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Literatura - Anlise literria

BALADA DE LOUCOS
Mudos atalhos afora, na soturnidade de alta noite, eu e ela caminhvamos.
Eu, no calabouo sinistro de uma dor absurda, como de feras devorando entranhas, sentindo uma
sensibilidade atroz morderme, dilacerar-me
Ela, transfigurada por tremenda alienao, louca, rezando e soluando baixinho rezas brbaras
Eu e ela, ela eu! - ambos etucinedos. loucos, na sensao indita de uma dor jamais experimentada
A pouco e pouco - dois exilados personagens do Nada - parvamos no caminho solitrio, cogitando o
rumo, como, quando se leva a enterrar algum, as paradas rtmicas do esquife ..
Eram em torno paisagens tristes, torvas, rvores esgalhadas nervosamente, epileticamente - espectros de
esquecimento e de tdio, braos mltiplos e vos sem apertar nunca outros braos amados!
Em cima, na eloqncia lacrimal do cu, 'uma lua de ltimos suspiros, morta, agoniadamente morta,
sonhadora e niilista cabea de Cristo de cabelos empastados nos lvidos suores e no sangue negro e
esverdeado das letais gangrenas.
Eu e ela caminhvamos nos despedaamentos da Angstia, sem que o mundo nos visse e se apiedasse,
como duas Chagas obscuras mascaradas na noite.
Longe, sob a galvanizao espectral do luar, corria uma lngua verde de oceano, como a orla de um
eclipse...
(Cruz e Sousa, Evocaes)
Trabalho avaliativo:
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