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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
REVISÃO DE LITERATURA
Nela os linfócitos ou células de defesa são lesadas, deixando a pessoa à mercê de doenças
infecciosas, que poderão matá-la. Essa doença é transmitida através de relações sexuais sem o
uso de preservativos ou através de contato com sangue ou hemoderivados de pessoas
contaminadas, ou ainda do contato mãe contaminada com o filho (SANTOS, 2000, p. 89)
2. A AIDS NA VELHICE
Além disso, os médicos raramente consideram que seus pacientes mais velhos possam ser
contaminados pelo vírus HIV, pois, muitos, os vêem como assexuados, e, com isso, dificilmente
perguntam sobre a vida sexual deles e discutem os fatores que reduzem os riscos de ter HIV. Com isso,
o teste HIV que deveria ser feito também nos idosos, dificilmente acontece, adiando ainda mais a
descoberta do HIV nessa faixa etária (HIV-AIDS, 2006).
3. FISIOPATOLOGIA
Segundo Smeltzer e Bare (2000), “o HIV pertence ao grupo de vírus conhecido como
retrovírus, o qual indica que o vírus carreia seu material genético no ácido ribonucléico
(RNA) mais que o ácido desoxirribonucléico (DNA)”.
E de acordo com as palavras de Smeltzer e Bare (2000), eles falam que:
O virião HIV (uma partícula completa do vírus cercado por revestimento protetor)
combina RNA em um truncado centro na forma de bala do qual o p24 é o
componente estrutural principal. Botões que se projetam pela parede viral resistem
em proteína gp 120 ancorada a proteína gp41. É a porção gp120 do HIV que se liga
seletivamente as células CD4 +. As células CD4 + incluem monócitos, macrófagos,
e linfócitos T4 auxiliares (chamados de células CD4 + quando se referem à
infecção por HIV), as mais numerosas das células.
Depois que o HIV se liga à membrana auxiliar das células T4, ele injeta duas tiras
idênticas de RNA na célula auxiliar T4. Usando uma enzima conhecida como transcriptase
reversa, o HIV reprograma os materiais genéticos T4 infectada para marcar a tira de DNA
duplicada. Este DNA é incorporado no núcleo da célula T4 infectada como um pró-vírus e a
infecção permanente é estabelecida (SMELTZER; BARE, 2000).
O HIV pode afetar várias células principalmente, com a baixa da imunidade do
indivíduo, e sua produção parece acelerar, contudo, quando a pessoa está combatendo outra
infecção ou quando o sistema imune é estimulado (SMELTZER; BARE, 2000).
E tendo em vista sua proliferação com rapidez Smeltzer e Bare explica o período
latente exibido por algumas pessoas depois de ser infectadas pelo HIV. Eles falam, por
exemplo: que uma pessoa pode permanecer sem sintomas por muitos anos; contudo, um
grande número de pessoas infectadas (acima de 65%¨) continuam a desenvolver doença HIV
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sintomático ou AIDS após 10 anos de infecção (SMELTZER; BARE, 2000 apud PINHING,
1992).
E de acordo com suas palavras, Smeltzer e Bare (2000), complementam que:
Na resposta imune, vários papéis importantes são desenvolvidos pelo linfócito T4:
reconhecimento de antígenos estranhos, ativação de linfócitos B produtores de
anticorpos, estimulação de linfócitos T citotóxicos, produção de linfocinas e defesa
contra infecções parasitárias. Quando a função dos linfócitos T4 está
comprometida, microorganismos que comumente não causam doença têm
oportunidade de invadir e causar doença séria. Infecções e malignidades que se
desenvolvem com resultante comprometimento do sistema imune são referidas
como infecções oportunistas.
4. INCIDÊNCIA
“Até setembro de 2007, os dados acumulados desde junho de 1985, somam 2.632
casos de AIDS no estado, sendo 1.863 em homens e 769 em mulheres (SECRETARIA DE
SAÚDE, 2007).
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Pego
- Sexo vaginal sem camisinha
- Sexo anal sem camisinha
-Sexo oral sem camisinha
- uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa
- transfusão de sangue contaminado
-mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação
- Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados
Não pego
- sexo, desde que se use corretamente a camisinha
- masturbação a dois
- beijo no rosto ou na boca
- suor e lágrima
-picada de inseto
- aperto de mão ou abraço
- talheres / copos
- assento de ônibus
- piscina, banheiros, pelo ar
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- doação de sangue
- sabonete / toalha / lençóis
6. PREVENÇÃO
A prevenção tem sido, desde o início da epidemia, uma questão crucial para os
programas de controle da AIDS. Naqueles primeiros tempos, era grande o desconhecimento
acerca da doença e sua distribuição e poucos os subsídios para guiar ações preventivas. Desde
então, esse quadro sofreu profundas alterações. Houve um aumento substantivo do grau de
conhecimento científico acerca do vírus, suas interações com o organismo, sua epidemiologia
e sobre os principais determinantes sociais dessa epidemia. Destaca-se, em particular, o
elevado grau de conhecimento alcançado acerca do controle dos efeitos danosos do HIV sobre
o organismo humano (Farmer et al. 1996; Parker, 2000).
Em primeiro lugar, de acordo com Souza (1994), deve ser enfatizado que talvez já seja
a hora dos educadores pensarmos nossas estratégias de prevenção menos em termos do grupo
populacional objeto de nossa intervenção e muito mais no que podemos chamar de “contextos
de intersubjetividade”. São modalidades particulares de encontro o que melhor define o que
se deve e se pode esperar da intervenção. A assunção de identidades (e práticas)
intersubjetivamente construídas obriga a repensar não só espaços e estratégias de intervenção,
mas também os contextos intersubjetivos nos quais se efetiva a vulnerabilidade ao HIV das
pessoas com quem queremos trabalhar.
De outro lado, ainda que considerando que a pobreza é um poderoso determinante de
vulnerabilidade, é preciso considerar que, mesmo em populações pobres há diferenciais
internos de extrema relevância, por exemplo, grau de escolarização, cultura religiosa, origem
étnica, aspectos que, vistos na dinâmica conformadora de intersubjetividades, devem sempre
ser considerados (ENHANCING CARE INITIATIVE, 2001).
Definir contextos intersubjetivos geradores de vulnerabilidade e, de modo articulado,
contextos intersubjetivos favoráveis à construção de respostas para a redução dessas
vulnerabilidades constitui, portanto, um dos mais novos e decisivos desafios para a prevenção
(ENHANCING CARE INITIATIVE, 2001).
Em suma, medidas simples são necessárias à prevenção da infecção por HIV. Desde as
ações de educação em saúde até a prática efetiva de estimulação de uso de preservativos,
listamos algumas das mais comuns e eficazes:
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7. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
8. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
• Glicoproteína externa (gp 120 Kda): representa a parte mais exposta da proteína de
ligação do vírus aos receptores celulares (proteína de adesão). É nesta estrutura que se
encontra a alça V3, sítio da suposta reação neutralizante contra o HIV-1;
• Glicoproteína transmembranosa (gp41 ou gp42): constitui a porção da proteína de
superfície que atravessa a bicamada lipídica. Contém determinantes antigênicos que
podem fazer a distinção entre HIV-1 e HIV-2, sendo empregada em ensaios tipo dot-
blot, quando se pretende distinguir a reação contra os dois agentes;
• Glicoproteína de 160 Kda: o gene responsável pela codificação das glicoproteínas
expressa esta poliproteína que será posteriormente cindida e resultará nas duas gp
anteriormente apresentadas;
• Proteína do core ou cerne viral;
• P24: trata-se do constituinte protéico mais importante da região central do vírus. É
bastante antigênica e, por ter certo grau de homologia com a proteína correspondente
de outros retrovírus, pode resultar em reações sorológicas cruzadas entre os vários
membros da família;
• P17: devido ás suas características imunológicas e seu peso molecular, pode ser
encontrada reatividade semelhante em outras proteínas, incluindo celulares; pode
resultar na detecção de anticorpos que não são dirigidos contra o HIV-1;
• P7 (ou p6) e p9: são consideradas nucleoproteínas que se encontram ligadas ao
genoma viral;
• P55: ao ser expresso, o gene do antígeno do grupo (gene GAG) origina esta proteína
de 55 Kda que vai ser cindida nas p24, p17, p7 e p9;
• P66, p51 e p31: são proteínas com atividade enzimática, proveniente da expansão do
gene POL (polimerase). Têm atividade de transcrição reversa, ligase e endonuclease.
Há uma série de outras proteínas do HIV-1, porém, que são produto da atividade de
genes reguladores e, portanto, produzidas em alguma fase do ciclo biológico viral. Não estão,
portanto, presentes na partícula viral madura, sendo produzida em quantidades relativamente
pequenas em relação às estruturais. Habitualmente, as técnicas de uso corrente não detectam
anticorpos contra elas, embora estes sejam produzidos (VERONESI; FOCACCIA, 1996).
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Ao longo do tempo, muitas técnicas sorológicas foram sendo adaptadas para detecção
de anticorpos anti-HIV. Dependendo da finalidade específica, algumas delas são consideradas
melhores do que outras.
Imunofluorimetria
Na técnica imunofluorimétrica, a seqüência da reação é semelhante ao ELISA, porém
a revelação do produto é feita por um sinal fluorescente de emissão intensa e rápida, lida
automaticamente em um aparelho. Tal aparelho permite a avaliação de grande número de
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Engana-se quem pensa que a AIDS é uma doença que abrange, em sua maioria, jovens
com a vida sexual ativa, hoje a doença pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade.
Apesar dos sintomas parecidos no início, a doença age diferente no organismo das
pessoas, de acordo com a idade. O idoso costuma ter uma recuperação mais lenta, pois
imunidade é menor. No jovem, a recuperação imune é mais rápida, mas também depende da
fase da doença na qual a medicação é introduzida.
A expectativa de vida não diz respeito à idade, e sim aos hábitos saudáveis de alimentação
e exercícios físicos que a pessoa tem. Em relação ao sexo, os sintomas são iguais em homens e
mulheres, sendo os mais comuns infecções pulmonares e gastrointestinais.
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Em números, 14% dos contágios na terceira idade são entre relações de homens com
outros homens e 48,2% em relações heterossexuais.
A diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde Mariângela
Simão explica que o tratamento para a AIDS na terceira idade é feito de acordo com as
recomendações do Ministério para adolescentes e adultos, na rede de serviços do Sistema
Único de Saúde.
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje
são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes
medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O
medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de
transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids
ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI
( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora
eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos
nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
No tratamento de apoio deve-se fazer uma dieta balanceada,exercícios físicos
regulares,conforme a tolerância,com períodos adequados de repouso,orientar a família,cliente
,amigos e parceiros sexuais sobre a transmissão da doença.
Os inibidores da Protease inibem uma enzima, a protease, responsável pela maturação
do vírus quando ele deixa a célula onde foi criado, impedindo assim a infecção de novas
células. Quando a protease não consegue mais realizar o seu trabalho, o HIV acaba
produzindo cópias defeituosas dele mesmo, incapazes de infectar novas células. Pertencem a
esta classe de medicamentos o Saquinavir, o Indinavir, o Ritonavir, o Nelfinavir, e o
Amprenavir (em fase de testes).
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra
a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação
muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
O tratamento varia de pessoa para pessoa e os coquetéis são indicados após uma
análise do infectologista responsável. Normalmente, uma pessoa idosa já toma remédios
destinados a outros problemas como coluna, dores e reumatismos, então é preciso ficar atento
para que o uso do coquetel não interfira no remédio que a pessoa já vinha tomando
anteriormente.
No ano de 2005, a diferença entre portadores homens e mulheres com mais de 60 anos
era de 217 casos. Hoje, a mulher acima dessa idade quase se iguala ao homem, sendo que a
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