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ternal de Catala aa ne (Cimara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ena Risiwde Olsen | aaah og) Si Pao Polis Bebo ante Ser, 2011 | 1, Cian 2-Rel |. Gliveira Pero A. Riba de- Mori, Gera | epp251 1.00250 = \ indice para catitogo sistematico: |. Form cia : Educa fio Tek ei 2 Pog id: Religie dug: Tene soi | | eeduacio 2. Reign esociolgia | 261 | ‘edigto- 2018 Dinepiogrtl) Revadete Bl? J Ea Dr so ML Sa Cr one Poca Ll Me ta Oa Se Draco lve Den Gre Dra to ese Baba Eitorsrespomsiveis: ere Inanise Bombonato Afonso ML Soaes CCopidesqus: Cirano Dias Pein CCoordenagto de revisio: Marina Mendonca Revisio: Houipe edioral Assisteme de arte: Sora Br Geren de prog: Felco Calega Neto Capa editoragdo eletenica: son Teodoro Garcia aulinas Sotiedade de Tolga eCigncas da Reighao — SOTER ‘v-Dom José Gaspar S00 ‘Coragio Eveartico PUCIMG, Pr 4 iso? 30838610 Belo Horizate — MG (Brea ‘eworsoterorgibr — soer@soter. og ua Dor nen Usa, 62 canieo so Palo SP asi) Tes 11) 2128350 ree hapsinwpin onge— etre ‘earl SAC. C60-710081 {6 Pia Sociedade Fils de Sto Paulo —Sto Paso, 2011 5. A distingao relativa entre a Teologia e as Ciéncias da Religiao Steven Engler A Satan de Concordia, em Montreal ~ onde fiz 0 doutorado € uma das poucas no mundo que tém um departamento de Teologia e também, totalmente independente, um departamento de Religido (religious studies, sciences religieuses ou ciéncias da religiéo)! No departamento de Religigo, estudei histarin,filosotia, sociologia e antropologia, mas nada de teologia. Nem passou por minha cabeca. Até hoje no sei onde fica o departamento de Teologia na Concor- dia: nunca o visitei, nunca encontrei um aluno de Id, nunca soube © nome ou a especializagio de algum dos professores de lé. Anos depois, eu estava conversando com um colega que me surpreendeu Por nao reconhecer 0 que me parecia bvio: que as discipli Accocate Profesor (Religions Stuties) na Mount Koyal University, Calgary, Canad, € Associate Professor adjunto (Religion) na Concordia University, Montresl, Canad doutor por esta ultima. Foi professor vistante no Programa de Estudos de P's. -Graduagio em Gigncias da Religiao da PUC-SP (20052007), com apoio da Fapesp Capes. Eco-orpanizador dos livros Historiizing “Tradition” in the Stuy of Relig (com Gregory Price Grieve. DeGruyter, 2005) e The Routlsge Hondboot of Reseerck Methods in the Study of Religion (com Michael Stausberg. Routledge, 201) £ co-organizador da revista Religion (Routledge), co-oryanizador da série de livros Studies inthe History of Religions (Brill), e organizador da série de livros Key Thinkers in te Study of Religion (Equinox/NAASR). E autor de vérios artigos sobre a teria da religisoe a eeligifo no Brasil em varias revistas académicas, etre elas Religion, Numen, Nova Religio, Method and Theory in the Study of Religion, Cultural Studies. Rever, Reign Culturoy Etude de aig Sts in Relgon Scents elie c Relig Shes Reson Reconheso que existe uma importante discussio no Brasil sobre o nome da disciplina (or exemplo: Filoramo; Prandi 1999. Teixoira, 2001. Usarski, 2006). Essa discuss30 € altamente visivel nos nomes dos departamentos que oferecem programas de és graduacio: Ciencias do Religito (Umesp, PUCSP, PUC-GO, PUCMG, Unicap e Mackenzie. Ciéucia de Relgito (UFJG). Ciencias das Religides (UFPB). Até Ciuc) da Religido(UEPA).Adoto “ciéncias a religiao” aqui simplesmente pelo maior paralelisno com “religious studies” e “sciences religieuses”. ‘A nisncho arin ea a Tewoan € 45 CiNoas os Revco éncias da Religido e Teologia nao tém nada a ver uma com a outra: a primeira seria uma disciplina académica e a segunda, uma obra de fé. Foi somente naquele momento, anos apés ter-me formado, que comecei a achar estranha esta espécie de esquizofrenia disciplinar, Agora, depois de anos mais de pensamento no assunto, 0 que era Sbvio nao é mais. Na minha avaliago, os argumentos comuns para uma distingio nitida entre a teologia e as ciéncias da religiao sao relativos e ndo absolutos. Existe uma literatura rica sobre as relagdes entre a teologia (T) e as citncias da religiéo (CR). Aqui resumirei, de maneira seletiva, algumas linhas centrais, Especificamente, 03 argumentos mais comuns discutem uma série de distingdes internas Gubstantivas, metodol6gicas ¢ tebricas) entre aT e as CR, ¢ tais dis- cusses oferecem somente uma distingao relativa entre a T e as CR, Objetos distintos Uma primeira tentativa de apoiar a diferenca entre T e CRé feita na base de as duas disciplinas terem objetos distintos. A T investiga uma religio, a suaze as CR, todas. A T investiga o mundo espiritual; as CR investigam 0 mundo empirico-social: {..] no desenvolvimento do estudo académico/cientifico da religiao houve de fato uma transformagao radical do coneeito de religiao [] [..] “teligiao”, mesmo que referida durante um certo periodo a uma realidade (transcendental) religiosa, agora refere-se somente a uma realidade sécio-histérica. (Wiebe, 1994, p. 844) AT é aqui definida como religido, e as CR como pertencendo a nivel légico distinto: © “objeto” (matéria) © 05 objetivos do estudo da religisa [.] ska distintos das “preocupagdes” ¢ “interesses” da religido. A religio se preocupa com a realidade transcendental, enquanto o estudo da religido focaliza o fendmeno (humano) em si; religiao tem asalva- 80 como meta, mas 0 estudo da religido procura o conhecimento. (Wiebe, 1985, p. 78) 230 rea Ene ‘Temos dois argumentos distintos aqui, e os dois se revelam relativos. A'T nao é tao univoca, e as CR nfo sao to plurais e com- parativas, Estudos verdadeiramente comparativos sao rarfssimos nas CR. Por outro lado, a T € um fendmeno dentro de varias religides, eas relacies entre as muitas religides do mundo sto um assunto especifico dela? O outro argumento & mais interessante, mas 0 ponto-chave é que esta distingao ndo seria entre a T ¢ as CR, mas entre duas tendéncias que se manifestam nas duas disciplinas. Ha muita teologia que trata de assuntos bem mundanos, e hé uma ten- déncia nas CR de aceitar o “sagrado” como se fosse uma realidade empitica e 0 objeto proprio da disciplina. Ao rejeitar este ‘iltimo como “criptoteologia” (Wiebe, 1990, p. 25-26; Usarski, 2006, p. 40-41), os proponentes de um estudo cientifico da religido rejeitam uma parte de sua propria disciplina e, ao mesmo tempo, efetivamente aceitam uma parte da T. ‘Amplitude de pesquisa Uma segunda tentativa de apoiar a diferenca entre T e CR ¢ feita na base de as duas disciplinas terem amplitudes de pesquisa de tamanhos diferentes. Embora todos os objetos nao sejam diferentes, os temas pesquisados pelas CR sio mais abrangente: [.] 0 cardter "emancipado” [da teologia] da Cigncia da Religido mostra-se, entre outros aspectos, na vasta extensio [..] dos seus objetos. Diferentemente da Teologia [. a Ciéneia da Religiao ¢ vir- tualmente irrestrita quanto aos fenémenos considerados por ela dignos de investigagao. (Usarski, 2006, p. 17) Este argumento ¢ explicitamente relativo. Contudo, a distingio néo parece tao grande quando a gente ollia mais de perto. E claro que a T tem uma tendéncia a falar somente sobre crengase doutrinas, e que 2 Veja, por exemplo: Martinson, 1987. Smart; Konstantine, 1990, Dhavamony, 199. Dupuis, 1997 231 A ossicko esa eRe A Te.OGA € AS CNEAS DA REUDO as CR, além desse enfoque, também pesquisam rituais, objetos, rou- pas, arquitetura, s{mbolos, calendarios, trocas e doagbes, instituigées, tipos de autoridade, relacdes sociais e muito mais. Do outro lado, a maior parte dos trabalhos nas CR discute ideias tiradas de textos, isto é de crencas e doutrinas. E basta dar uma olhada nas estantes de teologia em qualquer grande biblivteca para ver que a teologia abrange uma grande variedade de assuntos, incluindo importantes temas sociais e materiais, como, por exemplo, as classes sociais, a assisténcia social, as minorias nacionais, o trabalho, a medicina, a forca e a violencia, a secularidade, a fala, a cultura, a arte, 0 jogo, a comida, a arquitetura, os objetos etc? Metodos distintos Uma terceira tentativa de apoiar a diferenca entre Te CR ¢ feita na base de as duas disciplinas terem métodos distintos. Esta posi- sao se resolve em trés subposigées, as duas primeiras dependendo do fato de, em termos gerais, as CR supostamente adotarem uma posicéo “neutra” ou “objetiva’, uma posi¢éo associada com termos como “agnosticismo metodol6gico”, “epoché,” e “suspensao de juizo". A primeira posigdo é que a T se interessa pela verdade de certas crengas ou afirmagées, enquanto as CR colovam entre parénteses qualquer investigacéo sobre a verdade dessas proposigdes. Tal posi- cionamento supostamente vem da necessidade de comparar as muitas religiées no intuito de nao privilegiar nenhuma delas: “S6 se faz afirmag6es da verdade absoluta, dentro de um contexto religioso, dentro de alguma tradigéo de £8, e, por definigéo, as Ciéncias da Religido devem se posicionar fora de todas elas” (Isichei, 1998, p. 387). Mas essa posigo apresenta uma dicotomia falsa: ou a gente faz uma afirmagio de verdade absoluta (0 campo da T), ou a gente nfo julga > Veja, por exemple: Osthathios, 1979 Dillenberger, 1986. Tillich, 1959, Méndex Montoya, 2008. Mayhew, 1989, Seasz, 1988. Pungut, 2000, Moltmann et al, 1972; O'Collins, 1974. Davie, 1973, Jodo Paulo Il, 1997. Gorringe, 2002. Bonifazi, 1967. West; West, 2000. Goosen, 1976 232 Siew Evan a verdade de qualquer afirmagio (0 campo das CR). De fato, a T se interessa por varios tipos de afirmagées, ndo somente aquelas que caberiam dentro da teologia sistematica. Do outro lado, as CR nao podem evitar o assunto da verdade das proposigSes que estudam ent certos contextos: “Apesar do fato que uma descri¢do fenomenolégica da religido — de varias tradigées religiosas ~ talvez necessitar que 0 ato de avaliagao seja colocado entre parénteses, ndo se pode deixar de lado 0 julgamento, ¢ a questo do que seja verdadeiro ou falso”; “as citncias da religido nao podem evitar encontros filoséficos, e, neste ponto, colocam questdes sobre a verdade (se houver alguma) da religiao” (Wiebe, 1989, p. 305-309, Smart; Konstantine, 1990, p. 34). HA duas ideias importantes aqui. Primeira: uma vez que deixamos de lado uma visao anacronica da verdade como correspondéncia com a realidade (Engler; Gardiner, 2010) -, a questao da verdade entra inseparavelmente na questo da fungdo e da eficécia dos fendmenos religiosos. Isto é, por mais que consigam se distanciar da T, as CR nao podem escapar da filosofia. Como Donald Wiebe salientou hé mais de vinte e cinco anos, a epoché tinha um corolério metodolégico, 0 distanciamento da teoria (1984, p. 409), Isto €, a decisao de colocar entre parénteses as questdes da existéncia de entidades religiosas e da verdade das afirmacées religiosas resultou em uma énfase na descrigao como um fundamento das CR. A segunda ideia ¢ que © assunto da verdade de determinadas afirmagdes religiosas cabe dentro das CR, independentemente da vontade de alguns membros da disciplina: Se houver uma diferenca entre as duas disciplinas, ¢ uma diferenca de énfase. O tedlogo [..] geralmente terd um interesse particular nas questdes da verdade religiosa. [..] O cientista da religiao pode, na pritica, optar por nfo pesquisar tais assuntos, mas nao existe nada na constituigdo das ciéncias da religido que profba a colocagao de tais perguntas. (Dawes, 1996, p. 61 - énfase original) Para resumir, a descricio de afirmagées e posicées faz parte da T como das CR, e a avaliagdo dessas faz parte das CR como da T. O 233 A csringho Rea eNIRE A Teowoaw € 4S Cléncus 04 RéUIaAD reconhecimento de que as CR investigam menos a verdade de tais coisas simplesmente afirma que a distingio é relativa, no absoluta, A segunda suposta distincao metodol6gica é que as CR adotam uma posigao neutra, enquanto a T adota uma posicgo de interesse & comprometimento. De fato, existem varios sentidos de “neutralida- de" nas discussdes metodoldgicas feitas pelas CR (Donovan, 1990). Dois sao especialmente importantes nesse contexto. O primeizo é a neutralidade do observador, a posigao do nao participante, Essa ideia 6 tejeitada hoje em dia, por exemplo, pela filosofia da ciéncia pés- -Positivista, pela epistemologia feminista e pela etnogratia reflexiva As ciéncias humanas e sociais aceitam que o observador sempre tem tum efeito no fendmeno observado. O sentido & 0 da neutralidade metodol6gica, especificamente a postura de observar e nao adotar cortas posigdes. Wicbe insiste que as CR sejam cientificas: (.] pela palavra “cientifica” refiro-me a tentativa de entender e ex: 1 a atividade [a religiaol, néo de participar nela. A ideia des- te tipo de estudo da religiao ~ livre de determinagées religiosas ¢ teol6gicas ~ surgiu no tiltimo quarto do século XIX, e se estabele- ceu dentro de departamentos de Religious Studies em varias uni- versidades da Europa e da América do Norte. No entanto, nunca deixou para trés a tendéncia de participar na realidade descrita explicada: quer dizer, ndo se adotou plenamente ao seu novo ambi- to acaclémico-cientifico. (Wiebe, 1999, p. ix) Contudo, do mesmo jeito que a neutralidade necessita que n3o adlotemos certas posigées substantivas (por exemplo: a existéncia de uma realidade transcendental), ela necessita que ndo as rejeitemos: [J 0 compromisso com uma neutralidade metodolégica verdadeira -] pode requisitar mais, e nao menos, atengao aos pontos de vista cujas contribuicdes ficam longe [..] das nurmas costumeiras de res- peitabilidade académica” (Donovan, 1990, p. 113). A terceira suposta distingio metodolégica é que as CR adotam tuma variedade maior de métodos. De fato, as CR tém exemplos de uma grande variedade de métodos (Stausberg; Engler, 2011). Mas 234 nner = acme Soman Exatth este fato deve ser qualificado de duas maneiras: a maior parte dos estudos nas CR sio andlises pouco rigorosas de textos; ¢ existem muitos estudos teolégicos que usam métodos distintos de maneira bem elaborada. Por exemplo: 0 estudo do Novo Testamento foi fonte de varias elaboragdes da metodologia de andlise do discurso (vg: Porter; Reed, 1999). Mais uma vez, o que temos aqui é uma distingao relativa entre as duas disci Insider e outsider Uma quarta tentativa de apoiar a diferenga entre T e CR é feita na base da distingdo entre insider e outsider (0s “por dentro” e os “por fora”), Assim, 0 te6logo pesquisa dentro da sua religido e 0 cientista da religiéo pesquisa por fora de todas. Podemos distinguir entre dois tipos de posicionamento insiderjoutsider: uma posigao mais rigorosa, que considera que “determinados grupos |...] tém acesso monopolizador”; ¢ uma posicéo mais contextualizada, que considera que “alguns grupos tém acesso privilegiado |... a determinadas es- pécies do conhecimento” (Merton, 1972, p. 11). O primeiro caso ndo 6 pertinente: além do fato que existem fortes argumentos filoséficos contra qualquer distingo rigorosa entre insiders e outsiders (Engler; Gardiner, 2010), se fosse 0 caso que somente as pessoas religiosas pudessem conhecer os fendmenos religiosos, as CR nao teriam nada para estudar. O segundo caso é explicitamente relativo. Devemos, por exemplo, levar em conta que a teologia nao ¢ restrita ao pensamento insider: “uma teologia realmente critica — em certos momentos ~ veré sua propria tradicio de f€ do lado de fora, provando as suas afirma- Ges contra critérios mais gerais da verdade [..]’ (Dawes, 1996, p. 61). Magistérios divergentes Cabe notar que nem o conceito da “teologia” nem o de “ciéncias da religido” & universal. A “teologia” faz sentido nos contextos de Cristianismo, Judaismo, Islamismo, Hinduismo e Budismo, mas a 235 ‘A ostwgio RELAWA emnRE A TeoLoGiA € AS Céucus & Reusio reflexdo séria no ambito religioso de outras culturas, geralmente ‘do enquadrado por este conceito (Ford, 2005, p. 73-76). A disciplina Ciencias da Religido ¢ conhecida por varios nomes e simplesmente nao existe como uma disciplina em varias partes do mundo (Alles, 2008). Este fato indica que a realidade das relagdes entre as duas dis ciplinas depende muito mais dos contextos institucionats e politicos do que das caracteristicas intelectuais e académicas. As relagdes mais significativas entre as CR e a T dependem de varias caracteristicas externas: por exemplo, os seus comprometimen- tos com sistemas de valores nas suas sociedades e suas historias ¢ realidades atuais de institucionalizagio. Como exemplo do segundo, as CR cresceram rapidamente a partir da década de 1960 na Amé. rica do Norte, mas no foi por motivos internos, pelo interesse no sscunto ou pelo deseuipenliy metodoldgico ou te6rico.* Foi a partir de casos julgados pela Suprema Corte dos EUA que decidiram que @ separacao entre Igreja e Estado na Constituicao proibia o ensino de teologia em qualquer universidade que recebia dinheiro federal, A parte mais significativa da decis0 no “caso Schempp”, em 1963, deixou explicito que tal proibigao nao inctuiu o estudo mais “objetivo” e “neutro” da religiéo: A educagio de qualquer pessua fica incompleta sem 0 estudo com- Parativo da religido ou da histéria da religido e da sua relagao com © avango da civilizacao. Certamente, pode-se dizer que as qualida- des literérias e hist6ricas da Biblia sao dignas de estudo. Nada que dissemos aqui indica que tal estudo da Biblia ou da religiao, quan- do apresentado objetivamente como parte de um programa secular da educacao, ndo conforme com a Primeira Emenda. [...] Quanto & relacdo entre o homem e a religigo, o Estado esté seriamente com- A América do Norte tem 0 maior mercado de trabalho no mundo para professores universitérios em Te em CR. Tem, por exemplo, as duas maiores,arsociagdes Drofissionais no ramo, a American Academy of Religion (AAR), com 9000 memes, © Society of Biblical Literature (SBL), com 8.000. 236 ‘Sreven Ewcuen prometido a uma posigdo de neutralidade. (Abington School Dist. 2, Schempp, 374 US. 208 [1963] Mesmo assim, as disciplinas CR e T continuam mais ligadas uma a outra nos EUA do que no Canadé, onde a realidade insti- fnicional é outra. No meu pais, as CR nao tém quase nada a ver com aT. La, as CR séo “uma crianca do Iuminismo” e “a filha emancipada da Teologia.” Porém, basta estudar a tabela de disci- plinas da Capes para ver que esta emancipacao no € igualmente realizada no Brasil. £ Gbvio que tem vantagens e desvantagens nos dois modelos. Essas diferengas sugerem a possibilidade de distinguir entre a Te as CR com um critério externo. © cientista da religiéo cana- dense Tom Faulkner apontou uma diregio importante: “Pode-se dizer que os tedlogos fazem 0 que fazem os cientistas da religiao, 6 05 tedlogos so suj te ciate, Os tedlogos nao operam com regras diferentes do que os cientistas da religido; eles operam com regras adicionais (2001, p. 183). Eu diria que a verdade ¢ mais complicada ainda, por dois motives. Primeiro que os cientistas da religido nao sao necessariamente liberados do magistério de organizagoes religiosas em todos os sistemas universitdrios do mundo. Isto é, so sim mais liberados no Canada, mas este caso & excepcional. Segundo, em certos casos 05 cientistas da religido operam também com regras adicionais, relativas & teologia: o magistério da ciéncia e o magis- tério do Estado (Engler, 2006, p. 451). Enfim, as relagbes entre aT eas CR, as duas disciplinas que se dedicam ao estudo académico dos fendmenos religiosos nas universidades mundiais, so mais uma funggo de politica, dentro e fora das universidades, do que de epistemologia e metodologia Disponiesl em:

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