Sunteți pe pagina 1din 1

Folha de S.Paulo - Brasília - Fernando de Barros e Silva: "A mulher do... http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2002201003.

htm

ASSINE BATE-PAPO BUSCA E-MAIL SAC SHOPPING UOL

São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FERNANDO DE BARROS E SILVA

BRASÍLIA - Debates intermináveis, ânimos alterados,


faíscas no ar. Esqueça tudo isso. A febre do assembleísmo
desta vez não se apossou do PT. Ontem, durante as
discussões em torno da política de alianças e das diretrizes
para o programa de governo de Dilma Rousseff, o clima do
4º Congresso Nacional do partido não poderia ser mais frio,
cordato e comportado.
No auditório, os delegados mais pareciam um rebanho de
ovelhas. Falas breves e quase sempre mornas eram seguidas
de votações previsíveis a favor da direção partidária. Mesmo
as concessões pontuais à esquerda -destacadas com tanto
estardalhaço- parecem ser apenas migalhas de pão
amanhecido do socialismo para satisfazer uma militância já
satisfeita pelo lulismo.
O congresso do PT cumpre um roteiro de cartas marcadas.
As ovelhas negras e desgarradas perderam o antigo apelo e
hoje são espécimes exóticas a enfeitar a paisagem. Nesse
ambiente pacificado de cima para baixo, não há, como diz
um dirigente petista, nenhuma disposição para tornar visíveis
atritos ou divergências que possam atrapalhar a candidatura
de Dilma.
A ex-prefeita Marta Suplicy fala em "amadurecimento
político" para descrever o que o secretário-geral, José
Eduardo Cardozo, chama de "o mais calmo dos congressos
do PT". O fato, muito evidente em Brasília, é que o partido
ritualiza sua rendição ao êxito do lulismo.
Candidata indicada pelo presidente, Dilma será hoje
referendada com festa pelo PT. Mais definida
ideologicamente do que Lula, a ministra será naturalmente
acolhida pela base social histórica do petismo. Seu desafio
não é esse, mas antes o contrário: sendo cria de Lula, ela terá
de transpor os limites do partido para alcançar a massa que
compõe a base social do lulismo.
Essa é a "grande interrogação" da campanha, que a euforia
de hoje não irá dissipar. Como diz Maria da Conceição
Tavares, convidada de honra do congresso petista, para o
povão, Dilma é "a mulher do Lula". Só veremos lá adiante,
nas urnas, o que pensam disso os filhos do casal.

Texto Anterior: Editoriais: Política no tribunal

Próximo Texto: Brasília - Melchiades Filho: Aquele abraço

1 de 2 20/2/2010 07:23

S-ar putea să vă placă și