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BIBLIOGRAFIA :
→ DALARI, Dalmo. Elementos da Teoria Geraldo do Estado. São Paulo : Editora
Saraiva.
→ ACCIOLI, Wilson. Teoria Geral do Estado. São Paulo : Editora Forense.
→ 1. O Príncipe, Maquiavel.
→ 2. O Contrato Social, Jean J. Rosseau
→ 3. O Espírito das Leis, Montesquieu.
→ Existe o princípio básico que todo direito de uma pessoa termina onde começa o de
outro e esse conceito foi fundamental para a criação do Estado, mesmo na chamada
sociedade natural. A sociedade natural foi defendida por Aristóteles (Séc IV a.C) : O
homem é naturalmente um animal político. E para ele somente o homem de natureza
vil (loucos) ou eremitas é que não viviam em sociedade.
→ Todo homem vive naturalmente em sociedade, é este o fundamento precípuo da
sociedade natural.
→ Cícero que seguia a escola de Aristóteles, no início da era cristã, dizia que a espécie
humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição
de, mesmo com a abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum.
• San Tomás de Aquino → Repetia exatamente estas posições, além das idéias de
Aristóteles ele acrescentou, o ser extremamente virtuoso (o gênio), o santo eremita e
ainda a hipótese do náufrago ou do homem que se perdesse numa floresta. Para
esses autores o homem era forçado a viver em sociedade, era uma imposição
da natureza. O homem é forçado a viver em sociedade por imposição natural.
• Diferente da corrente da sociedade natural, outra corrente, dizia que só a vontade
humana criava a sociedade, e que o homem o fazia por ser o único animal dotado de
inteligência. O homem vive em sociedade por lhe ser interessante, utiliza de sua
inteligência fazem a opção no sentido de abrir mão de parte de sua liberdade
em prol de sua segurança.
• Platão → Em A república → mencionou a organização social construída
racionalmente, fazia referência a uma estrutura social organizada, não por impulso,
não por ser um animal, mas visto a necessidade e conveniência dos seres humanos.
• Thomas Hobbes → O homem vivia naturalmente em um estado de natureza. Para
Hobbes o homem não é um ser bom por natureza, há necessidade de organizá-lo em
sociedade e criando-lhes limites para o convívio social.
• Leviatã → O homem é o lobo do homem. Hobbes tinha uma crença de que o homem
em seu estado de natureza eram egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os homens
e insaciáveis, condenando-se por isso mesmo a vida solitária, pobre e repulsiva,
animalesca e breve, daí a necessidade da criação de um instituto a fim de impor
limites ao homem.
• O contrato social era um instrumento que estabelecia as limitações do que o homem
poderia fazer, o que cada cidadão estava abrindo mão, e o que ele objetivava, era a
busca pelo bem comum. O bem comum antes da formação dos Estados na idade
média, passando pela era moderna até a idade contemporânea sofreu evoluções; no
inicio a preocupação básica era à proteção à caça, as mulheres, mais a frente na
história a preocupação passou pela propriedade privada, e por outras riquezas. O
bem comum na idade média (sociedade primitivas) representava a defesa física e dos
meios de subsistência.
O QUE É O ESTADO ?
O Estado deve possuir três elementos característicos para ser entendido como tal.
Dois elementos materiais e um elementos formal : 1. População, 2. Território e, 3.
Poder Político exercido dentro do território → soberania.
A finalidade como elemento característico do Estado → A busca pelo bem comum.
Alguns autores (Dalmo Dalari, Wilson Acioli) não consideram a finalidade como
elemento característico do Estado.
População → É o agrupamento de pessoas que pretendem viver num determinado
espaço, porquanto, num território. (ex.: o estado de Israel foi constituído pela ONU
quando o definiu um território para aquela população, que até então tinham uma
unidade definida apenas pela crença religiosa.)
A omissão do estado → O controle de regiões e determinadas áreas feita pelo
mundo do crime se dá pela omissão do estado, pela omissão de suas ações devidas.
Este controle feito por uma parcela da população não pode ser considerada como
sendo uma formação de um estado em razão da ausência do poder político →
soberania. Estes grupos não podem alterar nenhuma norma do sistema jurídico do
país.
O Brasil é uma república federativa onde todos os estados se unem para constituir
um estado maior, os estados membros e abrem mão de suas prerrogativas para
definir normas comuns a todos.
O comando vermelho é uma sociedade ? A Raça – Rubro Negra, Gaviões da Fiel, A
Máfia Italiana, o Comando Vermelho, ou outro grupamento social qualquer,
constituem uma sociedade, isto porque estes atendem as suas finalidades, atendem
aos interesses de seus associados, para as quais são criadas. Mas jamais
constituirão um estado soberano, pois, não possuem um poder político, não possuem
soberania, eles não podem alterar nenhuma norma jurídica vigente no País.
O Vaticano é o menor País do mundo. A questão do Estado não é definida por seu
tamanho, por sua extensão. O Vaticano possui apenas 42 Km², mas possui
soberania, autonomia plena dentro de seus 42 Km².
Território → É tudo aquilo que o Estado disser que a ele pertence.
C.P. → Extra - territorialidade → É de competência da justiça brasileira processar e
julgar todos os crimes em embarcação brasileira em qualquer parte do mundo.
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A soberania é a capacidade de uma pessoa ou um grupo de pessoas de impor suas
decisões a uma comunidade determinando seu cumprimento, fazer prevalecer sua
vontade, suas regras, suas normas, inclusive utilizando-se da força se preciso for.
Óbvio, em busca do bem comum é legitimado pela sociedade.
O Contrato Social, Rosseau → O povo transfere para o Estado a soberania para que
em seu nome possa exercê-la. Art. 1º da CFRB → A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos : I – a
soberania.(...). Parágrafo Único : Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
No Senado que visa a defesa dos interesses da Nação, dar o equilíbrio a União como
um todo, julgam as questões mais relevantes do País, cabe a ele julgar o Presidente
em crime de responsabilidade. Mas quem têm a soberania é o povo que a estes
delegou poderes.
Paralelo a teoria contratualista existem autores que afirmam : existem os Estados que
tiveram a formação derivada : um estado anterior que perde parte de seu território
para a formação de um novo Estado, ou ainda, colônias que se tornam
independentes da metrópole e formam uma nação. (ex.: continente africano, a
Bósnia, o Timor Leste). Outra forma de formação derivada é a fusão de um Estado
com outro, ex.: Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.
Processos atípicos, não usuais e absolutamente imprevisíveis. Assim, por exemplo,
depois de grandes guerras as potências vencedoras, visando assegurar o
enfraquecimento permanente dos países vencidos, ou procurando ampliar o seu
próprio território, procedem a uma alteração dos quadros políticos, não raro
promovendo a criação de novos Estados. Ex.: O Estado de Israel pela peculiaridades
próprias, tornando-se uma causa excepcional; toda área criada por força de uma
intervenção externa para se garantir a criação do Estado; A invasão do Kuwait, O
Estado do Vaticano. É um processo atípico.
O Estado Romano → o Estado Romano numa primeira fase era apresentado como
uma divindade, em outra fase com a institucionalização do Senado e o surgimento
dos pretores esta situação se modificou. Antes o soberano concentrava todos os
poderes, nesta fase afirmavam os Romanos :Todos os caminhos levam a Roma, com
esta visão de que o mundo inteiro ficaria sob o domínio Romano e que tudo se
converteria para Roma. Quando a população se rebela com a aristocracia, inicia-se
uma nova fase, constituindo-se o senado, que passou a ditar as leis e vigiar o
imperador e passou a ter a prerrogativa de escolher os pretores, que julgavam e
faziam a aplicação das leis.
• Cícero apresentava : República é coisa do povo, povo não é toda reunião de homens
congregados de qualquer maneira, mas sociedade formada sob a garantia das leis e
com o objetivo de utilidade comum que leva os homens a se reunirem não é tanto sua
debilidade como a necessidade imperiosa de sua associação.
• Quando o Estado Romano deixa de ser uma Aristocracia e passa a República, quem
elegia o governante era o Senado. Os senadores dentro do Estado era quem
efetivamente detinha os poderes.
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O Estado Medieval → O Estado medieval foi constituído a partir da era das trevas. Os
povos viviam em constantes conflitos, sejam por questões territoriais, econômicas ou
pela miséria que imperava nestas regiões. O Estado medieval foi constituído a partir
dos clãs ou feudos, esses governantes tinham o domínio das terras, tinham exércitos
e as pessoas iam aderindo, associando-se a estes.
• Neste período há uma fusão entre a Igreja com governantes. Foram feitos pactos
entre a Igreja e os Estados para dar legitimidade aos governos.
• Há vários casos em que os governantes eram destituídos do poder por conflitos com
a Igreja. Os que taxavam a igreja ou limitavam os poderes dos sacerdotes criavam
sérios problemas com a igreja.
• Cristianismo, representado pela igreja católica, também possuiam seus exércitos para
defenderem seus interesses, sempre associados aos governantes e quando haviam
conflitos se associavam a outro governantes para enfraquecer o que contra ela se
voltava.
• Todo o Estado Medieval era criado, organizado dentro das Monarquias absolutistas,
justamente para a justificativa desse poder divino. Em todas elas o poder da religião
era fortíssimo, se misturava ou se confundia com o próprio poder do Estado existente.
A visão que existia antes no Estado Romano (Teocracia e Democracia) foi
absolutamente esquecida e alterada pela visão da Monarquia Absolutista.
• A Monarquia absolutista da idade média não tinha que respeitar o princípio da
legalidade. Isto só veio a ser alterado no final da idade média quando se está
entrando na fase dos Estados Modernos. Foram raros os exemplos : Um dos
exemplos é o Estado dirigido por João sem Terra foi obrigado a assinar a Carta
Magna (carta de direitos) que posteriormente foi considerada historicamente como a
origem das constituições.
O Estado Moderno → É toda a análise que foram feitas dentro dos elementos
constitutivos do Estado : Território, População e Soberania. O Estado moderno tem
que estabelecer o princípio da legalidade. O Estado pode modificar todo o
ordenamento que se encontrava em vigor, contudo a partir da instituição desse novo
Estado tem que ser criado o ordenamento jurídico e tem que ser respeitado o
princípio de legalidade.
• Todo Estado moderno tem que ter : Povo, Território, Soberania e o princípio da
legalidade.
• Estado democrático de direito implica que um estado ainda que soberano tem que
cumprir regras ainda que contra ele próprio, é aquele em que o povo pode se insurgir
contra o próprio Estado. O Estado democrático de Direito vai mais além do que o
conceito de Estado, pode haver um Estado moderno recém constituído e que não
seja um Estado democrático de direito. Pode haver um estado moderno e autoritário.
Ex.: O estado Comunista constituído pela revolução Bolchevista era um estado
moderno, o estado Mulçumano, é de extrema direita, porém a distinção entre estes é
que jamais reconheceram os direitos humanos, a liberdade, ao direito de ir e vir, entre
outros.
• Cuba não permite que os cubanos saiam do país. Já a Alemanha unifica permite.
• Os países produtores de petróleo são países ricos, contudo, em regra, alguns não
são considerados como Estado Democrático de Direitos e alguns países pobres o
são. Ex.: Brasil, Chile, hoje são considerados Estado Democrático de Direitos.
• A figura do Estado Moderno será sempre analisada pelas duas vertentes :
Estado Formal e Estado Democrático de Direitos.
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A SOBERANIA
• A soberania é una → porque cada estado só pode ter uma única soberania, se ela
representa todo o poder político que é exercido em um território, não é admissível mais
de um poder político sobre o mesmo espaço físico, do contrário haverá um fracionamento
do Poder Político. Ex.: O conflito que existe na Palestina, faixa de Gaza, Cisjordânia e o
Estado de Israel, é um exemplo de fracionamento da soberania.
• A Soberania é indivisível → porque apesar de existir somente um poder político
naquele espaço físico, não é possível a divisão do mesmo poder entre os povos, entre as
etnias ou regiões, porém, é possível que haja uma divisão dentro de sua graduação,
dentro do que o poder político definir, ele pode criar esferas, o estado pode ser unitário, o
estado pode ser uma federação, ele pode municípios, regiões, a soberania pode dividir o
poder que o estado detêm. Como por exemplo : O Estado Brasileiro detêm soberania
sobre todo o território brasileiro, porém a própria união indissolúvel dos estados
federados definiu que o Estado Brasileiro pode ser dividido em Estados – Membros. E
através da Constituição o poder soberano definiu o que cada estado e município poderá
fazer, sobre o que poderá legislar. A soberania é indivisível em relação ao todo que
existe, ao território, a sua área de abrangência, ela pode dividir apenas a esfera de
atuação. A Constituição Federal prevê que o Estado Brasileiro é obrigado a coibir todo e
qualquer movimento separatista. Os Estados – membros e os municípios possuem
competência, atribuições, eles possuem autonomia administrativa, não soberania.
→ Regra de Ouro : Direito Tributário → Aquele que tem o direito de cobrar o tributo é
quem pode legislar sobre ele.
→ Legislação Concorrente → Matérias em que todos os entes federados tem o direito de
legislar.
→ A Constituição Federal define competência, as atribuições, a autonomia dos estados
– membros e municípios, portanto, quando o Estado cria sua divisão administrativa não
estabelece a divisão de soberania.
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somente no exercício da soberania de algum outro Estado legalmente constituído. Um
País não pode pretender estender sua soberania sobre um Estado.
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Kelsen afirmava que o Estado é a personificação da ordem jurídica. O Estado possui
personalidade jurídica, ele é quem diz o que deve ser a ordem jurídica, e ordem essa que
ele próprio tem que se submeter.
Teoria Ficcionista : A personalidade jurídica do Estado é fruto de uma convenção,
de um artifício e só se justifica por motivo de conveniência.
Teoria Realista : Se opõe a ficcionista. A personalidade jurídica não é mera ficção,
ele é muito mais amplo que isso (...)
ESTADO – NAÇÃO
→ (...)
→ (...)
→ O Prof. Manoel G.F.Filho, diz que todo Estado faz de alguma forma uma
descentralização do Poder, uma descentralização administrativa. Existem Estados que
possuem uma divisão administrativa, política, onde a população possui maior acesso aos
governantes do que em outros.
→ A descentralização do governo se explica na tentativa de se aumentar a eficiência do
Estado. Como p.ex. o Brasil, não se pode imaginar um Estado como o Brasileiro, por sua
extensão, sem uma descentralização capaz de dividir responsabilidades e aumentar a
eficiência.
→O Prof. Manoel G.F.Filho vai mais além, afirma que a descentralização é também
uma forma de limitação do poder, é geradora de um sistema de freios e contra pesos
propício a liberdade com o objetivo de diminuir a probabilidade de opressão e buscar
aproximar governantes dos governados. A descentralização não está em tese vinculada a
nenhuma forma constitucional determinada; Wilson Accioli afirma que pode haver
Monarquia descentralizada como pode haver uma república centralizada; no entanto, não
se pode negar que um Estado ditatorial seja sempre centralizador. O absolutismo exclui
por motivos idênticos a separação dos poderes por ser uma barreira que não se admite
ser ultrapassada. Tod Estado ditatorial possui como característica fundamental a
centralização dos poderes, o domínio completo sobre todas as ações governamentais;
isso não significa que todo País democrático possua uma estrutura descentralizada. Ex.:
A Suiça é um país que possui uma estrutura centralizada mas considerada um Estado
Democrático de Direito.
2. União Real → Quando se fala em união real, refere-se aos fundamentos do direito
real, onde dois estados por opção própria chegam a um entendimento que devam Ter um
único governante. Ex.: O Estado da Inglaterra e o Estado da Austrália num determinado
momento da história optaram por essa forma. Geralmente passam por essa discussão as
questões econômicas e bélicas. A garantia de manutenção do espaço físico e de
condições econômicas favoráveis. Quando se tem essa união real ela se dá somente
com algum objetivo sendo necessário um ato jurídico qualquer, um tratado, um pacto,
onde os dois estados apresentem a sua vontade e aceitem a se submeter a decisões
daqueles novos governantes. Esse ato jurídico pode existir também de maneira indireta,
onde cada estado altera a sua constituição a fim de determinar que se submeterá àquela
vontade especificada. Ex.: Suécia e Noruega que ocorreu entre 1815/1905, a Áustria e a
Hungria entre 1867/1918, Dinamarca e Islândia entre 1918/1944.
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3. União Incorporada → A união incorporada é quando se tem dois ou mais estados que
se reúnem em um só extinguindo-se os outros. Estados soberanos que vão se reunir
para se formar um novo estado. Também é uma forma de formação derivada de Estado.
→ O Prof. Wilson Accioli entende que o exemplo atual e de maior relevância seria o da
Inglaterra, Escócia e Irlanda, que esses estados se incorporaram e formaram o Reino
Unido, porém há os que contestam tal versão. Um exemplo de união incorporada é o da
Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, onde as constituições foram alteradas para
possibilitarem esta reunificação.
→ O prof. Wilson Accioli diz que os Estados Confederados são em regra transitórios
porque mais cedo ou mais tarde algum estado vai Ter uma preponderância sobre os
outros que não mais vai respeitar aquela soberania ou os estados por livre e espontânea
vontade vão aderir a uma forma federativa ou se desinteressar pela manutenção desse
sistema. Ex.: A confederação implantada nas Américas em 1778 a 1787, as treze
colônias inglesas, que se declararam independentes e que posteriormente se reuniram
numa confederação. Confederação Elvética que persistiu até 1848 (Na Suiça os Cantões
que se reuniram), e a confederação germânica formada pelo ato de Vienna de 1815 que
durou até 1866, posteriormente esses países com exceção da Suiça se tornaram uma
federação.
→ quando se fala em estudo das formas de governo, fala-se dos órgãos do governo
através da sua estrutura fundamental e a maneira como o poder é tratado dentro de cada
estado. As formas de Monarquia e República são chamadas de formas clássicas de se
definir um governo, e a doutrina apresenta como forma anormal as ditaduras, os
governos totalitários. Dentro desse ponto, cabe falarmos de formas de estados que no
passado diferiam das formas clássicas atuais :
→ Maquiavel apresentava que o governo era feito em círculos; iniciava com um estado
anárquico, que convertia-se em monarquia eletiva, depois numa monarquia hereditária
que com o excessivo poder dado ao Rei transformava-se em uma tirania, que por fim,
com a reação da população era conduzida a uma aristocracia, que fazia surgir uma
oligarquia, e mais uma vez com a reação popular, levava a democracia, e que esta se
degenerava retornando ao estado anárquico. E assim entendia Maquiavel que as formas
de governo eram cíclicas, passavam por etapas.
→ Montesquieu, já defendia desde quando escreveu o Espírito das Leis, que as formas
de governo eram a Monarquia e a República.
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diretamente ou indiretamente. Diretamente quando vota ou participa de um plebiscito ou
referendum, e indiretamente através de seus representantes legítimos.
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partido único não permite a discussão das questões fundamentais, porque estas
questões são definidas pelo Estado, cabendo ao partido as questões secundárias.
→ O sistema bi-partidário, não significa que não existam mais partidos, contudo, é o
sistema em que normalmente, apenas dois partidos disputam as eleições e formam a
maior base nos parlamentos, estes partidos são os que reúnem mais condições nas
disputas eleitorais. Em alguns casos existem imposições do governo criando apenas dois
partidos; um do governo e outro de oposição, p.ex., o Brasil no regime militar, existia
apenas a Arena e o MDB. Esse sistema, em regra, é antidemocrático. Nos países
democráticos não existem limitações para a criação de partidos.
→ O sistema pluripartidário, não há impedimentos ou limitações a criação de partidos,
podem até mesmo existir regras que dificultem, mas a criação é livre, atendendo-se a
estas regras pré – estabelecidas.
O sistema representativo é o sistema que melhor podem tratar das políticas públicas
e os partidos políticos são órgãos que definem estas políticas públicas.
→ O sistema presidencialista foi criado para apesar de se personificar o poder, criar uma
limitação de quem o exerce, um presidente só pode fazer o que o legislativo autoriza e é
fiscalizado pelo legislativo e judiciário, e pode sofrer um impeachement, sendo este o
sistema de freios e contra – pesos.
→ O Presidente da República é auxiliado pelos ministros de estado nomeados por ele.
No sistema presidencialista pode existir um presidente com minoria no congresso. O
substituto do Presidente da República é o Vice – Presidente, normalmente eleito na
mesma chapa e só exerce atribuição que o presidente delega.
→ No sistema brasileiro, no art. 80 da CF, existe a seguinte ordem sucessória em caso
de morte, renúncia ou impeachement, e ficando vago o cargo, assume o vice –
presidente, ficando vago assume o presidente da câmara dos deputados, após, o
presidente do senado e por fim, o presidente do supremo tribunal federal.
→ O art. 81 define o caso em que os cargos de presidente e vice – presidente ficam
vagos, e depois de aberta a última vaga, deverá haver então, eleições em 90 dias depois
de aberta a última vaga. Ocorrendo vacância nos 2 últimos anos do período presidencial
a eleição presidencial deverá ser realizada em 30 dias depois de aberta a última vaga, e
em qualquer dos casos os eleitos completarão o período de seus antecessores.
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→ No Presidencialismo os representantes tem mandato e são eleitos por via direta ou
indireta.
→ O Presidente tem o poder de vetar normas emanadas do congresso. Se o chefe do
executivo veta uma lei ou um artigo da uma lei, poderá o legislativo derrubar o veto por
um quorum qualificado e aí o legislativo promulga a lei.
→ O Congresso pode julgar o Presidente e os Ministros por crimes de responsabilidade.
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