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TUITEIRA
Marina conta a seguidores até hábitos alimentares
No Brasil, o Twitter tem cinco milhões de usuários. Ou seja, há tuiteiros para eleger
deputados, senadores e governadores. Embora a ministra Dilma Rousseff ainda esteja
fora desta febre mundial, o PT já investiu alto na internet. Foram R$ 500 mil em
equipamentos para um estúdio de rádio e webtv na sede nacional do partido para
alimentar o “supersite” da candidata. Os tucanos contam com um dos políticos mais
tuiteiros como candidato – a estimativa é de que Serra alcance 500 mil seguidores antes
da eleição. Essa meta será estimulada pelo site “Mobiliza PSDB”. O pré-candidato do
PSB, Ciro Gomes, tem dois perfis no Twitter, um com 2.500 e outro, de campanha, com
679 seguidores. O PV espera compensar na internet o prejuízo de só ter dois minutos
diários no rádio e na tevê. Os 170 milhões de usuários de celulares no País também
estão na mira dos partidos, depois do sucesso da campanha do presidente Barack
Obama, que arrecadou milhões pela internet usando o torpedo como ferramenta auxiliar
de doações. Apesar do entusiasmo dos partidos, os especialistas são céticos quanto ao
sucesso deste palanque digital.
“O poder do Twitter não é de angariar votos, pois muitos dos seguidores já são
apoiadores”, afirma Moriael Paiva, diretor da Talk Interactive, empresa
especializada em conteúdo para internet. “Essas ferramentas não são plataformas
fundamentais para a vitória de um candidato”, concorda o consultor de marketing
eleitoral Carlos Manhanelli. “Pode não trazer votos, mas funciona como multiplicador do
discurso”, diz Eduardo Graeff, da comunicação do PSDB. O Twitter, porém, aumenta os
riscos. O senador Aloizio Mercadante (PTSP), no ano passado, na crise que quase
derrubou José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado, anunciou no Twitter que
sua renúncia da liderança do PT no Senado era “irrevogável”, mas depois atendeu ao
pedido do Palácio do Planalto e ficou no cargo. O vexame virou exemplo. Ao contrário.