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/ 7 323 Ya foso9 AMERICA LATINA DEPENDENCIA E INTEGRACAO Ruy Mauro Marini ACRISETEORICA Ans dos anes sessenta eno decorrer da cada de setenta 8 cineiassocnis experimentaram ust aye ‘ee sem precedentasna America Latina, que se mone estou na predugio de urn sem-nimere de gba se ‘icativas, no campo da literatura ecnninens, cote logieae politica, Motivada, em parte, pea istabiy dade que earacierizavan vida pliticn da resign, sc ‘cudidn seguidamente pr golpesmilitaea esc pans 4s, pela expansio eeondmica que la ateavessaa, ‘que fnplicava na destnayio de recurs aprecisuee ra as universidades e centr de pesquisa Tavera tendo a realizagio de eongresscs, semindrios swe teas eventos dessa natureaa, a intelectualidade ot, ‘se.omericanadebatisintensamente suas iis, tr ‘hava em. comunto t tavava polémicas assigns dhs. Bsa vitaidade transbordava og marcos rene Baise agitava os meio acadéinicus ¢palicns da ropa edos Estados Unidus, motivave a busee dng vas linhas de andlise de suas realidad nos piace aftcanos oasisticos rompin até a endlaustramenta, ‘qe caracterizavao pensamento eocial no muida es Calista, ‘A compara dessoextraondinsvo Noroseimento {ncleetual com a pobreza tira ofrmalistyo ace ‘dtmioo que marcam hoje reflex centitin sobre ssa realidad provaca prplexidade, Como pepe as ficamos ambin quando cunfrontamos aoriging, lade Tiberdade do riagdopropriasdaguela époeg ‘oma subordinagae atual do nosso pensamente ang padrdes norte-americanos curopeus. Bsa reversaa, {Ge tendéncias, essa anemia da eapacidade criadara, essa volta agcolonialismo cultural eflete, de cera, fem boa medida, aestagnapieeonimica ea desire. tra soial que ultima déenda reptesenton pare a ‘América Latina. Mas, o6 oe relationn necessarie mente com a vida material ¢ ¢ por ea influ, 9 [ensamento nie dina por iso de ter wa lgica espe. tifca ¢ sua propria histiea, conenrrend ee tam, thon para doterminar as ercunstancias em que os homens vvem, essa lgica, 6 oss histéria que nos preocupam aqui, No_deseavrlvimento recente das idéiag na ‘América Latina est@ 8 chave part entender come ‘hgamos a este pont. O objetiva dest ensaio ade texaminar, ainda que brevemente, essa questio, bus tando estabelecer algunas hipdteses expazes de ox plied ta, ACEPAL © @ teoria do desenvolvimento, [No curso do séeulo XIX e nas primras déeadas do século XX, 0 pensamento latino-rmericano ir tusereve-e, om gara, 20 iberalisme e ao positive: ‘mo, constitwindo 6 que o ocislogo brasileiro Alberto Guerreiro Ramos chamova de pensamenta colon: ‘ou reftexo* ou ja, uma mitago das eorventes que predominavam na Europa, Desde fins do séulo XIX, através do mesmo mecanismo, se faz também pre onto omarscsmo, na esters do surgimento do movie mento socialist, sendo signifcaiva neste plano a laboragao de Juan 8. Justo,na Argentina, Pr outra parte, em fungio da emengéneia do imperilismo horteamericano © sua projeyao sobre x América Latina, se registra aeelosto de wm pensamentaanti= imperialist, formulado por intleetanisDigados & ‘ligarguia burguesa, que mantinha vineulos ostrei tos com as polindias europtias. Iso & particular rente visivel na Argentina. No Brasil, uma obra ro presentaiva dessa corente A usdo americana, de Eduardo Prado, Derivandoae jd do cutea matrz, a da renovagso porque pssao pensamento marssia apse a revel ‘0 russa de 1917, marcsmo e ant-imperiatismo fnvergirio, na décadn devine, para atentativa de ‘laborapao Wo um pensamento original sobre a ‘América Latina, particularmente eam Juan Carlos Marites, ssi como Raval Hays de la Terre, am bas peruanos, que polemas acrescentarpelomenas ‘ cubano Juan Antania Melia” Maa esse proceno, {que José Aried chogon a eonsidorar eomo uma pr ‘ira teoria marrsta da dependéneia fi truneado pela repressio dos anos vnte etrints, paralelamen- teaoenrjecimento doutrinério palitic da Terseira Internacional, amboefators evando a um reewo do pensamento marxista na América Latina. O que a- remos, no perfoio subsequente, sa trabalioe de cariter principalmente histariogrifion, que pre: ‘am reeonstruir a historia nacional dee pases em ‘queso produzem com um instrumental tse mets oligo novo, do que resultam eonteibuigdes vaio: 98, que nfo chegam porém s formar escola. Com efit, 26s poe falar do surgimento de uma enrrete estratarada e, sob muitos aspect, original ddepensamonta na regiao a partir do Kelatrio Brand, rico da Amiriea Latina de 1949, publicado pela Co- Inissde Beondmiea para a Amérea Latina (CEPAL), fm 1950. A mportaneia da eorzagio que senicig ‘ese na novidade de algumas de uaa colocagi fembora, as vere, 6 parecossem novas pelo deseo ‘hecimenta do marxtmo que caracteriaava entio a da intelectusl latino american —e nn grande re perensso que ela aleangou, tanto no plano aeaderi ocom paltio. Andie das concepgbescepalinas é, poi, nlspenssel para quem deaoja enhecse a eve ugge de moderne peneaento laine amerieano, Bolreae linhos aseyuirna ansliseda Copal, seria ‘il considecar,primeiro, a biografia intelectual de sous expoentes, prinsipalmente 0 argentino Iul Prehiseh(responciveldireta pel Relativio de 1949), ‘eqido do brasileiro Gelso Furtado edachileno Ani 3 Pinte; alesse pido nerescentar também argen Aldo Ferrere'o mexicano Vielor Urq, Como Prebisch, que hava sido diretor do Benea Cental, sob Peri, a maioria dele tera partiipagso ativa na politica de sone paises, Sua formagao ¢, em gers, Toyesiana, © algun ostentam apreckvel dominio 4a economia politica eldasca, partcalarmente Pre- bisch Furtado, que conhecem bem Ricard, Sus it- ‘curses na campo.do marian 6, porém,extrome- mente mal eucedidas ‘Asigurd linha de anise parte da pergunte: @ que @ Copal? Na realidad, ela eansiste ern wnt agen de difusdo da teorin do desenatvimento, ‘que, a0 terminar a Segunda Guerra Mundial, sur ‘anos Estados Unidos oa Buropo. Bssateora tem, esse momento, uma Fungo chave: face 4 emer - uy Su eee eeeeaaaaes ee as ‘olvimento ewoineo leno quando ts compen S.desdbramento storia, existindy entre on dg Aotateof para tilizary — nogual economia em dtuestaes, {entarin ji todas ascondiden para asegurey wage Senvolvienta autosisenteda, Recepitulanier tlementa central da tori do dasonvelvimante o> Senvolvimento plone, que seria askin accel a, des paises que seeforgassem por reunrasesane ‘rs dequadas para isso, {Uma segunda linha a destacar na tori do desen, volvimenta 6 ida de que ete implienva men nizago das condigbes ecnimicas, acaininstingy, naisideolegicas dopas, ato, alem de trace coer $0 do duatidadeestratural O tema da madering £0 © nopao do dualism estrutura inpreten reso da produsio socalgieaeantropolici don, period Finalmente, um terceiro aspecto a considera Rossa teora sho suas implicagten metodalécinn Namedidacm que desonvolvimentae subdesacet oriérion quanttativos, os dnicos adequaon pare ituar uma economia neste ou nagucle ponte den finirin através de uma série de indicadorey yee {Mo val, grou de industrializapio, vende pr cope ‘ts fndiees dealfbetizacio w asolaridat,tarea te ‘ortalidade infantil de esperanga de vida ete — destinados a clasifcar es economies do sctowa mundial ea rexsirarseu avangono procera doce senvlvimenta Sala asathos osinconvenientes des metodel: sa, Princco, ao ser esencilmentedescling og elercin qualquer possibldade explestivn Segue, do,oreultadoaaue chogarseraumapercite Cave Joga: uma eooomia apresentava determinadea he sieadores porque era subdesenvolvidao ors sob senvolvida porque apresenava ens tndiloren Girando nese cirul vidos, acompreensdonetg do subdesenvolvimento ae vin cstaliznda ce ‘mo a quo poerisaspitar, com base em correla fee veriicaves, ra a formular propeigoes to tos aa. enti Come.guer que to, fj da tora do deserve tsa parti a Capa. Para entender porn fen, caberecorer a urna ulti Hin deorcine 40 tem aver com o papel dos Estados Unites og sonstrasto do mundo de apie guerra Deraronns Indo, aqui, suas iniitives no plano rein conimico militar, para ns ceuparion pena auc ae dew no plan ideaigicn Neste sent eabe registrar acringto de comissbes ecanvness an "ais subordinadas 0 Conse Beondmie e Se al da ONU ecom assento na Europa, Asin Beton mmo Oriente, América Latina, aque as seguineny depos, mais das — para e dircae nares Oeidental obitive dons cmissdes era estudaros probe ‘Rat ‘connie rgionis «propor pelts ede Senvolvimento. De fato,a mide queso ascgron saa comisoten fa de sre ngtcas decors 0» dif da era do desnvlvimenta, no o- {exile de destino ites que rensnsdogueviroachanar see Tere Minds femmes Iniandnfrmalneste ses rable 194, emantngod Chiles Cepal naa esas masta Gis he fro cond, mato fart an quabade de Serdar edna desl et tendnde As epeciiedades da Amériea Latina, estas espe. | cifieidades da regio, frente acs novos paises capita listas que a descalonizapio est erin so irre. sive, Com efeito,além de sus prectce indepen Anca politiea, « América Latina eantava entancon, ‘mais de um sécuo de eapitalismo, que havia promo, vido desenvolviments de comploxas estruturas de tlaaea ede Estados naciomaia consolidades, Aléon disco, em muitos dos seus paises, a industrializagio Inieiada entre ae duse quereas mundiais havia mo- difieado a: aliangas de classe e eonvertido a burgue Sa dustrial em parte plena do blaeo no poder ‘Assim, ao canstituit-s, a Cepal estar vineuada 8 realidade interna da América Latina eexpressaré contradigbes de clase que a earacterizam, particular | mento as eontradigissinterbunsuesas. Na verdad, la gerd instrumentalizada pela burguesa industrial Iatino-americana, nto em Fans das hss soins paltcasnternas, quanto dasrelagies a serem desen- ‘olvidas om a eomnemia mondial. Tat fark come Copal, prtindo da tora do desanvavimento tal eo mo fora formalada nos grandes centras,introduza ne Ta modifcaces, que representarsio sua eontibaigao tosica propa, original, que tomar a desenvolv- rentisme Iatinoamericann vm pred, mae 10 "uma simples pia da teria do desenvolvimento © dosenvelvimentisme [oplano teri, niibulgo mais mportante dy Copalésuacriticn#teoriaclcica do comérciointer- | faional Baseada no principio das vantagens com- fprativas, segunda qual cada pais deve especial Zar se na produ de hens em que tenha vantagens ‘Simparatives,oque Ihe assegura majrea indica de prvltiviadeeportanta melhores condigbes de com petigin, essa teeria sustenta que, nests bermns, 28 Franaagies que se realizam no mereado mundial e fulton em benef pars todos os partcipantes, 'A Cepal dir qu sso nao Se passa assim, Por un lado, demonstrara empisicamente que, a partir de 1110, se registra no eomeéreo mundial uma tendén. ‘a permanente & eteraragao des termos de roe, tm prjuizo dos paises wxportadones de prdutos pi nation. Por outro lad, afirmars que isco propia | transferéneias de renda — na realidad, transfe- rencias de valor, oneeito que a Cepal no maneja ‘om muita precisa — as qusisimplicam que os pa tes suberenvolvios, que exportam esses bens, 380 fbmetidos eonstantemente a uma sangria de rique- ‘nem favor ds mais desenvelvidos, oque acarretaa Alesepitolizagao dos primeiros. Radicalizande mais tad esta propesigae # tora da dependéncia the Alar uma formulagao mais acabad, através da Uo Fada trace desigoa, ja pedea angular id de {tue desenvolvimento de alguns aloes resulta pre iramente do que determina 9 subldesenvolvimenta flo demas Para « Capa «deteriragio das termos de tora doves ao fntn de que o mercado mundial enfenta paises industrialiandes a patses de economia pri ‘cio-eportadora Fates limos, ao nao desenvgh, ‘ere o seu setor industrial on monufaturi, yoy so espazes de produzie teenologiase mvs de pa duciocapaesdeclevar produtvdade do raalig Paralelamente, a ineristncia dessesetor Hee ‘xpansio da oferta de empregotiaeconomit Jenene ue a regitre no setor primarioutnafopade batho exeedente, que difcltaaelevagin daa po Autividade © redus 0 seu prego (ou silvio), rece, dandoafinal na super-aeumulagiodeminde shears stor servgos, onde isso provoea os mesmos eel, [atari a atazdo dos baos salvion qu so ven, farm nas economies utesenolvidaa, os quate my lum lado, representa um fei ao progress oct ico, por outro, nio permitem a expansaorea dig, ‘mizayiodo merc interno, Os paises desenvolvios,inversamente, so aque: esque, com base num seer eccundario expancins tama demanda dinimica de mao de ura, setentos, ‘saldros altos, os quai induem 3 intodugdo dee apes taonoligicastendentes a reduie a pasties 0 do trabatho na produgio e, portant,» porns ‘os salrios no seu custo, Aslevagdn da produit de dat resultante nao seria transferida plenamentae itmediatemente ao prog dos bens, levand a que na ‘omércio internacional, esses bens maniivenery ress altos. Ino favorecerastransagto de rigsore “te priferiasubdesenvolvida ao centro desenvowvide ‘Anda que néo seja nsea intengdo critter ag ag {ees da Copal, nio podemosdeitar de incase ‘aptandocorretamente ofendmienoempsrionda deta, Noragto das relagdes de toe, a Cepal @ explicava ‘wal que, mais ewdo ou mais tarde, o aumente da Dradutividadeoaconaequenteredugtodecen ee «que oe transfere os prog, a menos que se veri |quemsituapies anormais no meread manda cons 8 que configuram urna slang de monopslio oo {que se derivam de guerras ou catétrafe naturaie Por outra parte, o desenvalvimento do eapiteligme nos pateessubdesenvelvios implico, dade pri «ipl, na introducio de novas Weenies eo coneesern te sumento da produtividade do trabalho sia ‘testo da remuneragso da forga de trabalho nos Patseocubdesenvolvids ropresentava wma intuigae furmidavel, spesar de mal estabelecda, uma ves sue nose tratava simplesmente de uma tonsequtacia 4a baa produtividade, como a vide ve encarreporia ae demonstra Come quer que sea, como ae esquema cento-pe "feria, ova, ao tomar coino ponte de partida sens, ‘omia eapitalista mondiale as clagde que aise vs nifcavam entre as eeonomis canais, a Capel ia ruitoalém da eoriadodeseavolvimentoe asserura, ‘pare oconjuntodesuas tera uma valider de prin ‘pio, até entao prvi exclusive da tenia mario, tadoimperialism. De fat, afirmagao de Preticch ‘no sentido de que o“desenvolvitbentoeeondmiea dos Dalses perfericasé mais uma etapa mo proceace de desenvolvimento onginio da economia do mun"* far lembrar ieresisivelmente Bukhari. As Kitas) {he do pensamentocepainn,entetanto, eam um) {chuio€ ign unbilcl que ea no deo nanc, ‘de mantercom a teoria da desenvalvimenta, ie &idgia do desenveiimento econimien como ‘continuum, & Copal nao considerava 9 desenveles mento cosubdevenvalvimenta cae fendmenss que litativamente diverse, mareades pelo antagomten © complementariedade~ ean o fara, tem o,ateoria da dependéncia— masta somente como expressoes quantitativamentedifirnciadas do pra ‘ess histirio da acumulaco de capital. Ita inp ‘avague, atravéa de medidas corretivasaplieadas sp ‘comérvi internacional eda inyplementagao de tne politics condmie adequada, os paes subdesenvol Vidos veriam abertss as portas de aesso ao desen, volvimento capitalist peo, pode fima situagandy \dependancia em que seencantravam ante o¢ anes conten ta ese do desea aatnano) = constitai uma das mareas regsiradas do pensar mento cepalino AAexighncia de uma politica eeonémica eeatrad na superagao do subdesenvalvimento ropoucava em, ‘outro elemento chave de idealoyiacepatina — ads ‘oncepyo do Estado como algacelcadeacima dase ‘iedade © eapaz de so dotar de wma raconalidade rdpria. Apoisd nisso, a Capa saltayado plano em ‘que sitnava a su aniliso ecoudmiea, que se regia or leis objetivas e onde interesses econéimicos ‘nfrentsvam forcemente, para a visioiailica dum ‘mundo entendido como o cami de Felacionamen entre Bstados;prontos a substituir enfrentameato. pela negociagaoe a leis reantmices polo desxje de eooperagto ‘Se politica enbmica eran instramenta,oobje-y ‘vm essencial aque ela deveria vieat para pera subdesenvolvimento era, paras Cepal industria: 2a, Vimos com, a Sens olhos, eat seria capa de promover uma medhor dstibuigao da forya de {abatho entre os cetores produtivas;elevaria oss laris, mando possivel o moreado tena: ¢ Fong Fin oprogrestotéenien eoaumento da prodatividade do trabalho, pond fim es transferéncins internacio tas dorenda. A industralizago se ealzaria mei ante uma politica dliberada de substitu das Portage de bers mnusfaturados.”” Aconfianga que a Copal depasitava na industia- Jizag4o, come medida suficiente para superar o sy ‘desenvolvimento, se estendia ts virtudes qu ea te- ria eumo instrumento do transformagac eacil. Ad mitindo que eertasreformas eram necesséias, no plana institucional peltico, a Copal subestimave as midas ditrbutivos — at implicada a reuemna agriria, salvo como diposigio de interosse secun- ‘Ura? No ponsamento da Copal — que por issn me- recto qualifiativede desenvolvimentista" que Ine foi dado — a industeializapao assumia © papel de deus ex machina, suicicate por si mesa para £2 ranir a eoropto dos desequilbris edesgtaldades desenvolvimentismo fo a.denlogia da burgwe- ia indusiralTatino-amerieana, especialmente da, ucla que, respondends a um maior grau de industealizagao © compattilhand jae poder do Bs ‘ndo com a burguesia agriro-exportaders, tata de ampliar sen espagn expenses desta, recorrendo pa 1 isso alinnga com o prletariado industrial © & classe média astlariada, Ao mest tempo que ace ‘a para estes com a amplagao da oferta de emprego # maioressalras, odesenvolvimentsin, mediante critica do esquema tradicional dedivisao internat ‘onal do trabalho, exige ds grandes centruscapitalis: tase estabelecimente de um novo tipu de relages techacando » modelo primarioexpartador, abre fogo fonira a wlha classe daminante, Esita,parém, 20 ontento da uta interburguesa,eslocar com pre rissa do modelo industrial reforma agra, tanto mais que a polities da bunguesia industrial mio pas ‘va pela aianga com ocampesinato, ‘No curt dos anos cingienla,paralelomente ay !vango da bunzoesia industria, tanto om pains ee que, era are — como Argentina, Chile, Urge Brasil, México ~ quanto nes outros, que dnt eo seu erescimento industrial aeslerad, desenvelve entismo so converte na ideoloyia dominante ve ‘aris por excléncio das politicas pabliea. Entre, tanta, depois de uma década de expansio, econ mmialatino-americana desembics,nsanas secur, a eise ena estagnagio, pondos mu as caractera 0s perversas que havia assumido o prosence industralizaea0, sso nao poderia deixar de reper tir prufundamente nos araiais cepalinas, provecan ‘lo um crise ideogien de vases proporpoce A.crise do desenvolvimentismo Arse que prineipios dos anos sestenta, se abate sabre a maioria dos pases latine-ameriesnos és ‘multaneamente, uma erise de acurulagioe de reels ‘aso da produ Bla se manifest, pum lado, ny ‘strangulamento da capacidade para importa os elementos materiais nevesrios para 0 desenvels ‘mento do pracesso de produ e, por warn os trisees eceontradas para a realizagi dessa produ 0, Ambos fendmenas deriva do fato de Industraliapdo haver sido levada a cabo sobre a ba soda velha economia exportadora, ist 6, sem acudir a reformas estruturaiseapazes de criar um espage ‘conmionadequado a9 erescimento indus Nos pafses capitalistas avangadoe, a industrial- ayo se dera de maneiea ogiia, evande a que 9 ‘rescimento do setor de bens de consumo gerasse imediatamente como contrapartida a expanedo do setorde bens de produyao,semoqueo proeesnse ve ‘in bloqueado. Nos pater latino americanosy industrializago substtutiva de importagdes operas 1 sobre « hase de uma demanda préexistente de bens de consumo, que fzia dos investimentor nesse seloros mais rentaveise permitia que v practnte de Drodugao se sustentasse gragas & imnportagan eres ented bens de capita, eta, bens intermediary, ‘dquinas e equipamentes, A eontinuidade de ume indusirializagaocoloeada nesses terms dependia de txeseimento progressivo da capaeidate para ipo, tare, portant de uma massa cescente de diviens, De onde vinkain, entretanto, estas divisas? No {ue co refere as exportagies, ona metidsemaucle iam permaneeido intacadas 8 velhas struts de Produpao, clas continuavam consstinda embers pri, ‘arios tradiconais, syjctos 8 tendencia secur da ‘leterioragao das relagses de toe, i dnguocticada pela Cepal.O setor manufatureire Ati se preweupar fam conquistar mercado externas o fazia deseguny toda a sun pradugia no mercado interne que ‘ter dizer que continuava dependenda da setor pr tio paraaabtenco des dvisaa neceasiras para rants aguisigae dos bens produeso que ce ne, essitava, Por essa via, a inddsinin, que a Cepal amunciara como alavanga do desenvaivimento ata nomo, limitava'se a modifear a relagsn de de endéncia da América Latina frente no, mercado ‘mundial, sem introduzir nela umn real elemento de superaeso ‘Aseunda fonte de diviaas eonsiste nos apart do ‘capital estrangeio, derivadosde investimentes dive Ae. tos, empréstimo, financiamentos ¢doaptes. Frente ‘uma rcsta deexportagoesrlativamentestitien, «América Latina reclamaré dos Wstados Unidos tuna generosidade semelhante& que se materialiaa. "sina Plana Marshall, coneebido em favor da recon tragaeesropeia e que representara a mobilizagan de ‘uma considerdvel ajuda, eonsistenteem eédits pa boos edeagies governamontais. A ultima tentativa séria nese sentido fora n do presidente do Brasil, SIuscelino Kubitschek, a fins dos anos cinguenta, ‘avando langara a Operagi Pan-Armericana. Mas a ‘OPA acabara cendo tuplantada pea inicativa nor te-amerieana da Aliana pairs o Progresso, com nar ado eariter assistencialistn © énfose noo inves ‘mento estrangrires privadae. ates investimentos haviam comerade a pene: trar, desde prinepioe da déeada de einquenta, 0 50: tor industrial atino-americano, ganondo forte pulio em sus segunda metade. A industrializagao esse perindo, om destaque para 0 Brasil, encon ‘rar neles wm fator de aedleragio. Completado, porém, 0 tempo de maturagao desse= investimen to, ito 6, chao o momento da obtengin real de Tcros, eles revelaram sun naturera contraditri: ‘tes heros haviam sido obtidoo no mereado inter ho, realizandose portant em moeda nacional, mae, para sor efetivos, para reincorporar-se a0 a: {timdnio da matriz estrangeira, deveriam agora fomerter-se em moeda internacional, em divizas, {ie teriam que ser subtraidas ao montante obtide Com as transagdes externas. Bm outzas palavras, 0 (que cervira para ampliar acaparidadeietportadora | dda América Latina, tomavarse agora em elemento ! ‘gues constringia Bnguanto se tratara de um mereade interno em espansto, a entrada deeapitaisenternos superou as aldas, masearando o problems. Mas 0 mereado in tarnolage encontraria o seu Kimite, As grandes mic _ragies do campo para seid, gue a mamutengo ‘dag estruturas tratlicionais de predugao provocou & ‘quo industriolizacao incentives, ae taduriram em ‘pide crescimento da nferts de mae de obra, que 2 fazia cada vez mais nadundante no setorpreduive, arabaundo por deseambar para 0 desemprego ot for ‘mas de subemprego mal diataradas no ser servi- co, Por tris dessa ineapactade da industria para {hiar emprogos — mais do que o use de tcnologias inadoquadas, como prevendia 9 Cepal, i que € riprio do progressn téenien eeanomizar mao-de ‘bra — estava a brutal superexplaragao do trabalbo ‘veal se praticav CCombinandosalaviosbixos eam aprlongseaoda jomada ea intensificagio do itm de trabalho, oc pital industeinl mobiliava mass de trabalho inf itamonte mares que as que, em eondigics not ‘mais, corresponderiam soma dedinheiroque dst nava ao seu pagamento",inabilitandose asim pax ra assimilar boa parte das nova fora de trabalho ‘que a0 incorpornvam go moteado, Pior ainda, acaba ‘vapor riar uma distribugao da venda extrema te perversa, que condenava x imensa maior da po- pulayioa niveis de consume miseraveis, ern muitae ‘aos abaixo do pedeso minime desubristencin ‘que reeteingia © moreado intarno e deacatimulava a introdupao de novas tenicas de produ. Para co pletar e quads,» preaervapio da vella estrotara igraria © eoncentragao das investiments ne i ‘stria provecaram odescompassa entre a oferta de \ alimentos w 0 erestimento urbane, empurrande os resus agricolas para cimiae desatando a infagao, | Desde princpios de década de sestenta, a Cepad (nedilea rus cares retifcando cent oe me yramente desenvolvimentista que a earacterznve, Uper sir mt olse eormas de str os nit tarde. As latassociais que marcaram a ‘cad anterior haviam jé desembocado na Revol ivcubana, queabalava ademinasaonorte-amere ‘nae semeava panieo entre as cases dominentes wcontinente, Quando co abee o cielo das ditaduras militares, © desenvolvimentiemo cepaline ‘entra francomenteem erie ‘Estas tmna vive! depois doafastamento de Pry- biseh — que, em 1963, tea Cepal pla UNCTAD, Fm 1964, Celso Furtado se empenha em demon ‘que a economia latinosmericana tende estratural rented ectagznagaaeata nao seria, portant, poveen ‘i por esta ou sola politica eran — e que as solvina Cepal — mus reeultaria da prdpria dinmice ‘as estraturas econdmieas da ragie® Em 1966, ma ‘ma refleno aabre a eeolugto reeente da Amica Latina, Anibal Pinto eanatato m forme de ums rand bunguesia industrial, altamente concentra Tigada ao sapital estrangeiry, que havi 2 dierene sudo das demais eamadas burguerse tena a operar ‘mediante pratieas monopolieas, que nia favorecam 0 a Americ Latina A princpios dos ans setnta, a teria da de vendéncia contraliza ja o debate iatelectal ty América Latins comepa aruda sua inluencn 2s andes cents do pensament norte-ameren nae europe. Asa altar, porn, cama aon "agr-se as dvergéneie que mareriam seu dese velvimento ror Arsaio prucial esta em que ‘inculad orsinariamene 8 tora dope, anova comente aang ao seni de asin Marg eva analise, bors sa concise com ones do marsismo europe, nies ratava ome ooo ‘era tants veres na Yds atone. na, de oma atitud ita, ra, anes, culina fod um movimenta aura Concbida a partir da tata trea mo seo dao quero a oorn da dependénciaeubtituira 9 visto domund qu tins Copal, marca pelo ccetiomo € peo compromiss, pela que proprcionava tora tuarsata do imperalisma. Nis estavam tds de SOREN seordoeseusintegrantes recorriam ivremente a Le- ni, a Bukdrin,2 Hilferding. Mas somenteosque ti ‘nham forma marsistae militancia pollica te va Jem diretamente de Mare para a andlise daformagao econfmicslainn-smericana, vinlando-a explicit mente a questio da Ita anticapitalita, Av diver sneias que mastem doi debilitam o movimento, le vando-oabaixara guarda antes ataques que eleva ser no periodo posterior. Endogenismo 6 neo-derenvolvimentisme Assi como golpe militar de 1964, no Brasil ree pitou acrisedodesenvolvimentisinee aby amino para nafirmago da toria da dependenco, a devrota ‘ia Unidade Popular no Chil, et, 1978,impactou ne galivamente esta tim. Vo havia uma rai dre ta para iso: se 6 verdade que ¢ Partido Comunista lnleno ra permedive ascntique ea certs teses de pendentistas, principalmente seus inteletuaisjo- ens, e também o Patida Socialist, ndo we pd ‘modo algum dizer que goscrna de Salvador Allende houvessebaseado sus cone: pean politica esa pli ‘ex ccondmica na teoria da dependéncia. Entrelanto, 8 acontevimentcs no Chile puseraim ens erise ante lectualidade latinoamerice 1a de eaquerda « essa ‘rise tondew a 50 manifestar através do questiona mento do que sparecia como a idenlogia de esquenda porexcelénca, centro dessa elaboraga critica fio México, on de se havia eoncentrado massa de intlertusis xi lados ma Amériea Latina, depais do golpe chile. Sua primeira exprossio plea se dew no Cangresse latino-Americana de Steiologis, realizado em Sao Joss da Costa Rica, ao qual no eompareeew a mio. a dos prineipais representantes dessa correnteg ‘te se converteu num verateiro juieo A tse da pendentistas ‘Nosse context, 0 trabalho mais destacado foi 9 ‘gue all apresenton 0 socilogs equatoriana Agustin (Cueva que, no eseencil,aewsava os dependents ‘de da demasiada éntase as relagdes eno nagies, ‘obsenreceno ns relagdes de claves" A enti nig ra inteiramente nova ® o tampeuoo justa. Berra ‘ques depenentistas, preceapados coms meeania toe de explorer eapitalista no plano inlernacio- nol, partiam das relagoos que as classes dominantes nacionaigestabelceiamentreclas,nomarco interes: taal, Nao s menos corte, porém, que ees 2 prenew [param com a manera camo isto aftava as relates Invernas de explorapio e, portant, de elasse "equ eontrionjram grandemente para stude da vida so lal e politica, proporcionandodho uma mateiz dis: finta da que ofeesia 0 fanciomalisma e a socilogia sistomica” ‘Come quoe que aja, ete fo sinal para que se bussaste recoleear a andlise da realidad latins sammercana desde outro ponto de vst, em que fr ‘age estava posta.no process de formagio do eaita ‘emo na regio aua dinamicaintcena. Conform se ‘assim nearrentoendogenistonde, ao lado da Cueva {o menos endogenistao ors dependentista de t- dos los, Fgura historiadores como os mexicanos Enrique Semo¢ Roger Barra, oraaiei Cyro 8. Cardoso, entre outros" Em geral, podese dizer que ‘ endogenisine representa a reagio do que chante: ‘mos de marxismo histrio, sto 6, da intelectual de vineulada acs partidos éomunistas de orientago vitica ou maosta, que havin perdido posigies nx equerda para a teoria da dependéncia, a fins dos laos sesacnta | “"O endogenisme afirmava a necssidal de ons erar o desenvolvimento da capitalism ltina-ame | cane em si, pondo de ldo — pelo menos nam pri ineiro momento — a questdo doimperialismo. Nessa perspectiva, para aanalise da forma social latino mericons, seria prieigo alerse vigorosamente a rmarcodereferénsiasestabaleeido por Marx pare oes tudedo moda de produ expitalista.Opontade par- tida para oendogenismo, poe, a acuriblaeao prim tivade capital neseas economia, aque devem seguir- se, de asordo carn oesquema de Mars, as fess ma fatureira «abr, num processo que se entrelogae se rica com autos mato de predugio que preexia tem a0 eapitalismo, © impeializmo constituiria uma varidvel ser introdusid export, wma vex entendida ‘a pecullaridade da formagao social esta |___ALreside o principal ponto de ruptura com o eto ‘queda dependéneia,a que, pora eto, «coutibigao A eoonomiacapitalsta dependonta éinsopardvel do |proceaso mundial que enjendrs 0 imperialisme. Por hima evidente confi entee 0 con- ‘rita de oso de produ, no plang om que Marx si ta sua anion, ¢o encelto dformagaososal, Isso condua ao dogmatism e gera difculdades de toda sorte, como a exigéncia de encontrar correspond ‘as entre neaquema de desenvolvimento do capi: Tiemo, ao modo de Marx, eo desenvolvimento hist ‘o-conereto de economies nacinni, querer im peta do procesahistric do capitaliemo mandial [Numa fermage social, mesmo s mais deaenvalvi «4s, omedo de produesodéminante coxistecum rel i «es de produgio de outranatureza, qe le refane. Shatin som dosirair inteiramente, Mas, ainda na ‘onemia mundial engendrada pelo epitalismo,e {eroarticala com ontr modos de proto, que a aresseimnize om otras foreafsmch eueseta ronaormaddr (om ibn exer ai val de formaga social, gragas sobretudo ao doe Temenos eaptaistas que nea existam. £0 caso, Sorexemplo da mannfatra brasileira, cua poss Iigadededesenvavinento alm de himitadapela prepmnderdnea de relays de prvtuo no capitae Teer noperodo-— Scart plo Estado, no séulo XVII, pora stander aos interesses da manvfatara inglesa. ‘Deiuar delovarem conta ayo de wma formacio social sre otra pode provera tam erro de itiee quando eenfoes desenvolvimento de omo dela, Aoi, em eli a aeumlag origins, ¢ ‘oveadni dicing enna que se realira por pa fre capitalism central, nos séculos XVI XVI 0a TT. e6oulo XIX, atonde as exigéncias do nascente

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