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Escola Cooperativa de Vale S.

Cosme
2009/2010

Vs

Immanuel Kant (1724-1804) John Stuart Mill (1806-1873)

Nome: Diogo Carvalho Pereira de Sá nº 5456


Susana Cristina Campinho Oliveira nº 5424
Data: 5 de Março de 2010
Disciplina: Filosofia

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Índice
Introdução .......................................................................................................................... 3
Biografia de Kant ................................................................................................................. 4
Biografia de Mill .................................................................................................................. 5
Filosofia e Ética de Kant ....................................................................................................... 6
Filosofia e Ética de Mill ........................................................................................................ 1
Utilitarismo de Stuart Mill ......................................................................................................... 2
Hedonismo ............................................................................................................................ 3
A utilidade como critério da moralidade.......................................................................... 5
O consequencialismo ................................................................................................... 6
Conclusão............................................................................................................................ 1
Bibliografia/Webgrafia ........................................................................................................ 4

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Introdução
Neste trabalho propusemo-nos a falar sobre dois grandes filósofos: Immanuel
Kant e John Stuart Mill. Ambos foram muito influentes pelas teorias filosóficas que
apresentaram.

O que vamos apresentar aqui é a vida de cada um deles, observando que tiveram
uma vida de trabalho árduo, a Filosofia de cada um e, por fim, a Ética deles.

O objectivo deste trabalho é conseguirmos ter uma melhor e mais profunda


aprendizagem sobre cada um destes filósofos. Com a realização deste trabalho
pretendemos compreender a filosofia e ética de cada um deles.

Utilitarismo…
Deontologia…

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Biografia de Kant

I mmanuel Kant nasceu em


Konigsberg, na altura pertencente
à Prússia, a 22 de Abril de 1724.
Faleceu a 12 de Fevereiro de 1804 no mesmo
local de nascimento. Foi um filósofo alemão,
geralmente, considerado como o último
grande filósofo dos princípios da era moderna contemporâneas,
e, indiscutivelmente, um dos seus pensadores como por Túmulo de Immanuel Kant em
mais influentes. Foi o quarto dos nove filhos exemplo o Pós- Kaliningrado (Antigo Konigsberg)
de Johann Georg Kant, um artesão fabricante modernismo.
de correias, e da mulher Regina. Nasceu numa Kant é também conhecido pela filosofia moral
família protestante onde teve uma educação e pela proposta, a primeira moderna, de uma
austera numa escola pietista, que frequentou teoria da formação do sistema solar, conhecida
graças à intervenção de um pastor. como a hipótese Kant - Laplace.
Depois de um longo período como Passou grande parte da juventude
professor secundário de geografia, começou como um estudante que preferia o bilhar ao
em 1755 a carreira universitária ensinando estudo. Tinha a convicção curiosa de que uma
Ciências Naturais. No ano de 1770, foi pessoa não podia ter uma direcção firme na
nomeado professor catedrático da vida enquanto não atingisse os 39 anos. Com
Universidade de Konigsberg, cidade que nunca essa idade, era apenas um metafísico menor
abandonou. Levou uma vida monótona, numa universidade prussiana, mas foi então
pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. que uma breve crise existencial o assomou.
A sua vida era extremamente regulada, por Apesar da reputação que ganhou, era
exemplo, o passeio que fazia às 15:30 todas as considerado uma pessoa muito sociável, visto
tardes era tão pontual que as mulheres que, recebia convidados para jantar com
domésticas das redondezas podiam acertar os regularidade, insistindo que a companhia era
relógios por ele. Realizou numerosos trabalhos boa para a constituição física.
sobre ciência, física, matemática, etc. Kant foi Durante 10 anos não publicou nada e,
um respeitado e competente professor então, em 1781 publicou o massivo "Crítica da
universitário durante quase toda a vida, porém Razão Pura", um dos livros mais importantes e
nada do que fez antes dos 50 anos lhe influentes da moderna filosofia. Neste livro, ele
garantiria qualquer reputação histórica. desenvolveu a noção de um argumento
Kant é famoso sobretudo pela transcendental para mostrar que, em suma,
elaboração do denominado idealismo apesar de não podermos saber
transcendental: todos nós trazemos formas e necessariamente verdades sobre o mundo
conceitos a priori (antes da experiência) para "como ele é em si", estamos forçados a
a experiência concreta do mundo, os quais percepcionar e a pensar acerca do mundo de
seriam de outra forma impossíveis de certas formas. Podemos saber com certeza um
determinar. A filosofia da natureza humana de grande número de coisas sobre "o mundo
Kant é historicamente uma das mais como ele nos aparece". Por exemplo, que cada
determinantes fontes do relativismo evento estará causalmente conectado com
conceptual que dominou a vida intelectual do outros, que aparições no espaço e no tempo
século XX. No entanto, é muito provável que obedecem a leis da geometria, da aritmética,
Kant rejeitasse o relativismo nas formas da física, etc.

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Biografia de John Stuart Mill

J ohn Stuart Mill nasceu a 20 de


Maio de 1806 em Pentonville,
Londres. Foi o primeiro filho do
21, sofreu uma depressão profunda e levou
muitos anos para recuperar a auto-estima.
A obra de seu pai "História da Índia"
filósofo escocês radicado na Inglaterra James foi publicada em 1818, após a qual, com doze
Mill. Faleceu em Avinhão, a 8 de Maio de anos, John iniciou um estudo intenso de
1873. Foi um filósofo e economista inglês, e lógica, lendo os tratados de lógica de
um dos pensadores liberais mais influentes do Aristóteles. Nos anos seguintes foi introduzido
século XIX. Foi um defensor do utilitarismo, a na economia política e estudou Adam Smith e
teoria ética proposta inicialmente por seu David Ricardo com seu pai, tendo acabado por
padrinho Jeremy Bentham. Mill foi educado completar a teoria económica dos factores de
pelo pai, com a assistência de Jeremy Bentham produção destes.
e Francis Place. Foi-lhe dada uma educação Mill trabalhou na Companhia Inglesa
muito rigorosa e ele foi deliberadamente das Índias Orientais, lidando com a
protegido de rapazes da mesma idade. O seu correspondência rotineira referente à actuação
pai, um seguidor de Bentham e um aderente do governo inglês na Índia. Aos 25 anos,
ao associativismo, tinha como objectivo apaixonou-se por Harriet Tylor, uma mulher
explícito criar um génio intelectual que iria linda e inteligente, porém casada, que veio
assegurar a causa do utilitarismo e a sua exercer grande influência no trabalho de Mill.
implementação após a morte dele e de Cerca de vinte anos depois, quando seu
Bentham. James Mill concordava com a visão marido faleceu, Harriet Tylor casou-se com
de John Locke a respeito da mente humana John Stuart Mill. Ele referia-se a ela como
como uma folha em branco para o registo das "dádiva-mor da minha existência" e ficou
experiências e por isso prometeu estabelecer inconsolável quando ela morreu sete anos
quais experiências preencheriam a mente de depois. Ele ficou horrorizado com o facto de
seu filho empreendendo um rigoroso as mulheres serem privadas dos direitos
programa de aulas particulares. financeiros ou das propriedades e comparou a
Seus feitos em criança foram saga feminina à de outros grupos de
excepcionais. Com a idade de três anos, foi-lhe desprovidos. Condenava a ideia da submissão
ensinado o alfabeto grego e longas listas de sexual da esposa ao desejo do marido, contra a
palavras gregas com os seus equivalentes em própria vontade, e a proibição do divórcio
inglês. Com a idade de oito anos tinha lido as com base na incompatibilidade de génios. Sua
fábulas de Esopo, a Anabasis de Xenofonte, concepção de casamento era baseada na
toda a obra de Heródoto, e tinha parceria entre pessoas com os mesmos
conhecimento de Lúcio, Diógenes Laertius, direitos, e não na relação mestre - escravo.
Sócrates e seis diálogos de Platão. Também Devido aos seus trabalhos abordando
tinha lido muito sobre a história de Inglaterra. diversos tópicos, John Stuart Mill tornou-se
Um registo contemporâneo dos estudos de contribuinte influente no que logo se
Mill desde os oito aos treze anos foi publicado transformou formalmente na nova ciência da
por Bain. Com a idade de oito começou com o psicologia. Ele combatia a visão mecanicista de
latim, Euclides e álgebra e foi nomeado tutor seu pai, James Mill, ou seja, a visão da mente
dos membros mais jovens da família. As suas passiva que reage mediante o estímulo
principais leituras eram ainda em história, mas externo. Para John Stuart Mill, a mente exercia
leu também os autores em Latim e Grego um papel activo na associação de ideias.
lidos normalmente nas escolas e universidades Stuart Mill desenvolveu, no seu livro
do seu tempo. Com dezoito anos, descreveu a A System of Logic, os cinco métodos de
si mesmo como uma "máquina lógica", e aos indução que viriam a ser conhecidos como
“Os Métodos de Mill”.

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Filosofia e Ética de Kant


Na moral, o ponto de partida
de Kant é o de que o único bem
irrestrito é uma vontade boa. Talento,
carácter, autodomínio e fortuna podem
ser usados para alcançar maus fins; até
mesmo a felicidade pode corromper. O
que constitui o bem de uma vontade
boa não é o que esta alcança; a vontade
boa é um bem em si e por si. Não foi
para procurar a felicidade que os seres
humanos foram dotados de vontade;
para isso, o instinto teria sido muito
mais eficiente. A razão foi-nos dada
para originar uma vontade boa não
enquanto meio para outro fim
qualquer, mas boa em si. A vontade
boa é o mais elevado bem e a condição
de possibilidade de todos os outros
bens, incluindo a felicidade.

Que faz, pois, uma vontade


ser boa em si? Para responder a esta
questão, temos de investigar o conceito
de dever. Agir por dever é exibir uma
vontade boa face à adversidade. Mas
temos de distinguir entre agir de acordo com o dever e agir por dever. Um merceeiro
destituído de interesse pessoal ou um filantropo que se deleite com o contentamento
alheio podem agir de acordo com o dever. Mas acções deste tipo, por melhores e por
mais agradáveis que sejam não têm, de acordo com Kant, valor moral. O nosso carácter
só mostra ter valor quando alguém pratica o bem não por inclinação mas por dever,
por exemplo, quando um homem que perdeu o gosto pela vida e anseia pela morte
continua a dar o seu melhor para preservar a sua própria vida, de acordo com a lei
moral.

A doutrina de Kant é, a este respeito, completamente oposta à de Aristóteles,


que defendia não serem as pessoas realmente virtuosas desde que o exercício da virtude
fosse contra a sua natureza. A pessoa verdadeiramente virtuosa gosta decididamente de
praticar actos virtuosos. Para Kant, por outro lado, é a dificuldade de praticar o bem
que é a verdadeira marca da virtude. Kant dá-se conta de ter estabelecido padrões
intimidadores de conduta moral e está perfeitamente disposto a considerar a
possibilidade de nunca ter havido, de facto, uma acção levada a cabo unicamente com
base na moral e em função do sentido do dever.

O que é agir por dever? Agir por dever é agir em função da reverência pela lei
moral. A maneira de testar se estamos a agir assim é procurar a máxima, ou princípio,
com base na qual agimos, isto é, o imperativo ao qual as nossas acções se conformam.
Há dois tipos de imperativos: os hipotéticos e os categóricos. O imperativo hipotético

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afirma o seguinte: se quisermos atingir determinado fim, age desta ou daquela maneira.
O imperativo categórico diz o seguinte: independentemente do fim que desejamos
atingir, age desta ou daquela maneira. Há muitos imperativos hipotéticos porque há
muitos fins diferentes que os seres humanos podem propor-se alcançar. Há um só
imperativo categórico, que é o seguinte: "Age apenas de acordo com uma máxima que
possas querer que se torne uma lei universal".

Kant ilustra este princípio com vários exemplos, dos quais podemos mencionar
dois. O primeiro é este: tendo ficado sem fundos, posso cair na tentação de pedir
dinheiro emprestado, apesar de saber que não serei capaz de o devolver. Estou a agir
segundo a máxima "Sempre que pensar que tenho pouco dinheiro, peço dinheiro
emprestado e prometo pagá-lo, apesar de saber que nunca o devolverei". Não posso
querer que toda a gente aja segundo esta máxima, pois, nesse caso, toda a instituição
da promessa sucumbiria. Assim, pedir dinheiro emprestado nestas circunstâncias
violaria o imperativo categórico.

Um segundo exemplo é este: uma pessoa que esteja bem na vida e a quem
alguém em dificuldades peça ajuda pode cair na tentação de responder "Que me
interessa isso? Que todos sejam tão felizes quanto os céus quiserem ou quanto o
conseguirem; não o prejudicarei, mas também não o ajudo". Esta pessoa não pode
querer que esta máxima seja universalizada porque pode surgir uma situação na qual
ela própria precise do amor e da simpatia de outras.

Estes casos ilustram duas maneiras diferentes a que o imperativo categórico se


aplica. No primeiro caso, a máxima não pode ser universalizada porque a sua
universalização implicaria uma contradição (se ninguém cumprir as suas promessas, as
próprias promessas deixam de existir). No segundo caso, a máxima pode ser
universalizada sem contradição, mas ninguém poderia racionalmente querer a situação
que resultaria da sua universalização. Kant afirma que os dois casos correspondem a
dois tipos diferentes de deveres: deveres estritos e deveres meritórios.

Nem todos os exemplos de Kant são convincentes. Ele defende, por exemplo,
que o imperativo categórico exclui o suicídio. Mas, por mais que o suicídio seja um mal,
nada há de contraditório na perspectiva do suicídio universal. Uma pessoa
suficientemente desesperada pode considerá-lo um fim a desejar piedosamente.

Kant oferece uma formulação complementar do imperativo categórico. "Age de


tal modo que trates sempre a humanidade, quer seja na tua pessoa quer na dos outros,
nunca unicamente como meios, mas sempre ao mesmo tempo como um fim." Kant
pretende, apesar de não ter convencido muitos dos seus leitores, que este imperativo
seja equivalente ao anterior e que permita retirar as mesmas conclusões práticas. Na
verdade, é mais eficaz do que o anterior para expulsar o suicídio. Tirar a nossa própria
vida, insiste Kant, é usar a nossa própria pessoa como um meio de acabar com o nosso
desconforto e angústia.

Como ser humano, afirma Kant, não sou apenas um fim em mim mesmo, sou
um membro do reino dos fins, uma associação de seres racionais sob leis comuns a
todos. A minha vontade, como se disse, é racional na medida em que as suas máximas
possam transformar-se em leis universais. A conversa desta afirmação diz que a lei
universal é a lei feita por vontades racionais como a minha. Um ser racional "só está

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sujeito a leis feitas por si mesmo e que, no entanto, sejam universais". No reino dos
fins, todos somos igualmente legisladores e súbditos.

Kant conclui a exposição do seu sistema moral com um panegírico à dignidade


da virtude. No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Se algo tem um
preço, pode ser trocado por qualquer outra coisa. O que tem dignidade é único e não
pode ser trocado, está além do preço. Há dois tipos de preços, afirma Kant: o preço
venal, que está relacionado com a satisfação da necessidade; e o preço de sentimento,
relacionado com a satisfação do gosto. A moralidade está para lá e acima de ambos os
tipos de preço.

Filosofia e Ética de Mill


Utilitarismo de Stuart Mill
O utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a acção ou inacção, de
forma a optimizar o bem-estar do conjunto dos seres sencientes. É então uma forma de
consequencialismo, ou seja, ele avalia uma acção ou regra unicamente em função de
suas consequências.
Com Comte, fundador do positivismo, Mill partilhava a ideia de construir uma
ciência positiva dos factos sociais que permitisse assegurar a ordem e o progresso da
sociedade. No entanto, ao contrário de Comte, o positivismo de Mill influenciado pelo
espírito científico e empirista inglês, afasta-se de qualquer pretensão metafísica de
encontrar princípios ou verdades absolutas. Por isso, a sua obra Utilitarismo argumenta
contra toda a tentativa de fundamentar a moral em valores ou princípios absolutos.
As propostas filosóficas de Stuart Mill pretendem afirmar o Homem, os seus
direitos e liberdades fundamentais, acreditando que cada indivíduo se encontra em
processo de evolução. A ideia de progressão do espírito Humano é central na sua
filosofia.

“Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar” (Princípio


do bem-estar máximo).
O hedonismo
O hedonismo, é uma teoria ou doutrina filosófico - moral que afirma ser o
prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um
dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene. O hedonismo moderno
procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como
felicidade para o maior número de pessoas.
O utilitarismo clássico adopta o princípio hedonista segundo o qual a
finalidade da vida humana é a felicidade. A felicidade poderá ser encontrada pela
vivência ou fruição de diferentes prazeres. Stuart Mill atribui maior importância aos
prazeres ligados ao espírito e aos sentimentos nobres da amizade, da honestidade, do
amor, etc. São esses prazeres que verdadeiramente permitem ao homem ser feliz.
Todas as acções desenvolvidas pelo homem terão como principal objectivo a
felicidade. A felicidade identifica-se com o Bem Supremo. Todas as acções moralmente
boas surgem, assim, como instrumentos para alcançar a felicidade. Com efeito, caberá

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ao indivíduo – sempre em processo de evolução – o papel de escolher acertadamente e


agir com rectidão no sentido do bem.

A utilidade como critério de moralidade


Para que o indivíduo saiba discernir as boas das más acções, isto é, para que
possa justificar devidamente as suas escolhas, é preciso encontrar um critério geral de
moralidade. Este critério é apresentado por Stuart Mill do seguinte modo:

"O credo que aceita a utilidade, ou Princípio da Maior Felicidade, como fundamento da
moralidade, defende que as acções estão certas na medida em que tendem a promover
a felicidade, e erradas na medida em que tendem a produzir o reverso da felicidade. Por
felicidade, entende-se o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a privação
de prazer."
É Segundo este critério que toda a acção útil se torna legítima. Todavia, a
felicidade alcançada não faz do critério moral utilitarista um critério fomentador do
egoísmo. Os prazeres espirituais são os que, segundo Mill, proporcionam a verdadeira
felicidade. Com efeito, a oral utilitarista não exclui o altruísmo e a dedicação ao outro.
Segundo a ética utilitarista, o princípio da maior felicidade estabelece que as
acções praticadas devem ser capazes de trazer a máxima felicidade para o maior
número possível de indivíduos. Ora, a máxima felicidade para todos (humanidade)
surge como o objectivo principal da filosofia utilitarista.

O consequencialismo
A concepção utilitarista da moralidade faz depender a moralidade das acções
das suas consequências: se o resultado de uma acção for favorável ao maior número,
então a acção será moralmente correcta e moralmente incorrecta se os resultados não
forem positivos para a maioria. Independentemente do que se tenha praticado, o valor
da acção estará sempre nas vantagens que foi capaz de trazer ou na (s) consequência
(s) da sua concretização.
Criticando a perspectiva kantiana, Stuart Mill manifesta a sua desconfiança
face à importância atribuída ao motivo da acção em detrimento das consequências da
acção.

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Conclusão
As éticas de Kant e de Mill são diferentes, logo podemos fazer uma distinção
entre elas. Kant defendia que uma acção é correcta ou incorrecta consoante a máxima
que o levou a agir. Mill é um consequencialista, ao contrário de Kant que é um não
consequencialista. Ou seja, o pensamento de cada um deles em relação à ética é
completamente oposto.
Para compreendermos melhor as duas éticas é necessário fazer a distinção
entre intenção e motivo. Uma intenção é o que queremos fazer e um motivo é,
geralmente, a razão pela qual queremos fazê-lo. Consideremos o seguinte exemplo:
“Uma pessoa está a afogar-se num lago, e outra salva-a apenas para poder continuar a
tortura-la.” Tanto Mill como Kant não estariam de acordo com a acção. Mill diria que a
acção é má, porque a intenção do agente é má. Assim como, Kant também diria que a
acção é má, porque a máxima do agente seria “Salvarei a vida de pessoas sempre que
isso me permita infligir – lhes torturas ainda maiores.”; visto que a máxima do agente
não passa o teste do imperativo categórico. Podemos então afirmar que estão ambos de
acordo.
Mill é um utilitarista dos actos que defende que devemos maximizar a
utilidade previsível, isto é, que devemos realizar a acção que previsivelmente
maximizará a utilidade.
Veremos outro exemplo, em que a pessoa que retira a outra do lago, fá-lo para
receber uma recompensa pelo seu acto. Para Kant a acção está de acordo com o dever,
mas não foi feita por dever, pois a máxima que esteve na sua origem foi “Salvarei os
outros sempre que isso me proporcione uma recompensa”, logo não passa o teste do
imperativo categórico, dado que apenas estabelece um meio para um fim. Visto que a
acção não foi feita por dever não é moralmente correcta. Mill tem um ponto de vista
diferente. Ao contrário de Kant, ele distingue muito claramente entre a avaliação moral
dos actos e a avaliação moral do carácter das pessoas. Dado que a intenção da pessoa
que tirou a outra ao lago é a intenção que nessas circunstâncias tende a maximizar a
utilidade, a sua acção foi correcta. No entanto, o motivo da pessoa não é bom.
Podemos então concluir que a ética de Mill se baseia no motivo que levou uma
pessoa a realizar uma certa acção e isso determina se ela age de forma moralmente
correcta. Porém, na ética de Kant, podemos verificar que o agente só age por dever (de
forma moralmente correcta) se agir segundo uma máxima que passa o teste do
imperativo categórico.

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Bibliografia/Webgrafia:
http://www.marxists.org/glossary/people/k/pics/kant.jpg
http://users.ox.ac.uk/~ball0888/oxfordopen/02.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_stuart_mill
http://criticanarede.com/html/td_01excerto3.html

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