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ZOOLOGIA GERAL

E COMPARADA I

1
Zoologia Geral e SOMESB
Comparada I Sociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.

Presidente ♦ Gervásio Meneses de Oliveira


Vice-Presidente ♦ William Oliveira
Superintendente Administrativo e Financeiro ♦ Samuel Soares
Superintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão ♦ Germano Tabacof
Superintendente de Desenvolvimento e>>
Planejamento Acadêmico ♦ Pedro Daltro Gusmão da Silva

FTC - EaD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância
Diretor Geral ♦ Waldeck Ornelas
Diretor Acadêmico ♦ Roberto Frederico Merhy
Diretor de Tecnologia ♦ Reinaldo de Oliveira Borba
Diretor Administrativo e Financeiro ♦ André Portnoi
Gerente Acadêmico ♦ Ronaldo Costa
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Gerente de Suporte Tecnológico ♦ Jean Carlo Nerone
Coord. de Softwares e Sistemas ♦ Romulo Augusto Merhy
Coord. de Telecomunicações e Hardware ♦ Osmane Chaves
Coord. de Produção de Material Didático ♦ João Jacomel

EQUIPE DE ELABORAÇÃO/PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO:

♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Autor (a) ♦ Maria Isabel Sampaio e Letícia Machado
Supervisão ♦ Ana Paula Amorim
Coordenação de Curso ♦ Letícia Machado

♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦
Revisão Final ♦ Carlos Magno

Equipe ♦ Ana Carolina Alves, Cefas Gomes, Delmara Brito,


Ederson Paixão, Fabio Gonçalves, Francisco França Júnior,
Israel Dantas, Lucas do Vale, Marcus Bacelar e Yuri Fontes
Editoração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves
Ilustração ♦ Fabio José Pereira Gonçalves, Francisco
França Júnior
Imagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsource

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Sumário

O RECONHECIMENTO DA ZOOLOGIA COMO CIÊNCIA ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 07

ZOOLOGIA: IMPORTÂNCIA E FUNDAMENTOS

Zoologia -Conhecimento e Saber ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 07

Graus de Hierarquia Zoológica ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 12

Ecologia dos Animais ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 16

Biodiversidade e Protistas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 21

ORGANIZAÇÃO, ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS METAZOÁRIOS

Metazoários ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 27

Filo Porífera: Grupo de Animais Primitivos ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 27

Os Coelenterata ou Cnidários ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 32

BIOLOGIA E SISTEMÁTICA DE GRUPOS ZOOLÓGICOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 37

FILO PLATYHELMINTHES, ASCHELMINTHES, MOLLUSCA E ANNELIDA

Filo Platyhelminthes ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 37

Filo Aschelminthes ou Nematelmintos ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 44

Filo Annelida ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 51

Filo Mollusca ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 57

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PROTOSTÔMIOS INFERIORES, OS LOFOFORADOS E O FILO
ECHINODERMATA
Zoologia Geral e
Comparada I
Protostômios Inferiores ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 59

Lofoforados ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 63

Filo Echinodermata ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 66

Atividade Orientada ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 72

Glossário ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 74

Referências Bibliográficas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 76

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Apresentação da Disciplina
Caro graduando (a),

Vamos começar uma longa viagem ao mundo animal com a disciplina Zoologia
Geral e Comparada I, que tem como objetivo geral promover o aprendizado da zoologia
como parte integrante das demais ciências e como elemento construtor dos valores da
cidadania.
Este material oferece a você aspectos importantes acerca dos invertebrados e
informações básicas indispensáveis para o entendimento do comportamento animal. Na
análise de textos, abordaremos características dos diversos grupos de animais e a origem,
evolução e conceitos fundamentais sobre a diversidade das espécies, apresentando-se
como parte integrante das propostas Curriculares para o Ensino da Biologia.
Cada vez mais se recorre a Zoologia para a compreensão e analise do ambiente,
e esta ciência se faz necessária, pois integra-se a ecologia e as demais ciências.
Essa disciplina possui 72 horas e encontra-se dividida em dois blocos temáticos,
sendo que cada bloco será dividido em 2 temas.
O primeiro bloco temático refere-se ao reconhecimento da Zoologia como ciência,
onde estudaremos a importância e fundamentos da Zoologia, a distribuição geográfica
dos animais, ecossistemas terrestres, a classificação e nomenclatura zoológica, a
biodiversidade, além dos protistas.
No segundo bloco temático, estudaremos a morfologia, fisiologia e sistemática
dos grupos zoológicos, como os filos platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos,
protostômios inferiores, os lofoforados e o filo equinodermata.
O material didático desta disciplina foi estruturado em textos científicos e
informativos que objetivam a prática do conhecimento, sendo aconselhado, portanto, a
leitura, interpretação dos textos e realização das atividades de forma cuidadosa. E, para
completar seu estudo, faz-se necessário o estudo no ambiente virtual de aprendizagem
(AVA).
Esperamos que esse trabalho contribua para o avanço científico e um aprendizado
amplo da zoologia dos invertebrados.
Lembre-se que:

“O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a


intimidade do movimento de seu pensamento.
Sua aula é, assim, um desafio e não uma “cantiga de ninar”. Seus alunos
cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
(FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 2001. p. 96)

Desejamos discernimento, iniciativa, participação e bom senso!

Profª. Maria Isabel Sampaio e Letícia Machado

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Zoologia Geral e
Comparada I

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O RECONHECIMENTO DA ZOOLOGIA
COMO CIÊNCIA

Caro(a) graduando (a), neste bloco temático iremos fazer uma grande viagem pelo
mundo animal, começando pelo conceito do que vem a ser a zoologia, sendo composto
pelo tema 1 - Zoologia: Importância e Fundamentos, com os seguintes conteúdos:
Zoologia: conhecimento e saber;Graus de hierarquia zoológica;Ecologia dos animais;
Biodiversidade e Reino Protista; e o tema 2 - Organização, Origem e Evolução dos
Metazoários, formado pelos seguintes conteúdos: Metazoários; Filo Porífera: grupo de
animais primitivos e o Filo Cnidária ou Coelenterata.

ZOOLOGIA: IMPORTÂNCIA E FUNDAMENTOS

Pode se notar facilmente, que a variedade dos seres vivos é muito grande e o seu
estudo se torna mais fácil quando separamos em grupos. A distribuição dos animais em
grupos distintos é objetivo da ciência da classificação, também conhecida como taxonomia
ou sistemática.

ZOOLOGIA: CONHECIMENTO E SABER

Uma característica básica do estudo da Zoologia é a organização e classificação


dos animais, devido a grande diversidade dos seres vivos.
Nesse contexto, esta disciplina é adequada, pois apresenta um enfoque evolutivo –
ecológico que destina-se a analisar a história zoológica das espécies focalizando os animais,
suas diversas formas, estruturas, órgãos e sistemas com características que permitem a
adaptação dos grupos de animais nos diversos meios, possibilitando o entendimento de
como os seres vivos estão classificados, sua manutenção e as relações que ocorrem entre
eles e o ambiente, possibilitando um equilíbrio dinâmico do ecossistema.
A zoologia oferece um estudo da sucessão ecológica e permite compreender as
diversas formas de relações existentes na biosfera, fornecendo elementos para avaliar o
comportamento dos grupos de animais, importância, pressupostos contribuindo para a
compreensão histórico-filosófica da espécie e as relações entre alterações ambientais e
modificações dos seres vivos. Um outro princípio que devemos considerar é a variabilidade
das espécies como conseqüência de mutações e de combinações dos diversos materiais
genéticos que permitem a seleção natural e características adaptativas. Por tudo isto, a
Zoologia torna-se uma ciência bastante instigante e interessante, levando-nos a vários
questionamentos, como: Qual a interpretação para a formação de novas espécies? Como
as espécies animais aprendem a interagir e organizar-se? Qual a importância do isolamento
geográfico e reprodutivo para as espécies animais?
Nesse conteúdo identificamos o conhecimento da zoologia e suas características
fundamentais, focalizando a importância desta ciência como essencial para entender o
desenvolvimento e relação entre as espécies.

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Sendo a zoologia a parte da biologia que estuda aos animais sob todos
os aspectos, a finalidade de seu estudo são as mais diversas: um certo
conhecimento dos animais e dos princípios básicos da biologia fazem parte
Zoologia Geral e de uma boa formação geral e constitui a base para estudos especializados
Comparada I na medicina. Muitas pessoas sentem prazer em estudar os animais, e alguns
desenvolvem um interesse pessoal por certos grupos (aves, peixes, insetos
ou outros), deles se ocupando como atividade complementar aos deveres
diários. O conhecimento dos animais de importância prática para o homem é,
enfim, essencial à nossa civilização.

INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA

Você já se indagou sobre este tema e o que nós nos deparamos em nosso dia-a-
dia? Como é produzido este conhecimento?

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valorizando aspectos
científicos relevantes à prática
diária.

A zoologia destina-se a estudar os seres vivos pertencentes ao Reino Animallia, suas


características comuns e divergentes, suas diversidades e modos de vida. A Zoologia hoje
é discutida como disciplina fundamental para a análise dos fatos, processos e idéias em
Biologia, oportunizando conceitos e construindo critérios científicos para a classificação
dos animais, propondo soluções e intervenções, considerando a preservação da vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
Entendemos a Zoologia como unidade biológica constituída de grupos de organismos
que vivem na natureza estabelecendo relações nos ecossistemas e interagindo com fatores
ambientais indispensáveis à manutenção da vida, como; temperatura, luminosidade,
disponibilidade de água e tipos de solos.
Hoje, os dados disponíveis para o estudo dos animais resultam em uma grande
representação das nossas visões do universo vivo. Para este conhecimento é necessário:

Utilizar critérios científicos para a classificação dos animais.


Relacionar os diversos conteúdos na compreensão de fenômenos.
Estabelecer relações entre a Zoologia e outras disciplinas.
Selecionar e utilizar metodologias científicas para análise e reconhecimento dos
animais.
Utilizar novas situações de aprendizado.
Reconhecer o estudo dos animais para o entendimento dos processos biológicos.

Reconhecemos que no ar, no solo e na água vivem milhões de seres vivos distribuídos
em uma grande variedade de tipos, incluindo animais, cujo tamanho vai desde o de
organismo microscópico às gigantes baleias. Essa imensa diversidade de formas de vida

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é uma fonte permanente de dados para os biólogos e supostas soluções de problemas a
serem resolvidos. Ao estudar a zoologia, você começara a analisar a riqueza do mundo vivo
e formular idéias e explicações sobre a origem dessa diversidade.
No estudo do comportamento animal as hipóteses são tão importantes quanto as
teorias, e é a interação de ambos que possibilita o crescente progresso científico. Por
exemplo, a variedade dos seres vivos é um fato evidente para qualquer indivíduo e, em
especial, para o pesquisador; a evolução dos seres vivos é uma das hipóteses que pode
explicar essa diversidade. Nesse âmbito, muitos aspectos devem ser considerados, como
a origem dos seres vivos, a variabilidade das espécies e os mecanismos da evolução.
A biologia dos animais é inseparável da zoologia porque da mesma forma que estes
são constituídos de células, tecidos e órgãos, o estudo analítico permite comparar os grupos
dos animais, a sua construção desde as moléculas até estruturas mais complexas, envolvendo
o reconhecimento da Zoologia em aspectos históricos, sociais, políticos, econômicos,
culturais e tecnológicos. Nesse aspecto, os objetivos gerais da disciplina são:

Desenvolver a capacidade de observação e percepção do mundo animal.


Reconhecer a complexidade do reino animal.
Relacionar o ambiente natural e social e, desta forma, interagir com ele.

Para refletir...
A fabulosa FAUNA do rio Amazonas representa um interessante texto
para reflexão. Analisando sobre esse tema, responda as proposições após a
leitura do texto.

A FABULOSA FAUNA DO RIO AMAZONAS

A umidade da floresta tropical amazônica é


oriunda da rede de rios e riachos que atravessam este :: De acordo com o texto,
ecossistema. Esse majestoso rio forma uma rede fluvial qual a importância das águas dos
que abrange quase a metade da América do Sul. dois sistemas fluviais para as
Através do Rio Negro e do canal Cassiquaiare, vias espécies vivas.
navegáveis do Amazonas, essa rede fluvial se comunica
diretamente com o sistema oriundo, no norte da _______________________________________________________________
América do Sul. As águas desses dois sistemas fluviais, _______________________________________________________________
dispersos pelo continente proporciona, graças a sua _______________________________________________________________
localização equatorial, um ambiente favorável a seus _______________________________________________________________
habitantes. __
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A sua fauna fabulosa e especial é pouco
conhecida pela ciência, devido ao fato de estar dispersa
na parte habitável pouco explorada. Entre as espécies :: O texto “A FABULOSA
de peixes, existem os maiores do mundo. Segundo FAUNA DO RIO AMAZONAS”
Marston Bates, naturalista e pesquisador americano da serviu de subsídio para fazer
região Amazônica “conservo vivida na lembrança as com que você pesquise e
enormes caveiras de peixes abandonados na areia
pelos pescadores e que deveriam pesar centenas de caracterize a fauna existente
quilos”. hoje no Rio Amazonas.
O mar salgado enviou muitos habitantes para _______________________________________________________________
esse mar de água doce – um golfinho especial, um _______________________________________________________________
peixe-boi, arraias que se aninham nas faixas arenosas, _______________________________________________________________
todos esses seres fazem da região parecer perigosa,
sem mencionar ainda os crocodilos. _______________________________________________________________
A maior ameaça são as multidões de mosquitos _______________________________________________________________
que proliferam na densa e úmida floresta. Às margens
dos rios, os Punins e Maruins fervilham pelos rios e
igarapés, pequenos riachos sinuosos ou rios
“invisíveis”.

Extraído do livro: Ecologia – Ciência para uma nova


geração, editora da Universidade Federal de Goiás – Goiânia,
1984 p. 172.
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Os animais fazem parte do mundo e, muitas vezes, ocupam o mesmo
ambiente se relacionando. Atualmente essa ciência está se convertendo em
um dos ramos mais importantes e atua de forma integrada, valorizando o
Zoologia Geral e estudo dos ecossistemas e relações com o meio físico.
Comparada I Partindo desse princípio, visualizamos o ambiente e o conjunto de seres
que nele vivem. Os seres vivos constituem o meio biótico, formando uma rede
complexa de interações. O homem é um componente fundamental na escala,
pois é um elemento integrante da Biosfera, possuindo relevantes
características peculiares. Segundo o filósofo Alcméon (pai da Biologia) “o homem se
diferencia dos animais porque pensa”.
Devido a enorme variedade de animais, existem muitas características que, quando
observadas, nos permite identificar os seres vivos. Uma das características fundamentais é
a forma de nutrição, pois os animais são heterotróficos e dependem de outros para a
obtenção de energia.
É necessário reconhecer a classificação do reino animal e diversos grupos; verifique
isto na tabela abaixo. Um aspecto a ser considerado são as funções vitais que permitem a
sobrevivência dos animais. Entre estas funções, citaremos as principais:

NUTRIÇÃO – Fornecimento de nutrientes


RESPIRAÇÃO – Obtenção de energia
EXCREÇÃO – Formação e eliminação de resíduos
REPRODUÇÃO – Continuidade da espécie
SENSIBILIDADE – Reação a estímulos

Obs.: Esta lista tem apenas a


finalidade de comparar os grupos,
pois anualmente novas espécies
são descritas para a ciência.

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Para refletir...
:: ANALISE E REFLITA SOBRE O TEMA “ACLIMATAÇÃO E CRIAÇÃO
COMERCIAL DE ANIMAIS” E, EM SEGUIDA, RESPONDA AS PROPOSIÇÕES
ABAIXO:

ACLIMATAÇÃO E CRIAÇÃO COMERCIAL DE ANIMAIS

O estudo das leis referentes à ação dos fatores ecológicos e a determinação dos limites de
tolerância dos seres vivos são importantes quando se pretende estabelecer um plano para a
recuperação de uma espécie ameaçada de extinção ou quando se pretende explorar uma criação
comercial e evitar a caça, pesca ou coleta predatória.
Desde o início das grandes navegações, tornou-se comum o transporte de animais nativos
para lugares afastados e de condições ambientais diversas. Essa transferência não apresenta grandes
dificuldades, principalmente quando se trata de espécies. Muitas vezes, torna-se necessária uma
aclimatação às novas condições do ambiente, não só para garantir a simples sobrevivência dos
indivíduos, mas para que se garanta sua viabilidade econômica.
Quando se pretende introduzir e criar uma nova espécie, deve-se realizar um levantamento
sobre os limites de tolerância e dos fatores limitantes para essa espécie. Deve-se conhecer, também,
o comportamento e o ciclo de vida para que o empreendimento comercial tenha sucesso.
Uma segunda etapa consiste na realização do ciclo de vida em laboratório para superar a
reprodução. Se uma espécie não se reproduz em cativeiro, sua criação comercial torna-se inviável.
A terceira etapa é a da aclimatação propriamente dita, quando se submete o animal a
condições cada vez mais próximas dos limites de tolerância,para que se possam ocorrer as
necessárias alterações morfológicas no corpo do animal.
Um exemplo bem estudado de aclimatação ao calor é o do peixe Micropterus salmoids, que
vive em temperaturas pouco acima de 20 graus. Se a temperatura subir dos 34 graus metade deles
morrem em uma hora; os demais animais, num prazo mais longo. Todavia, mantendo-os a 30 graus
durante quatro dias, eles só morrerão quando a temperatura atingir 38 graus. Isso demonstrou a
capacidade desse peixe em alterar seus limites de temperatura.
Na criação em cativeiro de animais silvestres é preciso considerar outro fator: o jurídico. No
Brasil, uma lei estabelece que todos os animais silvestres são propriedades do Estado, e quem os
mantiver em cativeiro pode ser preso. Mas quem deseja criá-los com fins de pesquisa científica,
que inclui o interesse para a preservação da espécie ou de exploração econômica, deve solicitar
autorização ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais).
Extraído do livro: Educação Ambiental – As ameaças ao planeta Azul, 1994.p.18.

a) De acordo com o texto, por que quando se pretende introduzir e criar


uma espécie nova deve-se realizar um levantamento dos limites?
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b) Como o estudo dos fatores ecológicos interagem com a Zoologia


segundo a sua interpretação?
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c) Como você relaciona o processo de aclimatação e a criação de animais?


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Zoologia Geral e _______________________________________________________________
Comparada I
LEIA O TEXTO ABAIXO:

“Todo ser vivo desenvolve-se em um ambiente do qual depende para


sobreviver. Nesse contexto, os seres vivos de um ecossistema não vivem isolados, e sim interagem
constantemente. A presença de um indivíduo interfere em outros e nos componentes físicos e
químicos dos ecossistemas”.
(Avancini e Favaretto, 2004, p.324.)

a) Levando-se em conta o texto acima, explique porque os componentes


físicos e químicos contribuem para a presença dos seres vivos?
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b) Por que é necessário os seres vivos interagirem constantemente?


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GRAUS DE HIERARQUIA ZOOLÓGICA

A expressão classificação científica refere-se ao modo como os biólogos agrupam e


categorizam as espécies de organismos, extintas e atuais.
A classificação moderna tem as suas raízes no sistema de Carl von Lineu (ou Carolus
Linnaeus), que agrupou as espécies de acordo com características partilhadas. Estes
agrupamentos foram revistos depois de Lineu para melhorar a consistência entre a
classificação e o princípio darwinista de ascendência comum. A sistemática molecular, que
utiliza a análise do DNA do genoma, levou a muitas revisões recentes e é provável que
continue a fazê-lo. A classificação científica pertence à ciência da taxonomia ou sistemática
biológica.

NOMENCLATURA

NOMES COMUNS OU POPULARES – Cada país tem seus próprios nomes comuns
para designar animais bem conhecidos. O pardal, por exemplo, recebe nomes diferentes
em diferentes regiões. Assim há possibilidade de confusão entre povos de diferentes
nacionalidades ou mesmo dentro de único país. Exemplo:

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NOMES CIENTÍFICOS – recorre-se ao nome científico do animal para evitar confusão
mencionada acima. Por exemplo, o nome científico do pardal é Passer domesticus,
reconhecido em qualquer região do globo.

A classificação das espécies não obedece a critérios rigidamente formais. Caso


fosse empregado aos primatas o mesmo critério científico usado para classificar os
besouros, por exemplo (há mais de 300 mil espécies catalogadas desses insetos, embora
alguns cientistas cogitam números acima de 1 milhão), o ser humano (Homo sapiens) faria
parte do gênero Pan, o mesmo gênero dos chimpanzés (Pan troglodytes) e dos bonobos
(Pan paniscus).

O conjunto de animais existentes na Terra forma o reino animal e deve ser


particularizada classificando-os em grupos restritos. Duas ou mais espécies de animais ou
vegetais que tenham um certo número de características em comum constituem um gênero.
Por sua vez, os gêneros se agrupam em famílias, as famílias em ordens, as ordens em
classe e as classes em filos.

RESUMINDO:

REINO
REINO FILO
FILO CLASSE ORDEM
ORDEM FAMÍLIA
AMÍLIA GÊN ERO
GÊNERO ESPÉCIES
ESPÉCIES

Na prática, devido ao grande número de animais a classificar, utilizam-se grupos


intermediários como subclasse, subordem, subfamílias, subgênero e até subespécies.

Vejamos um
exemplo:

Como podemos
classificar uma
formiga?

Reino ...................Animal
Ramo ...................Artrópode
Classe ...................Hexápode
Subclasse ...................Pterigota
Ordem ...................Himenópteros
Subordem ...................Clistogastra
Família ...................Formicidae Com certeza você
Subfamília ...................Ponerinae está se perguntando:
Gênero ...................Ectatomma
Subgênero ...................Esctatomma Existem seres vivos
Espécie ...................Edentatum que não
Subespécie...................Multicum conhecemos? Como a
classificação dos
seres vivos interage
com a evolução? Por
que os cientistas
fazem a
classificação?

13
Zoologia Geral e
Comparada I

CLASSIFICAÇÕES

NATURAIS E ARTIFICIAIS – Os primeiros biólogos que tentaram agrupar os animais


se utilizaram das observações de semelhanças em poucas características, como o tamanho,
forma, os locais habitados, os meios de locomoção. Por exemplo, classificando os animais
quanto a locomoção, teríamos no mesmo grupo o canário, a abelha e o morcego, todos
voadores. Os animais saltadores incluem espécies tão distintas como o canguru e pulgas.
Assim, por motivos óbvios, essas classificações, chamadas artificiais, foram abandonadas.
O sistema natural moderno de classificação emprega todos os dados disponíveis:
estrutura, fisiologia, embriologia, distribuição, etc. A classificação NATURAL se baseia na
teoria da evolução e tenta descobrir as relações de parentesco entre os animais (afinidades
genéticas).

A ESPÉCIE É CONSIDERADA UNIDADE DE


CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS.

CONCEITO DE ESPÉCIE – A unidade de classificação usada pelos biólogos é


chamada espécie, porém a palavra é usada para animais e vegetais tão semelhante que
não só tenha as mesmas características estruturais, como também possam ser cruzadas
livremente na natureza e produzir descendentes férteis.

Indivíduos de espécies diferentes não se cruzam, embora


ocasionalmente, se produzam híbridos entre espécies.

Para reconhecer os grupos de animais e classificá-los é necessário saber que:

As espécies podem ser agrupadas e formar um gênero.


O nome científico dos seres vivos é escrito em latim.
O nome científico deve estar destacado.
Exemplos:
Carlos Chagas descreveu um protozoário parasita do homem - Trypanosoma cruzi.
Lineu denominou o cão – Canis familiaris

Os gêneros podem ser agrupados e formar uma família.


Exemplos: o cão e o lobo

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Canis familiaris; Canis lupus

Famílias podem ser agrupadas e formar uma ordem.


Exemplos: o cão, o lobo e a raposa fazem parte da ordem dos carnívoros (carnívora), pois
nutrem-se de carne.

Ordens podem ser agrupadas e formar uma classe.


Exemplos: o macaco e o ser humano são da ordem dos primatas.

Classes podem ser agrupadas e formar um filo


Exemplo: o boi, a galinha, e os peixes são do filo cordados, pois possuem estruturas de
sustentação.

Filos podem ser agrupados e formar um reino. Assim, os cordados e os outros animais
formam o reino Animália.

Desta forma, para nomearmos os seres vivos, devemos obedecer a certas regras;
regras estas que só foram estabelecidas após os brilhantes trabalhos do botânico Sueco
Carolus Linnaeus, em 1758 (Carlos Lineu).

REGRAS PARA NOMENCLATURA ZOOLÓGICA

1 – O nome dos animais devem ser escritos em latim (Lineu usou o latim porque era a
língua dos intelectuais em sua época).

2 – Todo animal tem, obrigatoriamente, dois nomes no mínimo. O primeiro é o do gênero e o segundo o da espécie
(Sistema binominal criado por Lineu).
Ex.: Homo sapiens

3 – O nome do gênero deve ser sempre escrito com inicial maiúscula, e o da espécie com inicial minúscula.
Ex.: Trypanosoma cruzi
Quando se dá o nome específico em homenagem a uma pessoa, como no exemplo acima, acrescentamos a letra
i no sobrenome do homenageado se for do sexo masculino.
Ex.: Carlos Bates = batesi.
Quando o Homenageado for feminino, acrescentamos ae no sobrenome.
Ex.: Sônia Costa = costae

4 – Quando existe subespécie, o seu nome deve ser escrito depois do da espécie e sempre com inicial minúscula.
Ex.: Rhea americana darwing ou Apis mellifera adansoni

5 – Quando existe subgênero, o seu nome deve ser escrito depois do nome do gênero, entre parênteses, e
sempre com inicial maiúscula.
Ex.: Anofheles (nissurrhynchus) darlingi

6 – O nome dos animais devem ser grifados ou deve se usar um tipo de letra diferente do texto, em geral usa-se
o negrito ou caracteres itálicos.

7 – Se um gênero ou espécie foi descrito mais de uma vez, deve-se sempre usar o primeiro nome que o animal foi
descrito, mesmo que seja errado. É a lei da prioridade. Expl. Trichuris trichiura é conhecido também como tricocéfalo,
em vista de ser usado durante muito tempo o nome Tricocephalus trichiuris. O nome mais antigo Trichuris - (thirix
= cabelo; aura = cauda) significa cauda capilar. Quando se descobriu que a parte filiforme do verme correspondia
à extremidade cefálica e não caudal, procurou-se mudar o nome para Trichocephalus, o que não é permitido pela
regra da prioridade.

8 – Nos trabalhos científicos, depois do nome da espécie, coloca-se o nome do autor (o naturalista que a
descreveu) e o ano da publicação do trabalho onde foi descrito. Ex.: Triatoma infestans - Klug, 1834.
Obs.: O nome do autor e data, citados entre parênteses, indicam que a espécie em questão foi descrita originalmente
em gênero diversos do que aparece citado. Expl. Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909). Originalmente foi descrito
como Schizotrypanum cruzi. Dias, em 1939 foi quem revalidou.

9 – Tem terminações padronizadas as seguintes categorias: superfamília (oidea), família (idae), subfamília
(inae) e tribo (ini). Ex.: O pernilongo, vetor da malária, pertence à superfamília Culicoidea, família Culicidae,
subfamilia Culicinae e a tribo Anophelini.

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Zoologia Geral e A larga ocorrência de alguns caracteres possibilita o reconhecimento
Comparada I de grupos maiores do que filos.

SIMETRIA – muitos protozoários são assimétricos (não são divisíveis em partes


equivalentes) enquanto que outros mostram simetria esférica.

Os Coelenterata e Echinodermata são radialmente simétricos em torno de um eixo


mediano que passa pela boca; um plano através deste eixo divide o animal em setores
radiais (antímeros). Os membros da maioria dos outros filos são bilaterais simétricos; um
plano longitudinal vertical (saginata) divide o animal em duas metades iguais e opostas.

SEGMENTAÇÃO – é a respiração de partes do corpo do animal. Quando ocorre naqueles de


simetria radiada é chamada ciclomeria; e as partes que se repetem são denominados antímeros.
Ex.: Os braços de uma estrela-do-mar

Quando a repetição de partes ocorre em animais de simetria bilateral, chamamos


de metameria, e os segmentos que se repetem são denominados metâmeros. A metameria
é homônima quando os metâmeros são iguais, exceto o primeiro e o último. Este caso
ocorre nos anelídeos. Quando os metâmeros são diferentes e se agrupam formando diversas
regiões, é chamado Heterônima. Assim ocorre nos artrópodes onde, geralmente, os
metâmeros se agrupam em três regiões: cefálica, toráxica e abdominal.

A partir dos anelídeos, todos os metazoários apresentam o corpo


constituído de segmentos.

SEXO – o animal que contém os dois órgãos genitais masculino e feminino, é chamado
monóico (ou HERMAFRODITA); os representantes da maioria dos filos superiores são dióicos, cada
indivíduo é portador de apenas um órgão do tipo masculino ou feminino.
CELOMA – é a cavidade do corpo formada pela separação das camadas somáticas e
esplacnica do mesoderme.
ACELOMADOS – são metazoários inferiores onde o corpo é um saco de paredes duplas
que rodeiam uma cavidade única. Só tem uma abertura (boca) Ex.: Filo celenterata (hidra).
PSEUDOCELOMADOS – existe uma cavidade entre a ectoderme e a endoderme, porém
não é forrada. Ex.: Filo Aschelminthes (nematóides).
CELOMADOS – possuem duas cavidades; nestes animais o corpo lembra um tubo dentro
do outro. O interno é o digestivo, e é aberto nas duas extremidades (boca e ânus). O tubo externo
é constituído pela ectoderme (parede do corpo); entre eles está o celoma (cavidade), o qual é
forrado pela mesoderme.

Os celomas são mais inferiores que os pseudocelomados e estes mais inferiores


que os celomados.
Estrutura do corpo em vários tipos de animais. Em cima, em secção mediana. Em
baixo, em secção transversal, com indicação dos folhetos germinativos embrionários.

ECOLOGIA DOS ANIMAIS

São muitos os fatores que podemos considerar dentro de um ecossistema para a


grande variedade de espécies e evolução das mesmas, sendo que algumas evidências
são apoiadas por cientistas. Então, percebemos que é necessário considerar:

16
Ecologia como ciência
Fatores abióticos
Fatores bióticos
Cadeia alimentar
Ciclos vitais
Equilíbrio das populações
Crescimento e desenvolvimento das espécies
Ecossistemas
Evolução das espécies

Diante de tais informações, qual a importância desses fatores para o estudo


comparativo dos animais?

VAMOS RELEMBRAR O
SIGNIFICADO DE CADA UM
DESTES ASPECTOS?

FATORES ABIÓTICOS

São importantes para a vida, onde reconhecemos:

Luz
Temperatura
Umidade
Salinidade
Pressão
Ph

FATORES BIÓTICOS

Refere-se à manutenção das funções vitais:

Relação entre os seres vivos


Comunidade biótica
Populações
Ecossistema
Biosfera

CADEIA ALIMENTAR

Manutenção da transferência de energia, desde a origem nas plantas, através de


uma série de organismos compreendendo as atividades metabólicas. Onde,
consideraremos:

Fluxo de energia
Níveis tróficos
Pirâmides ecológicas
Relação entre produtores e consumidores.

CICLOS VITAIS

Refere-se aos ciclos onde se identifica as relações químicas, físicas e biológicas


nas rochas, solos, água e ar.

17
Ação dos elementos químicos
Nutrientes
Energia
Zoologia Geral e Biosfera
Comparada I Matéria

EQUILÍBRIO DAS POPULAÇÕES

As comunidades e populações interagem estabelecendo uma relação que possibilita


o equilíbrio ecológico. Nesse aspecto, é evidente os fatores:

Importância da matéria e energia


Produtividade
Habitat
Organização

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ESPÉCIES

Possibilitando a manutenção da vida e sua dinâmica, são essenciais aspectos:

Reprodução
Organização do material genético
Evolução

ECOSSISTEMAS

Interagindo os fatores químicos, físicos e biológicos vemos:

As populações
As comunidades
Mecanismos reguladores
Fenômenos climáticos

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

A evolução deve-se às formas de adaptação ao ambiente. Ao analisar este aspecto


é importante refletir sobre:
OS PERÍODOS GEOLÓG
GEOLÓGIICOS
IMPORTÂNCIA BBIIOLÓG
OLÓGIICA DOS FÓSSEIS
SERES VIVOS E AD APT
ADAPT AÇÕES
APTAÇÕES
SELEÇÃO N
SELEÇÃO ATURAL
NA

18
O FENÔMENO DAS MIGRAÇÕES
Por que migram os animais? É uma pergunta comum aos biólogos e
naturalistas. O homem tem assistido, às vezes, ao deslocamento dos animais sem
causa aparente. Um exemplo comum é o gafanhoto, fenômeno conhecido pelas nuvens
que abatem uma determinada cultura em forma de praga.
A migração das aves é algo de espetacular e muitas vezes as aves empreendem
um vôo migratório não só durante o dia mais também à noite.
O sol, a lua, as estrelas, bem como massas de ar com diferentes temperaturas,
o clima, o magnetismo terrestre podem ser fatores de orientação para as espécies.
As andorinhas viajam toda primavera, do Brasil à Argentina através de quilômetros
para pôr os ovos. Algumas vezes a rota se encontra sobre o mar aberto, sem sinais
de guia, num vôo contínuo e ininterrupto.

Outros animais empreendem, também, viagens migratórias. A migração


das focas de determinadas ilhas do Alasca, para procriação é um exemplo de
migrações por reprodução, como também são as viagens do salmão, peixe de água
doce que empreende viagem rio acima para desovar. Enfim, se não houvessem
vantagens as migrações não seriam empreendidas pelas espécies. Naturalmente,
com esse comportamento eles esperam encontrar melhor clima, mais abundante
fonte de alimento, maior espaço para acasalamento, intercâmbio genético com
indivíduos de outras regiões na luta pela conservação da espécie.

(Adaptado; O fenômeno das Migrações. Martinelli, Maria Cavalcante;


1984, p.110/111).

Para refletir...
:: Quais as vantagens dos processos migratórios?

:: Qual a relação entre MIGRAÇÃO e CONSERVAÇÃO


DA ESPÉCIE?

ECOSSISTEMAS TERRESTRES E DISTRIBUIÇÃO DOS ANIMAIS

Os continentes apresentam-se em vastas extensões, essas superfícies apresentam


espécies dominantes associadas a uma fauna específica a que chamamos de biomas.

19
Os biomas não têm limites nítidos, a paisagem se transforma
gradativamente dos campos, aos desertos, às florestas. Os estudiosos estão
certos de que essas espécies variam nas regiões adquirindo características
Zoologia Geral e distintas.
Comparada I
AS REGIÕES BIOGEOGRÁFICAS E ESPÉCIES NATIVAS

Além da análise dos ecossistemas, reconhecemos a importância dos


solos e fontes de alimentos para a fauna.
Dentre os ecossistemas, podemos destacar:
TUNDRA
TAI
TAIGGA
FLOREST
FLOREST
ORESTAA D ECÍDUA
DE
PRAD ARIAS
PRADARIAS
PAMPAS
DESERT
DESERTOS OS CAMPOS TROPI CAIS
TROPICAIS
FL OREST
FLOREST
ORESTA A SUPERÚMID
SUPERÚMIDA A
FL OREST
FLOREST
ORESTA A TROPI CAL CADUCIFÓL
TROPICAL CADUCIFÓLIA IA
TUNDRA
A tundra compreende grandes planícies cercadas de lagos e charcos, onde as
espécies características desse ecossistema são de natureza isolada. É um
ecossistema exclusivo do hemisfério norte, que, no inverno, os rios e os solos
congelam, pois as temperaturas são inferiores a – 10 oC. A tundra forma um
cinturão em torno do Pólo Norte, abrangendo o Canadá, a Noruega, a Rússia e o
Alasca. As espécies que resistem ao frio reaparecem no verão que tem a duração
de um mês. A flora característica deste ecossistema é formada por musgos,
liquens e plantas herbáceas. A fauna por sua vez, é formada por ursos polares,
bois, lebres, perdizes, raposas-azuis, esquilos, renas, além de aves migratórias
e insetos.

TAIGA
A Taiga é um ecossistema que faz limite com a tundra. O clima característico é frio
e seco, de transição entre temperaturas polares e temperadas. Possui uma estação
de verão mais longa que na tundra, neste período haverá descongelamento dos
rios e solos, permitindo o desenvolvimento das florestas de coníferas que se
caracterizam por ter folhas em formato de agulhas (aciculifoliadas), revestidas
com ceras para evitar a perda de água para o ambiente e a desidratação. A fauna
é mais variada que na tundra, sendo constituída por ursos, alces, lobos, linces,
esquilos e muitos pássaros que migram para o sul.

FLORESTA DECÍDUA
Nesta região predominam árvores de folhas largas com uma fauna bem característica.
Entre os animais, encontramos: a raposa, a lebre, a topeira, o esquilo, as tartarugas, as
cobras e alguns anfíbios. Dentre os pássaros, destacamos o cardeal e o pica-pau. A
fauna é representada por sariguês, tamanduá, tatu, paca, cotia e entre os de maior
porte encontra-se a onça pintada, a jaguatirica, o jaguar. Grandes répteis e anfíbios
como tartarugas, sapos, lagartos, e as maiores cobras do mundo como jibóia e sucuri
são presentes nesta área.

PRADARIAS
Representam extensas áreas e possuem grandes aglomerações de animais como antílopes,
cavalos selvagens, bisões, cangurus. Como há poucos esconderijos nas pradarias alguns
animais são velozes e se refugiam em tocas. Outros ainda apresentam curiosas adaptações
para organização social, rapidez e aguçada visão. Possui uma flora que se caracteriza
por vegetação rasteira formada por capim, comum no oeste da Rússia, nas planícies dos
Estados Unidos e nos pampas da Argentina. Este tipo de ecossistema ocorre em zonas
temperadas e tropicais. O clima varia de acordo com as latitudes, mas normalmente recebem
bastante luz solar.

20
PAMPAS
São campos limpos formados por vegetação rasteira. Fazem parte desta região
gramíneas que formam imensos tapetes, somente nas baixadas, arbustos ou
árvores. A fauna predominante é formada por tatus, roedores, lobos guarás, veados,
gatos e como representantes das aves encontram-se as emas, joão de barro,
cariana. Inúmeras espécies de cobras são predominantes como urutu, jararaca,
coral, muçurana e identifica-se aranhas, escorpiões e insetos cuja população
aumenta muito na primavera e verão.
O clima é temperado e a pluviosidade é alta. Ocorrem no Rio Grande do Sul, onde
são utilizados para cultivo agrícola e para pastagem de gado.

DESERTOS
Cerca de um terço da superfície terrestre é ocupada por desertos e semi-
áridos, espaços habitados por mais de 15% da população mundial. Durante
o dia faz muito calor no deserto, as temperaturas ultrapassam 40 oC, podendo
chegar a 50 oC. À noite faz muito frio, com temperaturas em torno de 0 oC,
podendo chegar a valores negativos.
O problema crucial da fauna do deserto é sobreviver no mundo em que a
falta de água é constante. São poucos os animais de grande porte que
habitam essas regiões. São típicos; os veados, o coiote e o gato montês. Há
muitas aves de rapina como corujas e abutres. São presentes o lagarto, a
iguana, os camundongos, as cascavéis e lebres.
A vida só é possível no deserto para aqueles animais que se modificam
fisiologicamente e adquirem novos comportamentos. Aí vivem animais de
pele seca, ágeis, saltadores e adaptados a vida nas tocas para se proteger.
Uma das formas mais notáveis é a do rato-canguru que se alimenta de
sementes secas e produz liquido dentro do seu próprio corpo, através da
conversão de carboidratos.
Como a água é um fator limitante neste ecossistema, a vegetação é muito
escassa, com predominância de plantas xerófitas.

CAMPOS TROPICAIS
Os campos ocorrem em zonas temperadas e tropicais, sendo que o clima
varia de acordo com as latitudes, mas normalmente recebem bastante luz
solar. A fauna característica é representada pelos veados, capivaras, cutia,
preá, onça, cachorro-do-mato, guará, gaviões, cobras e corujas. A flora é
adaptada ao solo pouco nutritivo.

FLORESTA TROPICAL SUPERÚMIDA


Essa região é considerada “inferno verde”, pois apresenta vegetais
emaranhados com grandes cipós, de grande altura e retêm boa parte de luz
solar sendo que o chão é recoberto de folhas que caem e apodrecem formando
a matéria orgânica.

FLORESTA TROPICAL CADUCIFOLIA


Esta região possui duas estações: a época de secas e chuvas. Os vegetais apresentam presença de
espinhos e as arvores são adaptadas ao armazenamento de água, como cactos.
É composta por predadores de pequenos animais como o guará e o guaxinim, tatus e tamanduás e,
também, por veados, cobras e aves de rapina.

BIODIVERSIDADE E PROTISTA

Reconhecemos que a conservação e o uso da biodiversidade, assim como a


produção de bens e serviços ambientais são formas de valorizar o ambiente, as atividades
econômicas, sociais e culturais.
Para garantir a sua preservação os seres humanos devem proteger e conservar todas
as formas de vida do planeta.

PRESERVAR A B
BIIODIVERSIDAD
ODIVERSIDADE É PRO
ADE TE
PROTEGER A VID
TEGER A
VIDA

21
A natureza é formada por diversos tipos de ambientes. A variedade
Zoologia Geral e dos animais e ambientes resulta na diversidade biológica e neste âmbito
Comparada I sabemos que a humanidade retira alimentos, remédios e produtos da natureza.
Cada espécie animal, vegetal e microorganismo têm um papel a cumprir.
Os seres vivos que compõem a grande diversidade desempenham
atividades que consistem em obter do ambiente recursos como luz, alimento,
sais, gases, água e abrigo se necessários a sua subsistência e em eliminar resíduos como
urina, fezes e gás carbônico.
Para refletir...
:: Por que trabalhar zoologia e
educação ambiental?

:: Pesquise junto a sua


comunidade: O que tem sido feito para
proteção da biodiversidade?

ENTÃO, O QUE VOCÊ ENTENDE POR BIODIVERSIDADE?

Algo de fundamental na BIODIVERSIDADE é o habitat. Se falarmos do mar, por


exemplo, estaremos sendo pouco claros, pois seria necessário analisar as zonas e o
ambiente marinho para entender os mecanismos das diversas espécies.
Sabemos que o mar oferece inúmeras opções de vida como: superfície - junto ao
fundo, areia, rochas. Tomemos como exemplo o marisco e a ostra, ambos possuem corpo
mole, protegidos por conchas, vivem na água, presos a algum substrato; no entanto, o marisco
permanece submerso e vive na faixa de variação de maré, ficando ora coberta, ora
descoberta, enquanto a ostra se prende à rocha. Eles podem viver na mesma praia e na
mesma rocha. O habitat de uma espécie determina as condições de sobrevivência e
reprodução.

COMO RELACI ON
RELACION AR A B
ONAR BIIODIVERSIDAD
ODIVERSIDADE!
ADE!

Vejamos alguns itens primordiais nesta discussão:

A capacidade de entender a diversidade das espécies permite:

22
Para refletir...
Agora, destaque a importância desse
conhecimento (biodiversidade) e identifique as
principais características buscando comparar e classificar
espécies, verificando a sua importância e utilidade.

Para refletir...
USANDO SUBPRODUTOS ANIMAIS

Quando os bois são abatidos nos frigoríficos, geralmente o sangue é


subutilizado, apesar de ser muito rico em proteínas e ferro. Em países
subdesenvolvidos, graves problemas de desnutrição se associam à falta desses
dois componentes na dieta.
Por isso, têm sido feitas algumas tentativas no sentido de se utilizar o
sangue bovino, considerado um alimento “menos nobre”, para fornecer essas
substâncias às populações carentes. Ela pode, por exemplo, ser misturado à
sopa e bolachas.
(Avancini e Faveretto, 2004 p.65)

:: Discuta, a partir do texto, a importância de alguns


subprodutos animais.
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

:: Como se relaciona no texto a importância dos


nutrientes?
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FUNÇÕES AMBIENTAIS

A realização de vários processos em Zoologia depende da inter-relação dos seres


vivos por meio da cadeia alimentar que, por sua vez, permite o fluxo de energia e matéria. A
variabilidade das características genéticas permite a adaptação das formas de vidas às
mais diversas condições ambientais.
Os seres vivos desempenham várias funções que dependem da biodiversidade.

Observem alguns exemplos!

POLONIZAÇÃO E DISPERSÃO DAS PLANTAS

Esse fenômeno é realizado por várias espécies de animais. A fauna desempenha


papel fundamental na dispersão e contribui para a manutenção das plantas em vários

23
habitats. Muitas vezes as aves, mamíferos, peixes e insetos ao se alimentarem
dos frutos levam as sementes para outros locais permitindo a formação de
novas espécies.
Zoologia Geral e
AGORA PENSE E
Comparada I
RESPONDA:
RESPOND A: COMO AS
REF ERID
REFERID AS A
ERIDAS TIVID
ATIVID
TIVIDAD ADES
ADES
ACIMA POD EM SER
PODEM
PREJUDI CAD
PREJUDICAD AS COM O
CADAS
DESMA
ESMAT TAMENT
AMENTO, O, COM A
CAÇA E A PESCA
PRED AT Ó R I A ?
DA

A CADEIA ALIMENTAR

Todos os seres vivos (animais, vegetais e microorganismos) relacionam-se direta


ou indiretamente entre si. Esse processo, que é complexo e cíclico, ocorre com o
desenvolvimento da teia trófica. Veja o esquema:

VARIABILIDADE E ADAPTAÇÃO

A variação genética que ocorre em cada espécie animal está relacionada à


temperatura, umidade, incidência de luz, salinidade e cada ser vivo precisa adaptar-se a
essas e outras condições, algumas delas podem conduzir ao processo da especiação.

FUNÇÕES SOCIOECONÔMICAS

Com grande importância econômica os produtos da flora e fauna constituem uma


imensa riqueza de recursos que a humanidade utiliza para sustentar um sistema de produção.
Quase todos os produtos que utilizamos cotidianamente, com exceção dos derivados
de petróleo e minérios, são produtos de origem vegetal ou animal.
As funções socioeconômicas podem ser discutidas a nível animal sob diversos
aspectos, dentre eles podemos citar:

FONTE DE NOVOS PRODUTOS E ENERGIA - A riqueza de espécies


existentes na natureza.
SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA E PECUÁRIA - Espécies
cultivadas e criadas pela agropecuária.
PRODUTOS FLORESTAIS - Utilização sustentável de recursos.
A QUESTÃO SÓCIO-CULTURAL - Sobrevivência e manutenção das
espécies.
ECOTURISMO - Forma sustentável de utilização dos recursos naturais.
BIOMAS - Estruturas ecológicas com fisionomias distintas.

24
EMPREGO E RENDA

A utilização dos recursos florestais tanto animal quanto vegetal representa importante
fonte de renda e emprego na Amazônia, permitindo uma economia de subsistência que
atinge uma população de cerca de dois milhões de agricultores familiares e 500 mil
extrativistas. Quando se implantam atividades que geram grandes impactos sobre as
florestas e que podem agregar valor aos bens que ela pode nos fornecer, quem ganha é o
ambiente, os habitantes e a sociedade.
(fonte: MMA / SCA – 2002)

Criada em 12 de fevereiro de 1999, a Lei de Crimes Ambientais


(Lei nº 9.605) estabelece sanções penais para aqueles que praticam atos
contra a fauna. Com isso, pretende-se inibir a caça e a pesca sem licença,
o contrabando, o abuso e maus tratos a animais silvestres e domésticos.

PROTOZOÁRIOS: origem, organização, biologia e ecologia.

Os protozoários são protistas unicelulares, eucariontes e heterótrofos. Muitos são de


vida livre, outros são parasitas ou mutualistas. Os protozoários foram observados pela
primeira vez em 1674, por Antony van Leeuwenhoek (1632 – 1723), que assim o descreveu:
“Descobri, numa minúscula gota de água, um incrível número de pequeníssimos
‘animáculos’, de formas e tamanhos diversos. Eles se moviam por meio de ondulações,
nadando sempre com a cabeça para frente, nunca ao contrário. No entanto, esses
‘animáculos’ podiam mover-se tanto para frente como para trás, embora seus movimentos
fossem muito lentos”.

Características principais dos protozoários:

· São seres vivos de organização unicelular.


· Podem apresentar grande diversidade.
· Evoluíram através da especialização do protoplasma.
· Podem viver solitários ou em colônias.
· Apresentam ciclos de vida variável.
· Podem ser parasitas do homem ou de outros seres vivos.
· São causadores de doenças.

DOENÇAS HUMANAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Sabemos que muitos protozoários causam doenças. Dentre elas as principais estão
relacionados aos agentes causadores:

AMEBÍASE – Entamoeba histolytica


DOENÇA DE CHAGAS – Trypanosoma cruzi
ULCERA DE BAURU – Leishmania brasiliense
GIARDÍASE – Giardia lamblia
MALÁRIA – Plasmodium

25
#
Zoologia Geral e
Comparada I

[ ] Agora é hora de
TRABALHAR

TOXOPLASMOSE: DOENÇA CAUSADA POR


PROTOZOÁRIO

A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma


gondii. A transmissão se dá por contato com animais domésticos ou por suas
fezes.
As fezes dos gatos podem conter cistos (formas resistentes) do parasita,
que são disseminados por animais, como moscas e baratas. O homem adquire
a doença quando ingere o cisto ou carne mal cozida contaminada pelo cisto.
Os sintomas da doença são: mal estar, dores de cabeça e musculares;
prostração e febre, que podem durar semanas ou meses. Após alguns dias,
pode ocorrer aumento dos gânglios em todo o corpo.
Normalmente, a doença evolui de forma benigna e desaparece sem
deixar seqüelas no organismo.
Em mulheres grávidas o protozoário pode atingir o feto provocando
deficiência mental, cegueira e até mesmo a morte.

(Adaptado: PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual 7 ed. São Paulo:


Ática 1995 v2. p. 63 e VASCONCELOS, José Luis Faria e GEWANDSZNAIDER,
Fernando. Programas de Saúde 22 ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 129 –130).

Questão 1
Como os sintomas das doenças causadas por protozoários estão relacionados com
a sua evolução.
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Questão 2
O que pode causar no organismo humano o contágio com o Toxoplasma gondii?
Elabore uma campanha voltada para sua comunide, cujo objetivo é ensinar como podemos
evitar a contaminação por este protozoário.
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OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO: ANÁLISE


NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA E REFLEXIVA

METAZOÁRIOS

Caracterização por filos expressivos

Reconhecemos que o ramo da Biologia que estuda os seres vivos é pertencente ao


Reino Animallia ou Metazoa e estes apresentam características comuns e divergentes, dentre
estas características vale ressaltar o:

modo de vida a diversidade nome vulgar


morfologia fisiologia ecologia

Os filos mais expressivos e seus representantes são:

FILO PORÍFERA: GRUPO DE ANIMAIS PRIMITIVOS

Porífera é um filo do reino Animalia, sub-reino Parazoa, onde se enquadram os animais


conhecidos como esponjas.

27
Estes organismos são
sésseis, sua grande maioria é
marinha, alimentam-se por filtração,
Zoologia Geral e bombeando a água através das
Comparada I paredes do corpo e retendo as
partículas de alimento nas suas
células. As esponjas estão entre os
animais mais simples, com tecidos
parcialmente diferenciados, porém sem músculos,
sistema nervoso, nem órgãos internos. Eles são muito
próximos a uma colônia celular, pois cada célula alimenta-se por
si própria. Existem mais de 15.000 espécies modernas de esponjas conhecidas,
e muitas outras são descobertas a cada dia. O registro fóssil data as esponjas desde a era
pré-cambriana (ou Pré-Câmbrico)

NÃO ESQUEÇA QUE OS


PORÍFEROS ...!!!
PORÍFEROS

· Surgiram há cerca de 1 bilhão de anos.


· Originaram-se dos heterotróficos que se
agrupam em colônias.
· Possuem tecidos.
· São exclusivamente aquáticos.
· Não possuem órgãos e sistemas.

Para refletir...
:: A CLASSIFICAÇÃO DAS ESPONJAS OCORRE DE
ACORDO COM O TIPO DE ESPICULA?!!!

:: COMO AS ESPONJAS SE REPRODUZEM?

:: QUE TIPO DE REPRODUÇÃO OCORRE NOS


PORÍFEROS?

A origem evolutiva das esponjas apresenta uma série de análises baseando-se nos
itens:

A ausência de órgãos.
Baixo nível de diferenciação.
Estrutura do corpo.

28
Anatomia

A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes
ramificado, com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada
ósculo, (em zoologia, chama-se ósculo à abertura principal do esponjocélio, na extremidade
livre do corpo dos animais do filo Porífera - as esponjas).
Como uma estrutura muito simples, as esponjas alimentam-se e respiram por filtração:
a água entra no esponjocélio através de orifícios na parede do corpo (os óstia) e sai pelo
ósculo.
A parede do esponjocele é forrada por células flageladas (os coanócitos) que,
juntamente com as contrações da parede, criam a corrente de renovação da água.) A
cavidade interior é a esponjocele. As paredes são perfuradas por buracos microscópicos,
chamados óstios, para permitir que a água flua para dentro da esponjocele trazendo oxigênio
e alimento.
A parede das esponjas é formada por duas camadas de células, com o interior formado
pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina mesênquima.
As esponjas possuem quatro tipos de células:

· Pinacócitos, que são as células da epiderme exterior - são finas,


coriáceas e estreitamente ligadas.
· Coanócitos, também chamadas “células de colarinho” porque têm
um flagelo rodeado por uma coroa de cílios, revestem o esponjocele e
funcionam como uma espécie de sistema digestivo e sistema repiratório
combinados, uma vez que os flagelos criam uma corrente que renova a
água que as cobre, da qual elas retiram o oxigênio e as partículas de alimento.
· Porócitos, que são as células que revestem os poros da parede e
podem contrair-se, formando uma espécie de tecido muscular.
· Archaeócitos, que se deslocam no mesênquima, realizando muitas
das funções vitais do animal, como a digestão das partículas de alimento, o
transporte de nutrientes e a produção de gametas.
· Esclerócitos, que são as células responsáveis pela secreção das
espículas.
· Espongócitos, que são as células responsáveis pela secreção da
espongina, nas espécies em que é este o “esqueleto” do animal.

As esponjas desenvolvem-se em três padrões:

· asconóide, que é o tipo mais simples - um


simples tubo.
· siconóide, em que o tubo se dobra sobre
si mesmo, permitindo o crescimento do animal.
· leuconóide, o caso mais complexo, em que
a parede se dobra várias vezes, formando um
sistema de canais.

O “esqueleto” das esponjas pode ser formado por


espículas calcáreas ou siliciosas, por fibras de espongina ou
por placas calcáreas.Algumas esponjas,na antigüidade,eram usadas pelos gregos, por
serem mais resistentes,para polir ferro e metais.Já outras eram utilizadas pelos romanos
para tomar banho ou para tomar vinho.Embebia-se a esponja no vinho e espremia na boca.

29
Classificação das esponjas

A divisão do filo Porífera em classes é feita com base no tipo de


Zoologia Geral e espículas que apresentam:
Comparada I
· Classe Calcarea - espículas compactas de carbonato de cálcio.
· Classe Hexactenellida - espículas de sílica.
· Classe Demospongiae - “esqueleto” de fibras de espongina.

Conhecem-se ainda fósseis de organismos com características de esponjas, mas


diferentes das atuais, que foram agrupados na classe Sclerospongiae. No entanto, com a
descoberta de espécies vivas de alguns destes grupos, concluiu-se que esta classe não é
válida. São os seguintes os nomes atribuídos a estes organismos (que nem sempre são
equivalentes à taxa) :

· Quetetídeos eram grandes construtores de recifes formados por tubos


calcáreos, mas recentemente descobriu-se uma espécie viva, Acanthochaetetes
wellsi, que possui espículas siliciosas, mas também tecidos que demonstram
que fazem parte das Demospongiae;
· Esfinctozoários tinham uma estrutura parecida com os quetetídeos, mas
possuíam espículas calcáreas; recentemente descobriu-se uma espécie viva,
Vaceletia crypta, incluída neste grupo, mas sem espículas e com características
que sugerem que provavelmente possa ser incluída nas Demospongiae;
· Estromatoporóides cresciam segregando folhas calcáreas sobrepostas;
algumas Demospongiae atuais apresentam um crescimento semelhante,
sugerindo que os fósseis assim classificados sejam da mesma classe;
· Receptaculida construíam um “esqueleto” calcáreo em espiral, mais
parecido com algumas algas verdes coralinas atuais da classe Dasycladales
(provavelmente não são esponjas).

Reprodução

As esponjas podem reproduzir-se sexuada ou assexuadamente, conforme as


condições ambientais. Quanto à reprodução sexuada a maior parte das esponjas é monóica,
porém observa-se espécies dióicas. Seus gametas serão produzidos por uma diferenciação
dos amebócitos e serão lançados no ambiente aquático, onde a fecundação pode ocorrer
de forma externa ou interna, porém sempre o desenvolvimento se processa de forma externa
do tipo indireto, pois observa-se a presença de uma larva chamada de anfiblástula. Em
relação à reprodução assexuada, as esponjas apresentam um alto grau de regeneração,
podendo se reproduzir por meio de brotamento, regeneração ou gemulação/
gemação(exclusivo das esponjas de água doce).

LOGO, conclui-se que:

As esponjas provavelmente constituem um ramo evolutivo


precoce que não deu origem a outros grupos, pois poderiam ter
origem independente dos protozoários flagelados.

30
PENSE!!! AS
ESPONJAS SÃO
ANIMAIS OU
VEGETAIS?

Pelo fato de não


possuirem movimento e

#
viverem fixos, muitos

[ 1]
naturalistas antigos
como Aristóteles
acreditavam que as
esponjas eram plantas.
Agora é hora de E para você?

TRABALHAR

Questão
Em determinados períodos do ano, muitos banhistas evitam freqüentar praias do
Rio Negro, no Estado do Amazonas, devido às coceiras que as espículas provocam. Em
relação às espículas, responda:

a) Qual a importância dessas estruturas para esses animais?

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b) Qual a relação das espículas com a estrutura do corpo das esponjas.


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Questão 2
Como as esponjas podem formar uma colônia?

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31
FILO COELENTERATA OU CNIDÁRIOS

Zoologia Geral e
Comparada I

O filo Cnidaria inclui os animais aquáticos de que fazem parte as hidras de água
doce, as medusas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, e os corais e anêmonas-
do-mar. O filo era também chamado Coelenterata (das palavas gregas “coela”, o mesmo
que “cela” ou “espaço vazio” e “enteros”, “intestino”), que, originalmente, incluía os pentes-
do-mar, atualmente considerado um filo separado, composto por animais também gelatinosos
como as medusas, mas com algumas características próprias.
O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por duas camadas de células
- a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa gelatinosa entre
elas, chamada mesogleia e aberto para o exterior. Por esta razão, diz-se que os cnidários
são diploblásticos.
Ao redor da abertura, chamada arquêntero, os celenterados ostentam uma coroa de
tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejetar um minúsculo espinho, o
nematocisto que pode conter uma toxina ou material mucoso. Estes “aparelhos” servem
não só para se defenderem dos predadores, mas também para imobilizarem uma presa,
como um pequeno peixe, para se alimentarem - os cnidários são tipicamente carnívoros.
Algumas células da gastroderme da cavidade central (o celêntero) segregam enzimas
digestivas, enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogléia, encontram-se
dispersas células nervosas e outras com função muscular que promovem o fluxo de água
para dentro e fora do animal.

Ciclo de vida

Os cnidários reproduzem-se sexual e assexualmente. A reprodução sexual dá-se na


fase medusa (com exceção dos antozoários, os corais e as anêmonas-do-mar, e hidra e
algumas outras espécies que não desenvolvem nunca a fase de medusa): os machos e
fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos.
Dos ovos, saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e
completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e se
transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de pólipo é a fase
definitiva.
Os pólipos reproduzem-se assexualmente formando pequenas réplicas de si mesmos
por evaginação da sua parede, chamados gomos. No caso dos corais, estes novos pólipos
constroem o seu “esqueleto” e continuam fixos, contribuindo para o crescimento da colônia.
No entanto, em certos casos, os gomos começam a dividir-se em discos sobrepostos,
num processo conhecido por estrobilação. Estes discos libertam-se, dando origem a
pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e podem reproduzir-se
sexualmente.

Classificação científica

O filo Cnidária está dividido em quatro classes de organismos atuais e mais uma de
fósseis:

32
· Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros;
· Scyphozoa- as verdadeiras água-vivas;
· Cubozoa - as medusas em forma de cubo;
· Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul e os corais-de-fogo;
· Staurozoa - as medusas que habitam as profundezas do oceano e estão fixas pelos
tentáculos;
· Conulata - extinta.

Uma riqueza submarina com representante deste filo tem os corais, as águas vivas,
as hidras, as anemônas-do-mar e as caravelas.
Possuem tamanhos variáveis e são mais evoluídos que as esponjas, pois apresentam
tecidos organizados, além de um colorido característico.
Alguns são fixos como os corais e outros natantes como as medusas, porém a maioria
vive no mar e alguns vivem em colônias.

Tipos básicos de Cnidários

Os celenterados são também conhecidos como cnidários e alimentam-se de


crustáceos, peixes, larvas de insetos. A estrutura está muito relacionada com a forma e o
modo de vida desse grupo de animal.
Uma característica marcante desse grupo é a presença de células modificadas que
promovem a defesa do animal e constituem a captura de alimentos.
Sendo necessário orientar o estudo e classificação deste grupo na zoologia, é
evidente começarmos pela organização mais simples que é a hydra, que vive e fica
principalmente em plantas aquáticas e em substratos.

Hydrozoa é uma classe do filo Cnidária.


Alguns hidrozoários mais conhecidos são a caravela portuguesa (Physalia pelagica)
, hidra e obelia.
As características distintivas dos hidrozoários são:

· Mesogléia acelular
· Cavidade gastrovascular sem divisões
· Gônadas de origem ectodérmica
· Cnidócitos só na epiderme
· Modo de vida colonial
· Polimorfismo, colônias constituídas por elementos com funções específicas e com alto
grau de coordenação

Classificação

A classe Hydrozoa subdivide-se nas seguintes ordens

· Anthomedusae
· Leptomedusae

33
· Limnomedusae
· Trachymedusae
· Hydridae
· Actinulida
Zoologia Geral e · Chondrophora
Comparada I · Siphonophora - garrafa azul
· Hidrocorallina

Atenção!
Para refletir... Propriedades Fundamentais...

· Apresenta corpo cilíndrico;


· Vivem preferencialmente em
águas frias e limpas;
· Podem apresentar reprodução
assexuada ou sexuada;
· Possui cavidade superior;
· Apresentam tentáculo;
· O alimento é parcialmente
Como a forma digerido e depois absorvido;
relaciona-se com a · Possuem capacidade de substituir
locomoção? partes perdidas.

Saiba mais...
AGUAS-VIVAS

Nem crocodilos, nem tubarões. O que mais assusta no azul do oceano


da Austrália é uma criatura inofensiva. Seu nome é Chironesx fleckeri, uma
bonita água-viva de corpo gelatinoso e tentáculos que podem chegar até 5
metros de comprimento. Seria apenas isso, uma bela água-viva com longos
tentáculos, se não fosse o detalhe de que nada no mundo é tão venenoso.
Nem o pior dos escorpiões, nem a mais venenosa das serpentes conseguem
ser tão letais e fulminantes quanto esta espécie de água-viva.
Em apenas quatro minutos pode provocar a morte de uma pessoa. Antes
disso ela causa um colapso generalizado na vitima, a respiração se descontrola
e o sistema linfático cessa. Ela é tão perigosa que cada uma delas possui
quantidade tão grande de veneno que poderia matar aproximadamente 60
homens de uma vez. Por esse motivo, diversos cartazes são colocados nas
ruas e praias onde a Chironex é encontrada, as quais são interditadas.

34
Saiba mais...
CORAIS

Os corais são colônias de cnidários


(pólipos com tentáculos curtos) que habitam
as águas rasas dos mares tropicais. Eles estão
ameaçados de extinção em diversas partes do
mundo, inclusive no litoral brasileiro.
Recentemente, os moradores de Búzios,
balneário do Rio de Janeiro, preocupados com a
poluição do mar e com a venda excessiva dos corais no
comércio local, procuraram as universidades para discutir medidas que
poderiam ser tomadas para evitar os danos aos corais.
Os corais têm importante papel ecológico na preservação do ecossistema
litorâneo porque servem de abrigo e alimento para grande diversidade de
peixes, moluscos e crustáceos, por isso a sua extinção coloca em risco toda a
vida marinha.
Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/ em 27 de fevereiro de 2006.

#
Questão 1 [ ] Agora é hora de
TRABALHAR

Utilize o link indicado no texto ou outros que indiquem as variedades de corais


existentes no litoral brasileiro.
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35
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Zoologia Geral e __________________________________________________________________

2
Comparada I

Questão
Será que a utilização de certo tipo de coral (coloração, tamanho, forma),
como habitat ou nicho ecológico está ligado a um tipo específico de ser vivo no
ambiente aquático? Justifique sua resposta.
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36
BIOLOGIA E SISTEMÁTICA DE GRUPOS
ZOOLÓGICOS

FILO PLATYHELMINTHES, ASCHELMINTHES,


MOLLUSCA E ANNELIDA

FILO PLATYHELMINTHES

Platelmintos são animais do filo Platyhelminthes, pertencente ao reino Animalia. São


considerados vermes, tais como o são considerados os dos filos Nematelmintes e Anelidea.

Características Gerais

São vermes achatados dorsiventralmente, tipo folha, devido à ausência de sistema


digestório/circulatório. Apresentam simetria bilateral. Têm como habitat ambientes muito
úmidos, a água doce e o mar. Também parasitam alguns animais.
O corpo é constituído por três camadas. Primeiramente, há a epiderme
uniestratificada. Abaixo, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por
músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome
de tubo músculo-dermático. Tal tubo atua na proteção, locomoção e como esqueleto.
Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, relacionados com a
locomoção. Já nos parasitas, há a cutícula envolvendo o tubo músculo-dermatico, conferindo-
lhe resistência à ação dos sucos digestivos.

Sistema respiratório e circulatório

São destituídos de sistema respiratório e circulatório . Nas espécies de vida livre a


respiração é aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do epitélio
permeável. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Pela ausência do sistema circulatório,
as ramificações do sistema digestivo auxiliam a distribuição do alimento.

37
Sistema digestório

Zoologia Geral e Não apresenta abertura na egestão, portanto é incompleto. Se constitui


Comparada I de boca, faringe e intestino ramificado que termina em fundo cego. Os
cestóides não possuem sistema digestivo. A digestão é extra e intracelular.

Sistema nervoso

São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um
anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides.

Sistema excretor

A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos, ou protonefrídios). Estruturas


típicas dos platelmintos, as células-flama eliminam os excretas para a superfície corpórea.

Sistema reprodutor

Geralmente são hermafroditas monóicos, sendo que alguns se reproduzem por


partenogênese. Nos tuberlários e trematódeos monogenéticos, o desenvolvimento é direto.
Já nos digenéticos e cestóides é indireto.

Exemplos

Os exemplos mais característicos de platelmintos são a tênia, a planária e o


esquistossomo.

Classes

· Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado.


Exemplo: Planária (Digesia tigrina)

· Trematoda (Trematódios) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma ou mais


ventosas.
Exemplo: Schistosoma mansoni

· Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes.


Exemplo: Taenia solium

PLATELMINTOS DE INTERESSE MÉDICO

Schistosoma é o gênero de platelmintos tremátodes responsável pela


esquistossomose, uma parasitose grave que causa milhares de mortes por ano.

38
Como todos os platelmintes, o tubo digestivo do
Schistosoma é incompleto e tem sistemas de orgãos muito
rudimentares. É um parasita intravascular e permanece
sempre no lúmen dos vasos quando infecta o Homem. Ao
longo do seu ciclo de vida, assume as seguintes formas:
Ovo de Schistosoma mansoni
contendo míracidio

1. A forma adulta é a principal e existem dois sexos, ambos


fusiformes. O macho é espalmado e mais grosso e têm uma calha
longitudinal (o sulco ventral) no corpo, onde se encaixa e se aloja
permanentemente a fêmea, cilindrica e mais fina, mas um pouco mais
longa. O seu comprimento varia com as espécies, mas situa-se entre os 10
e os 20 milímetros.
2. Os ovos são redondos ou elípticos com cerca de 60 micrómetros
e têm um espinho afiado (terminal no S.hematobium, lateral no S.mansoni),
que lesa os tecidos do hospedeiro quando são expelidos. Os miracídios
imaturos no seu interior secretam enzimas que ajudam a dissolver a parede
dos vasos.
3. Os miracídios são formas unicelulares ciliadas que nascem dos
ovos expelidos nas fezes ou urina humana, que vivem nos lagos ou rios
em forma livre e são infecciosas para o caracol.
4. Os esporocistos são as formas unicelulares no caracol, que se
dividem assexualmente.
5. As cercárias, com meio milímetro, são as formas larvares
multicelulares com caudas bífidas que abandonam o caracol e penetram a
pele dos seres humanos. Elas produzem várias enzimas e têm movimentos
bruscos que lhes permitem furar a pele intacta em apenas alguns minutos.
A cercária transforma-se após a penetração numa forma sem cauda que se
denomina schistosolum. Os schistosolum são susceptiveis à destruição pelos
eosinófilos, mas uma vez estabelecidos no pulmão, mascaram-se com
proteínas e glícidos das células humanas, ficando praticamente
indetectáveis.

Ciclo de Vida

O ciclo inicia-se com o caramujo (caracol aquático). Estes caramujos são hospedeiros
intermediários do schistosoma, albergando o ciclo assexuado. Nos seus tecidos multiplicam-
se os esporocistos, dando mais tarde origem às formas multicelulares cercarias, que
abandonam o molusco e nadam na água. O homem é contaminado ao entrar em contato
com as águas dos rios onde existem estes caramujos infectados. Se estas larvas
encontrarem um ser humano na água, penetram pela pele nua e intacta, ou pelas mucosas,
como da boca e esófago após ingestão da água, ou anal ou genital. Ela continua a penetrar
os tecidos até encontrar pequenos vasos sangüíneos, no interior dos quais entra. Viaja,
então, pelas veias, passa pelo coração e atinge os pulmões pelas artérias pulmonares,
onde se fixa.

Cercárias identificadas com


anticorpos fluorescente
verdes. As caudas são bífidas.

39
Após alguns dias ocorre a transformação para a forma jovem, liberam-
se e migram pelas veias pulmonares, coração e artéria aorta até atingirem o
fígado. Lá ocorre o amadurecimento das larvas em formas sexuais macho e
Zoologia Geral e fêmea, e o acasalamento (forma sexuada). Após este acasalamento, os
Comparada I parasitas migram juntos (a fêmea na calha do macho), contra o fluxo sangüíneo
(migração retrógrada), atingindo as veias mesentéricas e do plexo
hemorroidário superior (ou no caso do S.hematobium o plexo vesical da
bexiga).
Lá, os parasitas põem milhares de ovos todos os dias, durante anos (entre três e
quarenta anos). Os ovos passam do lumen dos vasos ao lúmen do intestino ou bexiga
simplesmente destruindo todos os tecidos intervenientes. Atravessam a parede dos vasos
sanguíneos, causando muitos danos tanto com os seus espinhos como pela reação
inflamatória do sistema imunitário que lhes reage. Atingindo o intestino são eliminados pelas
fezes (ou no caso do S.hematobium atingem a bexiga e são libertados na urina). Os ovos,
em contato com a água, liberam os miracídios que nadam livres até encontrar um caramujo
(caracol aquático), penetrando-o. Dentro do caramujo ocorre a multiplicação da forma
assexuada, o esporocisto, que se desenvolve na forma larvar que é libertada seis semanas
após a infecção do caramujo, novamente recomeçando o ciclo.

Espécies

· Schistosoma mansoni, África sub-sahariana


· Schistosoma japonicum, Sul da China e sudeste asiático
· Schistosoma mekongi, Sudeste asiático
· Schistosoma intercalatum, Floresta tropical do Congo
· Schistosoma haematobium, África sub-sahariana
· Schistosoma malayense, Malásia

40
Tênias são vermes platelmintos, parasitas intestinais do Homem, de corpo achatado
como uma fita. O seu hospedeiro intermediário é o porco, no caso da tênia solitária; o boi,
no caso da tênia saginata ou os peixes no caso do Diphyllobothrium latum. Além de
parasitarem o lúmen do intestino humano de forma quase sempre benigna (o homem é
usado como hospedeiro definitivo), causando a doença Teníase, também podem infectar
acidentalmente o homem como hospedeiro intermediário, causando a doença muito mais
grave Cisticercose.

TAENIA

As tênias possuem um corpo muito segmentado – anéis ou proglótides (as proglótides


que estão maduras e possuem os ovos são as terminais). Habitualmente, para efeitos de
esquematização, divide-se o corpo da tênias em 3 zonas: o escólex ou cabeça, o pescoço
e o estróbilo. Das tênias existentes, existem três cujo hospedeiro definitivo, que alberga a
forma parasita adulta é o homem: T. solium, T. saginata e Diphyllobothrium latum. Em relação
à primeira, o hospedeiro intermediário (que alberga a forma larvar) é o porco e em relação
à segunda, o hospedeiro intermediário é a vaca. Ambas aderem à parede intestinal pelo
escólex, que possui para este efeito 4 ventosas, sendo ainda de destacar que no caso da T.
solium também existe um dupla coroa de ganchos, característica essa que permite a distinção
entre as duas espécies.

Taenia sollium

Escolex de T.solium

A tênia solium adulta vive no intestino delgado do homem e possui o corpo alongado,
delgado e chato; podendo ser dividido em: cabeça ou escólex, colo e estróbilos ou proglotes.
A cabeça é a porção anterior destinada à fixação no organismo do hospedeiro. O pescoço
ou colo é a região em que são produzidos novos anéis por estrobilização. O corpo é
constituído por uma série de anéis -proglótides- que são divididos em imaturos, maduros e,
no final, grávidos. O homem que possui teníase ou solitária, como também é chamada a
doença causada pela presença desse animal no intestino, libera cerca de 40.000 ovos
fecundados por anel eliminado nas fezes. Esses ovos contêm embriões denominados
oncosfera.

Proglótide
de T.solium

41
O porco, hospedeiro intermediário, ingere os ovos que, ao chegarem
ao intestino, libertam a oncosfera, que entra na corrente sangüínea e se aloja
Zoologia Geral e em alguns tecidos do animal. Nesses locais, evolui um estágio larval, chamado
Comparada I cisticerco.

A carne de porco mal passada é a origem


da infecção com T.solium

O homem se torna hospedeiro definitivo do animal quando ingere carne de porco


crua ou malcozida. Pode ocorrer de o homem ingerir ovos de tênia ao invés de cisticercos.
Nesse caso, o homem passa a ser hospedeiro intermediário. Quando os ovos sofrem
maturação e se tornam cisticercos num organismo humano, podem causar deficiência visual,
fraqueza muscular e/ou epilepsia, dependendo do local onde se alojam. Essa doença é
chamada cisticercose e é mais grave que a teníase. O tratamento normalmente com pode
ser feito com Mebendazol administrado durante 3 dias.

Taenia saginata

Recentemente reclassificada como Taeniorhyncus


saginata.
Há também a tênia saginata, cujo hospedeiro
intermediário não é o porco, mas o boi. O homem pode ser
apenas hospedeiro definitivo, não intermediário como pode
ocorrer com a tênia solium. As proglótides são eliminadas
individualmente e fora das evacuações, forçando o esfíncter anal
do portador. Esta espécie está disseminada mundialmente e o Proglótide de T.saginata
número de portadores humanos está estimado entre 40 e 60 milhões. T. saginata pode
atingir os 10m em comprimento.

A carne de vaca mal passada é a origem


da infecção com T.saginata

A saginata tem quatro ventosas mas não tem ganchos no escoléx.


A T.saginata asiatica é uma subespécie que infecta também o porco, causando cistos
infecciosos no seu fígado.

Ciclo de vida

As proglótides localizadas na extremidade da cadeia são as mais maduras e são


mais compridas que largas. Estas proglótides possuem no seu útero ramificado entre 80.000
e 100.000 ovos. Os ovos são libertados quando a proglótide se destaca do animal no lúmen

42
intestinal ou no exterior quando a proglótide se desintegra. São excretadas com as fezes
humanas. Os animais que se alimentam água, de detritos (porco) ou erva (vaca)
contaminados são infectados. Nestes animais ou acidentalmente no Homem os ovos eclodem
no intestino, gerando oncosferas, e penetram na mucosa intestinal, e disseminam-se pelo
sangue até aos tecidos, onde se enquistam principalmente no músculo, fígado e cérebro.
Quando o Homem come esta carne infectada os cistos maturam em ténias adultas
exclusivamente intestinais.

Epidemiologia

As tênias existem em todo o mundo e são dos parasitas mais comuns, sendo dos
poucos que continuam a ser freqüentes nos países da Europa.

1. Taenia saginata: ocorre em todo o mundo, sempre que há


vacas e estas são consumidas. Na Índia, onde o consumo de vaca é
evitado pelos hindus, os casos são em menor número. Haverá 60 milhões
de pessoas infectadas. Até cerca de 5% das vacas da Europa poderá
conter cisticercos infecciosos, e nos países menos desenvolvidos pode
chgar a 50%. É transmitida pela carne de vaca, exceto a subespécie
T.saginata asiatica que também surge no porco.
2. Taenia solium: ocorre em todo o mundo, mas está a tornar-se
mais rara na Europa. Nos países da América Latina, cerca de 5% das
pessoas serão portadoras, e até um quarto dos porcos terão cisticercos
infecciosos nos músculos. É também muito comum na África e Ásia.
3. Diphyllobothrium latum:ocorre em peixes de água doce em
todo o mundo, especialmente em lagos de água fria.

O ser humano é infectado pela forma adulta quando consome carne crua ou mal-
cozinhada (vermelha, mesmo que não tenha sangue) de porco, vaca ou peixe da água doce.
O porco é mais perigoso porque estes animais consomem detritos.
A cisticercose ocorre quando seres humanos ingerem água, terra ou alimentos
contaminados com fezes humanas. Também pode ocorrer por infecção fecal oral como em
determinadas práticas sexuais, ou até por autoinfecção do mesmo indivíduo. Em alguns
países o hábito de fertilizar os solos com as fezes humanas aumenta muito o risco.

Progressão e Sintomas

A teníase intestinal (Ser humano como hospedeiro definitivo) é freqüentemente


assintomática, mas em algumas pessoas pode causar sintomas de reacção imunológica
como eosinofilia, naúseas, vômitos, diarreia ou obstipação, dor abdominal e alterações do
apetite. Em indivíduos já subnutridos podem agravar a desnutrição. A infecção não dá
imunidade à reinfecção.
No caso da infecção com a ténia dos peixes (D.latum) há adicionalmente risco de
deficiência em vitamina B12, a qual é consumida em grandes quantidades pelo parasita,
que afecta cerca de 1% dos portadores, com anemia megaloblástica e sintomas neurológicos
como deficiencias sensoriais do tato.
A cisticercose é devida à ingestão acidental de ovos de tênia em água ou comida
contaminadas: o ser humano é acidentalmente tomado como hospedeiro intermediário pelo
parasita. Os ovos eclodem no lúmen intestinal e as oncosferas invadem a mucosa intestinal.
A maioria migra para os músculos, onde se enquista, mas algumas podem enquistar-se em
orgãos delicados como o olho e o cérebro, causando sintomas como alterações visuais,

43
convulsões epilépticas e outros distúrbios neurológicos. No coração podem
agravar insuficiência cardíaca.

Zoologia Geral e Diagnóstico e Tratamento


Comparada I
O diagnóstico da teníase intestinal é feito pela obervação dos ovos ou
proglótides nas amostras fecais, observadas ao microscópio óptico, O
diagnóstico da cisticercose é por imagiologia (TAC) com confirmação pela
análise de biópsia de tecidos afectados. A distinção entre as duas espécies quase nunca é
necessária, mas pode ser feita pela técnica de reconhecimento de ADN, a PCR.
O tratamento da teníase intestinal é feito com fármacos antiparasíticos como
praziquantel ou mebendazole. Na cisticercose são usados praziquantel e corticorticóides.

Prevenção

A prevenção é feita a nível de saúde pública pela melhoria da higiene e controle da


alimentação dos porcos e vacas, e análise de animais avulsos. A prevenção pessoal passa
pelo consumo de carne de porco exclusivamente bem cozinhada (“bem passada”). A carne
de vaca é geralmente mais segura porque a vaca não se alimenta de detritos como o porco,
contudo também é aconselhado o seu consumo apenas se bem cozinhado (ou seja sem
ficar nenhuma porção vermelha). O presunto e outros enchidos não cozinhados são alimentos
de especial risco.

ASCHELMINTHES OU NEMATELMINTOS

Os Asquelmintes constituem um conjunto heterogêneo de animais marinhos e de


água doce conhecidos, como gastrótricos, rotíferos e nematódeos, dentre outros. Eles são
por vezes colocados em um filo denominado Aschelminthes, embora possam ser
considerados filos distintos, como segue. (Adaptado de Barnes et al. 1995)

Os nematódeos ou nemátodos (Nemathelminthes) (também chamados de vermes


cilíndricos) são considerados o grupo de metazoários mais abundantes na biosfera, com
estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários (Bongers, 1988 apud Boucher
& Lambshead, 1995), com mais de 20.000 espécies já descritas, de um número estimado
em mais de 1 milhão de espécies atuais (Briggs, 1991), que incluem muitas formas parasitas
de plantas e animais. Apenas os Arthropoda apresentam maior diversidade. O nome vem
da palavra grega nema, que significa fio.
Os asquelmintos (que já foram classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes
ou Pseudocoelomata) são animais triblásticos, protostômios, pseudocelomados (cavidade
só parcialmente revestida pela mesoderme). Seu corpo cilíndrico exibe simetria bilateral.
Possuem sistema digestivo completo, sistemas circulatório e respiratório ausentes; sistema
nervoso parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor da faringe. Entre os

44
asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe
Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes).

Saiba mais... NEMATELMINTOS

Apresentam-se moles e lisos.


Podem conter ventosas para fixação.
Possuem em seu organismo órgãos sexuais masculinos e femininos
(hermafrodita).
O sistema digestório distribui alimento para todas as partes do corpo,
daí possuir tubo digestivo completo.
São representados basicamente pelas planárias, tênias e
esquistossomo.
Geralmente têm sexos separados.
São representados por ancilóstomos, Lombrigas, oxiúros e filarias.
O contágio ocorre pela penetração de larvas através da pele.

Composição dos asquelmintos

Os grupos sistemáticos incluídos nos asquelmintos, muitas vezes considerados filos,


são:

· Acanthocephala - vermes parasíticos de cabeça espinhosa ; cerca de


1150 espécies conhecidas;
· Chaetognatha - quetognatas, pequenos organismos marinhos; cerca de
70 espécies conhecidas;
· Cycliophora - ciclióforos; apenas uma espécie descrita;
· Gastrotricha - gastrotricas; cerca de 430 espécies conhecidas, todas
microscópicas;
· Kinorhyncha - quinorrincas; cerca de 150 espécies known, todas
microscópicas;
· Loricifera - loricíferos; cerca de 10 espécies descritas, todas microscópicas;
· Nematoda - nemátodes ou lombrigas; cerca de 12,000 espécies
conhecidas, embora se estime que existam mais de 200,000;
· Nematomorpha - vermes sem-fim; cerca de 320 espécies conhecidas;
· Priapulida - vermes priapulídeos ; 16 espécies conhecidas;
· Rotifera - rotíferos; cerca de 1500 espécies conhecidas, todas
microscópicas, características da água doce.

Discussão filogenética

Atualmente, pensa-se que este grupo parafilético é um agrupamento artificial, baseado


apenas em características comuns que podem ter resultado de estratégias evolutivas
semelhantes, tal como a existência dum pseudoceloma em vez dum verdadeiro celoma, ou
seja, uma cavidade cheia de líquido que rodeia o intestino e que contém o mesentério,
formado pela mesoderme do embrião. Por esta razão, os protostómios foram agrupados
em clades monofiléticos que incluem vários destes filos:

45
· Ecdysozoa – que inclui todos os animais com exoesqueleto e
que, para crescer, têm de o substituir, num processo denominado muda
ou ecdise; neste grupo incluem-se, entre outros, os artrópodes e os
nemátodos.
Zoologia Geral e · Lophotrochozoa – que inclui dois grupos de animais, os
Comparada I Lophophorata e os Trochozoa, com características diferentes, mas que
têm em comum a ausência de celoma ou pseudoceloma.
· Esta classificação deixa de fora um certo número de filos, como
os Rotifera e os Platyhelminthes, cuja filogenia ainda não está
determinada.

Ecologia dos asquelmintos

Um grupo tão diverso teria de apresentar também uma grande diversidade de formas
de vida: alguns asquelmintos são parasitas, como muitos nemátodos, Acanthocephala e
Nematomorpha. Muitos vivem em solos úmidos ou no sedimento de massas de água doce
(gastrótricas, rotíferos e nemátodos) ou marinho (gastrótricas, quinorincas, loricíferos e outros).
Os quetognatas são ativos predadores cosmopolitas no plâncton oceânico.
Muitos pequenos asquelmintos são capazes de entrar em estado de vida latente
quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, um processo conhecido como
criptobiose.

Registo fóssil dos asquelmintos

Uma vez que estes animais não possuem esqueleto, a sua fossilização é muito difícil
e, das espécies mais pequenas, não existem de fato quaisquer registos. No entanto, foram
encontrados priapulídeos em rochas do período Cambriano e parecem estar perto da base
da grande radiação evolutiva, também conhecida como Explosão Cambriana

Saiba mais... GALHAS DE RAÍZES

Postos no solo, os ovos de muitas espécies de nematelmintos eclodem e


as larvas resultantes penetram nas raízes das plantas, alimentando-se dos
seus tecidos internos. As raízes reagem e os tecidos afetados formam as galhas,
uma espécie de cicatrização em volta das larvas.
As galhas de raízes causam enfraquecimento ou morte das plantas e
solos infestados de nematelmintos dificilmente propiciam boas colheitas.
O solo pode ser contaminado por vermes trazidos com plantas, estercos,
equipamentos agrícolas ou mesmo água.
Uma vez estabelecidos, esses vermes são de difícil erradicação. No
entanto, os cientistas desenvolveram algumas plantas resistentes a eles e
alguns produtos químicos que podem ser utilizados com sucesso.

(Adaptado de STORE, Tracy. Ed. UNSINGER, I. & Robert L ZOOLOGIA GERAL, ED.
Nacional. 1979. P. 359-360).

Os nematelmintos de interesse médico podem ser representados por:

· ANCILÓSTOMO - Ancylostoma duodenale – AMARELÃO


· LOMBRIGA - Ascaris lumbricoides – ASCARIDÍASE
· OXIÚRUS - Enterobius vermicularis – OXIUROSE
· FILÁRIAS - Wuchereria bancrofti – ELEFANTÍASE

46
AGORA VERIFIQUE O QUE APRENDEU ANALISANDO O QUADRO
COMPARATIVO:

Saiba mais...
A criação de minhocas tem como objetivo
principal a produção de húmus para o solo, rico em
nutrientes. Todo esse material é digerido por ela e os
resíduos eliminados servem para a fertilização dos
solos.

Filo Acanthocephala

Acanthocephala é um filo de parasitas encontrados em muitas espécies de peixes,


anfíbios, pássaros e mamíferos. Os acantocéfalos caracterizam-se pela presença de uma
probóscide reversível, munida de espinhos e que serve para fixar o animal ao intestino do
hospedeiro. Estão descritas cerca de 850 espécies que medem entre alguns milímetros
até cerca de 6 cm.
Os acantocéfalos não possuem boca nem sistema digestivo. Todos os nutrientes
que necessitam para o seu desenvolvimento ou vida são digeridos pelo hospedeiro e
absorvidos diretamente pela pele do acantocéfalo, que vive nos intestinos. O sistema nervoso
é ganglionar e não tem orgãos sensoriais evidentes. Não há sistema excretor.
Os acantocéfalos são dióicos e por isso há indivíduos de sexo masculino e feminino.
O seu ciclo de vida é complexo e envolve em muitos casos mais do que um hospedeiro. Só
foram descritos ciclos de vida completos para apenas 25 espécies. De uma forma geral, o
embrião de acantocéfalo é expelido do organismo hospedeiro através das fezes. Em
seguida, é necessário que seja comido por um hospedeiro intermediário, em geral
crustáceos. Em vez de digerido, o embrião penetra a parede intestinal do crustáceo e aloja-
se na cavidade abdominal onde enquista e se tranforma em cistacanto. Este estádio é
semelhante ao adulto, exceto pela ausência de orgãos reprodutores. A dado ponto, o
hospedeiro intermediário é ingerido pelo hospedeiro final, que pode ser um mamífero, aves
ou peixes. A digestão do crustáceo provoca a libertação do acantocéfalo nos intestinos do
hospedeiro final. Para garantir a fixação, o cistocanto extrui a probóscide e fixa-se aos
intestinos, desenvolvendo-se, então, para a fase adulta.

47
Filo Rotífero

Zoologia Geral e
Comparada I

Rotíferos são animais aquáticos microscópicos que constituem o filo Rotifera. O seu
nome deriva do latim para “roda”, com referência à coroa de cílios que rodeiam a boca
destes animais e que se movem rapidamente, para captar as partículas de alimento,
parecendo uma roda a girar.
Conhecem-se cerca de 1700 espécies de rotíferos de vida livre, que vivem na maior
parte das massas de água doce, incluindo pequenas poças de chuva, no solo úmido e
também se encontram em musgos e líquens que crescem em troncos de árvores e pedras
ou mesmo sobre fungos, crustáceos ou larvas aquáticas de insetos. Algumas espécies nadam
livremente na águas, mas outras são sésseis, agarrando-se a qualquer substrato, seja ele
fixo ou flutuante.
Os membros da classe Bdelloidea encontram-se ocasionalmente em água salobra
ou marinha. Estes rotíferos são capazes de sobreviver à dissecação, um processo chamado
criptobiose (ou anidrobiose), assim como os seus ovos – de fato, os embriões mais velhos
têm mais possibilidade de vingar.
Por causa do seu pequeno tamanho e falta de peças duras, os rotíferos não fossilizam
facilmente e o mais antigo que se conhece foi encontrado em âmbar da República
Dominicana e data do período Eoceno, mas são comuns fósseis da espécie Habrotrocha
angusticollis em turfa com 6000 anos (período Pleistoceno) no Ontário, Canadá.

Biologia dos rotíferos

Apesar do seu pequeno tamanho – a maioria dos rotíferos mede entre 200 e 500
micra – estes organismos têm sistemas de órgãos especializados e um tubo digestivo
completo que inclui a boca, a faringe, o estômago e o ânus. O corpo dos rotíferos é
segmentado externamente, mas não internamente, é dividido em quatro regiões – cabeça,
pescoço, tronco e pé e é muito flexível. Os rotíferos têm o corpo coberto por uma cutícula
transparente, que sugere que estes animais sejam aparentados com os anelídeos e com os
artrópodes.
Na maior parte das espécies, a cabeça tem uma coroa de cílios que se movem
rápida e sincronicamente, produzindo um vórtex de água com partículas de alimentos na
direcção da boca. As partículas são depois mastigadas por um aparelho maxilar específico
deste grupo de animais, chamado trophi (ou mastax), localizado na faringe. As cavidades
do corpo estão parcialmente forradas pela mesoderme e nelas se encontram os órgãos
reprodutivos. O pé termina num “dedo” com uma glândula adesiva com que o animal se
prende ao substrato.
Os rotíferos são omnívoros e algumas espécies são canibais. No entanto, a sua dieta
consiste principalmente em matéria em decomposição, assim como de algas unicelulares
e outros fitoplanctontes - que são os produtores primários nos ecossistemas aquáticos – e,
por essa razão, estes animais são considerados consumidores primários. Por sua vez, os

48
rotíferos são presas de consumidores secundários carnívoros, como os camarões e muitas
espécies de peixes.
Foram observados vários tipos de reprodução nos rotíferos. Em algumas espécies
conhecem-se apenas fêmeas que produzem filhas a partir de óvulos não fertilizados, um
processo chamado partenogênese. Outras especies produzem dois tipos de “ovos” que
também se desenvolvem por partenogênese: um tipo desenvolve-se em fêmeas e o outro
forma machos degenerados que não conseguem sequer alimentar-se mas que, se
conseguem atingir a maturidade sexual, podem fertilizar ovos que podem desenvolver-se
dentro da mãe, agarrados ao seu pé, ou serem libertados para eclodirem na água.

Classificação e filogenia dos rotíferos

Com base em certas similaridades morfológicas, os rotíferos e os acantocéfalos (os


vermes parasitas que constituem o filo Acanthocephala) foram durante muito tempo
considerados como parentes e estudos recentes das sequências do gene rRNA 18S
corroboraram este parentesco. Estes dois grupos foram durante algum tempo classificados
como pseudocelomados, juntamente com uma série de outros vermes, mas as últimas
análises filogenéticas puseram em causa esta hipótese dos Pseudocoelomata serem um
grupo natural. De fato, muitos animais pseudocelomados, como os priapulídeos e os
nemátodes, parecem ter relações muito mais próximas dos artrópodes num grupo chamado
Ecdysozoa, enquanto que outros animais com um pseudoceloma, como os rotíferos e os
acantocéfalos, parecem estar mais próximos dos moluscos, anelídeos e braquiópodes, num
grupo denominado Lophotrochozoa.
O filo Rotifera é dividido em três classes: Monogononta, Bdelloidea e Seisonidea,
entre os quais o maior é o primeiro, com cerca de 1500 espécies, seguido pelos Bdelloidea,
com cerca de 350 espécies. Conhecem-se apenas duas espécies de Seisonidea, que são
normalmente consideradas como mais “primitivas”.

#
Questão 1 [ ] Agora é hora de
TRABALHAR

Cite e explique duas características distintas dos nematódeos e compare com o


ambiente em que vivem.
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Questão 2
Como você identifica os filos gastrotrichia – nematomormorpha e kynorrincha
quanto às diferenciações biológicas. Justifique.

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Zoologia Geral e __________________________________________________________________
Comparada I __________________________________________________________________

Questão 3
Qual a importância dos canais ramificados e poros na pele dos acanthocephalas?
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Questão 4
Por que há uma tendência a minhocultura? Quais os benefícios para o homem e
para o meio ambiente?
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Questão 5
Como a forma do corpo dos vermes está relacionada com o modo de vida?
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Questão 6
Justifique a frase “Os vermes são organismos bem adaptados à vida parasitária”.
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Questão 7
Esquematize um plano de saneamento básico para a considerável diminuição das
verminoses no seu bairro e discuta o assunto.
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FILO ANNELIDA

Vulgarmente chamam-se anelídeos aos vermes segmentados - com o corpo formado


por “anéis” - do filo Annelida como a minhoca e a sanguessuga. Existem mais de 15.000
espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e
de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até
mais de 3 metros.

Anatomia

Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triploblásticos,


protostômios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluido onde o
intestino e os outros órgãos se encontram suspensos.
Os oligoquetas e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nas sanguessugas,
o celoma está preenchido por tecidos e reduzido a um sistema de estreitos canais; em
alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido
numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a
um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes
funcionar com relativa independência.
Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto por
uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos
longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos
artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo

51
sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas
características devem ser consideradas como convergências evolutivas.
Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas
Zoologia Geral e de colagênio; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de
Comparada I músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais.
A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de sedas,
mas os Polychaeta (as minhocas marinhas) possuem ainda um par de
apêndices denominados parápodes (ou “falsos pés”).
Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -,
encontra-se o protostômio onde se encontram os olhos e outros órgãos dos sentidos. Por
baixo, encontra-se o peristômio, onde está a boca. A extremidade posterior do corpo é o
pigídio, onde está localizado o ânus e os tecidos que dão origem a novos segmentos durante
o crescimento.
Muitos poliquetas possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas
sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se
alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas
com óxido de ferro.
O tubo digestório é bastante especializado, devido à variedade das dietas, uma vez
que muitas espécies são predadoras, outras detritívoras, outras alimentam-se por filtração,
outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva;
finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
O sistema vascular é composto por um vaso sangüíneo dorsal que leva o “sangue” no
sentido da “cauda” e outro ventral, que o traz na direção oposta.
O sistema nervoso é formado por um cordão ventral, a partir do qual saem nervos
laterais em cada segmento.

Reprodução

A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, pondendo ser
tanto assexuada como sexuada.

Classe Archiannelida

Archiannelida é considerado um grupo de anelídeos primitivos, mas iso não é certo,


uma vez que não se sabe se o grupo é primitivo ou se são uma degeneração de poliquetas.

Características

· são seres intersticiais (vivem entre os grãos de areia).


· são transparentes / alaranjados.
· possuem estruturas adesivas (ventosas ou muco) para se fixarem nos grãos
de areia e assim não serem levados pelas marés.
· corpo vermiforme e longo.
· presença de cílios e flagelos.
· podem posuir 2 cavidades (os poliquetas também têm) que são
quimioreceptoras. Saem cerdas destas cavidades.
· marinhos / dulcícolas.
· corpo filiforme.

52
· segmentos pouco diferenciados externamente.
· fibras musculares bem desenvolvidas.
· faringe eversível (probóscide).
· parapódios reduzidos ou ausentes.
· prostômio com ou sem tentáculos. Se sim, são 2 ou 3.
· presença ou não de de 4 palpos no peristômio e de cirros
tentaculares.
· ausência ou 1 par de olhos.
· órgãos nucais.
· pigídio com papilas adesivas (muco).
· sexos separados.
· Fecundação interna / externa.
· larva trocófora (desenvolvimento não é direto).
· Até hoje só foi descrita a reprodução sexuada. A assexuada
ainda não foi descrita, mas não se pode falar que não ocorre porque este
é um animal pouquíssimo estudado até hoje.

Branchiobdellidae

Os branquiobdelídeos são anelídeos parasitas ou comensais de lagostins de água


doce. Apresentam semelhanças tanto com os oligoquetas como com as sanguessugas e já
foram incluídos em ambos os grupos, mas atualmente as autoridades acreditam que tenham
divergido inicialmente da base do grupo comum oligoqueta/hirudíneo e justificam que se
deva colocá-los em uma classe ou sub classe separada (Branchiobdellida).
Todos os branquiobdelídeos são muito pequenos (1 a 10 mm) e são compostos de
somente 17 segmentos. A cabeça encontra-se modificada em uma ventosa com um círculo
de projeções digitiformes. A boca é terminal e a cavidade bucal contém dois dentes. Os
segmentos posteriores (15 a 17) também se modificaram para formar uma ventosa e nenhum
tem cerdas. O ânus é dorsal no segmento 14. Os branquiobdelídeos tem um celoma
segmentado, um sistema sangüíneo-vascular mais ou menos típico dos anelídeos e dois
pares de metanefrídios.
Algumas espécies são ectoparasitas nas brânquias dos lagostins; outras vivem na
superfície externa de exoesqueleto e alimentam-se dos resíduos orgânicos e dos
microrganismos acumulados. Os branquiobdelídeos são hermafroditas com fertilização
interna. Os zigotos são depositados em casulos, que se desenvolvem em criptolarvas, como
nas sanguessugas arrincobdelídeas.

Oligochaeta

Oligochaeta é uma sub-classe de anelídeos segmentados que inclui a minhoca.


As oligoquetas têm o corpo coberto por muco e cerdas. O muco facilita o movimento
ao diminuir o atrito, ao mesmo tempo que ajuda à formação de galerias por fixação do solo.

53
O clitelo, anel esbranquiçado que indica a maturação sexual, é formado pela
produção exagerada de muco. As cerdas dos oligoquetas aquáticos são
maiores e auxiliam a natação.
Zoologia Geral e O corpo dos oligoquetas é segmentado e encontra-se dividido em:
Comparada I prostômio, peristômio e pigídio. A boca é ventral e está presente no peristômio,
enquanto que o ânus está localizado no pigídio. O sistema digestivo é
composto pela boca, faringe eversível (probóscide), esôfago, papo (onde se
acumulam os alimentos), moela (onde se dá a trituração), intestino e ânus. O
sistema circulatório é fechado e constituído por vasos laterais rodeados por células
musculares que funcionam como corações laterais (ou arcos aórticos). Dependendo da
espécie, os oligoquestas têm 2 a 3 pares de corações aórticos. As trocas gasosas com o
meio são feitas a partir da epiderme que necessita estar úmida pela ação do muco para
permitir a respiração. O sistema nervoso é ganglionar e não comporta sistema sensorial.
Por isso, os oligoquestas não têm antenas, olhos ou tentáculos. No entanto, há células
receptoras que conseguem detectar a luz ou ausência dela.
Todos os oligoquetas são hermafroditas e reproduzem-se de forma assexuada ou
sexuada. Neste último caso, a cópula é cruzada e ocorre com a adesão de um clitelo de um
animal ao clitelo do outro. Ambos os animais fecundam e fertilizam-se mutuamente. No final
da cópula, os oligoquetas deslizam entre si, retirando os clitelos que já estão fecundados
com espermatozóides e óvulos. Ao sair do corpo do animal, o clitelo perde a sua forma e
transforma-se num casulo.
Os oligoquetas têm enorme importância econômica para o homem. Graças ao seu
modo de vida subterrâneo, são agentes essenciais na regeneração e manutenção de solos,
bem como indicadores importantes da qualidade e poluição dos solos. Do ponto de vista
econômico são produtores ativos de húmus, que pode servir como fertilizante e podem
servir como base de rações animais (aves e peixes) ou isca para pesca.

Polychaeta

Polychaeta é uma classe de anelídeo que inclui cerca de 8,000 espécies de vermes
aquáticos. A grande maioria das espécies é típica de ambiente marinho, mas algumas
formas ocupam ambientes de água doce ou salobra. O nome deriva do Grego poly + chaeta
que significa muitas cerdas, numa referência às cerdas que lhes cobre o corpo. Muitas
espécies de poliquetas são coloridas e algumas são mesmo iridiscente. Os poliquetas
distribuem-se na coluna de água desde a zona intertidal até profundidades de 5,000 metros.
No conjunto, os poliquetas medem 5 a 10 cm de comprimento em média, mas há espécies
com apenas 2 milímetros e outras que atingem 3 metros.
O sistema digestivo dos poliquetas é bastante variável, de acordo com os diferentes
tipos de alimentação observados pelo grupo. A respiração faz-se, sobretudo, por trocas
gasosas diretamente através da pele, que tem extensões que servem a função de brânquias.
O sistema excretor é igualmente variável de acordo com a espécie, podendo ser constiuído
por um único par de tubos excretores ou um par por segmento.
Os poliquetas são animais dióicos e a reprodução é geralmente sexuada. Na maioria
das espécies a fertilização é externa e ocorre na água, dando origem a larvas de vida livre.

54
Em alguns casos observa-se fertilização interna ou a deposição dos ovos fixos a objetos
através de muco. A libertação de óvulos e esperma dos poliquetas faz-se de noite e está
correlacionada com as fases da lua.
O grupo é geralmente dividido em dois grupos: Errantia e Sedentaria. Como o próprio
nome indica, os poliquetas errantes têm vida livre seja nadando na coluna de água ou como
organismos bentónicos móveis. A maioria das espécies deste grupo é predadora de
pequenos invertebrados ou detritívora. Têm cabeça, olhos funcionais e tentáculos sensoriais.
Os poliquetas sedentários estão adaptados para viver permanentemente em tubos
escavados no substrato ou fixos a rochas. São na maioria dos casos organismos detritívoros
ou filtradores.

Alguns gêneros

· Nereis
· Arenicola

Ordens

· Amphinomida · Orweniida
· Capitellida · Phyllodocida
· Chaetopterida · Pisionidae
· Cirratulida · Polygordiida
· Cossurida · Protodrilida
· Ctenodrillidae · Psammodrilidae
· Eunicida · Sabellida
· Flabelligerida · Spionida
· Magelonida · Spintheridae
· Myzostomida · Sternaspida
· Nerillida · Terebellida
· Opheliida
· Orbiniida

Sanguessuga

Uma sanguessuga é um anelídeo da sub-classe Hirudinea (também chamados


aquetas) que se alimenta de sangue de outros animais (hematófago). São animais
hermafroditos, desprovidos de cerdas e que possuem, na região posterior, ventosas para
sua fixação. São assim chamados por produzirem uma substância anticoagulante
denominada hirudina.
Existem mais de 300 espécies. O seu comprimento vai de 6 a 10 cm. Alimenta-se do
sangue das suas vítimas. Pode ingerir uma quantidade de sangue 10 vezes superior ao seu
próprio volume. Podem ser encontradas em todo o mundo, geralmente na água doce. Existem
também algumas espécies marinhas e outras que vivem na lama. Nas zonas tropicais existem
espécies arbóreas que caem sobre as vítimas. Ao aderir ao corpo do ser vivo de que se

55
alimenta, segrega um anticoagulante que leva o sangue a circular sem estancar.
Até ao século XIX, as sanguessugas eram utilizadas na medicina oriental e
mesmo na medicina ocidental (nas sangrias). Hoje em dia ainda há
Zoologia Geral e necessidade de utilizar anticoagulantes na medicina convencional, ainda que
Comparada I sejam artificiais. Recentemente, as sanguessugas voltaram a ser utilizadas
em medicina em casos de grandes dificuldades circulatórias em membros,
com possibilidade de gangrena, visto que a sua acção sugadora força o sangue
a circular, ajudando a manter vivas as células. No Rio Grande do Sul estes
animais são popularmente chamados de “chamichungas”.

Resumindo:
Sanguessuga - Hirudo medicinalis

· Propriedades fundamentais

Apresentam formas variadas e contêm cerdas em seu corpo com


grande grau de especialização devido ao tipo de alimento e habitat. Vivem
na água doce e na água salgada. São parasitas geralmente de peixes e
anfíbios.

· Classificação

São classificados em classes específicas.

As sanguessugas possuem uma substância chamada


hirudínea que impede a coagulação do sangue. Por isso, foram
utilizadas no século XIX para provocar sangrias em pessoas com
pressão alta.

POLIQUETAS

Vida livre, com cabeça diferenciada e segmentos do corpo


de parápodes.
Sendo que a maioria medem alguns centímetros e poucos
são parasitas.
O aparelho digestório se inicia pela boca, seguindo-se ela
faringe, esôfago e o intestino que vai terminar no ânus. O aparelho
circulatório é formado por um conjunto de vasos que variam de
organização simples ou mais complexa.
Respiram por brânquias e outros através da parede do corpo. Já os
órgãos excretores são formados por nefrídios.

OLIGOQUETAS

Possui como representante as minhocas.


Apresentam as seguintes características básicas:

A maioria é terrestre.

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Apresentam-se em abundância em solo úmido.
Possuem espécies de água doce ou marinha.
Corpo revestido de cutícula.
Aparelho digestório organizado.
Sistema nervoso e circulatório semelhante aos poliquetas.

Saiba mais...
É ainda muito grande o número de pessoas no Brasil que se
encontram contaminadas por algum tipo de verme devido à falta
de saneamento básico nos países.
As informações dos órgãos mostram como são as nossas
condições de saneamento tanto urbano como rural.
A saúde da população é tão precária e está relacionada às
condições do meio ambiente.
Em córregos, represas e lagos são lançados esgotos e são
focos de inúmeras doenças que afetam os brasileiros.
Planejar a construção da rede de abastecimento de água e
de esgoto, assim como tratar o lixo residencial e industrial é
fundamental para a saúde de todos nós.
(Adaptado, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
PNDS. Síntese de indicadores, 1996. IBGE.).

FILO MOLLUSCA

CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS FILOGENÉTICAS

Compreende grande diversidade. Neste grupo, destacamos os polvos e lulas, os


caracóis, os caramujos, lesmas, ostras e mexilhões.
São animais de corpo mole, podendo apresentar concha ou não e são estudados
em cinco classes fundamentais.

· ANFINEUROS
· GASTRÓPODES
· ESCAFÓPODES
· LAMELIBRÂNQUIOS
· CEFALÓPODES

57
Zoologia Geral e
Comparada I

IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS

Em relação às cadeias alimentares, essas espécies de animais são de grande


importância. Como, por exemplo, temos os mexilhões que são “devorados” pela estrela –
do – mar. Certos moluscos como as ostras, búzios, lulas e polvos são utilizados pelo homem
como fonte de alimento, pois a carne deste animal é rica em proteínas.
Na área de saúde pública, os caramujos de água doce assumem um certo destaque,
pois o verme causador de esquistossomose (Shistosma mansoni) que utiliza o caramujo
de água – doce (Biomphalaria) para completar seu ciclo evolutivo.

Saiba mais...
Experimentos demonstram que substâncias químicas
encontradas na tinta do polvo é capaz de curar câncer.
Sabe-se ainda muito pouco sobre as propriedades de várias
substâncias encontradas nos animais e vegetais. Alguns
pesquisadores japoneses, entretanto, descobriram que existe uma
substância química na tinta do polvo que é capaz de curar alguns
tipos de câncer. Trata-se de um polissacarídeo (carboidrato).
Fazendo experimentos com essa substância, os cientistas
aplicaram em parte de um grupo de animais que tinham a doença.
Os animais doentes que não foram tratados morreram e 60% dos
que foram submetidos à substância melhoraram
consideravelmente. Inibindo as células doentes essa substância
tem a vantagem de não gerar efeitos colaterais.

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#
Questão 1 [ ] Agora é hora de
TRABALHAR

Que tipo de célula é responsável pela liberação das substâncias químicas encontradas
no polvo? Como funciona este mecanismo nos cefalópodes?
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Questão 2
Construa um quadro comparativo entre os grupos de seres vivos estudados no tema
3, contendo os seguintes itens: sistema digestório; circulatório, respiratório, reprodutor,
excretor e nervoso.
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PROTOSTÔMIOS INFERIORES;
OS LOFOFORADOS E O FILO ECCHINODERMATA

PROTOSTÔMIOS INFERIORES

Passaremos, agora, à discussão de aspectos relacionados aos Filos Pogonophora,


Sipuncula e Echiura, constituídos por organismos celomados que apresentaram origem
diversificada e aspectos particulares, sendo considerados protostômios inferiores.

FILO SIPUNCULA

Os Sipuncula são invertebrados marinhos bentônicos, não segmentados e portadores


de uma ampla cavidade celomática. Têm a forma geral de bastão ou, mais compactamente,
de pêra, com uma probóscide reversível que termina numa coroa de tentáculos. Há um ânus
localizado dorsalmente na parte anterior do corpo (prosopigia). A gama de variação de
tamanho em Sipuncula vai de 10 a cerca de 500mm, mas a maioria das espécies mede
entre 20 e 150mm de comprimento.

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Os habitats ocupados pelas diferentes
espécies são bastante diversos. Consegue-se
Zoologia Geral e encontrar representantes de vários gêneros cavando-
Comparada I se na areia ou no lodo da região do estirâncio, bem
como na do início do infralitoral. Após treinamento
intensivo, é possível identificar na areia ou no lodo
as aberturas das galerias construídas por esses
“vermes”. Uma mesma espécie pode ocupar
Themiste alutacea
diferentes substratos e/ou uma combinação deles: sob
pedras, algas e briozoários; em areia grossa ou fina; no
lodo; entre raízes de fanerógamas marinhas; entre bancos de mexilhões; entre tubos de
poliquetos coloniais; em galerias escavadas no coralo morto, estando essas condições
protetoras sujeitas as águas calmas ou turbulentas. Espécies pequenas (até cerca de 10cm
de comprimento) encontram-se geralmente a poucos centímetros da superfície; espécies
maiores (50cm de comprimento ou mais) podem cavar galerias que alcançam 80cm de
profundidade.
Os Sipuncula ocorrem em todos os mares, quentes ou frios, desde a região
entremarés até profundidades tão grandes quanto 8.210m (Brunn, 1956).
Algumas espécies de Sipuncula estabelecem-se em determinados fundos oceânicos,
formando populações numerosas. Outras têm sido coletadas esporadicamente, parecendo
não formar populações densas. Na minha avaliação, esta aparente raridade de certas
espécies reflete uma metodologia de coleta inadequada.
A importância ecológica e/ou econômica das espécies de Sipuncula que ocorrem
na costa brasileira ainda está para ser determinada. Não obstante, à falta dessa informação,
deve-se salientar que os Sipuncula, como qualquer invertebrado marinho ou de água doce,
sofrem ação deletéria de parasitas. Os parasitas mais comuns de Sipuncula são
Platyhelminthes, Trematoda, Nematoda, Copepoda, e “Protozoa”. Por outro lado, os
Sipuncula mantêm uma diversificada interação com outros grupos de invertebrados (Hyman,
1959). É importante, ainda, destacar as propriedades bacteriostáticas e imunológicas do
fluído celomático desses vermes (Bang, 1966). Um aspecto relevante da ecologia de
Sipuncula diz respeito ao fato de suas larvas planctônicas, de longa duração, servirem como
indicadores de correntes marinhas (Scheltema, 1992) e outro refere-se a que os Sipuncula
consituem importante item da dieta de peixes de diversas famílias (Kohn, 1970).

Posição Sistemática

Reino: Animalia
Sub reino: Metazoa
Filo Sipuncula

· Classe Sipunculidea
Ordem Sipunculiformes
Família Sipunculidae
Ordem Golfingiiformes
Família Golfingiidae
Famíla Phascolionidae
Família Themistidae
· Classe Phascolosomatidea
Ordem Phascolosomatiformes
Família Phascolosomatidae
Ordem Aspidosiphoniformes
Famíla Aspidosiphonidae

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Ordem Aspidosiphoniformes
Número de espécies:
No mundo: 150
No Brasil: 30
latim: siphunculus = pequeno tubo, sifão
nome vernáculo: sipúnculo

Filo Pogonophora (Marinhos)

Os Pogonophora são animais exclusivamente marinhos, celomados, bilateralmente


simétricos e sésseis. Secretam tubos protéico-quitinosos eretos, abertos em ambas as
extremidades, no interior dos quais o animal se move livremente. Os tubos são fixos ao
sedimento, a conchas, madeira, carcaças de baleias e demais detritos que chegam ao
fundo dos oceanos. Vivem em águas profundas, entre 100 e 4.000m nos trópicos, e em
profundidades menores, a partir dos 25m, nas regiões temperadas e árticas. Podem atingir
densidades de até 200 indivíduos por metro quadrado (Southward, 1971, 1986; Margulis &
Schwartz, 1988; Barnes et al., 1995; Feldman et al., 1998).
Os primeiros pogonóforos, pertencentes à classe Perviata foram coletados em 1900
ao largo da costa da Indonésia. Os Vestimentifera foram descobertos em 1969, a partir de
espécimes coletados em fontes hidrotermais.
Os Perviata, os pogonóforos mais típicos, medem de 5 a 85 cm
de comprimento, apresentam entre 0,5 e 3 cm de diâmetro e vivem
enterrados no sedimento, na posição vertical. Os Vestimentifera contêm
os maiores indivíduos do filo, com 1 a 3 cm de diâmetro e, em alguns
casos, mais de 2m de comprimento. Vivem agregados sobre o
sedimento.

O corpo é dividido em três partes. A região anterior,


denominada de vestimentum nos Vestimentifera, inclui um lobo
cefálico e os longos tentáculos ciliados que deram origem
ao nome do filo. Dependendo da espécie, o número de
tentáculos varia de um a 250 nos Perviata, podendo chegar
a mais de mil nos Vestimentifera, nos quais são chamados
de brânquias. Uma região glandular, responsável pela
secreção do tubo, também está nesta parte do corpo. O tronco,
ou metasoma, é longo, apresenta papilas e, na maioria das
espécies, cerdas serrilhadas. A região posterior, ou opistosoma, é composta por
5 a 100 segmentos portadores de cerdas, que auxiliam na escavação do sedimento e
ancoragem no substrato.
Pogonóforos adultos não possuem boca, intestino ou ânus. Um órgão especial, o
trofosoma, repleto de bactérias simbiontes quimiotróficas, substitui o sistema digestivo.
Ele se localiza na porção posterior do tronco dos Perviata e preenche totalmente o tronco
dos Vestimentifera. Os nutrientes são obtidos através da ação das bactérias, capazes de
oxidar compostos sulfurados. Possuem uma hemoglobina especial capaz de se combinar
com sulfeto de hidrogênio e de transportá-lo às bactérias simbiontes, sem efeitos tóxicos
para o organismo hospedeiro. Acredita-se que os Perviata se alimentem também da matéria
orgânica em suspensão na água do mar, e algumas espécies absorveriam os nutrientes
diretamente pela epiderme.

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São gonocóricos com leve dimorfismo sexual. Os processos de
fecundação e desenvolvimento são pouco conhecidos. Acredita-se que o
espermatóforo do macho seja liberado diretamente na água e que a
Zoologia Geral e fecundação ocorra no interior do tubo da fêmea. Nos Perviata o
Comparada I desenvolvimento é indireto, e quando as larvas deixam o tubo da fêmea estão
prontas para se fixarem e para realizarem a metamorfose que leva ao estágio
adulto. Sobre o desenvolvimento larval dos Vestimentifera existem poucas
informações (Southward, 1986; Margulis & Schwartz, 1988; Meglitsch &
Schram, 1991). Apenas uma espécie, Sclerolinum braustromi, é capaz de se reproduzir por
divisão transversal, tendo sido encontrados dois indivíduos vivendo no interior do mesmo
tubo (Southward, 1971).

Posição Sistemática

Reino: Animalia
Sub reino: Metazoa
Filo: Pogonophora

Classe Perviata
Ordem Athecanephria
Ordem Thecanephria

Classe Vestimentifera
Ordem Axonobranchia

Ordem Basibranchia
Número de espécies
No mundo: cerca de 140
No Brasil: 1 (não confirmada)
grego: pogon = tufo de pêlos, barba;
phoros = possuir nome vernáculo: pogonóforo

FILO ECHIURA

Os Echiura são invertebrados marinhos bentônicos não


segmentados que apresentam espaçosa cavidade celomática.
Têm a forma geral de bastão, pêra ou bola e uma probóscide
não retrátil. No corpo, observa-se, quase sempre, um par de
diminutas cerdas do tipo anelidiano, localizadas na região ventral
anterior. O ânus é terminal. A variação do tamanho em Echiura
oscila entre 10 e cerca de 700mm, porém a maioria das espécies
mede entre 20 e 100mm de comprimento.
As diferentes espécies de Echiura habitam fundos moles Lissomyema exilli
(areia grossa, fina, coralígena ou lodo) ou duros (coralo) e
podem construir suas galerias em variadas situações protetoras, tais como: a base de
invertebrados sésseis, sob algas, em conchas abandonadas, etc. Não é incomum que esses
invertebrados formem grandes populações em determinados fundos marinhos. Suas galerias
de lama compactada e revestidas internamente com muco podem abrigar um expressivo
número de inquilinos. O fato de que entre 25-30% das espécies do filo tenham sido descritas
a partir de um único exemplar (Stephen & Edmonds, 1972) e nunca mais tenham sido
reencontradas deve ser interpretado como um uso não adequado de técnicas de coleta
para esses animais, ao invés de se invocar a raridade dos mesmos.

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Os Echiura ocorrem em todos os mares, quentes ou frios, desde a região entremarés
até profundidades tão grandes quanto 10.210m (Zenckevitch, 1966). São invertebrados
muito antigos na história da Terra, havendo registro de seus vestígios para o período Siluriano
(Risk, 1973).
Não está esclarecida a importância ecológica dos Echiura na costa brasileira, porém,
a exemplo dos Sipuncula, esses vermes fazem parte da dieta de numerosos peixes
demersais. Há registros de parasitas desses vermes, tais como “Protozoa”, Platyhelminthes,
Nematoda, Annelida e Copepoda (Illg, 1970; Jones & Schiess, 1970), além de um
considerável número de comensais. Um aspecto particularmente relevante da biologia de
Echiura refere-se ao determinismo do sexo na família Bonelliidae, assunto pesquisado há
mais de 80 anos e com excelente revisão de Pilger (1978).

Posição Sistemática

Reino: Animalia
Sub reino: Metazoa
Filo Echiura
Ordem Echiuroinea
Ordem Xenopneusta
Ordem Heteromyota
Número de espécies
No mundo: 130
No Brasil: 9
grego: echis = víbora; latim: ura = cauda
nome vernáculo: echiuro

LOFOFORADOS (FILO PHORONIDA; FILO BRYOZOA E FILO


BRACHIOPODA)

FILO PHORONIDA

O Filo Phoronida é constituído por animais com as seguintes características:

1. Lofoforados triméricos, enterocélicos modificados, vermiformes


2. Corpo dividido em um prossoma (epistoma) tipo aba, meossoma dotado de lofóforo, e
metassoma (tgronco) alongado, cada um com um celoma associado
3. Intestino em forma de U, ânus próximo à boca
4. Um par de metanefrídios no metassoma
5. Sistema circulatório fechado
6. Gonocorísticos ou hermafroditas, com desenvolvimento misto ou indireto
7. Marinhos, bentônicos, tubícolas

FILO BRYOZOA

Os Briozoários são animais invertebrados, coloniais, principalmente marinhos, que,


pelo fato de serem bentônicos e viverem fixos a um suporte, são muito sensíveis às variações

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das características físico-químicas da água, da
hidrodinâmica e do tipo de substrato da área.
Essas mudanças são refletidas pelo
Zoologia Geral e padrão de distribuição das espécies, pelo tipo
Comparada I de forma de colônia predominante, pelas
alterações no tamanho do indivíduo (zoécios) e
pelo tipo de calcificação de sua parede
frontal.
Constituído de animais encontrados tanto em água
doce como em água salgada. São encontrados
incrustados em qualquer material aquático, mas geralmente passam despercebidos porque
em geral são quase microscópicos. São essencialmente coloniais formando grupos de
milhões de indivíduos. As colônias apresentam aspectos de tufos de musgos pardo cinzentos,
arborescentes ou, então, são planas semelhantes a delicadas rendas calcáreas que lembram
microscópicos favos de mel (abelhas).

Há colônias de briozoários como é o caso do gênero


Schizoporella que alcançam considerável tamanho.

FILO BRACHIOPODA

Brachiopoda (Lat: bracchium, braço + poda, pé) é um filo do reino Animalia. Os


braquiópodes são animais solitários, exclusivamente marinhos e bentônicos. O corpo mole
está incluso numa carapaça composta por duas valvas, à semelhança dos moluscos bivalves,
no entanto, os dois grupos são bastante distintos. A concha, de natureza fosfatada ou
carbonatada, pode apresentar ornamentações diversas. O grupo é representado por cerca
de 100 gêneros, no entanto há cerca de 3000 gêneros descritos, a maioria dos quais
paleozóicos.

Características gerais

A maioria dos braquiópodes atuais tem dimensões reduzidas, entre 5 milímetros a 8


centímetros de largura, mas algumas formas fósseis atingiram 30 centímetros. A concha
dos braquiópodes é composta por duas valvas, designadas de peduncular (ou dorsal) e
braquial (ou ventral). A ligação entre as valvas pode ser feita apenas por musculatura, nos
braquiópodes inarticulados, ou através de uma charneira localizada no deltídio, no caso
dos braquiópodes articulados. A linha que une as duas valvas chama-se comissura. A valva
peduncular apresenta uma abertura semi-circular, o forámen, de onde sai um pedúnculo
que fixa o animal ao substrato. A valva braquial está associada ao lofóforo, uma estrutura
característica do filo, usada na alimentação por filtração. Ambas as valvas podem apresentar
linhas de crescimento e ornamentação.

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As valvas dos braquiópodes são desiguais entre si (inequivalves), mas simétricas
em relação a um plano médio paralelo ao comprimento do animal (equilaterais). A posição
deste plano de simetria é um critério de distinção entre este grupo e os bivalves, que têm
valvas equivalves e inequilaterais.

Ecologia

Os braquiópodes são animais marinhos, bentônicos e sésseis, isto é, que vivem


fixos ao fundo do mar. A fixação pode ser feita através do pedúnculo ou por cimentação
direta. Algumas espécies, entre elas a Lingula, vive em substratos enterrada em arenosos
e móveis. São animais filtradores que recolhem as partículas nutritivas da água através do
lofóforo. Os braquiópodes atuais estão limitados a águas frias, no fundo dos oceanos ou
perto dos pólos, embora no passado geológico tenham ocupado outros nichos ecológicos.

História geológica

Os primeiros braquiópodes a surgir foram as formas inarticuladas de concha quitino-


fosfatada que apareceram no final do Pré-Câmbrico. Os braquiópodes articulados surgiram
no Câmbrico e tornaram-se bastante diversos e abundantes. O pico de biodiversidade do
grupo foi no Silúrico médio com a coexistência de 16 das 26 ordens descritas; por
comparação, actualmente subsistem apenas cinco ordens de braquiópodes. A abundância,
distribuição e diversidade do grupo no Paleozóico médio confere ao grupo enorme
importância estratigráfica enquanto fósseis de idade.
Os braquiópodes foram particularmente afectados na extinção permo-triássica, que
vitimou cerca de 90% das formas de vida existentes no fim do Paleozóico, tendo apenas
sete ordens sobreviveram a esta extinção em massa e duas delas extinguiram-se no
Jurássico. Os desaparecimentos permitiram ao grupo dos bivalves invador os nichos
ecológicos previamente ocupados pelos braquiópodes, e mudou para sempre o equilíbrio
entre os dois grupos. A partir do Mesozóico e até aos dias de hoje, os bivalves foram
claramente dominantes sobre os braquiópodes, que passaram a estar confinados a
ambientes extremos.
O gênero mais antigo que se conhece sem alterações evolucionárias é um
braquiópode. A Lingula é um género de braquiópodes inarticulados de concha fosfatada
que surgiu no Câmbrico e subsiste até aos dias de hoje.

65
FILO ECHINODERMATA

Zoologia Geral e
Comparada I

Os equinodermos são os seres do filo Echinodermata (gr. echinos, espinho; derma,


pele), pertencente à clade Deuterostomia do reino Animalia. São animais de simetria radial,
e como exemplo podem ser citados os equinodermas: estrela-do-mar, holotúria e ouriço-
do-mar.
Estes animais se aproximam muito dos cordados por possuírem celoma verdadeiro
(de origem enterocélica) e por serem deuterostômios, ou seja, o orifício embrionário
conhecido como blastóporo origina o ânus dos indivíduos.
Na fase larval os equinodermos possuem simetria bilateral, vindo desenvolver a
simetrial radial somente no adulto. Esta é basicamente pentâmera, ou seja, os elementos
se dispõem em 5 ou múltiplos de 5. Possuem esqueleto formado por placas calcárias,
coberto por fina camada epidérmica. Esse esqueleto é de origem mesodérmica.
Os equinodermos tipicamente possuem um sistema ambulacral ou aquífero que além
de substituir o sistema circulatório no transporte de substâncias também é utilizado na
locomoção destes animais. O sistema ambulacral funciona através de um sistema de canais
hidráulicos, nos quais a diferença de pressão produz movimentos físicos. Também existem
ventosas nas extremidades dos canais que permitem ao animal fixar-se ao substrato.
Os espinhos estão presentes em diversos formatos nos grupos de equinodermos e
atuam com a função de proteger o animal e para a locomoção. Podem ser recobertos por
substâncias de caráter tóxico.
São animais marinhos, de vida livre, exceto pelos crinóides que vivem fixos ao substrato
rochoso (sésseis).
As classes em que se divide o reino são:
· Echinoidea (ouriço-do-mar e bolachas-da-praia)
· Asteroidea (estrelas-do-mar)
· Ophiuroidea (ofiúro)
· Holothurioidea (holotúria ou pepino-do-mar)
· Crinoidea (lírio-do-mar)

Sistema ambulacral é um sistema hidráulico que funciona para transporte de


substâncias, ajuda na locomoção, etc. Exclusivo de equinodermos.

Pepino-do-mar

66
Holothurioidea é a classe de equinodermes que inclui os animais conhecidos como
pepinos-do-mar ou holotúrias. Em oposição aos outros equinodermes, possuem corpo
delgado, alongado em um eixo oral-aboral. A boca é circundada por 10 a 30 tentáculos que
são modificações de pés ambulacrários bucais encontrados em outros equinodermos. Seu
alimento é de material orgânico dos detritos do fundo, que é empurrado para a boca ou de
plâncton aprisionado em muco nos tentáculos. As holotúrias frequentemente são os
invertebrados dominantes nas partes mais profundas dos oceanos e muitos taxa são restritos
a águas profundas.

Características

Uma epiderme simples recobre o esqueleto e possuem endoesqueleto de placas


calcáreas articuladas macroscópicas, distribuídas pelo corpo. O sistema digestivo é
completo. Não possuem coração nem mesmo sistema circulatório típico. Existe, porém, um
reduzido sistema de canais (canais pseudohemais), com disposição radial, onde circula
um líquido incolor contendo amebócitos.
A respiração por difusão ocorre no sistema ambulacrário. Na cloaca do pepino-do-
mar existem túbulos ramificados, as árvores respiratórias ou hidropulmões, que acumulam
água para as trocas gasosas.
Não existe nenhum órgão especializado em excreção. Os catobólitos são levados
por amebócitos aos pés ambulacrários, hidropulmões ou a qualquer estruturas exposta à
água, que os elimina por difusão.
Não possui gânglios, mas sim um anel nervoso próximo à região oral, de onde saem
nervos radiais. Na superfície do corpo existem células táteis.
São animais de sexos separados e de fecundação externa. Os órgãos sexuais são
simples, existindo, geralmente, apenas gônadas sem ductos genitais. O desenvolvimento é
indireto, aparecendo uma larva auricularíade simetria bilateral que passa a radial nos animais
adultos. A reprodução assexuada aparece em algumas larvas que se autodividem e possuem
a capacidade de regenerar partes perdidas.

Estrela-do-mar

A estrela-do-mar é um animal do filo dos equinodermos, classe Asteroidea. Têm


simetria radiada.
Como todos os equinodermes, as estrelas–do–mar são animais marinhos. Têm o
corpo achatado e coberto de espinhos bem evidentes, apresentando cinco pontas ocas,
chamadas braços. O corpo é duro e rígido e pode ser quebrado em partes se tratado
rudemente. Apesar disso, o animal consegue dobrar-se e girar os braços quando passeia
ou quando seu corpo se encontra em espaços irregulares entre rochas ou outros abrigos. O
corpo das estrelas do mar tem simetria pentarradiada.
As estrelas–do–mar podem ter entre alguns alguns centímetros e um metro de
diâmetro. Estes animais movem-se usando a retração e a distensão dos seus pés
ambulacrários. A respiração do animal é branquial e sua reprodução é feita sobretudo através
da regeneração, ou seja, se um dos braços desse animal for cortado pode desenvolver
uma estrela do mar nova. Se a reprodução for sexuada, a estrela do mar tem um estado

67
larvar. As estrelas do mar não possuem lanterna de Aristóles e, por isso, não
podem mastigar os alimentos. Para se alimentar, lança o estômago pela boca,
localizada em sua face oral.
Zoologia Geral e
Comparada I
Resumindo:
Classificação e característica

· São exclusivamente marinhos;


· Possuem esqueleto interno de placas calcáreas
(apresentando o elemento químico cálcio);
· Apresentam órgãos internos e externos;
· Contém órgãos de locomoção;
· A maioria da vida livre, porém alguns são fixos;
· Apresentam sexos separados.

· ASTERÓIDES
Estrela-do-mar

Não apresentam olhos.


Possuem estruturas de locomoção chamada de braços.
Corpo estrelado.
Contém espinho.
Possuem pés ambulacrais (estrutura de locomoção) e bocas.

· EQUINÓIDES
Ouriços-do-mar, bolacha-do-mar

Corpo esférico;
Apresentam espinhos móveis e finos;
Animais de corpo globuloso;
Alimentam-se de algas presas as rochas;
Apresentam placas radiais.

· OFIURÓIDES
Serpentes-do-mar

Apresentam corpo estrelado;


Contém disco central definido;
Espinhos situados nos braços;
Deslocam-se com grande facilidade.

68
· CRINÓIDES
Lirios-do-mar

Corpo estrelado;
Braços ramificados;
Vivem presos a rochas ou a outros corpos sólidos.

· HOLOTURÓIDES
Pepinos-do-mar

Corpo alongado;
Vivem enterrados na areia;
Apresentam boca e ânus em extremidades oposta;
Apresentam substâncias pegajosas presentes nos pés;
Defendem-se lançando substâncias quando atacados
por predadores.

Saiba mais...
Muitas pessoas utilizam as estrelas-do-mar como enfeites
em suas casa. Já os ouriços-do-mar podem ser vendidos em
algumas peixarias, pois as suas bolsas cheias de óvulos de
espermatozóides podem ser comidas. No entanto, a grande
utilização dos equinodermos pelo homem ocorre na produção da
comida japonesa conhecida como Suchi mamako. Quando alguém
saboreia este prato típico não imagina o que esta colaborando
com uma grande matança que preocupa cientistas e defensores
do meio ambiente.
O problema é que o suchi é feito com pedaços de pepino-do-
mar. Este animal vive depositado no fundo do mar e passam a
vida ingerindo este mesmo lodo. Com isso, enriquecem o fundo
do mar com nutrientes contidos nas fezes que liberam. Além de
serem muito utilizados na alimentação, os povos do Extremo
Oriente (Japão e China) atribuem propriedades afrodisíacas aos
pratos que possuem pepino-do-mar.

#
Questão 1 [ ] Agora é hora de
TRABALHAR

Compare e explique as diferenças fundamentais entre moluscos e equinodermos.


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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

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__________________________________________________________________

Zoologia Geral e
Comparada I Questão 2
Como são classificados os equinodermos?
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__________________________________________________________________
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Questão 3
Como se classificam os moluscos e a que se deve essa diversidade
de classificação?
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__________________________________________________________________

QUE TAL MONT


TAL MONTARAR SUA COLEÇÃO D
COLEÇÃO E
DE
ME
METTAZOÁRI OS MARI
AZOÁRIOS MARINNHOS? ENTÃO
OBSERVE ESSAS DI CAS:
DICAS:

Realizar consulta bibliográfica sobre hábitos do grupo a ser pesquisado.


Ao coletar o animal, anotar a sua coloração no habitat natural e a fauna
acompanhante.
Nunca coletar animal em demasia. A fauna precisa ser preservada.
Não colocar vários exemplares no mesmo recipiente.
Ao chegar no laboratório, proceder à anestesia apropriada para o grupo estudado
(consultar tabela em anexo).
Após a anestesia, fixar, identificar, conservar e etiquetar os exemplares.

TABELA DE ANESTESIA, FIXAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ALGUNS GRUPOS


DE METAZOÁRIOS MARINHOS.

- Subsídio à construção de coleções

70
#
Questão 1 [ ] Agora é hora de
TRABALHAR

De acordo com seus estudos acerca dos anelídeos e os moluscos, o que eles
possuem em comum?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 2
O filo equinodermata é formado por diversas classes. Pesquise quais classes são
de interesse comercial e quais as utilizadas como alimento na espécie humana.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Atividade
Zoologia Geral e
Comparada I Orientada
Caro (a) graduando (a),

Esta atividade está dando continuidade a mais uma das disciplinas da matriz curricular
do curso de Licenciatura em Biologia da FTC-EaD e tem como proposta fazer com que os
conhecimentos construídos durante a permanência da mesma sirvam para que se entenda
o mundo vivo dos animais invertebrados, fazendo com que nos tornemos um ser que respeita
toda forma de vida, levando-se em conta os valores morais, estéticos e éticos de forma
efetiva e significativa.
Nossa proposta de trabalho consta de 03 (três) etapas, sendo utilizado, também,
como um instrumento avaliativo do processo ensino/aprendizagem , devendo ser
desenvolvida no decorrer da disciplina, sob assistência e orientação do tutor, no ambiente
de tutoria.
Esperamos que você, graduando, aproveite o máximo.

Etapa 1
Elaboração de ficha resumo – Equipe

Esta primeira etapa consiste em um aprofundamento de estudo dos grupos de


invertebrados estudados em Zoologia I. Para tanto, os discentes deverão formar equipes
para a elaboração de uma ficha resumo, contendo os itens abaixo. O tutor deverá realizar
um sorteio, de acordo com os filos abaixo, em sala para que as equipes efetivem suas
pesquisas.

1. Porífera;
2. Protozoários;
3. Coelenterata;
4. Platyhelminthes;
5. Aschelminthes;
6. Annelida;
7. Mollusca;
8. Echinodermata

Roteiro de pesquisa

Para cada grupo em questão elaborar uma ficha-resumo seguindo os tópicos abaixo.

Caracterização e morfologia externa e interna

Posição sistemática
Representantes

72
Habitat e Modo de vida
Estrutura externa: parede do corpo, forma do corpo, principais estruturas
Locomoção
Nutrição: estruturas envolvidas, tipo de alimento
Excreção / Osmorregulação
Sistema Nervoso
Reprodução: tipo de reprodução, sistema reprodutor / estruturas, ciclo de vida
Como coletá-los? Como anestesiá-los? Como fixá-los? Como conservá-los?

A equipe deverá apresentar oralmente sua ficha-resumo com


demonstração de exemplares através de figuras ilustrativas.

Etapa 2
Coleta e Montagem de uma coleção de invertebrados terrestres ou marinhos
- Equipe

Esta etapa será com a mesma equipe da etapa anterior e consiste em uma Coleta e
Montagem de uma coleção de invertebrados terrestres ou marinhos, de acordo com a
disponibilidade da região em que o curso é disponibilizado. Nesta etapa o graduando deverá
seguir procedimentos e desenvolver atitudes. Para coleta o graduando deverá pesquisar e
anotar: os métodos de coleta do animal; a
anestesia (anestésico utilizado, tempo necessário, reação do animal, resultados
obtidos); a fixação (fixador utilizado); a conservação (conservador utilizado) e a identificação
(confecção de etiquetas) do animal coletado.

Etapa 3
Elaboração de uma Campanha Publicitária - Equipe

Esta etapa consiste na elaboração de uma Campanha Publicitária voltada para a


sua comunidade, versando sobre o seguinte tema:

“Adaptações dos Platelmintos e dos Nematelmintos ao parasitismo e suas conseqüências


para o homem.”

Esperamos que o desenvolvimento destas atividades torne o processo de ensino/


aprendizagem mais significativo, interessante, real e vivo. Afinal, a Biologia transcende a si
mesma e faz com que o aluno possa entendê-la como um elemento integrador e
transformador do mundo, muito mais que um mero tema discutido e debatido em uma sala
de aula.

Sugestão de site para pesquisa:

http://zoo.bio.ufpr.br/sbz/
http://www.parasitology-online.com/parasitology/show/
http://www.biotaneotropica.org.br

73
Glossário
Zoologia Geral e
Comparada I

ABIÓTICO – fatores importantes para a manutenção da vida em um


ecossistema como luz, temperatura, umidade, salinidade e pressão. (BARNES,
1986)

ANELÍDEOS – verme de corpo dividido em anéis. (BARROS, 2001)

BIOMA – grandes paisagens naturais que constituem os ecossistemas


distribuídos em várias partes do mundo. (ANTUNES, 1996)

BIOSFERA – conjunto de todos os ecossistemas da terra. (BARNES,


1986)

BIÓTICO – fatores vitais que são imprescindíveis à formação e


manutenção dos seres vivos na natureza. (BARNES, 1986)

CADUCIFÓLIA – vegetação característica da floresta tropical onde as


plantas perdem suas folhas na época de seca. (PEREZ, 1995)

CERRADO – caracteriza-se por arvores e arbustos geralmente tortuosos.


(PEREZ, 1995)

CERRADÃO – a vegetação mais densa e desenvolvida que o cerrado.


(PEREZ, 1995)

CERDAS – estrutura de locomoção e adaptação dos animais.


(BARNES, 1986)

CISTO – estrutura representativa de diferenciação celular, sendo etapa


de desenvolvimento dos animais durante a reprodução. (BARNES, 1986)

CONIFERAS – classe de plantas que, como o pinheiro, produzem


sementes não obrigadas em frutos. (PEREZ, 1995)

CUTÍCULA – estrutura de proteção e revestimento. (BARNES, 1986)

ESPÉCIE – particularidade de classificação dos animais e estabelece


um dos graus de hierarquias na nomenclatura. (RUSSEL, 1969)

ESPICULAS – estrutura calcárea componente do esqueleto das


esponjas. (AVANCINI, 1997)

74
EUCARIONTES – célula ou ser vivo que apresenta o núcleo organizado.
(BARNES, 1986)

FLAGELADOS – prolongamentos celulares responsáveis pela


mobilidade dos animais. (BARNES, 1986)

FLORESTA DECÍDUA – região onde predominam árvores de folhas


largas e que caem no outono. (ANTUNES, 1996)

HABITAT – lugar específico onde se desenvolvem os seres vivos


representando o meio em que vive uma espécie. (ANTUNES, 1996)

HETEROTRÒFICOS – seres que obtêm a matéria orgânica por meio


de alimentos. (ANTUNES, 1996)

METABÓLICA – conjunto de atividades químicas e físicas de um sistema


vivo, atualmente integradas que permitem a manutenção da vida. (BARNES,
1986)

NEMATELMINTOS – vermes de corpo cilíndrico, afinados nas


extremidades. (STORER, 1989)

NIDAÇÃO – fase de implantação da célula ovo, sendo etapa importante


no desenvolvimento do ser vivo. (STORER, 1989)

NEFRÍDIOS – estrutura que desempenham papel importante no equilíbrio


de sais e água, fazendo parte do sistema urinário. (STORER, 1989)

PLATELMINTOS – classe de vermes parasitas com estrutura complexas


no corpo. (STORER, 1989)

PROCARIONTES – célula ou ser vivo que não apresenta núcleo


organizado. (STOREER, 1989)

PROTOPLASMA – estrutura gelatinosa presente na célula, geralmente


rica em proteínas. (STORER, 1989)

PH – concentração de hidrogênio que determina o meio ácido ou básico.


(BARNES, 1986)

RÁDULA – órgão alimentar dos moluscos. (ANTUNES, 1996)

TAIGA – zona de bosques e coníferas com folhas perenes. (PEREZ,


1995)

TUNDRA – região hostil que compreende enorme planícies sem arvores,


cercada de lagos e charcos. (PEREZ, 1995)

TENTÁCULOS – eixo coberto por epiderme que realizam papel de


absorção de nutriente, defesa e locomoção nos animais. (BARNES, 1986)

75
Referências
Zoologia Geral e
Bibliográficas
Comparada I

ANTUNES, José. BIOLOGIA – Botânica, Zoologia e Biologia Geral,


companhia Editora Nacional, 5ª ed. São Paulo, 1996. p. 461.

AVANCINI, Elias de Brito e FAVARETTO, José Arnaldo. BIOLOGIA – Uma


abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: ED. Moderna, 1ª ed. , 1997,
p.502.

BARNES, R. D. ZOOLOGIA dos Invertebrados. Tradução por Jesus E. de


Paula Assis et al ed. 4 São Paulo; 1986. P. 1179.

BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson Roberto. Os seres Vivos, 55ª edição.


São Paulo: Ed. Ática, 2001, p. 96.

MARTINELLI, Maria Cavalcante ECOLOGIA – Ciência para a nova geração,


Goiânia, ED. da Universidade Federal de Goiás; 1984 p. 202.

NEVES, D.P. Parasitologia Humana. Ed. 6 Rio de Janeiro: Atheneu, 1986.


p.445.

PEREZ, I.A.M. GUTIERREZ, M.E. Introducion a la protozoologia. México;


Trilhas, 1995. p. 207.

RUSSEL – HUNTER, W.D. Uma abordagem dos invertebrados inferiores


e superiores. Tradução Diva Diniz Corrêa et al São Paulo; EDUSDP, 1969.

SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental – As ameaças do planeta


azul, São Paulo: editora Scipione Ltda. , 1984. p.208.

SHERMAN, I.W. SHERMAN, V. G. The invertebrales: Function and Forn.


Londom: The Macmillar Company Colierr – Macmillian Limited, 1970.

STORER, T. I. USINGER, R.L. STEBBINS, R.C; NYBAKKEN, I.W. ZOOLOGIA


GERAL. São Paulo: Nacional. Ed. 6. 1989, p.816.

76
Anotações

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Zoologia Geral e
Anotações
Comparada I

78
Anotações

79
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Comparada I

FTC - EaD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância
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