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DEUS E O MONTRO DO ESPAGUETE VOADOR

Por: Dr. William Lane Craig


Tradução e Edição: Eliel Vieira

Questão:

Caro Professor Craig,

A defesa cumulativa da existência de Deus procede a partir de alguns dados (constantes físicas,
existência das almas, testemunhos de milagres, etc.) que apontam para a existência de Deus como
sendo a melhor explicação para estes dados. Existem, contudo, algumas objeções importantes. 1. Tal
inferência não mostra porque o teísmo deva ser uma explicação melhor do que, digamos, a hipótese de
um Monstro de Espaguete Voador muito poderoso. 2. Também não mostra porque algum ser maligno
– algum ser poderoso e maléfico como, digamos, Satanás – não deva ser considerado uma explicação
melhor do que Deus; especialmente quando a existência do mal é inclusa dos dados observados. Como
você responderia a isto?

Obrigado.

Vlastimil

Resposta do Dr. Craig:

Sua questão é, na verdade, como os vários argumentos para a existência de Deus podem nos
garantir inferências sobre a natureza deste Ser. Diferentes argumentos vão nos ajudar a inferir
diferentes atributos, por isto a defesa da existência de Deus é, como você disse, cumulativa.

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O muito amado Monstro de Espaguete Voador foi uma invenção de Bobby Henderson1, que no
verão de 2005 escreveu uma carta bem sarcástica à Secretaria de Educação do Estado do Kansas em
protesto ao uso de adesivos em livros escolares que promoviam o Design Inteligente. Isto (ou ele, uma
vez que o Monstro é um ser pessoal) se tornou uma sensação internacional.

Henderson usou o estranho monstro para parodiar a inferência a um Designer Inteligente para o
universo. Ele escreveu assim, “Vamos lembrar que existem múltiplas teorias para o Designer
Inteligente. Eu e muitos outros ao redor do mundo temos a forte convicção de que o universo foi
criado por um Monstro de Espaguete Voador. Foi Ele quem criou tudo o que vemos e tudo o que
sentimos”. Henderson afirmou conhecer um pouco sobre a natureza do Monstro de Espaguete Voador.

…será proveitoso dizer a vocês um pouco sobre nossas crenças. Nós temos evidências de
que o Monstro de Espaguete Voador criou o universo. Nenhum de nós, obviamente, tem
capacidade de vê-lo, mas temos relatos escritos sobre Ele. Nós temos muitos volumes
pesados explicando todos os detalhes de Seu poder… Ele é obviamente invisível e pode
passar pela matéria comum com facilidade… Eu incluí abaixo um desenho artístico Dele
criando uma montanha, árvores, e um anão.

Como o desenho mostra, o Mostro é composto por duas grandes almôndegas envoltas por
massa de espaguete, com dois grandes olhos no alto. É evidente que o Monstro de Espaguete Voador é
um objeto físico finito que, por alguma razão não explicável, não é perceptível aos nossos sentidos.

1
<http://www.venganza.org/>.

Página | 2
Grande piada! Mas qual é seu objetivo? O que ela mostra? É notável o fato que a paródia de
Henderson não diz nada sobre a legitimidade ou a necessidade de inferir um Designer Inteligente ao
universo. Do contrário, o objetivo da paródia parece ser mostrar que nós não podemos conhecer muito,
se é que podemos conhecer qualquer coisa, sobre a natureza do Designer. Portanto, é arbitrário
reconhecer o Designer do universo como Deus, especialmente o Deus de alguma religião específica.

O que é curioso nesta paródia é que os teóricos do DI como William Dembski têm insistido no
mesmo ponto há anos, mas todos parecem ignorar isto. Dembski deixa bastante claro que, com base na
complexidade específica do universo, ninguém pode inferir que o Designer seja infinito, onipotente,
onisciente e onibelevolente. É especificamente por esta razão que os teóricos do DI negam que o DI
seja apenas religião disfarçada. A identificação do Designer como Deus é uma conclusão teológica que
não pode ser justificada por si só com base apenas no argumento do desígnio.

Dembski escreve,

Os teóricos do design não apresentam Deus, uma vez que o raciocínio da teoria do design
não garante o ensino sobre Deus. O raciocínio da teoria do design nos diz que certos padrões
encontrados na natureza apontam para um projeto inteligente. Mas não há nenhuma
inferência que conduza, a partir destes padrões da natureza, ao Deus Criador infinito, pessoal
e transcendente das principais fés teístas… Como cristão eu defendo que o Deus da visão
cristã é a fonte última de desígnio por trás do universo… Mas não há nenhuma maneira de
atingir tal conclusão a partir da física e biologia… Longe de estarem sendo desonestos,
quando os teóricos do desing não apresentam Deus, eles agem assim porque se mantêm
dentro do âmbito de aplicação de sua teoria.2

Portanto, Dembski é inflexível ao fato de que as interpretações religiosas do Design Inteligente


não deveriam ser ensinadas em escolas públicas. O próprio Dembski poderia ter apelado ao Monstro
de Espaguete Voador para ilustrar seu ponto! Ironicamente, então, a paródia de Henderson na verdade
reforça um dos pontos principais do movimento DI, de que o próprio não se trata de ensinamento
religioso. A inferência a um Designer não é uma inferência a nenhuma deidade particular.

Isto não quer dizer que não podemos inferir nada sobre o Designer do universo com base na
complexidade específica do cosmo. Podemos inferir, principalmente, que um ser pessoal,
autoconsciente e volitivo de uma inconcebível inteligência foi quem projetou o universo. Se as pessoas

2
“The Desing Revolution”, p. 26

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realmente acreditarem que isto é verdade, elas ficariam de olhos e boca bem abertos com espanto, ao
invés de zombarem e escarnecerem.

Além do mais, é razoável aceitar que qualquer explicação definitiva deva envolver um ser
pessoal que é incorpóreo, porque quaisquer seres compostos de partes materiais exibem a mesma
complexidade especificada que nós estamos tentando explicar. A velha objeção “Quem projetou o
projetista?” inviabiliza assim qualquer construção de um Designer como um objeto físico (veja meu
texto Richard Dawkins’ Argument for Atheism in The God Delusion3). Isto imediatamente exclui o
Monstro de Espaguete Voador como uma explicação final.

E o que dizer dos outros argumentos teístas? O argumento da contingência, se segue, prova a
existência de um ser metafisicamente necessário, não-causado, atemporal, não-espacial, imaterial, e
Criador pessoal do universo (veja meu texto Argumento da Contingência4). O Monstro de Espaguete
Voador também não pode ser a Razão Suficiente para todas as coisas existentes, uma vez que, como
objeto físico (mesmo que invisível aos nossos sentidos) não pode ser nem metafisicamente necessário,
nem atemporal, nem imaterial.

O argumento cosmológico kalam5, se segue, nos dá bases para acreditar na existência de um ser
que não teve um começo, não-causado, atemporal, não-espacial, imutável, imaterial, poderosamente
grande, e Criador Pessoal do universo. De novo, um ser com tais atributos não pode ser algo como o
Monstro de Espaguete Voador.

O argumento moral6 complementa os argumentos cosmológicos e de design ao nos dizer sobre


a natureza moral no Criador do universo. Ele nos dá um ser pessoal e necessariamente existente que é
perfeitamente bom, cuja natureza é o padrão de bondade e cujas ordens constituem valores morais.
Este argumento exclui qualquer sugestão de que a explicação metafísica definitiva seja algum ser mal
como Satanás. Como ausência do bem, o mal é apenas um parasita do Bem e assim não pode existir
como o Ser maior.

E por fim o argumento ontológico nos dá razões para pensar que Deus, como o maior ser que
pode ser concebido, é metafisicamente necessário e maximamente excelente, isto é, onipotente,
onisciente e onibenevolente. O pobre Monstro de Espaguete Voador é, ai de mim!, deixado para comer
poeira.

3
<http://http//www.reasonablefaith.org/site/News2?page=NewsArticle&id=5493>.
4
<http://www.apologia.com.br/?p=59>.
5
<http://www.apologia.com.br/?p=65>.
6
<http://www.apologia.com.br/?p=9>.

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Eu acho que você consegue perceber que confia-se exageradamente no Monstro de Espaguete
Voador, tanto como uma paródia como um ser. Como uma paródia, ele falha em mostrar que uma
inferência a um Designer Inteligente para o universo é ilegítima ou injustificada. O que a paródia
mostra é que nós não estamos justificados em atribuir aos nossos postulados explanatórios
propriedades que não são justificadas pela evidência. Teólogos adeptos da Teologia Natural sempre
souberam disto. Esta é a razão, por exemplo, de Tomás de Aquino, depois de seus cinco breves
parágrafos em sua Suma Teológica que buscaram provar a existência do ser “que todos chama pelo
nome ‘Deus’”, prossegue e discute a seguir nove questões sobre Deus: simplicidade, perfeição,
bondade, infinidade, onipresença, imutabilidade, eternidade e unidade.

Como um ser, o Monstro de Espaguete Voador surge drasticamente deficiente como


explanação destes fenômenos, alguns dos quais você lista, contradizendo já em sua base os argumentos
para a existência de Deus. Estes argumentos, se todos seguem como eu penso que seguem, requerem
cumulativamente um ser que é metafisicamente necessário, auto-existente, sem início, não-causado,
atemporal, não-espacial, imaterial, pessoal, onipotente, onisciente, Criador e Projetista do universo,
que é perfeitamente bom, cuja natureza é o padrão de bondade, e cujas ordens constituem valores
morais.

A verdadeira razão que podemos tirar do caso do Mostro de Espaguete Voador é que ele mostra
quão distante estão nossa cultura e a grande tradição da Teologia Natural. É como um idioma
desconhecido. Estas pessoas que pensam que acreditar em Deus é como acreditar em um monstro de
fantasia mostram o quão ignorantes elas são quanto a escritos de Anselmo, Aquino, Leibniz, Paley,
Sorley e tantos outros do passado e do presente. Sem dúvida parte da culpa cabe aos cristãos
igualmente ignorantes que não tem uma resposta para dar quando são convidados a dar a razão da
esperança que eles têm e, portanto, passam a impressão de que sua fé é arbitraria ou sem fundamento.
Parte também deve ser atribuída a educação deficiente, preguiça intelectual, e uma falta de curiosidade.
Dado o renascimento da Teologia Natural em nossos de meio século para cá, não há desculpa para que
tais caricaturas coxas da crença teísta como o Monstro do Espaguete Voador surjam.

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