manter
pequena, terem suas atividades fora dos grandes centros das cidades.
“Profissionalizar a gestão ou, apostando no sucesso já conquistado,
mantendo a administração intuitiva?”
Causa na administração dúvidas em profissionalizar, ou seja, mudar a
administração colocando nas mãos a direção a um profissional qualificado da área
de gestão administrativa e que não faça parte do leito familiar.
“Planejar a sucessão ou permitir que a geração seguinte assuma o comando
naturalmente?”
A falta de um sistema conceitual segundo Ward (2003, p. 114) é uns dos
principais obstáculos encontrados pela empresas familiares. O planejamento torna-
se ferramenta fundamental para se planejar a sucessão, seja ela por profissional
como também pela segunda geração familiar.
Portanto quanto aos que imagina que uma empresa familiar resume-se ao
sonho de um casal ter sua independência financeira, tornando seus sonhos em
realidade chegando a grandes empreendimentos de sucesso. Daí nasce o grande
dilema da continuidade onde o proprietário controlador dará as rédeas do negócio à
segunda geração ou a um profissional.
21

Neste contexto da continuidade a organização deve conceber estratégias e


planejar para prosseguir atuante no mercado. As empresas familiares são passivas
de conflitos e disputas que vão do dinheiro, a propriedade e o controle da empresa
segundo Ward (2003, p. 141) planejar é a melhor saída para a sobrevivência há três
estratégias apresentada pelo autor.
“Podar a árvore familiar”: A empresa que utiliza poucos membros da família
na administração e com a propriedade reduzem a rivalidade entre os entes
familiares.
“Regeneração da estratégia empresarial”: As empresas que sobrevivem
nem sempre prosperam, se não fizerem planejamento prévio. O custo de não
investir em inovações e tecnologias produtivas (custo relativamente elevado) a
“economia” resulta em mediocridade dos rendimentos. Aqui as inovações terão de
ser vistas não como custo mais sim como investimentos.

No universo analisado por John Ward, apenas algumas empresas familiares


3% conseguiram prosperar, levando em conta um crescimento do quadro de
funcionários superior a 10% entre 1924 e 1984. (WARD, 2003, p. 90)

Portanto a empresa ao longo da vida deverá inovar e investir nas tecnologias


para poder manter a expansão do negócio.
“Regeneração da liderança”: Ocorre quando uma nova liderança assume a
companhia, pois novos líderes novas idéias.
Portanto manter um negócio familiar é, portanto uma tarefa muito difícil.
Segundo Ward (2003, p. 114) “o fato é que a primeira geração constrói a segunda
ordenha ou colhe e a terceira geração deve acabar” fato dito e atribuído ao grande
número de empresas com expectativas de vida curta.
No entanto há inúmeros pontos que levam a empresa ao fracasso, pois lhe
faltam conhecimento sistêmico e ferramentas que servirão como direcionamento da
empresa. Para Ward (2003, p. 115) “serve ao proprietário controlador concentrar-se
todas as atenções no negócio [...] tendo necessidade de fazer investimentos” com o
objetivo de “promover o crescimento”.
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3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

A empresa familiar com todas as suas estruturas, assim como qualquer


outra empresa tem suas dificuldades de gestão, seja ela nos aspectos logísticos, de
pessoas, como também financeiro.
O empreendimento de sucesso visa contemplar todas as áreas da empresa.
O planejamento financeiro deve ser entendido e gerido com competência e
seriedade segundo Gitman (2002, p. 589) o planejamento financeiro é um aspecto
importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros
para dirigir, coordenar e controlar suas ações na obtenção de seus objetivos.
Para Teló (2001, p. 20) o planejamento financeiro estabelece o modo pelo
qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto,
uma declaração do que deverá ser feito futuramente.
No ambiente de uma empresa, o planejamento financeiro é ferramenta de
vital importância, uma vez que o caixa determina a sobrevivência da empresa, e é
através dele que se saberá se a empresa possui liquidez para saudar seus
compromissos ou se necessitará fazer financiamentos. O planejamento financeiro
evitará surpresas e criará planos alternativos caso ocorram imprevistos.
Conforme Teló (2001, p. 20) o planejamento financeiro estabelece diretrizes
de mudança e crescimento na empresa, preocupando-se com uma visão global, com
os principais elementos de políticas de investimento e financiamento da empresa.
Quando as estimativas e previsões a respeito do futuro revelam que a
empresa não terá o resultado desejado por falta de recursos, cabe a mesma adquirir
outras fontes de recurso ou rever suas estimativas.
No processo de planejamento financeiro devemos levar em conta as
incertezas internas e externas da empresa para que estas forças não afetem a
mesma, pois não se pode considerar a administração financeira como uma área
isolada.
Para isso, é necessário um conhecimento geral do negócio, dentre os
fatores internos a empresa terá capacidade de atender a demanda e no externo
citam-se a situação geral da economia, taxas de inflação, taxas de juros correntes e
projetadas, aspectos tributários e aumento nos custos.
23

Segundo Gitman (2002, p. 589) As empresas utilizam-se de planos


financeiros para direcionar suas ações com vistas a atingir seus objetivos imediatos.
Os planejamentos financeiros costumam ser iniciados com objetivos a longo prazo e
depois passam a visar os objetivos de curto prazo. Os objetivos operacional são
denominados de curto prazo e estratégico a longo prazo.
Para Teló (2001, p. 21) o planejamento financeiro é desenvolvido
fundamentalmente por meio de projeções, como estimativa mais aproximada
possível da posição econômico-financeira esperada. Compreende a programação
avançada de todos os planos da administração financeira e a integração e
coordenação desses planos com os planos operacionais de todas as áreas da
empresa.

4 FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa é a representação das projeções financeiras da empresa


para programar e realizar gastos, receber receitas, sem haver excesso ou escassez
de capital. O Fluxo de Caixa ajuda o gestor a controlar o capital de giro2, identifica os
problemas que empresa poderá enfrentar e ainda faz parte de um planejamento.

O fluxo de caixa constitui-se em instrumento essencial para que a empresa


possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Logo, o
fluxo de caixa deverá refletir, com precisão, a situação econômica da
empresa, em termos financeiros, no futuro. (ZDANOWICZ, 2004, p. 15)

O fluxo de caixa utilizado de forma adequada pelo gestor garante uma


gestão eficaz de suas projeções, nele estarão contidas as informações pertinentes
atividades operacionais para melhor planejar gastos, pagamentos futuros e
investimentos. A partir dessas informações consegue-se visualizar de forma
adequada as financias da empresa com isso tendo maior facilidade na tomada de
decisão.

2
O capital de giro é o montante de dinheiro necessário para cobrir o ciclo de dias que a empresa tem desde a
compra da mercadoria, ou matéria-prima, até o seu recebimento. É também uma reserva para manter as
atividades operacionais da empresa por um período determinado
24

Os investimentos que serão planejados com base nas informações obtidos


dos lançamentos do fluxo de caixa dão maior segurança em suas aplicações.
Analisando o excesso de capital permanente sobre o Ativo Fixo, que é o capital de
giro, constitui uma margem da garantia ou da segurança (solvência) financeira que
permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e saída,
provocados pelo ciclo caixa.
A figura a seguir demonstra o seu ciclo operacional de caixa.

FORNECEDORES

ESTOQUE CAIXA

CLIENTE

Figura 3 – Ciclo operacional do Fluxo de caixa


Fonte: Adaptado de Zdanowicz (2004, p. 142)

Fornecedores abastecem os estoques que são vendidos aos clientes que


dão entrada em forma de recursos financeiros ao caixa que paga os fornecedores.
As linhas de fornecimento de estoques e de pagamento a fornecedores têm a
mesma dimensão porque mercadorias são compradas ao custo e também pagas a
custo. A empresa realiza vendas com lucros, a seta de transformação de estoques
em clientes tem uma dimensão maior. Passíveis de inadimplências que fazem com
que a seta de clientes seja mais estreita que a de estoques para clientes.
A figura 3 demonstra o ciclo operacional do fluxo de caixa nele estabelece a
relação dos agentes econômicos e financeiro da empresa, fornecedor, estoque,
cliente e caixa, essa dinâmica de entrada e saída de dividendos no caixa informa o
quanto à empresa terá a capacidade de pagar seus compromissos, considerando o
capital de giro da empresa.
25

4.1 FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa de uma empresa sofre impacto por inúmeras razões e por
uma série de fatores. “em síntese, as principais alterações no saldo caixa decorrem
de fatores internos e externos a empresa” Zdanowicz (2004, p. 42).

4.1.1 Fatores Internos

Ao que se referem aos fatores internos as decisões segundo Zdanowicz


(2004, p. 42) provocam um impacto sobre o fluxo de caixa, importante que
administrador financeiro seja capaz de reconhecer as consequências financeiras nas
políticas de produção, venda, distribuição, compra e pessoal. A seguir alguns
fatores:
Expansão descontrolada das vendas, implicando em um volume maior de
compras e custos operacionais;
Aumento no prazo de vendas concedido pela empresa como forma de
aumentar seu grau de competitividade ou aumentar sua participação no mercado;
Capitalização inadequada com a consequente utilização de capital de
terceiros de forma excessiva, aumentando o nível de endividamento;
Compras em volume incompatíveis com as projeções de vendas;
Diferenças acentuadas no giro de contas a pagar e a receber em
decorrência dos prazos médios de recebimento e pagamento;
Ciclos de produção extremamente longos e incompatíveis com o prazo
médio concedido pelos fornecedores;
Giros do estoque lento significando o carregamento de produtos obsoletos
ou de difícil venda, imobilizando recursos da empresa no estoque;
Custos financeiros elevados em decorrência de um nível de endividamento
incompatível com a estrutura de capital da empresa;
Política salarial totalmente incompatível com o nível de receitas e demais
despesas operacionais;
Aumento do nível de inadimplência.
26

4.1.2 Fatores Externos

Redução nas vendas causadas por retração do mercado;


Aumento da concorrência em decorrência da entrada de novos concorrentes
no mercado;
Alterações nas alíquotas de impostos sejam tributos sobre a venda interna
como sobre a importação de produtos concorrentes;
Aumento geral do nível de inadimplência causada por fatores como, por
exemplo, o aumento das taxas de juros.

4.2 DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO

A análise do fluxo de caixa permite determinar com precisão, uma empresa


que se apresente em uma situação de desequilíbrio financeiro. São causas básicas
de desequilíbrio financeiro:
Excesso de investimentos em estoque;
Prazo médio de recebimento maior do que o prazo médio de pagamento das
compras;
Excesso de investimentos em ativos fixos;
Alto giro de estoques e ciclo de produção elevado;
Como conseqüência do desequilíbrio financeiro, tem-se:
Maior grau de vulnerabilidade ante as flutuações nas condições do mercado
em que a empresa atua.
Atrasos nos pagamentos aumentando as perspectivas de concordata ou
falência
Essas informações pertinentes ao fluxo de caixa, as quais são necessárias
ao gestor financeiro da empresa para um bom planejamento financeiro, nota-se que
dentro das informações obtidas do fluxo caixa nós dá inúmeras informações
necessária ao planejamento e ações para que o fluxo não seja negativo.
27

Na tabela abaixo demonstra o exemplo de um modelo de fluxo de caixa.

Tabela 1 – Modelo de demonstração de fluxo de caixa


Empresa _____________
Demonstração de fluxo de caixa mensal
Cenário _____________
Descriminação Total
Jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09
semestre
1-Atividades operacionais
Embolsos operacionais (a) 0 0 0 0 0 0 0 0
Clientes por vendas
Outros recebimentos
Desembolsos operacionais (b) 0 0 0 0 0 0 0 0
Despesas com marketing e vendas
Despesas com tecnologia e operações
Despesas gerais e administrativas
Tributos sobre vendas
Comissões externas
Royalties
Tributos sobre lucro
Tarifas bancarias
Outros pagamentos
Fluxo operacional liquido
0 0 0 0 0 0 0 0
(c) =(a)-(b)
2- atividades de investimentos
Embolsos de investimentos (d) 0 0 0 0 0 0 0 0
Rendimentos de aplicações financeiras
Outros recebimentos
Desembolsos para investimentos (e) 0 0 0 0 0 0 0 0
No imobilizado
No diferido
Fluxo de investimento liquido
0 0 0 0 0 0 0 0
(f) = (d)-(e)
3- atividades financeiras
Embolsos de financiamentos (g) 0 0 0 0 0 0 0 0
Empréstimos bancários
Financiamentos
Recursos de capital
Desembolso de financiamento (h) 0 0 0 0 0 0 0 0
Amortização do principal
Encargos de financiamento
Fluxo de investimento liquido
0 0 0 0 0 0 0 0
(i)=(g)-(h)
Caixa liquido do período (j)=(c)+(f)+(i) 0 0 0 0 0 0 0 0
Saldo inicial da disponibilidade (g) 0 0 0 0 0 0 0 0
Saldo final das disponibilidades
0 0 0 0 0 0 0 0
(h)=(j)+(g)
Fonte: adaptado de Zdanowicz (2004, p. 326,327)
28

5 COMPOSIÇÃO DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO

A estruturação de um planejamento financeiro é um documento semelhante


a um demonstrativo de resultados do exercício (DRE), pois contém informações
necessárias para estipular metas, objetivos e inclusive a correção de supostas falhas
na administração da organização.
A análise Financeira tem como objetivo, visualizar a situação econômica da
empresa e medir a rentabilidade do capital que os acionistas investiram. A análise
financeira está voltada para as condições de equilíbrio das estruturas patrimoniais
analisadas a partir dos fluxos financeiros da empresa.
O planejamento financeiro analisado em decorrência da composição
financeira da ao administrador financeiro subsídios para garantir a liquidez da
empresa e depois melhorar os resultados financeiros e sua rentabilidade. Por outro
lado, o analista financeiro, tem como principal função antecipar e prevenir os
estados de insolvência.

5.1 CENÁRIOS DE PLANEJAMENTO

O planejamento do cenário dá ao gestor parâmetros da dinâmica economia,


política e social em que a empresa está inserida para melhor responder as
exigências do mercado. Como pode-se observar a empresa não esta isolada ele
está inserida na dinâmica da economia dependendo de inúmeros fatores que podem
produzir efeitos positivos ou negativos. Ser proativo nas informações para entender
o que

representam as diferentes situações que podem ocorrer em diversas áreas


(econômica, tecnológica etc...) e que podem acarretar diferentes
desempenhos de um empreendimento no horizonte de planejamento.
(SALIM et al. 2005, p. 107)
29

Temos como exemplo o crescimento da economia continuará lento sem


possibilidade de recessão, não haverá impactos tecnológicos que afetarão nosso
produto.
Com base no cenário podem-se fazer projeções financeiras do
empreendimento e também utilizar como análise de sua viabilidade. Com esses
estudos podem ser realizado a projeção de ingressos e saídas de recursos. No caso
de falha da projeção do cenário, o gestor deverá ter em mãos um plano de
contingência, haja vista que as projeções referem-se à entrada de recursos
financeiros.

5.2 PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio dá ao gestor noção de quando a empresa não está


tendo lucro e nem prejuízo, ou seja, a empresa adquire receita capaz de cobrir os
custos fixos e variáveis.
Segundo Salim et al. (2005, p. 109) “Representa o nível de venda no qual a
receita iguala a soma dos custos fixos mais os custos variáveis, ou seja, no qual o
lucro é zero.” A partir deste ponto a empresa começa a ter lucros.
O ponto de equilíbrio pode ser calculado pela fórmula:

RV = CF + CV ...(1)

Onde:
RV: Receita de Venda;
CF: Custo fixo;
CV: Custo Variável.
O ponto de equilíbrio informa ao gestor a noção de quando a empresa
passará a obter lucro ou prejuízo e com base nesses resultados pode elaborar
planos para minimizar perdas e maximizar lucros. E a análise desse resultado
mostra a importância que o administrador deve ao longo de sua carreira profissional
assimilar das informações financeiras para que possa ter maior entendimento dos
resultados contábeis de uma organização.
30

5.3 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

O Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE compõem os


documentos contábeis obrigatórios da organização sua demonstração é obrigatória
pelo menos uma vez ao ano, é de responsabilidade de profissional da área de
contabilidade. Estão dispostos detalhes das operações financeiras de um período de
lucro ou prejuízo obtendo os resultados através das receitas e despesas Santos;
Schmidt; Fernandes. (2009, p. 52)
Pode-se dizer que o balanço patrimonial é o retrato da empresa no final do
exercício financeiro. A empresa, porém, está em um processo contínuo e a
ferramenta em que registra os lançamentos contábeis da empresa é o DRE, no qual
resume as atividades exercidas desde o último balanço até o fechamento de um
novo balanço.
O lucro bruto operacional é o item que mostra quanto à empresa ganhou no
exercício de sua atividade principal, seja qual for sua atividade: de serviços, de
venda de produtos ou no caso de uma indústria demonstra a relação dos custos da
venda, da produção com a receita.
O lucro líquido operacional demonstra quanto à empresa ganhou após
descontar as despesas necessárias da atividade (salários e encargos salariais e
outros, ou seja, todas as despesas para colocar o produto ou o serviço à disposição
do cliente). Depois de deduzidos os impostos e eventuais participações sobre o
resultado obtêm-se o Lucro Líquido do Exercício.
Em síntese, a Demonstração de Resultados parte da receita de vendas da
empresa para mostrar quanto, afinal, sobrou após um determinado período. Ela
fornece ao investidor uma idéia da qualidade do lucro obtido pela empresa.
Mostrando que a empresa consegue pagar suas obrigações sem prejudicar os
investimentos, o DRE é uma ferramenta tão importante para empresa com base nas
informações contidas o gestor pode planejar de forma coerente o rumo que a
empresa deverá seguir, melhorando os processos, diminuindo gastos, cortando
despesas para poder capitalizar cada vez mais.
31

Veja o modelo abaixo:

Tabela 2 - Demonstração do Resultado do Exercício


DRE
Receita Bruta 0,00
(-) Deduções 0,00
Receita Líquida 0,00
(-) CMV 0,00
Lucro Bruto 0,00
Despesas com vendas 0,00
Despesas administrativas 0,00
Despesas financeiras líquidas 0,00
Outras receitas/despesas operacionais 0,00
Resultado Operacional 0,00
(-) Despesas não operacionais 0,00
(+) Provisão para imposto de renda 0,00
Resultado antes das participações 0,00
(-) Participações estatutárias 0,00
Lucro (prejuízo) líquido do exercício 0,00
Lucro por ação 0,00
Fonte: Santos; Schmidt; Fernandes. (2009, p. 53)

Este demonstrativo de resultado de exercício proposto por Santos; Schmidt;


Fernandes (2009) esta dentro das normas societária exigida contendo todas as
informações pertinentes ao pleno entendimento das leituras contábeis nele pode-se
conseguir visualizar o resultado do exercício financeiro de lucro ou prejuízo.
O DRE por ser uma ferramenta necessária, não sendo dispensada sua
elaboração. O Administrador necessariamente não precisa saber elaborar, pois sua
elaboração fica a cargo da responsabilidade do contador, mais fundamental que o
profissional tenha entendimento da sua aplicação, fazer análise de seus
lançamentos e interpretar seus resultados e a partir destas interpretações fazer
planejamento financeiro.
32

5.4 BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial – BP é a situação patrimonial da empresa nele estão


as informações das disponibilidades a curto prazo, os investimentos e a situação
futura (longo prazo). O balanço está dividido em três grandes grupos: ativo, passivo
e patrimônio líquido.
Constam do ativo todos os recursos colocados à disposição da empresa
para que ela exerça sua atividade, e são classificados na ordem decrescente de
liquidez, em ordem com a extensão do tempo se leva para convertê-los em caixa.
No passivo estão arroladas as obrigações da empresa para com terceiros:
fornecedores, empregados (salários, férias, etc.), governos (impostos). A
participação financeira dos sócios (acionistas ou cotistas) é classificada no
patrimônio que figura no lado do passivo.
O grupo dos passivos apresenta as obrigações da empresa. O quanto essas
obrigações estão custando para a empresa até o momento em que foi fechado o
balanço aparece no DRE.
No BP, tudo que aparece sob a rubrica circulante (curto prazo) é algo que
deve ser pago (passivo) ou vira dinheiro (ativo) em menos de um exercício social
(ano).
Longo prazo é tudo que ultrapassa o período de um ano ou prazos
chamados indeterminados. No ativo permanente são classificados os bens de uso
necessários à manutenção das atividades da empresa e o patrimônio líquido é
inexigível.
No balanço as contas classificam segundo os elementos do patrimônio que
registrem e agrupem a facilitar sua identificação e análise. Ele deve ser evidente de
forma qualitativa e quantitativa e devem ser estruturado segundo os preceitos da
legislação societária vigente bem como os princípios fundamentais da contabilidade.
Segundo Salim et al. (2005, p. 306) é representação contábil da situação
econômica-financeira de uma empresa, sendo sua elaboração obrigatória pela
legislação com uma periodicidade mínima anual, como no caso do DRE o BP requer
do Administrador compreensão de seus lançamentos para poder entender sua
aplicação na dinâmica da organização e o balanço requer maior atenção do
administrador por ser mais completo que o DRE.
33

No BP estão dispostas todas as contas, servindo para planejamento a longo


prazo ou curto prazo. Na tabela abaixo exemplo de modelo de:

Tabela 3 – BALANÇO PATRIMONIAL


BALANÇO PATRIMONIAL Exercício encerrado em (em R$)
ATIVO 0,00
Ativo Circulante 0,00
Caixa 0,00
Aplicação Feneceria 0,00
Cliente 0,00
Estoques 0,00
Outros Direitos 0,00
Realizável a Longo Prazo 0,00
Permanente 0,00
Investimentos 0,00
Imobilizados 0,00
Diferido 0,00
Total Ativo 0,00
PASSIVO 0,00
Passivo Circulante 0,00
Instituições Financeiras 0,00
Fornecedores 0,00
Salários e Obrigações Sociais 0,00
Outras Obrigações 0,00
Exigível a Longo Prazo 0,00
Patrimônio Líquido 0,00
Capital Realizado Atualizado 0,00
Reservas de Reavaliação 0,00
Reserva de Capital 0,00
Reservas de Lucros 0,00
Lucros Acumulados 0,00
Total do passivo 0,00
Fonte: adaptado Salim et al. (2005, p 306)

Se for positivo, provavelmente, a empresa conseguirá saldar suas


obrigações de curto prazo, mas se for negativo, demonstrará que a empresa estará
utilizando recursos de terceiros de curto prazo para investir em ativos considerados
permanentes, ou seja, de realização de longo prazo.
34

6 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIRO

A análise por meio dos índices consiste na interpretação dos dados


extraídos das demonstrações financeiras, visando fornecer a situação econômica e
financeira da entidade. Para que o gestor tenha noção do desempenho de sua
empresa faz-se necessário a análise dos parâmetros que demonstre os resultados
obtidos do exercício financeiro.
Os indicadores são assim conceituados:

São relações obtidas a partir de demonstrações financeiras com objetivo de


definir parâmetros que ilustrem o desempenho de uma empresa, as
tendências desses desempenham e que também funcionem como
parâmetros para comparação com o desempenho de empresas
concorrentes. (SALIM et al. 2005, p. 111)

Índice ou quociente é o resultado de uma comparação entre componentes


de um conjunto, principalmente no relacionamento entre grupos no Balanço
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
Cada índice ou subconjunto de índices contempla um determinado aspecto
da empresa que deve ser analisada para se ter uma visão correta a respeito de sua
saúde financeira. Isso não significa, porém, que se deve calcular um número
excessivo de índices sobre informações contábeis que pouco represente a realidade
e que ao final além de gerar excessivas informações, acabam confundindo o
usuário.
Quando as informações contábeis efetivamente representam a realidade
econômico-financeira da empresa, uns poucos índices são suficientes para se
conhecer a situação financeira e patrimonial e julgar os resultados da gestão. Os
indicadores que serão estudados são:
Índice de Liquidez que são Corrente, capital circulante e Seca;
Índices de Endividamento Geral;
Índices de Rentabilidade do Ativo, Margem Líquida.
35

6.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ

6.1.1 Índice de Liquidez Corrente: indica a solvência em curto prazo da empresa


e em que medida os compromissos de curto prazo poderão ser pagos por
disponibilidade de Ativo Circulante.
Compara ativo circulante e passivo circulante. A relação é o ativo circulante
dividido pelo passivo circulante e serve para mostrar quanto à empresa tem de
valores disponíveis e realizáveis dentro de um ano, para garantir o pagamento de
suas dívidas vencíveis no mesmo período. Serve para verificar se há recursos em
giro suficientes para o resgate dos compromissos em curto prazo. Quanto maior o
número apurado maior a liquidez.

LC = AC ...(2)
PC

Onde:
LC: Liquidez Corrente;
AC: Ativo Circulante;
PC: Passivo Circulante.
Este quociente relaciona a quantidade de reais que a empresa dispõe,
imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação
às dívidas de curto prazo

6.1.2 Capital Circulante: tem a mesma função do índice de liquidez corrente e


também denominada capital de giro.

CC = AC – PC ...(3)

Onde:
CC: Capital Circulante;
AC: Ativo Circulante;
PC: Passivo Circulante.
O resultado que se obtém da operação significa dizer que se o valor do ativo
circulante for maior do passivo circulante o capital de giro próprio, caso contrário o
capital de giro descoberto.
36

6.1.3 Índice de Liquidez Seca: retira o valor do estoque do índice de liquidez


corrente. Se o estoque não tiver um giro alto, da um retrato muito melhor da liquidez
da empresa.
O índice de liquidez seca é calculado com a mesma fórmula do índice de
liquidez corrente, mas os estoques são excluídos (ativo circulante – estoques/
passivo circulante). Apura a capacidade da empresa de saldar seus compromissos,
no curto prazo, sem que, para isso, tenha de vender suas mercadorias, desfazer-se
de seus estoques. Serve para verificar até que ponto uma retração nas vendas
afetará a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo.

LS = AC-E ...(4)
PC

Onde:
LS: Liquidez Seca;
AC: Ativo Circulante;
E: Estoques;
PC: Passivo Circulante.
O resultado obtido não deve se aproximar de R$ 0,50 e sim esta sempre
acima deste valor, caso isso ocorra haverá um aumento nos problemas de liquidez
da empresa.

6.2 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

Estes índices relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a


posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros, indicando a
relação de dependência da empresa com relação ao capital de terceiros
O ativo (aplicação de recursos) é financiado por capitais de terceiros
(passivo circulante e passivo exigível a longo prazo) e por capitais próprios
(patrimônio líquido). Portanto, capitais de terceiros e capital próprio são fontes
(origens) de recursos.
37

O índice de participação de capitais de terceiros sobre recursos totais mostra


o endividamento que é a extensão pela qual a empresa utiliza capital de terceiros.
Na relação entre capital de terceiros e o total de capital aplicado (ativo total) obtém-
se o índice de endividamento

6.2.1 Índice de endividamento Geral: mede à proporção do ativo da empresa


financiado por credores.

E = PE ...(5)
AT

Onde:
E: Endividamento;
PE: Passivo Exigível;
AT: Ativo Total.
Neste índice o resultado deve se aproximar de 0 (zero), em vez de 1 (um),
pois quanto mais próximo de zero conclui-se que o ativo e financiado por terceiro.
Caso chega 0,5 pode ser considerado satisfatório em termos de distribuição de
recursos próprios e de terceiros aplicados no ativo.
O índice de composição do endividamento apresenta a relatividade das
exigibilidades e é calculado pela divisão do passivo circulante pelo passivo total
(passivo circulante + passivo exigível a longo prazo). O endividamento a curto prazo
é, normalmente, utilizado para financiar o ativo circulante; o de longo prazo é,
normalmente, utilizado para financiar o ativo permanente. Uma proporção favorável
seria a de maior participação de dívidas a longo prazo, propiciando à empresa
tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos.
As empresas com índices de endividamento relativamente elevados têm
retornos esperados mais elevados (efeito alavancagem financeira) quando a
economia é normal, mas se expõem ao risco de perda quando a economia entra em
recessão. Assim, as empresas com baixos índices de endividamento são menos
arriscadas, mas também abandonam a oportunidade de alavancar seu retorno sobre
o patrimônio.
38

6.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

É preciso relativizar a rentabilidade pelo exame da qualidade do lucro. É


necessário verificar se ele provém das atividades normais da empresa ou se é
resultado de realizações não-operacionais (venda de ações, de ativos permanentes
ou participações em outras sociedades, etc.). O leitor do balanço deve ir à
Demonstração de Resultados examinar com cuidado os dados sobre as receitas e
despesas não-operacionais.
A rentabilidade mostra também a evolução do Patrimônio Líquido. O objetivo
é constatar quanto os sócios lucraram com seu investimento. O Patrimônio Líquido
não é dinheiro da empresa, mas sim dos sócios. Para se mostrar a rentabilidade do
capital próprio compara-se o Lucro Líquido da empresa no exercício pelo seu
Patrimônio Líquido (LL/PL).

6.3.1 Rentabilidade do Ativo: mede a rentabilidade bruta das vendas, ou seja, a


porcentagem que sobra para empresa de receita após deduzir os custos dos
produtos ou serviços.

...(6)
MB = V – CV
AT

Onde:
MB: Margem Bruta;
V: Vendas
CV: Custos dos Produtos ou Serviços Vendidos
AT: Ativo Total;
Neste índice quanto maior for o resultado melhor, Quanto a empresa obtém
de lucro para cada R$1,00 de investimento total médio.
39

6.3.2 Margem Líquida: indica a rentabilidade líquida da vendas realizadas no


período considerado.

ML = LL ...(7)
V

Onde:
ML: Margem Líquida;
LL: Lucro Líquido;
V: Vendas.
Quanto à empresa obtém de lucro para cada R$1,00 vendido

ÍNDICE DE LIQUIDEZ
Liquidez Corrente LC = AC Este quociente relaciona a quantidade Quanto maior,
PC de reais que a empresa dispõe, melhor
imediatamente disponíveis e
conversíveis em curto prazo em
dinheiro, com relação às dívidas de
curto prazo
Capital Circulante CC=AC–PC O resultado que se obtém da operação Quanto maior o
significa dizer que se o valor do ativo AC melhor.
circulante for maior do passivo
circulante o capital de giro próprio,
caso contrário o capital de giro
descoberto
Liquidez Seca LS = AC-E O resultado obtido não deve se Quanto maior,
PC aproximar de R$ 0,50 e sim esta melhor
sempre acima deste valor, caso isso
ocorra haverá um aumento nos
problemas de liquidez da empresa
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Geral E = PE Neste índice o resultado deve se Quanto menor
AT aproximar de 0 (zero), em vez de 1 melhor
(um), pois quanto mais próximo de zero
conclui-se que o ativo e financiado por
terceiro.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Rentabilidade do Ativo MB= V – CV Neste índice quanto maior for o Quanto maior,
AT resultado melhor, Quanto a empresa melhor
obtém de lucro para cada R$1,00 (um
real) de investimento total médio
Margem Líquida ML = LL Quanto à empresa obtém de lucro para Quanto maior,
V cada R$1 (um real) vendido melhor
Quadro 1 – Formulários de Índices
Fonte: elaborado pelos autores
40

7 CAMPO DE ESTUDO

O estudo foi baseado nas informações obtidas de uma empresa familiar que
há 27 anos atua no setor de prestação de serviço de ensino de idiomas (língua
estrangeira). Sua fundação ocorreu no município de Ananindeua, Estado do Pará,
quando o Professor Antônio reuniu em casa um grupo de alunos para ensinar o
idioma inglês. Dando início ao Curso de idiomas Washington English Center a
primeira escola de idiomas de Ananindeua, após alguns anos de atividade a
empresa fechou por um período os motivos não foram expostos.
A empresa reiniciou suas atividades com nova proposta de ensino de língua
estrangeira e nova estrutura física, estrutura administrativa.
A empresa atua somente no Bairro do Conjunto Cidade Nova IV, sua sede
está localizada na WE 22 n° 62 em que a administração do negócio na segunda fase
da empresa passou a ser feita pelo filho do proprietário com ajuda ainda de seus
genitores.

7.1 PARTICIPANTES

Participaram do estudo o proprietário e sendo que atual administrador é o


filho, todos com formação de nível superior nas áreas de Letras e são atuantes na
organização da empresa desde sua fundação.

7.2 INSTRUMENTOS

A Coleta de dados realizou-se por meios de questionário desenvolvidos


pelos autores da pesquisa e com supervisão do orientador Prof. Evandro Almeida
que é composta de 14 perguntas direta ao proprietário atual administrador da
empresa.
41

Distribuídos nos temas que compõem a pesquisa de teóricos fazendo um


paralelo entre os autores e a análise real da organização familiar, sete perguntas
relacionadas à estrutura da empresa familiar e sete relacionados ao planejamento
financeiro.

7.3 PROCEDIMENTOS

O questionário foi aplicado de forma individual aos gestores da empresa,


que segundo disponibilidades foi sabatinado a fim de levantar os dados acerca da
organização familiar. Sendo organizados para extrair e obter o máximo de
compressão de suas respostas.

7.4 RESULTADO

Inicialmente foram coletados e organizados nos temas abordados as


informações indicam que a empresa na primeira fase não atuou de forma a aplicar
nenhum tipo de conhecimento sistêmico, atuando na gestão de forma empírica e
intuitiva.
A empresa como constatado é uma empresa familiar constituída dos anseios
do proprietário fundador em ter sua independência financeira tal como foi constatado
na pesquisa bibliográfica que diz que a empresa familiar nasce neste contexto. A
empresa está segundo o ciclo de vida na fase de crescimento, pois ainda tem
espaço no mercado para aumentar seu market share. E no eixo desenvolvimento da
família e da propriedade a empresa está hoje com a direção na segunda geração
representado pelo filho do proprietário. A família está com filho casado (segunda
geração) logo aparecerá à terceira geração.
Os processos decisórios em uma empresa familiar são afetados sim por
interesses divergentes do proprietário controlador e a segunda geração
representada pelo filho, pois não tem os mesmos anseios segundo dados coletados
42

do entrevistado “As opiniões sempre se divergem, mas nada que possa se resolver
com tranqüilidade e entendimento das opiniões”.
Perguntado sobre a gestão familiar se prejudica ou favorece as decisões.
Esclareceu que a gestão familiar é muito importante e favorável por se tratar de uma
“família unida” que se respeitam e procuram trabalhar profissionalmente.
Quanto à aplicação da gestão financeira os gestores informaram que
utilizam de forma peculiar em reuniões onde discutem respeitando as opiniões do
diretor financeiro que “procura se especializar no assunto financeiros”, ou seja, não
tem formação administrativa e financeira.
Os gestores reconhecem a importância da gestão financeira, porém apenas
utilizam “livro caixa, contas a pagar e a receber e planilha de custo e balanço
mensal”.
Quantos aos custos o gestor respondeu “é importante a análise dos custos
para a decisão a ser tomada”. Quanto aos indicadores econômicos e financeiros os
gestores não têm domínios acerca do assunto e se aplica de forma empírica, ficando
a mercê dos acontecimentos sem que haja um planejamento baseados em dados
extraídos da própria atividade financeira da empresa.
E ao final do questionário o gestor falou da importância da empresa familiar
“Como qualquer empresa a familiar também tem seus problemas e exige especial
atenção principalmente quando se trata de decisões em determinadas funções”.
Tanto na pesquisa de campo quanto na pesquisa bibliográfica constatou-se que a
empresa é importante agente econômico determinante na família e na organização e
na sociedade.
43

8 CONSIDERAÇÕES

Considerando a pesquisa realizada da teoria e a aplicada na realidade da


empresa familiar que vivencia o processo sucessório, a mudança na estrutura da
família, da empresa, da propriedade e como o processo financeiro influência a
empresa. Portanto aplicar a realidade da empresa familiar que apesar das
dificuldades encontradas no dia-a-dia, constatou-se que a empresa precisa
principalmente na pesquisada melhorar o conhecimento dos processos
administrativos caso contrário a empresa esta fadado ao insucesso.
Na estrutura da empresa familiar os modelos de três círculos e de
desenvolvimento, proposto pelo autor Davis (2003) de forma bastante detalhada,
onde a relação estabelecida pelos membros da família pode atingir diretamente na
propriedade e na empresa acrescentando o fator “tempo” nas pesquisas do autor
Davis (2003) deu origem ao modelo de desenvolvimento que passou a ser analisado
a partir das mudanças ocorridas no decorrer do tempo na família, na propriedade e
na empresa.
As análises dos resultados obtidos revelaram que na primeira fase de
atividade da empresa pesquisada não foram aplicados as diferentes ferramentas de
gestão. Os autores Ward (2003), Devis (2003) Teló (2001), Donnelley (1976), Frugis
(2007) tem estudado a empresa familiar apresentando os mais variados resultados
pertinentes ao ciclo de vida, a relação de propriedade, família e empresa, conflitos e
sucessão. No caso específico da empresa pesquisada ficaram evidente os
resultados das pesquisas dos teóricos aplicados a realidade da empresa de
prestação de serviço de ensino de idiomas, pois a empresa encontra-se no estágio
de crescimento e na segunda geração da propriedade.
No estudo da empresa familiar observou-se que ela passa por muitos
estágios chamados ciclos de vida, os quais compreendem lançamento, maturidade e
apogeu nestes estágios a empresa passa por uma séries de mudanças, na estrutura
familiar, do negócio e da propriedade os eixos acrescido do fator tempo é
determinante, pois as mudanças são constantes e cabe ao gestor uma visão
estratégica a longo prazo.
44

Na empresa familiar o proprietário controlador é o principal agente no


planejamento da continuidade fazendo que as gerações futuras possam ter base
sólida na gestão de seus processos, ou seja, segundo o autor John Ward (2003) o
planejamento é principal ferramenta para que não crie conflitos na sucessão.
Em respostas o gestor da empresa pesquisada no que diz respeito aos
conflitos eles acontecem mais nada que se resolva com “tranquilidade e
entendimento das opiniões”. Os conflitos provenientes das relações dos membros da
família que interferem nas relações de trabalho e na família que são o poder, a
propriedade e o controle da empresa segundo a pesquisa dos autores.
A administração financeira na empresa pesquisada não é bem definida
considerando a pesquisa realizada, sendo conduzido a partir dos conhecimentos
empíricos e intuitivos.
Assim o planejamento financeiro assunto abordado e comparado foi de
extrema relevância, pois não basta conhecer é preciso utilizar de forma inteligente e
consciente as ferramentas. O administrador precisa conhecer e saber interpretar as
informações financeiras, pois nelas estão contidos dados de lançamentos contábeis,
que auxiliaram o gestor a planejar o futuro da empresa e subsidiar a tomada de
decisão de forma coerente.
A pesquisa apontou que a utilização do fluxo de caixa é uma das
ferramentas essenciais na gestão financeira da empresa, nele estarão contidas
informações das atividades operacionais. Proporcionando ao gestor planejar seus
gastos, planejamentos futuros e investimentos. O estudo da DRE e do Balanço
Patrimonial, no primeiro estão contidos os lançamentos contábeis obrigatório sendo
de responsabilidade do contador sua composição. E o segundo e a situação
patrimonial da empresa e segundo Salim et al. (2005) representa a situação
econômica financeira da empresa sendo obrigatória ao final de cada exercício
financeiro.
Quanto aos indicadores, segundo a pesquisa realizada na empresa de
idiomas, segundo o entrevistado “É importante para a avaliação e estudo da
viabilidade, estabilidade e lucratividade da empresa”.
A abordagem dos indicadores econômicos financeiro, estes demonstram o
desempenho da empresa, que serve como parâmetro para comparar com os
concorrentes. Como se vê os principais temas relevantes para que o gestor possa
compreender a estrutura da empresa familiar e, ter a compreensão dos mais
45

diversos assuntos são de extrema relevância, haja vista que a empresa familiar é um
importante agente econômico no cenário do país.
Depois de verificado e abordado todos esses conceitos, ferramentas que
foram extraídos dos autores pesquisados, a importância de haver um planejamento
bem elaborado, de toda a estrutura da empresa, de como essas ferramentas
auxiliam os gestores nas principais tomadas de decisões, principalmente no que diz
respeito ao financeiro que é o alicerce da empresa, pois uma organização que não
dispor de corpo gestor qualificado, altamente comprometido com a mesma,
conhecedor de tudo o que perpassa dentro da empresa, o qual saberá perceber
possíveis falhas e problemas futuros e com isso elaborar diretrizes e metas, as quais
diminuirão esses possíveis erros ou até mesmo eliminá-los, sem isso certamente
estaria fadado a seguir o caminho de muitas empresas familiares que é a de fechar
suas portas e terminar com os sonhos de seus fundadores.

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