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Contexto histórico e político

“Essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões


de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria [...] O povo nos mandou
aqui para fazê-la, não para ter medo. Viva a Constituição de 1988! Viva a vida que ela
vai defender e semear!". Foram com essas palavras que o deputado Ulysses Guimarães
encerrou os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, da qual era presidente, em
27 de julho de 1988. Estava, assim, aprovada a nossa mais nova Carta Magna.
Há, no entanto, uma controvérsia quanto à Constituição de 1988: para
alguns, ela seria nossa sétima constituição; para outros, seria, na verdade, a oitava.
Durante todo o Império, o Brasil teve apenas uma constituição: a de 1824. Já sob a
República, tivemos as de 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967. Em 1969, com o falecimento
do presidente Artur da Costa e Silva, assumiu a Presidência uma Junta Militar.
Naquele mesmo ano, a Junta promulgou uma emenda constitucional - a
chamada Emenda n°.1 - que instituía a Lei de Segurança Nacional, restringindo as
liberdades civis, e a Lei de Imprensa, regulamentando a censura oficial. Pelas profundas
modificações que trouxe, a Emenda n°.1 é considerada por alguns pesquisadores como
sendo um novo texto constitucional. Se aceitarmos essa interpretação, podemos dizer
que a Carta Magna de 1988 é mesmo a oitava Constituição brasileira - a sétima em
pouco mais de um século de República.

Constituição Cidadã de 1988

Em 5 de outubro de 2010 completam-se 22 anos da promulgação da


Constituição da República Federativa do Brasil, chamada de "Constituição Cidadã"
pelo deputado Ulysses Guimarães, que presidiu sua elaboração.

A palavra "Constituição", em português, deriva do radical do verbo


"constituir", cujo primeiro significado é "ser a parte principal, a base (de algo); formar(-
se), compor(-se)". Disso se pode dizer que a Constituição é o texto em que se definem
os modos pelos quais um Estado está formado, composto, constituído.
Em outros termos, talvez mais claros e certamente mais conhecidos, uma
Constituição é a lei maior de um país. Desse modo, todas as outras leis devem se
submeter a ela, não podendo lhe ser contrárias. Se forem, essas leis são simplesmente
consideradas inconstitucionais e, portanto, não têm valor algum. Cabe ao poder
Judiciário declarar sua inconstitucionalidade e torná-las extintas, anulando ou reparando
seus efeitos.

A rigor, as Constituições têm como objetivo estabelecer:

1) a organização do Estado,

2) a separação dos poderes que o governam e

3) a relação desse Estado com seus cidadãos, a partir do registro dos


direitos fundamentais deles.

Liberdades individuais

Esses direitos, segundo a concepção clássica, estão relacionados à liberdade


individual. Em geral, têm um caráter negativo, isto é, são limitações aos poderes do
Estado, de modo que ele não possa interferir em certos aspectos da vida do cidadão.
Por exemplo, o direito que todos têm de ir e vir, de exercer uma profissão, de manifestar
livremente o pensamento, de ter sua crença religiosa, de possuir uma propriedade, etc.

A Constituição brasileira, é analítica, procura contemplar direitos amplos,


como a previdência social, a educação, a saúde, os direitos trabalhistas e a proteção ao
meio ambiente. Assim, ela é composta de 250 artigos e mais 95 disposições transitórias.
Em seus vinte anos de vigência, já sofreu mais de 60 emendas e, atualmente, cerca de
1.500 propostas de alteração estão tramitando no Congresso Nacional.

Esperando regulamentação
Por tentar abranger um número muito grande de temas sobre os quais não
havia consenso na época de sua elaboração - pela Assembléia Nacional Constituinte -,
muitos dos artigos da Constituição brasileira ficaram, por assim dizer, em aberto, à
espera de uma outra lei que regulamente aquilo que eles dispõem. Em outubro de 2008,
há ainda 142 dispositivos constitucionais à espera de regulamentação.
Isso, evidentemente, gera insegurança, pois fica difícil saber quando se está ou não - e
até que ponto - infringindo normas constitucionais e dá lugar a um número muito
grande de disputas jurídicas. Esse, porém, não é o problema maior. Muito mais grave é
que não são poucos os direitos constitucionais mais fundamentais dos brasileiros
costumeiramente desrespeitados.
Um exemplo: pelo artigo 7º., inciso IV da nossa Constituição, é um direito
dos trabalhadores urbanos e rurais do país um "salário mínimo , fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".
Ora, o valor do salário mínimo depende de muitas questões relacionadas ao
contexto político nacional e à situação da economia do país. Nesse sentido, é
praticamente impossível determinar ou garantir por norma constitucional que seu valor
vai dar conta de todas essas necessidades. Deveria dar, mas isso depende mais das
circunstâncias do que da lei.
Em relação às Constituições anteriores, a Constituição de 1988 representa
um avanço. As modificações mais significativas foram:

• Direito de voto para os analfabetos;


• Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos;
• Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;
• Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos
de cidades com mais de 200 mil habitantes);
• Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores
urbanos e rurais, também aos domésticos;
• Direito a greve;
• Liberdade sindical;
• Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais;
• Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação).
• Licença paternidade de 5 dias;
• Abono de férias;
• Décimo terceiro salário para os aposentados;
• Seguro desemprego;
• Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário.

Fontes:

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Acessado em 16 de


agosto de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br

Mundo Educação » História do Brasil » Brasil Atual » A Constituição de 1988

Site: educacao.uol.com.br/historia-brasil/constituicao-1988

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