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(Jean Piaget)
Trabalho realizado por: Carla Martins, Elsa Matos, Vanda Ledo e Vera Viegas
Introdução ....................................................................................................................................................... 3
Sub-Estádio 1 (0-1meses)................................................................................................................................ 5
Sub-Estádio 2 (1-4meses)................................................................................................................................ 5
Sub-Estádio 3 (4-8meses)................................................................................................................................ 6
Conclusão ..................................................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................................... 11
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INTRODUÇÃO
Segundo La Taille (2003), Piaget usa a expressão "a passagem do caos ao cosmo" para
De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela caótico,
habitado por objectos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do campo da
mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que
cosmo "com objectos, tempo, espaço, causalidade objectivados e solidários, entre os quais,
situa a si mesma como um objecto específico, agente e paciente dos eventos que nele
ocorrem".
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Fases do Desenvolvimento Cognitivo Segundo
Piaget
Assimilação e Acomodação:
Este estádio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos (naturais).
O bebé relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da acção. Os reflexos inatos
(naturais) proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para
sobreviver.
Formação das primeiras estruturas adquiridas: os hábitos. Exemplo: Quando o bebé faz
algo intencional que o agrada/atrai, este tenta repetir a acção.
Esta é uma reacção circular primária porque, por um lado, o efeito inicial produziu-se de
maneira fortuita e porque, por outro, as acções que a criança repete de modo rotineiro e
invariável estão concentradas no seu próprio corpo. Começam a surgir as primeiras
coordenações motoras como pressão-sucção, visão-audição.
Contágio Condutual:
Neste estádio a criança já interage com o meio, a sua estrutura já não é só biológica, os
novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma actividade mais liberada.
A assimilação recognitiva também está relacionada com êxitos posteriores, pois neste
sub-estádio aparece o reconhecimento motor, ela já associa um objecto ao movimento, ao
sacudir o braço ela faz soar o guizo. Agora a atenção e o interesse da criança deslocam-se
até ao resultado das suas acções, ela não faz só por fazer, a criança é cada vez mais
sensível às mudanças da realidade, fonte de desequilíbrio e novas acomodações.
Sub-estádio 4 (8 - 12 meses)
Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações Meios-Fins
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Um esquema calculava o êxito de uma meta associada a outro esquema. Exemplo:
Agarrar um brinquedo, retirando um obstáculo que está entre a criança e o brinquedo.
Passagem ao sub-estádio 4
Aparecimento da intencionalidade.
Acentua-se a atenção que ocorre no meio.
Aparecimento das primeiras coordenações do tipo meios-fins.
As reacções secundárias coordenam-se em função de uma meta não imediata.
Meios adequados para a consecução do objectivo proposto.
Esquemas do Sub-estádio 4
Progressos nas habilidades de imitação análoga. Abrir e fechar as mãos quando deve
abrir e fechar os olhos.
Possibilidade de imitar movimentos invisíveis. Mover os lábios, tocar o nariz, a orelha
ou mostrar a língua.
Coordenação dos esquemas de representação facilitando a compreensão de objectos
e factos.
Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa.
Quando a sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho.
Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à captação do espaço.
Observação e provocação de deslocamentos de objectos.
Distinção das pessoas (6 - 8 meses)
Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem conhecida e
protectora esteja presente.
Repetição de conduta tal como foi aprendida.
A assimilação agora, não é uma mera repetição pois na reacção circular terciária o
esquema sensório-motor está integrado por elementos móveis e variáveis em cada
repetição à medida que as condições da acção são modificadas.
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A busca activa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de modo intencional, mas
é atingida normalmente de modo fortuito: quando um esquema prévio não é eficaz, a
criança ensaia procedimentos aproximados até que o tacteio leve à resposta correcta.
A criança começa a usar meios novos para atingir os seus objectivos e realiza verdadeiros
actos de inteligência e de solução de problemas.
Aproxima um objecto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo uma
manta ou uma almofada;
A conduta do cordel é semelhante e consiste em atrair um objecto puxando o
prolongamento do mesmo que pode ser um cordel;
A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um
objecto afastado;
Puxar um lençol sobre o qual está de pé até compreender que precisa sair de cima
para poder agarrar o mesmo;
Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais do parque até
entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar;
A criança descobre o uso correcto do ancinho como instrumento para aproximar
objectos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente.
Através da acção dos esquemas, a criança vai elaborando o seu conhecimento dos
próprios objectos e das relações espaciais e causais que colocam em contacto certos
objectos e acontecimentos com outros.
O sujeito já não resolve, então, os problemas por tacteio, mas parece fazer uma reflexão
prévia.
A criança tentar subir para um banco, mas, ao apoiar-se nele, ele desloca-se. Num
determinado momento, a criança detém-se na sua acção, parece reflectir, agarra o
banco e encosta-o à parede, evitando, assim, o seu deslocamento e, a seguir, sobe
novamente.
Com o seu aparecimento (da linguagem), entramos numa nova etapa representativa,
que abrirá novas perspectivas para o seu desenvolvimento intelectual.
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CONCLUSÃO
Em suma, o trabalho que elaborámos foi baseado na teoria de Piaget, cujas propostas
principais dão conta de que a compreensão do desenvolvimento humano equivale à
compreensão de como se dá o processo de constituição do pensamento lógico-formal,
matemático. Este processo, que é explicado segundo o pressuposto de que existe uma
conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer,
envolve mecanismos complexos e problemáticos que englobam aspectos que se cruzam e
que se complementam, tais como: o processo de maturação do organismo, a experiência
com objetos, a vivência social e, sobretudo, o equilibrio do organismo ao meio.
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BIBLIOGRAFIA
. http://ckruschel.vilabol.uol.com
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