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Uma boa preparação histológica se inicia com o uso correto das técnicas de obtenção do
material. Os cuidados devem ser observados já no sacrifício dos animais de laboratório
para o estudo histológico de seus tecidos. Em se tratando de animais de laboratório o
sacrifício pode ser obtido através de técnicas como, traumatismo brusco, intoxicação
(overdose de anestésico) e perfusão/imersão.
Objetivos da fixação
Usando anestesia profunda, em ratos e camundongos por exemplo, uma técnica que
resulta em boas preparações consiste na perfusão cardíaca. Este método simula o
funcionamento do sistema circulatório, uma vez que injeta os vasos do espécime com
soluções químicas e perfunde os tecidos. O processo consiste inicialmente na retirada da
circulação sanguínea através de lavagem feita com uma solução salina de pH neutro.
Posteriormente, processa-se então a fixação através da injeção de solução fixadora. Em
ambos os casos, as soluções são impulsionadas nos vasos através de tubos que se
conectam à uma bomba peristáltica e à um grande vaso do animal a ser perfundido, com
o arco aórtico por exemplo. Neste ponto, é importante regular a pressão de injeção da
solução, que não pode exceder a pressão do sangue, pois de outro modo, artefatos por
fixação são produzidos. Outro fator importantíssimo para que a técnica da perfusão seja
bem sucedida é a ausência de sangue coagulado nos vasos. Para evitar esse imprevisto, é
conveniente administrar heparina diluída a 1:50 (Liquenine) ao animal 10 minutos antes
da etapa de sacrifício. A filtração criteriosa das soluções também é um cuidado que
evita a obstrução dos pequenos vasos e o consequente iimpedimento do fluxo da
solução através dos tecidos.
Além da perfusão cardíaca, pode-se também recorrer à fixação por imersão, ainda muito
utilizada. O volume de fixador empregado deve ser 15 a 20 vezes maior que o volume
do fragmento de tecido a ser fixado. O fixador inicia a sua ação da periferia para o
centro do material. As porções periféricas do material são primeiramente fixadas em
relação as suas porções mais internas. A boa penetração de qualquer fixador está
diretamente relacionada ao tamanho e espessura do material. Entretanto, de acordo com
o tipo de tecido, com a fixação de um encéfalo, por exemplo, a fixação por imersão
seria um método condenável, devido à dificuldade de penetração da solução. Para estes
casos sugere-se recorrer ao método da perfusão.
Protocolo Soluções
Objetivos
A inclusão pode ser feita utilizando a parafina (mais comumente usada) e as resinas
plásticas, como o glicol metacrilato. Após a fixação com as soluções aquosas de
glutaraldeído ou formalina, os tecidos devem ser desidratados, uma vez que a água
presente nos tecidos não é miscível em substancias apolares como a parafina e as resinas
de inclusão. A desidratação será feita através de imersão numa bateria de soluções
alcoólicas em concentrações graduais e crescentes. A graduação pode ser iniciada, se
necessário, a partir de 50% e terminando finalmente em álcool absoluto. A graduação
nas concentrações é imprescindível para que ocorra a desidratação homogênia dos
tecidos, evitando que ocorram danos na estrutura tecidual.
COLORAÇÃO
Objetivo da coloração
Após a coloração as lâminas são montadas ou seja, os fragmentos são protegidos pela
cobertura com lamínulas de vidro. Esta é colada na lâmina através de substâncias
selantes como por exemplo o Entellan. Após a secagem, as lâminas podem ser
observadas ao microscópio de luz.