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Hernandez Cae Ce Ca eed CRC ic urd Os novos pensadores da educacao 06 siltimos anos, ‘um tema invadiu a agenda de pro- fesores, orientadores,diretores, secretirios e ministres da Educagao: renovar a escola, o que para muitos sig- nifica reinventé-la, Reforma passom a ser a palavra de ordem, principalmente na América Latina e na Europa. Os deba tes, alem de deixar claro que a mudanca &mesmo necessiria, seviram para jogar luz sobre pesquisadores que vem se de- dicando.a buscarcaminhos para adaptar a realidade escolar aos novos tempos. No Brasil, seis nomes ganharam espe- cial destaque: o frane@s Edgar Morin, 0 suuigo Philippe Perrenoud, os espanhéis César Coll e Femando Hemndez, 0 portugués Ant6nio Névoa e o colombia: no Bemardo Toro. Mas vocé sabe que teorias e idéias eles defendem? Nas proximas paginas, vamos apre- sentar um poucodo trabalho intelectual que eles propdem. Em comum, todos ccarregam o fato de ser “autores de suces- so”. Seu prestigio reside, em boa parte, nos livros publicados sobre temas pon- tuais. Diferentemente dos grandes papas da educagio, como Jean Piaget, Paulo SNe Freire ou Emilia Ferreiro, esses autores de vanguarda nao tém a pretensio de fa zerdescobertas geniais. O “negécio” de. les € reprocessar idias ja largamente di- fundidas (e aceitas) e apresenté-lasmuma linguagem fécil, objetiva e coetente com as necessidades atuais, Coll, por exemplo, parti das idéias de Piaget para escrever sobre curciculo. Perenoudd desenvolveu 0 conceito de competéncias ~ que o tormou um fend- meno editorial - depois de estudar, entre outros, os ensinamentos de Freire. ‘Toro ganhou fama ao definir as x bre as quais todo estdante deve cons truir no 6 0 aprendizado, mas a vida Morin, 0 mais idoso da turma, vem hé algnmas décadis aprimorando a ch da teoria da complexidade. Novos, dedi case a bater na tecla da formacao profis sional. E Heméndez mesclou varias teo para difuundir os beneficios de se tra- har com projetos dicticos. Eles tém enorme capacidade de sin tese”, diz Sérgio Antonio da Silva Leite pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “E tem tam. bém o mérito de expor suas idéias no nomento de tedefinigao do papel da c bases so- escola’, completa Ana Rosa Abreu consultora do Ministério da Educacao. Conhecer esses seis autores € funda ‘mental para manter-se atualizado e, so- bretudo, refleti sobre os problemas de sala de aula. “Nao espere encontrar, nos livtos, solugdes prontas para o dia dia, Blas $6 surgem com uma interpre- tagdo da leitura apoiada na experiéneia pessoal”, explica Ana Rosa Luciola Licfnio de Castro Paixto Santos, doutora em Formagio de Pro- fessores pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca outa caracteristica com dores: textos de fécil compreensio. “Tal- ez esse seja um dos motivos para 0 0 Brasil.” Agora Ea suavez. Afinal, como vocé ji cansou de ouvir, as novidades teenolégicas sur- gem a toda hora, o mercado de trabalho anda exigente (com os professores com 05 alunos), 2 sociedade reavalia lores dia apés dia, entio é impe nitivo aperfeigoara diditica. Conhecen- do as propostas de Morin, Coll, Her- nindez, Perrenoud, Novoa e Toro voce certamente vai estar mais preparado pa- ra superar esse desafio. © 105 loves pensa ‘enorme sticesso deles scosrazmm + Nowa Econ 19, eformar 0 pensa- mento. Essa € a proposta de Edgar Mo- rin, estudioso frances que passou a vida discutindo gran- des temas. Pai da teoria da complexi dade, minuciosamente explicada nos quatro livros da série O Método, cle defende a interligacao de todos os co- nhecimentos, combate 0 redicionis mo instalado em nossa sociedade e va. loriza 0 complexo A palava complexidade pode, de inicio, causar estranhamento, O ser humano tende a afastar tudo o que é (ou parece] complicado, Morin prega que se faga, com urgéneia, uma modi ficagzo nessa forma de pensar. “Sé as sim vamos compreender que a simpli- ficagio nao exprime a unidade ¢ a di- versidade presentes no todo”, define o estudioso. Exemplo: 0 funciondria de uma fabrica de automoveis € capaz de fazer uma pega essencial para o fun- cionamento de um veiculo, mas nao chega sozinho ao produto final. E:im- portante ressaltar que Morin no con- dena a especializagao, mas sim a perda da visio geral. Na educacao, o francés mantém a eséncia de sua teoria. Ele véa sala de aula como um fenémeno complexo, 20. Nowa cota ~ acosto 202 que abriga uma diversidade de ani mes, culttras, classes sociais ¢ econ6. micas, sentimentos... Um espago he- tetogeneo e, por isso, 0 lugar ideal pa ra iniciar essa reforma da mentalidade que ele prega. Izabel Gristina Petra glia, pésdoutorada em Transdiscipli. naridade © Complexidade na des Hautes Etudes en Sciences Socia les, em Paris, diz que as idéias de Mo: rin para a sala de aula tém tudo a ver com 0 atial imperativo de a e zet sentido para o estudant dese mais Histéria e Geogr viagem porque € mais facil compre der quando o contedido faz parte de um contexto.” No livio Edgar Morin, Ieabel afirma que no mundo todo 0 curricula esco: lar é mfnimo e fragmentado. Para ela essa estrutura nao oferece a visio geral eas disciplinas nao se complementar nem se integram, dificultando a pers pectiva global que favorece a aprendi zagem. “O conjunto beneficia 0 ensi no porque o aluno busca relacdes para entender, Sé quando sai da disciplina € consegue contextualizar é que ele vé ligagao com a vida, Aescola, a exemplo da sociedade, se fragmentou em busca da especializa cio. Primeiro, dividiu os saberes em icole cola fa Apren: ‘A Cabeca Bem Feta, Edgar Mc, 28 pig, Eo, Berard Bash, tol (0. 21) 2805-2070, 21,50 eas Edgar Moin label Cristina Potent, 120 pags, Ed Vezos, tel (0_ 24 20889000, 128 Edgar Mori: ica, Cura ce ducaci, Aled Pana, ‘lade Pita § 50 meta 8 label Crisna Petaga os). ‘T pips, Ea. Cortez tol (0__11)s8640111, 18s (Os Sete Saberes NecesiosaEducagio do Futuro, EdgarMern, 118 pigs, Ed Corer, 151eais Internet ‘Viuaize um mode de ed cada 200 ess Uses sao nese dreas ¢, dentto delas, priorizou alguns contetidos, Para que as idias de Morin sejam implementadas, é necessirio re- formular essa estrutura, uma tarefa complicada. “t: dificil romper uma li- nha de raciocinio cultivada por varias geracdes", explica Ulisses Araujo, dou- tor em Psicologia Escolar e professor da Faculdade de Edueagio da. Uni: camp. Mas € perfeitamente possivel Um bom exemplo € pedir que os alu- nos usem um s6 cademno para todas as disciplinas. Isso acaba com a hierar- quia que muitas vezes existe entre as imatérias € mostra que nenhuma é mais importante que as outras. “Na verdad todas estdo interligadas © so depen. dentes entre si”, completa Araujo. socidlogo suico Philippe Perre- noud € um dos novos autores mais lidos no Brasil. Com nove titulos publicados em portugués, vende nos sltimos trés anos ‘mais de 80 mil exemplares. O principal motivo do suceso é 0 fato de ele dls- correr, de forma clara e explicativa, so- bre temas complexos ¢ atuais, como formacao, avaliacao, pedagogia dife- renciada ¢, principalmente, 0 desen- volvimento de nicias Esse 6 um dos pontos mais reconhe- cides de seu trabalho. °C a faculdade de mobilizar um conjanto de recursos cognitivos (saberes, capaci- dades, informagies ete.) para solucio- nar uma série de situagdes”, explica ele. “Localizar-se muma cidade desco- nhecida, por exemplo, mobiliza as pacidades de ler um mapa, pedir infor- ‘magbes; mais os saberes de referéncias geogrificas e de escala” A descricio de cada competéncia, diz, deve partir da anilise de situagoes especificas Aabordagem por competéncia tam- bém € utilizada quando Perrenoud fixa objetivos na formacao profisional. No livro 10 Novas Competéncias para Ensi- nar, ele relaciona 0 que é imprescind- vel saber para ensinar bem nama socie- que o conhecimento esti ca- ais acessivel npeténcia € Organizar e dirigir situagdes de aprendizagem: Administrar a progressdo das aprendiza Conceber e fazer evoluir os Aispositivos de diferenciagao; Envolver 0s alunos em suas aprendizagens ¢ em seu trabalho; Trabalhar em equipe; Participar da administragao escolar Informar e envolver os pais Utilizar novas teenologiass Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissio: Administrar a propria formacio; ms; “Ele trouxe definitivamente & berlin daadiscusio do profisionalismo”, res salta Suzana Moreira, coordenadora pe- dagigica da Escola Projeto Vida, res- Ponsivel por cursos de capacitacao nas redes priblica ¢ particular. Nesse traba tho, ela incentiva a postura reflexiva destacada por Perrenoud. Numa pri- meira etapa, Suzana assiste a algu mas aulas. Em seguida, conversa questione a propria atuacio. “Sé depois de um € acertos, eu passo os referenciais tedrieos. Todos tém 0 direito de reflexio sobre erros enna para evolu.” Perrenoud auxilia nessa tarefa ao levanlar as grandes dificulds- des encontradas por quem assume uma salz de aula, Quando escre- veu sobre a comunieagio entre alu- no € professor, por exemplo, ele fez ‘um levantamento para saber 0 que 0 segundo anotava nos cademos ¢ bole- tins dos primeiros. Pediu também, nas centrevistas com os colegas, uma lista de observagBes sobre o que se perde quart cicna. Ao combinar essas informagées, chegou a 11 dilemas sobre 0 assunto, como “Deixar falar ou fazer ficar quie- t ‘omo fazer justica, sem interfe- rir nas regras do jogo social?” “Embora no aponte a solugao, ele lem 0 meérito de identificar os problemas”, afirma Li. no de Macedo, do Instituto de Psicolo gia da Universidade de Sio Paulo, YO Novas Competncias para Ensinar, Pri Peron 102 Fe. 3. Armed 1 Prati eflexia no Oi de Frofesor Profisinalizaine Rado Pedagnc, Ea Armed) 52a As Competéncis para ExsinarnoSéculo YX Philip Prrenoude Morea Gator Thre 176s. £4 Armed, 2 reais Enna Ag argent Deira incerta, Pipes Pereroud 208 ge, Es Atmed, 2 els acosroi “Nova ECOWA 24 debates sobre a reforma educacional brasileira, em meados ds anos 1990, icon de- cidido que o modelo para ‘as mudangas seria o imple- mentado na Espanha sob a coordena- lo de César Coll Salvador, da Univer- sidade de Barcelona. Das discussées no MEE, das quais Coll participou como Curriculares Nacionais, Desde entio, as idéias dese pensador, que id haviam chamado a atengo de algumas escolas de Sio Paulo, passiram a influenciar to- daa nossa rede de ensino. A principal dels é a necessidade de uum piano curricular que satisfaca, de formaarticulada, todos os niveis do fan- cionamentode usa escola ~cfoi divul gada pela primeira vez no livro Psicolo- pode separar 0 que cabe ao professor — as aulas— do que é responsabilidade dos alunos ~o conhecimento prévio e aati- Vidade. A familia e outras instituigdes que fazem parte desse universo tam- bem precisam se fazer presentes. que a crianga atinja os objetivos finals de cada unidade didatica, temos antes de identificar 0s fatos, eonceitos ¢ prin cipios que serdo propostos; os procedi- mas ¢ atitudes indispensiveis", afirma Nao ¢ tarefa facil. Por isso, ele destaca que, em muitos casos, os profissionais dependem de uma formagao melhor antes de assumi-ta, ‘Seu maior merito € 0 de reunir de forma harmonica idéias consagradas de grandes te6ricos”, diz. Zélia Cavalcanti, que traballia na Escola da Vila, em Sao Paulo, ¢ organizou o primeiro seming- Fio de espanhol em nosso pats. Inspira- do em Jean Piaget, Coll orienta todo seu pensamento numa concepeao construtivista de ensino-aprendizagem. A prioridade € 0 que aluno aprende, nao 0 que o professor ensina, "Ou seja, » foco principal sai dos contetidos para a maneira de passar a informagao de forma a garantir que ocorra a aprendi- explica Zélia Em entrevistas ¢ palestras, Coll sem- pre enfatizaa importineia de contextua- lizar esse novo curriculo. “Se 0 coniexi- do trabalhiado tiver relagao com a vida do aluno, 0 éxito seré maior”, ensina 22 Neva scota - acosto.ze Sylvia Gouvéa, do Conselho Nacional de Educagao. O filme Nenfum a Me nos, do ditetor chinés Zhang Yimou, apresenta algumas cenas bem em blematicas. Bagunceiros € sem atengio enquanio a professera sé copia a matéria no quadro-negro, 6s estudantes mudam de com- portamento quando desafiados a resolverum problema real. Na historia, ambientada na dea ru- ral da China, todos calculam quantas pilhas de tijolos sto ne- cessirias para obter 0 dinheiro necessério para comprar uma passigem de dnibus até a cidade ‘0 novo curriculo proposo por Coll contempla ainda os temas transversais, que devem. estar pre- sentes em todas as disciplinas e séries da Educagdo Basica. O ideal, acredita ele, € queaulase explicagées sobre sat de, sexualidade ou meio ambiente este- jam totalmente integradas a0 diaa-dia Pode parecer complexo, mas € simples. Basta colocar as conversas sobre ali mentagao saudavel, reciclagem, pre~ vencdo de doencas sexualmente trans missiveis e a importancia do saneamen: to bisico, entre tantos assuntos, na pau ta de todos os professores. Ensino,prendiagem e Discurso Sala de Aula Car Cot, 22 Psicologa e Cuncul, Cisar Con 200 pgs Ed. Aa tel 080 115182 2350s Fiimogreia Nerina Mencs (Not One Less) China, 1289, 100mn, diego de Znang tal (0-11) 5508-9800 i ian a i a a a a EN elon) Peete te eect td Psicologia e Ciéncias da Educagio da Universidade de Lisboa erred Cree dos profissionais da érea escolar émanter-se atualizado sobre as novas metodologias de ensinoe pene eter eee a eee eed racy ete mrt ic Cregeen anet erny Erect Veen enact car cg Pere cree) Pee tttey Nokes reforma educacional tem valor se a formagdo de docentes nfo for encarada como prioridade. O portugués An tinio Névon traz para 0 foco a diseus sio sobre a qualificzgio profssional, ao reunir artigos de autores que refletern sobre oassuinto. Com isso, cria uma b se te6rica € uma nova concepelo, na avaliagio de Sérgio Antonio di Silva Leite, da Faculdade de Educagio da Unicamp. “Novoa quebra a idéia de bem € preciso ter vo- cagao sacerdotal”, diz Ele chegou a esas conclusées mer gulhando em pesquisas, que foram transformadas em livros, Num deles, Vidas de Projessores, h4 uma série de éstudos sobre histéria do oficio e mu tos questionamentos sobre 0 desenvol vimento da carreira. Por que determi- nado profissional é engajado e outros nao? Por que © como se transformou em uma pessoa assim? O que aconte cott na vida dele? Com base nessas re flexdes, 0 catedratico da Universidade de Lisboa ajuda a entender, do ponto de vista cientifico ¢ sem aquele velho alhar romantied quem decide ensinar (© que acontece com ‘O aprender contimno € essencial e se concentra em dois pilares: a propria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional per- manente”, diz Névoa. Um raciocinio que se opée 4 idéia tradicional de que a jormagdo continuada se dé apenas por decisio individual — e em acdes solitarias. Para ele, esse trabalho é cole- tivo e depende da experiéncia e da re- flexdo como instrumentos continuos de anilise. For isso, diz, temos de exer citar o que vivemos. O ideal, assim, se- ia dispor de um programa de forma- professores pudessem se dedicar a for- magio sem depender dos salérios. “De- ce haver um reconhecimento de que a formagio é tio importante quanto seu exercicio”, endossa Leite Carlos Garcia, um dos pensadores em que Névoa se inspira em suas pes- quisas, acredita que o desenvolvimento Profissional corresponde ao curso supe- rior somado ao conhecimento acumu- lado ao longo da vida. Essa teoria der- mba acrenga de que um bom docente se faz. em tniversidades conceituadas. “Uma boa graduagio é necesséria, mas nao basta”, garante Leite. “E essencial atualizarse sempre.” ‘Quer saber mais? Profs Professor, ‘niin Novo (org 182 pigs., Porto, 68.2906 Vids de Professors 2i6paes. Ea Poca ee ea A tese de Novoa deixa mais claro por que nao se deve separar a teoria da pritica. O Centro de Aperfeigoamen: to dos Profissionais de Educagao, 6r gio responsével pela politica de for- magao da Secretaria Municipal de Belo Horizonte, estruturou seu pro- grama de aperfeigoamento de docen- tes nas teorias do estudioso portugues Ele garante aos profissionais da rede 0 acesso a agbes formativas e faz desse direito um instrumento de valoriza- Gio. “Cada um de nés constr6i 0 co nhecimento a medida que trabalha ¢ por isso, qualquer plano de estudo de- ve serfeito no interior da escola, onde se desenvolve a pritica’, conclui Au- rea Regina Damasceno, mestre em Educagao pela UFMG. ‘Acoso. 2002 - Nova SCOLA 23 cite a aii ii NN i i tll por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa € a principal proposta do ecuucador espanhol Fer: nando Heméndez. Ele se bar seia nas idéias de John Dewey 1859-1952 americano que defendia a relacao da vie da com a sociedad fins e da teoria com a pritica. Heman- dez pe em xeque a forma atual de ensi- nar. “Comecei a me questionar em 1982, quando uma colega me apresen- tou a um grupo de docentes”, lembra es no sabiam se os alunos estava de falo aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para res- ponder a essa inquietacao, descobrimos que 0 melhor jeito € organizar 0 curi- culo por projetos didaticos.” O modelo abandone o papel de “trans contetidos” para se thansformar num pesguisador. O aluno, por sua vez, pas- sa de receptor passivo a sujeito do pre filésofo © pedagogo norte- > docente issor de cesse. E importante entender que ngo ha um método a seguir, mas uma série de condigées a tespeitae. O primeira 24 Nova Escoua + acosro.2002 calha pode ser feita partindo de uma sugestio do mestre ou da garotada. “Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se nha uma diivida inicial e ce a pesquisat e buscar evidencias so bre o assunto’, diz. Herndndez. Cabe av educador saber aonde quer chegar. “Estabelecer um objetivo ¢ exi 9 nosso papel”, afirma Josca Ailine Baroukh, assistente de coordenagiio da a da Escola Vera Gruz, em Sio Paulo. Por isso, Herndin dezaleria que nao basta o tema ser “do gosto” dos alunos. Se nao despertar a curiosidade por novos conhecimentos, nada feito. “Se fosse esse 6 caso, ligaria mos a televiso mum canal de desenhos animados”, explica. Por isso, uma ela- pa importante é a de levantamento de diividas e definicao de objetivos de aprendizagem, O projeto avanga & medida que as perguntas sfo respondidas ¢ o ideal é fazer anotagdes para compara erros e isso vale para alunos e profes sores porque facilita a tomada de deci- bes. Todo 0 tabalho deve estar alice: alo nos contetidos pré-definides pela acertos Tansgresioe Modanara ducao, Fernand Meta, 52 pgs, Ed Armed, 8 oan0 7003 escola e pode (oundo) ser interdiscipli- nar. Antes, defina os problemas a resol- ver. Depois, eseclha a's) diseiplina(s) Nunea o inverso. A conelusto pode set uma exposigdo, um relatério ou qual- quer outra forma de expresso. Para Cristina Cabral, supersisora escolar da rede piibliea, a proposta é excclente, mas € preciso tomar cuidado porque nada acontece por aeaso. “O tratamen to diditico ¢ essencial ao longo do pro- ceess0", destaca, F; importante ainda frisar que ha muitas maneiras de garantir a aprendi- zagem. Os proje las. “T, bom e € necessério que os estu- antes tenham aulas expositivas, parti- cipem de seminirios, trabalhem em grupos e individualmente, on seja, es tudem em diferentes situagdes”, expli- ca Heméndez. Vera Grellet, psicéloga e coordenadora de projetos da Redeen- sinar, coneorda, “O eurriculo tradicio- nal afista as criangas do mundo real. A proposta dele promove essa aproxima- G40, com excelentes resultados.” ma larga _expe- riéneia como ati- vista social conferiu a Bernardo Toro uma atuacdo com marcante viGs educacional. “A es- cola tem a obrigagao de formar jovens capazes de etiar, em cooperagao com os demais, tuma'ordem social na qual todos pos- sam viver com dignidade”, firma o in- telectual colombiano. “Para que scja eficiente e ganhe sentido, a educago deve servir 4 um projeto como um todo.” Por iso, ele defende que aprioridade seja o convivio na de- mocracia, cuja base é a tolerancia. Partindo de sua visto sobre as reali- dades social, cultural e econdmica, To- ro claborou uma lista onde identifica as sete competéncias que considera ne- cessdrias desenvolver nas criangas e jo- vvens para que eles tenham uma partici pagio mais produtiva no século 21 S30 os Cédigos da Modemida la sociedade ide: Dominio da leitura e da escrita Capacidade de fazer eéleulos e resolver problemas; Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos ¢ situagoes; Capacidade de compreender eatuar em seu entorno social; Receber criticamente os meios de comunieagio Capacidade de localizar, acessar usar melhor a informagio acumulada; Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo. ‘Quando diz que saber inteagir ext camente com 0s meios de comuunicagio € uma das competéncia: fundamentais, Toro sinaliza para a importancia de que as novas geragdes tenham uma postira critica frente & programago da TV”, exemplifica Liicia Dellagnelo, da Fun- dagio Mauricio Sirotsky, doutora. em Edueacio pela Universidade de Har- vard. Recentemente, o intelectual acrescentou uma oitava capacidade & sui relagao:a de desenvolver uma men talidade internacional. “Quando 0 jo- vem chegar idade adulta, seu campo de atuagao sera o mundo”, justfiea ‘Sua principal contribnico & cons ruir uma ponte entre o mundo real, is- to €,0 das sociedades modemas em constante transformacao, ¢ ‘© mundo da escola, que ten diante de sia tarefa de formar 08 cidadios”, avalia a profes sora Laicia, Toro valoriza também o que ch: ber social, um conjunto de conhecimentos, priticas, valores, habilidades e tradi- des que possibilitam a nstrugdo das sociedades € garantem as quatro tarefas basicas da vida: cuidar da sobrevivéncia, organizar as condig&es para conviver, ser capaz de produzir 0 que ne- cessit de vida. A escola, assim, € ape- nas um dos ambientes em que ‘corre aprendizagem. A familia, (8 amigos, a igreja, os meios de co- municago as empresas so outras importantes fontes de conhecimento para os individuos. Mobilizar, con- forme sua definigio, € convocar vontades para atuar na busca de uum propésito comurn, sob uma in- terpretacdo e um sentido também, compartilhados. 8 € criar tim sentido, oj 8 Cees da Moderidade do Bernardo Tor ne Sitedo Profesor: Acosto.zm « NovaEson 25

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