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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

De acordo com Smeltzer; Bare (2000, p.1187) “a Síndrome da Imunodeficiência


Adquirida (AIDS) é definida como a mais grave de um contínuo de doenças associadas com
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)”. Para Libman (1995) esta doença só
foi reconhecida como entidade clínica distinta a partir de 1981, quando foram observados os
primeiros caso de pneumonia por Pneumoaystis carini em homossexuais anteriormente
sadios, em Los Angeles. A partir daí, a infecção pelo vírus HIV tornou-se um problema de
saúde global e de enorme magnitude.
“Como em outras doenças infecciosas, nem todos os infectados adoecem, e os que
adoecem apresentam período de incubação de meses a anos” (SANTOS, 2000, p. 91). A AIDS
é caracterizada por uma série de infecções que acometem o indivíduo que está com as defesas
deprimidas. As mais comuns são: candidíase grave (na boca e esôfago), pneumonia por
Pneumocisti carini, tuberculose, toxoplasmose, diarréia por Criptosporidium, dentre outras
(SANTOS, 2000).
Ultimamente vem-se observando um aumento significativo de pessoas com mais de 60
anos com AIDS. Geralmente pessoas que se contaminaram há anos atrás, mas que só agora
estão desenvolvendo a doença. Nesses indivíduos a doença torna-se bastante complicada, por
conta de sua baixa imunidade, de questões psicológicas e sociais, que os deixam isolados,
com sentimento de culpa, e muitas vezes são discriminados pela própria família (SANTOS,
2000).
Segundo Santos (2000, p. 92) “o diagnóstico é realizado através de exame clínico e de
exames hematológicos para a pesquisa do vírus HIV e de sua virulência no organismo”.
O tratamento da AIDS atualmente vem sendo bastante eficaz, pois as drogas recém-
descobertas têm proporcionado uma qualidade de vida melhor ao portador, além de aumentar
a expectativa de vida. È importante o acompanhamento psicoterápico e sua participação em
grupos de ajuda (SANTOS, 2000). Com a realização desse trabalho, temos como principal
objetivo ampliar nossos conhecimentos a respeito da AIDS, sobretudo em pacientes idosos.
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REVISÃO DE LITERATURA

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A AIDS

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença que acomete


algumas pessoas pelo vírus HIV.

Nela os linfócitos ou células de defesa são lesadas, deixando a pessoa à mercê de doenças
infecciosas, que poderão matá-la. Essa doença é transmitida através de relações sexuais sem o
uso de preservativos ou através de contato com sangue ou hemoderivados de pessoas
contaminadas, ou ainda do contato mãe contaminada com o filho (SANTOS, 2000, p. 89)

Também conhecida no Brasil pela abreviatura SIDA, corresponde a um conjunto de


sinais e sintomas que juntos mostram que o sistema imunológico da pessoa não está
trabalhando direito. O vírus causador destrói os mecanismos de defesa do nosso organismo
provocando a perda da imunidade natural de cada indivíduo, ou seja, da nossa própria
resistência contra doenças (AIDS, 2006).

2. A AIDS NA VELHICE

Segundo o IBGE, o grupo populacional com 60 anos ou mais representa 8,6% da


população em geral: cerca de 15 milhões de pessoas. A incidência de AIDS entre as pessoas
idosas está em torno de 2,1 % no Brasil, sendo a relação sexual a forma predominante de
infecção pelo HIV. Há evidências de que esse grupo está se infectando cada vez mais não só
pelo HIV, mas também por outras DST, como sífilis e gonorréia (SECRETARIA DE SAÚDE,
2007).
Em geral, a relação sexual tem sido considerada uma atividade própria das pessoas
jovens, das pessoas com boa saúde e fisicamente atraentes. A idéia de que pessoas idosas
possam manter relações sexuais ainda não é muito aceita, prefere-se ignorar. Apesar dessas
questões culturais, a velhice conserva a necessidade sexual, pois não há idade em que os
pensamentos sobre sexo ou o desejo se esgotem ( SECRETARIA DE SAÚDE, 2007).
O diagnóstico do vírus HIV em idosos é, freqüentemente, adiado já que certos
sintomas da infecção, tais como o cansaço, a perda de peso e problemas na memória, não são
específicos dessa infecção, podendo acontecer em outras doenças que são comuns nos idosos.
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Além disso, os médicos raramente consideram que seus pacientes mais velhos possam ser
contaminados pelo vírus HIV, pois, muitos, os vêem como assexuados, e, com isso, dificilmente
perguntam sobre a vida sexual deles e discutem os fatores que reduzem os riscos de ter HIV. Com isso,
o teste HIV que deveria ser feito também nos idosos, dificilmente acontece, adiando ainda mais a
descoberta do HIV nessa faixa etária (HIV-AIDS, 2006).

3. FISIOPATOLOGIA

Segundo Smeltzer e Bare (2000), “o HIV pertence ao grupo de vírus conhecido como
retrovírus, o qual indica que o vírus carreia seu material genético no ácido ribonucléico
(RNA) mais que o ácido desoxirribonucléico (DNA)”.
E de acordo com as palavras de Smeltzer e Bare (2000), eles falam que:

O virião HIV (uma partícula completa do vírus cercado por revestimento protetor)
combina RNA em um truncado centro na forma de bala do qual o p24 é o
componente estrutural principal. Botões que se projetam pela parede viral resistem
em proteína gp 120 ancorada a proteína gp41. É a porção gp120 do HIV que se liga
seletivamente as células CD4 +. As células CD4 + incluem monócitos, macrófagos,
e linfócitos T4 auxiliares (chamados de células CD4 + quando se referem à
infecção por HIV), as mais numerosas das células.

Depois que o HIV se liga à membrana auxiliar das células T4, ele injeta duas tiras
idênticas de RNA na célula auxiliar T4. Usando uma enzima conhecida como transcriptase
reversa, o HIV reprograma os materiais genéticos T4 infectada para marcar a tira de DNA
duplicada. Este DNA é incorporado no núcleo da célula T4 infectada como um pró-vírus e a
infecção permanente é estabelecida (SMELTZER; BARE, 2000).
O HIV pode afetar várias células principalmente, com a baixa da imunidade do
indivíduo, e sua produção parece acelerar, contudo, quando a pessoa está combatendo outra
infecção ou quando o sistema imune é estimulado (SMELTZER; BARE, 2000).
E tendo em vista sua proliferação com rapidez Smeltzer e Bare explica o período
latente exibido por algumas pessoas depois de ser infectadas pelo HIV. Eles falam, por
exemplo: que uma pessoa pode permanecer sem sintomas por muitos anos; contudo, um
grande número de pessoas infectadas (acima de 65%¨) continuam a desenvolver doença HIV
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sintomático ou AIDS após 10 anos de infecção (SMELTZER; BARE, 2000 apud PINHING,
1992).
E de acordo com suas palavras, Smeltzer e Bare (2000), complementam que:

Na resposta imune, vários papéis importantes são desenvolvidos pelo linfócito T4:
reconhecimento de antígenos estranhos, ativação de linfócitos B produtores de
anticorpos, estimulação de linfócitos T citotóxicos, produção de linfocinas e defesa
contra infecções parasitárias. Quando a função dos linfócitos T4 está
comprometida, microorganismos que comumente não causam doença têm
oportunidade de invadir e causar doença séria. Infecções e malignidades que se
desenvolvem com resultante comprometimento do sistema imune são referidas
como infecções oportunistas.

4. INCIDÊNCIA

4.1. Incidência da AIDS no Brasil

O aumento da expectativa de vida, trouxe uma melhoria na qualidade de vida das


pessoas idosas, o que juntamente com as descobertas científicas para aumentaram a atividade
sexual. Este fato, associado à resistência ao uso do preservativo, tornaram os indivíduos mais
velhos mais vulneráveis ao HIV/Aids. Acrescenta-se ainda que a ascensão das taxas de
infecção pelo HIV entre gerações velhas pode ser um sinal de uma lacuna nos esforços de
prevenção com este grupo de idade (HIV- AIDS, 2006).
No Brasil, de 1980 a junho de 2005, foram registrados 31.356 casos de Aids em
pessoas com idade igual ou superior a 50 anos de idade , observando-se um incremento
proporcional para as pessoas com maior idade: de 1993 a 2003 houve um aumento de 130%
entre os homens e de 396% entre as mulheres dessa faixa etária (HIV- AIDS apud
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

4.2. Incidência da AIDS na Paraíba

“Até setembro de 2007, os dados acumulados desde junho de 1985, somam 2.632
casos de AIDS no estado, sendo 1.863 em homens e 769 em mulheres (SECRETARIA DE
SAÚDE, 2007).
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De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba “o número de casos


notificados apresentou uma tendência crescente importante na série histórica de 1985 a 2006,
variando de 5 casos em 1985, para 198 em 2005”.
O grupo etário que compreende 30 a 34 anos tem sido o mais atingido em todo o
período, representado 23,2% do total de casos. É importante registrar o incremento no número
de casos na faixa etária de 50 a 50 anos, a partir de 1998 e o reaparecimento de casos na faixa
etária de 70 a 79 anos no ano de 2007. Entre os jovens de 15 a 19 anos, os dado, até o
momento, indicam uma incidência pequena no Estado da Paraíba (SECRETARIA DE
SÁUDE, 2007).

5. TRANSMISSÃO DA AIDS NA TERCEIRA IDADE

Pego ou não Pego?

Pego
- Sexo vaginal sem camisinha
- Sexo anal sem camisinha
-Sexo oral sem camisinha
- uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa
- transfusão de sangue contaminado
-mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação
- Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados

Não pego
- sexo, desde que se use corretamente a camisinha
- masturbação a dois
- beijo no rosto ou na boca
- suor e lágrima
-picada de inseto
- aperto de mão ou abraço
- talheres / copos
- assento de ônibus
- piscina, banheiros, pelo ar
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- doação de sangue
- sabonete / toalha / lençóis

6. PREVENÇÃO

A prevenção tem sido, desde o início da epidemia, uma questão crucial para os
programas de controle da AIDS. Naqueles primeiros tempos, era grande o desconhecimento
acerca da doença e sua distribuição e poucos os subsídios para guiar ações preventivas. Desde
então, esse quadro sofreu profundas alterações. Houve um aumento substantivo do grau de
conhecimento científico acerca do vírus, suas interações com o organismo, sua epidemiologia
e sobre os principais determinantes sociais dessa epidemia. Destaca-se, em particular, o
elevado grau de conhecimento alcançado acerca do controle dos efeitos danosos do HIV sobre
o organismo humano (Farmer et al. 1996; Parker, 2000).
Em primeiro lugar, de acordo com Souza (1994), deve ser enfatizado que talvez já seja
a hora dos educadores pensarmos nossas estratégias de prevenção menos em termos do grupo
populacional objeto de nossa intervenção e muito mais no que podemos chamar de “contextos
de intersubjetividade”. São modalidades particulares de encontro o que melhor define o que
se deve e se pode esperar da intervenção. A assunção de identidades (e práticas)
intersubjetivamente construídas obriga a repensar não só espaços e estratégias de intervenção,
mas também os contextos intersubjetivos nos quais se efetiva a vulnerabilidade ao HIV das
pessoas com quem queremos trabalhar.
De outro lado, ainda que considerando que a pobreza é um poderoso determinante de
vulnerabilidade, é preciso considerar que, mesmo em populações pobres há diferenciais
internos de extrema relevância, por exemplo, grau de escolarização, cultura religiosa, origem
étnica, aspectos que, vistos na dinâmica conformadora de intersubjetividades, devem sempre
ser considerados (ENHANCING CARE INITIATIVE, 2001).
Definir contextos intersubjetivos geradores de vulnerabilidade e, de modo articulado,
contextos intersubjetivos favoráveis à construção de respostas para a redução dessas
vulnerabilidades constitui, portanto, um dos mais novos e decisivos desafios para a prevenção
(ENHANCING CARE INITIATIVE, 2001).
Em suma, medidas simples são necessárias à prevenção da infecção por HIV. Desde as
ações de educação em saúde até a prática efetiva de estimulação de uso de preservativos,
listamos algumas das mais comuns e eficazes:
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• Uso de preservativo em relações sexuais vaginais, orais ou anais;


• Uso individual de seringas e agulhas por usuários de drogas injetáveis;
• Atestar a procedência de sangue e hemoderivados e certificar-se de que foram
submetidos a testes anti-HIV;
• Realizar tratamento com AZT durante a gravidez (em casos de mães portadoras
do HIV), minimizando as possibilidades de infecção do bebê;
• Em casos de mães portadoras de HIV, não amamentar o filho com seu próprio
leite;
• Em casos de profissionais de saúde, proceder à assistência ao portador do vírus
com atenção redobrada, evitando o contato direto com secreções e/ou sangue.

7. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

As manifestações clínicas da AIDS são disseminadas e podem afetar virtualmente


qualquer órgão do sistema. Doenças associadas com a infecção HIV e AIDS resultam de
infecções, malignidade e/ou do efeito direto do HIV sobre os tecidos do corpo.
A evolução da doença pode ser dividida em três fases:
• Infecção aguda que surge em algumas semanas após contaminação, com febre,
calafrios, dores de cabeça, dor de garganta, dores musculares pelo corpo, ínguas e
manchas na pele que desaparecem em alguns dias;
• Infecção assintomática: tem duração variável, de meses a anos;
• Doença sintomática: manifestação mais grave da doença, onde a pessoa vai perdendo
a sua imunidade e vão surgindo doenças oportunistas,tumores raros e outras formas
graves de doenças.
Uma manifestação clínica comum é o Sarcoma de Kaposi. O Sarcoma de Kaposi (SK)
está relacionado com uma malignidade com o HIV, em que envolve a camada endotelial dos
vasos sanguíneos e linfáticos. A doença evolui lentamente e o seu tratamento é fácil. Esse é o
tipo de SK clássico. Existe o SK encontrado em crianças e homens jovens na África
Equatorial que é mais virulenta que a forma clássica que é a forma endêmica. Ele está
presente muito em homossexuais masculinos e bissexuais. O SK adquirido ocorre em
indivíduos que usam agentes imunossupressivos e em pacientes que realizaram transplantes
de órgãos.
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A histopatologia de todas as formas de SK é igual, diferindo das manifestações do SK


relacionado com AIDS. O da AIDS é mais agressiva e variável, chegando a lesões cutâneas
em qualquer parte do corpo, podendo levar a falência de órgãos e até morte.

8. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A avaliação sorológica de indivíduos suposta ou seguramente infectados pelo vírus da


imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2) assumiu importante papel na atividade
profissional de indivíduos de inúmeras áreas das ciências da saúde, independentemente do
setor específico de trabalho. Seja para identificar as pessoas infectadas, seja para introduzir
medicações profiláticas, seja para tratamento específico, os recursos diagnósticos ns
retrovirologia passaram a fazer parte do dia-a-dia de vários profissionais da área de saúde que
lidam com situações envolvendo pacientes infectados pelo HIV-1 ou HIV-2 (VERONESI;
FOCACCIA, 1996).
A avaliação laboratorial específica emprega grande número de recursos e técnicas de
uso corrente para outras finalidades, tendo sido, portanto, adaptadas ao uso para a
retrovirologia.
No primeiro momento, é importante se ter em mente que a correta interpretação dos
resultados obtidos depende da situação específica que desencadeou a solicitação do exame.
De forma geral, as técnicas empregadas apresentam elevada sensibilidade e especificidade,
porém podem estar sendo empregadas em grupos de pessoas em que a prevalência da infecção
é especialmente muito baixa, tornando o valor preditivo do resultado positivo muito baixo. Da
mesma forma, ao ser aplicado em grupos com alta prevalência de infecção, o valor preditivo
do resultado negativo também é baixo, e é necessário se levar em consideração estes dados,
sempre que possível (VERONESI; FOCACCIA, 1996).
Para compreender adequadamente as técnicas diagnósticas, considera-se importante a
descrição dos antígenos virais estruturais, isto é, aqueles que fazem parte do vírion ou
partícula viral madura, pois é contra eles que são produzidos os anticorpos detectados nas
várias técnicas empregadas (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

 Antígenos estruturais do HIV-1


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De acordo com Veronesi e Focaccia (1996), as proteínas estruturais do HIV são


importantes, uma vez que são produzidas em quantidades relativamente grandes, e é contra
elas que se produz a maior parte dos anticorpos detectados pelas técnicas rotineiras. São elas:

• Glicoproteína externa (gp 120 Kda): representa a parte mais exposta da proteína de
ligação do vírus aos receptores celulares (proteína de adesão). É nesta estrutura que se
encontra a alça V3, sítio da suposta reação neutralizante contra o HIV-1;
• Glicoproteína transmembranosa (gp41 ou gp42): constitui a porção da proteína de
superfície que atravessa a bicamada lipídica. Contém determinantes antigênicos que
podem fazer a distinção entre HIV-1 e HIV-2, sendo empregada em ensaios tipo dot-
blot, quando se pretende distinguir a reação contra os dois agentes;
• Glicoproteína de 160 Kda: o gene responsável pela codificação das glicoproteínas
expressa esta poliproteína que será posteriormente cindida e resultará nas duas gp
anteriormente apresentadas;
• Proteína do core ou cerne viral;
• P24: trata-se do constituinte protéico mais importante da região central do vírus. É
bastante antigênica e, por ter certo grau de homologia com a proteína correspondente
de outros retrovírus, pode resultar em reações sorológicas cruzadas entre os vários
membros da família;
• P17: devido ás suas características imunológicas e seu peso molecular, pode ser
encontrada reatividade semelhante em outras proteínas, incluindo celulares; pode
resultar na detecção de anticorpos que não são dirigidos contra o HIV-1;
• P7 (ou p6) e p9: são consideradas nucleoproteínas que se encontram ligadas ao
genoma viral;
• P55: ao ser expresso, o gene do antígeno do grupo (gene GAG) origina esta proteína
de 55 Kda que vai ser cindida nas p24, p17, p7 e p9;
• P66, p51 e p31: são proteínas com atividade enzimática, proveniente da expansão do
gene POL (polimerase). Têm atividade de transcrição reversa, ligase e endonuclease.
Há uma série de outras proteínas do HIV-1, porém, que são produto da atividade de
genes reguladores e, portanto, produzidas em alguma fase do ciclo biológico viral. Não estão,
portanto, presentes na partícula viral madura, sendo produzida em quantidades relativamente
pequenas em relação às estruturais. Habitualmente, as técnicas de uso corrente não detectam
anticorpos contra elas, embora estes sejam produzidos (VERONESI; FOCACCIA, 1996).
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Ao longo do tempo, muitas técnicas sorológicas foram sendo adaptadas para detecção
de anticorpos anti-HIV. Dependendo da finalidade específica, algumas delas são consideradas
melhores do que outras.

 Técnicas para a detecção de anticorpos Anti-HIV-1

Ensaio Imunoenzimático (ELISA)


Neste tipo de metodologia, os antígenos virais são adsorvidos a uma superfície plástica
(denominada fase sólida ou FS) que pode ser um tubo de ensaio, uma pérola de plástico de
poucos milímetros de diâmetro ou a escavação de uma placa de plástico. O antígeno
adsorvido pode ser natural ou bruto, proveniente da semipurificação dos antígenos virais
obtidos através de cultura em células ou pode ser obtido com técnicas de biologia molecular,
nas quais se clonam genes específicos (habitualmente do envelope – ENV – ou do GAG) ou,
ainda, obtidos por síntese química (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

Ensaio de imunoeletrotranferência ou Western-blot (WB)


Neste tipo de teste, as proteínas do HIV-1 obtidas naturalmente a partir de cultivo são
separadas eletroforeticamente em gel de poliacrilamida, em câmara vertical. A interpretação
de um teste tipo WB varia de acordo com as inúmeras agências que emitem normas sobre a
padronização de técnicas em hemoterapia.
De forma geral, para que um soro seja considerado reagente ou positivo para
anticorpos anti-HIV-1, há a necessidade de que seja detectada a presença de anticorpos contra
proteínas de dois grupos gênicos diferentes, sendo um deles obrigatoriamente o ENV. Há
critérios que aceitam como positivo também o soro que apresente anticorpos contra duas
proteínas do ENV apenas (OMS). Quando o soro não mostra nenhuma banda ou apenas a p17,
é considerado não reagente ou negativo. Qualquer outro perfil que não seja o negativo ou o
positivo é denominado indeterminado. Costuma ser realizado em casos de ELISA-positivo
(VERONESI; FOCACCIA, 1996).

Imunofluorimetria
Na técnica imunofluorimétrica, a seqüência da reação é semelhante ao ELISA, porém
a revelação do produto é feita por um sinal fluorescente de emissão intensa e rápida, lida
automaticamente em um aparelho. Tal aparelho permite a avaliação de grande número de
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amostras concomitantemente e com grande rapidez e confiabilidade. Seus resultados são


superponíveis aos do ELISA convencional (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

Imunofluorescência indireta (IFI)


Trata-se da clássica reação de IFI, na qual células infectadas pelo HIV-1 são incubadas
com soro e, posteriormente, a reação é revelada pela adição de um conjugado
antiimunoglobulina humana, marcado com isotiocianato de flouresceína. Em mãos
experientes, é um importante recurso confirmatório. Costuma ser realizado em casos de
ELISA-positivo (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

Aglutinação de partículas de gelatina


Nesta reação, partículas estabilizadas de gelatina são recobertas com antígenos virais.
Ao serem colocadas em contato com o soro, e na presença de anticorpo, provoca-se a
aglutinação das partículas (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

Testes tipo Dot-Blot


Esta variedade de testes costuma ser empregada nos chamados testes rápidos, assim
denominados porque fornecem os resultados em alguns minutos. Naturalmente, estes ensaios
têm sua utilidade, por exemplo, em casos de doação de órgãos, quando a rapidez para se obter
o resultado é crítica. Resta a necessidade de que, para se obter esta maior agilidade, não
ocorra comprometimento da sensibilidade (VERONESI; FOCACCIA, 1996).

9. TRATAMENTO DA AIDS NA TERCEIRA IDADE

Engana-se quem pensa que a AIDS é uma doença que abrange, em sua maioria, jovens
com a vida sexual ativa, hoje a doença pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade.
Apesar dos sintomas parecidos no início, a doença age diferente no organismo das
pessoas, de acordo com a idade. O idoso costuma ter uma recuperação mais lenta, pois
imunidade é menor. No jovem, a recuperação imune é mais rápida, mas também depende da
fase da doença na qual a medicação é introduzida.
A expectativa de vida não diz respeito à idade, e sim aos hábitos saudáveis de alimentação
e exercícios físicos que a pessoa tem. Em relação ao sexo, os sintomas são iguais em homens e
mulheres, sendo os mais comuns infecções pulmonares e gastrointestinais.
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Em números, 14% dos contágios na terceira idade são entre relações de homens com
outros homens e 48,2% em relações heterossexuais.
A diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde Mariângela
Simão explica que o tratamento para a AIDS na terceira idade é feito de acordo com as
recomendações do Ministério para adolescentes e adultos, na rede de serviços do Sistema
Único de Saúde.
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje
são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes
medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O
medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de
transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids
ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI
( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora
eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos
nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
No tratamento de apoio deve-se fazer uma dieta balanceada,exercícios físicos
regulares,conforme a tolerância,com períodos adequados de repouso,orientar a família,cliente
,amigos e parceiros sexuais sobre a transmissão da doença.
Os inibidores da Protease inibem uma enzima, a protease, responsável pela maturação
do vírus quando ele deixa a célula onde foi criado, impedindo assim a infecção de novas
células. Quando a protease não consegue mais realizar o seu trabalho, o HIV acaba
produzindo cópias defeituosas dele mesmo, incapazes de infectar novas células. Pertencem a
esta classe de medicamentos o Saquinavir, o Indinavir, o Ritonavir, o Nelfinavir, e o
Amprenavir (em fase de testes).
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra
a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação
muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
O tratamento varia de pessoa para pessoa e os coquetéis são indicados após uma
análise do infectologista responsável. Normalmente, uma pessoa idosa já toma remédios
destinados a outros problemas como coluna, dores e reumatismos, então é preciso ficar atento
para que o uso do coquetel não interfira no remédio que a pessoa já vinha tomando
anteriormente.
No ano de 2005, a diferença entre portadores homens e mulheres com mais de 60 anos
era de 217 casos. Hoje, a mulher acima dessa idade quase se iguala ao homem, sendo que a
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diferença é de apenas 76 casos. O número de infectados homens diminuiu em maior escala


que o número de infectadas mulheres.
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) atingiu 5.456 brasileiras em 2006,
mas no ano anterior esse valor era duas vezes maior. Segundo Cristina, a AIDS na terceira
idade se deve muito à falta de uso do preservativo. Se a pessoa nunca usou camisinha, ela
continua não usando. Principalmente viúvos e separados, que sempre tiveram um único
companheiro e agora aumentam o número de parceiros, sem a prática do uso do preservativo.

10. INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DIRIGIDAS AO IDOSO

A realização das ações de prevenção nas Unidades Básicas de Saúde permitirá


capilarização de ações, possibilitando que o número maior de pessoas idosas sejam orientadas
e acessem os insumos. A integração da prevenção do HIV nos serviços específicos para esses
grupos e capacitação de seus profissionais,assim como os profissionais de saúde dos serviços
de assistência e tratamento de AIDS,em relação ao processo de envelhecimento, tornará tais
serviços sensíveis às necessidades das pessoas idosas (Secretaria de Saúde, 2008).
De acordo com a Secretaria de Saúde, os resultados dessa intervenção buscam reduzir
o estigma que envolve as necessidades sexuais das pessoas idosas, para que estes possam
discutir temas relacionados a sua sexualidade mais facilmente.Estão algumas intervenções de
prevenção:

• Estímulo ao acesso e utilização correta de preservativos masculino e feminino e a


lubrificação;
• Testagem diagnóstico e tratamento com procedimentos que levem em
consideração as necessidades desse grupo populacional;
• Inclusão da prevenção de DST-HIV/AIDS focando as especificidades desse grupo
na rede de Atenção Básica;
• Fomento da mobilização de organizações da sociedade civil e do protagonismo
para a realização de trabalhos preventivos específicos para idosos;
• Articulação intra e intersetoriais para a garantia de ampliação e continuidade das
ações.

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