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"Em alguns momentos, a ss conosco mesmos, experimentamos uma

imensa
carncia
interior.
a motivao-me que gera as demais. A necessidade de preencher
esta carncia, de apagar esta sede, nos leva a pensar, a agir. Sem
sequer interrog-la, fugimos de nossa insuficincia, tratamos de
preench-la s vezes com um objeto, s vezes com um projeto, e
logo, decepcionados, corremos de uma compensao seguinte, indo
de fracasso em fracasso, de sofrimento em sofrimento, de guerra
em guerra.
Este o destino do homem comum, de todos os que aceitam com
resignao esta ordem de coisas que julgam inerente condio
humana.
Observemos de mais perto.
Enganados pela satisfao que nos proporcionam os objetos,
chegamos a constatar que causam saciedade e, at mesmo,
indiferena: nos preenchem num momento, nos levam no
carncia, nos devolvem a ns mesmos e logo nos cansam; perderam
sua
magia
evocadora.
Portanto, a plenitude que experimentamos no se encontra neles,
est em ns; durante um momento o objeto tem a faculdade de
suscit-la e tiramos a concluso equivocada de que ele foi o arteso
desta
paz.
O
erro
consiste
em
considerar este objeto como uma condio sine qua non da dita
plenitude.
Durante estes perodos de alegria, esta existe em si mesma, no h
nada mais. Logo, referindo-nos a essa felicidade, a superpomos a um
objeto que, segundo acreditamos, foi o que a ocasionou.
Portanto, objetivamos a alegria (transformamos a alegria em um
objeto).
Se constatarmos que esta perspectiva na qual nos situamos s pode
dar uma felicidade efmera, incapaz de nos proporcionar aquela paz
duradoura que est dentro de ns mesmos, compreendemos, por fim,
que, no momento em que alcanamos o equilbrio, nenhum objeto o
causou; a ltima satisfao, alegria inefvel, inaltervel, sem
motivo, est sempre presente em ns; o que ocorre que
estava velada
para
nossos
olhos."
Jean Klein em A Alegria sem Objetos

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