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TEORIA GERAL DO ESTADO

BIBLIOGRAFIA :
→ DALARI, Dalmo. Elementos da Teoria Geraldo do Estado. São Paulo : Editora
Saraiva.
→ ACCIOLI, Wilson. Teoria Geral do Estado. São Paulo : Editora Forense.
→ 1. O Príncipe, Maquiavel.
→ 2. O Contrato Social, Jean J. Rosseau
→ 3. O Espírito das Leis, Montesquieu.

 A Teoria Geral do Estado integra a chamada ciência política.


 O estudo da formação do Estado sob uma visão política e jurídica.
 Ciência Política não é ciência partidária, entende-se por ciência política como sendo a
arte de administrar o estado ou a coisa pública.
 Em que situação político e jurídico se enquadra o estado Brasileiro ?

• O Estado é necessariamente um fenômeno jurídico que gera uma série de


repercussões para todos os cidadãos e também para outros estados independentes.
• A Teoria Geral do Estado visa explicar como surgiu o Estado. O Estado é uma
limitação de poderes. Os indivíduos abriram mão de uma parte de sua liberdade
plena para se submeterem a um poder maior em função do interesse coletivo, em
função de um benefício. O Contrato Social : A comunidade se reuniu, fez um pacto,
para que um grupo de pessoas administrando o estado tomasse conta de todos os
direitos individuais e por isso cada indivíduo abriu mão de sua liberdade individual.
• Quando o homem começa a vida em sociedade há interesse de se agrupar para que
se estabeleça regras de convivência.

 Qual o objetivo principal do estudo da teoria Geral do Estado ? → Preparar o aluno


para a compreensão da constituição do estado, em relação aos fundamentos da
ciência política. Além disso, o que é o direito propriamente dito ? → É preparar o aluno
para o direito como um todo e para o entendimento da sociedade e sua formação.
Teoria Geral do Estado é requisito fundamental para a Introdução ao estudo de
Direito Constitucional. O Direito Constitucional é o fundamento de todo o Direito que
emana por diversos ramos.
 Para se interpretar o Direito é necessário o conhecimento dos princípios básicos e
gerais do Direito. Todas as interpretações devem buscar os fundamentos contidos na
Constituição que é a Lei maior, sempre será a norma maior de um Estado soberano.
 Todo Estado soberano possui um ordenamento jurídico independente. A Constituição
atual traz limitações ao poder do Estado. Ex.: No caso de desapropriação por parte
do Estado, esta só se dará mediante justa e prévia indenização pelo prejuízo
causado. No art. 150 da CF, limitações no poder de tributar.
→ O Estado democrático de direito traz nos seus direitos e garantias fundamentais
do cidadão as limitações do próprio estado.
→ Uma das formas de se verificar se o Estado é democrático é a forma com que o
estado respeita os direitos e as garantias individuais contidos em sua constituição.
→ Todo Estado possui problemas sociais. Uma das obrigações do Estado atual é a
erradicação da pobreza, é um dos princípios básicos da constituição.
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→ Tribunal de Haia → Objetiva ter uma atuação acima de todas as jurisdição de cada
estado, a fim de fazer valer os direitos fundamentais da humanidade. Julga os crimes
contra a humanidade.

→ Existe o princípio básico que todo direito de uma pessoa termina onde começa o de
outro e esse conceito foi fundamental para a criação do Estado, mesmo na chamada
sociedade natural. A sociedade natural foi defendida por Aristóteles (Séc IV a.C) : O
homem é naturalmente um animal político. E para ele somente o homem de natureza
vil (loucos) ou eremitas é que não viviam em sociedade.
→ Todo homem vive naturalmente em sociedade, é este o fundamento precípuo da
sociedade natural.
→ Cícero que seguia a escola de Aristóteles, no início da era cristã, dizia que a espécie
humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição
de, mesmo com a abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum.
• San Tomás de Aquino → Repetia exatamente estas posições, além das idéias de
Aristóteles ele acrescentou, o ser extremamente virtuoso (o gênio), o santo eremita e
ainda a hipótese do náufrago ou do homem que se perdesse numa floresta. Para
esses autores o homem era forçado a viver em sociedade, era uma imposição
da natureza. O homem é forçado a viver em sociedade por imposição natural.
• Diferente da corrente da sociedade natural, outra corrente, dizia que só a vontade
humana criava a sociedade, e que o homem o fazia por ser o único animal dotado de
inteligência. O homem vive em sociedade por lhe ser interessante, utiliza de sua
inteligência fazem a opção no sentido de abrir mão de parte de sua liberdade
em prol de sua segurança.
• Platão → Em A república → mencionou a organização social construída
racionalmente, fazia referência a uma estrutura social organizada, não por impulso,
não por ser um animal, mas visto a necessidade e conveniência dos seres humanos.
• Thomas Hobbes → O homem vivia naturalmente em um estado de natureza. Para
Hobbes o homem não é um ser bom por natureza, há necessidade de organizá-lo em
sociedade e criando-lhes limites para o convívio social.
• Leviatã → O homem é o lobo do homem. Hobbes tinha uma crença de que o homem
em seu estado de natureza eram egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os homens
e insaciáveis, condenando-se por isso mesmo a vida solitária, pobre e repulsiva,
animalesca e breve, daí a necessidade da criação de um instituto a fim de impor
limites ao homem.
• O contrato social era um instrumento que estabelecia as limitações do que o homem
poderia fazer, o que cada cidadão estava abrindo mão, e o que ele objetivava, era a
busca pelo bem comum. O bem comum antes da formação dos Estados na idade
média, passando pela era moderna até a idade contemporânea sofreu evoluções; no
inicio a preocupação básica era à proteção à caça, as mulheres, mais a frente na
história a preocupação passou pela propriedade privada, e por outras riquezas. O
bem comum na idade média (sociedade primitivas) representava a defesa física e dos
meios de subsistência.

→ Bem Comum → Papa João XXIII : Consiste no conjunto de todas as condições da


vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade
humana.
→ Todos esses autores que estabeleceu o contrato social que o homem deveria se
associar pelo impulso pela sua inteligência e necessidade o homem deveria o fazer até
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mesmo pela guerra se preciso fosse. Para fazer valer os interesses do grupo social,
concebia-se a dominação pela guerra.
→A defesa do bem comum passava necessariamente pela busca da paz e da
justiça social. Na era primitiva já se buscava este princípio básico da finalidade do
Direito. A criação da sociedade em alguns momentos conflita com a criação e a
institucionalização do Direito.
→ Nos dias de hoje existem ainda sociedades que tratam as mulheres como mercadoria.
(ex.: sociedade islâmica).
→ Na sociedade Romana os escravos eram tratados como mercadorias, o pátrio poder,
os filhos eram considerados mercadorias.
→ Quando se fala, portanto, em sociedade e estado, diz-se da busca pela bem comum,
com a finalidade de assegurar a paz social, ou seja, assegurar a propriedade privada ou
coletiva.
→ Os anarquistas apregoavam que o estado existe somente para punir e limitar
direitos. Para estes não haveria necessidade de um órgão repressor de direitos (estado)
e que a própria evolução da sociedade atingiria um nível tal que todos saberiam se
comportar de tal maneira que na defesa do bem comum não justificando, portanto, um
órgão opressor de seu próprios direitos e prerrogativas. Existe aí um conceito
contraditório, se os anarquistas afirmavam que cada indivíduo trabalhasse conseguiria
manter sua vida sem a necessidade do estado, mas aí a dúvida : trabalhar como ? quem
ditaria as regras de trabalho ? O anarquismo apregoavam a negação total do Estado,
mesmo por meio de guerra, movimentos revolucionários ou até mesmo terrorista.
→ A defesa do bem social passa pela defesa da propriedade, seja privada ou coletiva, a
garantia a vida, e aos bens mínimos e aos bens familiares, e as garantias mínimas de
existência.
→ A sociedade quando concebida para esse fim, previa, como Thomas Hobbes, que a
mesma deveria escolher, um grande gestor, representantes para administrar esses
anseios, essas necessidades de toda população, implementando através da força se
preciso fosse a vontade geral. Thomas Hobbes defendeu o Estado Absolutista.
→ Montesquieu analisando de forma cientifica e criteriosa, publicou o Espírito das Leis,
que objetivava a criação de um órgão responsável por fazer as leis, um órgão
responsável por julgar os conflitos e um para fazer cumprir as leis.
→ Esse trabalho de Montesquieu também é fruto dessa concepção da necessidade de a
sociedade se organizar em busca do bem comum, porém, limitando o poder do monarca.
→ Durante muito tempo o Estado se confundia com a Igreja, a Igreja ditava regras,
impulsionou durante muitos anos a forma como se dava a escolha e a manutenção no
poder dos governantes.
→A sociedade : Segundo, Dalari, para que um agrupamento humano seja
compreendido como sociedade, ele entende que seja necessário três características
básicas : 1. A finalidade, denominada como valor social, 2. Manifestação dos
Conjuntos Ordenáveis → Normas Jurídicas e Sociais que limitam os direitos e
prerrogativas dos indivíduos, e por fim, 3. Poder Social.
→A finalidade social é traduzida como o bem comum. Conceituando-se, tal como, o
Papa João XXIII : O bem comum consiste em um conjunto de todas as condições de vida
social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana.
→ Poder Social : Sempre tem que ser considerado a bilateralidade, a vontade de um
contraposta a vontade de outra.
→ Poder → O que é o Poder ? É a condição de impor, a capacidade de persuação. Na
idade média o poder era divino; quem detinha o poder ou coincidia com a divindade ou
era representante dos deuses.
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→ Os poderes são divididos em 3 grandes ramos : 1. O poder tradicional normalmente
admitido nas monarquias, absolutismo → divindade, não possui limitação. 2. O poder
carismático → é o poder inerente a uma pessoa que consegue com seus discurso
arrebatar adeptos. É o carisma que tem a pessoa em conseguir certo número de adeptos.
Líderes autênticos. Importante observar que pode existir líderes carismáticos que
contrariam a própria norma, o poder constituído. Líder carismático pode agir
favoravelmente ou contrário ao poder vigente, o líder carismático não precisa
necessariamente ser legalista. 3. Todos os que chegam ao poder por meio das normas
pré – existentes. Ex.: vereadores, prefeitos, governadores, etc. → Poder legal → Poder
Racional → Esta pessoa não é necessariamente carismática, muitas das vezes estas
pessoas podem ser escolhidas por exclusão.
→ Todo Poder é legítimo quando é permitido. Mesmo por um processo
revolucionário, a tomada de poder tem que necessariamente obter o apoio da
sociedade. Ex.: Golpe Militar → Cassação de diversos parlamentares em 68 → Emenda
Constitucional nº 1 → Não havia respaldo técnico, mas houve o respaldo da população.

 O QUE É O ESTADO ?

 O Estado deve possuir três elementos característicos para ser entendido como tal.
Dois elementos materiais e um elementos formal : 1. População, 2. Território e, 3.
Poder Político exercido dentro do território → soberania.
 A finalidade como elemento característico do Estado → A busca pelo bem comum.
Alguns autores (Dalmo Dalari, Wilson Acioli) não consideram a finalidade como
elemento característico do Estado.
 População → É o agrupamento de pessoas que pretendem viver num determinado
espaço, porquanto, num território. (ex.: o estado de Israel foi constituído pela ONU
quando o definiu um território para aquela população, que até então tinham uma
unidade definida apenas pela crença religiosa.)
 A omissão do estado → O controle de regiões e determinadas áreas feita pelo
mundo do crime se dá pela omissão do estado, pela omissão de suas ações devidas.
Este controle feito por uma parcela da população não pode ser considerada como
sendo uma formação de um estado em razão da ausência do poder político →
soberania. Estes grupos não podem alterar nenhuma norma do sistema jurídico do
país.
 O Brasil é uma república federativa onde todos os estados se unem para constituir
um estado maior, os estados membros e abrem mão de suas prerrogativas para
definir normas comuns a todos.
 O comando vermelho é uma sociedade ? A Raça – Rubro Negra, Gaviões da Fiel, A
Máfia Italiana, o Comando Vermelho, ou outro grupamento social qualquer,
constituem uma sociedade, isto porque estes atendem as suas finalidades, atendem
aos interesses de seus associados, para as quais são criadas. Mas jamais
constituirão um estado soberano, pois, não possuem um poder político, não possuem
soberania, eles não podem alterar nenhuma norma jurídica vigente no País.
 O Vaticano é o menor País do mundo. A questão do Estado não é definida por seu
tamanho, por sua extensão. O Vaticano possui apenas 42 Km², mas possui
soberania, autonomia plena dentro de seus 42 Km².
 Território → É tudo aquilo que o Estado disser que a ele pertence.
 C.P. → Extra - territorialidade → É de competência da justiça brasileira processar e
julgar todos os crimes em embarcação brasileira em qualquer parte do mundo.

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 A soberania é a capacidade de uma pessoa ou um grupo de pessoas de impor suas
decisões a uma comunidade determinando seu cumprimento, fazer prevalecer sua
vontade, suas regras, suas normas, inclusive utilizando-se da força se preciso for.
Óbvio, em busca do bem comum é legitimado pela sociedade.
 O Contrato Social, Rosseau → O povo transfere para o Estado a soberania para que
em seu nome possa exercê-la. Art. 1º da CFRB → A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos : I – a
soberania.(...). Parágrafo Único : Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 No Senado que visa a defesa dos interesses da Nação, dar o equilíbrio a União como
um todo, julgam as questões mais relevantes do País, cabe a ele julgar o Presidente
em crime de responsabilidade. Mas quem têm a soberania é o povo que a estes
delegou poderes.

ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO

→ A denominação Estado, significando situação permanente de convivência e ligada à


sociedade, surgiu com Maquiavel, em O Príncipe.
→ Quanto a origem do Estado segundo o professor Dalmo Dalari, o nome Estado só
pode ser aplicado com propriedade à sociedade política dotada de certas características.
→ Contratualismo → O estado surge a partir do Contrato Social. 1. Familiar, 2. Atos de
força e 3. Motivos Econômicos.
→ 1. Familiar → cada núcleo familiar gerou um estado, cada família primitiva se ampliou
e deu origem a um Estado.
→ 2. Atos de força, violência ou de conquista → um grupo mais forte domina o outro,
um Estado quando se apropria de outro. O Estado nasce dessa conjunção de dominantes
e dominados.
→ 3. Causas Econômicas → O Estado teria sido formado para se aproveitarem os
benefícios da divisão do trabalho, integrando-se as diferentes atividades profissionais,
caracterizando-se assim, o motivo econômico. Um Estado nasce das necessidades dos
homens, ninguém basta a si mesmo, mas todos nós precisamos de muitas coisas

 Paralelo a teoria contratualista existem autores que afirmam : existem os Estados que
tiveram a formação derivada : um estado anterior que perde parte de seu território
para a formação de um novo Estado, ou ainda, colônias que se tornam
independentes da metrópole e formam uma nação. (ex.: continente africano, a
Bósnia, o Timor Leste). Outra forma de formação derivada é a fusão de um Estado
com outro, ex.: Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.
 Processos atípicos, não usuais e absolutamente imprevisíveis. Assim, por exemplo,
depois de grandes guerras as potências vencedoras, visando assegurar o
enfraquecimento permanente dos países vencidos, ou procurando ampliar o seu
próprio território, procedem a uma alteração dos quadros políticos, não raro
promovendo a criação de novos Estados. Ex.: O Estado de Israel pela peculiaridades
próprias, tornando-se uma causa excepcional; toda área criada por força de uma
intervenção externa para se garantir a criação do Estado; A invasão do Kuwait, O
Estado do Vaticano. É um processo atípico.

• Acioly : 1. Estado Oriental; 2. Estado Hebreu; 3. Estado


• Dalari : Estado Antigo e Estado....
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{ Estado Oriental → Egito, Índia, Pérsia, China e o Estado Hebreu, todos estes
baseavam-se numa autocracia (governo exercido por uma só pessoa de forma absoluta),
todos com cunho religioso muito forte (a figura do soberano ou era uma escolha divina ou
era um representante da própria divindade), também foram chamados de Estados
teocráticos, tal era a influência religiosa dos sacerdotes sobre a decisão de quem iria
governar, e o Estado como era governado por uma só pessoa não haviam subdivisões de
poder.
{ Estado Grego → Formado por questões geográficas, principalmente Atenas e
Esparta. Nestas cidades a questão principal era a defesa e a segurança. Criados
baseadas na auto suficiência de seus povos, acreditavam que dentro dos burgos seria
suficiente para se constituírem e se manterem . É muito comum a associação da Grécia
antiga com a democracia, esta afirmativa valia para os que eram considerados cidadãos
gregos e que tinham direitos assegurados por reuniões do povo para decidirem os
problemas da cidade em assembléias.
{ Nestes Estados Gregos tiveram a mesma evolução política, ou seja, iniciaram como
Monarquia, passaram para a Oligarquia, Tirania e no final Democracia. Para o Prof.
Robert Dalll, em Análises Políticas Moderna, afirma que os estados historicamente
passam por esse processo: Absolutismo, Oligarquia, Tirania (Ditadura) e por fim, como
revolta a todo ato de tirania, se chegaria a Democracia. O prof. Wilson Acioli afirma
taxativamente que Esparta e Atenas tiveram essa mesma seqüência na sua forma de
governo.

→ Dentro da estrutura do poder estabelecida, havia o soberano que exercia o poder


executivo, o soberano tinha o poder de julgar alguns casos, porém, os casos mais
relevantes eram decididos na Assembléia, que ora faziam o papel executivo, ora o
legislativo e ora Poder Judiciário.

 Estado Romano → Foram fundamentais na história da humanidade, não no aspecto


político, mas no aspecto jurídico, a legislação Romana foi reproduzida e espalhada
para todo o ocidente. Ex.: grande parte do Código Civil Brasileiro teve influência da
legislação Romana. O direito Alemão, ou Germânico também possui muita influência
do Direito Romano.

 O Estado Romano → o Estado Romano numa primeira fase era apresentado como
uma divindade, em outra fase com a institucionalização do Senado e o surgimento
dos pretores esta situação se modificou. Antes o soberano concentrava todos os
poderes, nesta fase afirmavam os Romanos :Todos os caminhos levam a Roma, com
esta visão de que o mundo inteiro ficaria sob o domínio Romano e que tudo se
converteria para Roma. Quando a população se rebela com a aristocracia, inicia-se
uma nova fase, constituindo-se o senado, que passou a ditar as leis e vigiar o
imperador e passou a ter a prerrogativa de escolher os pretores, que julgavam e
faziam a aplicação das leis.
• Cícero apresentava : República é coisa do povo, povo não é toda reunião de homens
congregados de qualquer maneira, mas sociedade formada sob a garantia das leis e
com o objetivo de utilidade comum que leva os homens a se reunirem não é tanto sua
debilidade como a necessidade imperiosa de sua associação.
• Quando o Estado Romano deixa de ser uma Aristocracia e passa a República, quem
elegia o governante era o Senado. Os senadores dentro do Estado era quem
efetivamente detinha os poderes.

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 O Estado Medieval → O Estado medieval foi constituído a partir da era das trevas. Os
povos viviam em constantes conflitos, sejam por questões territoriais, econômicas ou
pela miséria que imperava nestas regiões. O Estado medieval foi constituído a partir
dos clãs ou feudos, esses governantes tinham o domínio das terras, tinham exércitos
e as pessoas iam aderindo, associando-se a estes.
• Neste período há uma fusão entre a Igreja com governantes. Foram feitos pactos
entre a Igreja e os Estados para dar legitimidade aos governos.
• Há vários casos em que os governantes eram destituídos do poder por conflitos com
a Igreja. Os que taxavam a igreja ou limitavam os poderes dos sacerdotes criavam
sérios problemas com a igreja.
• Cristianismo, representado pela igreja católica, também possuiam seus exércitos para
defenderem seus interesses, sempre associados aos governantes e quando haviam
conflitos se associavam a outro governantes para enfraquecer o que contra ela se
voltava.
• Todo o Estado Medieval era criado, organizado dentro das Monarquias absolutistas,
justamente para a justificativa desse poder divino. Em todas elas o poder da religião
era fortíssimo, se misturava ou se confundia com o próprio poder do Estado existente.
A visão que existia antes no Estado Romano (Teocracia e Democracia) foi
absolutamente esquecida e alterada pela visão da Monarquia Absolutista.
• A Monarquia absolutista da idade média não tinha que respeitar o princípio da
legalidade. Isto só veio a ser alterado no final da idade média quando se está
entrando na fase dos Estados Modernos. Foram raros os exemplos : Um dos
exemplos é o Estado dirigido por João sem Terra foi obrigado a assinar a Carta
Magna (carta de direitos) que posteriormente foi considerada historicamente como a
origem das constituições.

 O Estado Moderno → É toda a análise que foram feitas dentro dos elementos
constitutivos do Estado : Território, População e Soberania. O Estado moderno tem
que estabelecer o princípio da legalidade. O Estado pode modificar todo o
ordenamento que se encontrava em vigor, contudo a partir da instituição desse novo
Estado tem que ser criado o ordenamento jurídico e tem que ser respeitado o
princípio de legalidade.
• Todo Estado moderno tem que ter : Povo, Território, Soberania e o princípio da
legalidade.
• Estado democrático de direito implica que um estado ainda que soberano tem que
cumprir regras ainda que contra ele próprio, é aquele em que o povo pode se insurgir
contra o próprio Estado. O Estado democrático de Direito vai mais além do que o
conceito de Estado, pode haver um Estado moderno recém constituído e que não
seja um Estado democrático de direito. Pode haver um estado moderno e autoritário.
Ex.: O estado Comunista constituído pela revolução Bolchevista era um estado
moderno, o estado Mulçumano, é de extrema direita, porém a distinção entre estes é
que jamais reconheceram os direitos humanos, a liberdade, ao direito de ir e vir, entre
outros.
• Cuba não permite que os cubanos saiam do país. Já a Alemanha unifica permite.
• Os países produtores de petróleo são países ricos, contudo, em regra, alguns não
são considerados como Estado Democrático de Direitos e alguns países pobres o
são. Ex.: Brasil, Chile, hoje são considerados Estado Democrático de Direitos.
• A figura do Estado Moderno será sempre analisada pelas duas vertentes :
Estado Formal e Estado Democrático de Direitos.

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A SOBERANIA

→ A Soberania é una, indivisível, inalienável e imprescritível.

• A soberania é una → porque cada estado só pode ter uma única soberania, se ela
representa todo o poder político que é exercido em um território, não é admissível mais
de um poder político sobre o mesmo espaço físico, do contrário haverá um fracionamento
do Poder Político. Ex.: O conflito que existe na Palestina, faixa de Gaza, Cisjordânia e o
Estado de Israel, é um exemplo de fracionamento da soberania.
• A Soberania é indivisível → porque apesar de existir somente um poder político
naquele espaço físico, não é possível a divisão do mesmo poder entre os povos, entre as
etnias ou regiões, porém, é possível que haja uma divisão dentro de sua graduação,
dentro do que o poder político definir, ele pode criar esferas, o estado pode ser unitário, o
estado pode ser uma federação, ele pode municípios, regiões, a soberania pode dividir o
poder que o estado detêm. Como por exemplo : O Estado Brasileiro detêm soberania
sobre todo o território brasileiro, porém a própria união indissolúvel dos estados
federados definiu que o Estado Brasileiro pode ser dividido em Estados – Membros. E
através da Constituição o poder soberano definiu o que cada estado e município poderá
fazer, sobre o que poderá legislar. A soberania é indivisível em relação ao todo que
existe, ao território, a sua área de abrangência, ela pode dividir apenas a esfera de
atuação. A Constituição Federal prevê que o Estado Brasileiro é obrigado a coibir todo e
qualquer movimento separatista. Os Estados – membros e os municípios possuem
competência, atribuições, eles possuem autonomia administrativa, não soberania.

→ Regra de Ouro : Direito Tributário → Aquele que tem o direito de cobrar o tributo é
quem pode legislar sobre ele.
→ Legislação Concorrente → Matérias em que todos os entes federados tem o direito de
legislar.
→ A Constituição Federal define competência, as atribuições, a autonomia dos estados
– membros e municípios, portanto, quando o Estado cria sua divisão administrativa não
estabelece a divisão de soberania.

• A Soberania é inalienável → todo aquele que de alguma forma deixar de ter a


soberania deixará de ter o seu estado soberano, ou seja, não existirá mais o poder sob
aquele determinado território. Exemplo : O EUA e o Paquistão. Um País pode autorizar
manobras de guerra em seu Estado. O EUA quer utilizar-se do espaço aéreo do
Paquistão em caso de guerra com o Afeganistão. O Paquistão ao autorizar o EUA a
utilizar o seu território ele não estará alienando o seu território estará apenas fazendo
uma concessão. O Brasil, pode autorizar manobras de guerra dentro de seu território,
pode estabelecer alguma regra do Estado Brasileiro por um outro Estado. Negócio
Jurídico entre os Estados não ferem a Soberania, empresas multinacionais são
instaladas em nosso País, bem como, empresas brasileiras são instaladas em outros
países sem que com isso venha a ferir a soberania dos mesmos.
• A Soberania é imprescritível → Se prescrição caracteriza-se pela perda de um
exercício de direito em conseqüência da perda de um decurso de prazo, ou lapso
temporal, pode-se concluir que, quando se diz que a soberania é imprescritível ela não
estará sujeita a nenhum prazo, ou se reconhece a soberania do Estado até que ele venha
perde-la por fatores outros, mas não se admite uma soberania temporária, uma soberania
condicional, ela não está sujeita a normas ou condições. A soberania sofre limitações

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somente no exercício da soberania de algum outro Estado legalmente constituído. Um
País não pode pretender estender sua soberania sobre um Estado.

 Alguns autores acrescentam a estas, a característica de ser a soberania um poder


originário, que ele nasce com o próprio Estado e seria um atributo inseparável deste.
Mas, em que momento nasce o Estado ? Antes do Estado ser formado ele tem que ter
soberania sobre determinada área, sob esse aspecto, pode-se adotar que em regra o
poder é originário, mas nem sempre.
 Diz-se também ser a soberania exclusiva porque só o Estado a possui. Não é muito
aplicável, pois, a soberania é do Estado ou do Povo ? Como é difícil de se definir como
regra para todos os Estados, não se pode apresentar como regra para todos. Na
Constituição Brasileira diz que a soberania é do povo, mas existem os Estados que
entendem que a soberania não é do povo e sim do Estado.
 Outro que se apresenta é que a soberania é coativa, porque o estado exerce sua
vontade. Ora se soberania é o exercício do poder sobre determinado Estado, óbvio que
este fato será inerente ao Estado, fazer valer a vontade da maioria, fazer valer a vontade
do Estado.

 O QUE É O ESTADO → Existem diversas definições de Estado, conforme o Prof.


Dalmo de Abreu Dallari, Estado é a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem
comum de um povo situado em determinado território.

FINALIDADE E FUNÇÕES DO ESTADO

• Fins Objetivos do Estado → Estão ligados a concepção histórica e filosófica. Para


que serve o Estado no sentido filosófico ? Visa a defesa do bem comum e regular as
relações sociais em busca da paz, da segurança da sociedade.
• Fins Subjetivos do Estado → É uma divisão da sua análise a partir do
relacionamento do Estado com os indivíduos. É o fim que busca estabelecer regras do
Estado para com os indivíduos. Surgindo daí três grandes vertentes : Fins Expansivos,
Limitados e Relativos. Esta concepção de fins subjetivos está relacionado ao tamanho
do Estado que se pretende.

1. Fins Expansivos → Os que defendem um Estado com fins expansivos;


são os Estados fortes, totalitários, estatizantes. Geralmente os países
com características estatizantes. Ex.: O Brasil na época do governo
militar foi estatizantes. O governo chegou a possuir uma fábrica de
fósforo, fábricas de roupas íntimas. Em Cuba a fábrica de charutos
pertence ao governo. Os que defendem esta concepção defendem o
Estado com fins expansivos com as seguintes justificativas : primeira é
a questão utilitária, do atendimento ao interesse de toda população.
Embora não se possa considerar como verdadeiro tal afirmação, visto
que, uma empresa estatizada às vezes beneficia uma parcela da
população em prejuízo do interesse global. O Estado quando busca um
fim expansivo deve respeitar os direitos individuais, o interesse global;
ainda que o interesse público tenha de prevalecer, tenha de se
sobrepor ao interesse privado, contudo, esse interesse não pode
aniquilar o interesse privado. A Segunda é questão Ética, rejeitam o
utilitarismo e preconizam a absoluta supremacia dos fins éticos, é o
fundamento da idéia do Estado Ético. Dão ao Estado a condição de
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fonte moral, onipotente e onipresente, não tolerando qualquer
comportamento que não esteja rigorosamente de acordo com a moral
oficial.
2. Fins Limitados → São aqueles que vêem o Estado de uma maneira
muito reduzida. O Estado intervindo minimamente, um mero
espectador, um vigilante da ordem social. Que não haja intervenção do
Estado, como por exemplo, nas relações de trabalho, na economia.
Defendem que o Estado tem que intervir, quase que exclusivamente na
segurança interna e externa, daí derivando a expressão Estado –
Polícia.
3. Fins Relativos → É a posição intermediária. Nem o Estado tem que ser
expansivo, estatizante, e nem limitado, ou mero espectador. É o estado
contemporâneo. Os países europeus entendem o seu Estado com fins
relativos. Suas características principais são : um estado que assegure
a paz social e o bem comum através de ações sociais para minimizar
as desigualdades sociais, a miséria, para assegurar assistência social
e previdenciária, erradicação da pobreza, mas não intervindo de
maneira absoluta na economia do País.
→ O Prof. Dalmo de Abreu Dallari afirma que o Estado é fruto do meio
social, político, do momento histórico, do desenvolvimento econômico de
cada região. Não há como aplicarmos regras de um outro Estado, como
por exemplo no Estado Brasileiro, porque certamente não será aceito pela
sociedade. O Estado Americano não possui a figura da saúde universal
que no Brasil tratamos de SUS; não existe porque naquele País não há
esta necessidade. O povo Americano possui condições sócio –
econômicas diferentes das do Brasil.

ESTADO, PODER E DIREITO

 O Estado se confundia com o Monarca. O patrimônio do Estado se confundia com o


patrimônio do Rei, concepção essa, medieval. Já no Séc. XIX iniciou-se uma discussão
em que o Estado era diferente do momarca, chegando-se a idéia de que o Estado era
uma Pessoa Jurídica. A pessoa física é a pessoa natural, o ser humano; e houve a
criação de um ente abstrato, a pessoa jurídica. Que é a pessoa abstrata dotada de
direitos e deveres. Fez-se isso com o Estado, onde Governo e Estado passaram a serem
vistos como distintos entre si. Isso implica no relacionamento anteriormente existente
entre governantes e Estado, inclusive pelo fato de que o governantes passou a Ter que
respeitar o Estado. Tendo que se subjulgar a Constituição daquele Estado. Portanto, a
expressão jurídica, após a insatisfação social, foi o surgimento, a criação da
personalidade jurídica do Estado diferente da pessoa física de seu governante. O Estado
passa a ter fins e objetivos que podem ser ou não coincidentes com os do governante.
Os fins objetivos do Estado não vão permitir que a vontade do governante se sobreponha
a esses objetivos.
 A visão de pessoa jurídica tem origem na teoria contratualista. O pacto social
estabelece que o indivíduo abre mão de parte de seus direitos buscando um interesse
maior que é constituir uma pessoa jurídica, um ente abstrato que vai detr o poder, a
soberania, para fazer valer as suas regras em busca do bem comum, da paz, da
segurança.
 Essa personalidade jurídica do Estado foi criada estabelecida a ela um conjunto de
direitos, deveres e limitações. Os Estados contemporâneos o fazem através de uma
constituição, com raras exceções, alguns países tomam como base a religião.

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 Kelsen afirmava que o Estado é a personificação da ordem jurídica. O Estado possui
personalidade jurídica, ele é quem diz o que deve ser a ordem jurídica, e ordem essa que
ele próprio tem que se submeter.
 Teoria Ficcionista : A personalidade jurídica do Estado é fruto de uma convenção,
de um artifício e só se justifica por motivo de conveniência.
 Teoria Realista : Se opõe a ficcionista. A personalidade jurídica não é mera ficção,
ele é muito mais amplo que isso (...)

ESTADO – NAÇÃO

→ (...)

MUDANÇA DO ESTADO POR REFORMA E POR REVOLUÇÃO

→ (...)

CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS

• Estados Simples e Estados Compostos.

→ O Prof. Manoel G.F.Filho, diz que todo Estado faz de alguma forma uma
descentralização do Poder, uma descentralização administrativa. Existem Estados que
possuem uma divisão administrativa, política, onde a população possui maior acesso aos
governantes do que em outros.
→ A descentralização do governo se explica na tentativa de se aumentar a eficiência do
Estado. Como p.ex. o Brasil, não se pode imaginar um Estado como o Brasileiro, por sua
extensão, sem uma descentralização capaz de dividir responsabilidades e aumentar a
eficiência.
→O Prof. Manoel G.F.Filho vai mais além, afirma que a descentralização é também
uma forma de limitação do poder, é geradora de um sistema de freios e contra pesos
propício a liberdade com o objetivo de diminuir a probabilidade de opressão e buscar
aproximar governantes dos governados. A descentralização não está em tese vinculada a
nenhuma forma constitucional determinada; Wilson Accioli afirma que pode haver
Monarquia descentralizada como pode haver uma república centralizada; no entanto, não
se pode negar que um Estado ditatorial seja sempre centralizador. O absolutismo exclui
por motivos idênticos a separação dos poderes por ser uma barreira que não se admite
ser ultrapassada. Tod Estado ditatorial possui como característica fundamental a
centralização dos poderes, o domínio completo sobre todas as ações governamentais;
isso não significa que todo País democrático possua uma estrutura descentralizada. Ex.:
A Suiça é um país que possui uma estrutura centralizada mas considerada um Estado
Democrático de Direito.

• Estados Simples : Possuem a denominação de Estados Simples ou Unitários. O


Estado Unitário é aquele que possui sua estrutura administrativa somente em uma esfera
e sempre concentrado na capital. O Estado Unitário é aquele que não apresenta divisor
administrativo ou governamentais correspondentes aos estados ou municípios. Porque se
chama Estado Unitário ? Porque reúne o poder apenas numa única esfera, a Federal.
Isso não significa ser um governo absolutista, pois, dentro dessa esfera que congrega os
poderes, há divisão do executivo, legislativo e judiciário. Mesmo nesses países unitários
que centralizam o exercício do governo, o fazem em termos de esfera e não em termos
de concentração de poder.
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→ Quando se tem um Estado Unitário, as decisões são todas vinculadas ao poder
soberano exercido pela esfera maior, a esfera federal, e isso não significa que não
existam gestores locais, que são fiscalizados e supervisionados pelo governante que lhe
é superior hierarquicamente.
→ O Prof. Wilson Accioli afirma que o Brasil do Império foi um Estado Unitário e que
havia uma certa descentralização do poder. No Brasil Império existia o Poder Executivo,
Legislativo, Judiciário e Moderador. Transferiu-se para os Estados o Poder Executivo,
Legislativo e Judiciário, mantendo o Poder Moderador que tinha influência sobre todos os
demais, era a palavra final sobre cada ato, cada ação ainda que praticado por uma
autoridade regionalizada. Existem hoje exemplos de Estados unitários, como é o caso da
Itália, da Espanha.
→ A tendência dos Estados modernos com a constitucionalização dessas regras do
Estado é sempre a de limitar a atuação do governante supremo do País, seja em relação
aos poderes constituídos, seja em relação a outras esferas criadas de acordo com cada
necessidade.

• Estados Compostos, descentralizados ou complexos : Os Estados compostos ou


complexos são aqueles oriundos da reunião de dois ou mais Estados soberanos. Os
Estados compostos se subdividem em uniões : pessoal, real, incorporado,
confederação e estado federal.

1. A União Pessoal → É considerado União Pessoal a que diz respeito a pessoa do


governante. Na União Pessoal o fator primordial é a união da pessoa do governante. São
dois ou mais Estados soberanos que em conseqüência de um acaso histórico ter o
mesmo soberano. Wilson Accioli afirma : são dois Estados soberanos que possuem o
mesmo governante que em regra é fruto de uma coincidência acidental das leis de
sucessão que conduz um indivíduo ao trono de dois Estados independentes.
→ A união pessoal não implica na fusão dos Estados soberanos, cada estado permanece
com sua independência, com sua soberania, o que ocorre é a coincidência do acaso da
linha sucessória que o governante supremo de um Estado é o mesmo de um outro
Estado soberano. A doutrina chega a entender que caso haja um conflito entre estes
estados será considerado uma guerra ou mesmo um conflito internacional.
→ Quando se tem essa união pessoal os Estados devem estabelecer acordos
internacionais com outros países; com o objetivo de se manter a soberania dos Estados.

2. União Real → Quando se fala em união real, refere-se aos fundamentos do direito
real, onde dois estados por opção própria chegam a um entendimento que devam Ter um
único governante. Ex.: O Estado da Inglaterra e o Estado da Austrália num determinado
momento da história optaram por essa forma. Geralmente passam por essa discussão as
questões econômicas e bélicas. A garantia de manutenção do espaço físico e de
condições econômicas favoráveis. Quando se tem essa união real ela se dá somente
com algum objetivo sendo necessário um ato jurídico qualquer, um tratado, um pacto,
onde os dois estados apresentem a sua vontade e aceitem a se submeter a decisões
daqueles novos governantes. Esse ato jurídico pode existir também de maneira indireta,
onde cada estado altera a sua constituição a fim de determinar que se submeterá àquela
vontade especificada. Ex.: Suécia e Noruega que ocorreu entre 1815/1905, a Áustria e a
Hungria entre 1867/1918, Dinamarca e Islândia entre 1918/1944.

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3. União Incorporada → A união incorporada é quando se tem dois ou mais estados que
se reúnem em um só extinguindo-se os outros. Estados soberanos que vão se reunir
para se formar um novo estado. Também é uma forma de formação derivada de Estado.
→ O Prof. Wilson Accioli entende que o exemplo atual e de maior relevância seria o da
Inglaterra, Escócia e Irlanda, que esses estados se incorporaram e formaram o Reino
Unido, porém há os que contestam tal versão. Um exemplo de união incorporada é o da
Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, onde as constituições foram alteradas para
possibilitarem esta reunificação.

4. Confederação → A confederação é a união permanente de estados soberanos, união


essa que se assenta num pacto, em uma declaração de vontade, com os fins de
assegurar a paz interna e externa desses estados. Também em relação a confederação
nós temos de considerar que esse pacto pode ser um tratado internacional ou um outro
ato que tenha denominação que julgarem necessário, como um pacto, ou os mais
variados nomes. Na confederação como é a reunião de estados independentes, reunião
permanente, está indicado que os estados que aderirem a essa confederação
permanecerão com sua identidade e o seu reconhecimento como pessoa jurídica de
direito público externo, ou seja, como estado soberano, ainda que venha aderir a uma
confederação. Esse poder que é mantido em cada estado independente assegurar a eles
a manutenção de representação diplomática, relações comerciais, bem como, questões
militares. A confederação é sempre oriunda da vontade do estado, oriunda de um pacto,
de acordo, de um objetivo comum a todos. Também no caso de uma confederação caso
haja algum tipo de conflito entre os Estados confederados será considerado um conflito
internacional.
→ Quando se estabelece uma confederação, os Estados independentes quando se
reúnem tem de criar um regulamento que vai gerir essas diferentes soberanias, é o pacto
confederativo que vai estabelecer o que a confederação pode fazer e o que cada estado
confederado pode fazer. Normalmente constitui-se um corpo diplomático que as questões
cruciais são decididas previamente ou que as deliberações são submetidas ad
referendum desse conselho diplomático; com a concordância de todos.

→ Estados – Confederações – Indivíduos : A confederação possui um poder mediato


sobre os indivíduos e os Estados confederados um poder imediato sobre os indivíduos.
Isto porque as confederações só podem estabelecer regras para os estados
confederados, a confederação para não violar a soberania de cada estado confederado,
ela age sobre o estado, e o estado age sobre os indivíduos.

→ O prof. Wilson Accioli diz que os Estados Confederados são em regra transitórios
porque mais cedo ou mais tarde algum estado vai Ter uma preponderância sobre os
outros que não mais vai respeitar aquela soberania ou os estados por livre e espontânea
vontade vão aderir a uma forma federativa ou se desinteressar pela manutenção desse
sistema. Ex.: A confederação implantada nas Américas em 1778 a 1787, as treze
colônias inglesas, que se declararam independentes e que posteriormente se reuniram
numa confederação. Confederação Elvética que persistiu até 1848 (Na Suiça os Cantões
que se reuniram), e a confederação germânica formada pelo ato de Vienna de 1815 que
durou até 1866, posteriormente esses países com exceção da Suiça se tornaram uma
federação.

5. FEDERAÇÃO → É a forma de Estado em que a unidade do todo soberano se concilia


com a multiplicidade com as unidades territoriais que gozam de autonomia política e
administrativa. Uma federação se caracteriza pela reunião de estados onde todos eles
abrem mão de sua soberania para a constituição de um único estado. A união desses
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estados que passam a ser denominados estados – membros. União de estados membros
que formam um estado federado.

→ Os estados membros não são subordinados hierarquicamente a união, não existe


hierarquia entre o Presidente, o Governador e Prefeito, o que existe são esferas de
atuação, de competência distintas, a federação também tem uma característica muito
peculiar : toda federação é constituída por uma constituição. Quando se diz que não há
hierarquia entre estes, é porque a constituição define a competência de seus entes
federados.

→ Características Fundamentais dos Estados Federados :

1. A união de estados faz nascer um novo estado e os que aderirem a federação


perdem a condição de estado e passa a condição de estado – membro.
2. Não é permitido em nenhuma federação o direito de secessão, de se subdividir; a
federação existe com o intuito de manter a união de seus estados membros, com a
intenção de manter a união de sua soberania, a união de seu território.
3. No sistema do Estado Federado moderno quase todos os países adotam o sistema bi
– cameral. Na esfera da união se tem o senado federal e o congresso nacional. O senado
representa os estados membros e a câmara dos deputados representa o povo. O Senado
Federal e a Câmara de Deputados são os órgãos mais importantes de qualquer estado
federado. A Câmara dos Deputados é tida como a casa do povo. Existem muitas
distorções quanto a representatividade quantitativa de cada estado na Câmara dos
Deputados, já no Senado, independente do tamanho do Estado, todos elegem e
senadores para representarem o Estado.
4. Como não existe uma hierarquia, como trata-se de apenas um estado, tem-se uma
única soberania, que fica nas mãos da união, e os estados membros passam a ter
somente autonomia, atribuições e competência. Em nenhuma federação é possível se ter
mais de uma soberania.
5. A cada esfera de poder é atribuído o direito de administrar, de gerir, de receber
valores econômicos; os entes federados já tem assegurado alguma forma de renda; a
autonomia com relação a renda ~e uma característica muito forte dos Estados
Federados.
6. Com relação aos cidadãos, que anteriormente pertenciam a um estado que passa a
compor uma federação, o vínculo é rompido com o antigo estado e ele passa a ser
nacional, persistindo um vínculo de ordem regional.
7. De todas as formas de estado, a federação é a que se apresenta em maior número
nos estados modernos; é a forma que em regra melhor atende aos anseios da população
e a mais difundida no mundo contemporâneo.

• FORMAS DE GOVERNO : MONARQUIA E REPÚBLICA.

→ quando se fala em estudo das formas de governo, fala-se dos órgãos do governo
através da sua estrutura fundamental e a maneira como o poder é tratado dentro de cada
estado. As formas de Monarquia e República são chamadas de formas clássicas de se
definir um governo, e a doutrina apresenta como forma anormal as ditaduras, os
governos totalitários. Dentro desse ponto, cabe falarmos de formas de estados que no
passado diferiam das formas clássicas atuais :

→ Aristóteles começou indicando : a realeza, a aristocracia e a democracia. A realeza


caracterizava-se como forma de estado onde existia um único governante; a aristocracia
que era um grupo muito reduzido que detinha o poder, e a democracia ou uma república
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que era o governo do povo para o povo. Essas eram as formas puras, mas que essas
formas podiam se degenerar, se desvirtuarem; para Aristóteles a realeza passava a ser
uma tirania, a aristocracia se convertia em oligarquia e a democracia em demagogia.

→ Maquiavel apresentava que o governo era feito em círculos; iniciava com um estado
anárquico, que convertia-se em monarquia eletiva, depois numa monarquia hereditária
que com o excessivo poder dado ao Rei transformava-se em uma tirania, que por fim,
com a reação da população era conduzida a uma aristocracia, que fazia surgir uma
oligarquia, e mais uma vez com a reação popular, levava a democracia, e que esta se
degenerava retornando ao estado anárquico. E assim entendia Maquiavel que as formas
de governo eram cíclicas, passavam por etapas.

→ Montesquieu, já defendia desde quando escreveu o Espírito das Leis, que as formas
de governo eram a Monarquia e a República.

• Monarquia → Quase todos os estados que existem hoje já foram um estado


monárquico; podem ter sido monarquias absolutistas, que passaram para monarquias
constitucionais ou que passaram diretamente para uma república. O Brasil foi uma
colônia de Portugal, proclamou sua independência e constituiu uma monarquia
constitucional e posteriormente proclamou a república. Os Estados Unidos pertenciam a
Inglaterra, proclamaram sua independência e formaram uma confederação e
posteriormente uma federação, uma república federativa.
• Monarquia Absolutista → É aquela em que o governante detêm os poderes. O
governante é o estado. Na idade média houve uma reação muito grande, fato este que
culminou com as monarquias constitucionais. Ex.: A Magna Carta, constituída com a
clara intenção de limitar o poder dos monarcas.
• Características da Monarquia → Vitaliciedade do monarca que se mantêm no poder
enquanto tiver condições de governar. A hereditariedade dos sucessores é característica
indissociável da monarquia que sempre e necessariamente tem a sua ordem sucessória
definida pela hereditariedade. Outra característica é a irresponsabilidade do monarca
frente a população no que diz respeito a dar satisfações de seus atos aos governados.
• Argumentos favoráveis a monarquia → 1. A monarquia está acima das disputas
políticas, e isto é importante nos momentos de crise em que o monarca intercede acima
dos interesses políticos. 2. O monarca é fator de unidade do estado uma vez que ele é
um elemento superior; ele é fruto da vontade divina. 3. O monarca assegura a
estabilidade política das instituições. Isso só pode se verificar caso o regime seja
parlamentarista, onde a constituição assegure ao Rei o direito de dissolver o parlamento.
4. Os monarcas são preparados desde o berço, recebe uma educação voltada para
administrar o estado, e com isso não permite que governantes despreparados assumam
o poder.
• Argumentos desfavoráveis a instituição da monarquia → 1. A monarquia é inútil
porque o Rei não governa. 2. A monarquia possui um custo muito elevado para ser
mantida, e é mantida pelos súditos, contribuintes. 3. A unidade do estado deve advir da
ordem jurídica e não da figura de uma simples pessoa. A segurança das instituições
jurídicas dependem do ordenamento jurídico. 4. Em caso de o Rei poder governar, ainda
assim, é preferível alguém que periodicamente tenha de se submeter a vontade popular.

• República → É o que se vivencia normalmente. É a forma de governo do povo, para o


povo e pelo povo. Sintetizando quase toda a explicação inerente a República, que é
muito associada a idéia de democracia. O povo numa democracia pode decidir

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diretamente ou indiretamente. Diretamente quando vota ou participa de um plebiscito ou
referendum, e indiretamente através de seus representantes legítimos.

→ O ideal republicano assenta suas bases na idéia de soberania popular. Thomas


Jéferson na defesa intransigente da República se contrapondo a monarquia, dizia : Eu
era inimigo ferrenho das monarquias antes de minha ida à Europa. Sou dez mil vezes
mais desde que vi o que elas são; (...) uma sociedade sem governo é melhor que
monarquia.

• Características da República → 1. Temporariedade; na república o governante


detêm mandato. 2. Eletividade; o governo é eleito pelo povo, não se admitindo qualquer
forma de hereditariedade. 3. Responsabilidade política; o governante têm de prestar
contas de seus atos.

• SISTEMAS DE GOVERNO : SISTEMA REPRESENTATIVO, PARLAMENTARISMO


E PRESIDENCIALISMO.

→ Sistema Representativo : O estágio atual das sociedades não permite que


tenhamos um Estado aos moldes da antiguidade. Hoje, não mais é possível se fazer uma
consulta popular para resolver todas as questões; pelo tamanho do Estado, pelo número
de habitantes e pela complexidade de questões que tem de ser resolvidas a cada
instante, não mais é possível aguardar uma assembléia, como na antiguidade se dava na
Demos; por conta disso criou-se o sistema representativo, onde a população elege um
número de representantes que irão representa-los. Hoje, até mesmo se faz consultas
populares, mas é fato raro, o tempo e o custo inviabilizam a todo momento se recorrer a
tais consultas.
→ O sistema representativo existe há muito tempo. A partir do séc. XIX esse sistema foi
sistematizado, foi reorganizado; o prof. Dalmo de Abreu Dallari, indica que foi através dos
norte – americanos quando estavam constituindo a confederação americana e
posteriormente o estado federado americano. O sistema representativo é organizado
através dos partido políticos, que são agremiações que cumprindo regras eleitorais de
cada país tem o objetivo de influir nas questões políticas do estado, nas decisões
importantes do país.
→ O código civil brasileiro estabelece que os partido políticos constituem uma pessoa
jurídica de direito privado, mudando esse conceito que anteriormente era tido como
pessoa jurídica de direito público. Os partidos políticos se classificam internamente de
duas formas : 1. Partidos Políticos de quadros e, 2. Partidos Políticos de massa.
→ Os partidos políticos de quadros, são aqueles que se preocupam mais com a
qualidade de seus filiados do que com a quantidade. Procuram o ingresso em seus
quadros de pessoas mais entendidas nos mais diversos assuntos, visando o debate
interno sobre as questões, sejam de ordem nacional, estadual ou municipal.
→ Os partidos políticos de massas, são os que procuram ter o maior número possível
de pessoas, procura se sobrepor pelo seu tamanho, pela quantidade de filiados que
possui.
→ Em relação a organização externa os partidos se dividem em três classificações : o
sistema de partido único, o bi-partidário e o pluripartidário.
→ O sistema de partido único, existe a composição de um único partido por uma
determinação legal, que é o partido oficial do governo; nos estados comunistas só existe
os partidos oficiais, todas as discussões são travadas no âmbito interno. O sistema de

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partido único não permite a discussão das questões fundamentais, porque estas
questões são definidas pelo Estado, cabendo ao partido as questões secundárias.
→ O sistema bi-partidário, não significa que não existam mais partidos, contudo, é o
sistema em que normalmente, apenas dois partidos disputam as eleições e formam a
maior base nos parlamentos, estes partidos são os que reúnem mais condições nas
disputas eleitorais. Em alguns casos existem imposições do governo criando apenas dois
partidos; um do governo e outro de oposição, p.ex., o Brasil no regime militar, existia
apenas a Arena e o MDB. Esse sistema, em regra, é antidemocrático. Nos países
democráticos não existem limitações para a criação de partidos.
→ O sistema pluripartidário, não há impedimentos ou limitações a criação de partidos,
podem até mesmo existir regras que dificultem, mas a criação é livre, atendendo-se a
estas regras pré – estabelecidas.

 O sistema representativo é o sistema que melhor podem tratar das políticas públicas
e os partidos políticos são órgãos que definem estas políticas públicas.

• PARLAMENTARISMO : É o grande sistema de governo que se contrapõe ao sistema


presidencialista. O sistema parlamentarista teve origem no direito inglês, a Carta Magna,
que estabeleceu alguns limites ao absolutismo na época. Mas, o sistema parlamentarista
foi sistematizado no final do Séc. XIX quando todas as teorias sobre poder, soberania e
do estado foram difundidas e associado a discussão formal sobre o sistema
presidencialista, quando se buscava uma alternativa para o presidencialismo vigente até
então.

→ O Direito Inglês possui uma característica predominante, é baseado na Common-Low,


consuetudinário, em razão disso, em 1332 foi definida a criação de duas câmaras (casas)
do parlamento, a câmara dos lordes, composta pelos barões e a câmara dos comuns,
composta pelos cavaleiros, cidadãos e burgueses e, somente no final do séc. XVIII que
culminaria com o sistema parlamentarista. Nessa época o rei criou um conselho chamado
de gabinete, que eram consultores privilegiados que davam as definições, as
determinações básicas que deveriam ser implementadas. Assessoravam o Rei nos
assuntos econômicos, agrícolas, direito, etc.
→ Em razão da sucessão hereditária na monarquia inglesa, a Inglaterra foi dominada
pelos alemães em 1714. Nesse período foi estabelecido um gabinete muito forte; e o
monarca alemão tinha dificuldade para se dirigir o parlamento inglês; desta forma
solicitou que um membro de seu gabinete fizesse essa interlocação, que representasse o
interesse do monarca no parlamento. Por isso, esse porta – voz foi tratado como primeiro
– ministro.
→ Quando da criação da figura do primeiro – ministro foi criado uma distinção muito
grande entre chefe de estado e chefe de governo. Cabendo ao chefe de estado
representar a nação como um todo e ao chefe de governo administrar o estado,
denominação esta que permaneceu até os dias atuais.
→ O parlamentarismo, é o sistema de governo que o governante representa a maioria
das correntes políticas do parlamento, isso necessariamente. No parlamentarismo o 1º
ministro é sempre alguém do partido ou da coligação dominante no parlamento. Não
existe a possibilidade de no parlamentarismo o primeiro ministro ter a minoria no
congresso. No parlamentarismo, os partidos ou coligação majoritário indicam e aprovam
um nome, este em composição com os partidos que lhe dão sustentação monta o seu
gabinete. Quando não tem a maioria muda-se o primeiro ministro e muitas das vezes
todo o gabinete. Isso pode se dar numa mudança política ou num ato desaprovado pelo
parlamento. Porém, o chefe de estado, monarca ou presidente, tem a prerrogativa de em
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determinadas situações dissolver o parlamento e convocar imediatamente novas
eleições.
→ O impeachement é originário do sistema parlamentarista, que anteriormente era
usado para cassar e perseguir os adversários políticos; evoluiu, e hoje se tornou um
instituto; hoje antes de sofrer um impeachement , o 1º ministro renuncia para não sofrer
outras sanções.
→ No Parlamentarismo a essência do Estado, a essência do poder é efetivamente o
parlamento.
→ Modernamente classificam o sistema parlamentarista em racionalizado e
clássico.
→ O parlamentarismo racionalizado surgiu de normas constitucionais definidas, o
sistema clássico é inspirado das regras consuetudinárias, do modelo inglês. Atualmente
existem regras do sistema parlamentarista inserida em algumas constituições; há um
movimento de constitucionalização das principais normas como garantia de todo Estado.
Os autores citam como exemplo de sistema parlamentarista racionalizado, a França,
Bélgica, Noruega, Holanda, Luxemburgo, Suécia e Espanha, e como exemplo de sistema
clássico, a Inglaterra, Canadá, Japão e Alemanha.
→ Em todos esses países sejam monarquias ou sistemas presidencialistas há uma
tendência muito grande de se fortalecer o chefe de estado, principalmente nos países
presidencialistas, para que esse funcione como um árbitro privilegiado, que tenha poder
para definir as situações nos momentos de crise e até mesmo dissolver o parlamento,
essas situações recentes são denominados sistema híbidros, semipresidenciais ou
neoparlamentaristas. Nesses a característica é que os chefes de estado sejam eleitos,
possuindo atribuições concretas e assumem também a chefia das forças armadas do
país. Ex.: Alemanha (1919), Áustria (1929), França (1958) e Portugal (1976).

• PRESIDENCIALISMO : É uma criação norte-americana que na fase de


independência das 13 colônias inglesas, os membros das 13 colônias se libertaram do
poder da coroa inglesa e criam um sistema presidencialista, baseado na vontade popular,
baseado em mandatos e no sistema de freios e contra – pesos, em razão da clássica
tripartição dos poderes.

→ O sistema presidencialista foi criado para apesar de se personificar o poder, criar uma
limitação de quem o exerce, um presidente só pode fazer o que o legislativo autoriza e é
fiscalizado pelo legislativo e judiciário, e pode sofrer um impeachement, sendo este o
sistema de freios e contra – pesos.
→ O Presidente da República é auxiliado pelos ministros de estado nomeados por ele.
No sistema presidencialista pode existir um presidente com minoria no congresso. O
substituto do Presidente da República é o Vice – Presidente, normalmente eleito na
mesma chapa e só exerce atribuição que o presidente delega.
→ No sistema brasileiro, no art. 80 da CF, existe a seguinte ordem sucessória em caso
de morte, renúncia ou impeachement, e ficando vago o cargo, assume o vice –
presidente, ficando vago assume o presidente da câmara dos deputados, após, o
presidente do senado e por fim, o presidente do supremo tribunal federal.
→ O art. 81 define o caso em que os cargos de presidente e vice – presidente ficam
vagos, e depois de aberta a última vaga, deverá haver então, eleições em 90 dias depois
de aberta a última vaga. Ocorrendo vacância nos 2 últimos anos do período presidencial
a eleição presidencial deverá ser realizada em 30 dias depois de aberta a última vaga, e
em qualquer dos casos os eleitos completarão o período de seus antecessores.

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→ No Presidencialismo os representantes tem mandato e são eleitos por via direta ou
indireta.
→ O Presidente tem o poder de vetar normas emanadas do congresso. Se o chefe do
executivo veta uma lei ou um artigo da uma lei, poderá o legislativo derrubar o veto por
um quorum qualificado e aí o legislativo promulga a lei.
→ O Congresso pode julgar o Presidente e os Ministros por crimes de responsabilidade.

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