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O Papel da Contabilidade no Planejamento Financeiro de

Pessoas Físicas ¹

Gisele Braga Silva ²

Leonardo Nunes Ferreira ³

Resumo

Este trabalho propõe-se a estudar de que forma a contabilidade poderia auxiliar as pessoas
físicas na elaboração e gestão de suas finanças pessoais. Através de Levantamento
Bibliográfico e Pesquisa de Campo objetivou-se: discutir o papel da contabilidade neste
processo, apresentar a importância do planejamento financeiro pessoal, enumerar as
ferramentas que a contabilidade pode fornecer para auxiliar no planejamento financeiro e
conhecer o cotidiano de um grupo de funcionários públicos da empresa Radiobrás – Empresa
Brasileira de Comunicação S/A sobre o assunto. Os resultados mostram que a Contabilidade é
fundamental na gestão das finanças pessoais principalmente no tocante ao acompanhamento e
controle do planejamento financeiro elaborado, pois como nas empresas o uso de técnicas
auxiliares e de suas demonstrações formam um sistema de informações altamente completo,
mas também vêm suscitar-lhe alguns desafios: demonstrar o benefício de se fazer o
acompanhamento das finanças, tirar o estigma do Imposto de Renda e a necessidade de os
professores da área trabalharem esse assunto em suas salas de aula.

Palavras-chaves

Gestão das Finanças, Planejamento Financeiro Pessoal e Educação Financeira.

1. Introdução

Quando se toca no assunto “Contabilidade”, já somos automaticamente remetidos ao


âmbito de empresas. Mas alguns autores chamam a atenção para outra vertente ainda pouco
explorada no Brasil: a contabilidade em prol da administração das finanças pessoais.
Com relação ao campo de atuação da contabilidade, o autor Iudícibus (1998, p.21)
escreve:
A contabilidade, na qualidade de ciência aplicada, com metodologia especialmente
concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que
afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja
este pessoa física, empresa, União, etc.
Ressaltando as pessoas físicas, o mesmo autor escreve ainda:

_______________________________________________________________________________________
1. Trabalho desenvolvido no curso de Graduação de Ciências Contábeis da UCB
2. Aluna da disciplina Trabalho Final
3. Professor orientador do trabalho
A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das
finanças também no caso dos patrimônios individuais. Freqüentemente, as pessoas
esquecem-se de que alguns conhecimentos de Contabilidade e Orçamento muito as
ajudariam no controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.
Kiyosaki (2000, p.22), autor americano afirma que:
Assuntos como contabilidade e investimentos são importantes para a vida das
pessoas, mas essas sabem muito pouco sobre o assunto, pois as escolas se
concentram nas habilidades acadêmicas e profissionais mas não nas habilidades
financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores
inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas
financeiros durante toda a sua vida.
De acordo com o SERASA (2001) nos países desenvolvidos é crescente a preocupação
com a educação financeira devido a dois fatores: os avanços da medicina, que apontam para
uma expectativa de vida de 120 anos para as novas gerações e o crescimento das crianças de
hoje numa cultura consumista. Essa preocupação levou alguns destes países, nos quais a
escola já reforça a formação que o estudante recebe em casa, a um maior investimento na
área. Em setembro de 2000, a Inglaterra instituiu como obrigatório o ensino de educação
financeira da pré-escola até o ensino médio.
Sousa e Torralvo (2003) relatam que a educação financeira é infelizmente muito pouco
explorada no Brasil, sendo a literatura relacionada à gestão financeira pessoal restrita e o
oferecimento de disciplinas correlatas a este tema em cursos regulares de escolas,
universidades e MBA’s praticamente inexistentes, ou seja, ensinar sobre dinheiro é tarefa
exclusiva dos pais, que tampouco receberam instrução sobre como lidar com dinheiro.
Diante do exposto e com base na observação do cotidiano que expõe a dificuldade de
grande parte das pessoas em controlar suas finanças, viu-se a necessidade de estudar como a
contabilidade poderia estar auxiliando no Planejamento Financeiro Pessoal, que segundo The
Financial Planning Association (2005), é um conjunto de objetivos e estratégias escritas e um
“cronograma” do cumprimento dessas estratégias: compra da casa, poupança para pagar o
curso superior dos filhos, pagamento de dívidas, etc, sendo então, um instrumento
imprescindível para o uso mais eficiente dos recursos financeiros e para a manutenção da
saúde financeira de uma pessoa.
O problema de pesquisa foi formatado desta maneira: De que forma a contabilidade
poderá auxiliar as pessoas físicas na elaboração e gestão de suas finanças pessoais? Cujo
objetivo geral é discutir o papel da contabilidade na elaboração e gestão das finanças pessoais
e os objetivos específicos são: Apresentar a importância do planejamento financeiro pessoal,
enumerar as ferramentas que a contabilidade pode fornecer para auxiliar no planejamento
financeiro pessoal e coletar e analisar dados de um grupo de Funcionários da empresa
Radiobrás – Empresa Brasileira de Comunicação S/A sobre o assunto.
Este trabalho não apresentará proposta de modelo para a gestão de finanças pessoais.
Terá como propósito introduzir o assunto junto aos contabilistas.
Será uma pesquisa básica em relação a sua natureza, e no âmbito de seus objetivos,
exploratória, por ter como procedimentos técnicos: a Pesquisa Bibliográfica e o
Levantamento.

2. Planejamento Financeiro Pessoal

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O Planejamento Financeiro Pessoal parte do pressuposto, levantado por Galvão et al
(2004, p.3), que “cada consumidor tem uma renda limitada (finita), cada unidade consumidora
tem desejos e necessidades ilimitadas (infinitas) e cada bem ou serviço capaz de satisfazer
uma necessidade ou desejo (despesa) tem um custo diferente de zero”. Diante da necessidade
de se harmonizar essas três vertentes que firma-se a importância do seu conhecimento e de
sua aplicabilidade no dia a dia.
De acordo com The Financial Planning Association (2005), o Planejamento Financeiro
é o processo de alcançar seus objetivos de vida através da gerência apropriada de suas
finanças. Objetivos de vida podem incluir a compra de uma casa, garantir a instrução do filho
ou planejar sua aposentadoria. E quanto aos seus benefícios ressalta:
O Planejamento Financeiro fornece direção e sentido para suas decisões
financeiras. Permite que você compreenda como cada decisão financeira afeta
outras áreas. Por exemplo, comprando um produto específico de investimento pode
ajudar-lhe a terminar de pagar a hipoteca mais rapidamente, ou pode atrasar sua
aposentadoria significativamente. Vendo cada decisão financeira como parte do
todo, você pode considerar seus efeitos de curto e longo prazo nos seus objetivos de
vida. Você pode também adaptar-se mais facilmente às mudanças e sentir-se mais
seguro por saber que seus objetivos estão na trilha.
Ainda sobre benefícios, Cerbasi (2004) afirma que o planejamento financeiro tem um
objetivo muito maior do que simplesmente não ficar no vermelho, pois mais importante do
que conquistar um padrão de vida é mantê-lo, e é para isso que devemos planejar. Os maiores
benefícios dessa atitude serão notados alguns anos depois, quando a família estiver usufruindo
a tranqüilidade de poder garantir a faculdade dos filhos ou a moradia no padrão desejado, por
exemplo.
BEI Comunicação (2004, p. 14) diz que:
Planejar é essencial para viver, e o planejamento financeiro é a base de todo
planejamento. Ele independe da renda e permite que você otimize seus recursos
para alcançar quaisquer objetivos de curto, médio e longo prazos, deixando o apto a
aproveitar as oportunidades que surgem e a contornar eventuais dificuldades. Se for
suficientemente preciso, ele garante sua manutenção no presente e “cria” sobras de
dinheiro para o futuro.
Para Galvão et al (2004), é por meio do planejamento que se conhecem em detalhes os
ganhos, aprende-se a poupar, gastar adequadamente e controlar as finanças para atingir os
objetivos desejados. Para manter o planejamento financeiro, são necessários um pouco de
tempo, esforço e, sobretudo, organização. Tudo tem que ser anotado e os cálculos precisam
ser atualizados constantemente.
Segundo Frankenberg (1999, p.31), Planejamento financeiro pessoal significa
“estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e
valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e sua família. Essa estratégia pode estar
voltada para curto, médio ou longo prazo, e não é tarefa simples atingí-la.”
O mesmo autor adverte que não significa que, depois de definidas, as metas não
sofram alterações, faz parte do planejamento realizar revisões periódicas.
Eid Junior e Garcia (2001, p. 8) enumeram em que um plano financeiro pode ajudar
uma pessoa:
Viver com seus recursos
Identificar prioridades financeiras
Utilizar adequadamente os recursos para cobrir as despesas

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Cobrir emergências e reduzir o uso de crédito
Reduzir conflitos e incertezas sobre dinheiro
Torná-lo independente e com controle sobre suas finanças
Poupar e investir para atingir seus objetivos
Já The Financial Planning Association (2005) enumera as 10 melhores práticas ao se
fazer o planejamento financeiro:
1) Ajustar metas mensuráveis, ou seja, metas que sejam possíveis de alcançar.
2) Compreender o efeito das decisões financeiras em outras áreas de sua vida.
3) Reavaliar seu plano financeiro periodicamente.
4) Começar agora – não supor que o planejamento financeiro é só para a velhice.
5) Começar com o que já tem, não supor que só os ricos podem planejar
financeiramente.
6) Tomar a carga para si – você tem o controle do seu planejamento financeiro.
7) Olhar como para uma grande pintura – o planejamento financeiro é mais do que
planejamento da aposentadoria ou planejamento de impostos.
8) Não confundir planejamento financeiro com investimento.
9) Não esperar retornos irreais em investimentos.
10) Não esperar uma crise financeira para começar o planejamento financeiro.
Ewald (2003) explica que o Planejamento Financeiro é fundamental para uma família
que pretende ter as contas em dia e com isso levar uma vida sem estresse. O orçamento é o
principal instrumento para se fazer o planejamento financeiro para hoje, amanhã e dias
futuros.

3. Orçamento Pessoal

3.1 Fluxo de Caixa: as despesas e as receitas

Segundo Matarazzo (2003), o fluxo de caixa pode ser definido como movimento de
caixa, ou seja, visa mostrar o confronto entre as entradas (receitas) e as saídas (despesas), e
conseqüentemente se haverá sobras ou faltas, permitindo decidir se deve tomar recursos ou
aplicá-los.
Conforme quadro abaixo, no fluxo de caixa as Receitas devem incluir todos os
rendimentos e as Despesas devem incluir todos os gastos e pagamentos mensais. Sendo que,
as despesas estão divididas em 3 categorias: Despesas Fixas que são as que têm o mesmo
montante mensalmente; Despesas Variáveis são as que são pagas todo mês, mas que
geralmente tem valores diferenciados e as Despesas Arbitrárias que incluem as que não são
necessárias mensalmente, conceitua Luquet (2000).

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FLUXO DE CAIXA
Dezembro / 2005
Salário R$ 3.500,00
Receita Saldo Inicial do mês na C/C R$ 50,00
Total de Receitas (A) R$ 3.550,00 100%
Aluguel R$ 300,00 8%
Condomínio R$ 100,00 3%
Prestação do Apto R$ 800,00 23%
Gastos Fixos
Prestação do Carro R$ 350,00 10%
Colégio / Cursos R$ 300,00 8%
Plano de Saúde R$ 230,00 6%
Alimentação R$ 250,00 7%
Luz / Gás R$ 90,00 3%
Telefone Fixo / Celular R$ 100,00 3%
Gastos Variáveis
Cartão de Crédito R$ 200,00 6%
Gasolina R$ 500,00 14%
Tarifas Bancárias R$ 30,00 1%
Cinema / Teatro R$ 60,00 2%
Gastos Arbitrários Restaurante R$ 80,00 2%
Total de Despesas (B) R$ 3.390,00 95%
Saldo Total Receitas – Despesas (A – B) R$ 160,00 5%
Tabela 1 – Fluxo de Caixa
Fonte: Luquet, 2000, p. 13 (Dados da autora)

Com essa base de dados pronta, sempre primando para que seja fidedigna à realidade,
discriminando o que foi recebido e principalmente com o que foi gasto, tem-se a matéria
prima para análise através de uma técnica chamada Análise Vertical.
A respeito desta técnica, Matarazzo (2003) explica que a Análise Vertical baseia-se em
valores percentuais das demonstrações financeiras. O percentual de cada conta mostra sua real
importância no conjunto. Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um
valor base.
Trazendo para o caso específico deste trabalho, calcula-se o valor percentual de cada
item, dividindo-se o valor da despesa pelo valor total da receita e multiplica-se por 100 e esse
número indica a relação da despesa entre a receita. Von Sohsten (2004, p.145), explica ainda
que “a partir do momento que você tem esse número percentual ele se torna um elemento de
comparação que se mantém fixo, independente da variação da receita, ou seja, se a receita
mensal aumentar ou diminuir ficará claro quanto esta comprometido com cada item da
despesa”.
Assim, essa técnica em muito auxilia o acompanhamento, principalmente das despesas
pois torna visível as possíveis disparidades, facilitando assim os ajustes que se fizerem
necessários para os próximos meses em relação à estratégia traçada, seja decisão de
investimento ou novo endividamento.

3.2 Conciliação Bancária

O Plano Real, em 1994, mudou radicalmente o cenário de atuação dos bancos no


Brasil: fornecer melhores serviços ou produtos para garantir sua parcela de mercado. Adveio,
então, o fenômeno da automação bancária que facilita a vida dos clientes e até do banco,
dentre os serviços oferecidos destaca-se: Home banking, pagamentos de contas ou de compras

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por débito automático, correspondentes bancários, phone banking, auto-atendimento em
caixas eletrônicos, etc, relata BEI Comunicação (2004).
Com isso, grande parte das receitas e despesas passam pela conta bancária, tornando
assim, imprescindível o uso de um procedimento contábil chamado de Conciliação Bancária.
Através deste procedimento contábil, têm-se como identificar cada valor debitado ou
creditado na conta, além de controlar cheques pré-datados, débitos automáticos, tarifas
bancárias e a suficiência ou não de saldo. Fazendo isso, além do controle, ter-se-á uma boa
parte dos dados pronta para alimentação do fluxo de caixa, sendo que faz-se necessário que
neste conste o saldo inicial bancário de cada mês, a fim de que quando no final do mês se
fizer a conciliação do resultado do fluxo de caixa com o real, se verifique se realmente este
retrata o saldo final bancário e em espécie, se houver do mês, abrindo assim a possibilidade de
descoberta se houve algum furo no levantamento dos dados que constaram no fluxo de caixa
naquele período .
CONCILIAÇÃO BANCARIA
Dezembro/05
Data Histórico Débito Crédito Saldo Descrição
01/12/05 Saldo Inicial 50,00 50,00 Saldo remanescente nov/05
05/12/05 Salário 3.500,00 3.550,00 Salário Nov/05
07/12/05 Pagto Boleto 400,00 3.150,00 Aluguel + Cond. Nov/05
08/12/05 Pagto Boleto 800,00 2.350,00 Prestação Apto
08/12/05 Pagto Boleto 350,00 2.000,00 Prestação Carro
09/12/05 Cheque 01100 300,00 1.700,00 Parcela Cursinho
10/12/05 Déb. Automático 230,00 1.470,00 Plano de Saúde
10/12/05 Déb. Automático 90,00 1.380,00 Luz + Gás Nov/05
10/12/05 Déb. Automático 100,00 1.280,00 Fixo + Celular Nov/05
15/12/05 Saque 1.090,00 190,00 Pagtos Diversos
25/12/05 Tarifa 15,00 175,00 Manutenção conta
30/12/05 CPMF 15,00 160,00 CPMF
30/12/05 Saldo Final 160,00
Tabela 2 – Conciliação Bancária
Fonte: a autora

3.3 Investimentos

Investir significa adiar um consumo presente para, no futuro, ter mais dinheiro para
consumir, além de ser a melhor forma de proteger o dinheiro contra a desvalorização, ou seja,
a inflação, esclarece Santos (2005).
Para isso, existe o Mercado Financeiro, sobre o qual a BEI Comunicação (2004)
explana: O mercado financeiro envolve todos os negócios com moedas e títulos, e também
abrange as instituições que promovem tais operações, como o Banco Central de um país, os
bancos oficiais, comerciais e de investimentos, administradoras de recursos, bolsas e
corretoras de valores, distribuidoras de títulos, etc, além de facilitar, por meio da moeda,
“estocar” recursos e facilitar também, a possibilidade de pedir emprestado, antecipando para o
presente renda que se irá ter no futuro.
Os principais participantes do mercado financeiro são:
Investidores – aqueles que tem dinheiro para investir,
Tomadores de recursos – são os que precisam de dinheiro emprestado;

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Intermediários Financeiros – sãs as instituições que “ligam” os investidores e
tomadores de recursos.
Governo – O Banco Central faz o papel de árbitro do mercado e é o
encarregado de manter saudável a economia do país. Só ele pode emitir papel -
moeda e também fiscalizar e controlar os outros bancos e as operações financeiras.
No mercado financeiro existe um tripé dissociável: segurança, rentabilidade e liquidez,
Martins (2004, p. 86-87), aborda o assunto da seguinte forma:
Segurança diz respeito às garantias reais pedidas pela instituição financeira
para realizar uma operação financeira;
Rentabilidade são os ganhos de capital (juros e/ou dividendos) que o investidor
receberá. Sendo que há uma correlação inversa entre segurança e rentabilidade:
quanto mais segura a aplicação, menor a taxa de juros paga; quanto menos segura e
mais arriscada a aplicação, maior a taxa de juros.
Liquidez corresponde à capacidade de transformação do ativo em moeda.
Feito o planejamento financeiro, considerando objetivos, analisando gastos e ao haver
sobras urge a decisão de aplicá-las, mas para se fazer um bom investimento é preciso analisar
cuidadosamente este tripé conjuntamente com as características pessoais de consumo,
patrimônio e fluxo de caixa, além de conhecer as características dos mais usuais tipos de
investimento, conforme quadro abaixo:
TIPO CARACTERÍSTICAS RISCO
Indicado a quem assumiu compromissos atrelados ao valor do dólar
Fundo Cambial Alto
ou planeja viajar para o exterior.
É vantajoso num cenário de queda nas taxas de juros. Caso contrário,
Fundo de Renda Fixa Baixo
o investidor perde.
As contas em dólar não são permitidas no Brasil. Há riscos de
Dólar Alto
falsificação e restrições para negociar a moeda.
Rende mais para grandes quantias, o que é uma limitação. Promessa
CDB Moderado
de retorno muito alto é sinal de perigo.
Indicado em momentos de grande turbulência. São mais
Fundos DI Baixo
conservadores do que os fundos de renda fixa.
O grande apelo é deduzir as aplicações do Imposto de Renda até o
PGBL Baixo
limite de 12% da renda total.
Indicado a quem quer diversificar e assumir um risco moderado em
Fundo Balanceado Moderado
ações, além da renda fixa.
Exige grande conhecimento do mercado. Pode ter custo elevado de
Ações Alto
corretagem. Retorno de longa duração.
A principal vantagem é a diversificação que o fundo possibilita,
Fundo de Ações Alto
reduzindo o risco de oscilações.
Garantida até R$ 20.000,00. Não paga Imposto de Renda. A
Caderneta de Poupança Baixo
rentabilidade é a menor entre os produtos de renda fixa.
Há muito tempo tem cotação estável. Mas em tempo de crise, é um
Ouro Moderado
porto seguro para os mais cautelosos.
Sua principal vantagem é a estabilidade, mas é o que apresenta a
Imóvel Baixo
menor liquidez entre todos.
A rentabilidade esta diretamente associada à qualidade do
Fundo Imobiliário Moderado
empreendimento. Seu ponto fraco é a liquidez.
Pode ser adquirido pelo chamado “Tesouro Direto”, que não tem
taxa de administração, ou por corretora, arcando com os serviços de
Títulos Públicos Baixo
corretagem. É uma opção interessante, segura, de boa rentabilidade e
alta liquidez.
Tabela 3 – Tipos de Investimentos
Fonte: Von Sohsten, 2004, p. 208-209 (com alterações da autora)

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3.4 Impostos

“O brasileiro paga 59 tributos diferentes, sendo que a carga total de impostos atinge
33% do PIB (Produto Interno Bruto)” , coloca Eid Junior e Garcia (2001, p. 52).
Os mesmos autores explicam ainda que a Constituição Brasileira estabelece 4 (quatro)
categorias de tributos que podem ser cobrados de pessoas ou empresas:
a) Impostos: cobrados independentemente de qualquer serviço prestado pelo governo.
b) Taxas: cobradas por lei ou como pagamento de serviço público.
c) Contribuições de Melhoria: devidas por donos de imóveis que foram beneficiados
por serviços públicos.
d) Contribuições Sociais: cobradas pelo sistema de seguridade social.
Conforme Brasileiro (2005), foi publicado no site CorreioWeb do jornal Correio
Braziliense, em 19 de Maio de 2005, uma reportagem, que abordava o assunto de forma muito
clara e sucinta, cujo título dizia: “Brasileiro trabalha mais de 4 meses para o fisco. Para pagar
impostos federais, estaduais e municipais, o trabalhador terá que entregar o equivalente aos
salários recebidos até amanhã”, cujo conteúdo é subscrito abaixo:
Se guardasse todo o dinheiro que recebeu este ano só para pagar os impostos que
deve, antes das demais despesas (inclusive alimentação), o trabalhador iria se livrar
da conta amanhã. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
(IBPT), em 2005 os brasileiros trabalharão 4 meses e 20 dias apenas para quitar os
tributos dos governos federal, estadual e municipal. Ou seja, é como se até dia 20
de Maio todos os salários saíssem do bolso do trabalhador e fossem direto para os
cofres do governo. Em 1986, quando o IBPT inciou os levantamentos, para pagar
os tributos o contribuinte trabalhava 2 meses e 22 dias.
De acordo com a entidade, o pagamento de impostos e contribuições representou
37,81% da renda do contribuinte em 2004. Neste ano, chegará a 38,35%. O
percentual inclui o Imposto de Renda, contribuição previdenciária, contribuição
sindical, tributações sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ISS), sobre o patrimônio
(IPTU, IPVA, ITR), taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de
documentos) e contribuições (iluminação pública).
O levantamento demonstra também que, para o cidadão de classe média, há ainda o
gasto indireto. Além dos tributos, ele paga por serviços privados porque não
encontra qualidade nos que são prestados pelo governo – tais como saúde,
educação, segurança, previdência e infra-estrutura rodoviária, equivalentes a mais
112 dias de trabalho, ou 31% da renda. Somando os dois índices, o brasileiro de
classe média trabalhará neste ano até o dia 10 de setembro, totalizando 252 dias (7
meses e 27 dias) para pagar tributos e serviços, contra 243 em 2004 e 237 em 2003.
Além de trazer perplexidade, todas essas informações divulgadas nesta reportagem
vêm ratificar a importância de se conhecer os tipos de tributos cobrados no Brasil e suas
respectivas alíquotas quando se organizar e planejar o orçamento.
No quadro abaixo, estão discriminados os principais tributos e suas características e já
divididos por competência, se são federais, municipais, estaduais ou contribuições sociais.

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FEDERAIS
A União cobra esse imposto sobre a renda e ganhos de capital – Imposto de
Renda de Pessoa Física (IRPF) – e sobre os lucros de empresas – Imposto de
Imposto de Renda Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ). A alíquota das empresas é de 15% sobre o
lucro e mais um adicional de 10% sobre o que exceder a certo valor, que
hoje é de R$ 240 mil.
É cobrado sobre os produtos manufaturados, tanto os produtos
manufaturados, tanto os produzidos por empresas nacionais quanto os
Imposto sobre Produtos
importados. A base de cálculo incide sobre o preço do bem e varia de acordo
Industrializados (IPI)
com o produto. O IPI é não-cumulativo, porque se descontam do imposto a
pagar os valores previamente recolhidos.
O valor desse imposto varia conforme o produto, e sua base de tributação é
Imposto de Importação
o preço no país exportador somado ao frete e seguro.
Imposto sobre Operações Tributo cobrado sobre operações de crédito, de câmbio e seguros. Sua
Financeiras (IOF) alíquota varia conforme o tipo de operação.
Contribuição sobre
Incide sobre qualquer movimentação financeira, com alíquota de 0,38%
Movimentações Financeiras
sobre o valor total movimentado.
(CPMF)
Imposto sobre a Propriedade
Incide sobre propriedades rurais.
Territorial Rural (ITR)
MUNICIPAIS
Tributo incidente sobre serviços prestados por empresas e autônomos. Sua
Imposto sobre Serviços (ISS) base de cálculo é o preço cobrado pelo serviço prestado. A alíquota do ISS
depende do estabelecido pela cidade e varia de 2% a 5%.
Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana Incide sobre imóveis e sua alíquota varia conforme o município.
(IPTU)
ESTADUAIS
Incide sobre a venda e a importação de bens, serviços de transporte, frete,
energia e comunicações. Sua alíquota varia conforme o Estado. Trata-se de
Imposto sobre Circulação de
um imposto não-cumulativo, a exemplo do IPI. O ICMS é calculado “por
Mercadorias e Serviços (ICMS)
dentro” porque o tributo incide sobre o valor total do produto ou serviço,
acrescido da aplicação da alíquota do tributo.
Imposto sobre a Propriedade de
É aquele pago anualmente pelos proprietários de veículos.
Veículos Automotores (IPVA)
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Contribuição para o Instituto É a previdência oficial do Brasil. A alíquota para empregados, empregados
Nacional de Seguridade Social domésticos e trabalhadores avulsos varia de 7,65% a 11%, de acordo com o
(INSS) valor do salário.
Contribuição Social sobre o Lucro Incide sobre o lucro liquido das empresas com alíquota de 8%, sendo que
Líquido (CSLL) para as instituições financeiras esse valor é de 18%.
Contribuição para Financiamento Incide sobre o faturamento bruto mensal de serviços prestados ou produtos
da Seguridade Social (Cofins) vendidos pelas empresas. Essa alíquota é de 3% sobre o faturamento.
Contribuição para o Programa de É cobrado sobre o faturamento bruto mensal das empresas na base de
Integração Social (PIS) 0,65%, sendo que para as instituições financeiras o valor é de 0,75%.
Tabela 4 – Características dos Tributos
Fonte: Eid Junior e Garcia, 2001, p. 53 (com alteração da autora)

4. Demonstrações Financeiras
Iudícibus (1998), ressalta que a Contabilidade está voltada para os interesses da
entidade como distinta de seus proprietários, muito embora o que for útil para a empresa
usualmente seja útil para os proprietários.

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Objetivando se fazer valer dessa utilidade é que neste trabalho serão abordados os
conceitos de Balanço Patrimonial, Demonstração de Renda e de Análise através de Índices
como ferramentas para medir e monitorar a evolução do patrimônio de uma pessoa física.

4.1 Balanço Patrimonial

Para Iudícibus (1998), O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes


demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e
financeira de uma entidade (ou pessoa física) em determinado momento. Nessa demonstração,
estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade (ou
pessoa física).
O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade (ou pessoa física) expressos em
moeda, e todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados no lado esquerdo
do Balanço Patrimonial
O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a
empresa (ou pessoa física) deve a terceiros. Todos os elementos componentes do Passivo
estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.
E o Patrimônio Líquido (PL) é a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma
entidade (ou pessoa física), ou seja corresponde a existência (PL > 0) ou inexistência ((PL =
0) ou (PL< 0)) de riqueza.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo de Curto Prazo Passivo de Curto Prazo
Saldo Conta Corrente R$ 1.000,00 Cartão de Crédito R$ 1.500,00
Saldo Devedor em
Fundo de Renda Fixa DI R$ 22.000,00 financiamento de R$ 6.000,00
Automóvel
Prestação de Imóvel a
Ativo de Longo Prazo R$ 5.000,00
vencer
Empréstimo concedido a
R$ 2.000,00 Passivo de Longo Prazo
Irmão
Prestação de Imóvel a
FGTS R$ 17.000,00 R$ 40.000,00
vencer
Ativo Permanente Patrimônio Líquido
Apartamento R$ 60.000,00 Seu Patrimônio R$ 60.500,0000
Automóvel R$ 11.000,00
Total do Ativo R$ 113.000,00 Total do Passivo R$ 113.000,00
Tabela 5 – Balanço Patrimonial
Fonte: Halfeld, 2004, p. 133

A diferenciação de Ativo de Curto Prazo para Ativo de Longo Prazo é a Liquidez, ou


seja, Halfeld (2004) diz que o de curto são os bens e direitos que podem ser convertidos em
espécie em menos de 1 (um) ano, já os de longo prazo serão os demais de prazo maior. No
Passivo também são classificadas as obrigações (dívidas) em curto prazo as que vencem em
menos de 1 (um) ano e as que vencem depois de 1 (um) ano em longo prazo.
Kiyosaki (2000, p. 81) adverte que “a regra mais importante é conhecer a diferença
entre um ativo e um passivo. Uma vez que você consiga entender a diferença concentre seus
esforços na compra exclusiva de ativos geradores de renda”.

10
4.2 Demonstração de Renda

A Demonstração de Renda, elaborada simultaneamente com o Balanço Patrimonial,


constitui-se no relatório sucinto das transações realizadas por uma pessoa física durante
determinado período de tempo. O fluxo de caixa já será a projeção da demonstração de renda,
sendo que a diferença é que nesta demonstração não se tem a preocupação com o saldo
remanescente do período anterior.
DEMONSTRAÇÃO DE RENDA
Dezembro / 2005
RECEITAS
Salário Líquido 3.500,00
DESPESAS
Alimentação R$ 250,00
Moradia (aluguel, cond., tel., luz, gás) R$ 590,00
Prestação do Apartamento R$ 800,00
Automóvel (prestação e gasolina) R$ 850,00
Lazer R$ 140,00
Plano de Saúde R$ 230,00
Tarifa Bancária R$ 30,00
Cartão de Crédito R$ 200,00
Colégio/Curso R$ 300,00
RECEITAS - DESPESAS R$ 110,00
Resultado Disponível para Investir R$ 110,00
Tabela 6 – Demonstração de Renda
Fonte: Halfeld, 2004, p. 137 (Dados da autora)

Para a melhor visualização e o entendimento dos dados, o uso de um gráfico tipo pizza
serve como grande elucidador, conforme abaixo:

Apartamento
23%
Moradia
17%

Automóvel
Alimentação 24%
7%
Tarifa Bancaria
Investimento 1%
3% Lazer
4% Curso Plano de Saúde
Cartão Crédito 9% 7%
6%

Gráfico 1 – Proporção das Despesas e Sobras na Demonstração de Renda


Fonte: a autora

Ainda, Kiyosaki (2000) usa vários diagramas para facilitar o entendimento da relação
entre a Demonstração de Renda e o Balanço Patrimonial, assim sintetizados:

11
Receita
Trabalha para o Patrão
Despesa
Trabalha para o Governo

Ativo Passivo
Trabalha para o Banco

Aumento/diminuição

Figura 1 – Relação ente Demonstração de Renda e Balanço Movimento dinheiro


Fonte: Kiyosaki (2000) (com adaptações da autora)

4.3 Análise através de Índices

Segundo Matarazzo (2003, p.147):


Um índice é como uma vela acesa num quarto escuro, pois é a relação entre
contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa (ou
pessoa física). E a quantidade de índices que deve ser utilizada na análise
depende exclusivamente da profundidade que se deseja da análise.
Sendo assim, Halfeld (2004) propõe 4 (quatro) índices a serem utilizados por pessoas
físicas:
Nº NOME CÁLCULO CARACTERÍSTICA
Indicará quanto que a pessoa possui de
Ativo de Curto Prazo Ativo de Curto Prazo para cada R$ 1,00 de
1 Índice de Liquidez
Passivo de Curto Prazo. Este índice tem a
Passivo de Curto Prazo
característica: quanto maior, melhor.
Indicará quanto que a pessoa possui de
Ativo de Curto Prazo Ativo de Curto Prazo para cada R$ 1,00 de
Índice de Cobertura de
2 Despesa Mensal. Também este índice é
Despesas Mensais Despesas Mensais
quanto maior, melhor. Sendo que o autor
adverte que este se mantenha acima de 6.
Passivo Indicará quanto que a pessoa contraiu de
Índice de
3 X 100 dívidas para financiar cada R$ 100,00 de
Endividamento Ativo
Ativo. Já este índice quanto menor, melhor.
Resultado Disponível Indicará quanto que a pessoa possui para
4 Índice de Poupança para Investir X 100 aplicar em um investimento para cada R$
Receitas 100,00 de Receita auferida.
Tabela 7 – Os Índices e suas Características
Fonte: Halfeld (2004) (características da autora)

5. Metodologia

5.1 Classificação da Pesquisa

A Metodologia será definida segundo Gil (1991):


Do ponto de vista da sua natureza a pesquisa será básica, pois objetiva gerar
conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática
prevista.
12
Já do ponto de vista de seus objetivos será exploratória, pois visa proporcionar
maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir
hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas, análise de
exemplos que estimulem a compreensão.
Os procedimentos técnicos adotados serão: Pesquisa Bibliográfica, elaborada a
partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de
periódicos e material disponibilizado na Internet e Levantamento, que constitue-se
de pesquisa que envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se
deseja conhecer.

5.2 Coleta dos Dados

O objetivo da pesquisa de campo foi verificar a realidade do cotidiano de um grupo de


pessoas no que diz respeito ao Planejamento Financeiro e peculiaridades da gestão de suas
finanças. O questionário foi formulado com 10 (dez) questões objetivas, sendo que 3 (três)
delas eram múltipla escolha.
A coleta dos dados foi realizada pela autora deste artigo, pela facilidade de acesso, no
seu local de trabalho: a Sede Administrativa em Brasília da empresa RADIOBRÁS – Empresa
Brasileira de Comunicação S/A que é uma empresa pública de comunicação, cuja missão é
buscar e veicular com objetividade informações sobre Estado, Governo e Vida Nacional e
trabalhar para universalizar o acesso à informação, direito fundamental para o exercício da
cidadania.

5.3 Procedimentos Adotados

Para o desenvolvimento deste artigo foram adotados os seguintes procedimentos:


Elaboração do questionário.
Aplicação dos questionários aos Funcionários da Radiobrás dentre suas diversas
Seções e Divisões onde é permitida a livre circulação, sendo distribuídos ao todo
170 (cento e setenta) questionários. A melhor estratégia encontrada foi deixá-los
num dia e 48 h (quarenta e oito horas) depois recolher daqueles que se dispuseram
a respondê-lo, totalizando 137 (cento e trinta e sete) respondidos. Isto feito entre os
dias 27 a 31 de Março de 2006.
Tabulação e análise dos dados coletados. O software Excel foi utilizado como
suporte para tal.

6. Análise e Discussão

6.1 As pessoas e o Planejamento Financeiro Pessoal

Os resultados apresentados nos gráficos abaixo estão tabulados com base nos 137
questionários respondidos.
Questão 1: Você faz seu planejamento financeiro?

13
Sim
80%

Não
20%

Gráfico 2 – Planejamento Financeiro


Fonte: a autora

Observa-se, no resultado dessa tabulação que 80% (oitenta por cento) fazem seu
planejamento financeiro enquanto 20% (vinte por cento) não o fazem.
Questão 2: Você faz o acompanhamento do planejamento financeiro elaborado?

Sim
56%
Não
44%

Gráfico 3 – Acompanhamento
Fonte: a autora

O resultado da pesquisa revelou entretanto, que 56% (cinqüenta e seis por cento) dos
entrevistados acompanham o planejamento elaborado enquanto 44% (quarenta e quatro
por cento) não acompanham.
Questão 2.1: Se não, qual o motivo?

Não acha
necessá
rio
36%

Falta de
tempo
43% Outro
21%

Gráfico 4 – Motivo do Não Acompanhamento


Fonte: a autora

14
Quando perguntado aos entrevistados o motivo do não acompanhamento do
planejamento financeiro elaborado 43% (quarenta e três por cento) alegaram falta de
tempo, 36% (trinta e seis por cento) não acham necessário e 21% (vinte e um por cento)
alegaram outros motivos como desorganização, preguiça e falta de habilidade .
Questão 3: Você entende que o Planejamento Financeiro pode lhe auxiliar no uso mais
efetivo de sua renda.

Concordo
totalmente
52% Concordo
46%
Discordo Discordo
totalmente 1%
1%

Gráfico 5 – Uso Mais Efetivo da Renda


Fonte: a autora

Em relação ao entendimento quanto ao auxílio que o Planejamento Financeiro dá para


o uso mais efetivo da renda, 52% (cinqüenta e dois por cento) concordam totalmente, 46%
(quarenta e seis por cento) concordam, 1% (um por cento) discorda e também 1% (um por
cento) discorda totalmente.
Questão 4: Qual o mecanismo que você utiliza para controlar suas finanças?

Programa
Planilha tipo Money
Excel 1%
31%
Anota
Carderno
Outros 56%
12%

Gráfico 6 – Mecanismos de Controle das Finanças


Fonte: a autora

Quando perguntado aos entrevistados quais mecanismos utilizam para controle de suas
finanças, 56% (cinqüenta e seis por cento) responderam que utilizam Anotações em
Caderno ou Agenda, 31% (trinta e um por cento), utilizam Planilha de Excel, 12% (doze
por cento) utilizam outros, foram citados: extrato de banco, cabeça e ordem de prioridade
e 1% (um por cento) utilizam Programa Específico Tipo Money.
Questão 5: A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou o Projeto de Lei
2.831/02, do Dep. Leonardo Prudente, que institui o programa de Educação Financeira nas
escolas da rede pública do DF, voltado para os alunos de 1ª a 8ª séríes com o objetivo de
ensiná-los a poupar e planejar seus gastos. O que você acha desse assunto ser introduzido
desde a infância?
15
Concordo
totalmente Concordo
48% 45%

Discordo Discordo
totalmente 6%
1%

Gráfico 7 – Educação Financeira para Crianças


Fonte: a autora

Quanto à introdução da educação financeira nas escolas da rede pública do DF, 48%
(quarenta e oito por cento) concordam totalmente, 45% (quarenta e cinco por cento)
concordam, 6% (seis por cento) discordam e 1% (um por cento) discorda totalmente.
Questão 6: Você faz uma reserva financeira para emergências e imprevistos?

Não
56%

Sim
44%

Gráfico 8 - Reserva Financeira


Fonte: a autora

A pesquisa revelou que 56% (cinqüenta e seis por cento) dos entrevistados não fazem
uma reserva financeira para emergências e imprevistos e 44% (quarenta e quatro por
cento) fazem.
Questão 7: Qual é o grau do seu endividamento com relação a sua renda?

Médio
47% Baixo
37%

Alto
16%

Gráfico 9 – Grau de Endividamento


Fonte: a autora

16
Em relação ao grau de endividamento, 47% (quarenta e sete por cento) têm um grau
médio, 37% (trinta e sete por cento) um grau baixo e 16% (dezesseis por cento) um grau
alto.
Questão 8: Dentre os produtos de crédito citados, quais você mais utiliza?
C a rt ã o de
C ré dit o
50%
E m pre s t i
40% C he que mo
E s pe c ia l C o ns igna
30% do

20%
P e nho ra O ut ro
CDC de J ó ia s
10%

0%

Gráfico 10 – Produtos de Crédito


Fonte: a autora

Quando perguntado aos entrevistados, dentre as opções, quais são os produtos de


créditos mais utilizados, 45% (quarenta e cinco por cento) responderam cartão de crédito,
28% (vinte e oito por cento) cheque especial, 17% (dezessete por cento) empréstimo
consignado, 5% (cinco por cento) outro como empréstimo de familiar, 4% (quatro por
cento) crédito direto ao consumidor e 1% (um por cento) penhora de jóias.
Questão 9: O mercado brasileiro possui uma variada gama de produtos para
investimento. Marque dentre as opções, as que você tem conhecimento e que você
investiria seu dinheiro?

40% Im ó v e is
P o upa nç a
F undo s
30%
de Inv e s t i
m e nt o
20%
A çõ es
CDB T í t ulo s do
10% RDB G o v e rno

0%

Gráfico 11 – Produtos de Investimento


Fonte: a autora

O resultado da pesquisa revelou que os entrevistados assim listaram suas opções de


produtos de investimento de acordo com seu conhecimento e preferência, 33% (trinta e
três por cento) Imóveis, 27% (vinte e sete por cento) Poupança, 19% (dezenove por cento)
Fundos de Investimento, 11% (onze por cento) Ações, 6% (seis por cento) CDB, 3% (três
por cento) Títulos do Governo e 2% (dois por cento) RDB.
Questão 10: Você contrataria um Consultor para fazer seu Planejamento Financeiro?

17
Não
79%

Sim
21%

Gráfico 12 – Contratação de Consultor


Fonte: a autora

Em relação à contratação de um consultor, 79% (setenta e nove por cento)


responderam que não contratariam, por diversos motivos como ser assalariado, formação na
área de administração, economia ou contabilidade, preço do serviço e não achar necessário e
21% (vinte e um por cento) que sim, principalmente buscando técnicas eficazes de
investimento e aprender sobre planejamento financeiro.

6.2 Fundamentação Teórica x Pesquisa de Campo

Ao confrontarmos o referencial teórico com as respostas apresentadas na pesquisa, nos


deparamos com alguns pontos muito salutares em relação ao tema, a teoria versus a prática:
É notório que as pessoas não sabem o que é Planejamento Financeiro, cujo
conceito é tão amplo, sendo resumido na prática a saber o que entra e o que sai
durante o mês.
No caso especifico deste estudo, a amostra é composta por servidores públicos que
se servem de sua estabilidade e facilidade de crédito para não se preocupar com
sua vida no longo prazo.
No quesito acompanhamento e controle de suas finanças, se contentam em fazê-lo
pelo meio mais antagônico ou nem fazê-lo alegando falta de tempo ou não
necessidade, ficando à margem sem conhecer as facilidades tecnologias existentes
e sem ter uma informação capaz de auxiliá-lo na tomada de decisão.
A formação na área de Contabilidade, Economia e Administração traz uma certa
segurança demasiada na gestão de suas finanças, fechando o leque para o
aprendizado e abrindo para a auto-suficiência.

7. Considerações Finais
O presente trabalho demonstra que a Contabilidade é fundamental na gestão das
finanças pessoais principalmente no tocante ao acompanhamento e controle do planejamento
financeiro elaborado, pois como acontece nas empresas pode-se usar técnicas auxiliares como
fluxo de caixa e conciliação bancária e as consagradas demonstrações financeiras e a análise
através de índices extraídos destas demonstrações, que juntos formam um sistema de

18
informações altamente completo, capaz de subsidiar a tomada de decisão, a revisão do
planejamento e o monitoramento da evolução do patrimônio.
Ao mesmo tempo, isso traz para a Contabilidade alguns desafios como: demonstrar
para as pessoas o benefício de se fazer o acompanhamento de suas finanças, tirar o estigma do
Imposto de Renda e a necessidade de os profissionais da área que são professores trabalharem
esse assunto em suas salas de aula.
Como sugestão para trabalhos futuros, seria interessante realizar uma pesquisa de
campo também com profissionais autônomos e/ou da iniciativa privada para verificarmos as
principais diferenças e testar também qual o grau de conhecimento sobre o assunto das
pessoas com formação em Contabilidade, Economia e Administração comparando com as
outras áreas de formação.

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municipais, o trabalhador terá que entregar o equivalente aos salários recebidos até amanhã.
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