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SUMÁRIO
O Presidente da República nos termos das disposições do
PRESIDENTE DA REPÚBLICA : artigo 39, nº1 e nº2 da Lei No.6/2004 de 26 de Maio, que aprovou
a lei Orgânica da Presidência da República, conjugado com o
Decreto do Presidente da Republica N.º 1/2008 ...........................2036
artigo 52, nº2 do Regulamento Interno e artigo 19, nº1 da Lei
Decreto do Presidente da Republica N.º 2/2008 ........................ 2036 Nº8/2004, decreta:
Decreto do Presidente da Republica N.º 3/2008 ....................... 2036
É exonerada a Dra. Flávia Sereno para o cargo de Chefe de
PARLAMENTO NACIONAL : Departamento de Administração e Finanças da Presidência da
República.
Resolução do Parlamento Nacional N.º 1/2008 de 16 de Janeiro
Viagem do Presidente da República Democrática de Timor Leste ao
Vaticano, a Itália e ao Brasil ..................................................... 2037
O presente decreto entra em vigor no dia 15 de Janeiro de 2008.
DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 1/2008
Rectifica a Lei N.º 10/2007, de 31 de Dezembro ..................... 2037
Assinado em Díli, a 9 de Janeiro de 2008
GOVERNO :
de 15 de Janeiro
É nomeado o Senhor Dr. Nelson de Carvalho, Ex. Juiz do Tri- É nomeado Embaixador junto da UNESCO, o Sr. Juan Federer.
bunal Distrital de Baucau para Membro do Conselho Superior
da Magistratura Judicial. Emitido no Palácio das Cinzas, aos quinze dias do mês de Janeiro
de dois mil e oito.
Assinado em 10 de Janeiro de 2008
O Presidente da República Democrática de Timor-Leste
b) Onde, no mesmo Anexo 2, se lê, a páginas 2034, sob o Assim, o Governo decreta, ao abrigo do nº3 do artigo 115º da
orçamento do Serviço Público de Radiodifusão de Timor- Constituição da República e do artigo 37º do Decreto-lei nº7/
Leste, "421" (relativos à "Televisão de Timor-Leste"), 2007, de 5 de Setembro, para valer como lei, o seguinte:
"1,022" (relativos à "Radiotelevisão de Timor-Leste - Geral")
e "435" (relativos à "Rádio de Timor-Leste"), deve ler-se, CAPÍTULO I
respectivamente, "430", "1,031" e "443"; NATUREZAEATRIBUIÇÕES
c) Onde, por mero lapso, não foram incluídas no texto publicado Artigo 1.º
as notas de rodapé n.º s 1 e 2 que acompanham os Anexos Natureza
1 e 3 da lei na versão original e aprovada, devem as mesmas
ser inseridas, respectivamente a páginas 2021 e 2035, com O Ministério da Saúde é o órgão central do Governo
a seguinte redacção: responsável pela concepção, regulamentação, execução,
coordenação e avaliação da política definida e aprovada pelo
"1 Os valores não são arredondados e, por isso, a soma pode Conselho de Ministros, para as áreas da saúde e das
não reflectir exactamente os totais apresentados" (página actividades farmacêuticas.
2021);
Artigo 2.º
"2 O excedente de USD 488,000 (dólares norte-americanos) Atribuições
verificado entre o total de USD 28,837,000 (dólares norte-
americanos), equivalente às receitas próprias e ao subsídio 1. O Ministério da Saúde tem por atribuição assegurar à
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população o acesso aos cuidados de saúde, através da 3. A Direcção Nacional de Saúde Comunitária;
criação, regulamentação e desenvolvimento de um sistema
de saúde baseado nas necessidades reais e compatível 4. A Direcção Nacional dos Recursos Humanos;
com os recursos disponíveis, dando especial relevância à
equidade do sistema e prioridade aos grupos mais 5. A Direcção Nacional do Plano e Finanças;
vulneráveis, promovendo sempre que possível a
participação activa da sociedade civil. 6. A Direcção Nacional de Administração, Logística e
Aprovisionamento;
2. Ao Ministério da Saúde compete, nomeadamente:
7. O Gabinete de Inspecção, Fiscalização e Auditoria;
a) Propor a política e elaborar os projectos de regulamenta-
ção necessários às suas áreas de tutela; 8. Os Serviços Distritais de Saúde.
c) Coordenar as actividades relativas ao controlo São serviços integrados na administração indirecta do Estado,
epidemiológico; no âmbito do Ministério da Saúde:
Integram a administração do Estado, no âmbito do Ministério 1. O Director Geral é o órgão do Ministério da Saúde que
da Saúde, integrados na administração directa do Estado os superintende tecnicamente os serviços centrais e distritais,
seguintes serviços centrais: supervisionando, nestes serviços, o rigor técnico da
execução das políticas aprovadas para a área da saúde.
1. O Director-Geral;
2. Compete ao Director Geral, nomeadamente:
2. A Direcção Nacional dos Serviços Hospitalares e de En-
caminhamento; a) Superintender os serviços centrais e distritais, coordenar
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e dirigir a sua actividade de acordo com a orientação do saúde;
Ministro da Saúde;
c) Monitorizar e avaliar a implementação dos programas
b) Garantir a monitorização e avaliação dos programas nacionais;
técnicos através do sistema de informação e vigilância
epidemiológica; d) Coordenar iniciativas nacionais em matéria que lhe com-
pete.
c) Aprovar as instruções necessárias ao funcionamento
dos serviços centrais e distritais; Artigo 11.º
Direcção Nacional dos Recursos Humanos
d) Dirigir em matéria administrativa e financeira todos os
serviços centrais e distritais; 1. A Direcção Nacional dos Recursos Humanos é o serviço de
estudo, concepção, coordenação de apoio técnico e
e) Exercer a autoridade administrativa e disciplinar sobre supervisão das actividades de desenvolvimento dos
todo o pessoal dos serviços centrais; recursos humanos da saúde, do registo dos profissionais
de saúde e de gestão do pessoal afecto ao Ministério da
f) Exercer as demais competências que lhe sejam conferidas Saúde.
pela lei ou delegadas pelo Ministro da Saúde.
2. Compete a Direcção Nacional dos Recursos Humanos,
Artigo 9.º nomeadamente:
Direcção Nacional dos Serviços Hospitalares e de
Encaminhamento a) Elaborar o plano de desenvolvimento dos recursos hu-
manos da saúde e orientar a sua devida implementação;
1. A Direcção Nacional dos Serviços Hospitalares e de
Encaminhamento é o serviço de estudo, concepção, b) Elaborar normas técnicas e coordenar, monitorar e avaliar
coordenação de apoio técnico e supervisão das actividades a formação dos recursos humanos da saúde;
de prestação dos serviços hospitalares e encaminhamento.
c) Assegurar a gestão do pessoal dos serviços centrais e
2. Compete a Direcção Nacional dos Serviços Hospitalares e coordenar o apoio técnico aos serviços do Ministério
de Encaminhamento, nomeadamente: da Saúde;
a) Elaborar normas técnicas de prestação dos serviços d) Gerir o registo dos profissionais de saúde em serviço
hospitalares e de encaminhamento; no sistema nacional de saúde.
b) Providenciar apoio técnico às instituições prestadoras f) Supervisionar a gestão financeira nos serviços do Mi-
de cuidados de saúde primários no serviço nacional de nistério da Saúde.
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Artigo 13.º e Auditoria é equiparado, para todos os efeitos legais, a
Direcção Nacional de Administração, Logística e director geral.
Aprovisionamento
Artigo 15.º
1. A Direcção Nacional de Administração, Logística e Apro- Serviços Distritais de Saúde
visionamento é o serviço de apoio na gestão administrativa,
logística e aprovisionamento, dos serviços do Ministério 1. Os Serviços Distritais de Saúde são os serviços de saúde
da Saúde. nas delegações territoriais do Ministério da Saúde, respon-
sáveis pela saúde das populações nas respectivas áreas
2. Compete a Direcção Nacional de Administração, Logística geográficas, coordenam a implementação de todos os pro-
e Aprovisionamento, nomeadamente: gramas de saúde e a prestação de cuidados de saúde primá-
rios nos centros de saúde, postos de saúde, clínicas móveis
a) Elaborar as normas técnicas em matéria de gestão admi- e actividades de saúde implementadas na comunidade.
nistrativa, logística e de aprovisionamento, e orientar a
sua devida implementação; 2. Compete aos serviços distritais de saúde, nomeadamente:
b) Providenciar apoio técnico em matéria de gestão admi- a) Garantir o acesso das populações nas respectivas áreas
nistrativa, logística e de aprovisionamento aos serviços geográficas aos cuidados de saúde primários e aos
do Ministério da Saúde; programas de promoção e educação à saúde e
prevenção de doenças;
c) Gerir o património móvel e imóvel dos serviços centrais
e supervisionar a gestão do mesmo nos outros serviços b) Garantir a efectiva implementação de politicas e progra-
do Ministério. mas definidas para o sector da saúde nas respectivas
áreas geográficas;
Artigo 14.º
Gabinete de Inspecção, Fiscalização e Auditoria c) Gerir os recursos materiais, humanos e financeiros nece-
ssários à prossecução das suas atribuições;
1. O Gabinete de Inspecção, Fiscalização e Auditoria é o
serviço central que exerce a acção disciplinar e de auditoria d) Promover a participação da comunidade na implemen-
em relação às instituições e serviços integrados no serviço tação das políticas e programas de saúde.
nacional de saúde, bem como a fiscalização do cumprimento
das leis e regulamentos administrativos aplicáveis ao SECÇÃO II
sistema nacional de saúde. SERVIÇOS NA ADMINISTRAÇÃO INDIRECTA DO
ESTADO
2. Compete ao Gabinete de Inspecção, Fiscalização e Auditoria,
nomeadamente: Artigo 16.º
Instituto de Ciências de Saúde
a) Fiscalizar os aspectos essenciais relativos à legalidade,
regularidade e qualidade do funcionamento dos ser- 1. O Instituto de Ciências da Saúde é responsável pela forma-
viços; ção e reciclagem de profissionais de saúde das áreas e ní-
veis de que o sistema de saúde carece.
b) Realizar auditorias de gestão;
2. Compete ao Instituto de Ciências de Saúde, nomeadamente:
c) Recolher informações sobre o funcionamento dos servi-
ços, propondo as medidas correctivas aconselháveis; a) Apoiar o Ministério da Saúde na formulação da política
de educação e formação na área da saúde;
d) Instruir processos de averiguações, de inquérito e disci-
plinares sempre que determinado pelas entidades b) Coordenar e executar a política de educação não univer-
competentes para a instauração do processo e para a sitária e de formação profissional na área da saúde;
nomeação de instrutor;
c) Organizar e ministrar cursos da área da saúde, quer de
e) Instruir processos de sindicância determinados pelo nível superior não universitário, quer de nível
Ministro da Saúde; secundário profissionalizante, inseridos no sistema de
educação nacional;
f) Dar apoio aos serviços do Ministério da Saúde, colabo-
rando com os seus dirigentes no exercício do poder d) Organizar e ministrar cursos de formação profissional
disciplinar; da área da saúde, de especialização, extensão e aper-
feiçoamento;
g) Fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos apli-
cáveis ao sistema nacional de saúde. e) Dar equivalência a cursos da área da saúde, ministrados
por entidades estrangeiras, aos cursos do seu nível de
3. O dirigente máximo do Gabinete de Inspecção, Fiscalização competência;
1. O Hospital Nacional Guido Valadares é o hospital de re- a) Adquirir, designadamente por importação, os medica-
ferência para todo o território nacional e responsável pela mentos, bens de consumo médico e equipamentos mé-
prestação de cuidados de saúde e assistência médica dicos necessários ao funcionamento do sistema de
especializada ou técnica, a nível nacional. saúde;
2. Compete ao Hospital Nacional Guido Valadares, nomeada- b) Armazenar esses bens e gerir os respectivos stocks;
mente:
c) Distribuí-los pelas instituições do Serviço Nacional de
a) Assegurar a prestação de cuidados de saúde especia- Saúde requisitantes e outras instituições públicas,
lizados de qualidade, acessíveis em tempo oportuno; mediante o respectivo pagamento;
b) Garantir a eficiência e eficácia, num quadro de equilíbrio
económico e financeiro sustentável; d) Vender os bens às instituições privadas, lucrativas ou
não lucrativas, integradas no sistema de saúde, que os
c) Promover a melhoria continua da qualidade dos serviços. pretenderem adquirir, mediante pagamento prévio.
3. O Hospital Nacional Guido Valadares é uma pessoa colectiva 3. O SAMES é um serviço autónomo com natureza de empresa
de direito público, dotada de personalidade jurídica e de pública e dotado de personalidade jurídica e de autonomia
autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos administrativa, financeira e patrimonial, nos termos do
termos do estatuto orgânico aprovado pelo Decreto-Lei estatuto orgânico aprovado pelo Decreto do Governo nº2/
nº1/2005, de 31 de Maio. 2004, de 21 de Abril.
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SECÇÃO III 3. O concelho consultivo reúne ordinariamente duas vezes
ORGÃOS DE CONSULTA por ano e extraordinariamente sempre que o Ministro da
Saúde o determinar.
Artigo 21.º
Conselho de Directores Artigo 23.º
Conselhos Distritais de Saúde
1. O Conselho de Directores é um orgão colectivo de apoio e
consulta técnica do Ministro da Saúde, bem como de 1. Os conselhos distritais de saúde são orgãos de apoio e
coordenação na implementação de políticas definidas para consulta dos Directores Distritais de Saúde aos quais com-
o Ministério da Saúde, competindo-lhe entre outras, as pete a coordenação da prestação dos cuidados de saúde
seguirntes funções: primários, bem como exercer as suas funções constantes
a) Promover a procura de qualidade e ganhos em saúde, do nº 1 do artigo 21.º, nas respectivas áreas geográficas.
garantindo a melhor articulação e colaboração dos
diversos serviços do Ministério da Saúde; 2. Integram os Conselhos Distritais de Saúde:
b) Dar parecer sobre os planos de actividades e orçamen- a) O director distrital de saúde, que preside;
tos do Ministério da Saúde;
c) Propor e desenvolver programas estratégicos intersec- b) O adjunto-director distrital de saúde, os técnicos de
toriais de saúde e coordenar o seu desenvolvimento; e saúde e demais coadjuvantes;
d) Dar parecer técnico sobre todos os processos de c) Os chefes dos centros de saúde localizados na respec-
acreditação e licenciamento de instituições do sistema tiva àrea geográfica.
de saúde e actividades farmacêuticas e sobre todas as
medidas restrictivas ou correctivas tomadas para a 3. Sobre os assuntos relacionados com a prestação de cuida-
protecção da saúde pública. dos saúde primários no respectivo hospital de referência,
ou sobre assuntos de coordenação entre os serviços dos
2. O Conselho de Directores tem a seguinte composição: hospitais e os serviços prestadores de cuidados de saúde
primários, integram ainda os conselhos distritais de saúde,
a) O Ministro da Saúde, que preside; localizados na respectiva área geográfica, com direito a
b) O Vice-Ministro da Saúde; voto, os presidentes dos concelhos de administração dos
hospitais de referência.
c) O Inspector;
d) O Director Geral; 4. Os conselhos distritais de saúde reúnem ordinariamente
uma vez por mês e extraordináriamente sempre que
e) Os Directores Nacionais; convocados pelos directores distritais de saúde.
f) Outras pessoas ou entidades que o Ministro entenda CAPÍTULO VI
convidar em função da agenda de trabalho. DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
3. O Conselho de Directores reúne-se ordinariamente uma vez Artigo 24.º
por semana e extraordináriamente sempre que o Ministro Legislação complementar
da Saúde o determinar.
1. Sem prejuízo do disposto no presente diploma, compete ao
Artigo 22.º Ministro da Saúde aprovar por diploma ministerial próprio
Conselho Consultivo a regulamentação da estrutura orgânico-funcional das
direcções nacionais e dos serviços distritais.
1. O conselho consultivo é o orgão colectivo que faz o balanço
das actividades do Ministério da Saúde, competindo-lhe 2. O quadro de pessoal e as carreiras específicas, bem como
em especial: a existência e número de quadros de direcção e chefia são
a) Proceder ao balanço final das actividades desenvolvidas aprovados por diploma ministerial do Ministro da Saúde e
pelo Ministério da Saúde, controlando a execução do pelos ministros responsáveis pelas áreas das Finanças e
plano de actividades; da Administração Estatal.
b) Fazer a apreciação preliminar do plano de actividade e 3. O diploma ministerial mencionado no número anterior deve
orçamento para o ano seguinte e recomendar a sua ser aprovado dentro de noventa dias após a entrada em
aprovação. vigor do presente diploma.
2. O conselho consultivo é constituído pelo Ministro e Vice-
Ministro da Saúde, e pelos titulares de direcção dos Artigo 25º
serviços integrados na administração directa e indirecta Norma revogatória
do Estado, no âmbito do Ministério da Saúde.
É revogado o Decreto do Governo nº 5/2003, de 31 de
Dezembro.
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Artigo 26º CAPÍTULO I
Entrada em vigor NATUREZA E ATRIBUIÇÕES
Aprovado em Conselho de Ministros, em 14 de Novembro de O Ministério da Educação (ME) é o órgão central do Governo
2007. responsável pela concepção, execução, coordenação e
avaliação da política, definida e aprovada pelo Conselho de
Ministros, para as áreas da educação e da cultura, assim como
O Primeiro-Ministro, para as áreas da ciência e da tecnologia.
____________________ Artigo 2º
Kay Rala Xanana Gusmão Atribuições
Nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.° 7/2007, de 5 de h) Promover a alfabetização, visando a eliminação do analfa-
Setembro (Orgânica do IV Governo Constitucional), o betismo e desenvolver a educação de base da população
Ministério da Educação, é o órgão central do Governo de jovem e adulta numa perspectiva de educação permanente;
concepção, execução, coordenação e avaliação da política,
definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas i) Estabelecer mecanismos de colaboração e de coordenação
da educação e da cultura, competindo-lhe as funções atribuídas com outros órgãos do Governo com tutela sobre áreas
naquele diploma. conexas;
Para o cumprimento eficaz e com qualidade das tarefas que lhe j) Assegurar, através da cooperação com outros departamen-
estão legalmente atribuídas, o Ministério da Educação deve tos governamentais e de parcerias ou protocolos com enti-
dotar-se de uma estrutura funcional e dinâmica, definindo os dades do sector privado e cooperativo, o desenvolvimento
órgãos e serviços que a integram e as funções de cada um de uma rede de formação técnica e profissional que res-
destes. ponda às necessidades actuais e prospectivas do País em
recursos humanos qualificados;
Assim:
k) Conceber e promover, em articulação com a sociedade civil,
O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º da acções sistemáticas e diversificadas de erradicação gradual
Constituição da República, para valer como lei, o seguinte: de todas as formas de iliteracia para a qualificação das
populações, designadamente das jovens, das mulheres e
das populações rurais;
e) Participar no desenvolvimento de políticas e regulamen- d) Proceder à instauração e instrução dos processos disci-
tos relacionados a sua área de intervenção; plinares em relação a todos os funcionários e agentes
do sistema educativo nos termos da lei geral aplicável;
f) Coordenar a preparação dos projectos de leis e regu-
lamentos do Ministério; e) Supervisionar e apoiar o trabalho de inspecção regional
desenvolvida pelas Direcções Regionais
g) Assegurar a administração geral interna do Ministério
e dos serviços de acordo com os programas anuais e f) Realizar inspecções, averiguações e inquéritos, sindi-
plurianuais: câncias e auditorias de natureza pedagógica, adminis-
trativa e financeira, às escolas, delegações e outros
h) Velar pela eficiência, articulação e cooperação entre as serviços do Ministério, sem prejuízo das competências
Direcções e demais entidades tuteladas pelo Ministro; próprias de outros serviços de inspecção;
j) Supervisar a gestão descentralizada realizada pelos di- h) Verificar e assegurar o cumprimento das disposições le-
rectores regionais gais e das orientações superiormente definidas;
k) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei. i) Emitir parecer sobre os assuntos de natureza técnica e
pedagógica que lhe forem submetidas pelo Ministro;
2. No exercício das suas funções, o Director-Geral da Educação
é coadjuvado por dois Adjuntos ao Director-Geral. Com- j) Colaborar no processo de formação contínua do pessoal
pete, designadamente, aos Adjuntos do Director-Geral da dirigente, docente e não docente dos estabelecimentos
Educação: de ensino;
a) Apoiar o Director-Geral da Educação na execução de k) Exercer outras atribuições que lhe forem cometidas su-
seus deveres, tais como: o desenvolvimento de periormente ou resultem das normas aplicáveis; e
estratégias e politicas, a implementação e gestão de
actividades do Ministério e a monitorização e avaliação 3. Para a prossecução das suas funções, a Inspecção-Geral
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organiza-se em Áreas de Coordenação (AC), a nível cen- l) Proceder, nos termos da lei, à recolha, tratamento e
tral, e em Núcleos de Inspecção (NI), a nível regional sob a divulgação das estatísticas sectoriais e assegurar as
superintendência directa do Inspector-Geral, nos termos a necessárias ligações com o sistema nacional de
definir por despacho do Ministro. estatística;
4. A Inspecção-Geral da Educação é chefiada por um Inspec- m) Preparar a participação do Ministério nas reuniões das
tor-Geral de Educação equiparado, para todos os efeitos comissões mistas previstas no quadro de convenções
legais, a Director Geral, nomeado nos termos do regime ou acordos de que Timor-Leste seja parte;
geral da função pública.
n) Acompanhar os trabalhos decorrentes das acções de
Artigo 10.º cooperação externa nas áreas a cargo do Ministério,
Direcção Nacional de Políticas, Plano e Desenvolvimento centralizando a informação necessária para a preparação,
seguimento, controlo e avaliação dos programas e
1. A Direcção de Politicas, Plano e Desenvolvimento é o projectos de assistência técnica e financeira externa;
serviço central responsável pela concepção, planeamento
e desenvolvimento da política educativa, o) Centralizar e sistematizar as informações relativas à
evolução de todos os projectos respeitantes à educação
2. Compete, designadamente à Direcção da Politica, Plano e e cultura, bem como ao seguimento, controlo e avaliação
Desenvolvimento: dos mesmos;
b) Elaborar e manter actualizada a carta escolar do País, em q) Promover e apoiar a realização de congressos, colóquios
colaboração com os serviços regionais e propor a e outras reuniões científicas nas áreas da educação e
criação, modificação ou extinção de estabelecimentos da cultura;
de ensino;
Artigo 11.º
c) Apoiar a política de cooperação no sector educativo; Direcção Nacional de Administração e Finanças, Logística
e Aprovisionamento
d) Identificar, coordenar e monitorizar parceiros de coope-
ração, com interesse particular para as áreas de 1. A Direcção Nacional de Administração e Finanças, Logística
educação, formação, cultura, ciência e tecnologia; e Aprovisionamento é o serviço central responsável pela
gestão administrativa, financeira, logística, recursos hu-
e) Assegurar as relações do Ministério com entidades manos, e de aprovisionamento dos serviços centrais e regio-
estrangeiras ou organismos internacionais, em matéria nais do Ministério, e de controlo e apoio aos serviços perso-
de cooperação, em articulação e coordenação com o nalizados do Ministério, no âmbito das suas competências.
Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação;
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de
f) Conceber e dinamizar as acções conducentes à im- Administração e Finanças:
plantação da reforma educativa, em estreita colaboração
com os serviços centrais ou regionais implicados; a) Gerir os recursos materiais e patrimoniais dos Gabinetes
dos membros do Governo, bem como dos serviços
g) Realizar estudos de previsão da evolução do sector de centrais e regionais;
forma a tornar perceptíveis as suas tendências e
antecipar propostas de solução das dificuldades; b) Preparar o orçamento do Ministério e assegurar a sua
execução, bem como a fiscalização do seu cumprimento;
h) Conceber e coordenar projectos que visem melhorar a
qualidade do ensino e da aprendizagem; c) Assegurar, sem prejuízo da competência dos serviços
i) Desenvolver, em colaboração com os outros serviços dotados de autonomia administrativa e financeira, a
competentes do Ministério, um plano de acção relativo gestão financeira e patrimonial do Ministério;
aos recursos técnicos e humanos, designadamente no
que respeita à formação; d) Manter actualizada a lista dos funcionários e demais
pessoal que tenha qualquer vínculo laboral com o
j) Programar a execução de sistemas de informação, Ministério;
monitorização e avaliação das instituições e serviços
do sistema educativo; e) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos ao
Ministério;
k) Manter actualizado o levantamento das fontes de in-
formação em educação nacionais e estrangeiras e os f) Em colaboração com a Direcção Nacional do Plano e
dados relativos à sua consulta e divulgação; Desenvolvimento, promover, propor e apoiar cursos
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de formação, aperfeiçoamento e valorização profissional Artigo 12.º
do pessoal; Direcção Nacional de Currículo Escolar, Materiais e
Avaliação
g) Organizar e manter actualizados e em segurança os
processos individuais, o cadastro e o registo biográfico 1. A Direcção Nacional de Currículo Escolar, Materiais e
do pessoal afecto ao Ministério; Avaliação é o serviço central responsável pela elaboração,
em colaboração com as outras Direcções Nacionais do
h) Preparar o expediente relativo a nomeações, promoções Ministério, dos currículos dos vários graus de ensino, de
e progressões na carreira, bem como o expediente todo o material e equipamento necessário ao ensino, bem
relativo à selecção, recrutamento, exoneração, como pela avaliação da actividade escolar ao nível
aposentação e mobilidade dos funcionários dos pedagógico e didáctico.
serviços centrais;
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Currículo
i) Promover a abertura dos concursos; Escolar, Materiais e Avaliação:
j) Assegurar o processamento dos vencimentos, abonos, a) Estabelecer o quadro de organização pedagógica dos
salários e outras remunerações, devidos aos estabelecimentos de educação e ensino, incluindo as
funcionários, bem como o processamento dos modalidades de ensino especial;
descontos;
b) Participar na definição de orientações que devem pre-
k) Velar pela manutenção, operacionalidade e segurança sidir à elaboração e aprovação de manuais escolares e
das instalações e equipamentos afectos ao Ministério; de material de apoio pedagógico e didáctico;
l) Manter actualizada a inventariação dos bens do pa- c) Assegurar a permanente adequação dos planos de es-
trimónio do Estado afectos ao Ministério; tudos e programas das disciplinas aos objectivos do
sistema educativo e à diversidade sociocultural dos
m) Elaborar, em articulação com a Direcção Nacional do distritos;
Plano e Desenvolvimento e outros departamentos com-
petentes, programas anuais e plurianuais de cons- d) Assegurar a sequência normal de estudos, dentro de
trução, aquisição, manutenção e reparação de infra- uma articulação harmónica dos objectivos dos vários
estruturas e equipamentos educativos, em função das níveis educativos e das capacidades individuais dos
necessidades e perspectivas de desenvolvimento do alunos;
sistema educativo;
e) Coordenar a elaboração do plano de estudos, programas,
n) Estudar e formular propostas e projectos de construção, métodos e outros materiais de ensino e aprendizagem,
aquisição ou locação de infra-estruturas, equipamentos bem como definir tipologias de material didáctico e
e outros bens necessários à prossecução das funções proceder ao seu acompanhamento sistemático;
e políticas definidas pelo Ministério;
f) Desenhar, elaborar ou mandar elaborar documentação
o) Assegurar a realização do expediente necessário à cons- pedagógica de apoio às actividades de ensino;
trução e aquisição de edifícios e demais infra-estruturas,
viaturas e outros bens móveis, destinados aos g) Produzir e assegurar a difusão de documentação peda-
organismos e serviços do Ministério; gógica de informação e apoio técnico aos agentes e
parceiros educativos, através de suportes diversi-
p) Assegurar a provisão dos estabelecimentos de ensino ficados;
com equipamentos e outros materiais indispensáveis à
realização das políticas educativas; h) Elaborar os currículos dos vários graus de ensino e for-
mular planos de implementação;
q) Promover e assegurar os procedimentos administrativos
relativos a processos disciplinares implicando o pessoal i) Elaborar normas e critérios de avaliação do rendimento
do Ministério e fazer implementar as medidas escolar e propor medidas adequadas em situações de
disciplinares impostas; rendimento negativo dos alunos;
r) Promover e assegurar os procedimentos administrativos j) Organizar, em colaboração com as escolas, através das
relativos a entradas e saídas de documentos no direcções regionais, os sistemas de informação
Ministério, bem como processar o respectivo arquivo; necessários à produção de instrumentos de avaliação
das aprendizagens;
s) Desempenhar as demais tarefas que relevem das
atribuições do Ministério na área da administração, k) Coordenar e avaliar o desenvolvimento dos planos
finanças, logística e aprovisionamento; educativos, a nível pedagógico e didáctico;
n) Elaborar os exames nacionais e proceder à sua respectiva l) Coordenar os programas de subsídios escolares;
avaliação;
m) Coordenar a acreditação das escolas e professores, de-
o) Propor medidas que garantam a adequação da tipologia finindo os níveis mínimos de qualidade de ensino,
dos estabelecimentos de educação e ensino e dos gestão, equipamentos, infra-estruturas e outros
equipamentos didácticos às necessidades do sistema elementos que deveram ser satisfeitos pelas escolas
educativo e colaborar na actualização permanente do para poder operar;
respectivo inventário e cadastro.
n) Colaborar na definição de uma política de acção social
Artigo 13.° escolar e na monitorização da sua execução e
Direcção Nacional de Acreditação e Administração Escolar desenvolver acções que promovam a igualdade de
oportunidades de acesso e sucesso escolar.
1. A Direcção Nacional de Acreditação e Administração Esco-
lar é o serviço do Ministério, responsável por garantir a Artigo 14.°
concretização das políticas de administração e gestão das Direcção Nacional de Formação Profissional
escolas e prestar apoio técnico na respectiva gestão, bem
como avaliar o respectivo funcionamento na vertente 1. A Direcção Nacional de Formação Profissional é o serviço
operacional, incluindo os programas de alimentação e do Ministério, responsável pela definição de politicas e
subsidio escolar. prioridades relativas à formação do pessoal do Ministério,
incluindo pessoal docente e não docente dos
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Acredita- estabelecimentos de ensino.
ção e Administração Escolar:
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Forma-
a) Implementar as políticas de desenvolvimento de recur- ção Profissional:
sos humanos relativos ao pessoal docente e não do-
cente das escolas, em particular as políticas relativas a a) Propor, em coordenação com os serviços competentes
recrutamento, selecção e carreiras. do Ministério, a definição da politica e prioridades
nacionais de formação inicial, em serviço e contínua do
b) Definir, em coordenação com as direcções regionais, as pessoal docente dos estabelecimentos de ensino;
necessidades dos quadros de pessoal docente e do
pessoal não docente das escolas; b) Propor, em coordenação com os serviços competentes
do Ministério, a definição da politica e prioridades
c) Promover e assegurar o recrutamento do pessoal do- nacionais de formação do pessoal não docente dos
cente e não docente das escolas; estabelecimentos de ensino
d) Manter um registo individual dos professores bem co- c) Contribuir para a definição de uma política de formação,
mo do pessoal não docente; qualificação e gestão de quadros nacionais ligados à
Educação, em articulação com os demais serviços
e) Coordenar o processo de avaliação de desempenho do vocacionados;
pessoal docente;
d) Estabelecer prioridades relativas à formação de quadros
f) Estabelecer e avaliar a estrutura organizacional dos es- e seleccionar os respectivos candidatos;
tabelecimentos de ensino;
g) Elaborar e implementar manuais de gestão e adminis- e) Estabelecer critérias de selecção os formandos para os
tração destinados aos directores das escolas; vários níveis de formação, bem como os países e
instituições onde deverão ser enviados;
h) Avaliar a gestão e administração dos estabelecimentos
de ensino; f) Avaliar a competência profissional do pessoal docente
recém contratado, e elaborar uma formação inicial
i) Propor, em colaboração com a Direcção do Ensino Téc- adaptada a esse nível de competências;
nico e Superior, medidas de racionalização de fluxos es-
colares, designadamente nos ensinos secundário e g) Avaliar a formação realizada no sentido de determinar a
Técnico-Profissional, tendo em vista uma adequada respectiva adequação, bem como o aproveitamento dos
compatibilização dos recursos materiais, técnicos e formandos;
humanos disponíveis com a desejável melhoria dos
níveis de educação e formação; h) Desenvolver e avaliar programas plurianuais de
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formação inicial garantindo a consolidação e melhoria j) Incentivar e apoiar a criação de associações de estudan-
do sistema de ensino; tes no exterior;
i) Coordenar, avaliar e apoiar programas locais de formação, k) Promover a articulação entre o ensino superior, a ciência,
em colaboração com as autoridades locais, a tecnologia e a investigação a fim de assegurar um
considerados relevantes pedagogicamente; desenvolvimento endógeno sustentado;
j) Estabelecer e manter actualizado, em coordenação com l) Assegurar o acesso, a recolha, o tratamento e a difusão
as direcções regionais e os serviços centrais da informação científica e técnica;
competentes, o quadro de actividades de formação do
pessoal não docente do Ministério; m) Elaborar e manter actualizado o inventário do potencial
científico e tecnológico nacional;
k) Estabelecer protocolos de cooperação na área da for-
mação, com outras entidades, privadas, públicas e n) Prestar apoio técnico, logístico e material aos
estrangeiras. estabelecimentos do ensino técnico e de ensino supe-
rior, com salvaguarda da sua autonomia própria;
Artigo 15.°
Direcção Nacional do Ensino Técnico e Superior o) Estabelecer regras e supervisionar as acções relativas
ao ingresso no ensino superior, em articulação com os
1. A Direcção Nacional do Ensino Técnico e Superior é o ser- estabelecimentos de ensino e Serviços Regionais;
viço central responsável pela coordenação e execução das
políticas relativas ao ensino técnico e superior público, p) Instruir os processos sobre os pedidos de reconheci-
privado e cooperativo, sem prejuízo da autonomia científica mento oficial de instituições e cursos de ensino supe-
e pedagógica dos estabelecimentos de ensino superior, rior privado e cooperativo, bem como do ensino técnico
bem como o da formação e qualificação de quadros. profissional;
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional do Ensino q) Assegurar, em colaboração com a Direcção Nacional de
Técnico e Superior: Currículos, o depósito e o registo dos planos de estudo
e currículos dos cursos ministrados nas instituições de
a) Estabelecer o quadro de organização do ensino técnico ensino técnico e de ensino superior;
e superior;
r) Organizar os processos sobre o reconhecimento de
b) Colaborar na definição de políticas e prioridades relativas diplomas e equivalências de habilitações de nível
à reorganização ou criação de estabelecimentos de técnico e superior;
ensino técnico e superior;
s) Propor medidas de racionalização de fluxos escolares,
c) Assegurar e orientar as modalidades de ensino pro- designadamente nos ensinos secundário e Técnico-
fissional ou profissionalizante; Profissional, recorrendo, se tal se mostrar aconselhável,
a parcerias com outros serviços do sector público ou
d) Desenvolver e assegurar padrões de acreditação às do sector privado e cooperativo tendo em vista uma
instituições de ensino superior no país; adequada compatibilização dos recursos materiais,
técnicos e humanos disponíveis com a desejável
e) Estabelecer contactos e relações de cooperação com melhoria dos níveis de educação e formação;
universidades e outros estabelecimentos de ensino
técnico, associações e outras instituições, regionais e t) Colaborar na definição da carreira docente do ensino
internacionais, de nível técnico e superior; superior, articulada com a carreira de investigador.
2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional da Cultura: 2. O Gabinete de Assessoria Jurídica é equiparado, para todos
os efeitos legais a Departamento.
a) Promover a defesa e consolidação da identidade cul-
tural timorense; Artigo 19.°
Gabinete de Protocolo e Informação
b) Proceder à inventariação, estudo e classificação dos
bens móveis e imóveis que constituem elementos do 1. O Gabinete de Protocolo e Informação é o serviço de apoio
património cultural, organizar e manter actualizado o do Ministério em matéria de protocolo e de difusão de
seu cadastro e assegurar a sua preservação, defesa e informação ao público e tem como funções:
valorização;
a) Organizar o protocolo nas cerimónias oficiais organiza-
c) Inventariar e apoiar as associações científicas e culturais das pelo Ministério e noutras ocasiões de represen-
e fomentar o intercâmbio técnico e científico com tação do Ministério;
organismos congéneres, nomeadamente o Instituto
Nacional de Linguística; b) Organizar um sistema eficaz de informação e comunica-
ção no seio do Ministério e com a sociedade civil, em
d) Promover actividades culturais que visem o conheci- ligação estreita com os demais serviços e organismos
mento e divulgação do património histórico, antropoló- vocacionados.
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Jornal da República
2. O Gabinete de Protocolo e Informação é equiparado, para 3. A Comissão terá um caráter independente e regida por
todos os efeitos legais, a Departamento. regulamento próprio.
f) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídas. g) Coordenar e apoiar a formação do pessoal docente e
não docente a nível regional;
2. A Comissão Nacional de Educação tem a seguinte compo- h) Coordenar e apoiar a boa implementação e execução
sição: dos programas de alimentação nas escolas, em articula-
a) O Ministro; ção com a sociedade civil, parceiros locais e internacio-
nais;
b) O Vice-Ministro da Educação;
i) Cooperar com os outros serviços, organismos e en-
c) O Secretário de Estado da Cultura; tidades, tendo em vista a realização de acções conjuntas
em matéria de educação e cultura;
d) O Reitor da Universidade Nacional;
j) Preparar as propostas do plano anual e de médio prazo,
e) Entidades representativas da Igreja, das confissões bem como a proposta de orçamentos;
religiosas, da sociedade civil, a Embaixadora de Boa-
vontade de Educação e demais organizações k) Supervisionar, monitorizar e avaliar os directores das
convidadas pelo Ministro. escolas.
f) O Director Geral, como Secretário da Comissão; 3. As Direcções Regionais são dirigidas por um Director Re-
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gional, equiparado para todos os efeitos a director 3. O diploma ministerial mencionado no número anterior deve
nacional, que depende hierarquicamente do Director Geral. ser aprovado dentro de noventa dias após a entrada em
vigor do presente diploma
Artigo 23.º
Inspectores Regionais e Inspectores Escolares Artigo 25.º
Norma revogatória
1. As inspecções regionais são os servicos regionais de
inspecção com competências no âmbito de apoio, controlo São revogadas todas as disposições legais e regulamentares
e superviãso técnico-pedagógico, administrativa e que contrariem o presente diploma.
financeira do sistema educativo a nível regional.
Artigo 26.º
2. A Inspecção Regional é chefiada por um Inspector Re- Entrada em vigor
gional de Educação equiparado, para todos os efeitos
legais, a Director Regional, nomeado nos termos do re- O presente diploma legal entra em vigor no dia seguinte à data
gime geral da função pública. da sua publicação.
3. No âmbito das suas atribuições as inspecções regionais Visto e aprovado em Conselho de Ministros, aos 5 de
trabalham em estreita coordenação com a Direcção Re- Desembro de 2007
gional e respondem ao Inspector Geral da Educação.
a) Propor a política e elaborar os projectos de regulamentação Integram a administração directa do Estado, no âmbito da
nas áreas do trabalho, formação profissional e emprego; SEFOPE os seguintes serviços centrais:
i) Prestar assistência aos trabalhadores e empregadores em a) Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional de
matérias que envolvam as relações do trabalho; Tíbar;
j) Coordenar os recursos humanos da SEFOPE; h) Coordenar a execução das dotações orçamentais atri-
buídas aos diversos serviços da Secretaria de Estado,
k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico sem prejuízo da existência de outros meios de controlo
profissional do pessoal dos órgãos e serviços; e avaliação realizados por outras entidades
competentes;
l) Coordenar a informação para o público, imprensa e
outros órgãos governamentais; i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuais e
plurianuais em função das necessidades definidas
m) Elaborar, em conjunto com as Direcções Nacionais, o superiormente;
relatório anual de actividades da Secretaria de Estado;
j) Realizar o aprovisionamento da Secretaria de Estado;
n) Acompanhar em coordenação com a Secretaria de Estado
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Jornal da República
k) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outras c) Estabelecer e prover a manutenção de um sistema de
disposições legais de natureza administrativa e arquivo dos dados relativos à relação do trabalho;
financeira;
d) Promover os Serviços de Mediação e Conciliação de
l) Promover o recrutamento, contratação, acompanhamen- conflitos do trabalho, incluindo no que diz respeito ao
to, avaliação, promoção e reforma dos funcionários; direito à greve;
m) Processar as listas para as remunerações dos funcioná- e) Promover a resolução de conflitos relativos aos Acordos
rios; Colectivos de trabalho;
n) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamento f) Promover o registro das organizações sindicais e empre-
da documentação da SEFOPE, nomeadamente o arquivo sariais, de acordo com as políticas governamentais e
dos ficheiros pessoais dos funcionários da Secretaria de acordo com a legislação respeitante;
de Estado;
g) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.
o) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos traba-
lhadores da função pública, propondo superiormente a Artigo 10º
instauração de processos de inquérito e disciplinares e Direcção Nacional da Inspecção do Trabalho
proceder à instrução dos que forem determinados
superiormente; 1. A Direcção Nacional de Inspecção do Trabalho, abreviada-
mente designada por DNIT, tem por missão a promoção e
p) Emitir pareceres e outras informações com vista a propor fiscalização do cumprimento das leis do trabalho, dos
superiormente medidas administrativas de melhora- Acordos ou Convenções Internacionais do Trabalho
mento da gestão dos recursos humanos; ratificados por Timor-Leste e a promoção de políticas de
prevenção dos riscos profissionais, assegurando a sua
q) Desenvolver as acções necessárias ao cumprimento aplicação em todo o território nacional.
das normas sobre condições ambientais de higiene e
segurança no trabalho; 2. A DNIT, prossegue as seguintes atribuições:
r) Manter um sistema de arquivo e elaboração de estatíst- a) Desenvolver programas de fiscalização quanto à imple-
icas respeitantes à Secretaria de Estado e um sistema mentação da legislação do trabalho;
informático actualizado sobre os bens patrimoniais
afectos à Secretaria de Estado; b) Promover acções de sensibilização e prestar informações
para o esclarecimento dos sujeitos das relações do
s) Desenvolver as acções necessárias para assegurar a trabalho e das respectivas associações, com vista ao
manutenção das redes de comunicação interna e pleno cumprimento das normas aplicáveis;
externa, bem como o bom funcionamento e utilização
dos recursos informáticos; c) Apoiar as entidades públicas e privadas na identificação
dos riscos profissionais, na aplicação de medidas de
t) Apresentar relatório anual das suas actividades; prevenção e na organização de serviços de segurança,
saúde e higiene no trabalho;
u) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.
d) Desenvolver e manter um programa anual de visitas de
Artigo 9º inspecção aos locais de trabalho, emitindo relatórios
Direcção Nacional da Relação de Trabalho quanto à conformidade com a legislação vigente, inclu-
sive quanto à Saúde, Segurança e Higiene no trabalho;
1. A Direcção Nacional da Relação do Trabalho, abreviada-
mente designada por DNRT, tem por missão a promoção e e) Notificar a autoridade competente quando constatada,
realização de condições dignas e harmoniosas de trabalho no local de trabalho, a prática de crime de natureza
e da relação do trabalho para todos os trabalhadores e administrativa ou penal;
empregadores de Timor-Leste.
f) Emitir parecer relativamente à autorização de trabalho a
2. A DNRT prossegue as seguintes atribuições: conceder a trabalhador estrangeiro;
a) Desenvolver programas internos quanto à relação do g) Fiscalizar a aplicação das regras do Serviço de Segurança
trabalho ou em cooperação técnica com outras Social dos trabalhadores;
organizações nacionais e internacionais;
h) Prevenir e combater o trabalho infantil em articulação
b) Promover e implementar o diálogo social, em coorde- com os diversos departamentos governamentais;
nação e cooperação com as organizações represen-
tativas de trabalhadores e empregadores; i) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.
e) Planear e coordenar cursos de formação, reconversão e b) Prestar toda a assistência técnico-jurídica ao Secretário
de reciclagem profissional para os desempregados e e às Direcções quando necessária;
trabalhadores, monitorizando e avaliando objectivos e
metas alcançadas; c) Promover programas direccionados aos funcionários
da Secretaria com o intuito de informar sobre novos
f) Estabelecer parcerias com a sociedade civil e organiza- diplomas legais que afectem as actividades da Secre-
ções não governamentais, (ONGs), para o desenvolvi- taria;
mento e implementação de projectos de formação
profissional no local de trabalho; d) Elaborar os documentos necessários concernentes
aos Acordos e Convenções Internacionais na área do
g) Avaliar a qualidade dos organismos de formação e pro- Trabalho e elaborar seus respectivos relatórios.
mover o conhecimento desses organismos, tendo em
vista o desenvolvimento equilibrado do sector da for- 2. O Gabinete Jurídico é equiparado, para todos os efeitos le-
mação e a qualidade das acções por eles desenvolvidas; gais, a Departamento.
2. A DNE prossegue as seguintes atribuições: 2. O CNEFP rege-se por estatuto próprio a ser aprovado nos
termos da lei.
a) Desenvolver e implementar políticas de promoção do
emprego em todo o território nacional; Artigo 15º
Instituto Nacional de desenvolvimento de Mão-de Obra
b) Estabelecer parcerias com a sociedade civil e ONGs pa-
ra o desenvolvimento e a implementação de projectos 1. O Instituto Nacional de Desenvolvimento de Mão de Obra,
de promoção de emprego e do auto-emprego; abreviadamente designado por INDMO, tem por missão
Artigo 16º
Delegações Territoriais O Primeiro Ministro,
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Promulgado em 9.01.08
Artigo 17º
Forma de Articulação dos Serviços
Publique-se.
1. Os serviços da SEFOPE devem funcionar por objectivos
formalizados em planos de actividades anuais e plurianuais
O Presidente da República,
aprovados pelo Secretário de Estado da Formação
Profissional e Emprego.
_______________
2. Os serviços devem colaborar entre si e articular as suas José Ramos-Horta
actividades de forma a promover uma actuação unitária e
integrada das políticas da SEFOPE.
Artigo 18º
Legislação complementar
Artigo 19º
Quadro de pessoal
Artigo 20º
Norma revogatória