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MANUAL DE EXAMES
BIOTEST
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Manual de Exames Biotest
INTRODUÇÃO
Laboratório Biotest
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Manual de Exames Biotest
ORIENTAÇÕES GERAIS
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
1.7 Dieta: a dieta a que o indivíduo está submetido, mesmo respeitado o período
regulamentar de jejum, pode interferir na concentração de alguns componentes, na
dependência das características orgânicas do próprio paciente. Alterações bruscas na
dieta, como ocorrem, em geral, nos primeiros dias de uma internação hospitalar,
exigem certo tempo para que alguns parâmetros retornem aos níveis basais. A
ingestão de café não é permitida antes da coleta, pois a cafeína pode induzir a
liberação de epinefrina, que estimula a neoglicogênese, com conseqüente elevação da
glicose no sangue. Além disto pode elevar a atividade da renina plasmática e a
concentração de catecolaminas.
1.8 Uso de Fármacos e Drogas de Abuso: este é um item amplo e inclui tanto a
administração de substâncias com finalidades terapêuticas como as utilizadas para
fins recreacionais. Ambos podem causar variações nos resultados de exames
laboratoriais, seja pelo próprio efeito fisiológico in vivo ou por interferência analítica, in
vitro. Dentre os efeitos fisiológicos devem ser citados a indução e a inibição
enzimáticas, a competição metabólica e a ação farmacológica. Dos efeitos analíticos
são importantes a possibilidade de ligação preferencial às proteínas e eventuais
reações cruzadas. Alguns exemplos são mostrados no quadro 1.
Pela freqüência, vale referir o álcool e o fumo. Mesmo o consumo esporádico de
etanol pode causar alterações significativas e quase imediatas na concentração
plasmática de glicose, de ácido láctico e de triglicérides, por exemplo. O uso crônico é
responsável pela elevação da atividade da gama glutamiltransferase, entre outras
alterações.
O tabagismo é causa de elevação na concentração de hemoglobina, no número de
leucócitos e de hemácias e no volume corpuscular médio; redução na concentração de
HDL-colesterol e elevação de outras substâncias como adrenalina, aldosterona,
antígeno carcinoembriônico e cortisol.
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Manual de Exames Biotest
1.11 Infusão de Fármacos: é importante lembrar que a coleta de sangue deve ser
realizada sempre em local distante da instalação do cateter. Mesmo realizando a
coleta noutro local, se possível, deve-se aguardar pelo menos uma hora após o final
da infusão para a realização da coleta.
1.12 Gel Separador: algumas vezes, o sangue é colhido em tubos contendo uma
substância gelatinosa com a finalidade de funcionar como barreira física entre as
hemácias e o plasma ou soro, após a centrifugação. Este gel é um polímero com
densidade específica de 1,040 contendo um acelerador da coagulação e pode,
eventualmente, liberar partículas que interferem com eletrodos seletivos e membranas
de diálise. Em alguns casos, pode causar variação no volume da amostra e interferir
em determinadas dosagens.
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Manual de Exames Biotest
1.13 Hemólise: hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames, mas se
for de intensidade significativa causa aumento na atividade plasmática de algumas
enzimas, como aldolase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina,
desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio, magnésio e fosfato. A hemólise
pode ser responsável por resultados falsamente reduzidos de insulina, dentre outros.
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
O tubo de descarte deve ser um tubo sem nenhum aditivo, ou seja, este tubo
será usado para descartar o primeiro volume de sangue da coleta, onde está
presente o fator de coagulação tromboplastina tecidual, que interfere em testes
específicos de coagulação.
Nota: Nos casos em que a coleta for feita com escalpe, e o primeiro tubo a ser colhido
for o tubo de citrato ou um tubo de menor volume de aspiração, deve-se primeiro
colher um tubo de descarte. O tubo de descarte deve ser usado para preencher o
espaço morto do tubo vinílico do escalpe com sangue, assegurando a manutenção da
proporção sangue/anticoagulante no tubo e também o volume exato de sangue que foi
colhido dentro do tubo.
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Manual de Exames Biotest
Observações:
Não se deve homogeneizar tubos de citrato vigorosamente, sob o risco de ativação
plaquetária e interferência nos testes de coagulação. Quando utilizar tubos de citrato
para coleta de sangue a vácuo com aspiração parcial, uma falsa trombocitopenia pode
ser observada. Este fenômeno pode ocorrer pela ativação plaquetária causada pelo
“espaço morto” entre o sangue coletado e a rolha destes tubos.
A falha na homogeneização adequada do sangue em tubo com anticoagulante
precipita a formação de microcoágulos.
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Manual de Exames Biotest
Colesterol total e frações e ácido úrico: jejum obrigatório de 12 horas. Não ingerir
álcool por pelo menos 48 horas antes da coleta de sangue.
PSA total e livre: ausência de ejaculação por 48 horas. Após o uso de supositório,
sondagem uretral ou toque retal, aguardar três dias. Após massagem prostática e
biópsia de próstata, aguardar 30 dias. Após ultra-som transretal, aguardar 7 dias. Após
colonoscopia, aguardar 15 dias. Não fazer exercícios em bicicleta nem praticar
equitação nos 2 dias que antecedem o exame. Não tomar banho no dia da coleta.
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Manual de Exames Biotest
1. Bioquímica
Exames Volume mínimo Volume ideal
Até 10 exames 1,5 mL de soro 2,5 mL de soro
Mais de 10 exames 2,5 mL de soro 3,5 mL de soro
Bilirrubinas Recém-Nascido 0,3 mL de soro 0,6 mL de soro
Capacidade Fixação de Ferro 1,0 mL de soro para cada 1,5 mL de soro para cada
e Mucoproteinas exame exame
2. Sorologia
Exames Volume mínimo Volume ideal
CMV G/M, Toxo G/M e 3,0 mL de soro para os 6 1,0 mL de soro para cada
Rubéola G/M exames exame
HBsAg, Anti-HBs 1,0 mL de soro para os 2 1,0 mL de soro para cada
exames exame
Demais exames 1,0 mL de soro para cada 1,0 mL de soro para cada
exame exame
3. Hormônios
Exames Volume mínimo Volume ideal
T3 Total, T4 Total, TSH, T4 2,0 mL de soro para os 4 1,0 mL de soro para cada
Livre exames exame
FSH, Estradiol, LH, 2,0 mL de soro para os 5 1,0 mL de soro para cada
Prolactina, Progesterona exames exame
PSA Livre, PSA Total 1,0 mL de soro para os 2 1,0 mL de soro para cada
exames exame
Demais exames 1,0 mL de soro para cada 1,0 mL de soro para cada
exame exame
Interferentes: Hemólise e Lipemia
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
ÁCIDO ÚRICO
Comentários
Sangue: o ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas, estando elevado
em várias situações clínicas além da gota. Somente 10% dos pacientes com
hiperuricemia têm gota. Níveis elevados também são encontrados na insuficiência
renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase, préeclâmpsia, dieta rica em purinas,
neoplasias, pós-quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina
(doses baixas), didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dentre outras drogas.
Diminuição dos níveis é encontrada na dieta pobre em purinas, defeitos dos túbulos
renais, porfiria, uso de tetraciclina, alopurinol, aspirina, corticóides, indometacina,
metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais pesados e no aumento do
clearance renal.
Urina: cerca de 70% do ácido úrico é eliminado pelos rins. Esta dosagem é útil em
pacientes com cálculos urinários para identificação daqueles com excreção urinária de
urato aumentada. Álcool causa diminuição do urato urinário. Anti-inflamatórios,
vitamina C, diuréticos e warfarim podem interferir no resultado.
Líquido sinovial: pode ser útil no diagnóstico diferencial de artropatias.
Método
Colorimétrico Enzimático
SANGUE
Valores de referência
Criança:
Homem.: 1,5 a 6,0 mg/dL
Mulher: 0,5 a 5,0 mg/dL
Adulto:
Homem.: 2,5 a 7,0 mg/dL
Mulher: 1,5 a 6,0 mg/dL
Amostra
0,8mL de soro.
J.O. 8hs
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Valor de referência - 12h
75 a 425mg/12h
Valor de referência - 24h
250 a 750mg/24h
Amostra
5mL de urina (jato médio da 1a urina da manhã).
Urina 12h - urina 24h (usar Bicarbonato de Sódio 5 g/L de urina).
Laboratórios
Informar o volume total.
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Manual de Exames Biotest
LÍQUIDO SINOVIAL
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
Até 8mg/dL
Amostra
0,8mL líquido sinovial.
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
ALBUMINA
Comentários
A dosagem de Albumina é realizada para o acompanhamento de estado nutricional e
da doença renal. Níveis elevados podem indicar desidratação, e níveis baixos são
encontrados na terapia de reidratação rápida, cirrose e outras doenças hepáticas,
alcoolismo crônico, gravidez, uso de contraceptivos orais, algumas nefropatias
crônicas, neoplasias, enteropatias perdedoras de proteínas, úlceras pépticas, doenças
inflamatórias crônicas e outros estados catabólicos crônicos.
Método
Colorimétrico
Valor de referência
3,5 a 5,5 g/dL
Amostra
1,0mL soro congelado
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias congelado a -20°C.
ANTIESTREPTOLISINA-O ( ASLO )
Comentários
A antiestreptolisina O (AEO) elevada indica infecção por estreptococos beta-
hemolíticos, mas de forma isolada não permite o diagnóstico de febre reumática ou
glomerulonefrite difusa aguda (GNDA). Níveis de AEO podem apresentar variações,
com valores normais diferentes em populações distintas. Títulos em elevação durante
determinações seriadas são mais significativos que uma única determinação. Nas
infecções estreptocócicas, AEO é detectado em 85% das faringites, 30% das
piodermites e 50% das GNDA.
Na febre reumática, 80% dos casos apresentam AEO elevada 2 meses após início do
quadro, 75% em 2 meses, 35% em 6 meses e 20% em 12 meses. Falso-positivos
podem ocorrer em pacientes com tuberculose, hepatites e esquistossomose.
Método
Aglutinação em partículas de látex.
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Manual de Exames Biotest
Valor de referência
Não reagente.
Amostra
0,5mL de soro.
J.O. 8hs
Conservação para envio da amostra
Até 3 dias entre 2°C e 8°C.
ANTIBIOGRAMA
Comentários
Método de microbiologia clínica que investiga a eficiência dos antibióticos em controlar
e debelar a infecção bacteriana. Fornece dados sobre a sensibilidade e a resistência
das bactérias em termos de crescimento das colônias em placas de cultura ao redor
de discos impregnados dos medicamentos.
Bacterioscopia
Comentários
O exame bacterioscópico ao Gram permite um estudo acurado das características
morfotintoriais das bactérias e outros elementos (fungos, leucócitos, outros tipos
celulares, etc). Presta informações importantes e rápidas para o início da terapia,
fornecendo informação semiquantitativa em algumas infecções e estabelecendo o
diagnóstico em muitos casos.
Método
Microscopia Direta - Coloração pelo Gram.
Amostra
Qualquer material de região suspeita de infecção por microrganismo.
Colher a amostra de forma asséptica, com os mesmos cuidados da cultura. Preparar
pelo menos dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas.
Informações necessárias
Sempre especificar o tipo de material e o local da coleta. Várias pesquisas como as de
Gardnerella, Neisseria (gonococos e meningococos), Mobiluncus, H. ducreyi,
associação fuso-espiralar, fungos, dentre outras, podem ser solicitadas através do
Gram.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas para fezes, escarro, esperma e amostras de consistência líquida (urina,
líquidos corporais, etc) encaminhadas em frasco estéril entre 2°C e 8°C.
Até 14 dias em esfregaço fixado e protegido.
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
Mulher:
1 a 3 meses: 40 a 474 U/L
4 a 12 meses: 27 a 242 U/L
13 a 24 meses: 25 a 177 U/L
2 a 10 anos: 25 a 177 U/L
11 a 14 anos: 31 a 172 U/L
15 a 18 anos: 28 a 142 U/L
Adultos: 26 a 155 U/L
Amostra
0,8mL de soro.
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
CREATINOFOSFOQUINASE MB - CK-MB
Comentários
Dosagem única de CK-MB tem sensibilidade de 50% à entrada do paciente no pronto
socorro, sendo que medidas seriadas aumentam sua sensibilidade para 90% no
diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. É detectável em 4h a 6h após lesão
miocárdica, ocorrendo pico em 12 a 24 h e retorno a níveis normais em 2 a 3 dias. A
CK-MB representa 20% do total da creatinoquinase presente no miocárdio e 3% da
creatinoquinase presente na musculatura esquelética, podendo-se encontrar níveis
elevados em pacientes com doenças e traumas da musculatura esquelética. A
presença de macro-CPK MB (complexo de imunoglobulinas e CPK
MB) causa elevações de CPK MB acima dos valores da CPK Total, sem significado
patológico.
Veja também troponina I.
Método
Enzimático
Valor de referência
Até 25U/L
Amostra
0,8mL de soro.
Conservação para envio da amostra
Até 24 horas entre 2°C e 8°C.
CÁLCIO
Comentários
Exame útil no diagnóstico e seguimento de distúrbios do metabolismo de cálcio e
fósforo, incluindo doenças ósseas, nefrológicas e neoplásicas com repercussões
naquele metabolismo. Valores elevados são encontrados no hiperparatiroidismo
primário e terciário, em neoplasias com envolvimento ósseo, em particular, tumores de
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Manual de Exames Biotest
Método
Colorimétrico
Valores de Referência
Crianças
0 a 10 dias - 7,6 a 10,4 mg/dL
Lactantes - 9,0 a 11,0 mg/dL
2 a 12 anos - 8,8 a 10,8 mg/dL
Adultos - 8,8 a 11,0 mg/dL
Amostra
1ml de soro refrigerado entre 2ºC e 8ºC
Colher pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas
Lactentes colher no intervalo entre as mamadas.
Conservação para o envio da amostra da amostra
30 dias refrigerado entre 2ºC e 8ºC
90 dias congelado a -20ºC
CÁLCIO IÔNICO
Comentários
A determinação do cálcio iônico tem a vantagem de medir a fração do elemento ativo ,
ou seja, seu nível não sofre as variações que o cálcio total sofre com a taxa de
proteínas, mas é influenciado, por sua vez, pelas condições de equilíbrio ácido-básico.
Está aumentado no hiperparatiroidismo primário, neoplasias e excesso de vitamina D.
Pode estar diminuído no hipoparatiroidismo, na deficiência de vitamina D e no
pseudohipoparatiroidismo.
Método
Técnica automatizada utilizando eletrodo específico.
Valor de Referência
4,2 a 5,2 mg/dL
Amostra
1ml de soro refrigerado entre 2ºC e 8ºC
Conservação para o envio da amostra da amostra
O cálcio iônico liga-se às proteínas plasmáticas do soro ou plasma estocado.
Deve ser dosado no máximo 4 a 6 horas após a coleta e o material deve ser
centrifugado imediatamente após a coleta.
Este exame é realizado somente para laboratórios da cidade de Marabá.
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Manual de Exames Biotest
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Manual de Exames Biotest
CHAGAS, SOROLOGIA
Comentários
Exame útil no diagnóstico da doença de Chagas ou para se verificar se um indivíduo
foi infectado pelo Tripanossoma cruzi, o agente etiológico. Até o presente momento,
não existe um teste que seja altamente específico e sensível para confirmar o
diagnóstico. Por esta razão, mais de um teste é recomendável e valoriza-se, para fins
diagnósticos, quando a pesquisa de anticorpos específicos é positiva em todos os
testes utilizados. Quando a reação é positiva somente em um dos métodos, a
valorização do resultado dependerá dos antecedentes epidemiológicos, exame físico e
exames complementares como eletrocardiograma e RX. Em regiões endêmicas de
leishmaniose, o resultado tem que ser avaliado com cuidado, pois há ocorrência de
reações cruzadas entre antígenos dos dois parasitas.
Método
ELISA
Valor de referência
Não Reagente
Amostra
1,0mL de soro refrigerado.
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e – 10°C.
CITOMEGALOVÍRUS IgG
Comentários
Em adultos saudáveis, o citomegalovírus (CMV) normalmente é assintomático ou pode
determinar quadro clínico auto-limitado semelhante à mononucleose infecciosa. O
citomegalovírus (CMV) é considerado a maior causa de infecção congênita, podendo
ainda causar quadros graves em imunodeprimidos. Cerca de 85% da população adulta
é soropositiva.
Anti-CMV IgG: seu achado pode indicar infecção passada ou recente. Recoleta na
convalescença (após 15 dias) pode evidenciar viragem sorológica ou aumento de 4
vezes ou mais na convalescença, em relação ao soro colhido na fase aguda.
Método
ELISA
Valores de Referência
Não reagente: < 0,25 UI/mL
Inconclusivo: Entre 0,25 a 0,27 UI/mL
Reagente....: > 0,27 UI/mL
Amostra
1mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para o envio da amostra
30 dias refrigerado entre 2°C e 8°C
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Manual de Exames Biotest
CITOMEGALOVÍRUS IgM
Anti-CMV IgM: a IgM pode surgir até duas semanas após o início do quadro clínico.
Assim, caso a amostra seja colhida precocemente, deve-se repetí-la após 15 dias,
para afastarmos infecção pelo CMV na presença de quadro clínico suspeito.
Geralmente permanecem detectáveis por 3 meses, entretanto, por métodos
imunoenzimáticos podem ser encontrados títulos baixos por até 12 meses, não
devendo, pois, ser avaliado como um indicador absoluto de infecção recente. Falso-
positivos também podem ocorrer em infecções pelo EBV e herpes vírus. Por não
ultrapassar a barreira placentária, seu achado no recém-nascido indica infecção
congênita.
Método
ELISA
Valores de Referência
Não reagente: Ausência de Anticorpos
Reagente....: Presença de Anticorpos
Amostra
1mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para o envio da amostra
30 dias refrigerado entre 2°C e 8°C
CLEARENCE DA CREATININA
Comentários
Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que
a determinação sérica isolada. No Clearance de Creatinina valores séricos e urinários
são medidos e a depuração é calculada e corrigida tendo em vista a superfície
corporal. Clearance elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no
diabete melito. Variação intra-individual desse teste pode chegar a 15%.
Armazenamento da urina por muito tempo, em altas temperaturas pode causar
conversão da creatina à creatinina, acarretando aumentos espúrios.
Veja também Cistatina C.
Método
Colorimétrico (Jaffé mod.)
Valores de referência
- Criança : 70 a 140mL/min/1,73 m2
- Homem : 85 a 130mL/min/1,73 m2
- Mulher : 75 a 115mL/min/1,73 m2
Nota: após os 40 anos de idade, espera-se uma redução de 6,5mL/min/1,73 m2 a
cada dez anos.
Amostra
0,8mL de soro + 5,0mL de urina de 12 ou 24h.
Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCl 50% 20mL/L.
Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de entrega da urina.
Laboratórios
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Manual de Exames Biotest
Informar volume total, peso e altura do cliente, e tempo de coleta (12 ou 24h).
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
CLORETOS
Sangue: representa 66% dos ânions do plasma, e juntamente com o sódio são os
principais responsáveis pela manutenção da homeostase osmótica do plasma. Sua
determinação é útil na avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. Níveis
elevados são encontrados na deficiência de mineralocorticóides, acidose metabólica,
infusão salina excessiva, perdas gastrintestinais, acidose tubular renal, fístula
pancreática e hiperparatireoidismo. Níveis baixos ocorrem na hipervolemia,
insuficiência cardíaca, secreção inapropriada de ADH, vômitos, acidose respiratória
crônica, Doença de Addison, alcalose metabólica, cetoacidose diabética e no uso de
diuréticos.
Urina: útil para avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos, em especial,
no diagnóstico da alcalose metabólica responsiva a sal.
Líquor: reflete os níveis sangüíneos de cloretos. Na meningite tuberculosa é
encontrado mais baixo (25%) que os valores no soro.
Método
Colorimetrico
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
SANGUE
Valor de referência
97 a 106mEq/L
Amostra
0,8mL de soro.
LÍQUOR
Valor de referência
690 a 770mg/dL
Amostra
0,8mL de líquor.
URINA
Valor de referência
170 a 254mEq/24h.
Amostra
Urina (urina 24h - urina recente ou C.O.M.).
Não pode usar conservante - Refrigerar.
Laboratórios
Enviar 5mL de urina e informar volume total.
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Manual de Exames Biotest
COLESTEROL HDL
Método
Colorimétrico Enzimático
Valores de referência
Faixa etária Desejável
mg/dL
2 a 10 anos ≥ 40
10 a 19 anos ≥ 35
COLESTEROL LDL
Método
Cinético Automatizado
Valor de referência
Faixa Desejável Aceitável Aumentado
Etária mg/dL mg/dL mg/dL
2 a 19 anos < 110 110 a 129 ≥ 130
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Manual de Exames Biotest
LDL dosado
Em amostras com Triglicérides acima de 400 mg/dL é realizado a dosagem do LDL.
Neste caso, o cálculo do VLDL não segue a equação de Friedwald. O VLDL passa a
ser calculado baseado no colesterol total, HDL e LDL dosado.
Amostra
0,8 mL de soro.
J.O. 9h ou C.O.M.
Conservação para envio da amostra
Até 3 dias entre 2°C e 8°C.
COLESTEROL VLDL
Método
Cálculo baseado no Triglicérides.
Valor de referência
Até 40mg/dL
Amostra
0,8mL de soro.
J.O. 9h ou C.O.M.
Conservação para envio da amostra
Até 3 dias entre 2°C e 8°C.
COLESTEROL TOTAL
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência - soro
Faixa Desejável Aceitável Aumentado
Etária mg/dL mg/dL mg/dL
2 a 19 anos < 170 170 a 199 ≥ 200
Adultos < 200 200 a 239 ≥ 240
Valor de referência - líquido pleural
Exsudato: maior que 45mg/dL
Transudato: menor que 45mg/dL
Valor de referência - líquido ascítico
Exsudato: maior que 46mg/dL
Transudato: menor que 46mg/dL
Amostra
0,8mL de soro.
J.D. 4h ou C.O.M.
1,0mL de líquido ascítico - líquido pleural.
Conservação para envio da amostra
Até 3 dias entre 2°C e 8°C.
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Manual de Exames Biotest
COLPOCITOLOGIA – Citopatológico
Coleta: Confeccionar 2 lâminas e enviar ao laboratório. Devem ser enviados dados
clínicos do paciente. Deve ser tomado cuidado com a fixação do material (deve ser
colhido e imediatamente imerso em alcool 95%) Importante : A espátula deve ser
firmemente raspada sobre a mucosa do colo uterino de forma a retirar material
suficiente, sem causar sangramento traumático, excessivo. O esfregaco deve ser feito
sob a forma de fina lamina de secreção. Deve ser evitada a formação de grumos e/ou
áreas espessas. Igualmente deve ser evitado esfregaço muito fino, muito ralo. Caso
isto aconteça, as coletas devem ser repetidas de pronto. Uma vez feitos, os
esfregacos devem ser imediatamente fixados em alcool a 95 % ou com a substância
fixadora.
Método
Microscopia óptica após coloração de Papanicolau.
CREATININA
Comentários
É o teste mais utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular. É o produto de
degradação da creatina, sendo sua concentração sérica não só dependente da taxa
de filtração renal, mas também da massa muscular, idade, sexo, alimentação,
concentração de glicose, piruvato, ácido úrico, proteína, bilirrubina e do uso de
medicamentos (cefalosporinas, salicilato, trimetoprim, cimetidina, hidantoína,
anticoncepcionais e anti-inflamatórios). Níveis baixos podem ser encontrados nos
estados que cursam com diminuição da massa muscular. Veja também Cistatina C.
Método
Colorimétrico (Jaffé mod.)
SANGUE
Valor de referência
< 1 Mês : 0,4 a 0,7 mg/dL
1 a 12 meses: < 0,8 mg/dL
1 a 3 anos: < 0,9 mg/dL
4 a 7 anos: < 0,8 mg/dL
8 a 10 anos: < 1,0 mg/dL
11 a 12 anos: < 1,1 mg/dL
13 a 17 anos: < 1,3 mg/dL
Adulto: < 1,4 mg/dL
Amostra
0,8mL soro ou plasma (EDTA/fluoreto).
J.N.O.
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Valores de referência - urina 24h
Homem : 1,5 a 2,5g/24h
Mulher : 0,8 a 1,5g/24h
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Manual de Exames Biotest
Amostra
Urina (jato médio da 1a urina da manhã - urina 12h ou 24h ou C.O.M.).
Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCl 50% 20mL/L.
Laboratórios
Enviar 5mL de urina e informar volume total.
Instruções de coleta
Manter dieta hídrica habitual. A coleta da urina deve obedecer o horário
rigorosamente.
Refrigerar desde o início da coleta e não acidificar.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
COOMBS DIRETO
Comentários
Uso: investigação de processos hemolíticos; detecção de anticorpos e complemento
em superfície eritrocitária. Neste teste, é pesquisada a presença de anticorpos ou
complemento aderidos à superfície de hemácias. Este exame é extremamente útil na
determinação da presença de eritroblastose fetal em recém-natos de mães coombs
indireto reagentes ou com incompatibilidade ABO + Rh.
Método
Hemaglutinação
Valor de referência
Não reagente
Amostra
5mL de sangue total com EDTA refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
5 dias refrigerado entre 2°C e 8°C
COOMBS INDIRETO
Utilizado para a pesquisa de anticorpos contra proteínas de membrana de eritrócitos
(em especial D), em exames pré-transfusionais ou pré-natais. Interpretação: este
teste, geralmente realizado com eritrócitos O positivos, é utilizado para a detecção de
anticorpos anti-D circulantes em mães Rh negativas sensibilizadas ou em pacientes
receptores de transfusão sanguínea, utilizando o sangue do doador.
Método
Hemaglutinação
Valor de referência
Não reagente
Amostra
1mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
30 dias refrigerado entre 2°C e 8°C
29
Manual de Exames Biotest
Método
ELISA
Valor de referência
Não Reagente
Amostra
1,0mL de soro ou plasma refrigerado.
Conservação para envio da amostra
Até 15 dias com conservante ou entre 2°C e 8°C.
30
Manual de Exames Biotest
não têm IgM detectável. Na infecção terciária os títulos são mais baixos ou ausentes.
Em alguns casos de infecção primária, IgM pode persistir por mais de 90 dias, mas na
maioria é indetectável após 60 dias do início do quadro clínico. Apresenta índice de
falso-positivo de 1,7%. Deve-se lembrar que causa comum de falso-negativo é a
coleta prematura da amostra (antes do 5º dia). Reações cruzadas com outras
flaviviroses são citadas para ELISA IgM.
Imunoensaio enzimático IgG: anticorpos IgG na dengue são menos específicos que
o IgM, havendo possibilidade de reações cruzadas entre as flaviviroses, o que acarreta
em altas taxas de falso-positivos. Deve-se lembrar da possibilidade de transferência
vertical de IgG materna a crianças, e da ocorrência de IgG positivo em pacientes
vacinados contra febre amarela. Ressalta-se que a combinação de ELISA IgM e IgG é
importante para o diagnóstico do dengue em pacientes em áreas endêmicas, pois
parte dos pacientes reinfectados podem não apresentar elevações de IgM.
31
Manual de Exames Biotest
Líquor: níveis normais de LDH no líquor são 10% da LDH no sangue. Níveis elevados
são encontrados no acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e
meningites. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Método
Cinético Automatizado
Valor de referência - soro
200 a 480 UI/L
32
Manual de Exames Biotest
Comentários
Método
Imunofluorescência indireta - Substrato: células HEp2
Valor de referência
Negativo
Obs.: A pesquisa de anticorpos em líquidos corporais deve ser realizado em paralelo
com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.
Condição
33
Manual de Exames Biotest
- 0,2mL de soro - líquor - líquido sinovial - líquido pleural - líquido ascítico - líquido
pericárdico.
- J.O. 8h.
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2o e 8oC.
FATOR REUMATÓIDE
Comentários
O fator reumatóide (FR) é um auto-anticorpo, da classe IgM, dirigido contra IgG. É
classicamente utilizado no diagnóstico da artrite reumatóide (AR), entretanto, algumas
considerações devem ser realizadas na interpretação de seu resultado: FR é positivo
em 5% a 10% da população saudável e em 25% dos indivíduos maiores de 70 anos;
doenças que cursam com aumentos de gamaglobulinas podem causar falso-positivos
biológicos (LES, síndrome Sjögren; artrite reativa; gota, pseudogota, esclerodermia,
polimiosite e polimialgia reumática); está presente em 10% a 40% dos portadores de
infecções crônicas (sífilis, lepra, brucelose, tuberculose, malária, esquistossomose,
tripanossomíase, hepatite viral, doença hepática crônica e endocardite). O FR é
negativo em 1/3 dos pacientes com AR; é positivo em menos de 50% dos casos de AR
nos primeiros 6 meses de doença, onde sua associação com o anti-CCP pode ser útil.
O teste de Waaler-Rose que consiste da aglutinação de hemácias de carneiro foi por
anos o método utilizado para pesquisa do fator reumatóide (FR).
WAALER-ROSE - SORO
Método
Aglutinação
Valor de referência
Inferior a 6UI/mL = negativo
Amostra
0,5mL de soro.
J.O. 8hs
Conservação para envio da amostra
Até 2 dias entre 2°C e 8°C.
AGLUTINAÇÃO – SORO E LÍQUIDO SINOVIAL
Método
Aglutinação
Valor de referência
Negativo
Amostra
0,5mL de soro
0,5mL de líquido sinovial.
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
34
Manual de Exames Biotest
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Homens: 0,7 a 11,1 mUI/ml
Mulheres: Ciclos ovulatórios:
Fase folicular: 2,80 a 11,30 mUI/mL
Fase folicular, 2 a 3 dias: 3,0 a 14,4 mUI/mL
Meio ciclo: 5,8 a 21,0 mUI/mL
Fase luteal: 1,2 a 9,0 mUI/mL
Pós-menopausa: 9,7 a 111 mUI/mL
Anticoncepcionais orais: ND* a 4,9 mUI/mL
*Não detectável pelo método
Amostra
- 0,5mL de soro.
- J.D. 4h.
Informações necessárias
Para mulher, questionar:
Regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou
irregular e se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação; data
da última menstruação;
Gravidez, idade gestacional;
Uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção
se uso prévio;
Para criança, questionar:
Atraso de desenvolvimento puberal;
Atraso do crescimento;
Desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino).
35
Manual de Exames Biotest
FERRITINA
Comentários
A dosagem da ferritina é util no diagnóstico e avaliação de anemias ferroprivas;
diagnóstico e avaliação de hemocromatoses; marcador de fase aguda. Em condições
normais, cerca de 20% do ferro corporal está reversivelmente ligado a ferritina, em
uma forma de estoque intracelular de ferro. O restante se encontra livre ou ligado a
hemoglobina, mioglobina, transferrina ou enzimas. A ferritina apresenta um PM de 450
kD e está localizada em vários tecidos como fígado, baço, medula óssea e intestino.
Uma única molécula de ferritina pode abrigar até 4000 átomos de ferro, por conexão
com resíduos hidroxifosfato. A molécula não ligada ao ferro é conhecida como
apoferritina. Em casos de necessidade de ferro, este pode ser prontamente
disponibilizado da ferritina para uso metabólico. A molécula pode ser encontrada
intracelularmente e na corrente sanguínea, sendo um excelente parâmetro para avaliar
os estoques de ferro. A determinação da ferritina é um importante parâmetro para o
diagnóstico e acompanhamento terapêutico de processos ferroprivos. Um balanço
negativo do ferro (menor oferta do que consumo) diminui os valores da ferritina sérica.
Valores inferiores a 12,0 ng/mL são associados a estados clínicos de deficiência de
ferro. Durante a terapia de reposição de ferro, os valores indicam o sucesso
terapêutico. A determinação é indicada para grupos de risco como doadores de
sangue, gestantes, hemodialisados e crianças. Pacientes anêmicos não ferroprivos
tratados empiricamente com ferro ou pacientes geneticamente predispostos podem
desenvolver processos de hemocromatose ou siderose secundária, com valores muito
elevados. Pacientes em vigência de processo inflamatório (sobretudo crônico) podem
apresentar valores elevados (a ferritina funciona como proteína de fase aguda,
aumentando em níveis). Doença hepática aguda também pode estar associada a
níveis extremamente elevados de ferritina, assim como uso de substâncias tóxicas ao
fígado.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Mulheres: 10 - 291 ng/mL
Homens: 22 - 322 ng/mL
Deficiência de Ferro: 0,68 - 34,5 ng/mL
Outras Anemias: 13 - 1390,8 ng/mL
Sobrecarga de Ferro: 334,6 - 8573,0 ng/mL
Diálise Renal: 31,3 - 1321,2 ng/mL
Doença Hepática Crônica: 7,9 - 12826,0 ng/mL
Amostra
1,0mL de soro
Conservação para envio da amostra
5 dias sob refrigeração entre 2°C e 8°C
FERRO SÉRICO
Comentários
36
Manual de Exames Biotest
FOSFATASE ALCALINA
Comentários
A Fosfatase alcalina é utilizada no diagnóstico diferencial de hepatopatias e icterícias
obstrutivas; diagnóstico de doenças ósseas; diagnóstico do metabolismo mineral. A
fosfatase alcalina é uma enzima da família das zinco-metaloproteínas e tem como
função retirar um fosfato terminal de um éster fosfatado orgânico. Esta enzima
funciona otimamente em um ambiente alcalino. Possui cinco isoenzimas (óssea,
hepática, intestinal, placentária e Regan), que aumentam durante os períodos de
crescimento, doença hepática e obstrução do ducto biliar. A atividade intestinal ocorre
somente em indivíduos de grupo sanguíneo tipo O ou A. Ocorrem aumentos
fisiológicos no crescimento e na gravidez. Valores aumentados: crescimento ósseo,
cicatrização de fraturas, acromegalia, sarcoma osteogênico, metástases hepáticas ou
ósseas, leucemia, mielofibroses, raquitismo ou osteomalacia, hipervitaminose D,
Doença de Paget, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, pseudo-hiperparatireoidismo,
ingestão crônica de álcool, obstrução biliar, cirrose, síndrome de Gilbert, hepatites,
diabetes mellitus, citomegalovirose, câncer gástrico, câncer do cólon, câncer de
fígado, câncer do pâncreas, câncer de pulmão, câncer ósseo, câncer de mama,
pneumonias virais, abscessos hepáticos, colecistites, colangites, obstrução biliar extra-
hepática. Valores diminuídos: doença de Whipple, hipotireoidismo, doença de
Zollinger-Ellison, desnutrição protéica, deficiência de vitamina C, osteodistrofia renal.
Método
37
Manual de Exames Biotest
Cinético
Valores de referência
Crianças: 75 a 390 U/L
Adultos.: 27 a 100 U/L
Amostra
1,0mL de soro
Conservação para envio da amostra
5 dias sob refrigeração entre 2°C e 8°C
FÓSFORO
Comentários
Os compostos que contém fósforo estão presentes em todas as células e participam
de muitos processos bioquímicos importantes, fazendo com que os fosfatos exerçam
papel fundamental no metabolismo humano. Níveis diminuídos de fósforo sérico são
comuns em pacientes hospitalizados, e embora a maioria dos casos seja moderada,
quando em níveis severos podem requerer reposição. Valores aumentados:
diminuição da filtração glomerular, aumento de reabsorção tubular
(hipoparatireoidismo primário e secundário, pseudohipoparatireoidismo, doença de
Addison, acromegalia, anemia falciforme), aumento da liberação intracelular
(neoplasias, lesão tecidual, doença óssea -fraturas, mieloma, doença de Paget, tumor
ósseo osteolítico, infância), aumento da carga de fosfato (intravenoso, oral, síndrome
do leite-álcali), obstrução intestinal alta, sarcoidose, deficiência de magnésio. Valores
diminuídos: perda renal ou intestinal (uso de diuréticos, defeitos tubulares renais,
síndrome de Fanconi, neoplasia, uso de medicamentos, hiperparatireoidismo,
hipercalciúria idiopática, hipocalemia, hipomagnesemia, diálise, hipofosfatemia
primária, gota), diminuição da absorção inicial (má absorção, deficiência de vitamina
D, resistência à vitamina D, desnutrição, vômitos, diarréia, antiácidos ligantes ao
fosfato), absorção intracelular de fosfato (alcoolismo, diabetes mellitus, acidose,
hiperalimentação, alcalose, uso de salicilatos, esteróides anabolizantes, androgênios,
epinefrina, glucagon, insulina, síndrome de Cushing, hipotermia prolongada).
SANGUE
Método
Cinético
Valores de referência
Crianças menores de 1 ano: até 13 mg/dL
Criança de 1 até 13 anos: 3,0 a 7,0 mg/dL
Adultos: 2,5 a 4,8 mg/dL
Amostra
1,0mL de soro
Conservação para envio da amostra
5 dias sob refrigeração entre 2°C e 8°C
URINA
Fosfatúria
38
Manual de Exames Biotest
Método
Colorimétrico automatizado
Valor de referência
340 a 1.100 mg/24 horas
Amostra
Colher amostra de urina de 24 horas em frasco de PVC novo
Aliquotar 100mL e enviar sob refrigeração entre 2°C e 8°C.
Conservação para envio da amostra
30 dias sob refrigeração entre 2°C e 8°C
GAMA GT
Comentários
A GGT tem aplicação principal no estudo das doenças hepatobiliares e está distribuída
em quase todo o tecido humano. O rim contém a mais elevada concentração, seguido
pelo pâncreas e fígado.
A GGT é um sensível indicador de doenças inflamatórias e lesão hepática e está
significativamente elevada nas doenças obstrutivas das vias biliares. A GGT tem maior
especificidade que a fosfatase alcalina (ALP) e a transaminase oxalacética para
avaliar doença hepática. Ela não está elevada na doença óssea e durante a gravidez
como a fosfatase alcalina, nem nas doenças do músculo esquelético como a
transaminase oxalacética. A GGT auxilia diferenciar colestases mecânica e viral das
induzidas por drogas. Nas duas primeiras, a GGT e ALP estão igualmente elevadas.
Nas colestases induzidas por drogas a GGT está muito mais elevada.
Valores elevados de GGT em pacientes anictéricos com câncer são um seguro
indicador de metástases hepáticas.
Está demonstrado que no alcoolismo crônico os níveis séricos da GGT diminuem com
a retirada do álcool e se elevam com a exposição ao mesmo. Com base nesta
observação a determinação da GGT está sendo usada nos centros de tratamentos de
alcoólatras para documentar o sucesso da terapia e identificar os pacientes que
retornam ao alcoolismo após a alta.
Método
Cinético
Valores de referência
Homens:
0 - 6 meses: 12 a 122 U/L
6 - 12 meses: 1 a 39 U/L
1 - 12 anos: 3 a 22 U/L
12 -18 anos: 2 a 42 U/L
Adultos: 7 a 45 U/L
Mulheres:
0 - 6 meses: 15 a 132 U/L
6 - 12 meses: 1 a 39 U/L
1 - 12 anos: 4 a 22 U/L
12 -18 anos: 4 a 24 U/L
Adultos: 5 a 27 U/L
39
Manual de Exames Biotest
Amostra
1,0mL de soro
Conservação para envio da amostra
5 dias sob refrigeração entre 2°C e 8°C
GLICOSE, DOSAGEM
Comentários
Soro: segundo a American Diabetes Association, a presença de um dos critérios
abaixo e sua confirmação num dia subseqüente indica o diagnóstico de diabetes
melito: 1) Sintomas de diabetes melito com glicemia independente do jejum maior ou
igual a 200mg/dL. 2) Glicemia de jejum maior ou igual a 126mg/dL. 3) Glicemia maior
que 200mg/dL após duas horas após administração oral de 75g de glicose anidra
(82,5g de dextrosol) dissolvida em água (teste de tolerância). Pacientes com glicemia
de jejum entre 100mg/dL e 125mg/dL são classificados como portadores de glicemia
de jejum prejudicada. Leucocitose, hemólise e glicólise em amostras submetidas ao
calor ou não imediatamente dessoradas podem determinar hipoglicemia espúria.
Líquido ascítico: normalmente, as concentrações no líquido ascítico são similares às
do soro. Na presença de leucócitos e bactérias, há consumo da glicose e redução dos
níveis: peritonites bacteriana espontânea, bacteriana secundária, tuberculosa e
carcinomatose peritoneal. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a
dosagem sérica.
Líquido pleural: níveis de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos
ocorrem no derrame parapneumônico, empiema, colagenoses, tuberculose pleural e
derrames malignos. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem
sérica.
Líquido sinovial: normalmente, as concentrações no líquido sinovial são similares às
do soro. Nos derrames articulares inflamatórios e infecciosos níveis de glicose
inferiores a 50% dos valores plasmáticos são encontrados. Sua determinação deve ser
feita em paralelo com a dosagem sérica.
Líquor: níveis elevados podem ser encontrados na hiperglicemia plasmática.
Hipoglicorraquia ocorre na hipoglicemia plasmática, meningites e hemorragia
subaracnóidea. Razão glicose líquor/sangue abaixo de 0,4 tem sensibilidade de 85% e
especificidade de 96% no diagnóstico da meningite bacteriana. Sua determinação
deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Urina: a glicosúria pode ser utilizada no acompanhamento de pacientes diabéticos.
Crianças e grávidas podem apresentar glicosúria por diminuição do limiar renal. Não
serve para monitorização do tratamento.
Observação para todas as amostras
A separação da parte fluida dos elementos figurados (hemácias, leucócitos e outras
células) deve ser feita de forma imediata, para que não haja consumo deste analito.
Outra forma de se evitar este problema é a coleta de uma fração do líquido em
fluoreto.
SORO
Método
Colorimétrico Enzimático
40
Manual de Exames Biotest
Valor de referência
60 a 110mg/dL
Nota: The Expert Commitee on The Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus.
Follow-up Report on the Diagnosis of Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 2003; 26(11):
3160-3167.
Amostra
0,8mL de soro ou plasma (Fluoreto).
J.O. 8h a 14 horas para adulto. Criança C.O.M.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2°C e 8°C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e
separada de elementos celulares logo após a coleta).
URINA
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
Negativo
Amostra
Urina (jato médio da 1a urina da manhã - urina 12h* - Urina 24h*).
Laboratórios
Enviar 5mL e informar volume total.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2°C e 8°C.
LÍQUOR
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
50 a 80mg/dL
Amostra
0,8mL de líquor.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2o e 8o C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada
de elementos celulares logo após a coleta).
LÍQUIDO ASCÍTICO
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
Valores similares aos séricos são considerados normais. Encontram-se diminuídos
nos processos infecciosos e inflamatórios.
Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos
elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Amostra
0,8mL de líquido ascítico.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2°C e 8°C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e
separada de elementos celulares logo após a coleta).
41
Manual de Exames Biotest
LÍQUIDO PLEURAL
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
Valores similares aos séricos são considerados normais. Valores de glicose abaixo de
60 mg/dl ou 50% dos valores séricos ocorrem em processos infecciosos e
inflamatórios.
Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos
elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Amostra
0,8mL de líquido pleural.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2°C e 8°C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e
separada de elementos celulares logo após a coleta).
LÍQUIDO SINOVIAL
Método
Colorimétrico Enzimático
Valor de referência
Valores similares aos séricos são considerados normais. Encontram-se diminuídos
nos processos infecciosos e inflamatórios.
Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos
elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Amostra
0,8mL de líquido sinovial.
Conservação para envio da amostra
Até 48 horas entre 2°C e 8°C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e
separada de elementos celulares
logo após a coleta).
42
Manual de Exames Biotest
43
Manual de Exames Biotest
Após exercício:
Adultos: > 20,0 ng/mL
Crianças: > 10,0 ng/mL
Amostra
Colher em horários adequados (8, 16 ou 24hs), após 30 3 60 minutos de repouso.
Observar jejum de pelo menos 6 horas para a primeira coleta.
Anotar sexo e idade do paciente, medicação em uso e data da ultima menstruação.
Enviar 1mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 10 dias entre 2°C e 8°C.
HIV 1 e 2
Comentários
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) pertence ao gênero Lentivirus da família
Retroviridae e foi descoberto em 1983. O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é
isolado de casos de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), doença que se
caracteriza por uma progressiva e fatal deterioração do sistema imune. Associados à
infecção HIV ocorrem doenças oportunistas (pneumocistose, toxoplasmose,
candidíase), neoplasias (sarcoma de Kaposi, linfomas B) e complexo demencial
O vírus infecta células do sistema imune humano, como linfócitos, macrófagos e
células dendríticas. A entrada do vírus na célula é mediada pela interação da proteína
gp120 do vírus com a molécula CD4 e com o receptor CCR55. À medida que se
multiplica, o HIV mata os linfócitos T CD4+, que têm papel central na resposta imune
celular. Com a baixa dos linfócitos T CD4+, a resposta imune celular deixa de
funcionar adequadamente. Esse quadro é conhecido como síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS). Durante a AIDS, diversas infecções oportunistas se
instalam, inclusive de microrganismos que, em pessoas saudáveis, não causam
doenças. Um indivíduo pode ficar infectado décadas com o HIV, porém, ao
desenvolver a AIDS, a sobrevida média gira em torno de 9 meses.
A transmissão do HIV se dá por três vias principais: contato sexual sem proteção,
contato com sangue contaminado (incluindo transfusões de sangue e uso de seringas
contaminadas) e transmissão de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou o
aleitamento materno.
Método
ELISA
Valores de referência
Não reagente: Ausencia de anticorpo
Reagente: Presença de anticorpo
Antígenos usados: HIV 1/2 Antígenos p24, gp41, gp36
44
Manual de Exames Biotest
Amostra
2mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e 8°C.
45
Manual de Exames Biotest
Amostra
2mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e 8°C.
HCG QUALITATIVO
Método
Imunocromatografia
Valores de referência
Positivo: níveis de BHCG superiores a 25 mIU/mL
Negativo: níveis de BHCG inferiores a 25 mIU/mL
Amostra
2mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
5mL urina: preferencialmente a 1° urina da manhã
Conservação para envio da amostra
Soro: até 30 dias entre 2°C e 8°C.
Urina: enviar no mesmo dia.
HEMOGLOBINA GLICOSILADA
Comentários
A dosagem da hemoglobina glicosilada é utilizada para o monitoramento de controle
glicêmico diabético. A glicose liga-se de forma irreversível e não enzimática a uma
série de proteínas e à hemoglobina (por rearranjo de Amadori), que se torna
glicosilada.
O grau de glicosilação é diretamente proporcional ao valor da glicemia e sua duração
varia também de paciente a paciente. Pequenas elevações dos valores da glicose em
reduzidos intervalos de tempo não são capazes de produzir modificações significativas
na Hb-G.
Quando pacientes diabéticos em estado de descontrole são submetidos ao tratamento
e passam a apresentar valores da glicemia em níveis ótimos, observa-se redução
progressiva da Hb-G que atinge o ponto de equilíbrio depois de 6 – 8 semanas. Assim,
o conceito de que uma determinação de Hb-G reflete os níveis glicêmicos da sexta ou
oitava semana precedente ao teste está definitivamente comprovado.
Um resultado de Hb-G próximo ao valor superior referente indica que o paciente
diabético tem estado sob controle metabólico adequado por várias semanas e exclui
uma perda temporária do controle durante o período avaliado. Os estudos da cinética
da glicosilação da hemoglobina têm demonstrado que quando há perda do controle
glicêmico os valores da Hb-G começam a se elevar logo na primeira semana de
descontrole e a velocidade do aumento é muito maior que a velocidade de queda
46
Manual de Exames Biotest
HEPATITE A - SOROLOGIA
Comentários
O vírus da hepatite A é um RNA vírus de transmissão fecal-oral, por contato
interpessoal, água ou alimentos contaminados. Período de incubação varia de 10 a 50
dias, sendo a infecção subclínica em 90% dos menores de 5 anos e 70 a 80% dos
adultos.
Anti-HAV IgM: é um marcador da fase aguda. Surge concomitantemente com o
desaparecimento do antígeno viral e permanece por 3 a 6 meses em
aproximadamente 80% a 90% dos pacientes e por até um ano em 10% dos casos.
Apresenta sensibilidade de 100% e especificidade de 99% para hepatite aguda.
Ocasionalmente o teste é negativo quando da apresentação clínica, mas repetição do
mesmo em 1 a 2 semanas demonstrará positividade. Reações cruzadas com o vírus
Epstein-Barr e da rubéola são raramente descritas.
Anti-HAV IgG: é detectado logo após anti-HAV IgM e seus títulos aumentam
gradualmente com a infecção, persistindo por toda a vida e indicando imunidade. A
resposta imunológica à vacina contra hepatite A é fundamentalmente do tipo IgG,
sendo que o anti-HAV IgG pode não ser detectado após vacinação, uma vez que os
títulos de anticorpos induzidos pela vacina são, em geral, mais baixos que os
induzidos pela infecção natural. Na prática, não é indicado a mensuração dos títulos
de anticorpos após a vacinação, uma vez que o limiar de corte dos testes
comercializados é superior ao nível mínimo reconhecido como protetor.
HVA IgG
Método
ELISA
Valores de referência
Não reagente: Superior a 1,1
Inconclusivo.: 0,9 a 1,10
Reagente: Inferior a 0,9
Amostra
0,5mL de soro ou plasma (EDTA) para cada.
J.O. 8h.
Interferentes
47
Manual de Exames Biotest
HVA IgM
Método
ELISA
Valores de referência
Não reagente: Inferior a 0,8
Inconclusivo: 0,8 a 1,20
Reagente....: Superior a 1,20
Amostra
0,5mL de soro ou plasma (EDTA) para cada.
J.O. 8h.
Interferentes
As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e
podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este
fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina.
Conservação para envio da amostra
Até 14 dias entre 2°C e 8°C.
48
Manual de Exames Biotest
infecção crônica, com níveis de HBsAg baixos; e) infecção prévia pelo HBV com anti-
HBs indetectável; f) em amostras com HbsAg/anti-HBs imunocomplexados.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Não reagente: Ausência de Anticorpos
Reagente: Presença de Anticorpos
Amostra
1,0mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 14 dias entre 2°C e 8°C.
HBeAG
Comentários
O antígeno “e” é detectável no sangue ao mesmo tempo que o HBsAg. Sua presença
denota replicação viral e infecciosidade. O desaparecimento do HBeAg é indicativo de
redução da replicação viral, embora não exclua essa possibilidade (variante HBeAg-
minus). Nos casos auto-limitados, soroconversão ocorre em poucas semanas,
surgindo o anti-HBe. Na evolução para formas crônicas, com o HBsAg persistindo por
mais de 6 meses, a presença do HBeAg geralmente corresponde a um prognóstico de
maior gravidade. Nas cepas com mutação pré-core (não produtores de proteína “e”)
este marcador não é detectável apesar da replicação viral.
Método
ELISA
Valor de referência
Não reagente.: < 0,9
Inconclusivo.: 0,9 a 1,1
Reagente.....: > 1,1
Amostra
1,0mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 14 dias entre 2°C e 8°C.
Anti-HBe
Comentários
O anti-HBe surge na recuperação da infecção aguda, após o antígeno HBeAg não
mais ser detectado. Pode ser detectado por muitos anos após a recuperação da
infecção pelo HBV. Em um portador do HBV, um resultado positivo de anti-HBe
usualmente indica inatividade do vírus e baixa infecciosidade. Em pacientes infectados
com variantes do HBV (mutantes HBeAg negativos) a associação entre replicação e
expressão do HBeAg é desfeita, podendo ocorrer replicação na presença de anti-HBe.
Método
ELISA
Valores de referência
Não reagente: Superior a 1,1
Inconclusivo: Entre 0,9 e 1,1
49
Manual de Exames Biotest
Amostra
1,0mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 14 dias entre 2°C e 8°C.
Anti-HBs
Comentários
Indica recuperação sorológica e imunidade contra o HBV, sendo útil para avaliar
resposta à vacina contra hepatite B e a recuperação da infecção natural. Usualmente,
esses anticorpos são permanentes, entretanto, podem se tornar indetectáveis anos
após a resolução da infecção ou em pacientes imunodeprimidos. Em geral, o Anti-HBs
é detectável duas a quatro semanas após o desaparecimento do HBsAg. Entretanto,
podese encontrar HBsAg e Anti-HBs positivos de forma simultânea. Cerca de 10% a
15% dos pacientes vacinados não respondem à vacina. A eficácia da vacina declina
em imunocomprometidos (60% a 70%), sendo muito baixa naqueles com
imunodepressão grave (10% a 20%). Pacientes jovens respondem melhor à vacina
que idosos, e as concentrações de anticorpos protetores declinam com o tempo.
Valores acima de 10mUI/mL são considerados protetores. Resultados falso-positivos
podem ocorrer devido a reações não específicas com certas glicoproteínas.
Método
Quimioluminescência
Valor de referência
Não reagente: < 10,0 mUI/ml
Reagente....: > 10,1 mUI/ml
Amostra
1,0mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 14 dias entre 2°C e 8°C.
HbsAg
ANTÍGENO AUSTRÁLIA
Comentários
É o antígeno de superfície (Austrália). Torna-se detectável 2 a 8 semanas após início
da infecção, duas a seis semanas antes das alterações da ALT e duas a cinco
semanas antes dos sinais e sintomas. Ocasionalmente, pode ser detectado apenas
após 12 semanas. Nos casos agudos e auto-limitados, o HBsAg usualmente
desaparece em 1 a 2 meses após início dos sintomas. Persistência do HBsAg por
vinte semanas após a infecção primária prediz persistência de positividade
indefinidamente. Em termos práticos, sua positividade está associada com
infecciosidade, estando presente nas infecções aguda ou crônica pelo HBV. Um
resultado de HBsAg positivo deve sempre ser confirmado e complementado com
outros marcadores de infecção. Deve-se considerar, ainda, a detecção de HBsAg
positivo transitório após vacinação.
50
Manual de Exames Biotest
Método
ELISA
Valores de referência
Não reagente: Ausência de antígeno
Reagente: Presença de antígeno
Amostra
1,0mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
51
Manual de Exames Biotest
IgE
Comentários
IgE total: em crianças com até três anos de idade é bom indicador da presença de
alergia. Após esta idade IgE total pode elevar-se devido a parasitoses intestinais e
contatos mais intensos com outros alérgenos, não tendo valor diagnóstico. Também
eleva-se em outras condições: imunodeficiências (ex.: síndrome de Wiskott-Aldrich,
síndrome de DiGeorge´s, síndrome de Nezelof), síndrome “Hiper-IgE” e na aspergilose
broncopulmonar. A mensuração de IgE total sérica, de forma isolada, apresenta valor
limitado como método de triagem de doenças alergológicas pois muitos pacientes com
níveis elevados de IgE específico apresentam níveis de IgE total dentro da
normalidade.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
0 a 1 ano: até 29 IU/mL
1 a 2 anos: até 49 IU/mL
2 a 3 anos: até 45 IU/mL
3 a 9 anos: até 87 IU/mL
Amostra
0,5 mL de soro refrigerado entre 2°C e 8°C
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
52
Manual de Exames Biotest
53
Manual de Exames Biotest
Informações necessárias
Para mulher, questionar:
• Regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou
irregular e se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação;
data da última menstruação;
• Gravidez, idade gestacional;
• Uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de
interrupção se uso prévio;
Para criança, questionar:
• Atraso de desenvolvimento puberal;
• Atraso do crescimento;
• Desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino).
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
MAGNÉSIO
Comentários
A determinação do magnésio tem assumido importância clínica considerável
principalmente na área da neonatologia, onde os distúrbios metabólicos deste íon
(hipomagnesemia) são os responsáveis por sinais e sintomas clínicos, frequentemente
atribuídos à hipocalcemia.
Valores diminuídos do magnésio sérico ocorrem em várias condições clínicas: estado
de má nutrição como Kwashiorkor, alcoolismo (principalmente no delirium tremens),
estados de má absorção (esteatorréia), pancreatite aguda, hipoparatireoidismo,
hipertireoidismo e hiperaldosteronismo.
54
Manual de Exames Biotest
SANGUE
Método
Colorimétrico automatizado
Valor de referência
1,9 a 2,5 mg/dL
Amostra
0,8mL de soro
JO: 8 horas
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Valor de referência - uina recente
7,3 a 12,2mg/dL
Valor de referência - urina 24h
50 a 150mg/24h
Amostra
Urina (urina recente - urina 24h).
Usar HCl 50% 20mL/L de urina - Refrigerar (facultativo).
Laboratórios
Enviar 5mL de urina e informar volume total - Frasco plástico.
MICOLÓGICO DIRETO
Comentários
O exame micológico direto é utilizado para diagnóstico rápido das micoses, permitindo
pronta instituição terapêutica. É utilizado também no diagnóstico diferencial de outras
afecções que se assemelham a infecções fúngicas.
Método
Microscopia direta.
Amostra
Secreção vaginal, uretral, urina 1o jato, secreções de feridas, escarro, punção de
linfonodos, abcessos, descamação de lesões de pele, pêlos, unhas e líquidos
corpóreos.
Conservação para envio da amostra
55
Manual de Exames Biotest
Até 48 horas para secreção vaginal, uretral, urina 1o jato, líquidos corporais, secreção
de feridas, escarro, punção de linfonodos e abscessos, entre 2°C e 8°C.
Até 14 dias para material de descamação de pele, pêlos e unhas, em temperatura
ambiente.
MONONUCLEOSE – MONOTESTE
Comentários
Em pacientes com suspeita de mononucleose infecciosa (MI) ou outro quadro
atribuído ao vírus Epstein-Barr, o monoteste é indicado como teste inicial. É um teste
de aglutinação rápida para pesquisa anticorpos heterófilos, que apresenta
sensibilidade semelhante ou ligeiramente superior à reação de Paul-Bunnell. Estes
anticorpos são IgM que reagem contra antígenos da superfície de hemácias de
carneiro e cavalo, mas não com células renais de cobaia. Tornam-se positivos na MI
dentro de 4 semanas após a infecção, diminuem após a fase aguda, mas podem ser
detectados por 6 a 12 meses. Cerca de 10% a 20% dos casos de MI podem não
apresentar anticorpos heterófilos. Este fato é mais comum em crianças. Apresenta
sensibilidade de 63% a 84% com especificidade de 84% a 100%. Falso-positivos para
anticorpos heterófilos têm sido reportados em pacientes com linfoma, hepatite viral e
doenças auto-imunes. Deve-se lembrar que a maioria dos pacientes imunodeprimidos
não produz anticorpos heterófilos. Nos pacientes com suspeita de EBV, quadro
hematológico sugestivo e monoteste positivo não há necessidade de determinação de
anticorpos para antígenos específicos.
Caso a pesquisa de anticorpos heterófilos seja negativa e ainda exista suspeita de MI,
anticorpos contra antígenos específicos (anti-VCA) devem ser solicitados. Veja
também Epstein-Barr anti-VCA, Reação de Paul-Bunnell-Davidsohn e PCR para
Epstein-Barr.
Método
Aglutinação direta
Valor de referência
Não Reagente
Amostra
0,5mL de soro.
J.O. 8h.
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
P.S.A. LIVRE
A dosagem do PSA (antígeno prostático específico) tem sido utilizada para detecção e
segmento de pacientes com câncer de prostata. Constitui ser um ótimo marcador de
recorrencia ou recidiva do processo neoplásico. Quando a dosagem é utilizada com
finalidades diagnósticas e os valores encontrados estão entre 2,0 e 10,0 ng/ml, o
poder discriminante é muito baixo, havendo sobreposição com os valores observados
56
Manual de Exames Biotest
P.S.A. TOTAL
Método:
Quimioluminescência
Valores de referência:
até 39 anos.....: até 1,8 ng/mL
40 a 50 anos....: 0,0 a 2,5 ng/mL
51 a 60 anos....: 0,0 a 3,5 ng/mL
61 a 70 anos....: 0,0 a 4,5 ng/mL
acima de 70 anos: 0,0 a 6,5 ng/mL
Amostra
1,0mL de soro.
J.O. 4h.
Informações necessárias
- Após ultra-som transretal, aguardar 24 horas, ou C.O.M.
- Após exercícios pesados, aguardar 24 horas, ou C.O.M.
- Após ejaculação (relação sexual), aguardar 2 dias, ou C.O.M.
- Após toque retal, aguardar 2 dias, ou C.O.M.
- Após biópsia de próstata, aguardar 4 semanas, ou C.O.M.
- Após massagem na próstata, aguardar 4 semanas, ou C.O.M.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
57
Manual de Exames Biotest
PLAQUETAS, CONTAGEM
Comentários
As plaquetas são os menores elementos morfológicos do sangue. Sua determinação é
rotineiramente indicada na avaliação de trombocitose, plaquetopenias e alterações
morfológicas em patologias congênitas ou adquiridas.
Veja também Hemograma.
Método
Fluxometria e impedância
Valor de referência
140.000 a 450.000/mm3
Nota: Contagens anormais são repetidas e confirmadas ao microscópio óptico e/ou
contraste de fase.
Amostra
1,0mL de sangue total (em EDTA ou citrato).
J.D. 4h.
Laboratórios
Enviar além do sangue total, 2 esfregaços sangüíneos preferencialmente
confeccionados sem
anticoagulante. As lâminas devem ser identificadas com nome completo do paciente
ou iniciais, sendo conveniente que o primeiro nome seja escrito por extenso.
Conservação para envio da amostra
Até 24 horas em temperatura ambiente.
Até 48 horas entre 2°C e 8°C.
58
Manual de Exames Biotest
POTÁSSIO
Comentários
Soro: É o principal cátion intracelular, com concentração em torno de 150 mEq/L,
enquanto os níveis séricos estão em torno de 4 mEq/L. Esta diferença é importante na
manutenção do potencial elétrico da membrana celular e na excitação do tecido
neuromuscular. Na urina ou soro sua aplicação está relacionada aos níveis de
aldosterona, na reabsorção de sódio e no equilíbrio ácido-base.
Urina: Principais causas da diminuição: doenças de Addison, doença renal com
diminuição do fluxo urinário. Aumento: Síndrome de Cushing, aldosteronismo, doença
tubular renal.
Método
Eletrodo Seletivo
SANGUE
Valor de referência
3,5 a 5,5mEq/L
Amostra
0,8mL de soro.
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Valor de referência - urina 24h
23 a 123mEq/24h
Amostra
Urina (urina recente - urina 24h ou C.O.M.).
Usar HCl 50% 20mL/L de urina ou refrigerar.
Laboratórios
Enviar 5mL de urina e informar volume total.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias com conservante ou entre 2°C e 8°C.
PROGESTERONA
Comentários
A progesterona é produzida pelo corpo lúteo, sendo o marcador de sua existência (por
conseqüência da ocorrência de ovulação) e de sua funcionalidade. Uma fração mínima
é secretada pelas adrenais, elevandose na hiperplasia adrenal congênita e em alguns
carcinomas adrenais e ovarianos. Na gestação, eleva-se rapidamente nas primeiras
semanas, refletindo o funcionamento do corpo lúteo e da placenta. Valores mais
baixos são encontrados na gestação ectópica ou aborto. Está diminuída na
amenorréia e agenesia gonadal.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Homens: 0,27 a 0,90 ng/mL
59
Manual de Exames Biotest
PROLACTINA
Comentários
A prolactina é um hormônio protéico secretado pela hipófise anterior e pela placenta.
Durante a gestação, em associação com outros hormônios, estimula o
desenvolvimento das mamas e a produção de leite, nesse período, a prolactina
aumenta sob estímulo do estradiol atingindo valores cerca de 10 vezes o valor
encontrado em não grávidas. A secreção de prolactina é estimulada por estrógenos,
sono, estresse e TRH, dentre outros. A secreção de prolactina é diminuída pela
dopamina e seus análogos, tais como, a bromocriptina. A hipersecreção de prolactina
pode ser causada por tumores hipofisários (prolactinoma e tumores que comprimem a
haste hipofisária), doença hipotalâmica, estímulo mamilar, trauma do tórax,
hipotireoidismo, insuficiência renal, exercício físico, estresse, alimentação e várias
medicações (fluoxetina e metoclopramida, por exemplo). A hiperprolactinemia inibe a
60
Manual de Exames Biotest
PROTEINAS TOTAIS
Comentários
A dosagem isolada da proteína total tem pouco valor, porque a alteração em uma das
frações pode ser compensada por alteração oposta de outra fração, como ocorre nas
doenças crônicas em que há diminuição de albumina com aumento de gamaglobulina.
Ocorrência similar pode ser observada em respostas de fase aguda, tais como
infecções ou traumas, ocasião em que muitas proteínas plasmáticas produzidas no
fígado aumentam sua concentração, enquanto a albumina se reduz, mantendo a
concentração protéica total praticamente inalterada.
As proteínas estão aumentadas em algumas neoplasias, especialmente em mieloma
múltiplo; na macroglobulinemia; doenças autoimunes, como artrite reumatóide e lupus
eritematoso sistêmico; doenças granulomatosas como a sarcoidose, leishmaniose
visceral; endocardite bacteriana sub-aguda e linfogranuloma; em alguns casos de
doença hepática crônica, como hepatite autoimune e na desidratação.
As proteínas estão diminuídas na gravidez; hiperhidratação, desnutrição grave, cirrose
e outras doenças hepáticas, incluindo alcoolismo crônico; imobilização prolongada;
insuficiência cardíaca; nefrose e insuficiência renal; hipertireoidismo; deficiência de
cálcio e vitamina D e na síndrome de má absorção.
A dosagem de proteína no líquido sinovial tem sensibilidade de 52% e especificidade
de 56% nas doenças inflamatórias. A determinação da concentração de proteínas no
líquido pleural é de pouco valor, exceto quando combinada com outros parâmetros
que permitam fazer a diferença entre exsudato e transudato. Em 15 a 20% dos
indivíduos com hepatopatias acompanhadas de ascite, a concentração de proteína no
61
Manual de Exames Biotest
líquido ascítico é superior a 2,5 g/dL. Nos pacientes com ascite de etiologia
neoplásica, as concentrações de proteínas são menores que 2,5 g/dL.
SANGUE
Método
Colorimétrico Automatizado
Valor de referência
6,00 a 8,00 g/dL
Amostra
0,5 mL de soro.
J.D. 4h.
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e 8°C.
LÍQUIDO ASCÍTICO
Método
Colorimétrico
Valor de referência
Transudato : < 2,5 g/dL
Exsudato : > 3,0 g/dL
Amostra
0,5mL de líquido ascítico.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
LÍQUIDO PLEURAL
Método
Colorimétrico
Valor de referência
Transudato : < 2,5g/dL
Exsudato : > 3,0g/dL
Amostra
0,5mL de líquido pleural.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
LÍQUIDO SINOVIAL
Método
Colorimétrico
Valor de referência
2,5 a 3,0g/dL
Amostra
0,5mL de líquido sinovial.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Método
Colorimétrico
62
Manual de Exames Biotest
63
Manual de Exames Biotest
RETICULÓCITOS, CONTAGEM
Comentários
A contagem de reticulócitos é útil para avaliar atividade eritropoiética, sendo
importante para o diagnóstico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento.
Valores aumentados são encontrados na hiperatividade da medula óssea
(reticulocitose), como por exemplo nas anemias hemolíticas. Valores diminuídos são
encontrados na hipoatividade da medula óssea (reticulocitopenia), como por exemplo
na aplasia medular.
Método
Coloração supravital
Valor de referência
Percentual : 0,5% a 1,5 %
64
Manual de Exames Biotest
ROTAVIRUS, PESQUISA
Comentários
Os rotavírus são a principal causa mundial de gastroenterites com desidratação em
crianças. O diagnóstico precoce através da detecção do rotavírus nas fezes evita o
uso desnecessário de antibióticos e orienta medidas epidemiológicas. Os rotavírus
podem também causar infecção em adultos. A doença é geralmente moderada, com
casos também ocorrendo entre viajantes, de forma epidêmica, após contato com a
água. A sua eliminação é máxima no 4° dia e diminui até o 8° dia. O diagnóstico se faz
pela pesquisa do vírus nas fezes líquidas não purulentas e não sanguinolentas.
Método
Imunocromatografia
Valor de referência
Negativo
Amostra
10gr de fezes recentes refrigeradas entre 2°C e 8°C.
Conservação para envio da amostra
2 dias refrigerado entre 2°C e 8°C.
65
Manual de Exames Biotest
vacina é feita de vírus vivos atenuados, existe um pequeno risco de infecção do feto,
apesar de caso semelhante nunca ter sido reportado.
A detecção de anticorpos IgM anti-rubéola significa que ocorreu a infecção pelo vírus,
servindo como teste complementar à detecção de anticorpos IgG anti-rubéola em
amostras pareadas.
SÓDIO
Comentários
Soro: É o principal cátion extracelular. Os sais de sódio são os principais
determinantes da osmolalidade celular. Alguns fatores regulam a homeostasia do
sódio, tais como aldosterona e hormônio antidiurético. O teste é útil na avaliação dos
distúrbios hidroeletrolíticos.
Urina: Principais causas de aumento são o uso de diuréticos, dieta rica em sal,
Secreção Inadequada de ADH e Doença de Addison. Diminuição ocorre na síndrome
nefrótica, necrose tubular, dieta pobre em sódio e Síndrome de Cushing.
SANGUE
Método
Eletrodo Seletivo
Valor de referência
135 a 145mEq/L
Amostra
66
Manual de Exames Biotest
0,8mL de soro.
Conservação para envio da amostra
Até 5 dias entre 2°C e 8°C.
URINA
Método
Eletrodo Seletivo
Valor de referência
40 a 240mEq/24hs
135 a 144mEq/L
Amostra
Urina (urina recente - urina 24h* ou C.O.M.).
Usar HCl 50% 20mL/L de urina ou refrigerar.
Laboratórios
Enviar 5mL de urina com conservante e informar volume total.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias com conservante ou entre 2°C e 8°C.
T3 LIVRE
Comentários
A maior parte do T3 circulante é ligada às proteínas; somente 0,3% existe na forma
livre, não ligada. A medida do T3 é utilizada para diagnóstico e monitoramento do
tratamento do hipertireoidismo. Quando um aumento na TBG é suspeitado como a
causa de um nível sérico total elevado de T3, o ensaio de T3 livre pode diferenciar
esta Amostra do verdadeiro hipertireoidismo. Encontra-se aumentado na Doença de
Graves, na tireotoxicose por T3, na resistência periférica ao hormônio tireoidiano e
adenoma produtor de T3. Diminuído na Síndrome do Eutireoidiano Doente e
hipotireoidismo (1/3 dos casos).
Método
Quimioluminescência
Valor de referência
1,80 a 4,20 pg/mL
Amostra
1,0mL de soro.
J.D. 4h.
Informações necessárias
Informar medicamentos em uso ou que usou recentemente, inclusive fórmulas para
emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
67
Manual de Exames Biotest
T3 RETENÇÃO
Comentários
É uma medida indireta dos sítios de ligação da TBG não saturados pelos hormônios
tiroidianos. T3 retenção não mede os níveis séricos de T3. O T3 marcado foi utilizado
em preferência ao T4 devido a sua menor afinidade pela TBG. Aumento na T3
captação pode ocorrer no hipertiroidismo, em uso de drogas que deslocam o T4 da
TBG (salicilato, fenitoína, etc), e em concentrações reduzidas de TBG. Redução na T3
captação pode ocorrer no hipotiroidismo e nos casos em que há aumento da TBG. O
T3 retenção é utilizado conjuntamente com a dosagem do T4 total no cálculo do ITL
(Índice de Tiroxina Livre), para estimar a quantidade de T4 livre circulante.
Recentemente, os ensaios de hormônios tireoidianos livres tornaram-se mais
reprodutivos, diminuindo a necessidade do ensaio de T3 retenção.
Método
Quimioluminescência
Valor de referência
27 a 36%
Amostra
1,0mL de soro.
J.D. 4h.
Informações necessárias
Informar medicamentos em uso ou usou recentemente, inclusive fórmulas para
emagrecer e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
T3 REVERSO
Comentários
A 3,3´5´-Triiodotironina (T3 reverso, rT3) é, juntamente com o 3,5,3´-Triiodotironina
(T3), um metabólito deiodinado da tiroxina (o maior produto secretório da glândula
tireóide). Ao contrário do T3, entretanto, o rT3 é metabolicamente inerte. Encontra-se
elevado na Síndrome do Eutireoidiano Doente, no recém-nato, na Síndrome do T3
baixo e no hipertireoidismo. Redução nos seus níveis é observada no hipotireoidismo.
Método
Radioimunoensaio
Valor de referência
0,15 a 0,35 ng/mL
Os recém nascidos apresentam concentrações mais elevadas que os adultos, que
diminuem rapidamente.
Do mesmo modo, podem encontar-se valores elevados de T3 Reverso em mulheres
grávidas ou em tratamento contraceptivos orais.
Amostra
1,0mL de soro.
J.D. 4h.
Informações necessárias
68
Manual de Exames Biotest
T3 TOTAL
Comentários
A triiodotironina total é produzida, primariamente, pela deiodinação do T4 (80%) e é
também secretada diretamente pela glândula tireóide. T3 no sangue é,
predominantemente, ligado a proteínas plasmáticas. Apresenta-se elevado na Doença
de Graves, T3 toxicose, nos casos de hipertireoidismo TSH dependente, aumento de
TBG e gravidez. Valores baixos podem ser encontrados nos quadros de doença não
tireoidiana, hipotireoidismo e reduções da TBG.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Adultos: 84 a 172 ng/dL
Crianças: 1 ano: 33 a 256 ng/dL
2 anos: 36 a 254 ng/dL
3 anos: 42 a 248 ng/dL
4 anos: 44 a 236 ng/dL
5 anos: 44 a 231 ng/dL
6 anos: 44 a 225 ng/dL
7 anos: 43 a 220 ng/dL
8 anos: 42 a 216 ng/dL
9 anos: 42 a 212 ng/dL
10 anos: 42 a 209 ng/dL
11 anos: 41 a 205 ng/dL
12 anos: 41 a 202 ng/dL
Amostra
1,0mL de soro.
J.D. 4h.
Informações necessárias
Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para
emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
T4 LIVRE
Comentários
Hormônios tireoidianos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de
ligação. Estas incluem a TBG, a pré-albumina e a albumina. Somente 0,03% da
69
Manual de Exames Biotest
T4 TOTAL
Comentários
Tiroxina (T4, tetraiodotironina) é o principal produto secretado pela glândula tireóide.
No sangue, T4 é ligado a uma de três classes de proteínas: TBG, transtiretina (ou pré-
albumina) e albumina. Somente uma pequena fração do T4T está na forma livre
(0,03%). A concentração total de T4 geralmente reflete a atividade secretória da
glândula tireóide. Encontra-se elevado nos casos de hipertireoidismo, disalbuminemia
familiar, aumento da TBG, aumento da transtiretina (TBPA). Sua concentração está
diminuída no hipotireoidismo, no quadro de doenças sistêmicas graves não
tireoidianas e na redução da TBG. Autoanticorpos anti-T4 podem interferir com o
ensaio.
Método
Quimioluminescência
Valores de referência
Adultos: 4,5 a 12,5 mg/dL
Crianças:
1 ano: 3,52 a 17,4 mg/dL
2 anos: 3,53 a 16,8 mg/dL
3 anos: 3,7 a 15,7 mg/dL
70
Manual de Exames Biotest
71
Manual de Exames Biotest
72
Manual de Exames Biotest
TEMPO DE PROTROMBINA - TP
Comentários
O Tempo de Protrombina é um teste global que avalia a via intrínseca da coagulação.
O TP está prolongado em todos os casos de deficiências congênitas ou adquiridas dos
fatores ll, V, Vll e X. As deficiências adquiridas ocorrem principalmente em: tratamento
com anticoagulantes orais, distúrbios da ingestão ou absorção de vitamina K, doença
hemorrágica do recém-nascido, icterícia obstrutiva, distúrbio da absorção intestinal,
antibioticoterapia, insuficiência hepática, fibrinólise e coagulação intravascular. Na
hepatite aguda a redução dos fatores ll, Vll e X precede os sinais clínicos e os
resultados encontrados são dependentes do estágio e da intensidade da doença.
Método
Quick em um estágio, utilizando reagente padronizado com a Tromboplastina de
Referência Internacional para a obtenção de Relação Normatizada Internacional
(R.N.I.)
Valores de referência
A RNI em pessoas sadias encontra-se entre 1,0 e 1,08.
Trombose venosa ( profilaxia ) valor alvo - 2,5 variação - 2,0 a 3,0
Trombose venosa ( ativa ) valor alvo - 3,0 variação - 2,0 a 4,0
Trombose arterial valor alvo - 3,5 variação - 3,0 a 4,5
Amostra
1,0 mL de plasma de citrato congelado.
J.D. 4h.
Informações necessárias
Anotar medicação e dose.
Conservação para envio da amostra
6 horas congelado a -20°C
O exame é realizado somente para os laboratórios da cidade de Marabá.
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TESTOSTERONA TOTAL
Comentários
A testosterona é o andrógeno mais abundante secretado pelas células de Leydig.
Testosterona é tanto um hormônio quanto um pró-hormônio que pode ser convertido
em um outro potente androgênio (dihidrotestosterona) e um hormônio estrogênio
(estradiol). A conversão em DHT ocorre em tecidos contendo a 5-alfa-redutase,
enquanto a conversão em estradiol ocorre em tecidos contendo a aromatase. A
secreção da testosterona é primariamente dependente da estimulação das células
Leydig pelo LH que, por sua vez, depende da estimulação da hipófise pelo hormônio
hipotalâmico liberador de gonadotropina (GnRH). A testosterona faz parte do
mecanismo clássico de feedback do LH sérico. Testosterona tem uma variação diurna
com picos séricos máximos entre 04:00-08:00 h e mínimos entre 16:00-20:00 horas. A
testosterona circula no plasma ligada à SHBG (65%) e albumina (30 a 32%).
Aproximadamente 1 a 4% da testosterona no plasma está livre. Encontra-se
aumentada na puberdade precoce (masculina), resistência androgênica, testotoxicose,
hiperplasia adrenal congênita, Síndrome dos Ovários Policísticos, tumores ovarianos,
tumores adrenais. Sua concentração pode estar reduzida no atraso puberal
(masculino), deficiência de gonadotropina, defeitos testiculares e doenças sistêmicas.
Método
Quimioluminiscência.
Valores de referência
HOMENS
20 a 49 anos: 262,0 – 1593,0 ng/dL
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Meninas
Prematuros: 5,0 – 22,0 ng/dL
1 a 10 anos: 1,0 – 20,0 ng/dL
Adolescentes
Estágio 1: 2,0 – 10,0 ng/dL
Estágio 2: 5,0 – 30,0 ng/dL
Estágio 3: 10,0 – 30,0 ng/dL
Estágio 4: 15,0 – 40,0 ng/dL
Estágio 5: 15,0 – 40,0 ng/dL
Amostra
0,5mL de soro.
J.D. 4h.
Conservação para envio da amostra
Até 4 dias entre 2°C e 8°C.
TESTOSTERONA LIVRE
Comentários
Avaliação da fração ativa da testosterona; avaliação do hirsutismo em mulheres
(principalmente quando os níveis de testosterona total estão normais). Valores
aumentados: hirsutismo (mais de 30% das mulheres com hirsutismo apresentam
testosterona total com níveis normais), tumor virilizante de adrenal, síndrome do ovário
policístico. Valores diminuídos: hipogonadismo.
Método
Quimioluminescência
Valores de Referência
Homens:
17 a 40 anos: 34 a 246,0 pg/mL
41 a 60 anos: 26,7 a 183,0 pg/mL
61 a 90 anos: 18,6 a 190,0 pg/mL
Mulheres:
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Fase Menstrual:
Ciclo: 1,81 a 17,4 pg/mL
Fase Folicular: 1,85 a 16,8 pg/mL
Fase Lútea: 1,75 a 18,7 pg/mL
Meio de Ciclo: 3,00 a 23,4 pg/mL
Pós Menopausa(sem tratamento):
54 a 65 anos: 2,01 a 23,7 pg/mL
65 a 74 anos: 1,85 a 20,1 pg/mL
74 a 86 anos: 1,83 a 16,7 pg/mL
Pós Menopausa (com tratamento):
Em Tratamento: 1,04 a 16,4 pg/mL
OBS: O Cálculo é baseado nos níveis de Testosterona Total e SHBG, segundo
Vermeulen, A. et al., J. Clin. Endocrinol Metab 84: 3666-2,1999. A testosterona
livre calculada, quando comparada com a testosterona total, avalia melhor os
níveis androgênicos desde que seja livre da interferência dos níveis de SHBG
(globulina ligadora de hormônios sexuais).
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TRANSFERRINA
Comentários
A transferrina é a principal proteína plasmática transportadora de ferro. Esta proteína
participa do metabolismo do ferro, transportando o ferro do plasma para os
precursores das hemácias na medula óssea e captando o ferro liberado das hemácias
senescentes destruídas pelos macrófagos do sistema retículo endotelial. Além disso, a
transferrina transporta ferro para outros órgãos.
Apesar do ferro se ligar inespecificamente a outras proteínas plasmáticas, vários
estudos têm mostrado correlação linear entre a concentração de transferrina e a
capacidade total de ligação do ferro (CTLF). Assim, a medida da concentração
plasmática de transferrina, juntamente com a determinação sérica do ferro e da
ferritina, apresenta grande valor na avaliação de distúrbios do metabolismo do ferro.
A transferrina aumenta na deficiência de ferro, estando diminuída na anemia
secundária a doença inflamatória crônica. A determinação da transferrina é
especialmente útil nos distúrbios relacionados à sobrecarga de ferro, sendo indicador
bastante específico da hemocromatose hereditária.
A concentração de transferrina pode estar aumentada em pacientes grávidas ou em
uso de anticoncepcional oral.
Método
Turbidimetria
Valores de referência
170 a 340 mg/dL
Amostra
1,0mL de soro.
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e 8°C.
TRIGLICERÍDEOS
Comentários
A determinação dos triglicérides é dado importante e necessário para a classificação e
fenotipagem das hiperlipoproteinemias. É também de importância a íntima correlação
que se observa entre a hipertrigliceridemia e o aumento do risco coronariano nas
mulheres.
As causas de elevação dos triglicérides são as várias doenças de lípides chamadas
hiperlipidemias ou hiperlipoproteínemias. Nestas, sejam de causa primária ou
secundária, ocorre elevação dos triglicérides nos tipos I, IIb, III, IV e V.
As hiperlipidemias podem estar associadas a doença cardio-vascular e ocorrem
comumente no diabetes, alcoolismo, pancreatite, doença do armazenamento do
glicogênio, síndrome nefrótica, hipotireoidismo, gravidez, uso de anticoncepcionais e
mieloma múltiplo entre outras doenças.
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URÉIA
Comentários
A uréia se eleva fisiologicamente devido a dieta hiperprotéica ou com a idade,
particularmente após 40 anos. Sua diminuição ocorre na gravidez normal e nos
indivíduos em dietas com baixo valor protéico e alto conteúdo glucídico.
Elevações da uréia por defeitos de excreção se devem a causas pré-renais
(insuficiência cardíaca congestiva), causas renais (nefrites, pielonefrites, e
insuficiência renal aguda ou crônica) e pós-renais (obstruções do trato urinário por
cálculos, carcinomas ou pólipos). Elevações da uréia ocorrem também por
catabolismo elevado (febre, septicemia, uso de corticosteroides) e hemorragia
internam, principalmente do trato grastointestinal.
A diminuição da uréia, que não tem expressão clínica, pode ocorrer em consequência
à infusão endovenosa de soluções com carbohidratos, redução do catabolismo
protéico e aumento da diurese.
Método
UV Automatizado
Valores de referência
15 a 40 mg/dL
Amostra
1,0mL de soro refrigerado.
Conservação para envio da amostra
Até 30 dias entre 2°C e 8°C.
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URINA ROTINA
Comentários
O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função renal e
afecções do trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e avaliação da eficácia do
tratamento. O exame compreende três etapas: caracteres gerais (propriedades
físicas), pesquisa de elementos anormais (pesquisa química), sedimentoscopia
(exame microscópico da urina).
Método
É realizada uma análise física da urina, análise química qualitativa e quantitativa dos
elementos anormais (automação) e análise do sedimento (microscopia ótica).
Amostra
Urina recente (jato médio 1a urina manhã) ou urina com no mínimo de 4h após última
micção.
Ideal colher no laboratório. O laboratório fornece kit próprio para a coleta de urina.
Fazer higienização da genitália com água e sabão neutro previamente. Em caso de
crianças que necessitam de coletor, o mesmo deve ser colocado após a higienização
adequada e deverá ser trocado de hora em hora, até que a criança urine. Repetir a
higienização sempre que for necessário trocar o coletor.
Manter dieta hídrica habitual.
Enviar rapidamente ao laboratório.
Conservação para envio da amostra
Até 4 horas entre 2°C e 8°C.
Este exame é realizado somente para laboratórios localizados na cidade de Marabá.
V. D. R. L.
Comentários
Teste utilizado para o diagnóstico e acompanhamento da terapêutica em pacientes
com sífilis. São obtidos títulos elevados (>1/32) nas fases primárias ou secundárias da
doença, tendendo a se normalizar após o tratamento. Títulos baixos (1/1, 1/4) podem
permanecer após o tratamento, caracterizando uma cicatriz sorológica. No líquor, um
resultado VDRL reagente quase sempre indica uma infecção sifilítica passada ou
presente no sistema nervoso central. Resultados falso-positivos (com títulos variando
de 1/1 até 1/8) podem ser observados em outras patologias (ex: doenças autoimunes).
Método
Floculação
Valor de referência
Não Reagente
Obs: Interferentes do método: hemólise, cisplatina, corticóides, estrógenos,
contraceptivos orais, fenitoina, clortalidona.
Amostra
1,0mL de soro refrigerado.
Refrigerar rapidamente a amostra em frasco plástico novo.
Anotar medicação em uso, sexo e idade do paciente.
Conservação para envio da amostra
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Método
Aglutinação
Valores de referência
Antígeno somático do grupo ( o ):
Valor(es) de referência: Não reagente
Antígeno flagelar ( a ):
Valor(es) de referência: Não reagente
Antígeno flagelar ( b ):
Valor(es) de referência: Não reagente
Antígeno flagelar ( h ):
Valor(es) de referência: Não reagente
Amostra
0,5mL de soro.
J.O. 8h.
Conservação para envio da amostra
Até 7 dias entre 2°C e 8°C.
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