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SENADO FEDERAL SF-1 SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAGAO PARLAMENTAR ~ SERERP COORDENACAO DE REDACAO E MONTAGEM - COREM. 15/12/2015 O SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (Bloco Oposi¢éo/PSDB - SP.) — Sr. Presidente, Srs. Senadores. Me lembro, quando 0 Governo resolveu patrocinar 0 projeto de lei do Senador Randolfe Rodrigues, que visava exatamente a regularizacao desses ativos de brasileiros colocados no exterior, do argumento do Ministro Joaquim Levy, a favor do projeto. Dizia S. Ex* que era muito importante para 0 Brasil - para usar a expresso ainda agora usada pela Senadora Vanessa — a aprovaco desse projeto, porque esses recursos fiscais decorrentes da aprovacao do projeto, poderiam ser utilizados para compor os fundos de desenvolvimento e de compensacio, que visariam a recompor eventuais perdas dos Estados quando houvesse a convergéncia das aliquotas do ICMS. € 0 Ministro Levy, em uma reuniao aqui, na sala do Presidente do Senado, insistiu muito neste ponto: a importancia de se criarem esses fundos, promover a convergéncia das aliquotas para, com isso, criar ambiente de seguranca juridica que permitisse a retomada de investimentos, que hoje hesitariam em se dirigir aos Estados que praticam a chamada guerra fiscal, diante da precariedade dessa base juridica. Entao, esse projeto vinha dentro desta perspectiva: recursos para compor fundo, que teriam essa finalidade de facilitar a aprovacao dos instrumentos legislativos que levassem a unificacao das aliquotas de ICMS. 0 Governo editou, a Presidente Dilma editou, inclusive, uma medida provis6ria, criando esse fundo. O Relator foi o Senador Walter Pinheiro. Mas vejam que Governo é esse: essa medida proviséria morreu na Comissao Mista; ela sequer foi votada; essa medida provisria que criava fundos para se inserir uma estratégia de retomada do desenvolvimento no Brasil, portanto, essa medida provisoria morreu sem ser votada. Depois, 0 Governo resolveu deslocar 0 férum inicial de deliberacao do Senado para a Camara, A Presidente Dilma, no momento em que ela ainda flertava com o Presidente da Camara, no momento em que ela ainda tinha esperanga de um entendimento, de uma composigao com 0 Presidente Eduardo Cunha, uma composicao que permitisse aos dois se salvarem abracados, ela concordou em ceder & pressao — eu nao vou usar 0 termo chantagem — do Presidente da Camara para que a iniciativa fosse de ld, de tal modo que o Presidente da Camara e a Camara dos Deputados tivessem a ultima palavra. Isso ocorreu no momento em que a Presidente Dilma, barganhava, negociava, se entendia com 0 Presidente da Camara, cercando-o de atencdes que permitissem captar 0 seu apoio contra oimpeachment. De la para cé, a relagaoentre os dois deteriorou-se. Mas 0 fato é que o projeto foi aprovado na Cémara e aprovado com aquilo que se temia: que é a inclusdo no projeto original do Governo de determinadas brechas, de determinadas janelas por onde pudesse fugir para a legalidade dinheiro sujo. Nao que todo dinheiro que est colocado no exterior nem que todos ativos que estejam colocados no exterior provém de atividades ilicitas, mas é possivel, é provavel e é quase certo que uma boa parte do montante desses recursos tenha sido colocada no exterior como expediente de salvaguarda desses recursos da instabilidade juridica, da mudanca nas regras do jogo da economia, da mudanca do regime -0 que durante algum tempo se cogitou quando a democracia esteve ameacada. Mas ha dinheiro sujo, dinheiro que esté Id fora proveniente de contrabando, de descaminho, de remessa de recursos que foi feita mediante a utilizacao de documentos falsos; e falsificagdo de documentos piblicos, para com isso lavar dinheiro, praticar crime de lavagem de dinheiro. Foram actescidos a0 projeto expedientes que permitiriam, inclusive, a “legalizacao’, entre aspas, de ativos como obras de arte, pedras preciosas... Tudo isso est’ aqui e incluido na Camara dos Deputados. Agora, o Senador Walter Pinheiro propée, aqui da tribuna, uma "lipoaspiracdo" do projeto, uma “cirurgia plastica’, colocando de lado tudo aquilo que, no seu entender ~ e no entender, creio, de todos nés -, é inaceitvel, do ponto de vista ético, do ponto de vista moral. E a Senadora Simone Tebet foi muito enfética ao enumerar todos esses dispositivos, que mereceriam a nossa DAUSERS moherdauiDocuments\DEZ 15 VotagdoProjto Repatriagdo.doc 15/12/15 2036 SENADO FEDERAL SF-2 SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAGAO PARLAMENTAR ~ SERERP COORDENACAO DE REDACAO E MONTAGEM - COREM. 15/12/2015 reprovacdo, nao fosse, evidentemente, o desejo do Governo de submeter 0 Senado, de colocar 0 Senado de joelhos, dizendo “aprovem isso tudo", ‘aprovem a anistia ao uso de documentos falsos’, "aprovem a lavagem de dinheiro..,"..aprovem porque nés precisamos desses recursos". "Nas fiquem tranquilos: facam o trabalho sujo, que a Presidente Dilma vai fazer o trabalho limpo. Ela vai vetar’. Jé temos 0 compromisso do Ministro da Fazenda de que haveré o veto. Sts. Senadores, algumas vezes ja entrei nessa cantilena do ‘aprova, que a Presidente Dilma veta’. E me arrependo amargamente. Algumas vezes, a Presidente Dilma efetivamente vetou. Eu me lembro de um dispositive escandaloso que tramitou aqui, no Congresso, que tratava de alguma coisa reprovavel, alguma coisa nociva ao interesse publico, na disciplina dos planos de satide. Nés aprovamos. E eu fui questionado, pelos meus concidadaos, por ter aprovado esse dispositivo, mediante o compromisso do veto. A Presidente Dilma honrou o compromisso, mas eu nao cumpri o meu papel. Noutra vez e isso foi recente — se disse aqui, no Senado, que poderiamos aprovar "jabutis" pendurados numa medida proviséria e que seria essa a Ultima vez, porque a Presidente Dilma vetaria e ela vetou, mas nao vetou todos, deixou intacto um jabuti enorme, que permitiu a extensio do Regime Diferenciado de Contratacées para todas as obras de infraestrutura do Pais e que 0 Senado aprovou — ai, felizmente, nés, da oposicao, nao aprovamos, mas a noticia que se teve foi que 0 Senado aprovou. Entdo, Sts. Senadores, eu no vou entrar mais nessa. (Soa campainha.) O SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (Bloco Oposicao/PSDB - SP) - Confio na palavra do Senador Pimentel, elogio o esforco herciileo do Senador Walter Pinheiro para transformar aquilo que é mérito em emenda de redacao. O Ministro Levy é um homem de palavra, mas sera o Ministro Levy ainda Ministro da Fazenda daqui a 15 dias ou daqui a um més? Eu nao sei, Ser que ele ndo vai, diante da sabotagem do préprio PT em relagéo a0 seu governo - 0 PT, que promoveré amanha uma passeata em Brasilia com a palavra de ordem “Viva a Dilma, e morra o seu ajustel” -, pedir as contas e ir embora? E quem vira depois? Nao teremos alguém sequioso da arrecadayao de tributos, seduzido com a cornucépia que representam esses recursos no exterior e que haver de querer aprovar a lei com as brechas que estao abertas, ou, entdo, sugerir & Presidente Dilma que vete exatamente 0 dispositivo que destina os recursos da multa ao Fundo de Participacao dos Estados e Municipios, porque — observem os senhores ~ esse dispositivo esta devidamente separado do resto e poderd receber, sim, 0 veto da Presidente da Republica Por isso, Srs. Senadores, eu, respeitando imensamente 0 ponto de vista de colegas que veem ai a oportunidade de recebermos recursos decorrentes de tributos que venham a ser cobrados em razio dessa regularizacio eu vou votar contra. Nao quero a minha impressao digital neste papel que serd submetido a sangio ou ao veto da Presidente da Republica Muito obrigado. DAUSERS moherdauiDocuments\DEZ 15 VotagdoProjto Repatriagdo.doc 15/12/15 2036

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