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Índice
Introdução .......................................................................................................................... 3
Biografia de Kant ................................................................................................................. 4
Biografia de Mill .................................................................................................................. 5
Filosofia e Ética de Kant ....................................................................................................... 6
Filosofia e Ética de Mill ........................................................................................................ 1
Utilitarismo de Stuart Mill ......................................................................................................... 2
Hedonismo ............................................................................................................................ 3
A utilidade como critério da moralidade.......................................................................... 5
O consequencialismo ................................................................................................... 6
Conclusão............................................................................................................................ 1
Bibliografia/Webgrafia ........................................................................................................ 4
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Introdução
Neste trabalho propusemo-nos a falar sobre dois grandes filósofos: Immanuel
Kant e John Stuart Mill. Ambos foram muito influentes pelas teorias filosóficas que
apresentaram.
O que vamos apresentar aqui é a vida de cada um deles, observando que tiveram
uma vida de trabalho árduo, a Filosofia de cada um e, por fim, a Ética deles.
Utilitarismo…
Deontologia…
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Biografia de Kant
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O que é agir por dever? Agir por dever é agir em função da reverência pela lei
moral. A maneira de testar se estamos a agir assim é procurar a máxima, ou princípio,
com base na qual agimos, isto é, o imperativo ao qual as nossas acções se conformam.
Há dois tipos de imperativos: os hipotéticos e os categóricos. O imperativo hipotético
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afirma o seguinte: se quisermos atingir determinado fim, age desta ou daquela maneira.
O imperativo categórico diz o seguinte: independentemente do fim que desejamos
atingir, age desta ou daquela maneira. Há muitos imperativos hipotéticos porque há
muitos fins diferentes que os seres humanos podem propor-se alcançar. Há um só
imperativo categórico, que é o seguinte: "Age apenas de acordo com uma máxima que
possas querer que se torne uma lei universal".
Kant ilustra este princípio com vários exemplos, dos quais podemos mencionar
dois. O primeiro é este: tendo ficado sem fundos, posso cair na tentação de pedir
dinheiro emprestado, apesar de saber que não serei capaz de o devolver. Estou a agir
segundo a máxima "Sempre que pensar que tenho pouco dinheiro, peço dinheiro
emprestado e prometo pagá-lo, apesar de saber que nunca o devolverei". Não posso
querer que toda a gente aja segundo esta máxima, pois, nesse caso, toda a instituição
da promessa sucumbiria. Assim, pedir dinheiro emprestado nestas circunstâncias
violaria o imperativo categórico.
Um segundo exemplo é este: uma pessoa que esteja bem na vida e a quem
alguém em dificuldades peça ajuda pode cair na tentação de responder "Que me
interessa isso? Que todos sejam tão felizes quanto os céus quiserem ou quanto o
conseguirem; não o prejudicarei, mas também não o ajudo". Esta pessoa não pode
querer que esta máxima seja universalizada porque pode surgir uma situação na qual
ela própria precise do amor e da simpatia de outras.
Nem todos os exemplos de Kant são convincentes. Ele defende, por exemplo,
que o imperativo categórico exclui o suicídio. Mas, por mais que o suicídio seja um mal,
nada há de contraditório na perspectiva do suicídio universal. Uma pessoa
suficientemente desesperada pode considerá-lo um fim a desejar piedosamente.
Como ser humano, afirma Kant, não sou apenas um fim em mim mesmo, sou
um membro do reino dos fins, uma associação de seres racionais sob leis comuns a
todos. A minha vontade, como se disse, é racional na medida em que as suas máximas
possam transformar-se em leis universais. A conversa desta afirmação diz que a lei
universal é a lei feita por vontades racionais como a minha. Um ser racional "só está
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sujeito a leis feitas por si mesmo e que, no entanto, sejam universais". No reino dos
fins, todos somos igualmente legisladores e súbditos.
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"O credo que aceita a utilidade, ou Princípio da Maior Felicidade, como fundamento da
moralidade, defende que as acções estão certas na medida em que tendem a promover
a felicidade, e erradas na medida em que tendem a produzir o reverso da felicidade. Por
felicidade, entende-se o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a privação
de prazer."
É Segundo este critério que toda a acção útil se torna legítima. Todavia, a
felicidade alcançada não faz do critério moral utilitarista um critério fomentador do
egoísmo. Os prazeres espirituais são os que, segundo Mill, proporcionam a verdadeira
felicidade. Com efeito, a oral utilitarista não exclui o altruísmo e a dedicação ao outro.
Segundo a ética utilitarista, o princípio da maior felicidade estabelece que as
acções praticadas devem ser capazes de trazer a máxima felicidade para o maior
número possível de indivíduos. Ora, a máxima felicidade para todos (humanidade)
surge como o objectivo principal da filosofia utilitarista.
O consequencialismo
A concepção utilitarista da moralidade faz depender a moralidade das acções
das suas consequências: se o resultado de uma acção for favorável ao maior número,
então a acção será moralmente correcta e moralmente incorrecta se os resultados não
forem positivos para a maioria. Independentemente do que se tenha praticado, o valor
da acção estará sempre nas vantagens que foi capaz de trazer ou na (s) consequência
(s) da sua concretização.
Criticando a perspectiva kantiana, Stuart Mill manifesta a sua desconfiança
face à importância atribuída ao motivo da acção em detrimento das consequências da
acção.
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Conclusão
As éticas de Kant e de Mill são diferentes, logo podemos fazer uma distinção
entre elas. Kant defendia que uma acção é correcta ou incorrecta consoante a máxima
que o levou a agir. Mill é um consequencialista, ao contrário de Kant que é um não
consequencialista. Ou seja, o pensamento de cada um deles em relação à ética é
completamente oposto.
Para compreendermos melhor as duas éticas é necessário fazer a distinção
entre intenção e motivo. Uma intenção é o que queremos fazer e um motivo é,
geralmente, a razão pela qual queremos fazê-lo. Consideremos o seguinte exemplo:
“Uma pessoa está a afogar-se num lago, e outra salva-a apenas para poder continuar a
tortura-la.” Tanto Mill como Kant não estariam de acordo com a acção. Mill diria que a
acção é má, porque a intenção do agente é má. Assim como, Kant também diria que a
acção é má, porque a máxima do agente seria “Salvarei a vida de pessoas sempre que
isso me permita infligir – lhes torturas ainda maiores.”; visto que a máxima do agente
não passa o teste do imperativo categórico. Podemos então afirmar que estão ambos de
acordo.
Mill é um utilitarista dos actos que defende que devemos maximizar a
utilidade previsível, isto é, que devemos realizar a acção que previsivelmente
maximizará a utilidade.
Veremos outro exemplo, em que a pessoa que retira a outra do lago, fá-lo para
receber uma recompensa pelo seu acto. Para Kant a acção está de acordo com o dever,
mas não foi feita por dever, pois a máxima que esteve na sua origem foi “Salvarei os
outros sempre que isso me proporcione uma recompensa”, logo não passa o teste do
imperativo categórico, dado que apenas estabelece um meio para um fim. Visto que a
acção não foi feita por dever não é moralmente correcta. Mill tem um ponto de vista
diferente. Ao contrário de Kant, ele distingue muito claramente entre a avaliação moral
dos actos e a avaliação moral do carácter das pessoas. Dado que a intenção da pessoa
que tirou a outra ao lago é a intenção que nessas circunstâncias tende a maximizar a
utilidade, a sua acção foi correcta. No entanto, o motivo da pessoa não é bom.
Podemos então concluir que a ética de Mill se baseia no motivo que levou uma
pessoa a realizar uma certa acção e isso determina se ela age de forma moralmente
correcta. Porém, na ética de Kant, podemos verificar que o agente só age por dever (de
forma moralmente correcta) se agir segundo uma máxima que passa o teste do
imperativo categórico.
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Bibliografia/Webgrafia:
http://www.marxists.org/glossary/people/k/pics/kant.jpg
http://users.ox.ac.uk/~ball0888/oxfordopen/02.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_stuart_mill
http://criticanarede.com/html/td_01excerto3.html
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